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Investigando o papel do suporte social na associação entre religiosidade e transtorno mental comum em idosos de baixa renda: resultados do São Paulo Ageing & Health Study (SPAH)

Corrêa, Alexandre Augusto Macêdo 01 September 2009 (has links)
Submitted by isabela.moljf@hotmail.com (isabela.moljf@hotmail.com) on 2017-05-10T11:02:06Z No. of bitstreams: 1 alexandreaugustomacedocorrea.pdf: 878453 bytes, checksum: dcc2c6621264714f2875cc9b424835a0 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-05-17T15:02:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 alexandreaugustomacedocorrea.pdf: 878453 bytes, checksum: dcc2c6621264714f2875cc9b424835a0 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-17T15:02:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 alexandreaugustomacedocorrea.pdf: 878453 bytes, checksum: dcc2c6621264714f2875cc9b424835a0 (MD5) Previous issue date: 2009-09-01 / A religiosidade tem sido associada à saúde física e mental com especial importância na população idosa. Existe uma carência de estudos abordando os mediadores desta associação, dentre eles o suporte social. Objetivo: Analisar a associação entre dimensões de religiosidade e prevalência de transtornos mentais comuns (TMCs) entre idosos e testar o suporte social como mecanismo explicativo dessa suposta associação. Método: De uma amostra composta pela população idosa de uma região de baixa renda de São Paulo (N =1.980) foram coletados dados sociodemográficos, suporte social, indicadores de religiosidade e prevalência de TMC. Foi utilizada a regressão logística binomial para investigar a associação entre TMC e as três dimensões de religiosidade controlando para as variáveis sócio-demográficas e entre as dimensões de religiosidade e de suporte social. Posteriormente os diferentes tipos de suporte social (apoio recebido de parentes, de amigos, vizinhos e suporte oferecido) foram, primeiro, separadamente, depois em conjunto, incluídos no modelo para avaliar o seu efeito moderador na relação entre TMC e religiosidade. Foi adotado um nível de significância de 5%. Foi também realizado um teste de tendência linear na avaliação da relação entre religiosidade organizacional e TMC. Resultados: 90,7% da amostra considerou-se religiosa. 66,6% Católico. 41,2% freqüentam uma ou mais vezes alguma atividade religiosa semanalmente. 84,1% não freqüentam atividades em nenhuma instituição social. A presença de TMC não foi associada com filiação religiosa mas houve uma tendência a uma correlação inversa com considerar-se religioso (r=-0,04, p=0,06). A prevalência de TMC para os que freqüentam serviço religioso foi aproximadamente a metade (OR entre 0,43 e 0,55, p<0,001) daqueles que nunca freqüentam. Maior freqüência a serviços religiosos também se associou a maiores níveis de suporte social. A associação entre maior freqüência e menos TMC não sofreu alterações relevantes após inclusão das variáveis de suporte social. Conclusão: A amostra apresentou altos níveis de religiosidade, forte associação entre freqüência religiosa e menor prevalência de TMCs, que não foi explicada pelo suporte social. / Religiosity has been linked to mental and physical health with special relevance in regards to the elderly population. There exists a lack of studies approaching the mediators of such a link, including social support. Aim: To analyze the link between religiosity dimensions and the prevalence of Common Mental Disorders (CMDs) amongst the elderly, and to test the social support as an explanatory mechanism of the alleged link. Method: From a sample of a study representing the elderly population of a low income area in São Paulo (N=1,980) social-demographic data, social support, indicators of religiosity and the prevalence of CMD were collected. Results: 90.7% of the people who took part in the study considered themselves religious. 66.6% Catholic. 41.2% attend some kind of religious activity one or more times per week. 84.1% do not participate in activities at any social institutions. The presence of CMD was not linked to religious affiliation but there was a tendency to an inverted correlation between considering oneself religious (r=-0, 04, p=0, 06). The prevalence of CMD in those who attend religious services was of approximately half (or between 0.43 and 0.55, p<0.001) of those who never do. Such a link between higher attendance and less CMD did not suffer relevant alterations after the inclusion of the social support variables. Conclusion: The study showed high levels of religiosity, a strong association between religious frequency and a lower prevalence of CMD, which was not explained by the social support.
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Prevalência e fatores associados a Sofrimento Psíquico entre estudantes de Enfermagem, Medicina e Nutrição do campus de Botucatu

Gomes, Lilian de Almeida January 2016 (has links)
Orientador: Maria Cristina Pereira Lima / Resumo: Introdução: O sofrimento psíquico atinge grande parte da população, e pode ser caracterizado por um acentuado e duradouro desconforto emocional, angústia, tristeza, falta de expressão afetiva, esgotamento emocional, isolamento social, dentre outros sintomas. Os estudantes universitários, especialmente da área da saúde, carregam expectativas diversas em relação ao futuro profissional e no decorrer de sua formação são expostos às mais variadas situações que mobilizam seu sofrimento psíquico, podendo vir a comprometer tal formação. Objetivo: Estimar a prevalência e identificar os fatores associados a Transtorno Mental Comum (TMC), entre os estudantes universitários da área da saúde, dos cursos de Enfermagem e Medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu e de Nutrição do Instituto de Biociências. Método: Este é um estudo transversal que se insere na pesquisa “Condições de vida e saúde de estudantes de Enfermagem, Medicina e Nutrição do campus de Botucatu”, cujos dados foram colhidos em 2013. Trata-se assim, de uma análise parcial do referido banco de dados. A variável dependente é TMC, investigada a partir do Self Report Questionnaire, considerando-se caso mulheres com 8 pontos ou mais e homens com 6 pontos ou mais. As variáveis independentes são as características sociodemográficas e rede de apoio avaliada pela Escala de Apoio Social (EAS). Inicialmente foi feita análise descritiva, seguida de análise bivariada e posteriormente foram construídos modelos de regressão logística... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Mestre
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Saúde mental de universitários relação entre transtorno mental comum e competência moral /

Souza, João Paulo Pereira de January 2020 (has links)
Orientador: Maria Cristina Pereira Lima / Resumo: Introdução: A competência de juízo moral, baseada na teoria de Lawrence Kohlberg, tem sido estudada por muitos pesquisadores para avaliar o desenvolvimento moral de adolescentes e adultos. Pesquisas indicam que ocorre aumento da competência de juízo moral conforme o aumento da idade, maturidade e nível educacional. Apesar disso, resultados de estudos realizados com estudantes de medicina têm demonstrado que a competência moral desse público diminui conforme o curso avança. Até o presente momento, os principais motivos apontados para essa diminuição foram os currículos dos cursos, focados na formação tecnicista, além do ambiente de alta competição entre os alunos. Contudo, não encontramos na literatura pesquisas que verificassem se há associação entre competência moral e Transtorno Mental Comum. Objetivo: Descrever a relação entre competência moral e TMC de estudantes de medicina de uma instituição pública identificando fatores associados. Método: Trata-se de um estudo transversal. Participaram deste estudo alunos matriculados no curso de medicina de uma faculdade pública do interior do estado de São Paulo, que consentiram em participar da pesquisa. Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: questionário que investiga aspectos sociodemográficos e da vida universitária; questionário para avaliação de Transtorno Mental Comum (TMC), o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20); AUDIT (Alcohol Use Disorders Identification Test), instrumento de rastreamento criad... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Mestre
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A influência da ingestão de bebida alcoólica e transtornos mentais comuns não psicóticos na pressão arterial dos indígenas Mura / The influence of alcoholic beverages consumption and common mental disorder on arterial blood pressure of the Mura Indigenous

Ferreira, Alaidistânia Aparecida 20 February 2017 (has links)
Introdução: A hipertensão arterial é de causa multifatorial, envolvendo hábitos de vida e estilos de vida inadequados como o consumo excessivo de bebida alcoólica que propiciam a elevação dos níveis pressóricos. Além disso, os sintomas relacionados ao transtorno mental comum também podem se associar ao estado de saúde, provocando mais danos ao sujeito com hipertensão arterial. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo principal identificar associação entre a ocorrência de hipertensão arterial com o consumo de bebidas alcoólicas e a presença de transtorno mental comum em indígenas das aldeias Muras, residentes em região rural e urbana. Casuística e Métodos: Estudo transversal, de base populacional, com 455 indígenas Mura residentes no município de Autazes, Amazonas, Brasil. Foi aplicada a entrevista semi-estruturada com questões referentes aos dados socioeconômicos e educacionais, hábitos de vida, história clínica, histórico familiar, além dos questionários Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) e Self-Reporting Questonnaire (SRQ-20), para avaliar o consumo de álcool e presença de transtorno mental, respectivamente. A pressão arterial foi medida com aparelho automático de braço validado. Foram realizadas três medidas e usada a média das duas últimas medidas. Realizaram-se ainda, medida do peso, altura, circunferência do pescoço, circunferência da cintura, avaliação de bioimpedância; glicemia, triglicérides e colesterol com medida capilar. Na análise bivariada, foi testada a associação entre hipertensos, separadamente, com os dois desfechos: consumo de bebidas alcoólicas e a presença de transtorno mental comum explorando especialmente, os aspectos relacionados à hipertensão arterial. Foi ajustada a regressão de Poisson com variância robusta, para ambos os desfechos, com modelagem em stepwise backward automatizado, tendo como critério de entrada, p<0,20 e de significância no modelo final, p0,05. Utilizou-se como estimativa, as razões de prevalência e respectivos intervalos de confiança de 95%. Resultados: A maioria dos participantes era do sexo feminino (57,8%), com 42,10 (16,74) anos, vivendo com companheiro (74,7%) e cerca de quatro filhos por família, baixo nível de escolaridade Analfabeto/Fundamental incompleto (41,1%) e renda até dois salários mínimos (85,0%). A prevalência de hipertensão arterial foi de 26,6%, tabagismo (20,4%) e ser sedentário/irregularmente ativo (52,8%). O consumo de bebida alcoólica foi de 40,2%, sendo 13,4% classificados como alto risco para dependência alcoólica, e maior na área rural em comparação à urbana (57,3% vs 22,2%) p<0,001. Destacam-se os seguintes aspectos do uso abusivo de álcool: sentimento de culpa/remorso (45,9%); amnésia repentina por não lembrar o ocorrido na noite em que bebeu (31,7%); além de machucar-se ou sentir-se prejudicado por causa da bebida (29,6%); preocupação por parte de parentes, amigos ou profissionais de saúde, que aconselharam o entrevistado a interromper o consumo (51,5%). Não houve associação entre a presença e consumo de bebida alcoólica (23% e 26%). Os indígenas com diagnóstico de hipertensão referida, faziam menos uso de bebida alcoólica (14,2%vs 85,8%, p=0,009), porém nas ocasiões em que bebiam, ingeriam maior quantidade, comparado com os que não referiram hipertensão [55,3(72,2) vs 33,3(62,2) gramas de Etanol p=0,008]. A prevalência de transtorno mental comum foi de 45,7%, com destaque para os seguintes itens: referência de dores de cabeça frequentes (69,5%), sentir-se nervoso, tenso ou preocupado (66,2%), ter se sentido triste ultimamente (56,0%), dormir mal (55,2%) e ter sensações desagradáveis no estômago (42,9%). Além disso, destaca-se que 7,3% referiram ideia de acabar com a própria vida e 4,2% sentiram-se incapazes de desempenhar papel útil. Após análise ajustada a razão de prevalência após análise ajustada (Razão de prevalência, IC-95%), verificou-se associação positiva entre ingestão de bebida alcoólica e sexo masculino (2,72, IC-2,12-3,48), tabagismo (1,29, IC-1,06-1,56) e morar na zona rural (2,09, IC-1,61-2,72). Porém, a ação foi protetora para idade (0,98, IC-0,98-0,99), consumo de alimentos in natura (0,97, IC-0,95-0,99), e ausência de dislipidemias (0,75, IC-0,62-0,9). Entre os que apresentaram transtorno mental comum, a hipertensão arterial identificada esteve presente em 30,3% e o consumo de álcool uma vez ao mês em 22,1%. Após a análise ajustada (Razão de prevalência, IC-95%) verificou-se associação positiva entre o transtorno mental comum e a zona de moradia urbana (1.25, IC-1,02-1,54), não sabia que tinham antecedentes para diabetes (1.56, IC-1,24-1,96) e a ingestão de bebida alcoólica (1.01, IC-1,00-1,02). Porém, foi ação protetora não ter antecedentes pessoais de cardiopatia (0.59, IC-0,48-0,73). Conclusão: Observou-se que a presença de hipertensão arterial, consumo de bebida alcoólica e de transtorno mental comum foram elevados nos indígenas da etnia Mura. Esses achados podem ser decorrentes da aproximação e convivência entre indígenas e não indígenas favorecendo mudanças culturais, especialmente de hábitos e estilos de vida, com aumento do risco de doenças crônicas não transmissíveis. / Background: The arterial hypertension has a multifactorial disorder, including unappropriated habits and lifestyle as the excessive consumption of alcoholic beverages that may increase the blood pressure. Additionally, the symptoms related to the common mental disorder may be also associated with the health status, producing even more damages to the hypertensive subjects. Thus, this study aimed to identify the association of arterial hypertension occurrence with alcoholic beverages consumption and presence of common mental disorder in Indigenous from Mura villages, who live in rural and urban zones. Casuistic and Methods: Its a cross-sectional investigation, with demographic base, conducted with 455 Mura Indigenous from Autazes, Amazon, Brazil. Through a semi-structured interview, we gathered data about sociodemographic and educational profile, lifestyle, clinical records, family antecedents. In this occasion, the Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) and the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) were applied to assess respectively the alcohol consumption and the presence of common mental disorder. The blood pressure was measured with an arm automatic device, validated for this goal, being three measures taken and, from the two last of them, a mean was obtained. Furthermore, we gathered weight, height, neck circumference, waist circumference, bioimpedance, glycemia, triglycerides and cholesterol, capillary measure for the last ones. In the bivariate analysis, we analyzed the association between hypertensive persons and the both outcomes- the alcohol consumption and the presence of common mental disorder, emphasizing the issues hypertension-related issues. The Poison regression, with robust variance, was adjusted for both outcomes, with a modelling in automatized stepwise backward, being p<0,20 the entrance criteria and p<0,05 the significance level for the final model. As estimative, we used the odds ratios and their respective confidence intervals of 95%. Results: Most were females (57,8%), with mean age of 42,2(16,74) years, living with a partner (74,7%), with about four children per family, poor educational level- Illiterate/Incomplete Basic (41,1%) and income of up two minimum wages (85,0%). 26,6% of the sample had hypertension, 20,4% were smokers and 52,8% were sedentary/irregularly active. Alcohol consumption was of 40,2%, with 13,4% showed high risk for alcohol addiction, and the consumption was higher in rural area in comparison with the urban one (57,3% vs 22,2%) p<0,001. We emphasize the following aspects of alcohol abuse: feeling of guilty and remorse (45,9%); abrupt amnesia for not remembering what happened in the night that they had drunk (31,7%); feeling hurt or impaired due to the drink consumption (29,6%); concerns from relatives, friends or healthcare professionals who advised the interviewed to interrupt the consumption (51,5%). There was not association between presence and alcoholic beverages consumption (23% and 26%). Indigenous diagnosed with referred arterial hypertension drank less alcoholic beverages (14,2%vs 85,8% p=0,009), but, when they drank, they had a larger amount than those with referred hypertension [55,3(72,2) vs 33,3(62,2) grams of Ethanol p=0,008]. The common mental disorder was identified in 45,7% of the individuals, being highlighted the following items: reporting of frequent headaches (69,5%), feeling nervous, anxious or worried (66,2%), feeling sad in the last days (56,0%), sleeping badly (55,2%) and having upset stomach (42,9%). Additionally, 7.3% reported the idea of committing suicide, and 4,2% felt themselves unable to play a useful role. We verified positive association between alcoholic beverage consumption and male gender (2.72, CI-2,12-3,48); smoking (1.29, CI-1.06-1.56); and living in rural area (2.09, CI-1.61-2.72). However, the action was protective for the age (0.98, CI-0,98-0,99), intake of natural foods (0.97, CI-0,95-0,99), and absence of dyslipidemias (0.75, CI-0,62-0,9). Among those diagnosed with common mental disorder, the arterial hypertension was found in 30,3% and the alcohol consumption once a month in 22,1%. We observed a positive association of common mental disorder and: living in the urban area (1.25, CI-1,02-1,54); unknowing the antecedents for diabetes (1.56, CI-1,24-1,96); and the alcohol consumption (1.01,CI-1,00-1,02). However, the absence of personal background of heart diseases was not protective (0.59, CI-0,48-0,73). Conclusion: We observed that the presence of arterial hypertension, alcoholic beverages consumption and common mental disorder were high in the Mura ethnicity. This finding may be explained for the approach and interaction among Indigenous and non-Indigenous, which favors cultural changes, especially in habits and lifestyle, increasing the risk of non-transferable chronic diseases.
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Frequência de transtornos mentais em pacientes obesos candidatos à cirurgia bariátrica por meio de Entrevista Clínica Estruturada para Transtornos do DSM (SCID-I/P) / Frequency of mental disorders among obese patients seeking bariatric surgery through the Structured Clinical Interview for DSM Disorders (SCID-I/P)

Guerra, Leorides Severo Duarte 01 September 2014 (has links)
Antecedentes: Segundo as projeções da Organização Mundial de Saúde para o século XXI, as doenças não comunicáveis (DNT) serão responsáveis pelas maiores cargas das doenças no globo. As doenças cardiovasculares e os transtornos neuropsiquiátricos destacam-se como os dois principais grupos de agravos de saúde entre as DNT. O sobrepeso e a obesidade são considerados precursores e fatores agravantes de doenças cardiovasculares, cuja prevalência tem crescido ao redor do mundo, demandando esforços públicos para deter o seu crescimento e minimizar os seus efeitos deletérios. Os transtornos mentais, por sua vez, representam quase um terço das cargas da incapacitação resultante entre todas as DNT. O objetivo do presente trabalho é estimar a frequência de transtornos mentais numa amostra de indivíduos obesos que procuraram um hospital universitário com o intuito de se submeter à cirurgia bariátrica para controlar ou reduzir o excesso do peso corporal. Objetivo: Estimar, por meio de entrevista padronizada, a frequência de transtornos mentais e fatores correlacionados entre os pacientes obesos que procuram a cirurgia bariátrica. Métodos: Participaram do estudo 393 pacientes obesos grau III, candidatos à cirurgia bariátrica. Foram recrutados a partir de um centro universitário de cirurgia bariátrica. Clínicos treinados avaliaram os participantes por meio da Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV Axis I Diagnóstico (SCID-I/P) e as seguintes escalas de avaliação: HCL (Manic Symptoms Checklist), MDQ (Mood Disorders Questionnarie), MADRS (Montgomery-Åsberg Depression Rating Scale), M-A QoLII (Moorehead-Ardelt Quality of Life Questionnaire II). A amostra foi composta por 79,1% de mulheres; média de idade 43 anos e média de IMC: 47,8 kg/m². Resultados: A frequência de alguns transtornos mentais ao longo da vida foi 80,9% (81,7% homens e 80,7% mulheres). A taxa de frequência de transtornos mentais no momento da entrevista foi 57,8% (57,6% homens e 58,5% mulheres). Os transtornos afetivos foram os mais frequentes (64,9%), sendo os transtornos bipolares e os transtornos depressivos os mais comuns (35,6% e 29,3%). Entre os entrevistados que apresentaram quaisquer transtornos mentais ao longo da vida, cerca de metade da amostra apresentou três ou mais transtornos simultâneos. Os transtornos de ansiedade foram os diagnósticos mais frequentes (46,3%) entre os participantes com transtorno atual. Idade e nível educacional foram associados com a probabilidade de apresentar transtornos mentais no momento da entrevista. As escalas apresentaram boa consistência interna: sendo o alfa de Cronbach da HCL-32 de 0,9, MDQ 0,8, MADRS 0,9 e M-A QoLII 0,7. A HCL-32 e o MDQ demonstraram uma boa capacidade discriminativa para classificar corretamente os casos de transtorno bipolar. A HCL-32 apresentou área sob a curva (AUC) de 0,7 (IC 95% 0,7-0,8), quando comparado com os diagnósticos da SCID-I/P, com sensibilidade de 0,7 e especificidade 0,7. O melhor ponto de corte foi 16/17 para detectar transtorno bipolar II. Em relação à estrutura fatorial do HCL-32, a variabilidade dos dados foi melhor explicada por dois fatores relevantes: elação do humor e irritação/ativação. O MDQ apresentou sensibilidade de 0,8 e especificidade 0,6. O melhor ponto de corte foi 4/5 para detectar transtorno bipolar I, com AUC de 0,8 (IC 95% 0,7-0,9). A MADRS de 5 itens apresentou sensibilidade de 0,8 e especificidade 0,9. O melhor ponto de corte foi 10/11 para detectar sintomas depressivos e AUC de 0,9. De acordo com o M-A QoL II, cerca de 50% da amostra relatou estar satisfeita com sua qualidade de vida. Há uma correlação significativa entre as escalas utilizadas que variaram de 0,6 a -0,6. Conclusões: Os transtornos mentais são condições frequentes entre os pacientes obesos antes da cirurgia bariátrica. As altas taxas de transtornos mentais sugerem que ambas as condições podem apresentar relações causais de mutualidade ou compartilham fatores etiológicos comuns. Este estudo contribuiu para compreender a relação entre transtornos mentais e obesidade mórbida. Recomenda-se conduzir avaliação sistemática de pacientes obesos com instrumentos psicométricos padronizados no período pré-cirúrgico para detectar transtornos psiquiátricos, que podem interferir na recuperação e estabilização da qualidade de vida dos pacientes no período pósoperatório. Futuros estudos de seguimento serão necessários para verificar os possíveis fatores preditivos de prognóstico nesta população / Background: According to the World Health Organization\'s projections for the 21st. century, non-communicable diseases (NCD) will account for the largest burden of diseases in the world. Cardiovascular diseases and neuropsychiatric disorders stand out as the two main groups of health problems among the NCD. Overweight and obesity are considered precursors and aggravating factors of cardiovascular disease, whose prevalence has grown around the world, claiming for public efforts to stop its growth and minimize its harmful effects. Mental disorders, in turn, account for nearly one-third of the burden of disability resulting from all NCD. The aim of the present investigation is to estimate the frequency of mental disorders in a sample of obese individuals who sought a university hospital in order to undergo bariatric surgery to control or reduce the excess of body weight. Objective: To estimate, through a standardized interview, the frequency of mental disorders and correlated factors among obese patients seeking bariatric surgery. Methods: The sample was composed of 393 treatment-seeking obese patients (79.1% women; mean age 43.0 years, mean BMI: 47.8 kg/m2), who were recruited from a university-based bariatric center. Trained clinicians assessed the participants through the Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Diagnosis (SCID-I/P). HCL (Manic Symptoms Cheklist), MDQ (Mood Disorders Questionnarie), MADRS (Montgomery-Åsberg Depression Rating Scale), M-A QoLII (Moorehead-Ardelt Quality of Life Questionnaire II). Results: The lifetime rate of any mental disorders was 80.9% (81.7% men vs. 80.7% women). Lifetime affective disorders were the most frequent diagnosis (total 64.9%, bipolar disorders 35.6%, and depressive disorders 29.3%). Among those respondents presenting any lifetime mental disorders, about half of the sample presented 3 or more concurrent disorders. The rate of current frequency of any mental disorders was 57.8% (57.6% men vs. 58.5% women). Anxiety disorders were the most frequent diagnosis (46.3%) among those participants with a current disorder. Age and educational level were associated with the likelihood of presenting current mental disorders. The scales showed good internal consistency: the HCL - 32, Cronbach\'s alpha 0.9; MDQ 0.8, MADRS 0.9 and M-A QoL II 0.7. The HCL -32 and MDQ demonstrated good capacity discriminant to correctly classify cases of bipolar disorder. HCL -32 the area under the curve (AUC) was 0.7 (95 % CI 0.7-0.80, when compared to the diagnosis of SCID-I/P, with a sensitivity of 0.7 and specificity 0.7 . The best cutoff point was 16/17 to detect bipolar disorder II. In the factorial structure of the HCL -32, data variability was best explained by two important factors: elation of mood and irritation / activation. MDQ sensitivity was 0.80 and specificity 0.60. The best cutoff value of 4/ 5 for detecting bipolar disorder I, with AUC of 0.8 (95 % CI 0.7 to 0.9).The MADRS of 5 items had a sensitivity of 0.8 and specificity 0.9. The best cutoff point was 10/11 to detect depressive symptoms and AUC of 0.9. According to the MA QoL II, about 50% of the sample reported being satisfied with their quality of life. There is a significant correlation among the scales used, ranging from 0.6 to -0.6. Conclusions: Mental disorders are frequent conditions among obese patients before bariatric surgery. High rates of mental disorders suggest that both disorders might exert mutual causal relationships or share common etiological factors. This study may help to understand the relationship between mental disorders and obesity. Systematic evaluation of obese patients with standardized psychometric instruments in the pre-surgery period may clarify the existence of psychiatric disorders before the bariatric surgery. Often, some psychiatric disorders are detected only after the surgery, interfering with the recovery and stabilization of quality of life of patients in the post-operative period. Future follow-up studies are needed to verify the possible predictors of prognosis in this population
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(Des)enCAPSulando: os agentes comunitários de saúde e o cuidado da pessoa com transtorno mental / (Des)enCAPSulando: the community health agents and the care of the person with mental disorder

Taniguchi, Talita Gomes 28 September 2018 (has links)
Introdução: A reforma psiquiátrica e a desinstitucionalização objetivam um tratamento em saúde mental de base territorial. Alinhados a uma proposta de saúde baseada na descentralização, temos no Brasil o Sistema Único de Sáude (SUS) e a Estratégia Saúde da Família (ESF), que tem no Agente Comunitário de Saúde (ACS), o profissional mais próximo do território, casa e rotina destes usuários. Objetivo: identificar aspectos que influenciam o atendimento de pessoas com transtornos mentais pelos Agentes Comunitários de Saúde, a partir de suas experiências. Métodos: Foram realizadas 4 sessões de grupos focais com o total de 27 ACS de 4 Unidade Saúde da Família (USF) diferentes. Um roteiro semi estruturado norteou as discussões que tiveram seus áudios gravados, transcritos, categorizados por temas e analisados através da metodologia de análise de conteúdo, proposta por Bardin. Resultados: Foram identificadas sete categorias temáticas: articulação e construção da rede; acolhimento, acompanhamento e orientação dos pacientes; educação permanente; respaldo, reconhecimento e estrutura; medo; visão antimedicamentosa; e responsabilidade das famílias. Como aspectos que dificultam o atendimento dos casos de transtorno mental, identificamos um processo falho de cadastramento dos casos, o que facilita a desestabilização do quadro; casos em crise que colocam o ACS em situação de risco; falta de apoio matricial e trabalho em rede. Como aspectos que facilitam o atendimento dos casos de transtorno mental, apareceram a visita compartilhada e educação permanente. Como propostas de enfrentamento, no ambiente da ESF foram propostas: reuniões semanais de equipe; vagas para casos de demanda espontânea; e prontuário da casa, mas com cadastro de cada indivíduo. Também enquadramos aspectos referentes à integração com outros equipamentos de saúde, como aumentar o número de visitas compartilhadas e implantar o apoio matricial. E por fim, as propostas relacionadas à reunião de rede intersetorial, que iria ao encontro da educação permanente. Conclusão: Olhar para o contexto das ações, pensar em inserção social através da reabilitação psicossocial e promover tratamento territorial em saúde mental, continua sendo um desafio. Apesar do distanciamento que ainda existe entre as políticas públicas e as práticas no SUS, as propostas de enfrentamento podem colaborar para a efetivação de um SUS com maior qualidade. / Introduction: Psychiatric reform and deinstitutionalization aim at a spatial-based mental health treatment. In line with a health proposal based on decentralization, we have in Brazil the Sistema Único de Saude (SUS) and the Family Health Strategy (ESF), which has in the Community Health Agent (ACS) and routine of these users. Objective: to identify aspects that influence the care of people with mental disorders by the Community Health Agents, based on their experiences. Methods: Four focal group sessions were conducted with a total of 27 ACS from 4 different Family Health Units (FHU). A semi structured script guided the discussions that had their audios recorded, transcribed, categorized by themes and analyzed through the methodology of content analysis, proposed by Bardin. Results: Seven thematic categories were identified: articulation and network construction; patient care, follow-up and orientation; permanent education; support, recognition and structure; fear; anti-drug vision; and family responsibility. As aspects that make difficult the attendance of the cases of mental disorder, we identified a failed process of registration of the cases, which facilitates the destabilization of the picture; cases in crisis that put the ACS at risk; lack of matrix support and networking. As aspects that facilitate the attendance of the cases of mental disorder, appeared the shared visit and permanent education. As proposals for confrontation, in the environment of the ESF were proposed: weekly team meetings; vacancies for cases of spontaneous demand; and records of the house, but with the registration of each individual. We also integrate aspects related to integration with other health equipment, such as increasing the number of shared visits and implementing matrix support. And finally, the proposals related to the intersectoral network meeting, which would meet the permanent education. Conclusion: Looking at the context of actions, thinking about social insertion through psychosocial rehabilitation and promoting territorial treatment in mental health, remains a challenge. Despite the distance that still exists between public policies and practices in SUS, the proposals for coping can contribute to the implementation of a higher quality SUS.
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A execução de medida de segurança na modalidade internação aplicada os inimputáveis por transtornos mentais no estado do Tocantins

Rodrigues, Luíza Maria 28 April 2017 (has links)
Observa-se que, desde o início da utilização do instituto da prisão penal como ferramenta de controle dos transgressores de um determinado sistema legal, a problemática da presença dos inimputáveis por transtornos mentais sempre desestabilizou os interiores dos estabelecimentos de cumprimento da pena, tanto em sua acepção meramente punitiva quanto na faceta atual da tríade punição/retribuição/reeducação. Desde a abordagem mais brutal do doente até a aplicação das “modernas” medidas de segurança visualiza-se uma inadequação por parte do Estado ao custodiar o inimputável que, abandonado à própria sorte, é vítima de um sistema carcerário precário no qual sua dignidade já comprometida é destruída, seja pelos sujeitos ativos do sistema, funcionários que deveriam resguardar sua integridade física e mental, ou pelos demais custodiados que acabam sendo os executores das antigas práticas atrozes outrora exercidas nos extintos asilos; os famigerados manicômios judiciais. Nessa messe, analisamos a forma como se dá a execução das medidas de segurança na modalidade internativa no Tocantins, bem como a postura do administrador público para sua efetivação na rede prisional. A falta de estabelecimento próprio para o cumprimento das medidas de segurança levanta-se como omissão do Estado do Tocantins que, ao abandonar os doentes mentais que acabam por cometer crimes em razão de sua enfermidade, sentencia-lhes à sobrevida num limbo social no qual não são criminosos cumprindo pena, mas também não são cidadãos cujos direitos e garantias fundamentais lhes são assegurados, passando a viver trancafiados ilegalmente em presídios onde se tornam vítimas das mais diversas formas de torturas e sofrimentos impingidos pelas dezenas de condenados que ali vivem em uma sociedade paralela na qual os inimputáveis são, novamente, brutalizados. / It is observed that since the beginning of the use of the prison of penal prison as a tool of control of the transgressors of a certain legal system, a problematic always destabilized the interiors of the establishments of fulfillment of the sentence, in its punitive sense as well as in the modern facet Of the punishment / retribution / reeducation triad, which is the mental patient's treatment within prisons. From the primitive approach of animalization of the patient to the application of "modern" security measures, a clairvoyant disregard of the State is seen in the custody of the unworthy who, abandoned to his own fate, was a victim of the notorious judicial asylums and today is a victim of A broken prison system in which its already compromised dignity is destroyed, either by the active subjects of the system (officials who should safeguard their physical and mental integrity) or by the other custodians who end up being the executors of the old animal practices practiced in the extinct asylums. In this messe, we analyze the contemporary conditions of the unenforceable in the prison system of the State of Tocantins, from the beginning of the criminal prosecution, to procedural instruction, to the application of the security measure by judicial sentence, and finally, the methods adopted by the public administrator to carry out Of that in their prison network. The lack of proper establishment to comply with security measures arises as an omission by the State of Tocantins, which, in abandoning the mentally ill who end up committing crimes due to their illness, sentence them to survival in a social limbo in which they do not Are criminals serving sentences, but they are not citizens whose fundamental rights and guarantees are guaranteed to them, and they live illegally in prisons where the most diverse forms of torture and suffering are practiced by the dozens of convicts who live there in a parallel society in which The inimitable ones are again animalized.
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A inclusão dos transtornos mentais como doença relacionada ao trabalho: discursos sobre as dificuldades de reconhecimento dos nexos causais / Inclusion of mental disorders as work-related illness: discourses about the difficulties of recognizing the causal nexus

Silva, Rafaela Aparecida Cocchiola 01 July 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:30:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rafaela Aparecida Cocchiola Silva.pdf: 1379763 bytes, checksum: d9169bc2e127b4e663e564ed9fc381ae (MD5) Previous issue date: 2011-07-01 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work had the intention to understand the mental disorders in political discussions focused on the health of the worker and the inclusion of this diagnostic category as a group of disease caused or triggered by conditions and labor relations. The proposal is based on theoretical and methodological perspective in the Social Discursive Psychology constructionist strand where the research assumes that knowledge is a collective enterprise, and thus a social practice. The theme of mental disorders in a professional context is an old subject in specialized literature, it is possible to find texts were mental disorders such as depression resulting from the use of substances harmful to health, were described in Ancient times. We can also find studies on mental disorders in the 1950s in France on the neurosis of the telephone. However, in Brazil, mental disorders were recognized as a group of diseases related to work only in 1999 by Decree 3048, which were divided in a set of 12 diagnostic categories and their etiologic agents or risk factors of occupational origin. It is argued that the inclusion of mental disorders and work-related illness stems from a confluence of factors which have allowed the expansion of the concept of health, seen not only as the absence of disease. Another important fact were the advances around the social prejudice against the subject of mental disorders and refining ways to recognize the causal connection based on the methodology of the Nexus Technical Epidemiological Welfare (NTEP), implemented by Social Security in 2007 for granting welfare benefits. The entry of mental disorders in policies on workers' health was examined considering the difficulties in recognizing the link between work and disease from the perspective of the three Conferences National Occupational Health. The debate about mental disorders was included on the agenda for health policy geared to the employee specifically in the 2nd CSNT held in 1994, and discussed that the difficulties of this recognition by both unionists and workers, were related to the peculiar characteristics of mental illnesses viewed as a source of individual illness and not as a consequence of the conditions and labor relations. Such a conception of individual determinants of mental disorders permeated the difficulties of recognizing the causal relationship, understood as the object of disputes and set of interests among the actors involved in the recognition of this issue as a work related disease, taken here as forms of regulation by biopower / Este trabalho teve por foco entender os transtornos mentais nas discussões políticas voltadas à saúde do trabalhador e a inclusão dessa categoria diagnóstica como um grupo de doença decorrente ou desencadeada pelas condições e relações de trabalho. A proposta se fundamenta na perspectiva teórico-metodológica da Psicologia Social Discursiva na vertente construcionista em que as pesquisas assumem que o conhecimento é um empreendimento coletivo, e, portanto, uma prática social. A temática dos transtornos mentais no âmbito profissional é assunto antigo na literatura especializada, sendo possível localizar textos em que patologias mentais, como a depressão decorrente do manuseio de substâncias nocivas à saúde, foram descritas na Antiguidade. Também podem ser localizados estudos sobre os transtornos mentais na década de 1950 na França sobre a neurose das telefonistas. Entretanto, no Brasil, os transtornos mentais foram reconhecidos como um grupo de doenças relacionadas ao trabalho somente em 1999, pelo Decreto 3.048, em que foram discriminados um conjunto de 12 categorias diagnósticas e seus respectivos agentes etiológicos ou fatores de risco de origem ocupacional. Argumenta-se que a inclusão dos transtornos mentais como doença relacionada ao trabalho decorre da confluência de fatores que propiciaram a ampliação da noção de saúde, vista não apenas como ausência de doença; dos avanços sociais em torno do preconceito em relação à temática dos transtornos mentais e do aprimoramento das formas de reconhecimento do nexo causal a partir da metodologia do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), implantado pela Previdência Social em 2007 para a concessão dos benefícios previdenciários. A entrada dos transtornos mentais nas políticas voltadas à saúde dos trabalhadores foi analisada considerando as dificuldades em se reconhecer o nexo entre trabalho e a doença na perspectiva das três Conferencias Nacionais de Saúde do Trabalhador (CNST). O debate sobre os transtornos mentais foi incluído na agenda política de saúde voltada ao trabalhador especificamente na 2ª CSNT, realizada em 1994, sendo discutido que as dificuldades desse reconhecimento tanto pelos sindicalistas quanto pelos próprios trabalhadores relacionavam-se às características peculiares das doenças mentais vistas como forma de adoecimento e de origem exclusivamente individual e não como decorrente das condições e relações de trabalho. Tal concepção sobre determinantes individuais dos transtornos mentais permeavam as dificuldades do reconhecimento do nexo causal, entendidos como objeto de disputas e jogo de interesses entre os atores envolvidos no processo de reconhecimento desta temática como doença relacionada ao trabalho, tomados neste estudo como formas de regulação pelo biopoder
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Das vidas que não (se) contam: dispositivos de desinstitucionalização da medida de segurança no Pará / About the lives witch nobody talk about: Das vidas que não (se)contam: deinstitutionalization devices of security measure in State of Pará

Silva, Alyne Alvarez 08 October 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alyne Alvarez Silva.pdf: 2096901 bytes, checksum: eccd273c6dd244679bcbb6137d3c83d5 (MD5) Previous issue date: 2015-10-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In Brazil, people diagnosed with mental disorder are now considered subjects of rights from the Psychiatric Reform Law. The same can not be said if these same people come into conflict with the law. Understood as dangerous, they are throw out of the legal system aligned with human rights due to a supposed intellectual and volitional disability in the face of criminal act. The periculosity attested by forensic experts authorizes the justice to consider them in an inimputability situation, what, besides to not allow them to be called to answer for their acts, motivates the restriction of a number of constitutional rights. Considering the reality of rape and extreme violence own this context, this research aimed to discuss the processes of institutionalization and deinstitutionalization of so-called "insane offenders" in State of Pará, using the cartography method as intervention-research. We mapped some of the lines that establish the device "security measure" and the processes of institutionalization promoted by it, considering the production of fear as governmentality strategy in the constitution of punitive subjectivities. At the same time, we follow the flows triggered by the research towards the deinstitutionalization processes of this population. From the Custodial Psychiatric Hospital Santa Isabel of Pará, we have described the practices of power-knowledgesubjectivation intended for institutionalized people and profiled those submitted to security measure, these lives which have never been counted. In addition, it have been built devices - such as art workshops to psychiatric patients, itinerant exhibition of the resulting works, conversation circles with workers in the mental health network and a documentary film - favoring the connection of actors and various elements to function as machines that make see and talk about security measure dispositive, composing new sensibilities and forging aesthetic vectors of deinstitutionalization. The co-organization of a Meeting among various actors of justice and the rule of executive managers still allowed us following the configuration of a program of deinstitutionalization and approached the legal-political dimension of the Psychiatric Reform when we have discussed the person's responsabilization model with disorder mental in conflict with the law / No Brasil, as pessoas com diagnóstico de transtorno mental passaram a ser consideradas sujeitos de direitos a partir da Lei da Reforma Psiquiátrica. O mesmo não se pode afirmar se estas mesmas pessoas entram em conflito com a lei. Entendidas como perigosas, são lançadas para fora do ordenamento jurídico alinhado aos direitos humanos devido a uma suposta incapacidade intelectiva e volitiva diante do ato delituoso. A periculosidade atestada por peritos forenses autoriza a justiça a lhes considerar inimputáveis, o que, além de não permitir que sejam chamadas a responder por seus atos, motiva a restrição de uma série de direitos constitucionais. Considerando a realidade de extrema violação e violência própria desse contexto, esta pesquisa teve como objetivo problematizar os processos de institucionalização e desinstitucionalização dos chamados loucos infratores no Estado do Pará, utilizando o método da cartografia como pesquisa-intervenção. Mapeamos algumas linhas que constituem o dispositivo medida de segurança e os processos de institucionalização por ela promovidos, considerando a produção do medo como estratégia de governamentalidade na constituição de subjetividades punitivas. Ao mesmo tempo, seguimos os fluxos acionados pela pesquisa em direção aos processos de desinstitucionalização dessa população. A partir do HCTP de Santa Isabel do Pará, descrevemos as práticas de saber-poder-subjetivação destinadas às pessoas institucionalizadas e traçamos o perfil daquelas que aí cumpriam medida de segurança, estas vidas que não se contam. Além disso, foram construídos dispositivos como oficinas de arte aos internos, exposição itinerante das obras resultantes, rodas de conversa com trabalhadores da rede de saúde mental e um filme-documentário que favorecessem a conexão de atores e elementos diversos para funcionar como máquinas de fazer ver e falar o dispositivo medida de segurança, engendrando novas sensibilidades e forjando vetores estéticos de desinstitucionalização. A co-organização de um Encontro entre diversos atores da justiça e gestores do executivo do Estado nos permitiu ainda acompanhar a configuração de um Programa de desinstitucionalização e nos aproximou da dimensão jurídica-política da Reforma Psiquiátrica quando problematizamos o modelo de responsabilização da pessoa com transtorno mental em conflito com a lei
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Frequência de transtornos mentais em pacientes obesos candidatos à cirurgia bariátrica por meio de Entrevista Clínica Estruturada para Transtornos do DSM (SCID-I/P) / Frequency of mental disorders among obese patients seeking bariatric surgery through the Structured Clinical Interview for DSM Disorders (SCID-I/P)

Leorides Severo Duarte Guerra 01 September 2014 (has links)
Antecedentes: Segundo as projeções da Organização Mundial de Saúde para o século XXI, as doenças não comunicáveis (DNT) serão responsáveis pelas maiores cargas das doenças no globo. As doenças cardiovasculares e os transtornos neuropsiquiátricos destacam-se como os dois principais grupos de agravos de saúde entre as DNT. O sobrepeso e a obesidade são considerados precursores e fatores agravantes de doenças cardiovasculares, cuja prevalência tem crescido ao redor do mundo, demandando esforços públicos para deter o seu crescimento e minimizar os seus efeitos deletérios. Os transtornos mentais, por sua vez, representam quase um terço das cargas da incapacitação resultante entre todas as DNT. O objetivo do presente trabalho é estimar a frequência de transtornos mentais numa amostra de indivíduos obesos que procuraram um hospital universitário com o intuito de se submeter à cirurgia bariátrica para controlar ou reduzir o excesso do peso corporal. Objetivo: Estimar, por meio de entrevista padronizada, a frequência de transtornos mentais e fatores correlacionados entre os pacientes obesos que procuram a cirurgia bariátrica. Métodos: Participaram do estudo 393 pacientes obesos grau III, candidatos à cirurgia bariátrica. Foram recrutados a partir de um centro universitário de cirurgia bariátrica. Clínicos treinados avaliaram os participantes por meio da Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV Axis I Diagnóstico (SCID-I/P) e as seguintes escalas de avaliação: HCL (Manic Symptoms Checklist), MDQ (Mood Disorders Questionnarie), MADRS (Montgomery-Åsberg Depression Rating Scale), M-A QoLII (Moorehead-Ardelt Quality of Life Questionnaire II). A amostra foi composta por 79,1% de mulheres; média de idade 43 anos e média de IMC: 47,8 kg/m². Resultados: A frequência de alguns transtornos mentais ao longo da vida foi 80,9% (81,7% homens e 80,7% mulheres). A taxa de frequência de transtornos mentais no momento da entrevista foi 57,8% (57,6% homens e 58,5% mulheres). Os transtornos afetivos foram os mais frequentes (64,9%), sendo os transtornos bipolares e os transtornos depressivos os mais comuns (35,6% e 29,3%). Entre os entrevistados que apresentaram quaisquer transtornos mentais ao longo da vida, cerca de metade da amostra apresentou três ou mais transtornos simultâneos. Os transtornos de ansiedade foram os diagnósticos mais frequentes (46,3%) entre os participantes com transtorno atual. Idade e nível educacional foram associados com a probabilidade de apresentar transtornos mentais no momento da entrevista. As escalas apresentaram boa consistência interna: sendo o alfa de Cronbach da HCL-32 de 0,9, MDQ 0,8, MADRS 0,9 e M-A QoLII 0,7. A HCL-32 e o MDQ demonstraram uma boa capacidade discriminativa para classificar corretamente os casos de transtorno bipolar. A HCL-32 apresentou área sob a curva (AUC) de 0,7 (IC 95% 0,7-0,8), quando comparado com os diagnósticos da SCID-I/P, com sensibilidade de 0,7 e especificidade 0,7. O melhor ponto de corte foi 16/17 para detectar transtorno bipolar II. Em relação à estrutura fatorial do HCL-32, a variabilidade dos dados foi melhor explicada por dois fatores relevantes: elação do humor e irritação/ativação. O MDQ apresentou sensibilidade de 0,8 e especificidade 0,6. O melhor ponto de corte foi 4/5 para detectar transtorno bipolar I, com AUC de 0,8 (IC 95% 0,7-0,9). A MADRS de 5 itens apresentou sensibilidade de 0,8 e especificidade 0,9. O melhor ponto de corte foi 10/11 para detectar sintomas depressivos e AUC de 0,9. De acordo com o M-A QoL II, cerca de 50% da amostra relatou estar satisfeita com sua qualidade de vida. Há uma correlação significativa entre as escalas utilizadas que variaram de 0,6 a -0,6. Conclusões: Os transtornos mentais são condições frequentes entre os pacientes obesos antes da cirurgia bariátrica. As altas taxas de transtornos mentais sugerem que ambas as condições podem apresentar relações causais de mutualidade ou compartilham fatores etiológicos comuns. Este estudo contribuiu para compreender a relação entre transtornos mentais e obesidade mórbida. Recomenda-se conduzir avaliação sistemática de pacientes obesos com instrumentos psicométricos padronizados no período pré-cirúrgico para detectar transtornos psiquiátricos, que podem interferir na recuperação e estabilização da qualidade de vida dos pacientes no período pósoperatório. Futuros estudos de seguimento serão necessários para verificar os possíveis fatores preditivos de prognóstico nesta população / Background: According to the World Health Organization\'s projections for the 21st. century, non-communicable diseases (NCD) will account for the largest burden of diseases in the world. Cardiovascular diseases and neuropsychiatric disorders stand out as the two main groups of health problems among the NCD. Overweight and obesity are considered precursors and aggravating factors of cardiovascular disease, whose prevalence has grown around the world, claiming for public efforts to stop its growth and minimize its harmful effects. Mental disorders, in turn, account for nearly one-third of the burden of disability resulting from all NCD. The aim of the present investigation is to estimate the frequency of mental disorders in a sample of obese individuals who sought a university hospital in order to undergo bariatric surgery to control or reduce the excess of body weight. Objective: To estimate, through a standardized interview, the frequency of mental disorders and correlated factors among obese patients seeking bariatric surgery. Methods: The sample was composed of 393 treatment-seeking obese patients (79.1% women; mean age 43.0 years, mean BMI: 47.8 kg/m2), who were recruited from a university-based bariatric center. Trained clinicians assessed the participants through the Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Diagnosis (SCID-I/P). HCL (Manic Symptoms Cheklist), MDQ (Mood Disorders Questionnarie), MADRS (Montgomery-Åsberg Depression Rating Scale), M-A QoLII (Moorehead-Ardelt Quality of Life Questionnaire II). Results: The lifetime rate of any mental disorders was 80.9% (81.7% men vs. 80.7% women). Lifetime affective disorders were the most frequent diagnosis (total 64.9%, bipolar disorders 35.6%, and depressive disorders 29.3%). Among those respondents presenting any lifetime mental disorders, about half of the sample presented 3 or more concurrent disorders. The rate of current frequency of any mental disorders was 57.8% (57.6% men vs. 58.5% women). Anxiety disorders were the most frequent diagnosis (46.3%) among those participants with a current disorder. Age and educational level were associated with the likelihood of presenting current mental disorders. The scales showed good internal consistency: the HCL - 32, Cronbach\'s alpha 0.9; MDQ 0.8, MADRS 0.9 and M-A QoL II 0.7. The HCL -32 and MDQ demonstrated good capacity discriminant to correctly classify cases of bipolar disorder. HCL -32 the area under the curve (AUC) was 0.7 (95 % CI 0.7-0.80, when compared to the diagnosis of SCID-I/P, with a sensitivity of 0.7 and specificity 0.7 . The best cutoff point was 16/17 to detect bipolar disorder II. In the factorial structure of the HCL -32, data variability was best explained by two important factors: elation of mood and irritation / activation. MDQ sensitivity was 0.80 and specificity 0.60. The best cutoff value of 4/ 5 for detecting bipolar disorder I, with AUC of 0.8 (95 % CI 0.7 to 0.9).The MADRS of 5 items had a sensitivity of 0.8 and specificity 0.9. The best cutoff point was 10/11 to detect depressive symptoms and AUC of 0.9. According to the MA QoL II, about 50% of the sample reported being satisfied with their quality of life. There is a significant correlation among the scales used, ranging from 0.6 to -0.6. Conclusions: Mental disorders are frequent conditions among obese patients before bariatric surgery. High rates of mental disorders suggest that both disorders might exert mutual causal relationships or share common etiological factors. This study may help to understand the relationship between mental disorders and obesity. Systematic evaluation of obese patients with standardized psychometric instruments in the pre-surgery period may clarify the existence of psychiatric disorders before the bariatric surgery. Often, some psychiatric disorders are detected only after the surgery, interfering with the recovery and stabilization of quality of life of patients in the post-operative period. Future follow-up studies are needed to verify the possible predictors of prognosis in this population

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