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Mapeamento dos diagnósticos e intervenções de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva

Lucena, Amália de Fátima January 2006 (has links)
Estudo descritivo transversal, retrospectivo, realizado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), para identificar os diagnósticos de enfermagem mais freqüentemente estabelecidos nessa unidade e os cuidados de enfermagem prescritos para eles, e compará-los com as intervenções propostas pela Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). A amostra foi composta por informações da totalidade de internações de pacientes no CTI/HCPA num período de seis meses, no qual se identificaram os diagnósticos de enfermagem mais freqüentes e os cuidados de enfermagem prescritos para eles. Numa segunda etapa, a amostra se restringiu às informações referentes apenas às internações dos pacientes com os diagnósticos de enfermagem mais freqüentes no CTI/HCPA e seus respectivos cuidados de enfermagem prescritos. A análise dos dados ocorreu, inicialmente, pela estatística descritiva e, posteriormente, pelo mapeamento cruzado, utilizando-se de dez regras. A pesquisa foi aprovada pelos Comitês de Ética em Pesquisa das instituições envolvidas. Os resultados demonstraram 991 internações, referentes a 841 diferentes pacientes, 6.845 diagnósticos de enfermagem de 63 diferentes categorias, para os quais foram prescritos 39.947 cuidados de enfermagem. Os seis diagnósticos de enfermagem de maior freqüência de ocorrência foram: “Déficit no autocuidado: banho e ou higiene”, em 98,1% das internações; “Risco para infecção”, em 95,9% das internações; “Mobilidade física prejudicada”, em 59,3% das internações; “Padrão respiratório ineficaz”, em 49,8% das internações; “Incapacidade para manter respiração espontânea”, em 43,1% das internações e “Risco para prejuízo da integridade da pele”, em 40,7% das internações. A média de diagnósticos de enfermagem por internação foi de 6,9. O diagnóstico “Risco para infecção” teve 47 diferentes cuidados de enfermagem prescritos, mapeados em 28 diferentes intervenções da NIC, com similaridade em 44 (93,6%) casos. O diagnóstico “Déficit no autocuidado: banho e ou higiene” teve 34 diferentes cuidados de enfermagem prescritos, mapeados em 18 diferentes intervenções NIC, com similaridade em 100% dos casos. O diagnóstico “Padrão respiratório ineficaz” teve 49 cuidados de enfermagem prescritos, mapeados em 25 diferentes intervenções da NIC, com similaridade em 47 (96%) casos. O diagnóstico “Incapacidade para manter respiração espontânea” teve 24 diferentes cuidados de enfermagem prescritos, mapeados em 17 diferentes intervenções da NIC, com similaridade em 100% dos casos. O diagnóstico “Mobilidade física prejudicada” teve 37 diferentes cuidados de enfermagem prescritos, mapeados em 17 diferentes intervenções NIC, com similaridade em 36 (97,3%) casos. O diagnóstico “Risco para prejuízo da integridade da pele” teve 21 diferentes cuidados de enfermagem prescritos, mapeados em 14 intervenções NIC, com similaridade em 100% dos casos. No total, o mapeamento cruzado apontou similaridade em 97,2% dos casos. O maior número de cuidados prescritos foi mapeado nas intervenções prioritárias e sugeridas da NIC, localizadas, na maioria, no domínio fisiológico complexo. Concluiu-se que existe semelhança entre as prescrições de cuidados de enfermagem do CTI/HCPA e as intervenções propostas pela NIC para os diagnósticos de enfermagem estudados, além de se evidenciar um conjunto de intervenções mais comuns à prática clínica de enfermagem em terapia intensiva para esses diagnósticos. / A retrospective descriptive cross-sectional study carried out in the Intensive Care Unit (ICU) of Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) to identify the most often occurring nursing diagnoses in that unit and the nursing care prescribed for them, and their comparison with the interventions proposed by the Nursing Interventions Classification (NIC). The sampling comprised information from all ICU/HCPAadmitted patients along six months, when the most frequently nursing diagnoses and the prescribed nursing care were identified. A second phase followed when the sampling was limited to information about patients admitted to ICU/HCPA with the most frequent nursing diagnoses and their prescribed nursing care. Data analysis was made through descriptive statistics at first and later through cross-mapping, when ten rules were used. The research was approved by the Research Ethics Committees from the involved agencies. Results showed 991 admissions referring to 841 different patients, 6,845 nursing diagnoses from 63 different categories, and 39,947 prescribed nursing care. The most often occurring nursing diagnoses were: “Bathing/Hygiene self-care deficit”, in 98.1% of the admissions; Risk for infection”, in 95.9% of the admissions; “Impaired physical mobility”, in 59.3% of the admissions; “Ineffective breathing pattern”, in 49.8% of the admissions; “Impaired spontaneous ventilation”, in 43.1% of the admissions, and “Risk for impaired skin integrity”, in 40.7% of the admissions. The admissions-nursing diagnoses means was 6.9. “Risk for infection” had 47 different nursing care prescribed, mapped in 28 different NIC interventions, with 44 (93.6%) similar cases. “Bathing/Hygiene self-care deficit” had 34 different prescribed nursing care mapped in 18 different NIC interventions, with similarity in 100% of the cases. “Ineffective breathing pattern” had 49 prescribed nursing care mapped in 25 different NIC interventions, with similarity in 47 (96%) cases. “Impaired spontaneous ventilation” had 24 different prescribed nursing care mapped in 17 different NIC interventions, with similarity in 100% of the cases. “Impaired physical mobility” had 37 different prescribed nursing care mapped in 17 different NIC interventions, with similarity in 36 (97.3%) cases. “Risk for impaired skin integrity” had 21 different prescribed nursing care mapped in 14 different NIC interventions, with similarity in 100% of the cases. As a whole, the cross-mapping showed similarity in 97.2% of the cases. The largest amount of prescribed care was mapped in the priority interventions and suggested by the NIC, most of them located in the complex physiological domain. It followed the conclusion that there was similarity between the ICU/HCPA prescribed nursing care, and the ones proposed by the NIC for the investigated nursing diagnoses, besides evidence of a most common interventions set for the nursing clinical practice in intensive care units for the referred diagnoses
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Dor da criança em unidade de terapia intensiva pediátrica : percepções da criança e da família

Oliveira, Rafaela Bramatti Silva Razini January 2011 (has links)
Realizar um estudo referente à dor da criança nos remete a pensar na complexidade de avaliar e tratar a dor como parte integrante do cuidado, bem como a necessidade do preparado dos profissionais de saúde para compreender a dor nas suas diferentes dimensões. As unidades de tratamento intensivo exigem uma visão holística dos profissionais a fim de reconhecer como a família e a criança percebe a dor durante a hospitalização, além disso, identificar os diferentes níveis de dor que a criança vivencia e as dificuldades que enfrentam ao experiênciar estas situações. Desta forma, o cuidado pode tornar-se mais seguro, específico, de qualidade e minimizar o sofrimento das crianças. Assim, o objetivo deste estudo foi conhecer a percepção de dor da criança na perspectiva da família e da criança que vivencia a hospitalização em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratório-descritiva com abordagem qualitativa, que utiliza o método criativo sensível para a produção das informações. O estudo foi realizado na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe, localizado na cidade de Curitiba-PR e obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Pequeno Príncipe, documento n° 0836-10. Para a coleta das informações, foram utilizadas três estratégias: entrevista semi-estruturada, dinâmicas de criatividade e sensibilidade e diário de campo. Para os familiares, foi utilizada a Dinâmica de Criatividade e Sensibilidade (DCS), denominada Livre para Criar, proposta por Motta (2009), sendo realizadas três oficinas com os familiares e entrevista à beira do leito com as crianças internadas na UTIP, totalizando sete familiares e sete crianças. A interpretação das informações foi realizada por análise de conteúdo de Mynaio, e evidenciou as seguintes categorias: Compreensão da Família sobre a Dor da Criança hospitalizada na UTIP, subdividida em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica: Efeitos da Hospitalização para a Criança, A importância da Família durante a Hospitalização e o Papel da Equipe de Enfermagem para a Família; a segunda categoria, percepções da criança hospitalizada na UTIP sobre a sua dor, foi subdividida em Criança como ser vulnerável: dor, família e equipe de enfermagem e Estratégias para minimizar a dor. Assim, ao buscar compreende a percepção da criança e da família sobre a dor, constatou-se enfoques diferentes para os familiares a dor está centrada na separação da criança de seu ambiente, ou seja, ficar sozinha, estar com pessoas desconhecidas, no entanto para a criança a dor está ligada aos procedimentos técnicos. Acredita-se que dar importância à dor do outro modifica o ambiente hospitalar, além disso, revela-se como imprescindível iniciar esta discussão na academia, na formação profissional. Os resultados desse estudo podem auxiliar na discussão da temática da dor, na academia e nas instituições de saúde, promovendo o aprimorando o cuidado a criança e família. O fato de cuidar da dor do outro, constitui-se um encontro de cuidado, além de tornar os profissionais de saúdes melhores na relação com o outro. / The perspective to carry out a study regarding child's pain let us think about the difficulty that some Nurse professionals still have to understand the importance on evaluating and treating pain as part of care. The Intensive Care Units require expertise professionals, with a holistic view in order to recognize how family and child perceive pain during hospitalization, the different levels of pain that a child can have and difficulties that families may find out during these situations. Thus, care may become safer, more specific and qualified to minimize child’s suffering. Therefore, this study aimed at understanding the perception about the children's pain from the families’ point of view and children’s one who live hospitalization in a Pediatric Intensive Care Unit. This is an exploratory-descriptive research with a qualitative approach, which uses the creative and sensitive method to produce information. The study was carried out in an Intensive Care Unit Pediatric Hospital, in Curitiba-PR, and it was approved by the Ethics Committee in Research at Pequeno Príncipe Hospital, Document No. 0836-10. To gather information, three strategies were used: semistructured interview, dynamics of creativity and sensitivity and a field journal. For the relatives, it was applied the Dynamics of Creativity and Sensibility (DCS), called as ‘Free to Create’, proposed by Motta (2009), while three workshops were held with family members and interviews at the bedside with the children admitted at a PICU, with a total of seven families and seven children. The interpretation of information was done according to Mynaio analyses, and after this step, there were the following categories: Family Understanding about Child’s Pain, hospitalized at a PICU, subdivided into Pediatric Intensive Care Unit: Effects of Hospitalization for Children, The importance of family during hospitalization and the Role of the Nursing Team for the Family; the second category, perceptions of children hospitalized at a PICU over their pain, was subdivided into child as being vulnerable: pain, family and nursing staff and strategies to minimize pain. Meet the perception concerning the children's pain was the main goal of this research, according to families’ perspective and children who experience hospitalization at an Intensive Care Unit Pediatrics. Thus, when searching the child and family’s perception about pain, two extremes were observed, since for the family, pain regarding procedures was cited at no time, but children’s separation from their environment, as well as to be alone, get in touch with strangers, but, on the other hand, for the children, much of pain is related to the technical procedures. Evaluate and give importance to other's pain change the hospital environment, but this discussion should begin within the classroom. Thus, this study has the purpose of being a transformation agent although this discussion should happen at academies and institutions that promote health care for children and family. The fact of taking care of other's pain makes us not only better professionals, but improves us as human being to each other. / Realizar un estudio sobre el dolor del niño nos lleva a pensar en la complejidad de la evaluación y el tratamiento del dolor como parte de la atención y la necesidad de la preparación de profesionales de la salud para entender el dolor en sus diferentes dimensiones. Las unidades de cuidados intensivos requieren una visión integral de los profesionales a reconocer como familia y el niño percibe el dolor durante la hospitalización, además, identificar los diferentes niveles de dolor que experimenta el niño y las dificultades que enfrentan para experimentar estas situaciones. Por lo tanto, la atención puede llegar a ser más seguro, más específico, la calidad y reducir al mínimo el sufrimiento de los niños. Por lo tanto, el objetivo fue estudiar la percepción del dolor en los niños desde la perspectiva de las familias y los niños que sufren de hospitalización en la Unidad de Cuidados Intensivos Pediátricos. Esta es una investigación exploratoria, descriptiva enfoque cualitativo, que utiliza el método creativo para la producción de información confidencial. El estudio se llevó a cabo en la Unidad de Cuidados Intensivos Pediátricos del Hospital, ubicado en Curitiba-PR, y fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación del Hospital, Documento N º 0836-10. Para recopilar la información, hemos utilizado tres estrategias: la dinámica de semi-estructurado de la creatividad y la sensibilidad y diario de campo. Para los familiares, se utilizó la dinámica de la creatividad y sensibilidad (DCS), llama la libertad de crear, propuesta por Motta (2009), se llevó a cabo tres talleres y entrevistas con miembros de la familia junto a la cama con los niños ingresados en UTIP, un total de siete familias y sus siete hijos. La interpretación de la información se realizó mediante análisis de contenido Mynaio, y después de este paso dado lugar a las siguientes categorías: Entendimiento del dolor infantil familiar hospitalizado en la UCI, agrupados en la Unidad de Cuidados Intensivos Pediátricos: Impacto de la hospitalización para los niños, El importancia de la familia durante la hospitalización y el papel del Equipo de Enfermería de la Familia, la segunda categoría, las percepciones de los niños ingresados en la UTIP por encima de su dolor se subdividió en niños como vulnerables: el dolor, la familia y el personal de enfermería y las estrategias para reducir al mínimo el dolor. Así, al tratar de comprender las percepciones de los niños y las familias acerca del dolor, hay diferentes enfoques para el dolor de la familia se centra en la separación de los niños de su entorno, es decir, estar solo, estar con gente desconocida, y sin embargo el niño el dolor está relacionado con los procedimientos técnicos. Se cree que dar importancia a los cambios de otro dolor es el medio hospitalario, además, es tan esencial para iniciar este debate en la academia, en la formación profesional. Los resultados de este estudio puede ayudar en la discusión el tema del dolor, en el mundo académico y en las instituciones de salud, promoción de la atención para mejorar niño y la familia. El hecho de cuidar el dolor de otro, constituye una reunión de la atención, y hacer los mejores profesionales de la salud en relación con el otro.
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Expressão de coerção em enfermeiros, médicos e técnicos de enfermagem que assistem pacientes pediátricos em situação de limitação de suporte de vida

Trotta, Eliana de Andrade January 2012 (has links)
Introdução: Desde a década de 70, a limitação de suporte de vida vem sendo discutida como uma forma de oferecer uma morte digna a pacientes fora de possibilidades terapêuticas. A tomada de decisão de limitação terapêutica, quando não compartilhada por toda a equipe assistencial, pode se refletir em desconforto para os cuidadores, que devem executar a assistência conforme planejado, mesmo nem sempre concordando com as decisões tomadas. Esse desconforto pode ser reflexo de percepção de coerção, nem sempre manifesta. Objetivo: o objetivo da pesquisa foi avaliar a expressão de coerção de cuidadores frente à assitência a pacientes pediátricos terminais, em limitação de tratamento. Material e métodos: através de estudo transversal e prospectivo, foi avaliada a expressão de coerção dos enfermeiros, médicos e técnicos de enfermagem que assistiram pacientes terminais, no período de um ano, utilizando-se a Subescala de Voz da MacArthur Admission Experience Survey modificada, solicitando concordância ou discordância a 4 sentenças. Na análise estatística foram realizados os testes de qui-quadrado com correlação de Pearson e o teste de comparações múltiplas de proporções com correção de Bonferroni. Foram utilizados o sistema SPSS v.18 e WINPEPI v.10.11. O nível de significância estabelecido foi de 5% (P<0,05). Resultados: foram analisados 227 questionários de Expressão de Coerção, relativos à assistência de 17 pacientes pediátricos terminais, no período de 2009 e 2010. Houve expressão de coerção em 17% dos questionários dos médicos, 72% dos enfermeiros (p<0,00001) e 76% dos técnicos (p<0,00001). Não houve diferença significativa de Expressão de Coerção entre enfermeiros e técnicos de enfermagem. Com relação às sentenças, houve expressão de coerção em todas, em taxas variadas, nas diferentes categorias de cuidadores. Na sentença ―Tive oportunidade suficiente de dizer se concordava com a limitação terapêutica ou não-ressuscitação‖ houve diferença significativa entre médicos e enfermeiros (p=0,004) e entre médicos e técnicos (p<0,001). Na sentença ―Tive oportunidade de dizer o que queria a respeito da limitação terapêutica ou não-ressuscitação‖ houve diferença significativa entre médicos e enfermeiros (p=0,005 ) e entre médicos e técnicos (p<0,002). Não houve diferença entre as equipes nas demais sentenças. Conclusão: a pesquisa evidenciou expressão de coerção nas três categorias de cuidadores de pacientes pediátricos terminais em limitação de tratamento, sendo os médicos os que expressaram menor coerção. Dentre os itens de expressão de coerção, os relacionados à expressão de opinião foram os mais apontados, principalmente entre os enfermeiros e técnicos de enfermagem. / Introduction: Limitation of life support is considered a means of providing dignified death to patients who are beyond any therapeutic possibility. The decision to limit life support should be shared among patients, their relatives, and their care providers. Health professionals caring for terminally or intractably ill children under limited life support may feel coerced, particularly when they were not involved in decision making for end-of-life care. In order to understand the feelings of these care providers, it is important that this perceived coercion be expressed and measured with valid instruments. Objective: The objective of this study is to evaluate expression of perceived coercion by nurses, physicians, and nurse technicians during limitation of life support among terminal patients treated at the pediatric intensive care unit (PICU) of a tertiary hospital, quantify this expression of coercion, and compare it across the three aforementioned categories of caregivers. Methods: This prospective study used the three-item Voice subscale of the MacArthur Admission Experience Survey, modified by the addition of a fourth statement regarding ―validation,‖ to quantify expression of perceived coercion by the health professionals involved in the care of 17 patients who were under limitation of life support during the study period. The chi-square test with Pearson correlation and multiple comparisons with Bonferroni correction were used for statistical analysis. The significance level was set at 5%. Results: Overall, 10 nurses, 41 nurse technicians, and 23 physicians (65% of eligible healthcare providers) took part in the study. A total of 227 Coercion Expression questionnaires were completed, 121 by physicians, 50 by nurses, and 56 by nurse technicians, for a return rate of 65%, 61%, and 52% respectively. There was a significant difference in rate of return between physicians and nurse technicians (p=0.0258). Providers in all three categories expressed coercion to varying degrees. Analysis by Pearson's chi-squared test revealed that coercion was expressed significantly more by nurses and nurse technicians than by physicians (p<0.00001 for both comparisons). There was no significant difference between nurses and nurse technicians (p=0.7016). Coercion was reported for all items by caregivers in all three categories. There were significant differences between physicians and nurses and between physicians and nurse technicians in two of the three items concerning ―Voice‖ (p<0.005). There was no significant difference among providers for one of the ―Voice‖ items or for the ―Validation‖ item. Conclusion: This study revealed variable rates of coercion expression across three categories of healthcare providers involved in the end-of-life care of pediatric patients under limitation of life support, with physicians manifesting the least perceived coercion. Among the four items on coercion expression evaluated in this study, those related to expression of one‘s opinion—an essential element of decision-making—were the ones most commonly mentioned, particularly by nurses and nurse technicians.
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Prevalência do uso de profilaxia para sangramento digestivo relacionado ao estresse em pacientes internados em UTI pediátricas de cinco hospitais de Porto Alegre

Araújo, Taisa Elena de January 2009 (has links)
Introdução: A úlcera de estresse é uma complicação importante que pode ocorrer nos pacientes criticamente doentes, necessitando de cuidados intensivos. Apesar de ser pouco frequente, está associada com o aumento da morbidade e mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva. É necessária uma avaliação precisa dos pacientes que estão em risco de desenvolverem úlcera de estresse para a indicação adequada de medicamento profilático. Objetivo: Avaliar a utilização de medicamentos profiláticos para úlcera de estresse nos pacientes internados de cinco Unidades de Terapia Intensivas Pediátricas (UTIP) de Porto Alegre. Métodos: Foi realizado um estudo multicêntrico, prospectivo, transversal, observacional, em cinco UTIPs de Porto Alegre. Foram avaliados os prontuários de todos os pacientes internados nestas unidades, em dia definido aleatoriamente para a visitação, no período de abril de 2006 a fevereiro de 2007. Foram excluídos os pacientes já avaliados em visitas anteriores e aqueles com hemorragia digestiva alta na admissão. Foram avaliados idade, sexo, diagnóstico na admissão, gravidade da doença, uso de medicamentos profiláticos para sangramento digestivo, justificativa do uso de profilaxia, medicamento profilático utilizado como primeira escolha. Resultados: Foram avaliados 398 pacientes, 57% do sexo masculino, com mediana de idade de 16 meses (Intervalo inter-quartil [IQ]: 4 - 65) e mediana de permanência em UTIP de 4 dias (IQ: 1 - 9). O principal motivo de internação foi doença respiratória (32,7%). Usaram profilaxia 77,5% dos pacientes avaliados, variando de 66 a 91%. A ranitidina foi o medicamento mais empregado (84,5%), sendo a ventilação mecânica (22,3%) a justificativa mais prevalente, seguida de rotina informal do serviço (21,4%). Apenas uma das UTIPs tinha protocolo assistencial para uso de profilaxia para úlcera de estresse. Em 3% dos pacientes houve indícios de sangramento digestivo, mas nenhum clinicamente importante. Conclusões: O uso de medicamentos profiláticos para úlcera de estresse é prática frequente nas UTIPs avaliadas, sendo a ranitidina a droga de escolha na maioria das vezes. Entre as indicações para profilaxia estabelecidas na literatura, a ventilação mecânica foi a indicação mais prevalente. Ressalta-se que o uso baseado em rotinas institucionais assumiu, na amostra estudada, igual prevalência, sugerindo que o uso de profilaxia para úlcera de estresse possa estar inadequado. / Introduction: Stress ulcer is an important complication that can affect critically ill patients, thus demanding intensive care. Although it is not very common, it is associated with the increase of morbidity and mortality in Intensive Care Units. A precise evaluation of patients at risk of developing stress ulcer is needed in order to correctly indicate the stress ulcer prophylaxis. Objective: To evaluate the use of stress ulcer prophylaxis in patients of five Pediatric Intensive Care Units (PICU) in Porto Alegre. Methods: A multicentric, prospective, cross-sectional, observational study was conducted in five PICUs in Porto Alegre. From April 2006 to February 2007, medical records of all patients at these units were evaluated; visiting days were randomly chosen. Patients that had already been evaluated in previous visits, as well as those that presented upper gastrointestinal bleeding when admitted, were excluded. Age, gender, admission diagnosis, severity of illness, use of stress ulcer prophylaxis, justification of prophylactic use and prophylactic drug used as first choice were evaluated. Results: 398 patients were evaluated, 57% males, the median age was 16 months (IQR: 4-65), the median length of PICU stay was 4 days (IQR:1-9). Respiratory illness was the main reason for admission, 32.7%. From the total sample of patients, 77.5% used prophylaxis, ranging from 66% to 91% for each individual PICU. Mechanical ventilation (22.3%) was the main justification, followed by informal routine service (21.4%). Only one of the PICUs had a specific protocol of assistance for the use of stress ulcer prophylaxis. Ranitidine was the most used drug (84.5%). There were traces of gastrointestinal bleeding in 3% of the patients, but none were clinically significant. Conclusions: The use of stress ulcer prophylaxis is a common practice in the appraised PICUs and ranitidine was the most used drug. Mechanical ventilation was the most common justification amongst those suggested in the literature. However, the use based on informal routines, in this study, showed equal prevalence, which suggests that the use of prophylactics might be inadequate.
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Implantação de protocolo de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica : impacto do cuidado não farmacológico

Vieira, Débora Feijó Villas Boas January 2009 (has links)
Contextualização: Na última década, houve um grande crescimento de ações de melhoria da qualidade assistencial e de promoção da segurança do paciente, com objetivo de diminuir a ocorrência de desfechos preveníveis, como a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM). Embora existam várias diretrizes clínicas, ainda não há evidências suficientes para um consenso quanto aos cuidados não farmacológicos de prevenção (CNFP) a serem implantados e sua contribuição na redução da PAVM. Objetivos: Avaliar o impacto da implantação de CNFP na ocorrência da PAVM. Métodos: O estudo foi realizado com pacientes adultos, submetidos à ventilação mecânica (VM) por mais de 48 horas, internados em centro de tratamento intensivo clínico e cirúrgico, de 34 leitos. No primeiro artigo, é descrito um quase experimento com controles históricos, realizado no período de setembro de 2004 (pré-intervenção -20 meses) a dezembro 2007 (pós-intervenção – 20 meses). Constou do experimento a implantação do protocolo de prevenção da PAVM, com cuidados não farmacológicos. No segundo artigo, é descrito um estudo de coorte prospectiva de pacientes submetidos à VM no período de junho de 2006 a julho de 2007. Entre as onze medidas preventivas que fazem parte da rotina de cuidados, foram escolhidas seis para serem examinadas na rotina assistencial de pacientes submetidos à VM: manutenção da cabeceira elevada (HOB) de 30º a 45º; manutenção do circuito de VM (CVM) sem condensação e sujidade; manutenção de trocadores de umidade e calor (HME); monitorização da pressão do balonete (PB) do tubo endotraqueal entre 18 mmHg a 25 mmHg; realização da higiene oral (HO) e realização fisioterapia respiratória (FR). Estabeleceu-se um ponto de corte de 80% para adesão aos cuidados de prevenção. Considerou-se o CNFP como adequado quando, durante a internação, o paciente foi observado em frequência, igual ou maior de 80%. Resultados: No primeiro estudo, foram diagnosticados 367 episódios de PAVM durante os 40 meses, em um total de 20285 dias de ventilação mecânica. A taxa de PAVM baixou em 28,7%, ou seja, de 20,6 casos por 1.000 dias de ventilação no período pré-intervenção para 16 casos por 1.000 dias de ventilação nos 20 meses seguintes à intervenção (P<0,001). Na análise de regressão segmentada verificou-se uma redução abruta de nível significativa do desfecho (t = -2,506; p= 0,017), mas não foi observado uma redução de tendência significativa do desfecho (t= -1,670; p= 0,104). No segundo estudo, a adesão aos seis CNFP foi aferida em 5.781 observações, em 541 internações de pacientes submetidos à ventilação mecânica, com 111 casos de PAVM. Nas internações em que os pacientes receberam cuidados adequados de prevenção, houve redução na ocorrência de PAVM de 61% para a FR (OR=0,39; IC95%= 0,18 a 0,84); 43% para a HOB (OR=0,57; IC95%= 0,31 a 0,99). Houve interação entre HO e PB, com uma redução da razão de chances de 56% para HO (OR=0,44; IC95%= 0,24 a 0,82) e 58% para PB (OR=0,42; IC95%= 0,21 a 0,85). Na ausência de um desses dois cuidados, o outro presente passa a ser fator de risco. Estimouse a fração de risco atribuível para não realização de FR, HO, monitorização PB e manutenção da HOB em frequência adequada, implicando a ocorrência de, respectivamente, 49% (IC95%= 13% a 65%), 29% (IC95%= 9% a 39%), 32% (IC95%= 8% a 44%) e 9% (IC95%= 0% a 13%) das PAVM. Conclusão: Os cuidados de prevenção da PAVM implantados mostraram-se medidas tecnologicamente simples, exequíveis em qualquer realidade e de baixo custo, possibilitando redução no desenvolvimento de PAVM e aumento na segurança do paciente. / Context: In the past decade there has been a large increase in the number of measures aimed at improving service quality and promoting patient safety. Most of these measures have been aimed at reducing the incidence of preventable iatrogenic morbidities such as ventilator-associated pneumonia (VAP). While related clinical guidelines do exist, there is still little evidence to indicate which of the many non-pharmacological preventive care (NPPC) measures provide the best protection against VAP. Objectives: To evaluate the impact of NPPC interventions on the incidence of VAP. Methods: The population represented in this study are adult, intensive care patients, admitted without pneumonia, which required mechanical ventilation (MV) for at least 48 hours. The 34 bed intensive care center clinic and surgical is part of a public, university hospital in Porto Alegre, Brazil. The first article describes a quasi-experimental study done during the 40 months between September, 2004 and December, 2007. Halfway through this period a non-pharmacological, VAP prevention protocol was introduced to the routine care intubated patients. As such the control group are those patient treated prior to introduction of the protocol and the experimental group, those patients treated after its introduction. The second article describes a prospective study of cohort of patients requiring mechanical ventilation between June, 2006 and July 2007. Of the 11 NPPC interventions that make up the protocol, 6 were selected for this study: maintaining the head-of-bed elevation between 30º and 45º (HOB), maintaining the mechanical ventilation circuit (MVC) clean and dry, maintaining the heat moisture exchange (HME) equipment; maintaining endotracheal tube cuff pressure (CP) between 18 and 25 mmHg, realizing oral hygiene (OH) and doing respiratory physiotherapy (RP). These interventions were audited, for each patient during their entire length of stay, to measure compliance with the protocol. For each non-pharmacological preventive intervention, any patient receiving ≥8O% of the recommended frequency of care was considered to have received that intervention. Results: During a total of 20285 days of MV, 367 cases of VAP were diagnosed. The incidence of VAP fell 28.7% (p<0.001), between the 20 month pre-intervention period (20.6 cases/1.000 MV days) and the 20 month post-intervention periods (16 cases/1.000 MV days). In the analysis of segmented regression there was a significant abrupt reduction in the level of outcome (t = - 2.506; p=0.017), but reduction of tendency of the outcome was not significant (t= - 1.670; p= 0.104). In the second study compliance with the 6 non-pharmacological preventive interventions was measure by means of 5.781 observations in 541 patients of whom 111 developed VAP. Patients that received ≥8O% of the recommended frequency of a specific intervention exhibited a reduction in the risk of developing VAP: 61% for RP (OR= 0.39; CI95%= 0.18 to 0.84); 43% for HOB (OR= 0.57; CI95%= 0.31 to 0.99); 56% for OH (OR= 0.44; CI95%= 0.24 to 0.82) and 58% for CP (OR= 0.42; CI95%= 0.21 to 0.85). OH and CP maintenance are interdependent. In the absence of the other intervention each goes from being protective to being a risk factor. The VAP risk attributable to non-compliance in each of RP, OH, CP and HOB is estimated to be: 49% (CI95%= 13% to 65%), 29% (CI95%= 9% to 39%), 32% (CI95%= 8% to 44%) and 9% (CI95%= 0% to 13%) respectively. Conclusion: NPPC interventions are technologically simple, low cost that, in combination, provide a patient security and substantial level of protection against VAP.
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Análise perioperatória de morbimortalidade em neurocirurgia pediátrica / Perioperative analysis of morbidity and mortality in pediatric neurosurgery

Mekitarian Filho, Eduardo [UNIFESP] 30 March 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:23Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-03-30 / Introdução. O aumento da complexidade e a melhoria dos cuidados de assistência e monitoração de crianças submetidas a procedimentos neurocirúrgicos tem sido marcantes nos últimos anos. Entretanto, são poucas as publicações sobre as principais características de morbimortalidade do período perioperatório e dos fatores de risco associados a piores desfechos dos mesmos. Objetivos. Estudar, de maneira retrospectiva e descritiva, os principais fatores determinantes de morbimortalidade em crianças submetidas a procedimentos neurocirúrgicos internadas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Santa Catarina e caracterizá-los de maneira a conhecer o perfil do serviço estudado. Métodos. Foi realizado estudo de coorte retrospectivo através de análise de prontuários no período de 2005 a 2009 de todos pacientes submetidos a procedimentos neurocirúrgicos, de 1 mês a 16 anos completos, sendo levantados os principais dados referentes ao diagnóstico cirúrgico e a evolução pós-operatória, bem como descritas as principais complicações e a evolução dos pacientes durante a internação hospitalar. Resultados. Foram estudados dados de 198 pacientes durante o período do estudo. Os diagnósticos mais frequentes foram correções de cranioestenoses (31,3%), tumores supratentoriais (19,7%), shunts ventriculoperitoneais (16,7%), tumores raquimedulares (9,1%) e tumores infratentoriais (8,6%). Ao todo, 57,6% dos pacientes eram do sexo masculino com idade média de 50 meses, tempo médio de internação em UTI Pediátrica de 3,4 dias e no hospital de 7,2 dias, com tempo médio de ventilação mecânica de 6,6 horas. As complicações mais freqüentes na população foram sangramento (48,5%), febre (30,3%), hipotermia (16,2%) e laringite pós-extubação (15,2%). Pela análise múltipla, os fatores de risco associados a maior tempo de internação em UTI foram febre (p = 0,001), laringite (p = 0,001) e infecção (p = 0,003); a maior tempo de internação hospitalar, febre (p = 0,001) e infecção (p = 0,003) e a maior tempo de ventilação mecânica febre (p = 0,015), sangramento (p = 0,04), laringite (p = 0,007), distúrbio de coagulação (p < 0,001) e uso de corticoides (p < 0,001). Houve 2 óbitos na população estudada devido à hipertensão intracraniana. Conclusões. É de grande importância o estudo das principais complicações associadas a pior prognóstico em neurocirurgia pediátrica. Febre e sangramento, além de muito frequentes, impactam em quase todos os desfechos estudados. Séries de casos com maior quantidade de pacientes são necessárias para o melhor estabelecimento dos fatores de risco. / Introduction. The increasing complexity and improving care assistance and monitoring of children undergoing neurosurgical procedures has been remarkable in recent years. However, there are few publications about the main characteristics of perioperative morbidity and risk factors associated with worse outcomes from them. Objectives. To study, retrospectively, the main determinants of morbidity and mortality in children undergoing neurosurgical procedures hospitalized in the Hospital Santa Catarina’s Pediatric Intensive Care Unit and characterize them in to know the profile of the service studied. Methods. A retrospective cohort study was conducted using medical records review between 2005 to 2009 of all patients undergoing neurosurgical procedures, from 1 month to 16 years, and the main data regarding the diagnosis and surgical postoperative outcome and main complications and outcome of patients during hospitalization were reviewed. Results. We studied data from 198 patients during the study period. The most common diagnoses were craniosynostosis (31.3%), supratentorial tumors (19.7%), ventriculoperitoneal shunts (16.7%), spinal cord tumors (9.1%) and infratentorial tumors (8.6%) . Altogether, 57.6% of patients were male with a mean age of 50 months, mean ICU stay of 3.4 days and hospital stay of 7.2 days with an average time of mechanical ventilation of 6.6 hours. The most frequent complications were bleeding (48.5%), fever (30.3%), hypothermia (16.2%) and post-extubation laryngitis (15.2%). In the multivariate analysis, the risk factors associated with longer ICU lenght-of-stay were fever (p = 0.001), laryngitis (p = 0.001) and infection (p = 0.003); with greater hospital stay, fever (p = 0.001) and infection (p = 0.003) and with greater duration of mechanical ventilation, fever (p = 0.015), bleeding (p = 0.04), laryngitis (p = 0.007), coagulation disorders (p <0.001) and use of corticosteroids (p <0.001). There were two deaths in this population due to intracranial hypertension. Conclusions. It’s very important to study the major complications associated with poor prognosis in pediatric neurosurgery. Fever and bleeding were very frequent, impacting on almost all outcomes studied. Case series with the largest number of patients are needed to better establish the risk factors. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Estado nutricional e prognóstico de crianças gravemente doentes / Malnutrition and prognosis of critically ill children

Menezes, Fernanda Souza de [UNIFESP] 24 February 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:03Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-02-24 / 32 p. / Objetivos: Conhecer a prevalência de desnutrição à admissão e verificar se esse distúrbio nutricional está associado com o prognóstico de crianças internadas em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Métodos: Em estudo de coorte prospectivo, 385 crianças foram avaliadas quanto ao estado nutricional na admissão e a evolução clínica. As variáveis de desfecho foram: mortalidade em 30 dias, tempo de internação na UTI e tempo de ventilação pulmonar mecânica. Foram consideradas potenciais variáveis de exposição para o desfecho clínico: gênero, idade, diagnóstico (clínico, cirúrgico, cardiopatia), choque séptico, desnutrição, desnutrição grave e os escores de prognóstico Pediatric Index of Mortality - PIM2 e Paediatric Logistic Organ Dysfunction - PELOD. Considerou-se desnutrição quando o P/I ou IMC estava dois escores z abaixo da média dos valores de referência. Resultados: desnutrição à admissão foi observada em 45,5% dos pacientes. Na análise univariada, a desnutrição teve associação significante com tempo de ventilação pulmonar mecânica e tempo de internação na UTI, porém não se associou à mortalidade (p=0,382). Quando incluída no modelo de regressão logística, a desnutrição manteve associação independente com o tempo de ventilação pulmonar mecânica (OR 1,76 IC95% 1,08-2,88 p=0,024). Conclusões: A prevalência de desnutrição à admissão foi elevada. A desnutrição, embora não tenha sido um fator preditivo para mortalidade, teve associação independente com o tempo de ventilação pulmonar mecânica. / Background & aims:the prognostic implications of severe disease-related malnutrition have not been clarifiedThis study aimed to determine the prevalence of malnutrition on admission and whether this nutritional disorder is associated with the prognosis of children admitted to a pediatric intensive care unit (PICU). Methods: In a prospective cohort study, 385 children were assessed regarding nutritional status at admission and clinical outcome. The outcome variables were: 30-day mortality, length of PICU stay and duration of mechanical ventilation. Potential outcome variables were: gender, age, diagnosis (clinical, surgical, cardiac disease), septic shock, malnutrition, scores Pediatric Index of Mortality – PIM2 and Pediatric Logistic Organ Dysfunction - PELOD. Patients with a z score < -2 of expected weight for age, length for age or body mass index were considered malnourished. Results: 45.5% of patients were malnourished on admission. Malnutrition was associated with higher length of mechanical ventilation and length of PICU stay, and not with mortality in the univariate analysis. There was association with length of mechanical ventilation in the logistic regression model (OR 1.76, 95% confidence interval 1.08-2.88; p=0.024). Conclusions: The prevalence of malnutrition at admission was high. Malnutrition was not a predictive factor for mortality but showed independent association with length of mechanical ventilation. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Mortalidade, reinternações hospitalares e marcadores do desenvolvimento motor no primeiro ano de vida de prematuros

Nunes, Cristiane Raupp January 2013 (has links)
O estudo investigou mortalidade, reinternação e três marcadores do desenvolvimento motor de recém-nascidos prematuros, egressos da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) de um hospital universitário de Porto Alegre, no primeiro ano de idade corrigida. Tratou-se de uma coorte histórica que incluiu 170 neonatos nascidos na instituição de origem do estudo com idade gestacional menor de 37 semanas, que internaram na UTIN e sobreviveram à hospitalização. Os dados referentes às condições perinatais e à hospitalização do nascimento foram obtidos nos prontuários. Informações sobre os desfechos (morte, reinternações e marcadores do desenvolvimento motor no primeiro ano) foram obtidos por meio de entrevista telefônica com o responsável pela criança. Os desfechos foram avaliados considerando-se tanto a idade cronológica, quanto a idade corrigida. O Comitê de Ética e Pesquisa da instituição emitiu parecer favorável à realização do estudo. Nenhum dos bebês morreu e 39,4% apresentaram reinternações, especialmente por afecções respiratórias (26,5%). Mais de 90% dos participantes apresentou marcadores do desenvolvimento motor adequados quando ajustada a idade para a prematuridade (idade corrigida), sendo esse desfecho menos prevalente ao se adotar a idade cronológica. Conclui-se que os prematuros que demandam internação em UTIN e tem alta hospitalar, sobrevivem, apesar de muitos demandarem pelo menos uma internação hospitalar ao longo do primeiro ano de vida. Ao avaliar marcadores do desenvolvimento motor desses bebês, faz-se necessário corrigir a idade cronológica à prematuridade, adotando-se a idade corrigida. / This study investigated mortality, readmission and adequation for three markers of motor development in preterm infants, discharged from the Neonatal Intensive Care Unit (NICU) of a university hospital in Porto Alegre, in the first year of corrected age. This was a historical cohort study that included 170 neonates born at the home institution of the study with gestational age less than 37 weeks, who were hospitalized in the intensive care unit (NICU) and survived to hospitalization. The data concearning to perinatal conditions and birth hospitalization were obtained from the electronic records (EHRs). Information on the outcomes (death, readmissions and markers of motor development in the first year) were obtained through a telephone interview with the caretaker. Outcomes were evaluated considering both chronological age, as corrected age. The Ethics and Research Committee gave its assent to the study. None of the babies died and 39,4% were readmitted, especially (26,5%) for respiratory diseases. Over 90% of participants had adequate markers of motor development, when the age adjusted for prematurity (corrected age), this outcome is less prevalent when adopting the chronological age. We conclude that preterm infants requiring hospitalization in NICU and has hospital survive, although many demand it at least one hospitalization during the first year of life. When evaluating markers of motor development of these babies, it is necessary to correct chronological age to prematurity, adopting the corrected age. / El estudio investigó la mortalidad, reingreso y tres marcadores de desarrollo motor en niños prematuros, dados de alta de la Unidad de Cuidados Intensivos Neonatales (UCIN) de un hospital universitario de Porto Alegre, en el primer año de edad corregida. Este fue un estudio de cohorte histórico que incluyó 170 recién nacidos en la institución donde el estudio con edad gestacional menor de 37 semanas, que fueron hospitalizados en la UCIN y sobrevivieron hospitalización. Los datos relativos a las condiciones perinatales y hospitalización del parto se obtuvieron de los registros. La información sobre las medidas de resultado (muerte, reingreso y marcadores del desarrollo motor en el primer año) se obtuvieron a través de una entrevista telefónica con el cuidador. Los resultados se evaluaron tanto la edad cronológica, la edad corregida. El Comité de Ética en Investigación y dieron su consentimiento al estudio. Ninguno de los bebés murió y 39,4% eran readmisiones, especialmente para enfermedades respiratorias (26,5%). Más del 90% de los participantes mostró marcadores del desarrollo motor en la edad apropiada ajustado por la prematuridad (edad corregida), este resultado es menos frecuente cuando la adopción de la edad cronológica. Llegamos a la conclusión de que los bebés prematuros que requieren ingreso en la UCIN y ha sobrevivir hospital, aunque muchos demanda que al menos una hospitalización durante el primer año de vida. Cuando la evaluación de los marcadores de desarrollo motor de estos bebés, es necesario corregir la edad cronológica con la prematuridad, la adopción de la edad corregida.
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Avaliação do efeito de um protocolo para promoção de qualidade do sono em pacientes internados em uma unidade de cuidados coronarianos

Beltrami, Flávia Gabe January 2017 (has links)
Introdução: Sono de qualidade ruim é uma situação frequentemente descrita em pacientes críticos. A etiologia das alterações do sono nesta população é multifatorial. Dentre os fatores modificáveis citam-se ruído, iluminação, dor, interações decorrentes dos cuidados ao paciente e medicamentos. O sono de má qualidade pode relacionar-se com mudanças no metabolismo, na função endócrina, em disfunção do sistema imunológico e ventilatório e em distúrbios cardiovasculares. Também acarreta consequências psicológicas como disfunção cognitiva e delírio. Objetivo: Avaliar o efeito de um protocolo para promoção da qualidade do sono em pacientes internados em uma unidade de cuidados coronarianos (UCC). Metodologia: Este estudo consistiu em um estudo quase-experimental, realizado em duas fases. Durante a primeira fase, o grupo controle (n = 58 pacientes) recebeu cuidados habituais e informações relativas ao sono foram coletadas por meio do Questionário do Sono de Richards-Campbell (RCSQ) - escala analógica visual de 100 mm, com pontuações mais altas representando sono de melhor qualidade - e do Questionário do Sono na Unidade de Cuidados Intensivos (SICUQ) - escala discreta de 10 pontos, com maiores escores indicando maior interrupção do sono. Durante a segunda fase (n = 55 pacientes), um protocolo para promoção do sono foi implementado. As intervenções incluíram ações para redução do ruído e luminosidade, cuidados com analgesia, além de medidas gerais. Os dados relativos ao sono foram novamente coletados para avaliar o impacto dessas intervenções. Resultados: As principais barreiras ao sono identificadas pelo SICUQ foram dor 1 (1-5,5), luminosidade 1 (1-5) e ruído 1 (1-5). Dentre as fontes de ruído, as que apresentaram maiores escores foram alarmes dos monitores cardíacos 3 (1- 5,25), alarmes das bombas de infusão intravenosa 1,5 (1- 5) e alarmes dos ventiladores mecânicos 1 (1-5). Estas últimas significativamente reduzidas no grupo intervenção. Em relação ao RCSQ, o grupo intervenção obteve melhorias nos escores de profundidade do sono 81 (65-96,7) vs. 69,7 (50-90); p=0,046); fragmentação do sono 90 (65-100) vs. 69 (42,2-92,7); p=0,011); tempo para retomada do sono 90 (69,7 - 100] vs. 71,2 (40,7-96,5); p=0,007); qualidade do sono 85 (65-100) vs. 71,1 (49-98,1); p=0,026) e no escore global de qualidade do sono 83 (66-94) vs. 66,5 (45,7-87,2); p=0,002 em relação ao grupo controle. Conclusão: A implementação de um protocolo para promoção do sono foi factível e eficaz na melhora de vários parâmetros de qualidade do sono e na redução de algumas de suas barreiras em pacientes internados em uma UCC. / Introduction: Poor sleep is a frequent occurrence in the acute care unit. The etiology of disrupted sleep in this population is thought to be multifactorial. Modifiable factors include noise, light, pain, patient care interactions and medications. Disrupted sleep can be related to changes in metabolism and endocrine function, immune system dysfunction, ventilatory and cardiovascular disturbances and also psychological consequences like cognitive dysfunction and delirium. Objective: To evaluate the effect of a multi-intervention sleep care protocol in improving sleep quality in coronary care unit (UCC) patients. Methodology: This trial consisted in a quasi-experimental study, carried out in two phases. During the first phase the control group (n=58 patients) received usual care, and baseline sleep data was collected through the Richards-Campbell Sleep Questionnaire (RCSQ) - visual analog scale of 100 mm, with higher scores representing higher quality sleep - and the Sleep in the Intensive Care Unit Questionnaire (SICUQ) - 10-point discrete scale, higher scores indicate greater sleep interruption. During the second phase (n=55 patients), a sleep promoting protocol was implemented. Interventions included actions to promote analgesia, to reduce noise and brightness and other general measures. Sleep data were collected again to assess the impact of these interventions. Results: The main barriers to sleep in the SICUQ were pain [median (interquartile range)] [1 (1.0-5.5)], light [1 (1.0-5.0)] and noise [1 (1.0-5.0)]. The most rated sources of sleep-disturbing noise were heart monitor alarm [3 (1.0-5.25)], intra venous pump alarm [1.5 (1.0-5.00)] and ventilator alarm [1 (1.0-5.0)]. All of the latter were significantly lower in the intervention group than in the baseline group. According to the RCSQ, the intervention group had better scores in overall sleep depth [median (interquartile range)] [81 (65-96.7) vs. 69.7 (50-90); p=0.046]; sleep fragmentation [90 (65-100) vs. 69 (42.2-92.7); p=0.011]; return to sleep [90 (69.7 - 100) vs. 71.2 (40.7-96.5); p=0.007]; sleep quality [85 (65-100) vs. 71.1 (49-98.1); p=0.026] and mean RCSQ score [83 (66-94) vs. 66.5 (45.7-87.2); p=0.002] medians than the baseline group. Conclusion: A multi-intervention protocol was feasible and effective in improving different sleep quality parameters and in reducing some barriers to sleep in CCU patients.
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Desfechos neonatais em cesarianas eletivas em um hospital privado

Rosa, Marcos Wengrover January 2018 (has links)
O Brasil é um dos países do mundo onde mais se realiza cesarianas, muitas delas são realizadas de forma eletiva em idades gestacionais diversas entre 37 e 41 semanas. Cesarianas eletivas realizada em idades gestacionais muito precoces aumentam a o risco de eventos neonatais adversos. Objetivo: Avaliar a relação entre a idade gestacional em que a cesariana eletiva foi realizada e os resultados neonatais em mulheres atendidas no setor privado de saúde. Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo entre mulheres assistidas no setor privado de saúde do sul do Brasil, avaliando desfechos neonatais em cesarianas eletivas. No período de janeiro de 2015 a dezembro de 2016. Utilizaram-se os seguintes critérios de elegibilidade: foram incluíram gestantes primíparas e secundíparas com uma cesariana prévia, com idade gestacional entre 37 e 39 semanas (grupo I) ou ≥39 semanas (grupo II) submetidas à cesariana eletiva. Mulheres com indicações médicas para cesariana e gestantes que apresentavam comorbidades associadas foram excluídas, assim como menores de 18 anos, gestações com fetos malformados e gestantes que apresentavam rupreme. Os desfechos neonatais foram comparados entre os dois grupos de idade gestacional. Resultados: Ocorreram 8480 nascimentos de fetos vivos no Hospital Moinhos de Vento durante o período do estudo. Destes, 6542 cesarianas foram excluídos e 1938 cesarianas foram elegíveis para o presente estudo: 625 no grupo I e 1313 no grupo II. A mediana de gestações e abortamentos anteriores foram maiores 14 no grupo I (p≤0,0001 para ambos). A média de idade das mulheres nos dois grupos foi de 34 anos. Não houve variação significativa em relação à etnia, onde a média das mulheres estudadas foi de 97,8% de brancos nos dois grupos. Cerca de 72% das mulheres eram casadas ou moravam com companheiros e 26,1% do total de mulheres eram solteiras ou moravam sem companheiro em ambos os grupos. O índice de massa corporal médio em ambos os grupos foi de 28,7kg / m2. A internação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal e a hiperbilirrubinemia foram positivamente associadas ao grupo I em relação ao grupo II (Teste Qui-quadrado com análise residual ajustada, p≤0,0001 e p = 0,049, respectivamente). Nas análises de Spearman observamos que a cesariana realizada ≥39+0 semanas gestacionais (grupo II) foi negativamente relacionada à admissão na UTI Neonatal (rS=-0,091, p≤0,001), à hipoglicemia com necessidade de intervenção terapêutica (rS=-0,047, p=0,039) e eventos de hiperbilirrubinemia (rS=-0,051, p=0,023). Conclusão: A cesariana eletiva realizada antes de 39 semanas completas aumenta o risco de desfechos neonatais adversos. / Brazil is one of the countries in the world where caesarean sections are most frequently performed, many of which are performed electively at different gestational ages between 37 and 41 weeks. Elective cesarean sections performed at very early gestational ages increase the risk of adverse neonatal events. Objective: To evaluate the relationship between the gestational age at which elective cesarean section was performed and the perinatal outcomes in women treated in the private health sector. Methodology: Retrospective cohort study among women assisted in the private health sector of southern Brazil, evaluating neonatal outcomes in elective cesarean sections. From January 2015 to December 2016. The following eligibility criteria were used: primiparous and secondary infants with a previous cesarean section, gestational age between 37 and 39 weeks (group I) or ≥39 weeks (group II) submitted to elective caesarean section. Women with medical indications for cesarean section and pregnant women with associated comorbidities were excluded, as well women under 18 years old and those who presented amoniorexe. Neonatal outcomes were compared between the two gestational age groups. Results: There were 8480 births of live fetuses at Hospital Moinhos de Vento during the study period. Of those, 6542 cesareans were excluded and 1938 cesareans were eligible for the present study: 625 in group I and 1313 in group II. The median of previous pregnancies and abortions were higher in group I (p≤0,0001 for both). The mean age of women in both groups was 34 years. There was no significant variation in relation to ethnicity, where the average of the 16 studied women was 97.8% whites in both groups. About 72% of the women were married or lived with partners and 26,1% of the total women were single or lived without a partner in both groups. The mean body mass index in both groups was 28.7 kg / m2. Neonatal Intensive Care Unit (ICU) and hyperbilirubinemia were positively associated with group I in relation to group II (Chi-square test with adjusted residual analysis, p≤0,0001 and p = 0.049, respectively). In the Spearman analyzes, we observed that cesarean section performed ≥39 + 0 gestational weeks (group II) was negatively related to admission to the neonatal ICU (rS = -0.091, p≤0.001), to hypoglycemia requiring therapeutic intervention (rS = -0.047, p = 0.039) and hyperbilirubinemia events (rS = -0.051, p = 0.023). Conclusion: Elective caesarean section performed before 39 completed weeks increases the risk of adverse neonatal outcomes.

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