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Obesidade e diabetes : contribuição de processos inflamatórios e adipocitocinas, e a potencial importância de fatores nutricionais

Luft, Vivian Cristine January 2010 (has links)
A transição nutricional, caracterizada pela alteração nos padrões dietéticos e do estado nutricional que se associa às doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, está rapidamente mudando o enfoque do nutricionista de saúde pública de problemas de carência para também os de excesso de nutrientes. Obesidade se tornou uma prioridade de saúde pública, dada sua crescente epidemia e suas vastas conseqüências à saúde. Dentre os agravos à saúde ocasionados pela obesidade está o diabetes tipo 2, sendo esta a doença para a qual obesidade oferece maior risco. Diabetes tipo 2 é uma das principais causas de morbidade e mortalidade. A prevenção do diabetes e suas complicações tem se tornado uma preocupação no mundo inteiro. Sendo assim, a patogênese da então chamada “diabesidade” (diabetes tipo 2 em função à obesidade) tem recebido crescente atenção. Ainda que resistência à insulina e disfunção das células beta-pancreáticas continuem sendo reconhecidas como causas centrais no desenvolvimento do diabetes tipo 2, processos intermediários têm sido discutidos e elucidados, com grande destaque para inflamação sistêmica e adipocitocinas, que sofrem aparente forte influência nutricional, como potenciais mediadores na associação entre obesidade e diabetes. Com objetivo de esclarecer partes deste quadro, foram analisados, em um delineamento caso-coorte, dados de 567 indivíduos que desenvolveram diabetes e 554 indivíduos que não desenvolveram diabetes ao longo de 9 anos de seguimento do estudo Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC). Análises ponderadas para o efeito de delineamento e de amostragem foram realizadas utilizando os softwares SUDAAN e SAS, permitindo extrapolar os resultados para a totalidade da coorte elegível (cerca de 10.000 participantes). Modelos de regressão de Cox, progressivamente ajustados para potenciais mediadores ou confundidores, foram utilizados para avaliar o risco associado a: 1) obesidade (expressa pelo índice de massa corporal – IMC, e pela circunferência da cintura) e 2) a níveis elevados da proteína carreadora de retinol 4 (retinol binding protein 4 – RBP4, uma adipocitocina mais recentemente apontada como possível mediadora da relação entre obesidade e resistência à insulina), no desenvolvimento do diabetes. Como resultado, foi verificado que indivíduos obesos, tanto pelo IMC quando pela cintura, apresentaram maior risco de desenvolver diabetes e que esta associação bruta (minimamente ajustada para variáveis demográficas: HR=6,4; IC95% 4,5–9,2, para IMC ≥ 30 kg/m2, e HR=8,3; IC95% 5,6–12,3, para 4° quartil vs. 1° quartil da circunferência da cintura) foi reduzida praticamente à metade após a inclusão da adiponectina e de marcadores de inflamação no modelo (HR=3,2, IC95% 2,1–4,7, para IMC ≥ 30 kg/m2, e HR=4,2, IC95% 2,8–6,5, para o 4° vs. 1° quartil da circunferência da cintura). Esses resultados assim indicam que adiponectina e marcadores de inflamação podem de fato exercer papel central na associação entre obesidade e diabetes. Em relação à associação dos níveis de RBP4 com o desenvolvimento do diabetes, foi verificado que mulheres com valores mais elevados (comparando tercis extremos) apresentaram maior risco para desenvolver diabetes (HR=1,68; IC95% 1,00–2,82), em modelos ajustados para possíveis confundidores, enquanto que nenhuma associação foi encontrada em homens (HR=0,93; IC95% 0,51–1,71). Esses resultados, por sua vez, sugerem que os níveis de RBP4 podem também estar diretamente envolvidos na patogênese do diabetes tipo 2 em mulheres. Para investigar a magnitude, em termos populacionais, de exposições nutricionais vistas como anti e pró-inflamatórias, foram avaliadas, em amostras representativas da população adulta e com diabetes das 27 capitais do Brasil, as prevalências de dois hábitos alimentares principais, sabidamente relacionados ao desenvolvimento de doenças crônicas e complicações do diabetes: o consumo recomendado de frutas e hortaliças (ingeridas em 5 ou mais vezes por dia por pelo menos 5 dias na semana) e o consumo de carnes com excesso de gordura (em que a gordura aparente ou pele do frango não é retirada). O sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) entrevistou, em 2006, 2007 e 2008, 54.369, 54.251 e 54.353 adultos, respectivamente, sendo 2.840, 2.832 e 2.985 com diabetes. Em modelo multivariável ajustado por regressão de Poisson com variância robusta, o consumo recomendado de frutas e hortaliças na população com diabetes foi identificado como significativamente menos freqüente naqueles com menor escolaridade (RP=0,57, IC95% 0,44–0,74, na comparação de 0 a 8 vs. ≥12 anos de estudo, e RP=0,65, IC95% 0,49–0,86, em 9 a 11 vs. ≥12 anos de estudo), nas regiões norte (RP=0,35, IC95% 0,26–0,49, vs. sul) e nordeste (RP=0,43 IC95%0,34–0,55, vs. sul) e em sedentários (RP=0,73, IC95% 0,56–0,96), com tendência de menor consumo também em homens (RP=0,80, IC95% 0,62–1,04) e fumantes (RP=0,71, IC95%0,48–1,06). Já o consumo de carnes com excesso de gordura foi significativamente mais freqüente em homens (RP=1,86, IC95% 1,56–2,22), mais jovens (RP=1,70, IC95% 1,34–2,15, na comparação de 18 a 44 vs. ≥ 65 anos, e RP=1,30, IC95% 1,06–1,58, em 45 a 64 vs. ≥ 65 anos), de menor escolaridade (RP=1,39, IC95% 1,09–1,77, na comparação de 0 a 8 vs. ≥12 anos de estudo, e RP=1,32, IC95% 1,03–1,68, em 9 a 11 vs. ≥12 anos de estudo), não brancos (RP=1,23, IC95% 1,03–1,48), fumantes (RP=1,58, IC95% 1,27–1,98), e tendeu ser maior em obesos (RP=1,22, IC95% 0,99– 1,52), enquanto foi menor nas regiões norte (RP=0,74, IC95% 0,59–0,93, vs. sul) e nordeste (RP=0,76, IC95% 0,62–0,92, vs. sul) e naqueles com diagnóstico de hipertensão (RP=0,83, IC95% 0,70–0,98). 11 vs. ≥12 anos de estudo), não brancos (RP=1,23, IC95% 1,03–1,48), fumantes (RP=1,58, IC95% 1,27–1,98), e tendeu ser maior em obesos (RP=1,22, IC95% 0,99– 1,52), enquanto foi menor nas regiões norte (RP=0,74, IC95% 0,59–0,93, vs. sul) e nordeste (RP=0,76, IC95% 0,62–0,92, vs. sul) e naqueles com diagnóstico de hipertensão (RP=0,83, IC95% 0,70–0,98). No total de adultos, de 2006 a 2008, a prevalência do consumo recomendado de frutas e hortaliças aumentou de 7,1% (IC95% 6,9–7,3) a 9,9% (IC95% 9,7–10,2), enquanto que o consumo de carnes com excesso de gordura diminuiu de 39,1% (IC95% 38,7–39,5) a 33,3% (IC95% 32,9– 33,7). Na população com diabetes, não foram observadas mudanças significativas no período: a prevalência do consumo recomendado de frutas e hortaliças passou de 13,5% (IC95% 12,3–14,7) a 14,4% (IC95% 13,3–15,6) e o de carnes com excesso de gordura de 25,7% (IC95% 24,2–27,3) a 24,5% (IC95% 23,1–26,0). Assim, o consumo de frutas e hortaliças, com reconhecida ação antiinflamatória, é ainda pouco freqüente, enquanto o consumo de carnes gordurosas, com reconhecido papel próinflamatório, permanece elevado. Embora tenha ocorrido leve aumento nos últimos anos no consumo de frutas e hortaliças, os resultados enfatizam a importância de ações de estímulo a uma alimentação saudável na sociedade brasileira. / The nutritional transition, characterized by alteration in dietary patterns and nutritional status in the population with marked decrease in malnutrition and the diseases of nutritional deficiency and notable increase in chronic diseases, such as diabetes and cardiovascular diseases, associated with nutritional excess and modern unhealthy foodstuffs, is changing the focus of public health nutritionists. Obesity has become a public health priority, given its increasing epidemic and vast health consequences. Diabetes is the disease to which obesity provides greater risk. Type 2 diabetes is a major cause of morbidity and mortality. The prevention of diabetes and its complications has become a preoccupation worldwide. The pathogenesis of the so called “diabesity” (diabetes in consequence of obesity) has received increasing attention. Although insulin resistance and beta-cell dysfunction remain recognized as the central causes for type 2 diabetes, intermediate processes have been discussed and elucidated, with systemic inflammation and adipocytokines coming to the fore as potential mediators of the obesity-diabetes association. In a case-cohort design, we investigated 567 individuals who developed diabetes and 554 who did not in 9 years of follow-up in the Atherosclerosis Risk in Communities study (ARIC). Analyses were weighted for the design and sampling effects, using the statistical softwares SUDAAN and SAS, permitting statistical inference to the entire eligible cohort (~10.000 participants). Cox proportional hazards regression models, progressively adjusted for potential mediators or confounders, were used to assess the risk associated with: 1) obesity (expressed by the body mass index – BMI, and waist circumference) and 2) higher levels of retinol binding protein 4 – RBP4 (an adipocytokine more recently suggested as a possible mediator in the relationship between obesity and insulin resistance), for the development of diabetes. We observed that obese individuals (both by BMI and waist circumference) presented increased risk for diabetes, and this “crude” association (minimally adjusted for demographic variables: HR=6.4; 95%CI 4.5–9.2, for BMI ≥ 30 kg/m2, and HR=8.3; 95%CI 5.6–12.3, for the 4th vs. 1st quartile of waist circumference) was approximately halved after inclusion of adiponectin and inflammation markers in the models (HR=3.2, 95%CI 2.1–4.7, for BMI ≥ 30 kg/m2, and HR=4.2, 95%CI 2.8–6.5, for the 4th vs. 1st quartile of waist circumference). Though our design does not distinguish confounding from effect mediation, our data suggest that adiponectin and inflammation markers exert a central role in the obesitydiabetes association. Regarding the association between RPB4 levels and the development of diabetes, we observed that women with higher baseline RBP4 levels (3rd vs 1st tertile) presented increased risk for developing diabetes (HR=1.68; 95%CI 1.00–2.82) in models adjusted for possible confounders, while no association was found in men (HR=0.93; 95%CI 0.51–1.71). These results suggest that RBP4 levels may be directly involved to the etiopathogenesis of type 2 diabetes in women. The source of stimuli for this mild, chronic inflammation is a major unresolved question. Inadequate intake of foodstuffs with anti-inflammatory actions and excess intake of those with pro-inflammatory actions has been postulated. In representative samples of the adult population and the population with diabetes living in Brazilian capital cities, the prevalence of two main dietary habits, known to be related with the development of chronic diseases and complications of diabetes and having consequences, in terms of inflammation, was estimated: the recommended intake of fruits and vegetables (5 or more times per day in at least 5 days per week) and the intake of meat with excessive fat (when visible fat or the skin of chicken was not removed). The VIGITEL survey (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, or Telephone-based Surveillance of Risk and Protective Factors for Chronic Diseases) interviewed 54369, 54251 and 54353 adults, of whom 2.840, 2.832 and 2.985 had diabetes in 2006, 2007 and 2008, respectively. In multivariable model adjusted through Poisson regression, the recommended intake of fruits and vegetables in the population with diabetes was identified as significantly less frequent in those with lower education (PR=0,57, 95%CI 0,44–0,74, comparing 0 to 8 vs. ≥12 years of study, and PR=0,65, 95%CI 0,49–0,86, in 9 to 11 vs. ≥12 years of study), in the north (PR=0,35, 95%CI 0,26– 0,49, vs. south) and northeast regions (PR=0,43 95%CI0,34–0,55, vs. south) and in sedentary people (PR=0,73, 95%CI 0,56–0,96), with tendencies of lower prevalence of recommended intake also in men (PR=0,80, 95%CI 0,62–1,04) and smokers (PR=0,71, 95%CI0,48–1,06). The intake of meat with excessive fat was significantly more frequent in men (PR=1,86, 95%CI 1,56–2,22), younger individuals (PR=1,70, 95%CI 1,34–2,15, comparing 18 to 44 vs. ≥ 65 years old, and PR=1,30, 95%CI 1,06–1,58, in 45 a 64 vs. ≥ 65 years old), those with less formal education (PR=1,39, 95%CI 1,09–1,77, comparing 0 to 8 vs. ≥12 years of study, and PR=1,32, 95%CI 1,03–1,68, in 9 a 11 vs. ≥12 years of study), non-white individuals (PR=1,23, 95%CI 1,03–1,48) and smokers (PR=1,58, 95%CI 1,27–1,98), and tended to be more frequent with obesity (PR=1,22, 95%CI 0,99–1,52), while it was less frequent in the north (PR=0,74, 95%CI 0,59–0,93, vs. south) and northeast (PR=0,76, 95%CI 0,62– 0,92, vs. south) regions, and in those who had received a diagnosis of hypertension (PR=0,83, 95%CI 0,70–0,98). In the total adult population, from 2006 to 2008, the prevalence of recommended intake of fruits and vegetables increased significantly from 7,1% (95%CI 6,9–7,3) to 9,9% (95%CI 9,7–10,2), and the intake of meat with excessive fat diminished significantly from 39,1% (95%CI 38,7–39,5) to 33,3% (95%CI 32,9–33,7). In the population with diabetes, no significant difference was observed: the prevalence of recommended intake of fruits and vegetables increased from 13,5% (95%CI 12,3–14,7) to 14,4% (95%CI 13,3–15,6) while the intake of meat with excessive fat diminished from 25,7% (95%CI 24,2–27,3) to 24,5% (95%CI 23,1–26,0). In sum, the intake of fruits and vegetables, with known antiinflammatory actions, was insufficient in most, while the intake of meat with excessive fat, with recognized pró-inflamatory actions, remains elevated. Although a slight increase in fruits and vegetables intake was seen in the last few years, these results highlight the importance of actions to stimulate healthy eating habits across Brazilian society.
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Interação neuroendócrina , perfil de citocinas e adipocinas em pacientes com leishmaniose visceral

Teixeira, Danielle Christine Chaves 07 1900 (has links)
Submitted by Pós Imunologia (ppgimicsufba@gmail.com) on 2017-03-14T15:46:34Z No. of bitstreams: 1 dissertação DANIELLE MIMOSO.pdf: 901513 bytes, checksum: 7f7c98092741a35d39bc3f951c13e94a (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2017-04-24T12:30:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1 dissertação DANIELLE MIMOSO.pdf: 901513 bytes, checksum: 7f7c98092741a35d39bc3f951c13e94a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-24T12:30:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertação DANIELLE MIMOSO.pdf: 901513 bytes, checksum: 7f7c98092741a35d39bc3f951c13e94a (MD5) / FAPESB / O eixo (HPA) hipotálamo-pituitária-adrenal é ativado em resposta ao estresse.Estudos mostraram que, em algumas infecções os níveis de cortisol, corticosterona e de ACTH estavam aumentados, indicando uma ativação do eixo HPA. Os glicocorticoides são hormônios que afetam o metabolismo e a resposta imunitária de várias formas, incluindo a diminuição da produção de citocinas pró-inflamatórias. A leishmaniose é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania, sendo um grave problema de saúde em várias partes do mundo, incluindo Brasil. Infecção por Leishmania pode levar a um amplo espectro de manifestações clínicas: a leishmaniose cutânea (LC), leishmaniose disseminada (DL), leishmaniose mucosa (LM), leishmaniose cutânea difusa (DCL) ea leishmaniose visceral (LV). No presente trabalho, investigamos se os pacientes com LV tem mudanças nos níveis de ACTH e cortisol e se essas alterações estão relacionadas a alguns marcadores clínicos e/ ou imunológicos da doença. MATERIAL E MÉTODOS Foram avaliados um grupo de pacientes com LV (n = 37) e CTL (n = 34), com idades variando de 2 a 11 anos e índice de massa corporal (IMC) similares.Os Hormônios (ACTH e cortisol) foram quantificados utilizando tecnologia Luminex e citocinas (IL1β, TNF-α, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12, IFN-γ) foram determinadas por citometria de fluxo (CBA). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os indivíduos com LV apresentaram níveis mais altos de cortisol (14,79 ng / mL ± 11,13) e ACTH (9.040 pg / mL ± 26,42) que os controles (12,00 ng / mL ± 1,831, P = 0,0004 e 1,880 pg / mL ± 48,08, P <0,0001, respectivamente) .O cortisol teve correlação positiva com o tempo de doença (r = 0,4105, P = 0,04), frequência respiratória (r = 0,44 P = 0,015) e IL-6 (r = 0,389, P = 0,0405). O ACTH teve correlação positiva com TNF-α (r = 0,3769, P = 0,040) e IL-1β (r = 0,3762, P = 0,0405). CONCLUSÕES: Nossos resultados indicam que os pacientes com LV tem uma ativação do eixo HPA e que esta pode ser associada com a progressão da doença. A elevação de algumas citocinas como a IL-6 pode estar envolvida nesta ativação e aumento do cortisol. / INTRODUCTION The Hypothalamic-Pituitary-Adrenal (HPA) axis is activated in response to stress. Studies have showed that in some infections there is elevation of cortisol or corticosterone and ACTH, indicating an activation of HPA axis. Glucocorticoids are hormones that affect the metabolism and immune response in several ways, including decreased production of proinflammatory cytokines. Leishmaniasis is a disease caused by protozoans of the genus Leishmania that is a serious health problem in several parts of the world including Brazil. Leishmania infection can lead to a wide spectrum of clinical manifestations: cutaneous leishmaniasis (CL), disseminated leishmaniasis (DL), mucosal leishmaniasis (ML), diffuse cutaneous leishmaniasis (DCL) and visceral leishmaniasis (VL). In the present work, we investigated whether patients with VL have changes in ACTH and cortisol levels and if these alterations are related to some clinical or immunological markers of disease. MATERIAL AND METHODS We evaluated a group of patients with VL (n=37) and healthy volunteers (n=34) with ages ranging from 2 to 11 years and similar body mass index (BMI). Hormones (ACTH and cortisol) were quantified using multiplex bead-based Luminex technology and cytokines (IL1β, TNF-α,IL-6,IL- 8,IL-10,IL-12,IFN-γ) were determinate by cytometric beads array (CBA). RESULTS AND DISCUSSION Individuals with VL exhibited higher levels of cortisol (14.79 ng/mL ±11.13) and ACTH (9.040 pg/mL±26.42) than controls (12.00 ng/mL±1.831, P=0.0004 and 1.880 pg/mL±48.08, P<0.0001, respectively).Levels of cortisol positively correlated with time of disease (r= 0.4105, P=0.04), respiratory frequency (r=0.44 P=0.015) and IL-6 (r=0.389, P=0.0405). ACTH positively correlated with TNF-α (r=0.3769, P=0.040) and IL- 1β (r=0.3762, P=0.0405). CONCLUSIONS: These results indicate that patients with VL have an activation of the HPA axis and that this activation could be associated with the outcome of disease. The elevation of some cytokines as IL-6 could be involved in the HPA activation and increase of cortisol.
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Relação do Tecido Adiposo e das Adipocinas com os Parâmetros Bioquímicos e Imunológicos na Leishmaniose Visceral Experimental.

Sousa, Adenilma Duranes 26 October 2016 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2017-05-26T15:49:55Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_ICS_ Adenilma Duranes Sousa.pdf: 2663510 bytes, checksum: fba19cb0e919e73195f00b46394234aa (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-26T15:49:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_ICS_ Adenilma Duranes Sousa.pdf: 2663510 bytes, checksum: fba19cb0e919e73195f00b46394234aa (MD5) / As leishmanioses são infecções causadas pelo tripanosomatídeo Leishmania sp. Estima-se que 350 milhões de pessoas estão sob o risco de contrair leishmaniose, em todo mundo. A Leishmaniose visceral (LV) é a forma clínica mais grave da doença. Os principais sintomas apresentados são febre prolongada, hepatomegalia, esplenomegalia, hipergamaglobulinemia, pancitopenia, perda de peso, e em casos não tratados, óbito. Algumas alterações bioquímicas e metabólicas são observadas na VL, principalmente aumento das concentrações plasmáticas de triglicerídeos, colesterol e LDL. O tecido adiposo e as adipocinas, podem participar da regulação da resposta imune em processos inflamatórios e em diversas infecções. O objetivo geral desse trabalho foi investigar a relação do tecido adiposo e das adipocinas com parâmetros bioquímicos e imunológicos observados na leishmaniose visceral experimental. Foram utilizados 41 hamsters dourados (Mesocricetus auratus) machos adultos, com peso médio de 132 gramas. Os animais foram infectados com 1X105 promastigota de L. infantum na derme da orelha. A eutanásia ocorreu 4 e 8 meses após a infecção. O Tecido adiposo, o baço e o fígado foram coletados, pesados e acondicionados em solução de conservação. A carga parasitária do baço e fígado, foi avaliada por meio da técnica de diluição limitante. A expressão das citocinas no baço foi avaliada por meio da realização do qRT-PRC. Os parâmetros bioquímicos e as adipocinas foram dosadas no soro. Foi realizada a análise histopatológica e a morfometria do tecido adiposo corado por HE. As análises estatísticas foram realizadas usando o Software GraphPad Prism 5.0. Os animais infectados apresentaram perda de peso e esplenomegalia no oitavo mês de infecção. Os animais apresentaram carga parasitária moderada, tanto no baço, quanto no fígado. Não houve diferença na expressão das citocinas, nem na concentração sérica dos parâmetros bioquímicos e das adipocinas. A carga parasitária do baço e do fígado apresenta correlação negativa com os níveis de albumina. A carga parasitária do baço apresentou correlação negativa com os níveis de colesterol total. A Análise de correlação das adipocinas, mostrou que a adiponectina está correlacionada negativamente com as concentrações de glicose e albumina dos animais controles. E a leptina apresentou correlação negativa com o peso relativo do baço no grupo dos animais controle e correlação positiva com as concentrações séricas de triglicérides e VLDL, em ambos os grupos. Adicionalmente, a leptina apresentou correlação positiva com a carga parasitária do baço e com o peso relativo do tecido adiposo epididimal e retroperitoneal. Já as concentrações de HDL estão correlacionadas negativamente com os níveis de leptina, em hamster infectados com L. infantum. As análises de correlação mostraram que leptina tem relação com o estabelecimento da LV em hamsters.
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Níveis séricos de leptina e de adiponectina durante o período gestacional de adolescentes / Leptin and Adiponectin serum levels during adolescents gestational period

Baratto, Indiomara [UNIFESP] January 2014 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:46:44Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2014 / Introdução: Os niveis sericos de Adipocinas tem sido amplamente investigados em gestantes adultas. As pesquisas indicam que a concentracao sanguinea de Adipocinas como Leptina e Adiponectina se relacionam tanto com mudancas fisiologicas como com intercorrencias clinicas durante a gestacao, contudo estes niveis ainda nao foram observados na gestacao de adolescentes. A gravidez na adolescencia e considerada de alto risco e o numero de casos e elevado, o que torna necessario pesquisas nesta populacao. Objetivo: Mensurar e comparar a concentracao serica de Leptina (pg/mL) e de Adiponectina (ng/mL) durante a evolucao da gravidez em adolescentes. Metodos: Este estudo foi tipo coorte prospectivo e avaliou gestantes adolescentes com IMC pregestacional de Eutrofia (IMC entre 18,5 a 24,9 Kg/m²) nos tres trimestres gestacionais (10 a 14 semanas, 24 a 28 semanas e 30 a 34 semanas). Foi colhido sangue para avaliar a concentracao serica de Leptina e de Adiponectina, sendo os niveis mensurados pelo metodo de ELISA. Foram recrutadas para fazer parte do grupo controle, adolescentes nao gravidas. Resultados: Participaram do estudo 43 gestantes adolescentes. Os niveis sericos de Leptina (pg/mL) durante a gestacao apresentaram diferenca estatistica significante ao comparar o primeiro e o segundo trimestre versus o terceiro (p<0,0001 e p<0,0001). Quando incluimos a amostra controle (n=62) identificamos significancia ao confrontar a concentracao serica observada nas nao gravidas com os niveis encontrados no primeiro e no terceiro trimestres gestacionais (p<0,0001 e p<0,0001). Identificamos valores significativos nos niveis sericos de Adiponectina (ng/mL) ao confrontar os valores encontrados no primeiro versus segundo trimestre (p=0,03) e ao comparar o primeiro com o terceiro (p=0,002), ainda Introdução: Os niveis sericos de Adipocinas tem sido amplamente investigados em gestantes adultas. As pesquisas indicam que a concentracao sanguinea de Adipocinas como Leptina e Adiponectina se relacionam tanto com mudancas fisiologicas como com intercorrencias clinicas durante a gestacao, contudo estes niveis ainda nao foram observados na gestacao de adolescentes. A gravidez na adolescencia e considerada de alto risco e o numero de casos e elevado, o que torna necessario pesquisas nesta populacao. Objetivo: Mensurar e comparar a concentracao serica de Leptina (pg/mL) e de Adiponectina (ng/mL) durante a evolucao da gravidez em adolescentes. Metodos: Este estudo foi tipo coorte prospectivo e avaliou gestantes adolescentes com IMC pregestacional de Eutrofia (IMC entre 18,5 a 24,9 Kg/m²) nos tres trimestres gestacionais (10 a 14 semanas, 24 a 28 semanas e 30 a 34 semanas). Foi colhido sangue para avaliar a concentracao serica de Leptina e de Adiponectina, sendo os niveis mensurados pelo metodo de ELISA. Foram recrutadas para fazer parte do grupo controle, adolescentes nao gravidas. Resultados: Participaram do estudo 43 gestantes adolescentes. Os niveis sericos de Leptina (pg/mL) durante a gestacao apresentaram diferenca estatistica significante ao comparar o primeiro e o segundo trimestre versus o terceiro (p<0,0001 e p<0,0001). Quando incluimos a amostra controle (n=62) identificamos significancia ao confrontar a concentracao serica observada nas nao gravidas com os niveis encontrados no primeiro e no terceiro trimestres gestacionais (p<0,0001 e p<0,0001). Identificamos valores significativos nos niveis sericos de Adiponectina (ng/mL) ao confrontar os valores encontrados no primeiro versus segundo trimestre (p=0,03) e ao comparar o primeiro com o terceiro (p=0,002), ainda observamos significancia ao equiparar os tres trimestres gestacionais com os niveis encontrados no grupo controle (p=0,0003, p<0,0001 e p<0,0001). Conclusao: Nosso estudo mostrou que as concentracoes sericas destas Adipocinas tem o comportamento semelhante ao observado em mulheres gravidas adultas. Os niveis sericos de Leptina sao mais elevados em gravidas do que em nao gravidas, a molecula apresentou declinio nos niveis sanguineos no segundo trimestre, seguido de aumento no terceiro. Observamos que a concentracao serica de Adiponectina e menor em gravidas do que em nao gravidas, ocorreu reducao nos niveis sericos conforme a idade gestacional aumentou / Introduction: Serum Adipokines have been widely investigated in adult pregnant women, research indicates that the blood concentration of Leptin and Adiponectin as both relate to physiological changes as with clinical complications during pregnancy, however these levels have not been observed in teenage pregnancy. Teenage pregnancy is considered high risk and the number of cases is raised, which makes it increasingly present research needed in this population. Objective: To measure and compare the serum concentration of Lepitn (pg/mL) and Adiponectin (ng/mL) during the course of pregnancy. Methods: This prospective cohort study of pregnant assessed with pre pregnancy BMI Normal weight (BMI between 18.5 and 24.9 kg/m²) in the three trimesters of pregnancy (10 to 14 weeks, 24-28 weeks and 30-34 weeks). Blood was collected to assess levels measured by ELISA, recruited to be part of another group, as the control, non-pregnant. Results: A total of 43 pregnant adolescents participated in the study. Serum leptin levels (pg/ mL) during pregnancy showed a significant difference when comparing the first and second quarters versus the third (p< 0.0001 and p<0.0001). When added to the control sample (n=62) identified significance by comparing the serum concentration observed in non-pregnant women with levels found in the first and third trimesters (p< 0.0001 and p<0.0001). We identified significant amounts in serum Adiponectin (ng/mL) by comparing the values found in the first versus second trimester (p=0.03) and when comparing the first with the third (p=0.002), we also observed significance to equate gestational period with levels found in the control group (p=0.0003, p<0.0001 and p<0.0001). Conclusion: Our study showed that the serum concentration of these Adipokines is similar to adult pregnant behavior. Serum Leptin levels are higher in non-pregnant Pregnant, the molecule was decline in the second quarter, followed by the third increase. We observed that serum Adiponectin is higher in non pregnant than in pregnant women, that there was a reduction in levels according to gestational age increased. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Metabolismo glicídico e adipocinas em trabalhadores em turnos fixos / Glucose metabolism and adipokines in fixed shift workers

Padilha, Heloisa Vidigal Guarita [UNIFESP] 28 April 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:26Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-04-28. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:26:22Z : No. of bitstreams: 1 Publico-230.pdf: 1343206 bytes, checksum: ed562078dad1c9094e755e2a83171c67 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP) / Introdução: trabalhadores em turnos são indivíduos conhecidamente mais predispostos à obesidade, descontrole da ingestão alimentar, resistência à insulina e diabetes. Os níveis circulantes de adiponectina, interleucina 6 e TNF-alfa também mostram participação no metabolismo glicídico. Objetivo: avaliar o metabolismo glicídico e as concentrações destas adipocinas em trabalhadores em turnos. Materiais e métodos: foram selecionados 22 trabalhadores em turnos com idade entre 20 e 35 anos, do gênero masculino, da indústria de aço Brasmetal, localizada na cidade de Diadema, São Paulo, sendo: trabalhadores matutinos fixos (n=6), trabalhadores noturnos fixos (n=9), trabalhadores que trabalham em horário comercial (n=7). As coletas de sangue foram realizadas a cada 4 horas no período de 24 horas do estudo, totalizando seis coletas. Resultados: a ingestão total de carboidratos foi menor (p<0,0005), enquanto proteína (p=0,0005) e lipídeos foi maior nos trabalhadores matutinos em relação ao grupo horário comercial. O grupo matutino também apresentou concentrações elevadas de cortisol comparativamente aos outros dois grupos. O cortisol foi mostrou maior influência sobre horário de acordar do que horário do dia. Os dois grupos de trabalhadores em turno, matutinos e noturnos, apresentaram altas concentrações de HOMA-RI basal caracterizando uma situação de resistência a insulina. Foi encontrado um efeito sobre o turno para adiponectina e TNF-alfa, onde o grupo matutino apresentou diferenças significantes em relação ao grupo horário comercial. As concentrações de IL-6 não foram diferentes. Conclusão: o grupo matutino apresentou maiores concentrações de cortisol e uma tendência a ter maiores concentrações de HOMA-RI, indicando que este grupo de trabalhadores merece maior atenção. Ainda, os três grupos apresentaram altos níveis de cortisol ao acordar, sugerindo que estes indivíduos estão ajustados aos diferentes horários de despertar. / Introduction: Shift work has been associated with a higher propensity for the development of obesity, lack of food intake, insulin resistance and diabetes. Circulating levels of adiponectin, interleukin 6 and tumor necrosis factor-alpha also show involvement in glucose metabolism, Objective: The aim of the study was to investigate concentrations glucose metabolism and the adipokines levels among fixed shiftworkers. Materials and methods: The study included 22 fixed shiftworkers, aged between 20 and 35 years, male, Brasmetal steel industry, located in Diadema, São Paulo. There were three different shifts: night workers (n = 9), fixed early morning workers (n = 6), and dayworkers (n = 7). Blood samples were collected every 4 h over the course of 24 h, yielding 6 samples. Results: Total carbohydrate intake was lowest (p < 0.0005), while fat (p = 0.03) and protein (p < 0.0005) was highest on the early morning shifts comparing to dayworkers. The early morning workers also had overall elevated cortisol levels relative to the other two groups (p<0,05). Cortisol levels appeared to be more influenced by time since waking prior to the shift than by time-of-day. The early morning and night groups showed higher levels of HOMA-IR, which is a situation of insulin resistance. It was found an effect from shift on adiponectin and TNF-alpha, where the early morning workers were significant different from the dayworkers. There were no differences on IL-6 concentrations. Conclusion: the early morning group had the highest overall concentrations of cortisol and tended to have larger levels of HOMA-RI, indicating that more attention should be given to these workers. Moreover, all three groups showed pronounced cortisol levels on awakening, suggesting that they may have adjusted to their awaking time. / FAPESP (CEDIP): 998/14303-3 / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Papel da progranulina na doença renal do diabetes e transplante renal

Nicoletto, Bruna Bellincanta January 2017 (has links)
Resumo não disponível.
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Obesidade e diabetes : contribuição de processos inflamatórios e adipocitocinas, e a potencial importância de fatores nutricionais

Luft, Vivian Cristine January 2010 (has links)
A transição nutricional, caracterizada pela alteração nos padrões dietéticos e do estado nutricional que se associa às doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, está rapidamente mudando o enfoque do nutricionista de saúde pública de problemas de carência para também os de excesso de nutrientes. Obesidade se tornou uma prioridade de saúde pública, dada sua crescente epidemia e suas vastas conseqüências à saúde. Dentre os agravos à saúde ocasionados pela obesidade está o diabetes tipo 2, sendo esta a doença para a qual obesidade oferece maior risco. Diabetes tipo 2 é uma das principais causas de morbidade e mortalidade. A prevenção do diabetes e suas complicações tem se tornado uma preocupação no mundo inteiro. Sendo assim, a patogênese da então chamada “diabesidade” (diabetes tipo 2 em função à obesidade) tem recebido crescente atenção. Ainda que resistência à insulina e disfunção das células beta-pancreáticas continuem sendo reconhecidas como causas centrais no desenvolvimento do diabetes tipo 2, processos intermediários têm sido discutidos e elucidados, com grande destaque para inflamação sistêmica e adipocitocinas, que sofrem aparente forte influência nutricional, como potenciais mediadores na associação entre obesidade e diabetes. Com objetivo de esclarecer partes deste quadro, foram analisados, em um delineamento caso-coorte, dados de 567 indivíduos que desenvolveram diabetes e 554 indivíduos que não desenvolveram diabetes ao longo de 9 anos de seguimento do estudo Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC). Análises ponderadas para o efeito de delineamento e de amostragem foram realizadas utilizando os softwares SUDAAN e SAS, permitindo extrapolar os resultados para a totalidade da coorte elegível (cerca de 10.000 participantes). Modelos de regressão de Cox, progressivamente ajustados para potenciais mediadores ou confundidores, foram utilizados para avaliar o risco associado a: 1) obesidade (expressa pelo índice de massa corporal – IMC, e pela circunferência da cintura) e 2) a níveis elevados da proteína carreadora de retinol 4 (retinol binding protein 4 – RBP4, uma adipocitocina mais recentemente apontada como possível mediadora da relação entre obesidade e resistência à insulina), no desenvolvimento do diabetes. Como resultado, foi verificado que indivíduos obesos, tanto pelo IMC quando pela cintura, apresentaram maior risco de desenvolver diabetes e que esta associação bruta (minimamente ajustada para variáveis demográficas: HR=6,4; IC95% 4,5–9,2, para IMC ≥ 30 kg/m2, e HR=8,3; IC95% 5,6–12,3, para 4° quartil vs. 1° quartil da circunferência da cintura) foi reduzida praticamente à metade após a inclusão da adiponectina e de marcadores de inflamação no modelo (HR=3,2, IC95% 2,1–4,7, para IMC ≥ 30 kg/m2, e HR=4,2, IC95% 2,8–6,5, para o 4° vs. 1° quartil da circunferência da cintura). Esses resultados assim indicam que adiponectina e marcadores de inflamação podem de fato exercer papel central na associação entre obesidade e diabetes. Em relação à associação dos níveis de RBP4 com o desenvolvimento do diabetes, foi verificado que mulheres com valores mais elevados (comparando tercis extremos) apresentaram maior risco para desenvolver diabetes (HR=1,68; IC95% 1,00–2,82), em modelos ajustados para possíveis confundidores, enquanto que nenhuma associação foi encontrada em homens (HR=0,93; IC95% 0,51–1,71). Esses resultados, por sua vez, sugerem que os níveis de RBP4 podem também estar diretamente envolvidos na patogênese do diabetes tipo 2 em mulheres. Para investigar a magnitude, em termos populacionais, de exposições nutricionais vistas como anti e pró-inflamatórias, foram avaliadas, em amostras representativas da população adulta e com diabetes das 27 capitais do Brasil, as prevalências de dois hábitos alimentares principais, sabidamente relacionados ao desenvolvimento de doenças crônicas e complicações do diabetes: o consumo recomendado de frutas e hortaliças (ingeridas em 5 ou mais vezes por dia por pelo menos 5 dias na semana) e o consumo de carnes com excesso de gordura (em que a gordura aparente ou pele do frango não é retirada). O sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) entrevistou, em 2006, 2007 e 2008, 54.369, 54.251 e 54.353 adultos, respectivamente, sendo 2.840, 2.832 e 2.985 com diabetes. Em modelo multivariável ajustado por regressão de Poisson com variância robusta, o consumo recomendado de frutas e hortaliças na população com diabetes foi identificado como significativamente menos freqüente naqueles com menor escolaridade (RP=0,57, IC95% 0,44–0,74, na comparação de 0 a 8 vs. ≥12 anos de estudo, e RP=0,65, IC95% 0,49–0,86, em 9 a 11 vs. ≥12 anos de estudo), nas regiões norte (RP=0,35, IC95% 0,26–0,49, vs. sul) e nordeste (RP=0,43 IC95%0,34–0,55, vs. sul) e em sedentários (RP=0,73, IC95% 0,56–0,96), com tendência de menor consumo também em homens (RP=0,80, IC95% 0,62–1,04) e fumantes (RP=0,71, IC95%0,48–1,06). Já o consumo de carnes com excesso de gordura foi significativamente mais freqüente em homens (RP=1,86, IC95% 1,56–2,22), mais jovens (RP=1,70, IC95% 1,34–2,15, na comparação de 18 a 44 vs. ≥ 65 anos, e RP=1,30, IC95% 1,06–1,58, em 45 a 64 vs. ≥ 65 anos), de menor escolaridade (RP=1,39, IC95% 1,09–1,77, na comparação de 0 a 8 vs. ≥12 anos de estudo, e RP=1,32, IC95% 1,03–1,68, em 9 a 11 vs. ≥12 anos de estudo), não brancos (RP=1,23, IC95% 1,03–1,48), fumantes (RP=1,58, IC95% 1,27–1,98), e tendeu ser maior em obesos (RP=1,22, IC95% 0,99– 1,52), enquanto foi menor nas regiões norte (RP=0,74, IC95% 0,59–0,93, vs. sul) e nordeste (RP=0,76, IC95% 0,62–0,92, vs. sul) e naqueles com diagnóstico de hipertensão (RP=0,83, IC95% 0,70–0,98). 11 vs. ≥12 anos de estudo), não brancos (RP=1,23, IC95% 1,03–1,48), fumantes (RP=1,58, IC95% 1,27–1,98), e tendeu ser maior em obesos (RP=1,22, IC95% 0,99– 1,52), enquanto foi menor nas regiões norte (RP=0,74, IC95% 0,59–0,93, vs. sul) e nordeste (RP=0,76, IC95% 0,62–0,92, vs. sul) e naqueles com diagnóstico de hipertensão (RP=0,83, IC95% 0,70–0,98). No total de adultos, de 2006 a 2008, a prevalência do consumo recomendado de frutas e hortaliças aumentou de 7,1% (IC95% 6,9–7,3) a 9,9% (IC95% 9,7–10,2), enquanto que o consumo de carnes com excesso de gordura diminuiu de 39,1% (IC95% 38,7–39,5) a 33,3% (IC95% 32,9– 33,7). Na população com diabetes, não foram observadas mudanças significativas no período: a prevalência do consumo recomendado de frutas e hortaliças passou de 13,5% (IC95% 12,3–14,7) a 14,4% (IC95% 13,3–15,6) e o de carnes com excesso de gordura de 25,7% (IC95% 24,2–27,3) a 24,5% (IC95% 23,1–26,0). Assim, o consumo de frutas e hortaliças, com reconhecida ação antiinflamatória, é ainda pouco freqüente, enquanto o consumo de carnes gordurosas, com reconhecido papel próinflamatório, permanece elevado. Embora tenha ocorrido leve aumento nos últimos anos no consumo de frutas e hortaliças, os resultados enfatizam a importância de ações de estímulo a uma alimentação saudável na sociedade brasileira. / The nutritional transition, characterized by alteration in dietary patterns and nutritional status in the population with marked decrease in malnutrition and the diseases of nutritional deficiency and notable increase in chronic diseases, such as diabetes and cardiovascular diseases, associated with nutritional excess and modern unhealthy foodstuffs, is changing the focus of public health nutritionists. Obesity has become a public health priority, given its increasing epidemic and vast health consequences. Diabetes is the disease to which obesity provides greater risk. Type 2 diabetes is a major cause of morbidity and mortality. The prevention of diabetes and its complications has become a preoccupation worldwide. The pathogenesis of the so called “diabesity” (diabetes in consequence of obesity) has received increasing attention. Although insulin resistance and beta-cell dysfunction remain recognized as the central causes for type 2 diabetes, intermediate processes have been discussed and elucidated, with systemic inflammation and adipocytokines coming to the fore as potential mediators of the obesity-diabetes association. In a case-cohort design, we investigated 567 individuals who developed diabetes and 554 who did not in 9 years of follow-up in the Atherosclerosis Risk in Communities study (ARIC). Analyses were weighted for the design and sampling effects, using the statistical softwares SUDAAN and SAS, permitting statistical inference to the entire eligible cohort (~10.000 participants). Cox proportional hazards regression models, progressively adjusted for potential mediators or confounders, were used to assess the risk associated with: 1) obesity (expressed by the body mass index – BMI, and waist circumference) and 2) higher levels of retinol binding protein 4 – RBP4 (an adipocytokine more recently suggested as a possible mediator in the relationship between obesity and insulin resistance), for the development of diabetes. We observed that obese individuals (both by BMI and waist circumference) presented increased risk for diabetes, and this “crude” association (minimally adjusted for demographic variables: HR=6.4; 95%CI 4.5–9.2, for BMI ≥ 30 kg/m2, and HR=8.3; 95%CI 5.6–12.3, for the 4th vs. 1st quartile of waist circumference) was approximately halved after inclusion of adiponectin and inflammation markers in the models (HR=3.2, 95%CI 2.1–4.7, for BMI ≥ 30 kg/m2, and HR=4.2, 95%CI 2.8–6.5, for the 4th vs. 1st quartile of waist circumference). Though our design does not distinguish confounding from effect mediation, our data suggest that adiponectin and inflammation markers exert a central role in the obesitydiabetes association. Regarding the association between RPB4 levels and the development of diabetes, we observed that women with higher baseline RBP4 levels (3rd vs 1st tertile) presented increased risk for developing diabetes (HR=1.68; 95%CI 1.00–2.82) in models adjusted for possible confounders, while no association was found in men (HR=0.93; 95%CI 0.51–1.71). These results suggest that RBP4 levels may be directly involved to the etiopathogenesis of type 2 diabetes in women. The source of stimuli for this mild, chronic inflammation is a major unresolved question. Inadequate intake of foodstuffs with anti-inflammatory actions and excess intake of those with pro-inflammatory actions has been postulated. In representative samples of the adult population and the population with diabetes living in Brazilian capital cities, the prevalence of two main dietary habits, known to be related with the development of chronic diseases and complications of diabetes and having consequences, in terms of inflammation, was estimated: the recommended intake of fruits and vegetables (5 or more times per day in at least 5 days per week) and the intake of meat with excessive fat (when visible fat or the skin of chicken was not removed). The VIGITEL survey (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, or Telephone-based Surveillance of Risk and Protective Factors for Chronic Diseases) interviewed 54369, 54251 and 54353 adults, of whom 2.840, 2.832 and 2.985 had diabetes in 2006, 2007 and 2008, respectively. In multivariable model adjusted through Poisson regression, the recommended intake of fruits and vegetables in the population with diabetes was identified as significantly less frequent in those with lower education (PR=0,57, 95%CI 0,44–0,74, comparing 0 to 8 vs. ≥12 years of study, and PR=0,65, 95%CI 0,49–0,86, in 9 to 11 vs. ≥12 years of study), in the north (PR=0,35, 95%CI 0,26– 0,49, vs. south) and northeast regions (PR=0,43 95%CI0,34–0,55, vs. south) and in sedentary people (PR=0,73, 95%CI 0,56–0,96), with tendencies of lower prevalence of recommended intake also in men (PR=0,80, 95%CI 0,62–1,04) and smokers (PR=0,71, 95%CI0,48–1,06). The intake of meat with excessive fat was significantly more frequent in men (PR=1,86, 95%CI 1,56–2,22), younger individuals (PR=1,70, 95%CI 1,34–2,15, comparing 18 to 44 vs. ≥ 65 years old, and PR=1,30, 95%CI 1,06–1,58, in 45 a 64 vs. ≥ 65 years old), those with less formal education (PR=1,39, 95%CI 1,09–1,77, comparing 0 to 8 vs. ≥12 years of study, and PR=1,32, 95%CI 1,03–1,68, in 9 a 11 vs. ≥12 years of study), non-white individuals (PR=1,23, 95%CI 1,03–1,48) and smokers (PR=1,58, 95%CI 1,27–1,98), and tended to be more frequent with obesity (PR=1,22, 95%CI 0,99–1,52), while it was less frequent in the north (PR=0,74, 95%CI 0,59–0,93, vs. south) and northeast (PR=0,76, 95%CI 0,62– 0,92, vs. south) regions, and in those who had received a diagnosis of hypertension (PR=0,83, 95%CI 0,70–0,98). In the total adult population, from 2006 to 2008, the prevalence of recommended intake of fruits and vegetables increased significantly from 7,1% (95%CI 6,9–7,3) to 9,9% (95%CI 9,7–10,2), and the intake of meat with excessive fat diminished significantly from 39,1% (95%CI 38,7–39,5) to 33,3% (95%CI 32,9–33,7). In the population with diabetes, no significant difference was observed: the prevalence of recommended intake of fruits and vegetables increased from 13,5% (95%CI 12,3–14,7) to 14,4% (95%CI 13,3–15,6) while the intake of meat with excessive fat diminished from 25,7% (95%CI 24,2–27,3) to 24,5% (95%CI 23,1–26,0). In sum, the intake of fruits and vegetables, with known antiinflammatory actions, was insufficient in most, while the intake of meat with excessive fat, with recognized pró-inflamatory actions, remains elevated. Although a slight increase in fruits and vegetables intake was seen in the last few years, these results highlight the importance of actions to stimulate healthy eating habits across Brazilian society.
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Perfil Metabólico e de Adipocinas em Cães com Sobrepeso e Obesos

De Marchi, Paula Nassar January 2016 (has links)
Orientador: Luiz Henrique de Araújo Machado / Resumo: A obesidade em cães está cada vez mais presente na clínica, sendo relacionada ao hábito de vida dos proprietários, que perpetuam o sedentarismo e fornecimento de ração ad libitum. Em humanos, sabe-se que há correlação importante entre a obesidade e o desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e resistência insulínica (RI), quadro denominado síndrome metabólica (SM). Entretanto, em cães, há apenas especulações a respeito. O objetivo do presente estudo foi determinar os valores séricos da adiponectina, leptina, triglicérides, colesterol, insulina, glicemia, HOMA-B e IR (modelo de avaliação da homeostase), pressão arterial sistólica (PAS) e do perfil bioquímico em cães com diferentes condições corporais (CC) sem endocrinopatias, além de identificar os animais que atenderam aos critérios de inclusão como portadores da disfunção metabólica relacionada à obesidade canina (DMRO), determinando sua ocorrência na população estudada. Utilizou-se 76 cães hígidos, que passaram por avaliação de CC e morfometria, divididos assim em grupos de CC ideal (G1), sobrepeso (G2), obeso (G3) e DMRO (G4). Verificou-se que cães do G3 e G4 apresentaram maior porcentagem de gordura corporal, proteína total (PT), triglicerídeos, glicemia, insulina e HOMA-IR e G4 apresentou maior PAS em comparação com os demais grupos. Além disso, as adipocinas não apresentaram correlação com nenhuma variável, enquanto que a ocorrência da hiperinsulinemia foi maior no G4. Concluiu-se que cães obesos apresenta... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Mestre
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Papel da progranulina na doença renal do diabetes e transplante renal

Nicoletto, Bruna Bellincanta January 2017 (has links)
Resumo não disponível.
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Obesidade e diabetes : contribuição de processos inflamatórios e adipocitocinas, e a potencial importância de fatores nutricionais

Luft, Vivian Cristine January 2010 (has links)
A transição nutricional, caracterizada pela alteração nos padrões dietéticos e do estado nutricional que se associa às doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, está rapidamente mudando o enfoque do nutricionista de saúde pública de problemas de carência para também os de excesso de nutrientes. Obesidade se tornou uma prioridade de saúde pública, dada sua crescente epidemia e suas vastas conseqüências à saúde. Dentre os agravos à saúde ocasionados pela obesidade está o diabetes tipo 2, sendo esta a doença para a qual obesidade oferece maior risco. Diabetes tipo 2 é uma das principais causas de morbidade e mortalidade. A prevenção do diabetes e suas complicações tem se tornado uma preocupação no mundo inteiro. Sendo assim, a patogênese da então chamada “diabesidade” (diabetes tipo 2 em função à obesidade) tem recebido crescente atenção. Ainda que resistência à insulina e disfunção das células beta-pancreáticas continuem sendo reconhecidas como causas centrais no desenvolvimento do diabetes tipo 2, processos intermediários têm sido discutidos e elucidados, com grande destaque para inflamação sistêmica e adipocitocinas, que sofrem aparente forte influência nutricional, como potenciais mediadores na associação entre obesidade e diabetes. Com objetivo de esclarecer partes deste quadro, foram analisados, em um delineamento caso-coorte, dados de 567 indivíduos que desenvolveram diabetes e 554 indivíduos que não desenvolveram diabetes ao longo de 9 anos de seguimento do estudo Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC). Análises ponderadas para o efeito de delineamento e de amostragem foram realizadas utilizando os softwares SUDAAN e SAS, permitindo extrapolar os resultados para a totalidade da coorte elegível (cerca de 10.000 participantes). Modelos de regressão de Cox, progressivamente ajustados para potenciais mediadores ou confundidores, foram utilizados para avaliar o risco associado a: 1) obesidade (expressa pelo índice de massa corporal – IMC, e pela circunferência da cintura) e 2) a níveis elevados da proteína carreadora de retinol 4 (retinol binding protein 4 – RBP4, uma adipocitocina mais recentemente apontada como possível mediadora da relação entre obesidade e resistência à insulina), no desenvolvimento do diabetes. Como resultado, foi verificado que indivíduos obesos, tanto pelo IMC quando pela cintura, apresentaram maior risco de desenvolver diabetes e que esta associação bruta (minimamente ajustada para variáveis demográficas: HR=6,4; IC95% 4,5–9,2, para IMC ≥ 30 kg/m2, e HR=8,3; IC95% 5,6–12,3, para 4° quartil vs. 1° quartil da circunferência da cintura) foi reduzida praticamente à metade após a inclusão da adiponectina e de marcadores de inflamação no modelo (HR=3,2, IC95% 2,1–4,7, para IMC ≥ 30 kg/m2, e HR=4,2, IC95% 2,8–6,5, para o 4° vs. 1° quartil da circunferência da cintura). Esses resultados assim indicam que adiponectina e marcadores de inflamação podem de fato exercer papel central na associação entre obesidade e diabetes. Em relação à associação dos níveis de RBP4 com o desenvolvimento do diabetes, foi verificado que mulheres com valores mais elevados (comparando tercis extremos) apresentaram maior risco para desenvolver diabetes (HR=1,68; IC95% 1,00–2,82), em modelos ajustados para possíveis confundidores, enquanto que nenhuma associação foi encontrada em homens (HR=0,93; IC95% 0,51–1,71). Esses resultados, por sua vez, sugerem que os níveis de RBP4 podem também estar diretamente envolvidos na patogênese do diabetes tipo 2 em mulheres. Para investigar a magnitude, em termos populacionais, de exposições nutricionais vistas como anti e pró-inflamatórias, foram avaliadas, em amostras representativas da população adulta e com diabetes das 27 capitais do Brasil, as prevalências de dois hábitos alimentares principais, sabidamente relacionados ao desenvolvimento de doenças crônicas e complicações do diabetes: o consumo recomendado de frutas e hortaliças (ingeridas em 5 ou mais vezes por dia por pelo menos 5 dias na semana) e o consumo de carnes com excesso de gordura (em que a gordura aparente ou pele do frango não é retirada). O sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) entrevistou, em 2006, 2007 e 2008, 54.369, 54.251 e 54.353 adultos, respectivamente, sendo 2.840, 2.832 e 2.985 com diabetes. Em modelo multivariável ajustado por regressão de Poisson com variância robusta, o consumo recomendado de frutas e hortaliças na população com diabetes foi identificado como significativamente menos freqüente naqueles com menor escolaridade (RP=0,57, IC95% 0,44–0,74, na comparação de 0 a 8 vs. ≥12 anos de estudo, e RP=0,65, IC95% 0,49–0,86, em 9 a 11 vs. ≥12 anos de estudo), nas regiões norte (RP=0,35, IC95% 0,26–0,49, vs. sul) e nordeste (RP=0,43 IC95%0,34–0,55, vs. sul) e em sedentários (RP=0,73, IC95% 0,56–0,96), com tendência de menor consumo também em homens (RP=0,80, IC95% 0,62–1,04) e fumantes (RP=0,71, IC95%0,48–1,06). Já o consumo de carnes com excesso de gordura foi significativamente mais freqüente em homens (RP=1,86, IC95% 1,56–2,22), mais jovens (RP=1,70, IC95% 1,34–2,15, na comparação de 18 a 44 vs. ≥ 65 anos, e RP=1,30, IC95% 1,06–1,58, em 45 a 64 vs. ≥ 65 anos), de menor escolaridade (RP=1,39, IC95% 1,09–1,77, na comparação de 0 a 8 vs. ≥12 anos de estudo, e RP=1,32, IC95% 1,03–1,68, em 9 a 11 vs. ≥12 anos de estudo), não brancos (RP=1,23, IC95% 1,03–1,48), fumantes (RP=1,58, IC95% 1,27–1,98), e tendeu ser maior em obesos (RP=1,22, IC95% 0,99– 1,52), enquanto foi menor nas regiões norte (RP=0,74, IC95% 0,59–0,93, vs. sul) e nordeste (RP=0,76, IC95% 0,62–0,92, vs. sul) e naqueles com diagnóstico de hipertensão (RP=0,83, IC95% 0,70–0,98). 11 vs. ≥12 anos de estudo), não brancos (RP=1,23, IC95% 1,03–1,48), fumantes (RP=1,58, IC95% 1,27–1,98), e tendeu ser maior em obesos (RP=1,22, IC95% 0,99– 1,52), enquanto foi menor nas regiões norte (RP=0,74, IC95% 0,59–0,93, vs. sul) e nordeste (RP=0,76, IC95% 0,62–0,92, vs. sul) e naqueles com diagnóstico de hipertensão (RP=0,83, IC95% 0,70–0,98). No total de adultos, de 2006 a 2008, a prevalência do consumo recomendado de frutas e hortaliças aumentou de 7,1% (IC95% 6,9–7,3) a 9,9% (IC95% 9,7–10,2), enquanto que o consumo de carnes com excesso de gordura diminuiu de 39,1% (IC95% 38,7–39,5) a 33,3% (IC95% 32,9– 33,7). Na população com diabetes, não foram observadas mudanças significativas no período: a prevalência do consumo recomendado de frutas e hortaliças passou de 13,5% (IC95% 12,3–14,7) a 14,4% (IC95% 13,3–15,6) e o de carnes com excesso de gordura de 25,7% (IC95% 24,2–27,3) a 24,5% (IC95% 23,1–26,0). Assim, o consumo de frutas e hortaliças, com reconhecida ação antiinflamatória, é ainda pouco freqüente, enquanto o consumo de carnes gordurosas, com reconhecido papel próinflamatório, permanece elevado. Embora tenha ocorrido leve aumento nos últimos anos no consumo de frutas e hortaliças, os resultados enfatizam a importância de ações de estímulo a uma alimentação saudável na sociedade brasileira. / The nutritional transition, characterized by alteration in dietary patterns and nutritional status in the population with marked decrease in malnutrition and the diseases of nutritional deficiency and notable increase in chronic diseases, such as diabetes and cardiovascular diseases, associated with nutritional excess and modern unhealthy foodstuffs, is changing the focus of public health nutritionists. Obesity has become a public health priority, given its increasing epidemic and vast health consequences. Diabetes is the disease to which obesity provides greater risk. Type 2 diabetes is a major cause of morbidity and mortality. The prevention of diabetes and its complications has become a preoccupation worldwide. The pathogenesis of the so called “diabesity” (diabetes in consequence of obesity) has received increasing attention. Although insulin resistance and beta-cell dysfunction remain recognized as the central causes for type 2 diabetes, intermediate processes have been discussed and elucidated, with systemic inflammation and adipocytokines coming to the fore as potential mediators of the obesity-diabetes association. In a case-cohort design, we investigated 567 individuals who developed diabetes and 554 who did not in 9 years of follow-up in the Atherosclerosis Risk in Communities study (ARIC). Analyses were weighted for the design and sampling effects, using the statistical softwares SUDAAN and SAS, permitting statistical inference to the entire eligible cohort (~10.000 participants). Cox proportional hazards regression models, progressively adjusted for potential mediators or confounders, were used to assess the risk associated with: 1) obesity (expressed by the body mass index – BMI, and waist circumference) and 2) higher levels of retinol binding protein 4 – RBP4 (an adipocytokine more recently suggested as a possible mediator in the relationship between obesity and insulin resistance), for the development of diabetes. We observed that obese individuals (both by BMI and waist circumference) presented increased risk for diabetes, and this “crude” association (minimally adjusted for demographic variables: HR=6.4; 95%CI 4.5–9.2, for BMI ≥ 30 kg/m2, and HR=8.3; 95%CI 5.6–12.3, for the 4th vs. 1st quartile of waist circumference) was approximately halved after inclusion of adiponectin and inflammation markers in the models (HR=3.2, 95%CI 2.1–4.7, for BMI ≥ 30 kg/m2, and HR=4.2, 95%CI 2.8–6.5, for the 4th vs. 1st quartile of waist circumference). Though our design does not distinguish confounding from effect mediation, our data suggest that adiponectin and inflammation markers exert a central role in the obesitydiabetes association. Regarding the association between RPB4 levels and the development of diabetes, we observed that women with higher baseline RBP4 levels (3rd vs 1st tertile) presented increased risk for developing diabetes (HR=1.68; 95%CI 1.00–2.82) in models adjusted for possible confounders, while no association was found in men (HR=0.93; 95%CI 0.51–1.71). These results suggest that RBP4 levels may be directly involved to the etiopathogenesis of type 2 diabetes in women. The source of stimuli for this mild, chronic inflammation is a major unresolved question. Inadequate intake of foodstuffs with anti-inflammatory actions and excess intake of those with pro-inflammatory actions has been postulated. In representative samples of the adult population and the population with diabetes living in Brazilian capital cities, the prevalence of two main dietary habits, known to be related with the development of chronic diseases and complications of diabetes and having consequences, in terms of inflammation, was estimated: the recommended intake of fruits and vegetables (5 or more times per day in at least 5 days per week) and the intake of meat with excessive fat (when visible fat or the skin of chicken was not removed). The VIGITEL survey (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, or Telephone-based Surveillance of Risk and Protective Factors for Chronic Diseases) interviewed 54369, 54251 and 54353 adults, of whom 2.840, 2.832 and 2.985 had diabetes in 2006, 2007 and 2008, respectively. In multivariable model adjusted through Poisson regression, the recommended intake of fruits and vegetables in the population with diabetes was identified as significantly less frequent in those with lower education (PR=0,57, 95%CI 0,44–0,74, comparing 0 to 8 vs. ≥12 years of study, and PR=0,65, 95%CI 0,49–0,86, in 9 to 11 vs. ≥12 years of study), in the north (PR=0,35, 95%CI 0,26– 0,49, vs. south) and northeast regions (PR=0,43 95%CI0,34–0,55, vs. south) and in sedentary people (PR=0,73, 95%CI 0,56–0,96), with tendencies of lower prevalence of recommended intake also in men (PR=0,80, 95%CI 0,62–1,04) and smokers (PR=0,71, 95%CI0,48–1,06). The intake of meat with excessive fat was significantly more frequent in men (PR=1,86, 95%CI 1,56–2,22), younger individuals (PR=1,70, 95%CI 1,34–2,15, comparing 18 to 44 vs. ≥ 65 years old, and PR=1,30, 95%CI 1,06–1,58, in 45 a 64 vs. ≥ 65 years old), those with less formal education (PR=1,39, 95%CI 1,09–1,77, comparing 0 to 8 vs. ≥12 years of study, and PR=1,32, 95%CI 1,03–1,68, in 9 a 11 vs. ≥12 years of study), non-white individuals (PR=1,23, 95%CI 1,03–1,48) and smokers (PR=1,58, 95%CI 1,27–1,98), and tended to be more frequent with obesity (PR=1,22, 95%CI 0,99–1,52), while it was less frequent in the north (PR=0,74, 95%CI 0,59–0,93, vs. south) and northeast (PR=0,76, 95%CI 0,62– 0,92, vs. south) regions, and in those who had received a diagnosis of hypertension (PR=0,83, 95%CI 0,70–0,98). In the total adult population, from 2006 to 2008, the prevalence of recommended intake of fruits and vegetables increased significantly from 7,1% (95%CI 6,9–7,3) to 9,9% (95%CI 9,7–10,2), and the intake of meat with excessive fat diminished significantly from 39,1% (95%CI 38,7–39,5) to 33,3% (95%CI 32,9–33,7). In the population with diabetes, no significant difference was observed: the prevalence of recommended intake of fruits and vegetables increased from 13,5% (95%CI 12,3–14,7) to 14,4% (95%CI 13,3–15,6) while the intake of meat with excessive fat diminished from 25,7% (95%CI 24,2–27,3) to 24,5% (95%CI 23,1–26,0). In sum, the intake of fruits and vegetables, with known antiinflammatory actions, was insufficient in most, while the intake of meat with excessive fat, with recognized pró-inflamatory actions, remains elevated. Although a slight increase in fruits and vegetables intake was seen in the last few years, these results highlight the importance of actions to stimulate healthy eating habits across Brazilian society.

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