41 |
Estudo do perfil clínico, metabólico, hormonal e inflamatório de crianças pré-púberes nascidas com baixo peso e sua relação com a prematuridade, retardo do crescimento intrauterino e ganho ponderal pós-natal / Study of clinical, metabolic, hormonal and inflammatory profile of prepubertal children born with low weight and its relationship with prematurity, intrauterine growth retardation and postnatal weight gainClarice Borschiver de Medeiros 03 October 2014 (has links)
O baixo peso ao nascer (BPN) possui grande impacto na mortalidade neonatal, assim como no desenvolvimento de complicações futuras, como obesidade, hipertensão arterial sistêmica e resistência insulínica, condições relacionadas à doença cardiovascular aterosclerótica, principal causa de morbimortalidade no mundo. O objetivo desta pesquisa foi estudar o perfil clínico, metabólico, hormonal e inflamatório relacionado à doença cardiovascular em crianças pré-púberes de BPN, bem como avaliar a influência do BPN, prematuridade e restrição do crescimento intrauterino nas variáveis de interesse. Realizou-se estudo transversal com 58 crianças de dois a sete anos de BPN, sendo 32 prematuros adequados para idade gestacional (AIG), 17 prematuros pequenos para idade gestacional (PIG), 9 a termo PIG e 38 crianças de peso ao nascer adequado, nascidas no Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de janeiro, oriundas do Ambulatório de Pediatria Geral deste mesmo hospital. Frequências de perfil lipídico alterado, assim como medianas das variações no Z escore de peso e estatura do nascimento até o momento do estudo, do Z escore de índice de massa corporal (ZIMC), da circunferência da cintura, da pressão arterial sistólica e diastólica, do colesterol total, da lipoproteína de baixa densidade, da lipoproteína de baixa densidade, do triglicerídeo, da glicose, insulina, do Homeostasis Assessment for Insulin Resistance (HOMA-IR), da leptina, da adiponectina, da interleucina 6 e da proteína C reativa foram comparadas entre os dois grupos. No grupo de BPN, avaliou-se a correlação entre estas mesmas variáveis e peso de nascimento, idade gestacional, Z escores de peso e comprimento de nascimento e variações no Z escore de peso e comprimento até o primeiro ano, e até o momento do estudo, com ajuste para idade e sexo. O grupo de BPN apresentou maiores variações nos Z escore de peso (p-valor 0,0002) e estatura (p-valor 0,003) até o momento do estudo e menores níveis de adiponectina (p-valor 0,027). Não houve correlação entre as variáveis associadas ao risco cardiovascular e o grau de baixo peso, prematuridade ou crescimento intrauterino retardado. Os níveis de ZIMC (p-valor 0,0001), circunferência da cintura (p-valor 0,0008), pressão arterial diastólica (p-valor 0,046), insulina (p-valor 0,02), HOMA-IR (p-valor 0,016) e leptina (p-valor= 0,0008) se correlacionaram com a variação no Z escore de peso no primeiro ano. O ZIMC (p-valor 0,042) também se correlacionou com a variação do Z escore de comprimento no primeiro ano. Houve ainda correlação entre o ZIMC (p-valor 0,0001), circunferência da cintura (p-valor 0,0001), pressão arterial sistólica (p-valor 0,022), pressão arterial diastólica (p-valor 0,003), insulina (p-valor 0,007), HOMA-IR (p-valor 0,005) e leptina (p-valor 0,0001) com a variação no Z escore de peso até o momento do estudo. Os achados mostram que este grupo de crianças pré-púberes com BPN ainda não diferem do grupo de crianças nascidas com peso adequado exceto pelos níveis de adiponectina, sabidamente um protetor cardiovascular. Em relação às análises de correlação, nem o peso ao nascer, tampouco a prematuridade ou CIUR, influenciaram as variáveis de interesse. No entanto, fatores pós-natais como o ganho pondero-estatural se correlacionaram com o ZIMC, circunferência da cintura, pressão arterial sistólica e diastólica, insulina, HOMA-IR e leptina. Mais estudos são necessários para avaliar se os achados configuram risco cardiovascular aumentado neste grupo de pacientes. / Low birth weight (LBW) has been associated with increased neonatal mortality and long-term risks for central obesity, hypertension, insulin resistance, conditions related to cardiovascular disease, the leading cause of morbidity and mortality worldwide. The objective of this study was to evaluate clinical, metabolic, hormonal and inflammatory profile associated with cardiovascular risk in prepubertal LBW and to determine the influence of birth weight, prematurity and fetal growth restriction on this variables of interest. A cross-sectional study of 58 LBW children, between 2-7 years, including 32 preterm appropriate for gestational age (AGA), 17 preterm small for gestational age (SGA), 9 term SGA and 38 term AGA children born at the Pedro Ernesto University Hospital of the State University of Rio de Janeiro, derived from pediatric outpatient clinics of the same hospital. Frequency of altered lipid profile, as well as the median of change in weight and height SD score (SDS) between birth and the time of the study, body mass index SDS (BMI SDS), waist circumference, systolic and diastolic blood pressure, total cholesterol, low density lipoprotein, low density lipoprotein, triglyceride, glucose, insulin, Homeostasis Model Assessment for Insulin Resistance (HOMA-IR), leptin, adiponectin, interleukin-6 and C-reactive protein were compared between these two groups. In the LBW group, the correlation between these same variables and birth weight, gestational age, birth weight and length SDS and change in weight and length SDS between birth and the first year, and up to the time of the study, were evaluated after adjustment for age and sex. The LBW group showed greater variation in weight (p-value = 0.0002) and height SDS (p = 0.003) up to the time of the study and lower levels of adiponectin (p-value = 0.027). There were no correlation between the variables associated with cardiovascular risk and the degree of LBW, prematurity or fetal growth restriction. BMI SDS levels (p-value = 0.0001), waist circumference (p-value = 0.0008), diastolic blood pressure (p = 0.046), insulin (p = 0.02), HOMA -IR (p = 0.016) and leptin (p-value = 0.0008) correlated with the change in weight SDS in the first year. The BMI SDS (p-value = 0.042) also correlated with the change in length SDS in the first year. There was correlation between BMI SDS (p-value = 0.0001), waist circumference (p-value = 0.0001), systolic blood pressure (p = 0.022), diastolic blood pressure (p = 0.003), insulin (p = 0.007), HOMA-IR (p = 0.005) and leptin (p-value = 0.0001) with the change in weight SDS until the time of the study. These findings shows that prepubertal LBW children, do not differ from the group of children born with adequate weight, except for the levels of adiponectin, a known cardiovascular protective adipocitocin. Regarding the correlation analysis, neither birth weight, prematurity or fetal growth restriction influenced the variables of interest. However, postnatal factors, such as weight and height gain correlated with variables related to cardiovascular risk. Further studies are necessary to assess whether these findings constitute increased cardiovascular risk in this group of patients.
|
42 |
Análise da adipocina quemerina e sua associação com a obesidade e fatores relacionados ao risco cardiovascular em crianças e adolescentesFontes, Vanessa Sequeira 10 March 2017 (has links)
Submitted by isabela.moljf@hotmail.com (isabela.moljf@hotmail.com) on 2017-08-23T11:01:10Z
No. of bitstreams: 1
vanessasequeirafontes.pdf: 1540312 bytes, checksum: c76246923c7be32165ca4108f4d08b58 (MD5) / Rejected by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br), reason: on 2017-08-24T11:37:33Z (GMT) / Submitted by isabela.moljf@hotmail.com (isabela.moljf@hotmail.com) on 2017-08-24T14:14:43Z
No. of bitstreams: 0 / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-08-30T12:41:36Z (GMT) No. of bitstreams: 0 / Made available in DSpace on 2017-08-30T12:41:36Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2017-03-10 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As elevadas prevalências das doenças cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco constituem um desafio aos sistemas de saúde, tornando-se mais relevante na medida em que tais alterações têm aparecido em idades cada vez mais precoces. A inflamação vem sendo reconhecida como um importante elo de ligação entre as DCV, a obesidade e as comorbidades associadas, destacando-se o papel das adipocinas, como a quemerina, substâncias biologicamente ativas secretadas pelo tecido adiposo e que contribuem para a disfunção endotelial. No Brasil, não existem estudos que investiguem tal adipocina na população infanto-juvenil, portanto os objetivos desse trabalho são determinar as concentrações séricas da quemerina em crianças e adolescentes e avaliar sua relação com os fatores de risco para DCV. Foi realizado um estudo epidemiológico transversal com estudantes do ensino fundamental no município de Juiz de Fora/MG. O estudo foi dividido em duas etapas. Na primeira, realizou-se avaliação antropométrica, bioquímica e clínica e, na segunda, selecionou-se aleatoriamente uma subamostra nas quais foram analisados os níveis séricos da quemerina. A participação dos alunos foi voluntária, concedida após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos responsáveis e ambas as etapas foram aprovadas pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Juiz de Fora. As análises estatísticas compreenderam os testes T-Student ou Mann-Whitney e qui-quadrado de Pearson. Ao final, calculou-se um modelo de regressão logística. Para a análise dos dados foram utilizados os softwares SPSS® versão 21.0 e STATA® versão 10.1, admitindo-se nível de significância de 5%. A amostra do estudo foi composta por 236 jovens, com média de idade de 10,52 ± 2,05 anos. Dentre os estudantes, 57% apresentavam eutrofia e os níveis séricos de quemerina exibiram média de 218,5 ± 111,35 ng/mL, estando elevado em 14,4% da amostra. As concentrações da adipocina associaram-se com o perímetro de cintura (PC), a insulina e com o índice HOMA-IR. Após a regressão logística, apenas a hiperinsulinemia continuou associada as concentrações elevadas da quemerina. Deste modo, conclui-se que mesmo em uma população jovem e sem complicações metabólicas, os níveis de insulina se mostraram associados as concentrações séricas da quemerina, explicando sua variação. Sabe-se que a hiperinsulinemia é uma das primeiras etapas para o desenvolvimento do diabetes mellitus, logo torna-se importante uma melhor compreensão da atuação da quemerina no desenvolvimento tanto da resistência à insulina quanto de outros fatores relacionados ao risco cardiovascular em crianças e adolescentes e elucidar os mecanismos responsáveis por tais alterações. / The high prevalence of cardiovascular disease (CVD) and its risk factors are a challenge to health systems, becoming more relevant acording as it have appeared at an earlier age. Inflammation has been recognized as an important link between CVD, obesity and associated comorbidities, with emphasis on the role of adipokines, such as chemerin, biologically active substances secreted by adipose tissue and contributing to endothelial dysfunction. In Brazil, there are no studies investigating such adipokine in the child and adolescent population, so the objectives of this study are to determine serum concentrations of chemerin in children and adolescents and to evaluate their relationship with risk factors for CVD. A cross-sectional epidemiological study was realized with primary school students in the city of Juiz de Fora / MG. The study was divided into two stages. In the first, an anthropometric, biochemical and clinical evaluation was performed, and in the second, a sub-sample was selected randomly in which the serum levels of the chemerin were analyzed. The participation of the students was voluntary, granted after the signing of the Term of Free and Informed Consent by those responsible and both stages were approved by the Ethics Committee in Research with Human Beings of the Federal University of Juiz de Fora. Statistical analyzes comprised the Student-T or Mann-Whitney and chi-square tests of Pearson. At the end, a logistic regression model was calculated. Data analysis was performed using software SPSS® version 21.0 and STATA® version 10.1, with a significance level of 5%. The study sample consisted of 236 youngs, with a mean age of 10.52 ± 2.05 years. Among the students, 57% presented eutrophy and the serum levels of chemerin showed a mean of 218.5 ± 111.35 ng / mL, being elevated in 14.4% of the sample. Adipokine concentrations were associated with waist circumference (WC), insulin and the HOMA-IR index. After logistic regression, only hyperinsulinemia continued to be associated with high concentrations of chemerin. Thus, it was concluded that even in a young population with no metabolic complications, insulin levels were shown to be associated with serum concentrations of chemerin, explaining its variation. It is known that hyperinsulinemia is one of the first steps in the development of diabetes mellitus, so is important a better understanding of the role of quemerin in the development of both insulin resistance and other cardiovascular risk factors in children and adolescents and to elucidate the mechanisms responsible for such changes.
|
43 |
Adipocinas, excreção urinária de albumina, sensibilidade insulínica e função da célula beta na deficiência isolada do hormônio de crescimento / ADIPOKINES, URINARY ALBUMIN EXCRETION, INSULIN SENSITIVITY AND BETA CELL FUNCTION IN ISOLATED GROWTH HORMONE DEFICIENCY.Oliveira, Carla Raquel Pereira 29 November 2010 (has links)
The aim of this study was to assess the dissociation between the presence of cardiovascular risk factors, and the lack of premature atherosclerosis and left venticular hipertrophy (LVH) in isolated GH deficiency (IGHD) due to a mutation in
the GH releasing hormone receptor gene. A two step protocol was performed. In the first experiment, serum adiponectin and leptin, and urinary albumin excretion (UAE) were studied in 20 IGHD individuals (7 M/ 13 F; 50,8 ± 14,6 years) and 22 control
subjects (C) (8 M/ 14 F; 49,9 ± 11.5 years). IGHD subjects in comparison to C presents high adiponectin levels (p= 0,041) whereas leptin and UAE were similar. In the second experiment, oral glucose tolerance test (1,75 g/Kg in IGHD and 75 g in C) with glucose and insulin mesuarements at 0, 30, 60, 90, 120 e 180 minutes was performed in 24 IGHD subjects (12 M/ 12 F; 39,25 ± 11,73 years) and 25 C subjects
(14 M/ 11 F; 39,96 ± 12,49 years). Insulin sensitivity (IS) was assessed by HOMAir, lower values, higher IS; QUICKI, OGIS 2 and OGIS, higher values, higher IS (for the three parameters). Beta cell function was assayed by HOMA-beta, insulinogenic
index and area under the curve of the relation between insulin and glucose (AUC I/G). ANOVA indicated glucose response was higher (p<0,0001) and insulin response presented a trend of reduction (p=0,08) in the IGHD gruop. The number of
pacients with glucose intolerance was higher (p= 0,001) in the IGHD group. HOMAir was lower (p= 0,041), QUICKI and OGIS 2 showed a trend of elevation (p= 0,066 and p= 0,09, respectively) in the IGHD subjects, whereas OGIS 3 showed no
difference between both groups. IGDH presented reduction in HOMA-beta (p= 0,015), insulinogenic index (p<0,0001) and AUC I/G (p=0,02). These different adipokine profile with high adiponectin and normal leptin levels, linked to normal
insulin sentitivity may delay vascular damage, LVH and lesions of the renal endothelium (normal UAE). Normal IS and reduced beta cell function featured this IGDH model. / O objetivo deste trabalho foi aprofundar a avaliação da dissociação entre a presença de marcadores de risco cardiovascular (CV) e a ausência de doença CV (DCV) na deficiência isolada do GH (DIGH) por mutação no gene do receptor do hormônio liberador do GH. Foi realizado um protocolo com duas etapas. No primeiro experimento, foram avaliados os níveis séricos de adiponectina e leptina e a excreção urinária de albumina (EUA) em 20 indivíduos com DIGH (7 M/ 13 F; 50,8 ± 14,6 anos) e 22 controles (C) (8 M/ 14 F; 49,9 ± 11.5 anos). Os indivíduos com DIGH em comparação a C apresentaram adiponectina mais elevada (p= 0,041) sem alteração nos níveis de leptina e EUA. No segundo experimento, foi realizado teste de tolerância à glicose oral de glicose (1,75 g/kg no DIGH e 75 g no C) com dosagens de
glicose e insulina nos tempos 0, 30, 60, 90, 120 e 180 minutos em 24 indivíduos DIGH (12 M/ 12 F; 39,25 ± 11,73 anos) e 25 C (14 M/ 11 F; 39,96 ± 12,49 anos). A sensibilidade à insulina (SI) foi avaliada pelo HOMAir, onde menores valores, indicam maior SI; e pelos QUICKI, OGIS 2 e OGIS 3, onde maiores valores, indicam maior SI. A função da célula beta foi avaliada pelo HOMA-beta, índice insulinogênico e área sobre a curva da razão insulina/ glicose (ASC I/G). ANOVA indicou que a resposta glicêmica (p< 0,0001) foi maior e a insulinêmica apresentou uma tendência de redução (p= 0,08) no grupo DIGH. O número de pacientes com intolerância à glicose foi maior (p= 0,001) no grupo DIGH. HOMAir foi mais baixo (p= 0,031), e QUICK e OGIS 2 apresentaram uma tendência de elevação (p= 0,066 e p= 0,09, respectivamente) no grupo DIGH, enquanto o OGIS 3 foi semelhante nos dois grupos. DIGH apresentou HOMA-beta (p= 0,015), índice insulinogênico (p< 0,0001) e ASC I/G (p= 0,02) menores. O perfil de adipocinas caracterizado por adiponectina elevada e leptina normal, associado à SI normal pode retardar DCV e disfunção endotelial (EUA normal). SI normal e menor função da célula beta caracterizam este modelo de DIGH.
|
44 |
Síndrome metabólica e perfil de adipocitocinas séricas em pacientes adultas jovens com dermatomiosite / Metabolic syndrome and serum adipocytokine features in young adult patients with dermatomyositisSilva, Marilda Guimarães 03 May 2016 (has links)
Objetivo. Analisar a frequência de síndrome metabólica em pacientes adultas jovens com dermatomiosite (DM) e a possível associação de síndrome metabólica com as características clínicas e laboratoriais da DM. Posteriormente, analisar os níveis séricos das adipocitocinas em pacientes com DM. Métodos. O presente estudo unicentro e transversal incluiu 35 pacientes com DM, de acordo com os critérios de Bohan e Peter, pareadas por idade e índice de massa corpórea com 48 controles saudáveis. A atividade da doença foi baseada nos parâmetros estabelecidos pelo International Myositis Assessment and Clinical Studies Groups (IMACS). A síndrome metabólica foi definida de acordo com critérios preconizados por Joint Interim Statement de 2009. Resultados. A média de idade foi comparável entre DM e o grupo controle (respectivamente, 33,2 ± 6,5 e 33,3 ± 7,6 anos), com duração média da doença de um ano. Quando comparadas aos indivíduos do grupo controle, as pacientes com DM tinham alta prevalência de síndrome metabólica (34,3 vs. 6,3%; P = 0,001), assim como altos níveis séricos de adiponectina e resistina, em contraste com baixos níveis de leptina. Estas adipocitocinas se correlacionavam com vários parâmetros da dislipidemia em pacientes com DM. Além disto, os casos de DM com síndrome metabólica (N = 12) apresentaram maior faixa etária (36,7 ± 5,6 vs. 31,5 ± 8,0 anos; P = 0,035) e maior atividade da doença do que os casos sem síndrome metabólica (N = 23). Entretanto, a distribuição de adipocitocinas foi similar entre os grupos. Conclusão. Quando comparadas ao grupo controle, as pacientes adultas jovens com DM apresentam maior prevalência de síndrome metabólica e maiores níveis séricos de adiponectina e resistina, em contraste com menores níveis séricos de leptina. Entre as pacientes, a síndrome metabólica correlacionou-se positivamente com a maior faixa etária e com a atividade da doença / Objective. To analyze the frequency of metabolic syndrome in young adult female dermatomyositis (DM) patients and to evaluate the possible association of metabolic syndrome with DM-related clinical and laboratory features. Secondarily, to analyze the serum adipocytokine levels in DM patients. Methods. The present cross-sectional single-center study included 35 DM patients according to the criteria of Bohan and Peter, who were age-, body mass index-matched to 48 healthy controls. The disease activity was based on parameter established by the International Myositis Assessment and Clinical Studies Groups (IMACS). Metabolic syndrome was diagnosed according to the criteria established 2009 Join Interim Statement. Results. The median age was comparable in both the DM and control groups (33.2 ± 6.5 and 33.3 ± 7.6 years, respectively), with median disease duration of 1 year. When compared to healthy control group, the DM patients had a higher prevalence of metabolic syndrome (34.3 vs. 6.3%; P = 0.001), as well high serum adiponectin and resistin levels, in contrast to low serum leptin levels. These adipocytokines correlated with various dyslipidemia parameters in DM patients. Additionally, DM cases with metabolic syndrome (N = 12) were older (36.7 ± 5.6 vs. 31.5 ± 8.0 years; P = 0.035) and have more disease activity index than cases without metabolic syndrome (N = 23). Nevertheless, adipocytokines distribution was similar in both groups. Conclusion. Compared to control group, Adult young female patients with DM show higher metabolic syndrome prevalence and a higher serum adiponectin and resistin levels, in contrast to lower serum leptin levels. Among the patients, the metabolic syndrome correlates positively with older age and with disease activity
|
45 |
Ciclagem da massa corporal em camundongos / Weight cycling in miceSandra Barbosa da Silva 28 March 2012 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / A obesidade está associada com a inflamação crônica atribuída à liberação de citocinas e adipocinas, à homeostase desregulda da glicemia e à dislipidemia. Intervenções nutricionais são frequentemente acompanhadas por episódios repetidos de perda e recuperação do peso, fenômeno conhecido como efeito sanfona ou ciclagem da massa corporal. Foram avaliados os efeitos da ciclagem da massa corporal sobre os parâmetros: eficiência alimentar, massa corporal (MC), perfil lipídico, metabolismo de carboidratos, indíce de adiposidade corporal, marcadores inflamatórios, esteatose hepática e triglicerídeo (TG) hepático em camundongos C57BL/6 machos que ciclaram a massa corporal duas ou três vezes consecutivas pela alternância de dieta hiperlipídica (high-fat, HF) e dieta padrão (standard-chow,SC). Após cada ciclo de dieta HF, os animais ficavam cada vez mais pesados e, após cada ciclo de dieta SC, os animais perdiam cada vez menos peso. A ciclagem da massa corporal provocou flutuação nas reservas de gordura e nos lipídeos sanguíneos. O colesterol total dos animais, após mudança da dieta HF para dieta SC, apresentou redução dos seus valores, assim como os TG plasmáticos. No teste oral de tolerância à glicose, após o perído de ingestão da dieta HF, os animais apresentaram intolerância à glicose e, após a troca para dieta SC, os animais continuaram com intolerância à glicose. Em relação as adipocinas e citocinas, a leptina, resistina e o fator de necrose tumoral (TNF) alfa séricos aumentaram após o ciclo da dieta HF e diminuíram após a troca por dieta SC. Ao contrário, a adiponectina sérica diminuiu após dieta HF e aumentou após troca por dieta SC. A IL-6 aumentou após ingestão da dieta HF, porém após a troca para dieta SC, a IL-6 permaneceu elevada. Enquanto o MCP-1 não variou durante as trocas de dietas. A expressão da adiponectina no tecido adiposo diminuiu após a dieta HF e os valores permaneceram reduzidos mesmo após a troca para dieta SC. As expressões da leptina e IL-6 no tecido adiposo aumentaram após dieta HF e continuaram aumentados mesmo após a troca para dieta SC. Da mesma forma, a esteatose hepática e os TG hepáticos não reduziram após a mudança da dieta HF para dieta SC. Tanto a dieta HF, como a ciclagem da massa corporal são relevantes para o remodelamento do tecido adiposo e provoca repercussões nos lipídios séricos, na homeostase da glicose, na secreção de adipocinas e provoca acúmulo de gordura no fígado. A troca para dieta SC e redução da MC não são capazes de normalizar a secreção de adipocinas no tecido adiposo e nem das citocinas pró-inflamatórias que permaneceram aumentadas. A esteatose hepática e os TG hepáticos também não são recuperados com a troca para dieta SC e redução da massa corporal. Estes resultados indicam que a ciclagem da MC cria um ambiente inflamatório, que é agraado com adipocinas alteradas, intolerância à glicose e acúmulo de gordura no fígado / Obesity is associated with low-grade chronic inflammation attributed to release of cytokines and adipokines and to dysregulated glucose-insulin homeostasis and dyslipidemia. Nutritional interventions such as dieting are often accompanied by repeated bouts of weight loss and regain, a phenomenon known as weight cycling (WC). In this work we studied the effects of WC on the parameters: feed efficiency, body mass (BM), blood lipids, carbohydrate metabolism, adiposity, inflammatory markers, hepatic steatosis and hepatic triglyceride (TG) in C57BL/6 male mice that WC two or three consecutive times by alternation of a high-fat (HF) diet with standard chow (SC). The body mass (BM) grew up in each cycle of HF feeding, and decreased after each cycle of SC feeding. After three consecutive WC, less marked was the BM reduction during SC feeding, while more severe was the BM increase during HF feeding. After each cycle of the HF diet body mass grew up in each cycle of HF feeding, became increasingly heavier and after each cycle of SC feeding, the animals lost less weight. The WC mass caused fluctuations in fat reserves and blood lipids total cholesterol, after shift the HF diet by SC diet showed a reduction of their values and plasma TG. The oral glucose tolerance test after the regular intake of HF diet, the animals showed glucose intolerance and, after switching to SC diet, the animals continued with glucose intolerance. Regarding the adipokines and cytokines, leptin, resistin and tumor necrosis factor alpha (TNF) serum increased after the cycle of HF feeding and decreased after the switch to SC feeding. In contrast, serum adiponectin decreased after HF feeding and increased after dietary exchange for SC. The IL-6 increased after intake of HF diet, but after switching to SC feeding, which remained elevated, while the MCP-1 was not changed during the shift of diets. The expression of adiponectin in adipose tissue decreased after the HF feeding and the values remained low even after switching to diet SC. The expression of leptin, IL-6 in the adipose tissue increased after HF feeding and remained elevated after the change to SC diet. Similarly, hepatic steatosis, and hepatic TG not reduced after the change to the diet HF diet SC. The results of the present study showed that both the HF diet and WC are relevant to BM evolution and fat pad remodeling in mice, with repercussion in blood lipids, homeostasis of glucose-insulin, adipokine levels and causes fat accumulation in the liver. The simple reduction of the BM during a WC is not able to recover the high levels of adipokines in the adipose tissue and serum as well as the pro-inflammatory cytokines. Hepatic steatosis and hepatic TG are not recovered with the change to SC feeding and body mass reduction. These findings indicate that the WC creates an inflammatory environment; with altered adipokines in association with WC which potentially aggravates the chronic inflammation attributed to dysregulated production and release of adipokines in mice
|
46 |
Síndrome metabólica e perfil de adipocitocinas séricas em pacientes adultas jovens com dermatomiosite / Metabolic syndrome and serum adipocytokine features in young adult patients with dermatomyositisMarilda Guimarães Silva 03 May 2016 (has links)
Objetivo. Analisar a frequência de síndrome metabólica em pacientes adultas jovens com dermatomiosite (DM) e a possível associação de síndrome metabólica com as características clínicas e laboratoriais da DM. Posteriormente, analisar os níveis séricos das adipocitocinas em pacientes com DM. Métodos. O presente estudo unicentro e transversal incluiu 35 pacientes com DM, de acordo com os critérios de Bohan e Peter, pareadas por idade e índice de massa corpórea com 48 controles saudáveis. A atividade da doença foi baseada nos parâmetros estabelecidos pelo International Myositis Assessment and Clinical Studies Groups (IMACS). A síndrome metabólica foi definida de acordo com critérios preconizados por Joint Interim Statement de 2009. Resultados. A média de idade foi comparável entre DM e o grupo controle (respectivamente, 33,2 ± 6,5 e 33,3 ± 7,6 anos), com duração média da doença de um ano. Quando comparadas aos indivíduos do grupo controle, as pacientes com DM tinham alta prevalência de síndrome metabólica (34,3 vs. 6,3%; P = 0,001), assim como altos níveis séricos de adiponectina e resistina, em contraste com baixos níveis de leptina. Estas adipocitocinas se correlacionavam com vários parâmetros da dislipidemia em pacientes com DM. Além disto, os casos de DM com síndrome metabólica (N = 12) apresentaram maior faixa etária (36,7 ± 5,6 vs. 31,5 ± 8,0 anos; P = 0,035) e maior atividade da doença do que os casos sem síndrome metabólica (N = 23). Entretanto, a distribuição de adipocitocinas foi similar entre os grupos. Conclusão. Quando comparadas ao grupo controle, as pacientes adultas jovens com DM apresentam maior prevalência de síndrome metabólica e maiores níveis séricos de adiponectina e resistina, em contraste com menores níveis séricos de leptina. Entre as pacientes, a síndrome metabólica correlacionou-se positivamente com a maior faixa etária e com a atividade da doença / Objective. To analyze the frequency of metabolic syndrome in young adult female dermatomyositis (DM) patients and to evaluate the possible association of metabolic syndrome with DM-related clinical and laboratory features. Secondarily, to analyze the serum adipocytokine levels in DM patients. Methods. The present cross-sectional single-center study included 35 DM patients according to the criteria of Bohan and Peter, who were age-, body mass index-matched to 48 healthy controls. The disease activity was based on parameter established by the International Myositis Assessment and Clinical Studies Groups (IMACS). Metabolic syndrome was diagnosed according to the criteria established 2009 Join Interim Statement. Results. The median age was comparable in both the DM and control groups (33.2 ± 6.5 and 33.3 ± 7.6 years, respectively), with median disease duration of 1 year. When compared to healthy control group, the DM patients had a higher prevalence of metabolic syndrome (34.3 vs. 6.3%; P = 0.001), as well high serum adiponectin and resistin levels, in contrast to low serum leptin levels. These adipocytokines correlated with various dyslipidemia parameters in DM patients. Additionally, DM cases with metabolic syndrome (N = 12) were older (36.7 ± 5.6 vs. 31.5 ± 8.0 years; P = 0.035) and have more disease activity index than cases without metabolic syndrome (N = 23). Nevertheless, adipocytokines distribution was similar in both groups. Conclusion. Compared to control group, Adult young female patients with DM show higher metabolic syndrome prevalence and a higher serum adiponectin and resistin levels, in contrast to lower serum leptin levels. Among the patients, the metabolic syndrome correlates positively with older age and with disease activity
|
47 |
Tratamento interdisciplinar em adolescentes obesos com esteatose hepática não alcoólica: papel dos neuropeptídeos e adipocinas pró e anti-inflamatórias / Interdisciplinary treatment in obese adolescents with NAFLD: role of neuropeptides and adipokines pro and anti-inflammatoryGanen, Aline de Piano [UNIFESP] 31 August 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:53Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2011-08-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Introdução: A complexidade da fisiopatologia na Esteatose Hepática Não Alcóolica (EHNA) envolve uma interface entre as adipocinas e a regulação neuroendócrina do balanço energético, incluindo o papel do sistema Neuropeptídeo Y/Proteína agouti relacionada. Objetivo: estabelecer a relação entre a razão NeuropeptídeoY/Proteína relacionada Agouti (AgRP) e a adiponectinemia, bem como avaliar a influência de neuropeptídeos orexígenos nos aspectos nutricionais de adolescentes obesos com EHNA submetidos a uma intervenção interdisciplinar de longo prazo. Métodos: Recrutou-se adolescentes obesos pós-púberes para participarem de uma intervenção interdisciplinar. O grupo foi analisado de acordo com a presença ou não de EHNA pela ultrassonografia (US). As amostras de sangue foram coletadas para a mensuração da glicemia, transaminases hepáticas e perfil lipídico, resistência e sensibilidade insulínica. As concentrações de Adiponectina, NPY e AgRP foram avaliadas por ELISA e a mensuração da gordura visceral e subcutânea pela US. A ingestão alimentar foi aferida por meio de registro alimentar de 3 dias. Resultados: No início da terapia, observou-se que parâmetros clínicos importantes como massa corporal, IMC, gordura visceral, HOMA-IR, QUICKI, triglicérides, VLDL-colesterol e transaminases hepáticas apresentaram-se mais alterados em pacientes com EHNA, os quais melhoram após tratamento. Além disso, a energia total e ingestão de macronutrientes reduziram significativamente em ambos os grupos. Observou-se correlação positiva entre AgRP e a gordura visceral em todos os pacientes, e correlação negativa entre NPY/AgRP com a concentração de adiponectina apenas em adolescentes obesos com EHNA. Ao analisar a influência da dieta nos neuropeptídeos orexígenos, apenas os pacientes com EHNA apresentaram correlação positiva entre a ingestão de ácidos graxos saturados com os neuropeptídeos orexígenos (NPY e AgRP); e carboidrato com NPY. Foi observada correlação positiva entre ingestão de energia, (%) de lipídio e ácidos graxos saturados com o acúmulo de gordura visceral. Conclusão: Os pacientes com EHNA apresentaram parâmetros clínicos mais alterados ao compará-los àqueles que não possuíam esta doença, incluindo a correlação negativa entre adiponectina e NPY/AgRP. Estes resultados sugeriram que adolescentes obesos com EHNA apresentaram perfil inflamatório alterado, o qual pode influenciar na regulação neuroendócrina do balanço energético indicando uma barreira adicional na terapia de redução de peso. Além disso, nossos achados revelaram uma importante influência da composição da dieta no sistema orexígeno, sendo essencial considerar a ingestão excessiva de gordura saturada como um fator determinante para o desenvolvimento de EHNA. / BACKGROUND: The complexity physiophatology in the Non Alcoholic Fatty Liver Disease (NAFLD) involves interplay between adipokines and neuroendocrine regulation of energy balance, including the role of Neuropeptide Y/Agouti Related Protein system. AIM: establishing the relationship between Neuropeptide Y/Agouti Related Protein (NPY/AgRP) ratio and adiponectinemia, as well as to assess the influence of orexigenic neuropeptides in the nutritional aspects of NAFLD obese adolescents submitted to a long-term interdisciplinary approach. METHODS: A group of post-pubescent obese adolescents were recruited and included in the interdisciplinary intervention. The group was analyzed according to the presence or ausence of NAFLD by ultrassonography (US). Blood samples were collected to measure glycemia, hepatic transaminases and lipid profile, insulin resistance and sensitivity. Adiponectin, NPY and AgRP concentrations were measured by ELISA and the measurement of visceral ans subcutaneous fat by US. Food intake was measured using 3-day diet records. RESULTS: It was observed at baseline that important clinical parameters including body weight, BMI, visceral fat, HOMA-IR, QUICKI, triglycerides, VLDL-cholesterol and hepatic transaminases were more altered in NAFLD patients. After the intervention, these parameters, total energy and macronutrient intake were reduced significantly in both groups. The most important finding was the positive correlation between AgRP with visceral fat in all patients, and negative correlation between NPY/AgRP with adiponectin only in NAFLD obese adolescents. Analyzing the influence of the diet in the orexigenic neuropeptides, only the NAFLD patients presented a positive correlation between the saturated fatty acids intake and the orexigenic neuropeptides (NPY and AgRP); and carbohydrate with NPY. Indeed, it was observed a positive correlation between energy intake, lipid (%) and saturated fatty acids with visceral fat accumulation. CONCLUSION: NAFLD patients presented more altered clinical parameters than non-NAFLD, including the negative correlation between adiponectin and NPY/AgRP. These results suggested that NAFLD obese adolescents presented an altered inflammatory profile that can influence the neuroendocrine regulation of energy balance suggesting and additional impairment in the weigth loss therapy. Moreover, our findings showed an important influence of diet composition in the orexigenic system, being essential consider that the excessive saturated fatty acids intake could be a determinant factor to increase nonalcoholic fatty liver disease. / FAPESP: 2008/53069-0 / FAPESP: 2006/00684-3 / FAPESP (CEPID/Sono): 9814303-3 / TEDE
|
48 |
Dieta rica em sacarose: perfil inflamatório e danos hepáticos em camundongos / Sucrose-rich diet: an inflammatory profile and liver damage in miceLiliane Soares Corrêa de Oliveira 18 July 2013 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Ainda não está bem definido na literatura se uma dieta rica em sacarose, mesmo sendo isoenergética, provoca danos à saúde. Camundongos C57BL/6 foram alimentados com uma dieta controle (10% da energia proveniente de gordura, 8% da energia proveniente da sacarose - SC), uma dieta rica em sacarose (10% de energia proveniente da gordura, 32% da energia proveniente da sacarose - HSu), uma dieta hiperlipídica (42% da energia proveniente de gordura, 8% da energia proveniente da sacarose - HF) ou uma dieta combinada HF/HSu (42% da energia proveniente de gordura, 32% da energia proveniente da sacarose), durante oito semanas. Apesar da massa corporal e do índice de adiposidade não terem sofrido alteração, o grupo HSu apresentou hipertrofia dos adipócitos, o que também foi observado nos grupos HF e HF/HSu. Os grupos HF, HSu e HF/HSu foram intolerantes à glicose e apresentaram níveis séricos de insulina elevados. Os níveis séricos de leptina, resistina e proteína quimiotática de monócitos-1 (MCP-1) aumentaram, enquanto adiponectina sérica reduziu nos grupos HF, HSu e HF/HSu. No tecido adiposo, os animais HF, HSu e HF/HSu apresentaram maiores níveis de expressão protéica de leptina e níveis mais baixos de expressão protéica de adiponectina, em comparação ao grupo SC. Colesterol hepático foi maior nos grupos HF e HF/HSu, enquanto TG hepático foi maior nos grupos HSu e HF/HSu. Os animais dos grupos HF, HSu e HF/HSu apresentaram esteatose hepática, aumento da expressão protéica hepática de elemento regulador de esterol ligante da proteína 1 (SREBP-1c) e diminuição da expressão protéica do receptor ativador de proliferação peroxissomal alfa (PPAR-α). Em conclusão, a dieta rica em sacarose não provoca obesidade nos animais, mas provoca alterações nos adipócitos (hipertrofia), intolerância à glicose, hiperinsulinemia, hiperlipidemia, esteatose hepática e aumento de citocinas inflamatórias. Os efeitos prejudiciais da dieta rica em sacarose, mesmo quando a sacarose substitui isocaloricamente o amido na alimentação, pode ter consequências para a saúde. / It is still unclear if an isoenergetic, sucrose-rich diet leads to health conse-quences. Mice were fed a control diet (10% energy from fat, 8% energy from sucrose - SC), a high-sucrose diet (10% energy from fat, 32% energy from sucrose - HSu), a high-fat diet (42% energy from fat, 8% energy from sucrose - HF) or a HF/HSu diet (42% energy from fat, 32% energy from sucrose) for eight weeks. Despite the un-changed body mass and adiposity indices, HSu presented adipocyte hypertrophy, which was also observed in the HF and HF/HSu. The HF, HSu and HF/HSu were glucose intolerant and had elevated serum insulin levels. The levels of leptin, resistin and Monocyte Chemotactic Protein-1 (MCP-1) increased, while the serum adiponectin decreased in the HF, HSu and HF/HSu. In the adipose tissue, the HF, HSu and HF/HSu showed higher levels of leptin protein expression and lower levels of adiponectin protein expression in comparison with the SC. Hepatic cholesterol was higher in the HF and HF/HSu, while hepatic TG was higher in the HSu and HF/HSu. Liver steatosis was higher, sterol regulatory element-binding protein-1c (SREBP-1c) hepatic expression was increased, and peroxisome proliferator-activated receptor-alpha (PPAR-α) hepatic protein expression was decreased in the HF, HSu and HF/HSu in comparison with the SC. In conclusion, a sucrose-rich diet does not lead to a state of obesity but has the potential to cause changes in the adipocytes (hypertrophy) as well as glucose intolerance, hyperinsulinemia, hyperlipidemia, hepatic steatosis, and increases in the number of inflammatory cytokines. The deleterious effects of a sucrose-rich diet in an animal model, even when the sucrose replaces starch isocalorically in the feed, can have far-reaching consequences for health.
|
49 |
Relação entre biomarcadores inflamatórios e espessamento da intima-média carotídea em crianças obesas pré-púberes / Relationship between inflammatory biomarkers and thickening of the carotid intima media in prepubertal obese childrenFernanda Mussi Gazolla 07 December 2012 (has links)
A exposição precoce a fatores de risco cardiovascular gera estado inflamatório crônico, podendo causar dano da função endotelial, seguido de espessamento da íntima-média carotídea. O objetivo desta pesquisa foi estudar a espessura íntima-média carotídea e seu comportamento em relação aos fatores e biomarcadores de risco cardiovascular em crianças com excesso de peso pré-púberes. Realizou-se estudo transversal com 80 obesos, 18 com sobrepeso e 31 eutróficos do Ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Avaliou-se, através de comparação de médias, medianas e frequências, o comportamento dos fatores de risco e da espessura íntima-média carotídea entre os sexos; entre obesos, com sobrepeso e eutróficos; entre resistentes e não resistentes à insulina. Avaliou-se, através de análise de regressão logística bivariada e multivariada, associação entre os fatores de risco e espessamento de íntima-média carotídea. Houve diferença estatisticamente significativa das médias e medianas de escore Z de índice de massa corpórea (p-valor=0,02), pressão arterial sistólica (p-valor=0,04) e adiponectina (p-valor=0,02) entre sexos; de circunferência da cintura (p-valor=0,0001), pressão arterial sistólica (p-valor=0,0001), diastólica (p-valor=0,001), homeostaticmodelacessment for insulinresitance (p-valor=0,0001), colesterol total (p-valor=0,02), HDL (p-valor=0,01), LDL (p-valor=0,03), triglicerídeos (p-valor=0,01), proteína C reativa (p-valor=0,0001), interleucina 6 (p-valor=0,02), leptina (p-valor=0,0001), espessura da íntima-média carotídea esquerda (p-valor=0,03) entre obesos, com sobrepeso e eutróficos; de escore Z de índice de massa corpórea (p-valor=0,0009), circunferência da cintura (p-valor=0,0001), pressão arterial sistólica (p-valor=0,0001), diastólica (p-valor=0,0006), colesterol total (p-valor=0,0004), triglicerídeos (p-valor=0,0002), leptina (p-valor=0,004) entre resistentes e não resistentes à insulina. Na regressão logística bivariada, escore Z de índice de massa corpórea, circunferência da cintura e pressão arterial sistólica associaram-se positivamente (p-valor<0,05) com o espessamento das carótidas direita, esquerda e com média dos valores de ambas. Na regressão logística multivariada, escore Z de índice de massa corpórea (p-valor=0,02) e pressão arterial sistólica (p-valor=0,04), associaram-se positivamente com íntima-média carotídea espessada à esquerda; níveis tensionais sistólicos (p-valor=0,01) se associaram com a média dos valores da íntima média carotídea de ambos os lados.Os achados mostram nas crianças pré-púberes com excesso de peso: que os fatores e biomarcadores de risco cardiovascular já se encontram presentes; influência de escore Z de índice de massa corpórea e níveis tensionais sistólicos sobre espessura íntima-média carotídea. A prevenção de aterosclerose deve iniciar precocemente, identificando-se e controlando-se fatores de risco cardiovascular. O pediatra deve procurar promover saúde cardiovascular da criança, prevenindo e/ou controlando obesidade, orientado prática regular de exercícios físicos e hábitos alimentares saudáveis. / Early exposure to cardiovascular risk factors creates a chronic inflammatory state that could damage the endothelium followed by thickening of the carotid intima media. The goal of this project was to study the carotid intima media thickness and its relationship to factors and biomarkers of cardiovascular risk in prepubertal children with excess weight. Eightyobese, 18 overweightand 31 normal weightchildrenfromthe Ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro participated in thestudy. Mean, median and frequencies of cardiovascular risk factors and carotid intima media thickness were compared between genders, obese, overweight and normal weight children and between children with insulin resistance and without insulin resistance. The association between cardiovascular risk factors and carotid intima media thickness was investigated using bivariate (or binary) and multivariate logistic regression. There was a statistically significant difference between the mean and median body mass index Z-score (p= 0.02), arterial blood pressure (p=0.04) e adiponectin (p=0.02) between genders. When comparing obese, overweight and normal weight children there were statistically significant differences in the abdominal circumference (p=0.0001), arterial systolic blood pressure (p=0.0001), diastolic blood pressure (p=0.001), homeostatic model assessment for insulin resistance (p =0.0001), total cholesterol (p=0.02), HDL cholesterol (p=0.01), LDL cholesterol (p=0.03), triglycerides (p=0.01), C reactive protein (p=0.0001), interleukin 6 (p=0.02), leptin (p=0.0001) and carotid intima media thickness. When comparing insulin resistant and non resistant children there were statistically significant differences between body mass index (p =0.0009), abdominal circumference (p =0.0001), systolic arterial blood pressure (p =0.0001), diastolic arterial blood pressure (p =0.0006), total cholesterol (p =0.0004), triglycerides (p=0.0002), and leptin (p =0.004). Using bivariate logistic regression there was a positive association (p<0.05) between body mass index Z score, abdominal circumference and systolic arterial pressure and right, left and mean intima media thickness. Using multivariate logistic regression there was a positive association between left carotid intima media thickness and body mass index Z score (p=0.02) and systolic arterial pressure (p=0.04) and systolic blood pressure and the mean intima media thickness (p=0.01). These results demonstrate that prepubertal children with excess weight already have factors associated with and biomarkers of cardiovascular risk and the influence of the score Z of the body mass index and systolic arterial blood pressure on the carotid intima media thickness. The prevention of arteriosclerosis must start early, with the identification and the control of cardiovascular risk factors. The pediatrician should encourage the cardiovascular health of children, preventing and/or controlling obesity, orienting the need for regular practice of physical exercises and healthy eating habits.
|
50 |
Ciclagem da massa corporal em camundongos / Weight cycling in miceSandra Barbosa da Silva 28 March 2012 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / A obesidade está associada com a inflamação crônica atribuída à liberação de citocinas e adipocinas, à homeostase desregulda da glicemia e à dislipidemia. Intervenções nutricionais são frequentemente acompanhadas por episódios repetidos de perda e recuperação do peso, fenômeno conhecido como efeito sanfona ou ciclagem da massa corporal. Foram avaliados os efeitos da ciclagem da massa corporal sobre os parâmetros: eficiência alimentar, massa corporal (MC), perfil lipídico, metabolismo de carboidratos, indíce de adiposidade corporal, marcadores inflamatórios, esteatose hepática e triglicerídeo (TG) hepático em camundongos C57BL/6 machos que ciclaram a massa corporal duas ou três vezes consecutivas pela alternância de dieta hiperlipídica (high-fat, HF) e dieta padrão (standard-chow,SC). Após cada ciclo de dieta HF, os animais ficavam cada vez mais pesados e, após cada ciclo de dieta SC, os animais perdiam cada vez menos peso. A ciclagem da massa corporal provocou flutuação nas reservas de gordura e nos lipídeos sanguíneos. O colesterol total dos animais, após mudança da dieta HF para dieta SC, apresentou redução dos seus valores, assim como os TG plasmáticos. No teste oral de tolerância à glicose, após o perído de ingestão da dieta HF, os animais apresentaram intolerância à glicose e, após a troca para dieta SC, os animais continuaram com intolerância à glicose. Em relação as adipocinas e citocinas, a leptina, resistina e o fator de necrose tumoral (TNF) alfa séricos aumentaram após o ciclo da dieta HF e diminuíram após a troca por dieta SC. Ao contrário, a adiponectina sérica diminuiu após dieta HF e aumentou após troca por dieta SC. A IL-6 aumentou após ingestão da dieta HF, porém após a troca para dieta SC, a IL-6 permaneceu elevada. Enquanto o MCP-1 não variou durante as trocas de dietas. A expressão da adiponectina no tecido adiposo diminuiu após a dieta HF e os valores permaneceram reduzidos mesmo após a troca para dieta SC. As expressões da leptina e IL-6 no tecido adiposo aumentaram após dieta HF e continuaram aumentados mesmo após a troca para dieta SC. Da mesma forma, a esteatose hepática e os TG hepáticos não reduziram após a mudança da dieta HF para dieta SC. Tanto a dieta HF, como a ciclagem da massa corporal são relevantes para o remodelamento do tecido adiposo e provoca repercussões nos lipídios séricos, na homeostase da glicose, na secreção de adipocinas e provoca acúmulo de gordura no fígado. A troca para dieta SC e redução da MC não são capazes de normalizar a secreção de adipocinas no tecido adiposo e nem das citocinas pró-inflamatórias que permaneceram aumentadas. A esteatose hepática e os TG hepáticos também não são recuperados com a troca para dieta SC e redução da massa corporal. Estes resultados indicam que a ciclagem da MC cria um ambiente inflamatório, que é agraado com adipocinas alteradas, intolerância à glicose e acúmulo de gordura no fígado / Obesity is associated with low-grade chronic inflammation attributed to release of cytokines and adipokines and to dysregulated glucose-insulin homeostasis and dyslipidemia. Nutritional interventions such as dieting are often accompanied by repeated bouts of weight loss and regain, a phenomenon known as weight cycling (WC). In this work we studied the effects of WC on the parameters: feed efficiency, body mass (BM), blood lipids, carbohydrate metabolism, adiposity, inflammatory markers, hepatic steatosis and hepatic triglyceride (TG) in C57BL/6 male mice that WC two or three consecutive times by alternation of a high-fat (HF) diet with standard chow (SC). The body mass (BM) grew up in each cycle of HF feeding, and decreased after each cycle of SC feeding. After three consecutive WC, less marked was the BM reduction during SC feeding, while more severe was the BM increase during HF feeding. After each cycle of the HF diet body mass grew up in each cycle of HF feeding, became increasingly heavier and after each cycle of SC feeding, the animals lost less weight. The WC mass caused fluctuations in fat reserves and blood lipids total cholesterol, after shift the HF diet by SC diet showed a reduction of their values and plasma TG. The oral glucose tolerance test after the regular intake of HF diet, the animals showed glucose intolerance and, after switching to SC diet, the animals continued with glucose intolerance. Regarding the adipokines and cytokines, leptin, resistin and tumor necrosis factor alpha (TNF) serum increased after the cycle of HF feeding and decreased after the switch to SC feeding. In contrast, serum adiponectin decreased after HF feeding and increased after dietary exchange for SC. The IL-6 increased after intake of HF diet, but after switching to SC feeding, which remained elevated, while the MCP-1 was not changed during the shift of diets. The expression of adiponectin in adipose tissue decreased after the HF feeding and the values remained low even after switching to diet SC. The expression of leptin, IL-6 in the adipose tissue increased after HF feeding and remained elevated after the change to SC diet. Similarly, hepatic steatosis, and hepatic TG not reduced after the change to the diet HF diet SC. The results of the present study showed that both the HF diet and WC are relevant to BM evolution and fat pad remodeling in mice, with repercussion in blood lipids, homeostasis of glucose-insulin, adipokine levels and causes fat accumulation in the liver. The simple reduction of the BM during a WC is not able to recover the high levels of adipokines in the adipose tissue and serum as well as the pro-inflammatory cytokines. Hepatic steatosis and hepatic TG are not recovered with the change to SC feeding and body mass reduction. These findings indicate that the WC creates an inflammatory environment; with altered adipokines in association with WC which potentially aggravates the chronic inflammation attributed to dysregulated production and release of adipokines in mice
|
Page generated in 0.0399 seconds