• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 239
  • 5
  • 3
  • Tagged with
  • 251
  • 251
  • 251
  • 251
  • 149
  • 29
  • 27
  • 25
  • 25
  • 22
  • 22
  • 21
  • 21
  • 21
  • 21
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
141

Avaliação do metabolismo de lipídes em diabéticos tipo 1, normolipidêmicos e sem complicações microvasculares e macrovasculares significativas através de nanoemulsão lipídica artificial / Evaluation of lipid metabolism in normolipidemic type 1 diabetes individuals without significant clinical microvascular and macrovascular complications through artificial lipid nanoemulsion

Rodrigues, Alina Coutinho 19 December 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: portadores de diabetes mellitus tipo 1 (DM1) apresentam, progressivamente, complicações vásculo-neurais. Os fatores que aumentam o risco de coronariopatia - hipertensão, dislipidemia e idade avançada - explicam, em parte, a alta mortalidade cardiovascular, entretanto diabéticos tipo 1 podem morrer de coronariopatia precoce e não apresentar os fatores de risco clássicos para aterosclerose. Modificações estruturais e funcionais nas lipoproteínas, alterando a sua composição e trocas lipídicas poderiam justificar o aumento de eventos vasculares, entretanto estas alterações podem não ser detectadas através das dosagens rotineiras de lípides plasmáticos. OBJETIVOS: através de nanoemulsão lipídica artificial (LDE) que simula a estrutura lipídica da LDL avaliamos, em portadores de DM1, normolipidêmicos, intensivamente tratados e sem complicações significativas da doença, a taxa de esterificação do colesterol, a remoção da nanoemulsão da circulação, o tamanho da partícula HDL e as transferências de lípides entre a nanoemulsão e as partículas HDL. Secundariamente, determinamos a influência do controle glicêmico, resistência à insulina (RI) e insulinização no metabolismo lipídico. MÉTODOS: estudamos 36 indivíduos diabéticos e 37 controles não-diabéticos pareados para idade, sexo e índice de massa corpórea. Nanoemulsão lipídica artificial com marcação radioativa nos lípides éster de colesterol (CE), colesterol livre (CL), triglicérides (TG) e fosfolípides (PL) foi utilizada para os estudos. Nanoemulsão com marcação 14C-CE e 3H-CL foi injetada nos participantes e amostras de sangue foram coletadas durante 24 horas para mensuração da radioatividade. Remoção dos lípides da circulação foi calculada por análise compartimental. A taxa da esterificação do colesterol livre foi calculada após extração e separação de lípides do plasma por cromatografia em camada delgada. Para estudo da transferência de lípides, nanoemulsões com marcação 14C-CE e 3H-CL ou 14C-PL e 3H-TG foram incubadas com plasma e a radioatividade dos lípides transferidos para as HDL foi contada após a precipitação de lipoproteínas contendo apoB. O diâmetro da HDL foi mensurado por método de dispersão da luz. A RI nos diabéticos foi mensurada por fórmula que estima a taxa de captação da glicose. RESULTADOS: hemoglobina glicada foi de 8,8±1,3 mg/dl e concentrações de LDLc foram menores nos diabéticos (85±22 vs. 98±26 mg/dl), p=0, 035. Não houve diferenças em relação às taxas de esterificação, transferências de lípides da nanoemulsão para as HDL e tamanho da partícula HDL entre os grupos. Não encontramos relação entre as análises cinéticas e HbA1c, glicemia, índices de RI e dose de insulina. A taxa de remoção do 14C-CE foi mais rápida em diabéticos tipo 1 que nos controles (0, 059±0, 022 vs.0, 039±0, 022 h-1), p=0, 019. 16 CONCLUSÕES: apesar de controle glicêmico ruim nos DM1, as transferências de lípides da nanoemulsão para as HDL, a taxa de esterificação e a remoção da 3H-CL são semelhantes às dos controles. O controle glicêmico, perfil lipídico, índices de RI e dose de insulina não influenciaram nas transferências de lípides e na taxa de esterificação. A remoção do 14C-CE é mais rápida em indivíduos diabéticos, o que poderia justificar as concentrações de LDLc mais baixas encontradas nesta população. Acreditamos que a terapia insulínica intensiva pode justificar estes achados / INTRODUTION: people with type 1 diabetes mellitus (DM1) have progressively neuro-vascular complications. Factors that increase the risk of coronary artery disease hypertension, dislipidemia and advanced age explains part of increased cardiovascular mortality, however some DM1 died of early coronary artery disease and often do not have atherosclerosis classical risk factors. Structural and functional changes in lipoproteins, altering their composition and activities of lipid exchange could justify the increase in vascular events but these changes are generally not detected by routine clinical laboratory plasma lipid exams. OBJETIVES: in normolipidemic DM1, intensively treated and without significant complications of disease we evaluated, by an artificial lipid nanoemulsion that resembles the lipid structure of LDL, rates of cholesterol esterification, nanoemulsion removal of the circulation, HDL particle size and lipid transfer from nanoemulsion to HDL. Secondarily, we determine the influence of glycemic control, insulin resistance (IR) and insulinization on lipid metabolism. METHODS: we studied 36 diabetics and 37 non-diabetic controls paired by age, sex and body mass index. Artificial lipid nanoemulsion labeled with radioactive lipids cholesterol ester (CE), cholesterol (CL), phospholipids (PL) and triglycerides (TG) was used for studies. Intravenous infusion of nanoemulsion 14C-CE e 3H-CL was injected in participants and blood was sampled over 24 hours for radioactivity measurement. Circulation lipid removal was calculated through compartmental analysis. Rate of cholesterol esterification was calculated after lipid extraction and separation by thin-layer chromatography. Nanoemulsion was incubated with plasma and radioactivity of lipids 14C-EC, 3H-CL, 14C-PL and 3H-TG transferred to the HDL was quantified after the precipitation of other apoB lipoproteins. The HDL diameter was measured by laser light scattering. The insulin resistance in diabetic patients was measured by formula that estimates the rate of uptake of glucose. RESULTS: glycated hemoglobin was 8,8±1,3 mg/dl and LDL concentrations were lower in diabetic patients (85 ± 22 vs. 98 ± 26 mg / dl), p = 0035. There were no differences between groups regarding rates of cholesterol esterification, lipids transfer from nanoemulsion to HDL and HDL particle size. We found no relationship between the kinetic analyses and HbA1c, blood glucose, measures of IR and dose of insulin. The rate of removal of 14C-EC was faster in diabetics type 1 than controls (0.059 ± 0.022 vs.0.039 ± 0.022 h- 1), p = 0.019. CONCLUSIONS: despite suboptimal glycemic control in diabetics, lipids transfer from nanoemulsion to HDL, rate of cholesterol esterification and removal of 3H-CL are similar to those of non-diabetic individuals. Glycemic control, lipid profile, measures of IR and dose of insulin did not influence lipids transfer and rate of cholesterol esterification. Removal of 14C-EC from diabetic circulation is faster than controls which could justify the 18 lower LDL concentration found in this population. We believe that intensive insulin therapy could explain these findings
142

Mecanismos moleculares mediadores da citoproteção de células beta pancreáticas induzidos por prolactina / Role of HSPB1 in PRL-induced cytoprotective effects on beta cells

Mansano, Rosangela Aparecida Wailemann 19 October 2018 (has links)
A manutenção da célula de ilhotas in vitro aparece como uma estratégia atraente para aumentar o resultado do transplante de ilhotas pancreáticas. Entretanto, o destino das ilhotas em cultura é determinado pelo equilíbrio entre mediadores pró e antiapoptóticos. Nós mostramos anteriormente que os níveis de HSPB1 são aumentados pela prolactina (PRL) tanto nas células beta pancreáticas humanas quanto nas células de insulinoma murino MIN6. Além disso, mostramos que os efeitos pró- sobrevivência induzidos pela prolactina nas células beta pancreáticas são mediados pela HSPB1. Uma vez que o papel da HSPB1 nas células beta não foi estudado diretamente, procuramos explorar os mecanismos moleculares pelos quais a HSPB1 medeia a citoproteção da célula beta induzida pela PRL. Para isso, células MIN6 derivadas de um insulinoma de camundongo e cultura primária de ilhotas pancreáticas murinas (I), silenciadas ou superexpressando HSPB1 foram submetidas à privação de soro e então pré- tratadas na presença ou na ausência de PRL (300 ng / mL) e expostos a ou citocinas (IL-1β (0,8 ng / mL), IFN-γ (4 ng / mL) e TNF-α (8 ng / mL) por 16 ou 24 h. Após esses períodos de tempo foi avaliada a viabilidade celular. De fato, as células silenciadas para HSPB1 tiveram maiores porcentagens de morte celular em comparação aos controles. No entanto, a superexpressão de HSPB1 sozinha imita os efeitos citoprotectores da Prolactina em ambas as células MIN6 e nas culturas primárias das ilhotas. Estes resultados mostram o papel fundamental da HSPB1 no efeito citoprotetor inibindo a apoptose inducida pelo tratamento com citocinas pró-inflamatórias. Além disso, os lisados de células Min6 tratadas com citocinas na presença ou na ausência de PRL durante 6 h foram sujeitos a imunoprecipitação de HSPB1. Proteínas coimmunoprecipitadas separadaspor SDS-PAGE e posteriormente identificadas por nano-HPLC acoplado à espectrometria de massas. Células pré-tratadas com PRL apresentaram um enriquecimento de proteínas que coprescipitaram com HSPB1 relacionadas em processos de resistência ao estresse oxidativo, degradação proteica e metabolismo de carboidratos. Células MIN6, silenciadas ou superexpressando HSPB1 foram expostas á menadiona e peróxido de hidrogênio e parâmetros oxidativos foram analisados. O silenciamento de HSPB1 promoveu células mais sensíveis ao estresse oxidativo e levou a uma redução da capacidade antioxidante, enquanto que prolactina induziu citoproteção mediada por HSPB1 contra o estresse oxidativo. A superexpressão de HSPB1, no entanto, levou a efeitos opostos. O tratamento com PRL, o silenciamento ou superexpressão de HSPB1 não mudou a expressão de enzimas antioxidantes, mas os níveis proteicos de HSPB1 estão relacionados com a modulação da razão GSH/GSSG e a atividade de G6PD. Dado de estudos recentes reportam que o perfil respiratório das ilhotas prévias ao transplante pode predizer seu desempenho e que não se sabe nada sobre se a PRL poderia modular a função mitocondrial nas células beta; no presente projeto foi investigado se o tratamento hormonal poderia aumentar a eficiência mitocondrial das células beta. Observamos que o tratamento com citocinas pró-inflamatórias produziu uma diminuição na eficiência do consumo de oxigênio mitocondrial estar relacionado à síntese de ATP. Esses resultados foram significativamente revertidos a valores similares ao obtidos nas células submetidas Às condições de máxima viabilidade após o tratamento com PRL. Além disso, os resultados mostraram que os níveis elevados de HSPB1 medeiam este efeito, uma vez que a falta desta proteína anulou significativamente a recuperação da função mitocondrial induzida pelo tratamento hormonal. Visto que as taxas de síntese de ATP mitocondrial são as responsáveis pela elevação na sua concentração intracelular e que esse evento está diretamente relacionado com a secreção de insulina nas células beta, analisamos se diferentes níveis proteicos de HSPB1 poderia modificar a função secretora de células beta. Para isso foram calculados os índices de estímulo da secreção de insulina em resposta ao aumento da concentraçãode glicose no meio de cultura tanto em células parentais MIN6 como em culturas primárias de ilhotas pancreáticas murinas que foram submetidas ou não ao silenciamento ou superexpressão de HSPB1. Nossos resultados mostraram que nem a presença de citocinas, Prolactina, ou a ausência ou superexpressão de HSPB1 nas culturas celulares analisadas apresentaram diferença significativa em relação aos índices de estímulo da secreção e conteúdo de insulina. Esses resultados sugerem que nem a falta, nem a superexpressão de HSPB1 poderia alterar a função de célula beta. Nós mostramos a relevância da HSPB1 em ambos os efeitos pró- sobrevivência da PRL contra a morte da célula beta induzida tanto por citocinas quanto por indução de estresse oxidativo. Este último efeito poderia também estar relacionado com a participação da HSPB1 na recuperação da função mitocondrial observada após o tratamento hormonal corroborando assim parte dos resultados obtidos nos experimentos de immunoprecipitação. Finalmente, nossos resultados destacam a importância de mais estudos visando um entendimento mais profundo das funções da HSPB1 nas células beta, uma vez que elas poderiam levar à mitigação da morte da célula beta através da regulação positiva de uma via de proteção endógena, que não é dependente da modulação do sistema imunológico. / The success of islet transplantation has improved lately. Unfortunately, it is still compromised by cell loss. Maintaining islet cell in vitro appears as an attractive strategy to increase the outcome of pancreatic islet transplantation. However, islet fate in culture is determined by the balance between pro- and anti- apoptotic mediators. We have previously shown that Heat Shock Protein B1 (HSPB1) levels are increased by prolactin (PRL) on both human pancreatic beta cells and MIN6 murine insulinoma cells. Furthermore, we have demonstrated the prolactin-induced pro-survival effects on pancreatic beta-cells are mediated by HSPB1. Since HSPB1 role in beta cells has not been directly studied, we set out to explore the molecular mechanisms by which HSPB1 mediates PRL-induced beta cell cytoprotection. For this purpose, MIN6 insulinoma mouse cells and primary culture of murine pancreatic islets (I) wild type, HSPB1 silenced or overexpressing the chaperone were subjected to serum starvation and then pre-treated in the presence or in the absence of PRL (300 ng/mL) and exposed to or cytokines (IL-1β (0,8 ng/mL), IFN-γ (4 ng/mL) and TNF-α (8 ng/mL)) for 16 or 24h. Then, we analyse cell viability. HSPB1silenced cells presented higher percentages of cell death compared to controls. However, the overexpression of HSPB1, independently of hormonal treatment, was able mimic the cytoprotective effects of Prolactin. These results point at the key role of HSPB1 in the cytoprotective effect against proinflammatory cytokines-induced beta cell death. In addition, lysates from Min6 cells incubated for 6 hours in the presence of a cocktail of cytokines and/or PRL were subjected to HSPB1 immunoprecipitation. Co-precipitated proteins were identified by SDS-PAGE coupled to mass spectrometry. We found an enrichment of proteins relatedto signaling pathways involved in a response against oxidative and endoplasmic reticulum stress induction. Moreover, we also identified antiapoptotic effects and carbohydrate metabolism related proteins. Indeed, HSPB1 knockdown rendered cells more sensitive to oxidative stress and led to a reduced antioxidant capacity, while prolactin induced an HSPB1- mediated cytoprotection against ROS induced beta-cell apoptosis. One again, HSPB1 overexpression mimic PRL- induced cytoprotection. While hormonal treatment, HSPB1 silencing or overexpression did not change the expression of antioxidant enzymes; this conditions influenced reduced glutathione cell content and G6DP activity. Since recent studies have pointed that islets respiratory profile prior to transplantation may predict their performance; we also investigated whether PRL treatment could increase beta-cell mitochondrial efficiency. We observed a cytokine-induced increase of mitochondrial oxygen consumption rate not related to ATP synthesis, which was significantly decreased upon PRL treatment. HSPB1 was a key mediator of this effect since the lack of this protein significantly abrogated PRL-induced mitochondrial function recovery. The secretory function was then analysed in wild type MIN6 cells as well as in primary cultures of pancreatic islets either HSPB1 silenced or overexpressing the chaperone. Cells were subjected to serum starvation and then pre-treated in the presence or in the absence of PRL and exposed to cytokines for 16 or 24h. We didn´t found significant differences in both glucose induced-insulin secretion and insulin content between the hormonal treatment, HSPB1 silencing or overexpression. These results suggest that neither lack, nor overexpression of HSPB1 could alter beta cell function. Altogether our results have shown the importance of HSPB1 on PRL prosurvival effects as well as on maintenance of mitochondrial efficiency against both cytokine treatment and oxidative-stress-induced beta cell damage. These results are in accordance with the PRL-induced enrichment of HSPB1 interacting proteins displaying functions related to protein degradation, oxidative stress protection or mitochondrial carbohydrate metabolism.Finally, our results outline the importance of further studies aiming at a deeper understanding of HSPB1 functions on beta cells, since they could lead to the mitigation of beta cell death through the up-regulation of an endogenous protective pathway, which is not dependent on the modulation of the immune system.
143

A influência da estratificação populacional na susceptibilidade genética ao diabetes mellitus tipo 1 em uma população brasileira / The influence of population stratification in genetic susceptibility to type 1 diabetes in a Brazilian population

Gomes, Karla Fabiana Brasil 06 June 2016 (has links)
Introdução: A investigação de genes associados a doenças complexas em estudos caso-controle, baseada na frequência de variantes polimórficas, pode não ser adequada na presença de estratificação populacional advinda da mistura étnica, que é uma das características da população brasileira. Torna-se, portanto, difícil utilizar esta metodologia, pelo risco de associações espúrias devido às diferenças no background genético dos indivíduos casos e controles. Marcadores informativos de ancestralidade (AIMs) podem ser aplicados para estimar ancestralidade e corrigir estas distorções. As mesmas variantes genéticas de susceptibilidade para o diabetes tipo 1 autoimune (DM1A) como os alelos HLADR3- DR4 e os polimorfismos do PTPN22, CTLA4 e VNTR-INS presentes em caucasianos não foram sempre encontradas com a mesma frequência na nossa população com DM1A, ou conferiram risco menor quando presentes. Tais diferenças podem advir da nossa miscigenação. Portanto, no presente estudo, objetivou-se: 1) Analisar uma amostra de portadores de DM1A da cidade de São Paulo e controles não diabéticos, utilizando marcadores genéticos autossômicos de ancestralidade, identificando os componentes ancestrais individuais e os da população, permitindo assim, maior compreensão da sua potencial estratificação; 2) Verificar o papel dos alelos do sistema HLA-DR e DQ, dos polimorfismos dos genes PTPN22, CTLA4 e INS-VNTR, na predisposição à doença, corrigindo para o viés introduzido pela estratificação da nossa população. Materiais e métodos: 915 pacientes com DM1A, idade de 24,6±13,0 anos, 81,7% autorreferidos brancos e 789 controles, idade 28,5 ± 11,5 anos, 65,6% autorreferidos brancos participaram do estudo. A genotipagem dos 93 marcadores informativos de ancestralidade foi realizada por meio da plataforma BeadXpress (Illumina, EUA). A composição ancestral dos indivíduos foi caracterizada pelo programa Structure 2.3, e os alelos e variantes dos genes candidatos, testados por meio de análise structured association, utilizando o programa STRAT. Resultados: A ancestralidade européia prevaleceu no grupo de pacientes com DM1A e nos controles, (77% e 71%, respectivamente), seguida pela africana e ameríndia. Os alelos - DRB1*0301, -DR4 (subtipos -*0401, -*0402, -*0405) e - DR*09, e os alelos DQB1*0201 e -*0302 foram confirmados como predisponentes, mesmo após a correção para a estrutura de nossa população, assim como os alelos protetores- DRB1 (*0302, -*07, -*10, -*11, -*13, -*14 e -*15) e -DQB1 (*0402, -*0503, -*0602 e -*0603). Os haplótipos DRB1*0301/DQB1*0201, - *0401/0302, -*0402/0302, -*0405/0302, -*09/0202 predominaram no grupo DM1A, enquanto -*0302/0402, -*07/0202, -*10/0501, -*11/0301, -*11/0602, - *13/0603, -*14/0503 e -*15/0602 conferiram proteção. A correção para estratificação evidenciou o alelo DRB1*16 e o haplótipo -*07/0201 como de proteção e o DQB1*0501, que inicialmente era de proteção, como neutro. Também confirmou o haplótipo -*09/0202, como de risco e o -*0302/0402, de proteção, à semelhança do observado em afro-americanos. Os haplótipos - *10/0501, -*11/0602 e -*13/0603, protetores na nossa população e em afroamericanos, foram neutros nos caucasianos. A susceptibilidade determinada pelos genótipos I/I do INS VNTR e CT + TT do gene PTPN22 foram confirmadas após correção para estrutura populacional. O polimorfismo CTLA4 rs231775A > G não pôde ser avaliado. Conclusão: Evidenciamos diferenças nas variantes genéticas de susceptibilidade e proteção ao DM1A na nossa população em relação às caucasianas e afroamericanas, possivelmente decorrentes da mistura étnica. A correção para a estrutura populacional foi importante para confirmar a característica de proteção conferidas pelo alelo -DRB1*16 e haplótipo -*07/0201 / Introduction: The investigation of genes associated with complex diseases in case-control studies, based on the frequency of polymorphic variants, may not be appropriate in the presence of population stratification arising from the ethnic admixture, which is characteristic of the Brazilian population. It is therefore difficult to apply this method, due to the risk of spurious associations related to differences in the genetic background of individual cases and controls. Ancestry informative markers (AIMs) can be used to estimate ancestry and correct these distortions. The same genetic variants of susceptibility to type 1 autoimmune diabetes (T1AD) like HLA- DR3 -DR4 alleles and polymorphisms in PTPN22, CTLA4 and VNTR-INS genes usually present in caucasians were not always found at the same frequency in our population with T1AD, or conferred lower risk when present. These discrepancies may result from our miscigenation. Therefore, in this study, we aimed to: 1) analyze a sample of patients with T1AD and health controls, mostly living in São Paulo, using genetic autosomal markers of ancestry, to identify the ancestry of individual components and of the population, that could identify its potential stratification; 2) Evaluate the role of HLA-DR and -DQ alleles and polymorphisms of PTPN22, CTLA4 and INSVNTR genes in the predisposition to disease, correcting for the bias introduced by the stratification of our population. Methods: 915 patients with T1D, aged 24.6±13.0 years, 81.7% self-reported as white and 789 controls, aged 28.5±11.5 years, 65.6% self-reported as white participated of the study. Genotyping of 93 informative markers was performed by BeadXpress platform (Illumina, USA). The ancestry composition of individuals was characterized by Structure 2.3 program, and variants and alleles of candidate genes were tested using structured association analysis with the STRAT program. Results: The european ancestry prevailed in T1AD and control groups (77% and 71%, respectively), followed by african and amerindian. The -DRB1*0301, -DR4 (subtypes -*0401, -*0402, -*0405) and -DR*09 alleles as well as -DQB1 *0201 and -*0302 alleles were confirmed as predisposing to T1AD, even after correcting for the structure of our population. The same was observed for the protective alleles: -DRB1 (-*0302, - *07, -*10, -*11, -*13, -*14 and -*15) and - DQB1 (-*0402, -* 0503, -*0602 and -*0603). HLA-DRB1*0301/DQB1*0201, - *0401/0302, -*0402/0302, -*0405/0302, -*09/0202 haplotypes predominated in T1AD group, while -*0302/0402, -*07/0202, -*10/0501, -*11/0301, -*11/0602, - *13/0603, -*14/0503 and -*15/0602 conferred protection. The correction for stratification evidenced DRB1*16 allele and -*07/0201 haplotype as protective and DQB1*0501, initially associated with protection, as neutral. This analysis also confirmed the -*09/0202, as a risk haplotype and -*0302/0402, -*10/0501, - *11/0602 and -*13/0603 as protective in our population, similar to reported in african-americans, although neutral in caucasians.The susceptibility to T1AD determined by INS VNTR I/I and PTPN22 CT+TT haplotypes were confirmed after correcting for population structure. The CTLA4 rs231775 A > G polymorphism could not be evaluated. Conclusion: We demonstrated differences in genetic variants associated with susceptibility and protection to T1AD in our population when compared to caucasian and african-american Abstract populations, possibly due to the ethnic admixture. The correction for the population structure was important to confirm the protection conferred by - DRB1*16 allele and -*07/0201 haplotype
144

Relação bio-sociocomportamental na ocorrência do Diabetes Mellitus tipo1 / Bio-social behavior relation the occurrence of Diabetes Mellitus type 1

Maria Fatima Soares Guedes 04 March 2016 (has links)
O Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) é uma doença caracterizada pela destruição das células beta do pâncreas levando à deficiência absoluta da produção de insulina, podendo ser autoimune ou idiopática. Diversos fatores ambientais podem influenciar o desenvolvimento desta patologia, dentre eles incluem-se fatores externos como a nutrição, infecções virais, peso ao nascer, idade materna, crescimento infantil aumentado, estresse e condições socioeconômicas. O objetivo do presente trabalho foi descrever as características bio-sociocomportamentais de indivíduos com Diabetes Mellitus Tipo 1 e a possíveis relações destas características com a ocorrência da patologia. Trata-se de um estudo observacional transversal com 399 indivíduos, sendo 202 com o diagnóstico de DM1 e 197 controles não diabéticos, pareados por sexo, idade e etnia, que responderam a um questionário com perguntas que versaram sobre informações bio-socioecomportamentais, nos intervalos das consultas médicas na Unidade Básica de Saúde Centro Dr. Alpheu de Vasconcelos Sampaio\" e Hospital Estadual de Bauru Dr. Arnaldo Curvêllo. Para análise dos dados utilizou-se o teste do qui-quadrado nas variáveis qualitativas nominais, o teste de Mann-Whitney nas variáveis qualitativas ordinais e o teste t nas variáveis quantitativas, o coeficiente de correlação de Spearman (variáveis qualitativas ordinais) e de Pearson (variáveis quantitativas) para verificar correlação entre variáveis. Adotou-se o nível de significância de 5% (p<0,05) em todos os testes estatístico. Os resultados mostraram que a renda familiar predominante é a de um a três salários mínimos, que o parto cesárea foi o mais evidente nos dois grupos. Com relação ao mês do diagnóstico, notou-se que ocorreu mais na estação de inverno, nos meses de junho e julho e evidenciou que a idade ao diagnóstico tem diminuído nos últimos anos. A infecção viral mais frequente foi a catapora. Quanto à doença periodontal, o estudo mostrou que a maioria desconhece que ela é uma das complicações do diabetes. Verificou-se que o parto normal ou vaginal contribuiram para o não desenvolvimento do DM1, e que o intervalo maior do que 5 anos entre os irmãos e a catapora estiveram associados ao DM1. / Diabetes mellitus type 1 (DM1) is a disease characterized by the destruction of pancreatic beta cells leading to absolute deficiency of insulin production, may be autoimmune or idiopathic. Several environmental factors may influence the development of this pathology among them include external factors such as nutrition, viral infections, birth weight, maternal age, increased infant growth, stress and socioeconomic conditions. The objective of this study was to describe the bio-socio-behavioral characteristics of individuals with Type 1 Diabetes Mellitus and the possible relationship of these characteristics with the occurrence of the disease. This is a cross-sectional observational study of 399 subjects, 202 diagnosed with type 1 diabetes and 197 nondiabetic controls matched for sex, age and ethnicity, who answered a questionnaire with questions that were about bio-socioecomportamentais information in ranges medical consultations in the Basic Health Unit Centre \"Dr. Alpheu Sampaio de Vasconcelos \"and Bauru State Hospital Dr. Arnaldo Curvello. Data analysis used the chi-square test in nominal qualitative variables, the Mann-Whitney test in the ordinal qualitative variables and the\" t \"in quantitative variables, Spearman\'s correlation coefficient (ordinal qualitative variables) and Pearson (quantitative variables) to check correlation between variables. We adopted the significance level of 5% (p <0.05) in all statistical tests. The results showed that the predominant family income is from one to three minimum wages, the cesarean delivery was most evident in both groups. Regarding the month of diagnosis, it was noticed that there was more in the winter season in the months of June and July and showed that the age at diagnosis has decreased in recent years. The most common viral infection was chickenpox. As for periodontal disease, the study showed that most are unaware that it is one of the complications of diabetes. It was found that normal vaginal delivery or contributed to the development of non-DM1, and that the greater range than five years between the brothers and chickenpox were associated with DM1.
145

Terapias alternativas para o diabetes mellitus tipo 1: caracterização funcional do gene Txnip na diferenciação &#946;-pancreática e desenvolvimento de biomaterial inovador para microencapsulamento celular / Alternative therapies for type 1 diabetes mellitus: functional characterization of Txnip gene during -pancreatic differentiation and generation of an innovative biomaterial for cell microencapsulation

Camila Leal Lopes da Silva 13 June 2018 (has links)
O diabetes mellitus do tipo 1 (DM1) é uma doença causada pela destruição autoimune das células-&#946; produtoras de insulina do pâncreas. O transplante de ilhotas pancreáticas é um procedimento tecnicamente simples sendo uma alternativa terapêutica interessante para o DM1. Entretanto, a oferta limitada de pâncreas de doadores falecidos e a necessidade de imunossupressão crônica são fatores que limitam a aplicabilidade dessa modalidade de transplante. Neste trabalho foram estudadas duas estratégias que visam oferecer soluções aos fatores limitantes do transplante de ilhotas pancreáticas. Na primeira parte do trabalho, o mecanismo molecular que dirige o processo de diferenciação de células-tronco embrionárias murinas (murine embryonic stem cells, mESCs) em células produtoras de insulina (insulin producing cells, IPCs) foi analisado visando otimizar o processo de diferenciação. Nós selecionamos o gene Thioredoxin interacting protein (Txnip), diferencialmente expresso ao longo da diferenciação &#946;-pancreática, para realizar um estudo funcional através da modificação genética de mESCs. Os resultados obtidos permitiram verificar que a inibição de Txnip na diferenciação &#946;-pancreática pode induzir a diferenciação de IPCs com maior expressão de marcadores de células- e mais responsivas ao estímulo de glicose. Além disso, o modelo de zebrafish permitiu elucidar in vivo o papel de Txnip durante a organogênese pancreática, revelando que a inibição desse gene é capaz de aumentar a massa de células-&#946; através do estimulo de células presentes no ducto extra-pancreático. Dessa forma, a inibição de Txnip pode aprimorar os protocolos para obtenção de IPCs a partir de células-tronco pluripotentes. A exposição crônica a agentes imunossupressores diabetogênicos e a perda de componentes de matriz extracelular durante o isolamento de ilhotas pancreáticas são causas para a perda de funcionalidade do enxerto. Dessa forma, na segunda parte do trabalho, um biomaterial inovador foi desenvolvido, contendo um polímero de laminina (polilaminina, PLn) para o encapsulamento e a imunoproteção de ilhotas pancreáticas. As cápsulas produzidas com o biomaterial desenvolvido, Bioprotect-Pln, são térmica- e mecanicamente estáveis, além de serem biocompatíveis e capazes de imunoproteger ilhotas pancreáticas humanas in vitro. O encapsulamento com Bioprotect-Pln preserva a funcionalidade de ilhotas pancreáticas. Além disso, quando cápsulas vazias de Bioprotect-Pln foram implantadas em camundongos imunocompetentes, houve atenuação da resposta inflamatória ao implante, uma das principais causas para perda de funcionalidade de enxertos encapsulados. Os resultados obtidos indicam que a presença de polilaminina na malha capsular induz uma resposta anti-inflamatória que pode beneficiar a preservação do enxerto de ilhotas pancreáticas encapsuladas. Atualmente, o transplante de ilhotas pancreáticas é visto como a terapia celular mais promissora para atingir a independência de insulina em pacientes de DM1, porém, a aplicabilidade desse transplante ainda é limitada. Este trabalho contribuiu para a elucidação dos mecanismos moleculares que podem aprimorar o processo de diferenciação de célulastronco pluripotentes em IPCs, estabelecendo uma fonte alternativa de células para a terapiade reposição, e, também, estabeleceu um biomaterial inovador, capaz de diminuir a resposta inflamatória ao implante de microcápsulas e de imunoproteger células microencapsuladas. Desta forma, este trabalho contribui para o estabelecimento da terapia de reposição celular para pacientes de DM1. / Type 1 diabetes mellitus (DM1) is a disease caused by the autoimmune destruction of insulin-producing pancreatic &#946;-cells. Pancreatic islet transplantation is a technically simple procedure and an interesting alternative therapy for DM1, however, the limited supply of cadaveric donated pancreas and the need of life-long immunosuppression are factors which limit its applicability. In the present work, two strategies were employed aiming at establishing viable solutions for the factors limiting pancreatic islet transplantation. In the first part of this study, the molecular mechanism which drives differentiation of murine embryonic stem cells (mESCs) into insulin producing cells (IPCs) was analyzed in order to optimize the differentiation process. The Thioredoxin interacting protein (Txnip) gene, which is differentially expressed along -pancreatic differentiation, was selected to undergo a functional analysis by genetically modifying mESCs. The results allowed us to verify that Txnip inhibition during the &#946;-pancreatic differentiation process can induce differentiation of IPCs displaying higher expression of &#946;-cell markers and being more responsive to glucose stimuli. In addition, the zebrafish model allowed us to elucidate in vivo the role of Txnip during pancreatic organogenesis, revealing that its inhibition is able to increase the mass of &#946;-cells through stimulation of extra-pancreatic ductal cells. Therefore, Txnip inhibition may turbinate IPCs differentiation from pluripotent stem cells. The chronic exposure to diabetogenic immunosuppressive agents and the loss of extracellular matrix components during isolation of pancreatic islets are probable causes for the loss of pancreatic islet graft functionality. Therefore, in the second part of this study, an innovative biomaterial was developed by incorporating a laminin polymer (polylaminin, PLn) for the encapsulation and immunoprotection of pancreatic islets. The capsules produced with the novel biomaterial, Bioprotect-Pln, are biocompatible, thermally and mechanically stable and are able to immunoprotect human pancreatic islets in vitro. Encapsulation with Bioprotect-Pln preserves the functionality of pancreatic islets. In addition, when empty Bioprotect-Pln capsules were implanted into immunocompetent mice, an attenuation of the inflammatory response to the implant occurred, this being one of the main causes of encapsulated graft loss. The results indicate that polylaminin addition to the capsular mesh induces an anti-inflammatory response which may favor preservation of the engrafted encapsulated pancreatic islets. Pancreatic islet transplantation is currently seen as the most promising cell therapy to achieve insulin independence in DM1 patients, however, the applicability of this transplant is still limited. This work contributed to the elucidation of the molecular mechanisms which can turbinate the differentiation of pluripotent stem cells into IPCs, establishing an alternative source of cells for the replacement therapy, and, also, established an innovative biomaterial which is able to decrease the inflammatory response to the graft, thereby immunoprotecting the microencapsulated cells. Therefore, this work contributes to the establishment of the cell replacement therapy for DM1 patients.
146

Imunoproteção de ilhotas pancreáticas microencapsuladas em biomateriais inovadores e seu potencial terapêutico no diabetes mellitus tipo 1 / Immunoprotection of pancreatic islets microencapsulated in inovative biomaterials and its therapeutic potential in type 1 Diabetes Mellitus

Rodrigues, Ana Lúcia Campanha 08 May 2012 (has links)
O transplante de ilhotas microencapsuladas constitui uma alternativa terapêutica interessante para o Diabetes Mellitus tipo 1, permitindo um melhor controle glicêmico e eliminando a necessidade de imunossupressão. Entretanto, a manutenção a longo prazo da viabilidade das células-&#946; ainda é um desafio. No isolamento, a perda da matriz extracelular e as condições hipóxicas subsequentes afetam decisivamente a sobrevivência e funcionalidade das ilhotas. Objetivo Para diminuir o estresse sobre o enxerto, levando a um sucesso prolongado do transplante, propôs-se a adição de perfluorocarbono (PFC) ou laminina (LN), moléculas associadas respectivamente à oxigenação e interações célula-célula, ao biomaterial baseado em alginato, Biodritina, adequado ao encapsulamento celular. Metodologia Para testar a estabilidade das formulações PFC-Biodritina e LN-Biodritina, microcápsulas foram submetidas a diferentes estresses (rotacional, osmótico, temperatura e cultura) por 7 e 30 dias. A pureza do biomaterial foi avaliada pela coincubação com macrófagos murinos RAW264.7, por 3, 9 e 24h, quando a ativação dos macrófagos foi observada pela expressão gênica de IL- 1&#946; e TNF&#945;. Microcápsulas implantadas i.p. em camundongos foram recuperadas após 7 ou 30 dias, para análises de biocompatibilidade. A expressão de níveis de mRNA (bax, bad, bcl-2, bcl-XL, xiap, caspase 3, mcp1/ccl2, hsp70, ldh, insulina 1 e 2), proteínas (Bax, Bcl-XL e Xiap) e a atividade de Caspase3 foram avaliadas em ilhotas microencapsuladas com PFC- e LN-Biodritina, após cultura de 48h em condições de normóxia e hipóxia (<2% O2). Camundongos diabéticos foram transplantados com ilhotas encapsuladas nas diferentes formulações e os animais foram monitorados pelas variações de massa corporal, glicêmicas e pela funcionalidade do enxerto (TOTGs). As ilhotas foram recuperadas de animais normo ou hiperglicêmicos e uma análise de biocompatibilidade das cápsulas foi realizada, assim como a avaliação funcional das células-&#946;. Após o explante, a glicemia dos animais normoglicêmicos foi monitorada para se atestar a eficiência das ilhotas transplantadas. Resultados Microcápsulas de PFC- e LN-Biodritina são tão estáveis e biocompatíveis quanto as de Biodritina. Para ilhotas encapsuladas em ambos os materiais, em normóxia ou hipóxia, observou-se uma modulação gênica que sugere proteção contra apoptose. Adicionalmente, encontrou-se uma diminuição na expressão de genes indicadores de estresse (mcp1, hsp70). Uma diminuição nos níveis de mRNA de ldh foi vista para PFC-Biodritina, mas o oposto foi encontrado para LN-Biodritina. As diferenças encontradas na expressão proteica sugerem o mesmo padrão anti-apoptótico. Caspase3 não foi modulada por nenhum biomaterial. Nos experimentos de transplante, apenas LN-Biodritina levou reversão prolongada do diabetes, com 60% dos animais normoglicêmicos, 198 dias pós-cirurgia, comparado a 9% do grupo Biodritina. O TOTG demonstrou que camundongos transplantados com ilhotas encapsuladas secretaram mais insulina do que controles, 60 (LN-Biodritina) ou 100 (PFC- e LN-Biodritina) dias pós-cirurgia. O explante restabeleceu a hiperglicemia nos camundongos. Microcápsulas recuperadas de animais hiperglicêmicos apresentavam uma extensa adesão celular. Testes de secreção de insulina in vitro demonstraram que somente ilhotas do grupo normoglicêmico responderam às variações da concentração de glicose. Conclusão A adição de moléculas bioativas à Biodritina é capaz de diminuir o estresse em ilhotas isoladas e tem o potencial de melhorar a terapia pelo transplante de ilhotas. / Transplantation of microencapsulated islets represents an attractive therapeutical approach to treat type 1 Diabetes Mellitus, accounting for an improved glycemic control and the abolishment of immunosuppressive therapies. However, maintenance of long-term &#946;-cell viability remains a major problem. During islet isolation, the loss of extracellular matrix interactions and the hypoxic conditions thereafter dramatically affect &#946;-cell survival and function. Objective To lessen the burden of islet stress and achieve a better outcome in islet transplantation we tested the addition of perfluorocarbon (PFC) or laminin (LN), molecules associated respectively with oxygenation and cell-cell interaction, to Biodritin, an alginate-based material suitable for cell microencapsulation. Methodology To test the stability of PFC-Biodritin and LN-Biodritin composites, microcapsules were subjected to different stresses (rotational, osmotic, temperature and culture) for 7 and 30 days. To assess biomaterial purity microcapsules were co-incubated with RAW264.7 murine macrophage cell line for 3, 9 and 24h and macrophage activation was detected through mRNA levels of IL-1&#946; and TNF&#945;. Microcapsules were implanted i.p. in mice and retrieved after 7 or 30 days, for biocompatibility analyses. Gene expression at mRNA (bax, bad, bcl-2, bcl-XL, xiap, caspase 3, mcp1/ccl2, hsp70, ldh, insulin 1 and 2) and protein (Bax, Bcl-XL and Xiap) levels, together with Caspase3 activity, were evaluated in islets microencapsulated in PFC- or LN-Biodritin, upon culturing for 48h in normoxic or hypoxic (<2% O2) conditions. Diabetic mice were transplanted with PFC- or LN-Biodritin microencapsulated islets, followed by assessments of body weight, glycemia and graft function by oral glucose tolerance tests (OGTTs). Microencapsulated islets were retrieved from normoglycemic or hyperglycemic mice and biocompatibility analyses of the beads together with a functional assessment of the graft followed. After graft removal, normoglycemic animals had their glycemias monitored to attest the efficacy of the transplanted islets. Results PFC- and LN-Biodritin microcapsules were as stable and biocompatible as Biodritin. For both biomaterials in normoxia and hypoxia a modulation in gene expression was observed in islets associated with a protection against apoptosis. Also, a decreased expression of stress-related genes (mcp1, hsp70) was evidenced. ldh mRNA levels were down-regulated in PFC-Biodritin microencapsulated islets but upregulated in the presence of LN. Increased levels of insulin mRNA were observed. The differences seen in protein expression indicated the same anti-apoptotic pattern. Caspase3 activity was not different between groups. Concerning diabetes reversal experiments, only mice transplanted with LN-Biodritin microencapsulated islets presented a better outcome, with 60% remaining euglycemic at 198 days post-surgery, compared with 9% for the Biodritin group. OGTT showed that mice transplanted with encapsulated islets secreted more insulin than normal mice, 60 (LN-Biodritin) or 100 days (PFC- and LN-Biodritina) posttransplant. Hyperglycemia was achieved after the retrieval of microcapsules showing graft efficacy. Retrieved microcapsules revealed an extensive overgrowth in most beads from hyperglycemic mice. A static glucose stimulated insulin secretion test revealed that only islets from normoglycemic subjects were able to secrete insulin according to glucose concentration. Conclusion- The addition of bioactive molecules to Biodritin may lessen the stress of isolated islets and have the potential to improve islet transplantation therapy.
147

Diabetes mellitus altera a sinalização osteogênica e atrasa o processo de reparo ósseo após expansão rápida da maxila / Diabetes Mellitus modify the osteogenesis signaling and compromise bone repair after rapid maxillary expansion

Arnez, Maya Fernanda Manfrin 18 September 2014 (has links)
Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica caracterizada pela hiperglicemia associada a diversas alterações sistêmicas e uma das suas complicações é o processo de reparo ósseo comprometido. Entretanto, ainda não há estudos utilizando análises celulares e biomoleculares que avaliem o processo de reparo ósseo desta desordem metabólica quando associada à expansão rápida da maxila (ERM). Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a remodelação óssea e sinalização osteogênica durante a aplicação de mecânica ortodôntica para ERM em ratos diabéticos tipo1- induzidos. Material e Métodos: Cento e cinquenta ratos Wistar, machos, foram divididos aleatoriamente em seis grupos de estudo. Grupos: controle (C, n=30), veículo (V, n=15), diabetes mellitus tipo 1 induzido com estreptozotocina (D, n=30), controle submetido à ERM (Cd, n=30), veículo submetido à ERM (Vd, n=15) e diabetes mellitus tipo 1 induzido com estreptozotocina submetido à ERM (Dd, n=30). Os animais foram eutanasiados aos 3, 7 e 10 dias após ERM . Análises histológicas, mudanças no padrão de expressão gênica e proteica de osteoprotegerina, (OPG), RANK, RANKL, osteonectina (ONC), osteocalcina (OCC), sialoproteína óssea (BSP), osteopontina (OPN) e proteína morfogenética óssea 2 (BMP2), assim como as mudanças no peso corporal, na ingestão de água na glicemia foram avaliadas. A análise da expressão gênica e proteica foram realizadas por qRT-PCR e Western Blotting, respectivamente. Os dados foram submetidos ao teste estatístico ANOVA de duas vias e pós-teste de Tukey (&alpha;= 0,05). Resultados: Histologicamente no grupo Dd foi notado maior reabsorção óssea, com diversas áreas em degradação com ausência de osteoblastos, intensa atividade de reabsorção óssea solapante, presença de osteoclastos, células inflamatórias associada ao comprometimento da formação óssea quando comparado aos grupos D e Cd. Estes resultados foram confirmados também nos achados moleculares, uma vez que algumas sinalização gênicas e proteicas relacionadas a osteogênese foram reduzidas, ao passo que a sinalização osteoclastogênica foi estimulada, principalmente no período inicial de reparo ósseo. No grupo D, o processo de formação ósseo estava atrasado comparado ao grupo C, devido a alteração da expressão dos genes e proteínas que regulam o catabolismo e anabolismo ósseo, haja vista que havia maior presença de tecido ósseo imaturo e maior quantidade de áreas de remodelação ativa até o período mais tardio de estudo. No grupo Cd foi observado remodelação óssea, caracterizada por um tecido desorganizado na região da sutura palatina mediana, com intensas áreas inflamatórias, hemorrágicas e reabsortivas comparado ao grupo C. Contudo, até o período de 10 dias pós abertura da sutura, não foi possível observar o completo preenchimento do gap sutural por tecido ósseo. Estes resultados histológicos foram observados na sinalização de genes e proteínas no grupo Cd, uma vez que estes biomarcadores de formação e reabsorção óssea estavam alterados quando comparados aos grupos C e Dd. Conclusões: O DM alterou a sinalização para o metabolismo ósseo e atrasou o processo de reparo após ERM. Estes resultados reforçam a necessidade de avaliar o status do metabolismo ósseo dos pacientes durante tratamento ortopédico e/ ou ortodôntico, visto que a aplicação destas forças na presença do DM podem promover efeitos indesejáveis. / Background: Diabetes mellitus (DM) is a disease associated with several disorders of health in humans and one of the most important is the jeopardizing of bone formation. However, to the best of our knowledge there is no information about the influence of diabetes on orthodontic and orthopedic treatment at cellular and molecular levels. Objective: The aim of this study was to evaluate bone remodeling process in palatal suture during orthopedic mecanotherapy in rats with type 1-induced diabetes mellitus. Material and Methods: One hundred and fifty Wistar male rats were randomly assigned to six groups. Groups: control (C, n=30), vehicle (B, n=15), type 1-induced diabetes mellitus using streptozotocin (D, n=30), control with RME (C+RME, n=30), vehicle with RME (C+RME, n=15) and type 1-induced diabetes mellitus using streptozotocin with RME (D+RME, n=30). The animals were euthanized at 3, 7 and 10 days after RME. Histologic evaluations, changes in genes and proteins expression of osteoprotegerin (OPG), RANK, RANKL, osteonectin (ONC), osteocalcin (OCC), bone sialoprotein (BSP), osteopontin (OPN) and bone morphognetic protein 2 (BMP2) were evaluated along with the changes in body weight, water intake and glycemic profile. Real-Time RT-PCR and Western Blotting were used to evaluate gene and the protein expression. Data were submitted to statistical analysis using two-way ANOVA followed by Tukey test ( &alpha;= 0,05). Results: On group D+RME it was observed an increased bone resorption, serveral undermining and tissue degradation areas. On the suture gap there were mainly inflammatory and osteoclasts cells associated with compromised bone formation compared to groups D and Cd. These results were observed also in molecular levels, since there were a reduced osteogenesis and an upregulation of osteoclastogenesis, mainly in early period of healing. On group D, bone formation was compromised compared to group C, due to changes on genes and proteins expression which regulates bone metabolism, considering that there was more immature bone and incresead active remodeling areas until late periods. On group Cd it was observed bone remodeling, characterized by desorganized tissue on the gap of midpalatal suture, with intense inflammatory hemorhagic and resorptive areas compared to group C. However until 10 days after RME, on group D the gap was not completely filled with bone tissue. These results were observed on the signaling of molecular biomarkers on group Cd, since they were changed compared to groups C and Dd. Conclusions: DM modify the signaling for bone metabolism and compromise bone repair after RME. During orthopedic and orthodontic treatment is necessary to evaluate metabolism status of subjects, since the application of these forces have been shown to promote undesirable effects mostly when associated with DM.
148

Leptina e ghrelina na fase aguda e de recuperação da cetoacidose diabética em crianças e adolescentes / Leptin and ghrelin during acute and recovery phases of diabetic ketoacidosis in children and adolescents

Savoldelli, Roberta Diaz 26 September 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: a ação dos hormônios contrarreguladores da insulina na cetoacidose diabética tem sido estudada desde a década 1970-80, e é sabido que seus níveis elevados, aumentando a resistência à insulina, têm papel importante na gênese da CAD. Leptina e ghrelina foram mais recentemente associadas à homeostase da glicose, no entanto, seu papel na CAD ainda é controverso. Os objetivos deste estudo foram: avaliar as alterações nas concentrações séricas de leptina e ghrelina presentes ao diagnóstico da CAD durante os primeiros três dias de seu tratamento e após a estabilização completa do quadro, as correlações com a insulina e outros contrarreguladores, comparando com indivíduos saudáveis. MÉTODOS: foram analisados 25 episódios de cetoacidose diabética em 22 pacientes admitidos no setor de emergência pediátrica de um hospital terciário em São Paulo, Brasil, entre março de 2010 e julho de 2013. Os episódios de cetoacidose foram manejados com reposição endovenosa de fluidos e eletrólitos e análogos de ação ultrarrápida de insulina subcutânea intermitente. Amostras para glicose, insulina, leptina, ghrelina, GH, cortisol e catecolaminas foram obtidas no momento da admissão (T0), durante o tratamento da cetoacidose (após 2, 4, 6, 12, 24 e 72 horas) e em um momento estável após a alta (TE). Os dados foram analisados utilizando-se os testes ANOVA ou Kruskal-Wallis para a comparação de variáveis contínuas durante o tratamento, Teste t de Student ou Mann Whitney para a comparação entre pacientes e grupo controle, e testes de Pearson ou Spearman para correlação entre as variáveis; p < 0.05 foi considerado significativo. RESULTADOS: observamos três fases distintas (a): o diagnóstico de CAD (T0) em que prevalecem hiperglicemia, insulinopenia e elevação de hormônios contrarreguladores; nesse momento, as concentrações de leptina foram menores que no grupo controle, provavelmente relacionadas à insuficiência de energia, estado hipercatabólico e elevação dos hormônios contrarreguladores; as concentrações de ghrelina foram menores que no grupo controle, apesar do hipercatabolismo, da hipoinsulinemia e da hiperglucagonemia, todas situações que fisiologicamente elevariam seus níveis, possivelmente devido à hiperglicemia marcante do momento; (b) durante o tratamento da CAD (T2 a T72): com redução gradual da glicemia até T24, elevação gradual da insulina, redução de glucagon, GH, cortisol e norepinefrina; nesse período, ocorreu elevação gradual da leptina após o início do tratamento com insulina, que atingiu níveis comparáveis ao GC no T72; redução da ghrelina (T4 menor que T72), provavelmente inibida pela hiperglicemia e por doses suprafisiológicas de insulina; e (c) após a resolução da CAD (TE): com hiperinsulinização; GH, cortisol e norepinefrina comparáveis ao GC, glucagon reduzido em relação ao GC, possivelmente supresso pelos altos níveis de insulina; as concentrações de leptina foram maiores que em T0 e comparáveis ao GC; os níveis de ghrelina, comparáveis ao diagnóstico e durante o tratamento da CAD, ainda significativamente menores que no GC, provavelmente influenciados pela hiperglicemia, hiperinsulinemia e baixos níveis de glucagon. CONCLUSÕES: as concentrações de leptina diminuídas ao diagnóstico de CAD tornam-se semelhantes em pacientes com DM1 estáveis em relação a indivíduos saudáveis, podendo ser um marcador de hipercatabolismo. As concentrações de ghrelina permaneceram baixas durante todo o estudo em pacientes diabéticos, independentemente da descompensação / INTRODUCTION: The role of glucoregulatory hormones in diabetic ketoacidosis have been investigated since 1970-80s and the elevation of growth hormone, cortisol and norepinephrine reduce the sensitivity to insulin. Leptin and Ghrelin have more recently been shown to regulate glucose and insulin metabolism; however, their functions in DKA are still controversial. The aims of this study were to analyze leptin, ghrelin and their relationships with other glucoregulatory hormones on diagnosis of diabetic ketoacidosis, during the first 72 hours of treatment and after recovery compared with healthy subjects. METHODS: We examined 25 DKA episodes in 22 patients who were admitted to the pediatric emergency department of a tertiary hospital in São Paulo, Brazil, from March 2010 to July 2013. These episodes were managed with fluids and electrolytes replacement and intermittent subcutaneous fast-acting insulin analogues. Samples for blood glucose, insulin, leptin, ghrelin, GH, cortisol, and catecholamines were obtained on admission (T0), during treatment (after 2, 4, 6, 12, 24 and 72 hours) and after discharge (TS). The control group (CG) was comprised by 21 healthy subjects, who submitted a single blood sample. Data were analyzed by ANOVA or Kruskal-Wallis to compare continuous variables during treatment, student t-test or Mann Whitney for comparisons between patients and controls, and Pearson or Spearman correlations between variables; p < 0.05 was considered to be significant. RESULTS: we observed three distinct phases: (a) on diagnosis of DKA (T0) where hyperglycemia, insulinopenia, and elevated glucoregulatory hormones prevail; leptin concentrations were lower than CG at this moment, probably related to energy insufficiency, hypercatabolic state, and elevated glucoregulatory hormones; ghrelin concentrations were lower than CG at this moment, despite hypercatabolism, hypoinsulinemia and hyperglucagonemia, situations that physiologically would increase them, possibly related to marked hyperglycemia at T0; (b) during DKA treatment (T2 to T72): with gradual reduction of blood glucose until T24, gradual rise of insulin; reduction of glucagon, GH, cortisol and norepinephrine. Leptin levels rises gradually after the start of insulin treatment and is comparable to control group at T72; reduction of ghrelin (T4 lower than T72), possibly inhibited by hyperglycemia and supraphysiological doses of insulin, all lower than CG; and (c) After DKA (TS), in an outpatient setting: with marked hyperinsulinization, GH, cortisol and norepinephrine were comparable to CG. Glucagon was lower than CG, possibly suppressed by high insulin levels; leptin was higher than T0 and comparable to CG; ghrelin levels were comparable to all samples during DKA treatment, and still significantly lower than CG, probably influenced by hyperglycemia, hyperinsulinemia and low glucagon levels. CONCLUSIONS: Low leptin levels were a marker of hypercatabolic state, with normalization of its concentrations with DKA resolution. Ghrelin was low in diabetic patients independent of metabolic derangements
149

Qualidade de vida e ajustamento psicossocial de pacientes com diabetes mellitus tipo 1 submetidos ao transplante de células-tronco hematopoéticas: um estudo de acompanhamento / Quality of life and psychosocial adjustment of patients with type 1 diabetes mellitus who underwent hematopoietic stem cell transplantation: A follow-up study.

Marques, Letícia Aparecida da Silva 01 June 2012 (has links)
O transplante de células-tronco hematopoéticas tem surgido como alternativa ao tratamento de doenças autoimunes como artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose múltipla e diabetes mellitus tipo 1. No diabetes mellitus tipo 1, uma síndrome de etiologia múltipla, o transplante de células-tronco hematopoéticas, na sua modalidade autóloga, tem sido utilizado como alternativa ao tratamento convencional (insulinoterapia), já que este retarda, mas não elimina as consequências da doença como disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos. Apesar disso, o transplante é um procedimento altamente invasivo que acarreta repercussões intensas na qualidade de vida desses pacientes exigindo dos mesmos uma readaptação à essas repercussões. O presente estudo teve por objetivo avaliar a qualidade de vida e o ajustamento psicossocial de participantes com diabetes mellitus tipo 1. Participaram do estudo 22 pacientes que foram submetidos consecutivamente ao transplante de células-tronco hematopoéticas na Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, no período de 2006 a 2008. Os instrumentos aplicados para a coleta de dados: Questionário Genérico de Avaliação de Qualidade de Vida Medical Outcomes Study 36 Item Short-Form Health Survey (SF-36), Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar - Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD) e Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). As avaliações ocorreram em três momentos distintos: na admissão do paciente, um ano após a realização do procedimento e dois anos após o transplante no retorno ambulatorial. A análise dos instrumentos aconteceu de acordo com as recomendações específicas preconizadas pela literatura. Os resultados obtidos mostraram, que para a maioria dos participantes deste estudo, após um ano do procedimento, os índices de qualidade de vida melhoraram significativamente principalmente os domínios Aspectos Físicos (p=0,0003), Estado Geral de Saúde (p=0,0142), Aspectos Sociais (p=0,0018) e Aspectos Emocionais (p=0,0316). Decorrido dois anos, o transplante teve um impacto também positivo sobre a qualidade de vida principalmente nos domínios Aspectos Físicos (p<0,0001), Aspectos Sociais (p=0,0235) e Aspectos Emocionais (p=0,0270). Em relação ao ajustamento psicossocial os resultados mostraram redução dos sintomas de ansiedade após o primeiro ano de transplante (p<0,01) e depressão nos dois momentos após o transplante (p<0,01). Observou-se ainda a diminuição dos sintomas de estresse nos momentos avaliados (p<0,01). Tais resultados podem representar uma possibilidade de retomada da vida e dos planos futuros que foram interrompidos por uma doença crônica que impunha inevitáveis dificuldades e limitações para esses participantes. Os resultados deste estudo oferecem subsídios para a equipe multidisciplinar de saúde refletir sobre as implicações dessa terapêutica inovadora em aspectos essenciais da vida do participante que vão além da dimensão biomédica, considerando as repercussões sobre sua qualidade de vida e ajustamento psicossocial. / Transplantation of hematopoietic stem cells has emerged as an alternative to the treatment of autoimmune diseases such as rheumatoid arthritis, systemic lupus erythematosus, multiple sclerosis and type 1 diabetes mellitus. In the latter, a syndrome of multiple etiology, the hematopoietic stem cell transplantation, in its autologous method, has been used as an alternative to conventional treatment (therapy with insulin), once it slows, but does not eliminate the consequences of the disease such as dysfunction and failure of various organs, especially kidneys, eyes, nerves, heart and blood vessels. Nevertheless, transplantation is a highly invasive procedure that carries severe repercussions on the quality of life of these patients, requiring from them a readjustment to these repercussions. The present study aimed to evaluate the quality of life and psychosocial adjustment of participants with type 1 diabetes mellitus. The study included 22 patients who underwent consecutive hematopoietic stem cell transplantation in the Bone Marrow Transplantation Ward of the Hospital das Clinicas of the University of Sao Paulo at Ribeirao Preto Medical School, between 2006 and 2008. The following instruments were used for data collection: Medical Outcomes Study 36 Item Short-Form Health Survey (SF-36), Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD) and Lipp Stress Symptoms Inventory for Adults (LSSI). Assessments were performed at three different moments: at patient admission, one year after the performance of the procedure and two years after transplantation at the post-transplant outpatient clinic. Analysis of the instruments was done according to specific recommendations proposed in the literature. Results showed that, for most participants of the study, one year after the procedure, the indices of quality of life improved significantly, mainly the domains Physical Functioning (p=0.0003), General Health (p=0.0142), Social Functioning (p=0.0018) and Role-Emotional (p=0.0316). After two years, the transplant also had a positive impact on the quality of life, especially in the domains Physical Functioning (p<0.0001), Social Functioning (p=0.0235) and Role-Emotional (p=0.0270). In relation to psychosocial adjustment, results showed a reduction in symptoms of anxiety after the first year of transplantation (p<0.01) and depression at the two moments after transplantation (p<0.01). A decrease in symptoms of stress at the studied moments (p <0.01) was also observed. These results may represent a possibility of renewed life and future plans that were interrupted by a chronic illness that imposed inevitable difficulties and limitations to these participants. Results of this study provide support to the multidisciplinary health team reflect on the implications of this innovative therapy in essential aspects of participants life that go beyond the biomedical dimension, considering the repercussions on their quality of life and psychosocial adjustment.
150

Diabetes mellitus altera a sinalização osteogênica e atrasa o processo de reparo ósseo após expansão rápida da maxila / Diabetes Mellitus modify the osteogenesis signaling and compromise bone repair after rapid maxillary expansion

Maya Fernanda Manfrin Arnez 18 September 2014 (has links)
Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica caracterizada pela hiperglicemia associada a diversas alterações sistêmicas e uma das suas complicações é o processo de reparo ósseo comprometido. Entretanto, ainda não há estudos utilizando análises celulares e biomoleculares que avaliem o processo de reparo ósseo desta desordem metabólica quando associada à expansão rápida da maxila (ERM). Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a remodelação óssea e sinalização osteogênica durante a aplicação de mecânica ortodôntica para ERM em ratos diabéticos tipo1- induzidos. Material e Métodos: Cento e cinquenta ratos Wistar, machos, foram divididos aleatoriamente em seis grupos de estudo. Grupos: controle (C, n=30), veículo (V, n=15), diabetes mellitus tipo 1 induzido com estreptozotocina (D, n=30), controle submetido à ERM (Cd, n=30), veículo submetido à ERM (Vd, n=15) e diabetes mellitus tipo 1 induzido com estreptozotocina submetido à ERM (Dd, n=30). Os animais foram eutanasiados aos 3, 7 e 10 dias após ERM . Análises histológicas, mudanças no padrão de expressão gênica e proteica de osteoprotegerina, (OPG), RANK, RANKL, osteonectina (ONC), osteocalcina (OCC), sialoproteína óssea (BSP), osteopontina (OPN) e proteína morfogenética óssea 2 (BMP2), assim como as mudanças no peso corporal, na ingestão de água na glicemia foram avaliadas. A análise da expressão gênica e proteica foram realizadas por qRT-PCR e Western Blotting, respectivamente. Os dados foram submetidos ao teste estatístico ANOVA de duas vias e pós-teste de Tukey (&alpha;= 0,05). Resultados: Histologicamente no grupo Dd foi notado maior reabsorção óssea, com diversas áreas em degradação com ausência de osteoblastos, intensa atividade de reabsorção óssea solapante, presença de osteoclastos, células inflamatórias associada ao comprometimento da formação óssea quando comparado aos grupos D e Cd. Estes resultados foram confirmados também nos achados moleculares, uma vez que algumas sinalização gênicas e proteicas relacionadas a osteogênese foram reduzidas, ao passo que a sinalização osteoclastogênica foi estimulada, principalmente no período inicial de reparo ósseo. No grupo D, o processo de formação ósseo estava atrasado comparado ao grupo C, devido a alteração da expressão dos genes e proteínas que regulam o catabolismo e anabolismo ósseo, haja vista que havia maior presença de tecido ósseo imaturo e maior quantidade de áreas de remodelação ativa até o período mais tardio de estudo. No grupo Cd foi observado remodelação óssea, caracterizada por um tecido desorganizado na região da sutura palatina mediana, com intensas áreas inflamatórias, hemorrágicas e reabsortivas comparado ao grupo C. Contudo, até o período de 10 dias pós abertura da sutura, não foi possível observar o completo preenchimento do gap sutural por tecido ósseo. Estes resultados histológicos foram observados na sinalização de genes e proteínas no grupo Cd, uma vez que estes biomarcadores de formação e reabsorção óssea estavam alterados quando comparados aos grupos C e Dd. Conclusões: O DM alterou a sinalização para o metabolismo ósseo e atrasou o processo de reparo após ERM. Estes resultados reforçam a necessidade de avaliar o status do metabolismo ósseo dos pacientes durante tratamento ortopédico e/ ou ortodôntico, visto que a aplicação destas forças na presença do DM podem promover efeitos indesejáveis. / Background: Diabetes mellitus (DM) is a disease associated with several disorders of health in humans and one of the most important is the jeopardizing of bone formation. However, to the best of our knowledge there is no information about the influence of diabetes on orthodontic and orthopedic treatment at cellular and molecular levels. Objective: The aim of this study was to evaluate bone remodeling process in palatal suture during orthopedic mecanotherapy in rats with type 1-induced diabetes mellitus. Material and Methods: One hundred and fifty Wistar male rats were randomly assigned to six groups. Groups: control (C, n=30), vehicle (B, n=15), type 1-induced diabetes mellitus using streptozotocin (D, n=30), control with RME (C+RME, n=30), vehicle with RME (C+RME, n=15) and type 1-induced diabetes mellitus using streptozotocin with RME (D+RME, n=30). The animals were euthanized at 3, 7 and 10 days after RME. Histologic evaluations, changes in genes and proteins expression of osteoprotegerin (OPG), RANK, RANKL, osteonectin (ONC), osteocalcin (OCC), bone sialoprotein (BSP), osteopontin (OPN) and bone morphognetic protein 2 (BMP2) were evaluated along with the changes in body weight, water intake and glycemic profile. Real-Time RT-PCR and Western Blotting were used to evaluate gene and the protein expression. Data were submitted to statistical analysis using two-way ANOVA followed by Tukey test ( &alpha;= 0,05). Results: On group D+RME it was observed an increased bone resorption, serveral undermining and tissue degradation areas. On the suture gap there were mainly inflammatory and osteoclasts cells associated with compromised bone formation compared to groups D and Cd. These results were observed also in molecular levels, since there were a reduced osteogenesis and an upregulation of osteoclastogenesis, mainly in early period of healing. On group D, bone formation was compromised compared to group C, due to changes on genes and proteins expression which regulates bone metabolism, considering that there was more immature bone and incresead active remodeling areas until late periods. On group Cd it was observed bone remodeling, characterized by desorganized tissue on the gap of midpalatal suture, with intense inflammatory hemorhagic and resorptive areas compared to group C. However until 10 days after RME, on group D the gap was not completely filled with bone tissue. These results were observed on the signaling of molecular biomarkers on group Cd, since they were changed compared to groups C and Dd. Conclusions: DM modify the signaling for bone metabolism and compromise bone repair after RME. During orthopedic and orthodontic treatment is necessary to evaluate metabolism status of subjects, since the application of these forces have been shown to promote undesirable effects mostly when associated with DM.

Page generated in 0.1555 seconds