• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 62
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 65
  • 39
  • 30
  • 17
  • 14
  • 13
  • 12
  • 11
  • 10
  • 9
  • 9
  • 9
  • 9
  • 8
  • 8
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
51

Análise socioespacial dos nascimentos, óbitos neonatais e fetais ocorridos no município de São Paulo em 2010 / Socio-spatial analysis of births, neonatal and fetal deaths occurred in the city of São Paulo in 2010

Patricia Carla dos Santos 19 January 2017 (has links)
Introdução - O estudo de eventos de saúde deve levar em conta que as características dos indivíduos de uma determinada localidade não constituem simples somatórios das medidas de cada um dos sujeitos e há que se considerar um modelo explicativo baseado em níveis de organização e na estrutura de dependência entre o nível individual e o nível de contexto onde esses sujeitos estão inseridos. Assim, a análise dos nascimentos e da mortalidade neonatal e fetal pode incorporar diferentes variáveis associadas ao contexto onde se expressam considerando a complexidade e as particularidades dessas ocorrências numa população e num espaço tão diverso. Metodologia - Foi realizado estudo transversal dos nascimentos, óbitos neonatais (<28 dias de vida) e óbitos fetais de mães residentes e ocorridos no município de São Paulo. Os endereços de residência materna foram geocodificados e foi calculada a distância entre as residências e o hospital de ocorrência. Além disso, cada indivíduo foi caracterizado com informações socioeconômicas do Censo Demográfico de 2010, segundo área de Ponderação. Os setores censitários de residência foram classificados segundo Índice Paulista de Vulnerabilidade Social IPVS. Os hospitais foram classificados em SUS e não SUS e para os Nascidos Vivos (e óbitos neonatais) também foram classificados segundo referência para atendimento de risco gestacional. Foram obtidos aglomerados de Nascidos Vivos (NV) através da técnica de varredura espacial. Através de análise multinível foi verificado o efeito do contexto socioeconômico na mortalidade neonatal e fetal. Resultados - Verificou-se que os aglomerados tanto SUS como não SUS não são homogêneos entres si, com diferenças em relação à idade das mães, escolaridade, número de consultas pré-natal e prematuridade. A distância média teórica percorrida pelas mães até o hospital foi 51,8% menor nos aglomerados SUS que nos não SUS. A menor distância nos nascimentos SUS indica a regionalização da assistência ao parto no município de São Paulo. Os resultados mostraram que há um aumento da taxa de mortalidade neonatal com o aumento da vulnerabilidade social. Houve um efeito contextual da vulnerabilidade social e observa-se que apenas as variáveis individuais que representam as características da gestação, recém-nascido e assistência pré-natal mostraram-se associadas à mortalidade neonatal. O efeito contextual da vulnerabilidade social nas variáveis individuais que representam as características da gestação, feto e escolaridade materna mostrou-se associadas à mortalidade fetal. Na modelagem multinível não foi observada variabilidade importante da mortalidade fetal entre os níveis. Conclusões - A detecção de aglomerados e sua caracterização socioeconômica das áreas contribuem para o entendimento do padrão de nascimentos e nas intervenções de saúde pública, proporcionando melhoria no atendimento das necessidades de acesso ao pré-natal e parto de forma mais eficiente. Os resultados em relação à mortalidade neonatal e fetal revelam que as desigualdades sociais estão presentes na cadeia causal desses dois desfechos e o que contribui com a compreensão dos fatores de risco para a mortalidade neonatal e fetal, principalmente no que diz respeito à participação da vulnerabilidade social na mortalidade e explicita a distância entre a residência materna e o hospital como um indicador socioeconômico / Introduction - The study of health events should take into account that the characteristics of the individuals of a given locality are not simple sums of the measures of each one of the subjects and it is necessary to consider an explanatory model based on levels of organization and the structure of dependence between the Individual level and the context level where these subjects are inserted. Thus, the analysis of neonatal and fetal births and mortality can incorporate different variables associated to the context considering the complexity and the peculiarities of these occurrences in a population and in such a diverse space. Methodology - A cross-sectional study of births, neonatal deaths (<28 days of life) and fetal deaths of resident mothers occurred in the city of. The maternal residence addresses were geocoded to calculate the distance between the residences and the hospital. In addition, each individual was characterized with socioeconomic information from the Demographic Census of 2010, according to the weighting areas. The census tracts of residence were classified according to Index of Social Vulnerability - IPVS. Hospitals were classified in SUS and non-SUS and for live births (and neonatal deaths) were also classified according to reference for gestational risk care. The clusters of live births (LB) were obtained through the spatial sweep technique. The effect of the socioeconomic context on neonatal and fetal mortality was verified by multilevel analysis. Results - It was verified that the clusters both SUS and non-SUS are not homogeneous between them, with differences in relation to the mothers\' age, schooling, number of prenatal consultations and prematurity. The mean theoretical distance traveled by the mothers to the hospital was 51.8% lower in the SUS clusters than in the non-SUS. The shorter distance in SUS births indicates the regionalization of childbirth care in the city of São Paulo. The results showed that there is an increase in the neonatal mortality rate with increased social vulnerability. There was a contextual effect of social vulnerability and it was observed that only the individual variables that represent the characteristics of gestation, newborn and prenatal care were shown to be associated with neonatal mortality. The contextual effect of social vulnerability on the individual variables that represent the characteristics of gestation, fetus and maternal schooling has been shown to be associated with fetal mortality. In the multilevel modeling whose context was the level of vulnerability of the place of maternal residence, no significant variability of fetal mortality between the levels was observed. Conclusion - The detection of clusters and their socioeconomic characterization of the areas contribute to the understanding of the birth pattern and the public health interventions, providing an improvement in the attendance of prenatal access and delivery needs in a more efficient way. The results in relation to neonatal and fetal mortality reveal that social inequalities are present in the causal chain of these two outcomes and that contributes to the understanding of the risk factors for neonatal and fetal mortality, especially with regard to the participation of social vulnerability In mortality and explicit the distance between the maternal residence and the hospital as a socioeconomic indicator
52

Características epidemiológicas dos óbitos fetais e neonatais precoces de filhos de pacientes com near mis

Nardello, Daniele Marin 25 February 2016 (has links)
Objective: To identify the epidemiological characteristics of early fetal and neonatal deaths in maternal near miss patients and the associated elements to this outcome. Method: Cross-sectional study including 79 women with features near miss, identified in a one-year period, and their newborns. Semi-structured interviews and the study of patients’ records were conducted. The variables were analyzed through simple frequency and percentage. To evaluate the association between those variables, the Fisher’s Exact Test was used. For the multivariate analysis the perceptual map constructed from the multiple correspondence examination was used, using the variables that were significant to 20%. Results: Amongst the near miss mothers, hypertensive disorders (severe pre-eclampsia, eclampsia, hypertension) totalized 32 cases (40,5%) and, of those, 14 (58,3%) had fetal and neonatal adverse outcome (p 0,046). The highest prevalence of fetal and neonatal adverse outcome was derived from cesarean delivery (20, 83,3%), of women with 2 or 3 children (11, 45,8%), and without previous stillbirths (17, 70,8%), this last variable with significance p 0,038. In the fetal and neonatal adverse outcome analysis significant levels were verified in newborns admitted in Neonatal Intensive Care Unit (17, 70,8%, p < 0,001); children with gestational age < 32 weeks (10, 41,6%, p < 0,001); birth weight < 2500 (16, 66,7%, p 0,001); APGAR score at 5 minutes < 7 (9, 52,9%, p < 0,001); neonatal asphyxia, 9 (50,00%, p < 0,001); and early respiratory distress syndrome, 13 (72,2%, p 0,002). Conclusion: The characteristic of early fetal and neonatal deaths in maternal near miss patients had a close association with fetal and neonatal adverse outcome. Among the mothers with hypertensive disorders the significant characteristics to the outcome in newborns were prematurity, neonatal asphyxia and early respiratory distress syndrome. / Objetivo: Identificar as características epidemiológicas dos óbitos fetais e neonatais precoces em pacientes com near miss materno e os fatores associados a este desfecho. Método: Estudo transversal, cuja população foi composta por 79 mulheres com características de near miss (NM), identificadas no período de um ano, e dos seus respectivos recém-nascidos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e investigação dos prontuários. As variáveis foram analisadas por meio de frequências simples e percentual. Para avaliar associação entre as variáveis, utilizou-se o teste Exato de Fisher. Para análise multivariada, foi usado o mapa perceptual construído a partir da análise de correspondência múltipla e utilizadas as variáveis que foram significativas a 20%. Resultados: Entre as mães classificadas com NM, as desordens hipertensivas (pré-eclâmpsia grave, eclâmpsia, hipertensão) totalizaram 32 casos (40,5%) e, destes, 14 (58,3%) tiveram desfecho fetal e neonatal adverso (DFNA) com p-valor =0,046. A maior prevalência de DFNA foi proveniente de parto cesáreo (20, 83,3%), de mulheres com dois a três filhos (11, 45,8%) e sem natimortos anteriores (17, 70,8%), verificando-se significância para esta última variável p =0,038. Na análise dos DFNA, foi observada significância estatística para os recém-nascidos admitidos na UTIN (17, 70,8%, p <0,001); crianças com idade gestacional < 32 semanas (10, 41,6%, p <0,001); peso ao nascer < 2500 (16, 66,7%, p =0,001); APGAR de 5 minutos < 7 contabilizaram 9 (52,9%, p <0,001); asfixia neonatal, 9 (50%, p <0,001); e desconforto respiratório precoce, 13 (72,2%, p =0,002). Conclusão: As características dos óbitos fetais e neonatais precoces em pacientes com near miss materno tiveram associação forte com o desfecho fetal e neonatal adverso. Nas mães com desordens hipertensivas, as características estatisticamente significantes para o desfecho entre os recém-nascidos foram a prematuridade, asfixia neonatal e desconforto respiratório precoce.
53

Doença periodontal e resultados perinatais adversos em uma coorte de gestantes / Periodontal disease and adverse perinatal outcomes in a pregnant women cohort

Vogt, Marianna 21 February 2006 (has links)
Orientadores: Antonio Wilson Sallum, Jose Guilherme Cecatti / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-06T02:14:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Vogt_Marianna_M.pdf: 1205544 bytes, checksum: 7e47f127ba99e500264aa494c45e5b69 (MD5) Previous issue date: 2006 / Resumo: Este estudo teve por objetivo avaliar a prevalência de doença periodontal em uma amostra de gestantes de baixo risco gestacional, os fatores a ela associados, e sua correlação com a ocorrência de resultados perinatais adversos, como parto pré-termo, recém-nascido de baixo peso, recém-nascido pequeno para a idade gestacional e amniorrexe prematura. Trata-se de um estudo de coorte com 334 gestantes fazendo acompanhamento pré-natal no Hospital das Clínicas da UNICAMP, que aceitaram participar voluntariamente e tiveram um único exame periodontal realizado no dia da consulta pré-natal. Os dados foram coletados da anamnese, do exame clínico periodontal e de informações relativas à gestação, parto e puerpério. Os parâmetros clínicos periodontais foram: índice de placa, índice de sangramento gengival à sondagem, profundidade de sondagem, nível de inserção clínica periodontal e retração gengival. As gestantes foram divididas em dois grupos: as com periodontite moderada a grave (P2-P4), e as sem doença ou com doença periodontal leve (P0-P1), pela classificação do índice WS. Avaliaram-se também a idade, paridade, raça, escolaridade, estado civil, hábitos alimentares, índice de massa corpórea (IMC), número de consultas de pré-natal, fumo, uso de bebidas e drogas, uso de medicação, vaginose bacteriana e doenças sistêmicas. Inicialmente foi utilizada uma abordagem analítica de corte transversal para a identificação de fatores associados à ocorrência de doença periodontal na gestação. Depois utilizou-se uma abordagem de estudo de coorte propriamente dito, estimando-se o risco de ocorrência dos resultados perinatais desfavoráveis (parto pré-termo, recém-nascido de baixo peso, recém-nascido pequeno para a idade gestacional e amniorrexe prematura, variáveis dependentes principais do estudo) em função da condição periodontal. Foram analisadas as distribuições de freqüência das variáveis independentes pelas categorias de doença periodontal, estimando-se a Razão de Prevalência e seu IC95% para abordagem transversal. Foi então realizada a análise uni e multivariada para a estimativa do risco de ocorrência das variáveis perinatais desfavoráveis na abordagem de coorte, calculando-se a Razão de Risco e seu IC95% para cada uma delas. Foi estabelecido o nível de significância de 5%. A prevalência de periodontite moderada a grave nas 334 gestantes foi de 47%, e se associou significativamente com a idade gestacional mais avançada ao exame periodontal (17-24 semanas: RP 1,40, IC95% 1,01-1,94; e 25-32 semanas: RP 1,52, IC95% 1,10-2,08), com a idade materna entre 25 e 29 anos (RP 1,65, IC95% 1,02-2,68), com a obesidade (RP 1,38, IC95% 1,04-1,82) e com a presença de sangramento gengival (ORajustado 2,01 - IC95% 1,41-2,88). Foram coletados os dados do parto de 327 gestantes e, entre elas, a doença periodontal esteve associada a um maior risco de ocorrência de parto pré-termo (RR 3,47 IC95% 1,62-7,43), de RN de baixo peso (RR 2,93 IC95% 1,36-6,34) e de amniorrexe prematura (RR 2,48 IC95% 1,35-4,56) na análise multivariada. A prevalência de doença periodontal entre gestantes de baixo risco gestacional é alta e associada com a maior idade gestacional, obesidade e sangramento gengival. A doença periodontal foi um fator de risco para a ocorrência de parto pré-termo, RN de baixo peso e de amniorrexe prematura / Abstract: This study was aimed to evaluate the prevalence of periodontal disease in a sample population of low-risk pregnant women, the factors associated with it and its correlation with the occurrence of adverse perinatal outcomes, including preterm births, low birth weigth, small for gestational age babies and premature rupture of the membranes. This cohort study included 334 pregnant women under prenatal care at the Hospital das Clinicas of the University of Campinas, Brazil, who voluntarily accepted to participate and had one single periodontal examination performed in the same day of a prenatal visit. Data was collected from anamnesis, periodontal clinical exam, and from information regarding pregnancy, delivery and postpartum. The clinical periodontal parameters were: plaque index, bleeding on probing index, probing pocket depth, clinical attachment level and gingival recession. Pregnant women were divided into two groups: those with moderate-to-severe periodontitis (P2-P4) and those with no disease or only mild disease (P0-P1), according to the WS classification index. Age, parity, race/color, years of schooling, marital status, number of prenatal visits, dietary habits, BMI (body mass index), smoking habits, use of alcohol and drugs, use of medication and presence of systemic diseases d bacterial vaginosis were also evaluated. Initially a cross sectional analytic approach was used for identifying factors associated with the occurrence of periodontal disease during pregnancy. After that, a real cohort approach was used, with the estimate of the risk of adverse perinatal outcomes (preterm birth, low birth weight, small for gestational age baby and premature rupture of membranes, the main dependent variables of this study) according to the condition of periodontal disease. Distribution of independent variables within the two groups was analyzed by calculating prevalence ratios and their respective 95% confidence intervals for the cross sectional approach. Uni and multivariate analysis for the estimation of the risk of adverse perinatal outcomes were performed for the cohort approach. The Risk Ratior and its 95%CI were estimated for each outcome. The significance level assumed was 5%. The prevalence of moderate to severe periodontitis in 334 pregnant women was 47%, and it was significantly associated with more advanced gestational age at periodontal examination (17-24 weeks: PR 1.40, 95%CI 1.01-1.94; and 25-32 weeks: PR 1.52, 95%CI 1.10 ¿ 2.08), with maternal age between 25 - 29 years (PR 1.65, 95%CI 1.02 ¿ 2.68), with obesity (PR 1.38, 95%CI 1.04 ¿ 1.82) and with the presence of gingival bleeding (ORadjusted 2.01, 95%CI 1.41 ¿ 2.88). The data of 327 deliveries were collected and, among them, the periodontal disease was associated to a higher risk of preterm birth (RR 3.47 95%CI 1.62-7.43), of low birth weight (RR 2.93 95%CI 1.36-6.34) and of premature rupture of membranes (RR 2.48 95%CI 1.35-4.56) in the multivariate analysis. The prevalence of periodontal disease among low-risk pregnant women is high and it is associated with more advanced gestational age, obesity and gingival bleeding. Periodontal disease was a risk factor for the occurrence of preterm birth, low birth weight and premature rupture of membranes / Mestrado / Periodontia / Mestre em Clínica Odontológica
54

Estudo do volume pulmonar fetal na predição dos resultados perinatais de fetos com derrame pleural \"isolado / Three-dimensional ultrasonographic assessment of fetal lung volume as a prognostic factor in isolated pleural effusion

Rogério Caixeta Moraes de Freitas 14 December 2011 (has links)
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi predizer o prognóstico perinatal em fetos com derrame pleural isolado por meio da medida do volume pulmonar estimado pela ultrassonografia tridimensional. MÉTODO: Estudo retrospectivo, entre julho de 2005 e julho de 2010, com 19 fetos com derrame pleural isolado (ausência de causas infecciosas, imunes, anomalias cromossômicas ou estruturais associadas) acompanhados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os volumes pulmonares foram obtidos pela ultrassonografia tridimensional (Voluson 730 Expert, GE Medical System, Kretzechnick, Áustria) em dois períodos, no momento do diagnóstico (20 26 semanas) e próximo ao parto (duas semanas antecedentes ao parto ou até 36 semanas), e mensurados pela técnica VOCAL (Virtual Organ Computer Aided Analysis) com rotação de 30º. Os volumes obtidos (observados) foram comparados com valores esperados para idade gestacional, e a razão entre o volume total fetal observado/esperado (VPTo/e) foi avaliada de acordo com a mortalidade perinatal e morbidade neonatal (necessidade de ventilação mecânica por mais que 48 horas). RESULTADOS: Dezenove fetos com derrame pleural isolado foram analisados no período do estudo. Doze (63,2%) crianças sobreviveram. Dos sobreviventes, sete (58,3%) apresentaram morbidade respiratória. O VPTo/e no primeiro exame ultrassonográfico não se associou significativamente com mortalidade (VPTo/e: 0,42±0,19 nos sobreviventes contra 0,30±0,08 nos não sobreviventes, p=0,11). No segundo exame, por outro lado, VPTo/e foi significativamente menor nos casos que faleceram (0,24±0,08) em relação aos sobrevivente (0,58±0,21; p<0,01) e nos que necessitaram de ventilação mecânica prolongada (0,35±0,08) comparados aos que não necessitaram (0,68±0,10; p<0.01). CONCLUSÃO: O volume pulmonar fetal medido pela ultrassonografia tridimensional pode ser utilizado para predizer o prognóstico de fetos com derrame pleural isolado. / OBJECTIVE The aim of the present study was to predict the perinatal outcome in isolated pleural effusion using fetal lung volumes assessed by three-dimensional ultrasonography. METHODS: A retrospective study conducted between July 2005 and July 2010, in which 19 fetuses with isolated pleural effusion (absence of infection, immunological causes, chromosomal anomalies and associated structural anomalies) at Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Fetal lung volumes were assessed by three-dimensional ultrasonography (Voluson 730 Expert, GE Medical System, Kretzechnick, Áustria) in two periods: at diagnosis (20-26 weeks) and nears the delivery (2 weeks before delivery or at 36 weeks), by VOCAL technique (Virtual Organ Computer Aided Analysis) with rotation of 30o. The observed volumes were compared to expected values for determine gestational age, and the observed/expected total fetal lung volume ratio (o/e-TFLV) was evaluated according to perinatal death and neonatal morbidity (need for mechanical ventilation longer than 48 hours). RESULTS: A total of 19 fetuses with isolated pleural effusion were evaluated during the study period. Twelve (63.2%) infants survived. Among the survivors, seven (58.3%) had severe respiratory distress at birth. The o/e-TFLV at the first ultrasound examination was not associated statistically with mortality (o/e-TLFV: 0.42±0.19 in survivors x 0.30±0.08 among those that died, p=0.11). On the second ultrasound examination, on the other hand, the o/e-TFLV was significantly reduced in those cases that died (0.24±0.08) whilst in survivors (0.58±0.21; p<0.01) and in those that needed mechanical ventilation (0.35±0.08) when compared to those that did not need it (0.68±0.10; p<0.01). CONCLUSION: Fetal lung volumes measured by three-dimensional ultrasonography may be useful to predict perinatal outcome in fetuses with primary pleural effusion
55

Colonização materna e neonatal por estreptococo do grupo B em gestantes com trabalho de parto prematuro e/ou ruptura prematura pré-termo de membranas

Nomura, Marcelo Luis 14 December 2004 (has links)
Orientador: Renato Passini Junior / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T01:25:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Nomura_MarceloLuis_D.pdf: 838174 bytes, checksum: a795b39457b62a18ecb17c4609ece12d (MD5) Previous issue date: 2004 / Resumo: Objetivos: Identificar a taxa de prevalência e fatores de risco de colonização materna por estreptococo do grupo B (EGB) em gestantes com trabalho de parto prematuro (TPP) e/ou ruptura prematura pré-termo de membranas (RPM). Métodos: Foram colhidos dois swabs anais e vaginais de 203 gestantes atendidas no CAISM-UNICAMP. Um swab de cada local foi colocado em meio de transporte e enviados para cultura em placas de ágar-sangue, os outros dois foram incubados por 24 horas em meio de Todd-Hewitt para posterior semeadura em placas de ágar-sangue. Resultados: A prevalência de colonização materna por EGB foi de 27,6% (56 gestantes). As taxas de colonização por diagnóstico foram 34,7% para RPM, 25,2% para TPP e 17,8% para TPP + RPM. As variáveis raça branca, baixo nível de escolaridade e infecção urinária foram associadas a maiores taxas de colonização na análise multivariada. A presença de infecção urinária foi a única variável significativamente associada à colonização materna na análise multivariada. A taxa de detecção do estreptococo do grupo B foi significativamente maior com o uso do meio seletivo e com a associação de coleta de culturas anais e vaginais. A taxa de colonização neonatal foi de 3,1%. Ocorreram dois casos de sepse precoce por EGB nesta amostra, com prevalência estimada de 10,8 casos por mil nascidos vivos e mortalidade de 50%. Conclusão: A amostra avaliada apresenta altas taxas de colonização materna por Streptococcus agalactiae. É necessário o uso de meio de cultura seletivo e a associação de culturas anorretais e vaginais para aumentar a taxa de detecção do EGB. A incidência de sepse neonatal precoce foi elevada nesta população / Abstract: Objective: to study group B streptococcus maternal colonization rates and risk factors in women with preterm labor (PTL) and preterm premature rupture of membranes (PROM). Methods: Vaginal and anal swabs (two of each) were colected from 203 women followed at CAISM-UNICAMP. One of each swab was placed in transport media and then cultured in blood-agar plates, the other swabs were incubated in Todd-Hewitt selective media for 24 hours and then subcultured in blood-agar plates. Results: Maternal colonization rate was 27.6% (56 women). Colonization rates by admission diagnosis were 34.7% in PROM, 25.2% in PTL and 17.8% in PTL and PROM. White race, less than elementary education level and urinary tract infection were associated with maternal colonization in the univariate analysis. Urinary tract infection was the only variable associated with maternal colonization in a multivariate analysis. GBS detection rates were significantly higher with the use of selective culture media and with sampling of both vaginal and anorectal sites. Neonatal colonization rate was 3.1%. There were two cases of early-onset neoanatal sepsis caused by GBS, with an estimated prevalence of 10.8 cases per thousand live borns and a mortality rate of 50%. Conclusions: This sample of women had high GBS colonization rates. The use of selective culture media and collection of both anal and vaginal samples is necessary in order to maximize GBS detection rates. Early-onset neonatal sepsis incidence was high in this population / Doutorado / Tocoginecologia / Doutor em Tocoginecologia
56

Ciclo único de betametasona para maturação pulmonar fetal em casos com diástole zero ou reversa: impacto em resultados pós-natais / Single course of antenatal betamethasone therapy for the acceleration of fetal lung maturation in absent or reversed end-diastolic velocity in the umbilical arteries: impact on postnatal outcomes

Pereira, Luciana Carla Longo e 12 September 2007 (has links)
Para investigar o impacto em resultados pós-natais do uso de ciclo único de betametasona para maturação pulmonar em gestações (únicas, sem malformações fetais ou neonatais) com diástole zero ou diástole reversa à dopplervelocimetria das artérias umbilicais, foi conduzido estudo de coorte histórico com 62 recém-nascidos entre 26 e 34 semanas. Desses, 31 tinham uso antenatal do corticóide (nascidos entre maio de 2004 e julho de 2006) e 31 controles sem o uso da droga (nascidos entre janeiro de 2000 a março de 2004), pareados individualmente segundo índice de pulsatilidade para veias do ducto venoso (até 1,0 ou entre 1,01 e 1,50), idade gestacional ao nascimento (variação máxima de seis dias) e peso ao nascimento (variação máxima de 10%). Avaliaram-se: índice de Apgar de primeiro e quinto minutos, internação em unidade de terapia intensiva, uso de suporte respiratório (intubação orotraqueal, pressão positiva contínua nas vias aéreas, suplemento de oxigênio), tempo de internação, sobrevida, ocorrência de óbito (e causa principal), além da ocorrência de complicações (doença das membranas hialinas, displasia broncopulmonar, hemorragia intracraniana, retinopatia da prematuridade, persistência de canal arterial, enterocolite necrosante, sepse precoce e tardia). Fez-se análise estatística para os pares de recém-nascidos dos dois grupos, baseada na razão de pares discordantes e utilizaram-se os testes: t de Student para amostras pareadas, qui-quadrado de McNemar, de simetria assintótica, de Wilcoxon, de log-rank. No caso dos desfechos em que o uso de betametasona apresentou associação com ocorrência significativamente menor de complicações, foi calculado o número necessário para tratar para evitar o desfecho em um recém-nascido. Adotou-se significância de 5%. A média de idade gestacional foi de 29,4 semanas e, de peso, 794,2gramas. Os recém-nascidos cujas mães receberam betametasona apresentaram melhores índices de Apgar de primeiro minuto (p<0,001), uso de menos doses de surfactante exógeno (p=0,007), redução da freqüência de displasia broncopulmonar (p=0,02), persistência do canal arterial (p=0,002) e óbitos (p=0,008). As causas principais de óbito mais freqüentes foram hemorragia pulmonar e sepse, responsáveis por 64,5% do total dos óbitos. O número necessário para tratar relacionado à displasia broncopulmonar foi 3,2; à persistência do canal arterial, 2,4 e, ao óbito, de 2,8. O risco de óbito dos RN com uso antenatal de betametasona foi 60% menor do que aqueles sem essa terapia. A corticoterapia antenatal relacionou-se, de forma significativa, a melhores condições ao nascimento (com redução da freqüência de índices de Apgar de primeiro minuto inferiores a três); menos morbidade pós-natal (com uso de menor número de doses de surfactante exógeno, redução da ocorrência de displasia broncopulmonar e de persistência do canal arterial) e menor mortalidade. / A retrospective cohort study of 62 pregnancies with absent or reversed end-diastolic flow in the umbilical arteries was conducted in order to investigate the impact on postnatal outcome of a single course of antenatal betamethasone therapy for the acceleration of fetal lung maturation. Sixty-two singleton pregnancies, without fetal or neonatal anomalies, delivered during the period of January 2000 and July 2006 with a gestational age ranging from 26 to 34 weeks were included. The study included 31 newborns with the antenatal corticosteroid therapy and 31 nontreated, matched individually according to gestational age (within about six days), birth weight (within about 10%) and value of pulsatility index for veins in the ductus venosus (maximum of 1,0 or between 1,01 and 1,50). The outcomes assessed were: 1- and 5-minute Apgar scores, referral to the neonatal intensive care unit, need of tracheal intubation, use of continuous positive airway pressure, use of oxygen therapy, length of hospital stay, survival, in-hospital mortality (and main cause), use of surfactant, number of surfactant doses, and the occurrence of hyaline membrane disease, bronchopulmonary dysplasia, intracranial hemorrhage, retinopathy of prematurity, patent ductus arteriosus, necrotizing enterocolitis, early-onset and late-onset neonatal sepsis. Data from each matched-pair of infants were analyzed in terms of its discordance by the use of these tests: Student\'s t test for matched-pairs, McNemar´s chi-square test, symmetry test, Wilcoxon matched-pairs signed-ranks test, log-hank test. Numbers needed to treat in the case of beneficial effect were calculated for each outcome. A significance level of 5% was adopted for all tests. Mean of gestational age and birth weight were 29,4 weeks and 794,4grams. Infants whose mothers received antenatal betamethasone therapy had better 1-minute Apgar scores (p<0,001), use of fewer surfactant doses (p=0,007), reduction of the occurrence of bronchopulmonary dysplasia (p=0,02), patent ductus arteriosus (p=0,002) and in-hospital deaths (p=0,008). Pulmonary hemorrhage and sepsis were the two main causes of deaths (64,5% of the total of deaths). Number needed to treat related to bronchopulmonary dysplasia was 3,2; to patent ductus arteriosus was 2,4 and to in-hospital death was 2,8. The risk of death decreased of 60% by the use of antenatal steroid. Antenatal betamethasone therapy was significantly related to better birth conditions (reduction of 1-minute Apgar scores < 3), less morbidity (fewer surfactant doses and reduction on the occurrence of bronchopulmonary dysplasia and patent ductus arteriosus) and lower in-hospital mortality.
57

Câncer na gestação: avaliação de depressão, ansiedade, autoestima e vínculo materno-fetal / Cancer in pregnancy: evaluation of depression, anxiety, self-esteem, and maternal-fetal attachment

Ferrari, Solimar 14 November 2018 (has links)
Introdução: Atualmente, estima-se que uma em cada mil mulheres grávidas sejam portadoras de câncer. A associação do diagnóstico de câncer ao de gestação coloca a mulher numa condição vulnerável para o desenvolvimento de transtornos psicológicos. Objetivo: Comparar e avaliar a associação entre sintomatologia de depressão, ansiedade, autoestima e vínculo materno-fetal entre gestantes com diagnóstico de câncer e gestantes sem diagnóstico de câncer. Propõe-se também a realizar a análise do discurso da vivência do período gestacional com e sem o diagnóstico de câncer. Método: Foi realizado estudo transversal com 63 gestantes com diagnóstico de câncer atendidas no Ambulatório de Tumores na Gestação de um hospital universitário terciário e 72 gestantes sem diagnóstico de câncer atendidas no Ambulatório de Pré-Natal de baixo risco do mesmo serviço. Foram utilizadas as escalas de Apego Materno-Fetal (MFAS), Hospital Anxiety and Depression (HAD), Subescala de Autoestima do Prenatal Psychosocial Profile (PPP) e entrevista semidirigida que investigou questões relacionadas à gravidez e ao adoecimento por câncer. Os testes Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, de Dunn, qui-quadrado de Pearson e o teste exato de Fisher foram utilizados. O nível de significância adotado foi de 5%. A análise qualitativa foi realizada por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Resultados: Neste estudo constatou-se presença de sintomatologia depressiva em 33,3% das gestantes com câncer e em 18,1% nas gestantes sem câncer. Observou-se que as gestantes com diagnóstico de câncer quando comparadas às gestantes sem diagnóstico de câncer apresentaram menor renda per capita (p > 0,001), menor escolaridade (p=0,001), maior paridade (p < 0,001), menor trabalho remunerado (p=0,015), maior prevalência de depressão (p=0,041), ansiedade (p=0,039) e autoestima rebaixada (p < 0,001). Na análise feita por meio da combinação de diagnóstico de câncer e de depressão, evidenciou-se que a ansiedade estava associada à depressão e não com o diagnóstico de câncer. Com relação à autoestima, na combinação dos grupos evidenciou-se que o rebaixamento da autoestima estava relacionado à presença de câncer e não com a depressão. Aos resultados qualitativos foram atribuídas categorias em ambos os grupos: Descoberta da gestação, Vivência pré-natal, Relacionamento com o feto e Significado da gravidez. Em relação às entrevistas somente com as gestantes com câncer foram definidas as categorias: Como foi a descoberta da doença, Vivência do tratamento do câncer, Adaptação ao adoecimento, Crenças sobre o relacionamento com o feto, Vivência do câncer na gestação e Significado atribuído ao câncer. Conclusão: Este estudo evidenciou diferenças significativas entre presença de sintomatologia depressiva, ansiosa e baixa autoestima entre gestantes com diagnóstico de câncer quando comparadas com as sem o diagnóstico. Na análise qualitativa, constatou-se que com relação ao relacionamento com o feto foram identificadas as seguintes categorias: Conversa, Bom relacionamento, Medo, Alegria, Milagre e Não se relaciona. Com relação à Vivência do câncer na gestação foram evidenciadas as categorias: Enfoque negativo, Enfoque positivo, Dualidade e Normal. Sobre o significado da gravidez, as categorias foram: Enfoque positivo, Responsabilidade e Não sabe explicar. Em relação ao significado atribuído ao câncer, as categorias demonstradas foram: Morte/sofrimento, Cura/tratamento, Superação e Causa / Introduction: Currently, it is estimated that one in every thousand pregnant women are suffering from cancer. The association of the diagnosis of cancer with that of pregnancy puts a woman in a vulnerable condition for the development of psychological disorders. Objective: This Doctoral thesis aimed to evaluate and verify the association between symptoms of depression, anxiety, self-esteem and maternal-fetal bond among pregnant women diagnosed with cancer and pregnant women without a cancer diagnosis. It also proposed to understand the discourse of the experience of the gestational period with and without the diagnosis of cancer. Method: A cross-sectional study was performed with 63 pregnant women diagnosed with cancer, assisted at the Clinic of Tumors in Pregnancy of a tertiary university hospital and 72 pregnant women without a cancer diagnosis, assisted at the Clinic of Low-risk Prenatal care of the same service. These scales were used: MFAS for maternal-fetal bonding, Hospital Anxiety and Depression (HAD), self-esteem sub-scale of Prenatal Psychosocial Profile (PPP) and a semi-structured interview that investigated issues related to pregnancy and illness due to cancer. The Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, Dunn, Pearson\'s chi-square and Fisher\'s exact tests were used. The level of significance was 5%. The qualitative analysis was performed by means of the Content Analysis Technique. Results: In this study, the presence of depressive symptoms was found in 33.3% of pregnant women with cancer and in 18.1% pregnant women without cancer. It was observed that the pregnant women diagnosed with cancer when compared to pregnant women without a cancer diagnosis presented lower per capita income (p > .001), lower level of schooling (p=0.001); higher number of pregnancies (p < 0.001), lower paid job (p=0.015), higher prevalence of depression (p=0.041), anxiety (p=0.039) and lowered self-esteem (p < 0.001). In the analysis made through the combination of cancer diagnosis and depression, it was shown that anxiety was associated with depression and not with the diagnosis of cancer. Regarding the self-esteem, the combination of the groups showed that the lowering of self-esteem is related to the presence of cancer and not with depression. These categories were attributed to the qualitative results in both groups: Pregnancy discovery, Prenatal experience, Relationship with the fetus and Meaning of pregnancy. With respect to the interviews only with the pregnant women with cancer, the following categories were defined: How was the discovery of the disease, Cancer treatment experience, Adaptation to the illness, Beliefs about the relationship with the fetus, Cancer experience during pregnancy and Meanings attributed to cancer. Conclusion: This study showed significant differences between the presence of depressive symptomatology, anxiety and low self-esteem among pregnant women diagnosed with cancer when compared to those without the diagnosis. In the qualitative analysis, it was found that with regard to the relationship with the fetus the following categories were identified: Chatting, Good relationship, Fear, Joy, Miracle and Not related. Regarding the Cancer experience during pregnancy, the following categories were highlighted: Negative focus, Positive focus, Duality and Normal. About the meaning of pregnancy, the categories were: Positive focus, Responsibility and Cannot explain. In relation to the meaning attributed to cancer, the categories shown were: Death/suffering, Healing/treatment, Overcoming and Cause
58

Avaliação da dor neuropática e das funções motora e somato-sensitiva após o transplante de células tronco em modelo de lesão da medula espinal em ratos / Assessment of neuropathic pain and motor and somatosensory functions after stem cell transplantation in rat spinal cord injury model

Batista, Chary Ely Martin Marquez 30 November 2018 (has links)
A dor neuropática após lesão da medula espinal é uma condição complexa que responde mal aos tratamentos convencionais. O transplante de células representa uma terapia promissora; no entanto, o tipo de célula ideal em termos de potencial neurogênico e eficácia contra a dor permanecem controversos. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade de células tronco neurais fetais (CTNf) em aliviar a dor crônica e, secundariamente, avaliar os efeitos na recuperação motora. Com este propósito, inicialmente foi realizado um piloto para definir o melhor modelo animal, no qual ratos Wistar foram submetidos à lesão medular traumática de intensidade leve ou moderada (altura do pêndulo 12,5mm e 25mm, respectivamente) utilizando o NYU Impactor. Os resultados indicaram que a lesão medular de intensidade moderada é um bom modelo para o estudo da dor neuropática central, pois, além de apresentar um déficit motor e um quadro álgico mais acentuado que os animais submetidos à lesão leve, os animais se mantiveram estáveis ao longo do estudo. Ademais, alterações sensoriais foram observadas desde os primeiros dias após a lesão e permaneceram por pelo menos oito semanas, viabilizando o objetivo do trabalho. Em vista do resultado do piloto, ratos Wistar foram submetidos à lesão medular de intensidade moderada; sete dias após a lesão medular iniciou-se a imunossupressão com ciclosporina, e dez dias após a lesão os animais receberam injeções intra-espinais de meio de cultivo (grupo sham) ou de CTNf extraídas das vesículas telencefálicas (grupo VT) ou da região ponto-bulbar ventral (grupo BV) de embriões E14 da mesma espécie. As avaliações sensitivas e motoras foram realizadas durante oito semanas. Posteriormente, as medulas espinais foram processadas para imunofluorescência e as CTNf transplantadas foram quantificadas por estereologia. Os resultados mostraram uma melhora da hiperalgesia térmica no grupo VT após a quinta semana de transplante (p < 0,001) e no grupo BV após a quarta semana (p < 0,001). Além disso, a alodínia mecânica melhorou nos grupos VT e BV na 8ª semana (VT p < 0,05 e BV p < 0,01 comparados com sham). Nenhuma recuperação motora significativa foi observada nos grupos tratados em relação ao grupo sham. A análise estereológica mostrou que ~70% das células VT e BV diferenciaram-se em neurônios NeuN+, com alta proporção de células encefalinérgicas e GABAérgicas no grupo VT (44% e 42%, respectivamente) e encefalinérgicas e serotoninérgicas no grupo BV (50% e 47%, respectivamente). Nosso estudo sugere que os precursores neuronais oriundos das VT e BV, uma vez implantados na medula espinal lesada, maturam em diferentes subtipos neuronais, principalmente GABAérgicos, serotoninérgicos e encefalinérgicos, e ambos precursores foram capazes de aliviar a dor, apesar de não haver recuperação motora significativa / Neuropathic pain after spinal cord injury (SCI) is a complex condition which responds poorly to usual treatments. Cell transplantation represents a promising therapy; nevertheless, the ideal cell type in terms of neurogenic potential and effectiveness against pain remains largely controversial. Thus, the objective of the present study was to evaluate the ability of fetal neural stem cells (fNSC) to relieve chronic pain and, secondarily, to evaluate the effects on motor recovery. For this purpose, a pilot was initially designed to define the best animal model; accordingly, Wistar rats were submitted to traumatic spinal cord injury of mild or moderate intensity (pendulum height 12.5mm and 25mm, respectively) using the NYU Impactor. The results indicated that spinal cord injury of moderate intensity is a good model for the study of central neuropathic pain, because in addition to a motor function deficit and painful sensation more pronounced than the animals submitted to mild injury, the animals remained stable throughout the study. Additionally, sensitive deficits were observed from the first days after the injury and lasted eight weeks, enabling the objective of the work. Based on the pilot result, Wistar rats were submitted to moderate spinal cord injury; seven days after spinal cord injury, immunosuppression with cyclosporine was initiated; ten days after injury the animals received intra-spinal injections of culture medium (sham group) or fNSC extracted from the telencephalic vesicles (TV group) or from the ventral medulla (VM group) of E14 embryos of the same species. Behavioral and pain assessment were performed weekly during eight weeks. Thereafter, spinal cords were processed for immunofluorescence, and transplanted fetal cells were quantified by stereology. The results showed improvement of thermal hyperalgesia in TV group after the fifth week of transplantation (p < 0.001) and in VM group after the fourth week (p < 0.001). Moreover, mechanical allodynia improved in both TV and VM groups at the 8th week (TV p < 0.05 and VM p < 0.01 compared to sham). No significant motor recovery was observed in TV and VM groups when compared to sham group. Stereological analyses showed that ~70% of TV and VM cells differentiated into NeuN+ neurons, with high proportion of enkephalinergic and GABAergic cells in the TV group (44% and 42%, respectively) and enkephalinergic and Serotoninergic cells in the VM group (50% and 47%, respectively). Our study suggests that neuronal precursors from the TV and VM, once implanted into the injured spinal cord, maturate into different neuronal subtypes, mainly GABAergic, serotoninergic, and enkephalinergic, and both precursors were able to alleviate pain, despite no significant motor recovery
59

Câncer na gestação: avaliação de depressão, ansiedade, autoestima e vínculo materno-fetal / Cancer in pregnancy: evaluation of depression, anxiety, self-esteem, and maternal-fetal attachment

Solimar Ferrari 14 November 2018 (has links)
Introdução: Atualmente, estima-se que uma em cada mil mulheres grávidas sejam portadoras de câncer. A associação do diagnóstico de câncer ao de gestação coloca a mulher numa condição vulnerável para o desenvolvimento de transtornos psicológicos. Objetivo: Comparar e avaliar a associação entre sintomatologia de depressão, ansiedade, autoestima e vínculo materno-fetal entre gestantes com diagnóstico de câncer e gestantes sem diagnóstico de câncer. Propõe-se também a realizar a análise do discurso da vivência do período gestacional com e sem o diagnóstico de câncer. Método: Foi realizado estudo transversal com 63 gestantes com diagnóstico de câncer atendidas no Ambulatório de Tumores na Gestação de um hospital universitário terciário e 72 gestantes sem diagnóstico de câncer atendidas no Ambulatório de Pré-Natal de baixo risco do mesmo serviço. Foram utilizadas as escalas de Apego Materno-Fetal (MFAS), Hospital Anxiety and Depression (HAD), Subescala de Autoestima do Prenatal Psychosocial Profile (PPP) e entrevista semidirigida que investigou questões relacionadas à gravidez e ao adoecimento por câncer. Os testes Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, de Dunn, qui-quadrado de Pearson e o teste exato de Fisher foram utilizados. O nível de significância adotado foi de 5%. A análise qualitativa foi realizada por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Resultados: Neste estudo constatou-se presença de sintomatologia depressiva em 33,3% das gestantes com câncer e em 18,1% nas gestantes sem câncer. Observou-se que as gestantes com diagnóstico de câncer quando comparadas às gestantes sem diagnóstico de câncer apresentaram menor renda per capita (p > 0,001), menor escolaridade (p=0,001), maior paridade (p < 0,001), menor trabalho remunerado (p=0,015), maior prevalência de depressão (p=0,041), ansiedade (p=0,039) e autoestima rebaixada (p < 0,001). Na análise feita por meio da combinação de diagnóstico de câncer e de depressão, evidenciou-se que a ansiedade estava associada à depressão e não com o diagnóstico de câncer. Com relação à autoestima, na combinação dos grupos evidenciou-se que o rebaixamento da autoestima estava relacionado à presença de câncer e não com a depressão. Aos resultados qualitativos foram atribuídas categorias em ambos os grupos: Descoberta da gestação, Vivência pré-natal, Relacionamento com o feto e Significado da gravidez. Em relação às entrevistas somente com as gestantes com câncer foram definidas as categorias: Como foi a descoberta da doença, Vivência do tratamento do câncer, Adaptação ao adoecimento, Crenças sobre o relacionamento com o feto, Vivência do câncer na gestação e Significado atribuído ao câncer. Conclusão: Este estudo evidenciou diferenças significativas entre presença de sintomatologia depressiva, ansiosa e baixa autoestima entre gestantes com diagnóstico de câncer quando comparadas com as sem o diagnóstico. Na análise qualitativa, constatou-se que com relação ao relacionamento com o feto foram identificadas as seguintes categorias: Conversa, Bom relacionamento, Medo, Alegria, Milagre e Não se relaciona. Com relação à Vivência do câncer na gestação foram evidenciadas as categorias: Enfoque negativo, Enfoque positivo, Dualidade e Normal. Sobre o significado da gravidez, as categorias foram: Enfoque positivo, Responsabilidade e Não sabe explicar. Em relação ao significado atribuído ao câncer, as categorias demonstradas foram: Morte/sofrimento, Cura/tratamento, Superação e Causa / Introduction: Currently, it is estimated that one in every thousand pregnant women are suffering from cancer. The association of the diagnosis of cancer with that of pregnancy puts a woman in a vulnerable condition for the development of psychological disorders. Objective: This Doctoral thesis aimed to evaluate and verify the association between symptoms of depression, anxiety, self-esteem and maternal-fetal bond among pregnant women diagnosed with cancer and pregnant women without a cancer diagnosis. It also proposed to understand the discourse of the experience of the gestational period with and without the diagnosis of cancer. Method: A cross-sectional study was performed with 63 pregnant women diagnosed with cancer, assisted at the Clinic of Tumors in Pregnancy of a tertiary university hospital and 72 pregnant women without a cancer diagnosis, assisted at the Clinic of Low-risk Prenatal care of the same service. These scales were used: MFAS for maternal-fetal bonding, Hospital Anxiety and Depression (HAD), self-esteem sub-scale of Prenatal Psychosocial Profile (PPP) and a semi-structured interview that investigated issues related to pregnancy and illness due to cancer. The Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, Dunn, Pearson\'s chi-square and Fisher\'s exact tests were used. The level of significance was 5%. The qualitative analysis was performed by means of the Content Analysis Technique. Results: In this study, the presence of depressive symptoms was found in 33.3% of pregnant women with cancer and in 18.1% pregnant women without cancer. It was observed that the pregnant women diagnosed with cancer when compared to pregnant women without a cancer diagnosis presented lower per capita income (p > .001), lower level of schooling (p=0.001); higher number of pregnancies (p < 0.001), lower paid job (p=0.015), higher prevalence of depression (p=0.041), anxiety (p=0.039) and lowered self-esteem (p < 0.001). In the analysis made through the combination of cancer diagnosis and depression, it was shown that anxiety was associated with depression and not with the diagnosis of cancer. Regarding the self-esteem, the combination of the groups showed that the lowering of self-esteem is related to the presence of cancer and not with depression. These categories were attributed to the qualitative results in both groups: Pregnancy discovery, Prenatal experience, Relationship with the fetus and Meaning of pregnancy. With respect to the interviews only with the pregnant women with cancer, the following categories were defined: How was the discovery of the disease, Cancer treatment experience, Adaptation to the illness, Beliefs about the relationship with the fetus, Cancer experience during pregnancy and Meanings attributed to cancer. Conclusion: This study showed significant differences between the presence of depressive symptomatology, anxiety and low self-esteem among pregnant women diagnosed with cancer when compared to those without the diagnosis. In the qualitative analysis, it was found that with regard to the relationship with the fetus the following categories were identified: Chatting, Good relationship, Fear, Joy, Miracle and Not related. Regarding the Cancer experience during pregnancy, the following categories were highlighted: Negative focus, Positive focus, Duality and Normal. About the meaning of pregnancy, the categories were: Positive focus, Responsibility and Cannot explain. In relation to the meaning attributed to cancer, the categories shown were: Death/suffering, Healing/treatment, Overcoming and Cause
60

Avaliação da dor neuropática e das funções motora e somato-sensitiva após o transplante de células tronco em modelo de lesão da medula espinal em ratos / Assessment of neuropathic pain and motor and somatosensory functions after stem cell transplantation in rat spinal cord injury model

Chary Ely Martin Marquez Batista 30 November 2018 (has links)
A dor neuropática após lesão da medula espinal é uma condição complexa que responde mal aos tratamentos convencionais. O transplante de células representa uma terapia promissora; no entanto, o tipo de célula ideal em termos de potencial neurogênico e eficácia contra a dor permanecem controversos. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade de células tronco neurais fetais (CTNf) em aliviar a dor crônica e, secundariamente, avaliar os efeitos na recuperação motora. Com este propósito, inicialmente foi realizado um piloto para definir o melhor modelo animal, no qual ratos Wistar foram submetidos à lesão medular traumática de intensidade leve ou moderada (altura do pêndulo 12,5mm e 25mm, respectivamente) utilizando o NYU Impactor. Os resultados indicaram que a lesão medular de intensidade moderada é um bom modelo para o estudo da dor neuropática central, pois, além de apresentar um déficit motor e um quadro álgico mais acentuado que os animais submetidos à lesão leve, os animais se mantiveram estáveis ao longo do estudo. Ademais, alterações sensoriais foram observadas desde os primeiros dias após a lesão e permaneceram por pelo menos oito semanas, viabilizando o objetivo do trabalho. Em vista do resultado do piloto, ratos Wistar foram submetidos à lesão medular de intensidade moderada; sete dias após a lesão medular iniciou-se a imunossupressão com ciclosporina, e dez dias após a lesão os animais receberam injeções intra-espinais de meio de cultivo (grupo sham) ou de CTNf extraídas das vesículas telencefálicas (grupo VT) ou da região ponto-bulbar ventral (grupo BV) de embriões E14 da mesma espécie. As avaliações sensitivas e motoras foram realizadas durante oito semanas. Posteriormente, as medulas espinais foram processadas para imunofluorescência e as CTNf transplantadas foram quantificadas por estereologia. Os resultados mostraram uma melhora da hiperalgesia térmica no grupo VT após a quinta semana de transplante (p < 0,001) e no grupo BV após a quarta semana (p < 0,001). Além disso, a alodínia mecânica melhorou nos grupos VT e BV na 8ª semana (VT p < 0,05 e BV p < 0,01 comparados com sham). Nenhuma recuperação motora significativa foi observada nos grupos tratados em relação ao grupo sham. A análise estereológica mostrou que ~70% das células VT e BV diferenciaram-se em neurônios NeuN+, com alta proporção de células encefalinérgicas e GABAérgicas no grupo VT (44% e 42%, respectivamente) e encefalinérgicas e serotoninérgicas no grupo BV (50% e 47%, respectivamente). Nosso estudo sugere que os precursores neuronais oriundos das VT e BV, uma vez implantados na medula espinal lesada, maturam em diferentes subtipos neuronais, principalmente GABAérgicos, serotoninérgicos e encefalinérgicos, e ambos precursores foram capazes de aliviar a dor, apesar de não haver recuperação motora significativa / Neuropathic pain after spinal cord injury (SCI) is a complex condition which responds poorly to usual treatments. Cell transplantation represents a promising therapy; nevertheless, the ideal cell type in terms of neurogenic potential and effectiveness against pain remains largely controversial. Thus, the objective of the present study was to evaluate the ability of fetal neural stem cells (fNSC) to relieve chronic pain and, secondarily, to evaluate the effects on motor recovery. For this purpose, a pilot was initially designed to define the best animal model; accordingly, Wistar rats were submitted to traumatic spinal cord injury of mild or moderate intensity (pendulum height 12.5mm and 25mm, respectively) using the NYU Impactor. The results indicated that spinal cord injury of moderate intensity is a good model for the study of central neuropathic pain, because in addition to a motor function deficit and painful sensation more pronounced than the animals submitted to mild injury, the animals remained stable throughout the study. Additionally, sensitive deficits were observed from the first days after the injury and lasted eight weeks, enabling the objective of the work. Based on the pilot result, Wistar rats were submitted to moderate spinal cord injury; seven days after spinal cord injury, immunosuppression with cyclosporine was initiated; ten days after injury the animals received intra-spinal injections of culture medium (sham group) or fNSC extracted from the telencephalic vesicles (TV group) or from the ventral medulla (VM group) of E14 embryos of the same species. Behavioral and pain assessment were performed weekly during eight weeks. Thereafter, spinal cords were processed for immunofluorescence, and transplanted fetal cells were quantified by stereology. The results showed improvement of thermal hyperalgesia in TV group after the fifth week of transplantation (p < 0.001) and in VM group after the fourth week (p < 0.001). Moreover, mechanical allodynia improved in both TV and VM groups at the 8th week (TV p < 0.05 and VM p < 0.01 compared to sham). No significant motor recovery was observed in TV and VM groups when compared to sham group. Stereological analyses showed that ~70% of TV and VM cells differentiated into NeuN+ neurons, with high proportion of enkephalinergic and GABAergic cells in the TV group (44% and 42%, respectively) and enkephalinergic and Serotoninergic cells in the VM group (50% and 47%, respectively). Our study suggests that neuronal precursors from the TV and VM, once implanted into the injured spinal cord, maturate into different neuronal subtypes, mainly GABAergic, serotoninergic, and enkephalinergic, and both precursors were able to alleviate pain, despite no significant motor recovery

Page generated in 0.0618 seconds