• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 224
  • 78
  • 20
  • 20
  • 20
  • 20
  • 13
  • 11
  • 8
  • 8
  • 4
  • 3
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 313
  • 313
  • 112
  • 104
  • 100
  • 57
  • 56
  • 49
  • 48
  • 42
  • 39
  • 33
  • 33
  • 25
  • 23
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
221

Remémoration et histoire dans les "Mémoires D'Outre-Tombe" de F.-R. de Chateaubriand et leur traduction en portugais

Gil, Beatriz Cerisara January 2008 (has links)
L'objectif du présent travail est l'étude de l'ouvrage Mémoires d'outre-tombe, de François-René de Chateaubriand. Avant de procéder à la traduction des cinq premiers volumes, nous proposons une synthèse de la période historique qui a servi de toile de fond à l'ouvrage ainsi qu'une genèse de l'écriture de ce texte mémorialiste, tout en mettant l'accent sur les modifications présentes dans le processus de rédaction qui a duré près de quarante ans. Dans un second temps, l'analyse du corpus traduit permet de connaître la construction du sujet autobiographique du récit. L'étude se propose de présenter la particularité de ce sujet formé à partir de la double nécessité de créer une subjectivité autonome et de maintenir des liens profonds avec son histoire. Elle aborde les rapports entre le texte et l'héritage des genres auxquels Chateaubriand avait alors accès, en particulier le genre des mémoires et celui de l'autobiographie. L'ensemble de ces éléments permet de détailler les analyses sur le moi autobiographique issu de l'articulation opérée par le narrateur-personnage principal entre la perspective intimiste et la perspective historique. / Este trabalho tem como objetivo o estudo da obra Mémoires d'outre-tombe, de François-René de Chateaubriand. Procedemos, inicialmente, à tradução de uma parte da obra - seus cinco primeiros livros -, estando esta tradução precedida por uma síntese do período histórico que serve de pano de fundo às Mémoires e também pela gênese da escrita deste texto memorialístico, com ênfase nas alterações em seu processo de redação que durou aproximadamente quarenta anos. A seguir, desenvolvemos uma análise centrada no corpus traduzido, que nos permite conhecer a construção do sujeito autobiográfico da narrativa. O estudo procura apresentar a particularidade deste sujeito que se forma a partir da dupla necessidade de criar uma subjetividade autônoma, de um lado, e de manter fortes laços com sua história, de outro. Investigamos as relações do texto com a herança dos gêneros que chegava então a Chateaubriand, mais precisamente com o gênero das memórias e com o da autobiografia, a fim de examinarmos aspectos da composição narrativa que formam sua dimensão autobiográfica. Diante desses elementos, pudemos, enfim, detalhar as análises sobre o eu autobiográfico que resulta da articulação, feita pelo narrador-protagonista, da perspectiva intimista e da perspectiva histórica.
222

Trois sujects d'intérêt dans la recherche de "L'or du Temps" menée par André Breton

Fialho, Camila do Nascimento January 2009 (has links)
Ce travail parcourt trois sujets d'intérêt dans la recherche de "l'or du temps" menée par André Breton dans le but d'expliquer et d'aider à connaître un peu de la pensée de Breton et du surréalisme. Après une reconstitution de la trajectoire intellectuelle et poétique de cet auteur, j'établis une étude sur le surréalisme en 1924, défini et présenté par Breton et par quelques-uns de ses amis, en constituant à la fois un historique du mouvement - puisqu'il remonte à la découverte de l'écriture automatique en 1919 et suit le groupe Littérature jusqu'à la consolidation du mouvement organisé en 1924 - et une synthèse de ce qu'est le surréalisme au moment de son lancement officiel avec la publication du Manifeste du surréalisme. Ensuite je fais le point sur l'opinion de Breton vis-à-vis du roman à partir de la lecture de ce Manifeste, de l'"Introduction au discours sur le peu de réalité" et de Nadja, montrant que son positionnement se fonde plutôt sur une attitude poétique face à la vie que sur une conception esthétique. Le dernier sujet d'intérêt que j'analyse concerne la perception de Breton des cultures sauvages mexicaines visant à comprendre quelles sont les motivations qui mènent certains surréalistes à traverser l'Atlantique et à débarquer au Mexique, pays qui deviendra le lieu surréaliste par excellence. Partant de l'élaboration d'un panorama des cultures dénommées sauvages, je présente le voyage que Breton fait au Mexique en 1938 et j'analyse les textes qui en résultent afin de localiser cette branche d'intérêt dans la pensée surréaliste. / Este trabalho percorre três temas de interesse na busca do "ouro do tempo" desenvolvida por André Breton com o objetivo de explicar e ajudar a conhecer um pouco do pensamento de Breton e do surrealismo. Depois de uma reconstituição da trajetória intelectual e poética do autor, eu estabeleço um estudo sobre o surrealismo em 1924, definido e apresentado por ele e alguns de seus amigos, constituindo ao mesmo tempo um histórico do movimento - uma vez que remonta à descoberta da escrita automática em 1919 e acompanha o grupo Littérature até 1924 - e uma síntese do que é o surrealismo quando de seu lançamento oficial com a publicação do Manifesto do surrealismo. A seguir, eu faço um balanço da opinião de Breton acerca do romance a partir da leitura do referido Manifesto, da "Introdução ao discurso sobre o pouco de realidade" e de Nadja, mostrando que o seu posicionamento se funda antes sobre uma atitude poética diante da vida que sobre uma concepção estética. O último tema de interesse que eu analiso diz respeito à percepção de Breton das culturas selvagens mexicanas visando compreender quais são as motivações que levam alguns surrealistas a atravessar o Atlântico e a desembarcar no México, país que se tornará o lugar surrealista por excelência. Partindo da elaboração de um panorama das culturas denominadas selvagens, eu apresento a viagem que Breton faz ao México em 1938 e proponho um estudo dos textos que dela resultam a fim de localizar o interesse por essas culturas no pensamento surrealista.
223

La représentation humaine dans les théories de dispositifs et scène romanesque : de la matérialité du corps à la superposition symbolique dans "Le diable au corps"

Romano, Francine Reinhardt January 2014 (has links)
Ce travail propose l’analyse compositionnelle du roman Le Diable au corps, écrit et publié par Raymond Radiguet en 1923. Nous serons amenés à dévoiler les éléments diédigétiques du récit par les méthodes traditionnelles narratologiques, pour en suite pouvoir mettre en oeuvre un second type d’analyse dévellopée par Sthéphane Lojkine et son groupe de recherche en France. Nous exposerons, alors, les pas évolutifs du genre romanesque et son esthétique sous la lumière de la théorie de scène romanesque et dispositifs de représentation. Cette méthode comprend la scène du roman comme un mécanisme vital pour l’assimilation du récit et essaie de dévoiler ses moindres opérations qui se mettent en fonctionnement dans la construction du sens de l’oeuvre. Le style d’écriture de Radiguet, son roman comme un produit exceptionnel comparé aux courants esthétiques de l’époque, nous avait offert un matériel excellent pour l’application des théories des dispositifs, comme nous proposons de démontrer ici. / Este trabalho propõe a anàlise composicional do romance Le Diable au corps, escrito e publicado por Raymond Radiguet em 1923. Seremos impelidos à apurar os elementos diegéticos da narrativa através dos métodos narratológicos tradicionais, para em seguida podermos realizar um segundo tipo de análise desenvolvida por Sthéphane Lojkine e seu grupo de pesquisa na França. Demonstraremos, então, os passos evolutivos do gênero romance e sua estética sob a luz das teorias de cena romanesca e dispositivos de representação. Este método concebe a cena de romance como um mecanismo vital para a assimilação da história e tenta precisar com minúcia seus processos internos colocados em funcionamento na construção de sentido da obra. O estilo de escrita de Radiguet, principalmente seu romance comme um produto excepcional comparado às publicações que seguiam as correntes estética s da época, se nos ofertou como um excelente material para a aplicação das téorias dos dispositivos tal como nos dispusemos à verificar aqui.
224

Rastro, hesitação e memoria : o lugar do tempo na poesia de Yves Bonnefoy / Trace, hesitation and memory : the place of time in Yves Bonnefoy"s poetry

Simpson, Pablo 17 April 2006 (has links)
Orientador: Luiz Carlos da Silva Dantas / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-06T10:21:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Simpson_Pablo_D.pdf: 3276436 bytes, checksum: 7ec16bd178106ff7cbf957e7dd06ad95 (MD5) Previous issue date: 2006 / Resumo: Yves Bonnefoy é um dos poetas franceses mais importantes da segunda metade do século XX. Sua obra poética, que se inicia em 1946 com Traité du pianiste e Le Coeur-espace, pode ser situada, num primeiro momento, a partir do diálogo com o surrealismo, de que se afastaria em 1947, mas cuja noção de sonho retomaria em suas narrativas publicadas a partir dos anos 1970: L¿Arrière-pays e Rue Traversière. Pode ser situada, além disso, diante do existencialismo de Jean Wahl. Leitor de Plotino, Kierkegaard e Léon Chestov, importante crítico de arte e da obra de Baudelaire, além de tradutor de Shakespeare, Yves Bonnefoy traz, desde os ensaios de L¿Improbable de 1959, uma preocupação com o que chamaria de ¿presença¿, fundamental para a compreensão de seu projeto poético. Ela designaria, muitas vezes, uma oposição ao conceito filosófico e à linguagem. Traria um apelo a uma ¿realidade obscura¿, enigmática. Nesse sentido, a poesia pretenderia uma intuição do absoluto, uma esperança investida de uma vocação ontológica não sem relação com o questionamento heideggeriano. Este estudo pretende investigar as relações entre poesia e tempo. Há nos poemas de Anti-Platon e Du Mouvement et de l¿immobilité de Douve, tanto quanto em L¿Improbable, segundo Patrick Née, a condenação de um inteligível abstrato, em virtude do esquecimento do tempo. A poesia repercutiria uma tensão entre interioridade conceitual e exterioridade. As palavras do poema evocariam um apagamento: rastro, presença ausente. A perda se torna a origem da linguagem poética. Através da leitura dos poemas de Du Mouvement et de l¿immobilité de Douve, Hier régnant désert, Pierre écrite, Dans le leurre du seuil, Ce qui fut sans lumière e Les Planches courbes, e das narrativas L¿Arrière-pays, Rue Traversière e Lê Théâtre des enfants, este estudo buscará compreender a poesia de Yves Bonnefoy a partir das noções de rastro, hesitação e memória. Dividido em cinco capítulos principais, trata-se da tentativa de situar a sua poesia, a um só tempo, como expressão e reflexão de cada um desses lugares. Este estudo traz em anexo a tradução do livro de poemas Les Planches courbes (2001), da narrativa ¿L¿Égypte¿ do livro Rue Traversière (1977) e do ensaio ¿Les tombeaux de Ravenne¿ de L¿Improbable (1959) / Resumé: Cette étude concernant l¿oeuvre poétique d¿Yves Bonnefoy cherche à établir des rapports entre poésie et temps. À travers de lectures critiques interrogeant les poèmes de Du Mouvement et de l¿immobilité de Douve, Hier régnant désert, Pierre écrite, Dans le leurre du seuil, Ce qui fut sans lumière et Les Planches courbes, aussi bien que les récits L¿Arrière-pays, Rue Traversière et Le Théâtre des enfants, une trajectoire se dessine qui tente d¿aborder la pensée poétique d¿Yves Bonnefoy d¿après les notions de ¿trace¿, d¿¿hésitation¿ et de ¿mémoire¿. Le poème repose sur la tension qu¿il manifeste entre une intériorité conceptuelle et une extériorité que le poète appellerait ¿présence¿. Les mots du poème sont ce qui demeure de ce qui a disparu, ils gardent la ¿trace¿ de cette présence absente. Il y a dans les poèmes de l¿Anti-Platon et dans l¿essai ¿Les tombeaux de Ravenne¿, sélon Patrick Née, une reproche d¿un intelligible abstrait au nom de l¿oubli du temps. La perte devient l¿origine du langage poétique. Elle nous rappelle l¿abîme de l¿exil, de la séparation. Néanmoins, la poésie d¿Yves Bonnefoy veut apporter une intuition de l¿absolu, un espoir investi d¿une vocation ontologique non sans rapport avec le questionnement ontologique de Heidegger, de Kierkegaard, de Jean Wahl. Plutôt que d¿en brosser le sens philosophique, tout en veillant à ne pas confondre une approche conceptuelle du temps et sa ¿mise en intrigue¿ (muthos), selon Paul Ricoeur, cinq chapitres repèrent cet itinéraire. Les trois premiers, consacrés à la notion de trace, rejoindrent une affirmation du poète dans L¿Improbable: ¿Le fugace, l¿irrémédiablement emporté, sont le degré poétique de l¿univers¿. Il s¿agit de placer cette catégorie de l¿éphémère sous le signe de la recherche proustienne d¿un ¿équivalent spirituel¿ dans le chapitre ¿Marcel Proust & Yves Bonnefoy: inscription, présence¿. Dans le deuxième chapitre, l¿interpretation c¿est qu¿il y a un pari de la mort, de l¿absence, trace d¿un éloignement des dieux, où s¿affirme l¿importance de la perception dans les mots de leur composante sonore. Sous le signe des idées de ¿symbole¿ et ¿allégorie¿, on essaye d¿interroger les lectures d¿Yves Bonnefoy des oeuvres de Baudelaire et les poèmes ¿Vrai corps¿ et ¿Le lieu de la salamandre¿ du livre Du Mouvement et de l¿immobilité de Douve. Le troisième chapitre mène à la définition de la notion de ¿témoignage¿ en accord avec des idées d¿échange, de partage, selon la perspective du texte offert, de l¿amour d¿après Rimbaud et des images de la pierre et de la voix, celle-ci dans le poème ¿À la voix de Kathleen Ferrier¿ de Hier régnant désert. On situe ce questionnement à partir de la lecture d¿Emmanuel Lévinas et de l¿établissement des rapports entre poésie, temps et éthique. Le quatrième chapitre, ¿L¿Arrière-pays, Rue Traversière & Dans le leurre du seuil: rêve, hésitation et labirynthe¿, évoque l¿ambivalence du temps dans ce qu¿Yves Bonnefoy désigne comme ¿une hésitation profonde qui est en nous, dans l¿existence vécue et quant à la façon de la vivre¿. Le poète est celui qui hésite, à la fois, entre deux degrés d¿intensité ontologique, l¿existence et l¿écriture, l¿éveil et le rêve. L¿inquiétude aux carrefours de L¿Arrière-pays est la représentation même de cette interruption de l¿action, hantise d¿une terre au-delà de l¿horizon, insituable. Il s¿agit d¿une dialectique de la indécision et de la décision, de la ¿morne incuriosité¿ de Perceval chez le Roi Pêcheur et des questions qu¿il lui fallait poser. Autrement dit, l¿écriture engage une tension entre la gnose et l¿ici de la finitude, entre le rêve et le récit. Il fallait, selon le poète, ¿quelque chose comme une foi pour persister dans les mots¿. Finalement, le cinquième chapitre est consacré à la notion de ¿mémoire¿ dans les livres Ce qui fut sans lumière et Les Planches courbes, questionnement qui revient au vers ¿je ne me souviens¿ du livre Le Coeur-espace, publié en 1946. Il y a dans la série de poèmes de ¿La maison natale¿ de Les Planches courbes un rétour à l¿enfance et aux mythes. Les images de l¿enfance, dès la publication de ¿L¿Égypte¿ ou à la fin de L¿Arrière-pays, celle de Moïse sauvé des eaux, les mythes de Cérès, de Marsyas, la quête d¿une origine y témoignent la nécessité d¿établir des rapports entre poésie et mémoire. La poésie ¿garde mémoire¿. Elle est ¿la mémoire qui se maintient en nous, qui parlons, des instants de présence que nous avons vécu¿. Quête de l¿origine, de l¿origine de la poésie, d¿où l¿apparition d¿Ulysse dans le poème ¿Dans le leurre des mots¿. On placerait cette tension sous le double signe du ¿fait humain toujours prêt à recommencer¿ de Léon Chestov, à partir de l¿opposition entre mort et réssurrection, et d¿une ¿mémoire appaisée, voire d¿un oubli heureux¿ de Paul Ricoeur. Cette étude a pour annexe la traduction du livre de poèmes d¿Yves Bonnefoy Les Planches courbes (2001), du récit ¿L¿Égypte¿ du livre Rue Traversière (1977) et de l¿essai ¿Les tombeaux de Ravenne¿ publié dans L¿Improbable (1959) / Doutorado / Literatura Geral e Comparada / Doutor em Teoria e História Literária
225

O poético e o político: últimas palavras de Paul Valéry / The poetic and the political: last words of Paul Valéry

Fabio Roberto Lucas 07 May 2018 (has links)
A tese se dedica ao estudo das relações entre o poético e o político na escritura de Paul Valéry entre 1940 e 1945, anos arrasados pela segunda guerra e também os últimos da vida do escritor. O período estudado começa, assim, no verão de 1940, quando a França perde a batalha contra os alemães, Paris é ocupada pelos nazistas e Valéry, abrigado no norte do país, põe-se a escrever o terceiro Fausto que ele há tempos desejava compor. A pesquisa se estende até maio de 1945, pleno apogeu da Libération Française, quando o escritor publica em jornal gaulista (aquelas que [não] deveriam ser) as Ultima Verba do vencedor do conflito, e termina o poema em prosa LAnge depois de duas décadas de trabalho sobre esse texto. Seguindo a escritura diária dos cahiers de Valéry e as notas do curso de poïética ministrado pelo poeta no Collége de France naqueles anos, a tese busca apreender como as estratégias poéticas das obras analisadas Ultima Verba, LAnge e Mon Faust são concebidas para enfrentar os acontecimentos esmagadores daquele período. Com efeito, elas modulam recursos sensíveis, significativos e formais do ato poético, pondo em contradicção as forças heterogêneas do discurso e sua dicção, da voz e do pensamento (lógos e foné), ser e convenção, estabelecendo uma implicação recíproca do poético e do político: o poeta como político profundo, entre as majorités do som e do sentido. Essa implicação põe em jogo a autonomia e a soberania da linguagem poética, os modos de circulação do discurso numa sociedade democrática e o gesto do poeta frente às aporias do processo de escrita. Desse modo, procura-se menos revelar a política de suas escolhas (as vias que o escritor abre ou fecha; ainda que isso seja parte do problema, não é o principal) do que pensar na política de sua poética, perceptível na modulação das diferentes maneiras de ver que compõem o poema, uma modulação que cala ou interrompe, escuta ou prolonga suas hesitações. Assim, veremos que os dilemas da fiducia política e da ciência moderna elaborados nos brouillons do ciclo fáustico e nas notas do curso de poïética reencontram a hesitação prolongada, o inacabamento e infinitização contínua do ato poético, sempre em curso de driblar injunções fiduciárias e técnicas, num momento em que a Europa moderna tinha mais do que nunca carência de repensar os pactos, moedas, projetos e o próprio para, [vencedor, nesse] momento em curso na literatura e na comunidade. / The thesis aims to study the relations between the poetic and the political in the writings of Paul Valéry from 1940 to 1945, a time crushed by the war and the last years of the poets life. This study covers a period that goes from the summer of 1940 during the last weeks of the Battle of France, when Paris was occupied by the germans and the poet, sheltered in the countrys north, starts to write the third Faust that for a long time he wished to write up to may 1945, in the pinnacle of the Libération Française, when the writer publishes in a gaullist journal (those that should [not] be) the ultima verba of the wars winner, and completes, after two decades of writing labour, the prose poem LAnge. By following the the cahiers daily writings and the Collège de Frances course in poetics lesson notes of those years, we seek to understand the strategies conceived to confront the periods crushing events, specially in the analysed texts Ultima Verba, LAnge and Mon Faust. In fact, they modulate the aesthetic infinitys sensible, significant and formal resources in the contradiction of the heterogeneous forces of the discourse and its diction (its elocution), voice and thought (logos and phone), being and convention, thus establishing a reciprocal implication of the poetic and the political: the poet as a profound politician who works between the majorities of sound and sense. This implication reflects upon the poetic languages autonomy and sovereignty, the discourse circulation modes in a democratic society and the poets act in relation to the writing process issues. Thus, this gesture would be put in place less for revealing the politics in Valérys choices (the paths he opens or closes; this is also part of the problem, but it is not the main question) than for thinking about his poetics own politics, one deployed in the modulation of the different manners of seeing implicated in the poem, a modulation that silents or stops, listens or prolongs their hesitations. Then, we shall see that the fiducias politics and modern science dilemmas elaborated by the faustic cycle drafts and by the course in poetics lesson notes find theirselves in the company of the verse as prolonged hesitation, of the poetics act incompleteness and infinitization, always in the process of dribbling the fiduciary and technical injunctions, in a time when modern Europe had more than ever to rethink the pacts, currencies, projects and even the stop, [winner, in this] moment that had currency in literature and community.
226

Manuel Bandeira e Jules Laforgue: Dor, ironia / Manuel Bandeira and Jules Laforgue: Pain, irony

Flavia Togni do Lago 10 August 2012 (has links)
O presente trabalho consiste em apresentar uma leitura de poemas de Manuel Bandeira e Jules Laforgue com o objetivo de trazer a discussão a respeito da dor e da ironia nas duas obras. O estudo tem como objetivo principal ampliar a reflexão sobre a ironia bandeiriana, a partir de elementos relacionados com a obra de Jules Laforgue. Como pudemos comprovar, Bandeira foi um grande admirador e leitor do poeta francês, e embora haja diferenças visíveis entre as obras, estes mesmos pontos de afastamento nos ajudarão a compreender o processo criativo que resultará na construção da ironia em Bandeira. Tentamos recuperar poemas relacionados a um dos temas principais das obras: a morte. Aos poucos, para Manuel Bandeira, veremos que a dor da finitude se transforma em recolhimento e sabedoria, num processo de maturação crescente que acompanha a abertura para o modernismo. Sendo assim, a ironia de Laforgue pode ser considerada mais cruel, ou seja, ela é aparentemente utilizada como arma de defesa ou de libertação de seu desejo de morte presente desde os seus primeiros versos. Em Bandeira, a ironia se relaciona diretamente ao par morte/superação, ou seja, podemos dizer que a ironia banderiana é uma ironia residual, onde após a experiência da dor e do aprendizado para a morte, seria possível rir. A partir dessas primeiras elaborações, a figura do Pierrot transformou-se num ponto de convergência das duas obras, sintetizando em sua imagem os temas trabalhados nesta pesquisa: dor e ironia. / This study consists to present one reading of Manuel Bandeira and Jules Laforgue poems, with a specific objective: to estabilish a discussion on pain and irony in both poethical works. The main subject of this investigation intends to make a contribution on the bandeirian irony - in one hand -, related to some meaningfull elements of Laforgue\'s work - in another. As we can see, Bandeira was, indeed, not only a reader but also a great admiror of the french poet; and instead one can observe some artistic differences between them, these points of distance will help us understand the creative process of Bandeira\'s irony. First of all, the study recovers the death theme in the earliest poems of both authors. In consequence, we could verify that in Bandeira\'s earliest books this theme is permeated by an idea of overcoming and, in the opposite hand of Laforgue, here death emerges as the only way of reconciliation with the world. Thus, we shall consider that the irony in Laforgue\'s work is more cruel, it\'s apparently used as a defensive or liberator weapon towards his death desire, which is presented since his earliest verses. In Bandeira, instead, irony is directly related to death as an overcoming, i.e, his irony is residual, allowing him to laugh after all the pain of life learning experienced. After this initial findings, the image of the Pierrot emerges as a point of convergence between the two works, summarizing in one figure the most important themes studied in this research: pain and irony.
227

Voyage au bout de la nuit, Louis-Ferdinand Céline: o itinerário de uma viagem / Voyage au bout de la nuit, Louis-Ferdinand Céline: the itinerary of a trip

Regina Lima Dantas Miguel 24 August 2010 (has links)
Voyage au bout de la nuit, do escritor francês Louis-Ferdinand Céline, obteve uma grande repercussão nos círculos literários e junto ao público em 1932, ano de seu lançamento. Por uma linguagem popular e virulenta até então ausente da literatura francesa e pela violência com que seu herói Ferdinand Bardamu denunciava as injustiças da sociedade, o livro de estréia de Céline causou um forte impacto e, até hoje possui um lugar à parte no cenário literário. Um dos fatores responsáveis por esse impacto seria sem dúvida, a inovação perpetrada à língua francesa uma vez que seu autor pretendia renová-la a partir da linguagem oral e popular. O romance apresenta um duplo movimento de protesto: a denúncia virulenta de seu protagonista e o golpe desferido no âmago da língua literária acadêmica. Grande parte de sua repercussão, deveu-se em larga escala a essa escolha lingüística considerada inovadora e revolucionária para os padrões da época. A invenção de Céline de escrever como se fala seria uma espontaneidade aparente, pois, seu estilo nada tem de natural, ao contrário, é artifício, resultado de um longo trabalho. Se a escolha de uma língua criada a partir de tal registro escandalizou os leitores de sua época, hoje em dia, o impacto do romance decorre nem tanto da linguagem e mais da violência com que Bardamu se refere a seus semelhantes. Gostaríamos no presente trabalho de esboçar uma análise das duas forças do texto - o estudo da escritura e do universo criados por Céline. A abordagem de sua viagem nos conduziria à percepção de um mundo criado a partir de uma dimensão onírica, pois uma viagem imaginária é anunciada desde a epígrafe do romance: Nossa viagem, a nossa, é inteiramente imaginária. A viagem ao fim, ao fundo da noite empreendida por Céline teria a acepção do caminho lento e gradual para a morte. O mergulho dentro de tal universo nos remeteria também à porção autobiográfica sugerida na obra celiniana, visto que os itinerários de Bardamu e de Céline seriam convergentes. Enfim, esse estudo nos permitiria refletir sobre o uso de uma língua construída sobre um código oral-popular dispositivo utilizado pelo autor para introduzir na linguagem escrita a emoção do falado. / Journey to the end of the night (Voyage au bout de la nuit), by the French author, Louis- Ferdinand Celine, caused a stir in literary circles and the public at large when it was launched in 1932. Its vitriolic tone and the popular idiom in which it was written were quite unprecedented, as was the vehemence with which Ferdinand Bardamu decried social injustice. This, the first book written by Celine, created a huge impact and until today continues to occupy an important place in the world of literature. The authors intention to breathe new life into the French literary canon by introducing the popular idiom into the written language was, without doubt, one of the factors behind this impact.The form of protest adopted by the novel is two-pronged: alongside the vehement denunciation of an absurd world, was the blow which was aimed at the very heart of academic literary language. There can be no doubt that the vast resonance created by the work is the result of this choice of language, which was considered to be both innovative and revolutionary when judged by the standards of its time.Today, Celines invention of writing the way we speak, has a particular air of spontaneity, which would have been lost, had the author instead resorted to the artifice of a more elaborate style. If the choice of language set off a wave of resounding scandals at the time, nowadays it is not the language, but rather the violent manner in which Bardamu refers to his peers that creates a similar impact upon contemporary readership. The purpose of this study is therefore to examine the two driving forces behind the text: the writing and Celines universe. The manner in which the voyage is approached leads to the perception of a world wrought from a dreamstate dimension, since it is an imaginary voyage which is announced in the foreword of the novel. This journey of ours is entirely imaginary. The journey to the nights end, undertaken by Celine has the sense of a slow and deliberate journey towards death. Once immersed in this universe, we are led to a place where the itineraries of Bardamu and Celine converge, suggesting strong autobiographical associations. Finally, this analysis allows us to reflect on the usage of a language constructed upon the code of a popular idiom, a mechanism used by its creator to introduce the paradox of emotive reasoning expressed in the popular idiom, into the written language.
228

Balbertinec - um litoral \'\'À l\'ombre des jeunes filles en fleurs\" / Balbertinec - a coast \"À l\'ombre des jeunes filles en fleurs\"

José Carlos de Souza 13 March 2009 (has links)
Analisando alguns fragmentos de À lombre des jeunes filles en fleurs de Marcel Proust e articulando-os ao conjunto de À la Recherche du temps perdu, esta dissertação de mestrado destaca alguns aspectos do processo de criação do narrador proustiano. Assim, da apresentação teatral da personagem Berma ao encontro com a personagem Albertine no litoral de Balbec, seguimos o herói a procura da sua vocação. Para isso, adotamos conceitos da crítica genética e problematizamos as instâncias do herói, do personagem, do narrador e do escritor que determinam a elaboração da escritura e o lugar privilegiado que ocupa o leitor diante do texto. Como resultado deste percurso, propusemos a idéia de Balbertinec como um recorte de leitura que, articulando dois signos marcantes deste volume da Recherche - Albertine e Balbec -, permite prever aspectos singulares do processo de criação do narrador, onde o leitor da Recherche apreende um novo sentido de literatura. / Analysing some fragments of À lombre des jeunes filles en fleurs of Marcel Proust and articulating them with the ensemble of À la Recherche du temps perdu, this masters dissertation underlines some aspects of the criation process of the Proustian narrator.Thus, from the theatrical presentation of the character Berm to the meeting with the character Albertine on the coast of Balbec, we follow the hero in search of his/her nature. In order to do that, we adopted concepts of the genetic criticism and questioned the instances of the hero, the character, the narrator and the writer which determine the production of the writing and the privileged place occupied by the reader before the text. As a result of this process, we considered the idea of Balbertinec as a fashion of reading that, articulating two remarkable signs of this volume of Recherche, Albertine and Balbec, allows us to infer distinctive characteristics of Prousts creative process, according to which the active reader of Recherche acquires a new meaning towards literature.
229

Os salões da Belle Époque nas crônicas sociais de Marcel Proust e João do Rio / The salons of the Belle Époque in the society pieces of Marcel Proust and João do Rio

Vivian Yoshie Martins Morizono 19 September 2016 (has links)
Os salões eram considerados importantes locais de sociabilidade, onde eram travadas relações, alianças e casamentos desde o século XVIII. A crônica social, por sua vez, carrega a representação dessas sociabilidades para as páginas dos jornais e os torna espaço de reconhecimento da alta sociedade, descrevendo modas, frequentadores, acontecimentos e o próprio ambiente mundano. Através da análise comparativa desses textos produzidos por Marcel Proust e João do Rio, a presente pesquisa visa investigar esse gênero de grande destaque nos jornais e revistas da Belle Époque, tanto na França como no Brasil. Para isso, propomos, em primeiro lugar, uma contextualização histórico-cultural da alta sociedade, dos salões e da imprensa dos dois países. Em seguida, procuramos explorar os traços jornalísticos e literários presentes nas crônicas sociais. Como os escritores se serviam dos protocolos do suporte impresso? De que maneira os aspectos ficcionais são inseridos nessas seções dos periódicos? E por que? Como João do Rio produzia crônicas de salões em um país cuja população era majoritariamente formada por analfabetos? Esses foram alguns dos questionamentos levantados. Por meio de leituras sistemáticas, análises textuais e de gênero levando em conta o contexto dos jornais Le Figaro e Le Gaulois, no caso de Proust, e O Paiz, no caso de João do Rio, foi possível concluir que a crônica social é composta de uma tensão entre a tentativa de representar o esplendor dos salões da alta sociedade carioca e parisiense e a necessidade de responder às exigências midiáticas. Pode-se dizer que ambos compreendem o gênero e fazem bom uso tanto das regras midiáticas como de seus aspectos literários. Marcel Proust e João do Rio, apesar de estarem inseridos em cenários tão diversos, descrevem o ritual dos salões, cuja liturgia é conhecida e reconhecida pelos leitores e ainda inserem esse universo, ao mesmo tempo real e imaginado, entre as colunas econômicas e políticas. / The salons were considered important sociability places, where relationships and alliances were settled and marriages arranged since the 18th century. The social article, in its turn, lead the representation of this sociability to the newspapers pages, turning them into a space of recognition for the high society, describing the fashion, the public, the events and the very worldliness ambiance. Through the comparative analysis of the texts by Marcel Proust and João do Rio, the present research intends to investigate this genre of great preeminence in newspapers and magazines form the Belle Époque in France and Brazil. In order to do so, we provide, in the first place, a historical and cultural context of the high society, the salons and the press from both countries. Then, we will exploit the journalistic and literary traits in the social articles. How did the writers take advantage of the printed media protocols? How fictional traits were inserted in these sections of the newspapers and why? How did João do Rio write salon articles in a country whose population was predominantly illiterate? Those were a few of the questions raised. Through systematic readings and analysis of text and genre on the newspapers Le Figaro and Le Gaulois regarding Proust, and O Paiz in the case of João do Rio, we were able to infer that the society pieces were made from a tension between the attempt to represent the Carioca and Parisian high societies salons splendor and the need to supply the demands of the media. We can state that both authors understand the genre and make good use of its rules and literary traits. Marcel Proust and João do Rio, despite being inserted in such different contexts, describe the salons rituals whose liturgy is know and acknowledged by its readers and yet place them into this universe, at the same time real and imagined, between economy and politics columns.
230

Variações do mito de Nêmesis nos escritos de Albert Camus / Variations of the myth of Nemesis in Albert Camuss writings

Raphael Luiz de Araujo 01 December 2017 (has links)
Dentre os planos que Albert Camus estabeleceu para a sua obra, prevaleceu nos seus escritos e declarações a tríplice que incluía os ciclos do absurdo, da revolta e do amor. Cada um dos ciclos seria composto de pelo menos uma peça de teatro, um romance e um ensaio, além de também ser acompanhado de um mito central, sendo respectivamente Sísifo, Prometeu e Nêmesis. Com a sua morte súbita em acidente de carro aos 46 anos, o escritor deixou alguns vestígios do que viria a compor o seu terceiro ciclo: o romance inacabado O primeiro homem, anotações sobre a peça Don Fausto e elementos para o ensaio O mito de Nêmesis. A presente pesquisa reúne e contextualiza os rastros deixados por Camus em torno da sua relação com o mito de Nêmesis a fim de oferecer uma chave de leitura para a sua obra e expor um panorama formal, temático e filosófico de um dos seus últimos projetos de ensaio. / Among the plans that Albert Camus has established to his work it has prevailed, in his writings and declarations, the triple that includes cycles of absurd, revolt and love. Each one of the cycles would be composed at least of a theater play, a novel and an essay. Besides, they are also followed by a central myth, being Sisyphus, Prometheus and Nemesis. After Camus sudden death at age 46, he left some traces of what would it be consisted his third cycle: the unfinished novel The first man, notes about the play Don Faust and elements for the essay The myth of Nemesis. The presented research reunites and contextualizes the traces let by Camus around his relationship with the myth of Nemesis in order to offer a reading key to his work and to expose a formal, thematic and philosophical overview of this essay project.

Page generated in 0.0914 seconds