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Estado nutricional e inflamatório em pacientes com tumores do trato gastrointestinal submetidos à ressecção cirúrgica

Fruchtenicht, Ana Valeria Goncalves January 2017 (has links)
Resumo não disponível
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Diferenças de gênero na insegurança alimentar domiciliar : prevalência e fatores associados

Jung, Natália Miranda January 2017 (has links)
Introdução: O tema Segurança Alimentar é uma preocupação crescente para a saúde pública em todo o mundo, uma vez que as consequências da insegurança alimentar afetam os diversos setores da sociedade. A renda tem sido fortemente correlacionada com a insegurança alimentar. No entanto, renda e pobreza não são os únicos responsáveis por predizer situações de insegurança alimentar, sugerindo que outros fatores socioeconômicos e de composição da unidade domiciliar também são importantes na determinação desse desfecho. Estudos internacionais têm sugerido que domicílios chefiados por mulheres estão mais propensos à insegurança alimentar (IA) do que aqueles chefiados por homens. Considerando o crescente número de famílias onde a pessoa de referência é do sexo feminino e a desvantagem econômica decorrente do papel social da mulher, as questões de gênero merecem atenção especial nas discussões sobre insegurança alimentar. Objetivos: O objetivo geral foi avaliar as diferenças de gênero na prevalência de insegurança alimentar. Nesse sentido, a presente tese propôs os dois seguintes objetivos específicos: a) identificar, por meio de revisão sistemática e metanálise, as prevalências de insegurança alimentar em nível internacional segundo o gênero do responsável pelo domicílio (artigo 1); e b) estudar a influência de fatores individuais socioeconômicos e demográficos na prevalência domiciliar de insegurança alimentar, segundo gênero do responsável pelo domicílio, nas 27 unidades da federação do Brasil no ano de 2013 (artigo 2). Metodologia: Com o intuito de atender os objetivos acima citadas foram desenvolvidos dois estudos com metodologias diferentes, porém complementares. No artigo 1, realizou-se uma revisão sistemática de estudos de prevalência, seguida de metanálise, no período compreendido entre 28 de Agosto e 19 de Outubro de 2014. Foram pesquisadas sete base de dados. A busca foi atualizada em Abril de 2016. Os estudos incluídos fizeram uso de medidas diretas da experiência de insegurança alimentar. O desfecho foi dicotomizado. O odds ratio agrupado da prevalência domiciliar de insegurança alimentar em mulheres versus homens foi obtido através de modelo randômico. Foram realizadas análises da avaliação da qualidade, viés de publicação e análise de subgrupo. O artigo 2 trata-se de um estudo de base populacional cujos dados foram extraídos do suplemento de Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios, ano 2013. Foram estudados os domicílios particulares permanentes nos quais a EBIA havia sido 9 respondida por um morador do domicílio (n=110.750). A associação entre as variáveis de exposição e a variável dependente (insegurança alimentar domiciliar) foi verificada pelo teste do Qui-quadrado com nível de significância de 5%. Foram calculadas razões de prevalência brutas e intervalos de confiança de 95% e a análise ajustada foi conduzida por meio de regressão múltipla de Poisson Bruta, utilizando Stata 11.0, que incorpora as ponderações do desenho amostral com delineamento complexo. Resultados: No artigo 1, das 5.145 referências inicialmente identificadas, 42 artigos foram incluídos na metanálise, totalizando uma população de 233.153 indivíduos. Os resultados mostraram que a probabilidade de insegurança alimentar foi 40% maior naqueles estudos em que o entrevistado era a mulher (IC95%: 1.27-1.54; p<0.001). Além disso, a análise de subgrupo revelou que as mulheres responsáveis pelo domicílio estavam 75% mais propensas à insegurança alimentar do que os homens na mesma condição. No artigo 2, constatou-se que a prevalência global de insegurança alimentar, em 2013, foi de 7,9%, sendo maior em domicílios chefiados por mulheres (9,5%) do que naqueles chefiados por homens (7,0%). Constataram-se maiores prevalências de IA entre os domicílios chefiados por mulheres e um efeito menos intenso das variáveis independentes nesse gênero. Na análise ajustada verificou-se que a prevalência de insegurança alimentar permaneceu maior (RP=1.26, IC95% 1.20-1.33) entre domicílios chefiados por mulheres, independentemente do modelo de análise utilizado. Conclusão: Em ambos os artigos, foi possível confirmar a existência de diferenças de gênero na prevalência de insegurança alimentar em nível nacional e mundial. Ou seja, os resultados mostraram maiores prevalências de insegurança alimentar entre os domicílios chefiados por mulheres. / Introduction: Food security is a growing concern for public health around the world, once the consequences of food insecurity affects various sectors of society. Income has been strongly correlated with food insecurity. However, income and poverty are not exclusively responsible for predicting food insecurity, suggesting that other socioeconomic factors and household characteristics are also important in determining this outcome. International studies have suggested that households headed by women are more likely to be food insecurity (FI) than those headed by men. Considering the increasing number of families where the female reference person is a woman and the economic disadvantage due the social role of women, gender issues deserve special attention in the discussions on food insecurity. Objectives: To evaluate gender differences in the prevalence of food insecurity. In this sense, the present thesis proposes the following two specific objectives: a) to identify, through a systematic review and meta-analysis, the prevalence of food insecurity at the international level according to the gender of the head of household (article 1); and (b) to study the influence of individual socioeconomic and demographic factors on the household prevalence of food insecurity, according to the gender of the head of household, in the 27 units of the Brazilian federation in the year 2013 (article 2). Method: Two studies were developed with different but complementary methodologies. In article 1, a systematic review of prevalence studies, followed by meta-analysis, was conducted between August 28 and October 19, 2014. Seven databases were searched. The search was updated in April 2016. The included studies used experience-based measures to assess household food insecurity. Dichotomous measures of food insecurity were used. The pooled odds ratio of household prevalence of food insecurity in women versus men was obtained through a random model Quality assessment, publication bias diagnostics and subgroup analysis were also performed. Article 2 is a population-based study with data extracted from the Food Security Supplement of the National Survey of Household Samples (2013). We studied the households in which the EBIA had been answered by a resident of the household (n = 110.750). The association between the exposure variables and the dependent variable (household food insecurity) was verified by the chi-square test with a significance level of 5%. Unadjusted prevalence ratios and 95% confidence intervals were calculated and the adjusted analysis was conducted using Multiple 11 Poisson Regression, using Stata 11.0, which incorporates the weights of the sample design with a complex design. Results: In article 1, out of the 5.145 articles initially identified, 42 studies with a total population of 233.153 were included. In general, results showed that the odds for household food insecurity was 40% higher in studies where women were respondent (95%CI: 1.27-1.54; p<0.001). In addition, the subgroup analysis revealed that female heads of household were 75% more likely to be food insecure than male heads of households. In article 2, it was verified that the overall prevalence of food insecurity was 7.9% in 2013, higher in households headed by women (9.5%) than in those headed by men (7.0%), Higher prevalence of FI was found among women-headed households and a less intense effect of the independent variables in this gender was observed. In the adjusted analysis it was verified that the prevalence of food insecurity remained higher (RP = 1.26, 95% CI 1.20-1.33) among households headed by women, regardless of the analysis model used. Conclusion: It was possible to confirm the existence of gender differences in the prevalence of food insecurity at national and global levels. In others words, the results showed higher prevalence of food insecurity among households headed by women.
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Evaluación de resultados del programa vida sana 2013 del ministerio de salud de chile sobre el estado nutricional y parámetros metabólicos de sus beneficiarios

Coñuecar Silva, Sofía Mical January 2016 (has links)
Tesis para optar al grado académico de Magíster en Nutrición y Alimentos con mención Promoción de la Salud y Prevención de Enfermedades asociadas a la Nutrición / Introducción: Las enfermedades crónicas son un problema de salud que ha afectado a casi todo el mundo y han siendo afrontadas con la implementación de diversos programas de prevención. En Chile, uno de los programas ejecutado con ese propósito, fue el Programa Vida Sana (PVS) del Ministerio de Salud (MINSAL), cuyo fin fue prevenir factores de riesgo cardiovascular en sujetos con exceso de peso. Objetivo: Determinar el efecto del PVS 2013 sobre el estado nutricional (IMC, zIMC, PC) y parámetros metabólicos (CT, HDL, relación CT/HDL, TG, GA, PAS, PAD) en los sujetos participantes a nivel nacional, una vez finalizada la intervención al cuarto mes. Método: Estudio de cohorte con análisis de datos secundarios del PVS 2013 del MINSAL de Chile, el cual recomendó una intervención consistente en un total de 9 consultas nutricionales (NUT) individual y grupal, y mínimo dos sesiones de actividad física (SAF) semanales, idealmente tres, durante los cuatro meses de duración del programa. Además consideró controles de ingreso, al cuarto mes de finalizada la intervención y de seguimiento al sexto, noveno y doceavo mes. La muestra analizada en este estudio fue de 8.118 sujetos que cumplieron con los criterios de inclusión y exclusión. Se realizó la limpieza de datos, categorización de las variables y análisis estadístico, éste último consideró la descripción de las variables con promedios, desviación estándar, frecuencias absolutas y relativas; así como prueba T de Student para analizar el cambio en muestras pareadas, Test de Simetría para el cambio de proporciones, Regresión Lineal Múltiple para conocer el efecto de la adherencia a NUT y/o SAF y Test de ANOVA y Bonferroni para determinar el efecto del grado de cumplimiento del programa (cumple, cumple uno y no cumple) sobre el estado nutricional. Los análisis fueron realizados con el software computacional STATA 13.0 y se consideró estadísticamente significativo un valor p<0,05 con un intervalo de confianza del 95%. Resultados: Los beneficiarios del programa fueron sujetos entre 6 y 45 años, los que fueron categorizados en los siguientes grupos de edad: 6-9 años (n=1.870), 10-18 años (n=3.267) y 19-45 años (n=2.981). Más del 50% de los individuos correspondieron a sujetos de sexo femenino. Al cuarto mes se observó una asistencia promedio entre 3,7 y 3,9 a NUT y entre 26,6 y 28,5 a SAF, en los distintos grupos de edad. . En todos los grupos de edad y sexo, se presentaron disminuciones significativas de la media de IMC (Δ 0,7-1,3), zIMC (Δ 0,2-0,4) y PC (Δ 1,2-4,5), así como de la prevalencia de obesidad (disminuciones de 12-22% por IMC/zIMC y de 0,8-12,3% por PC). Los parámetros metabólicos, por grupo de edad, presentaron mejorías significativas en las medias, excepto en GA en el grupo de 6-9 años (p=0,07) y en las prevalencias de alteraciones, excepto en HDL en el grupo de 6-9 años (p=0,35) y de 10-18 años (p=0,84) y, TG (p=0,34) y PAD (p=0,23) en el grupo de 6-9 años. Respecto de la adherencia, se observó que la mayor participación a SAF influyó de manera significativa (p<0,05) sobre el IMC en los grupos de 10-18 y 19-45 años, zIMC en el grupo de 10-18 años y PC en todos los grupos, en tanto que NUT influyó sobre IMC, zIMC y PC (p<0,05) en todos los grupos. Por último, se observó que el grado de cumplimiento del programa tuvo efecto sobre el IMC (p<0,05) en el grupo de 10-18 años e IMC (p<0,05) y PC (p<0,05) en el grupo de 19-45 años. Conclusión: El PVS 2013 fue una estrategia efectiva para mejorar el estado nutricional y parámetros metabólicos en los sujetos con exceso de peso, especialmente en los sujetos de 10 a 45 años y de sexo femenino. / Introduction: The prevalence of chronic diseases is very high in almost every country, therefore, preventive strategies should be implemented early on. In Chile, one program that has targeted chronic diseases is the Ministry of Health´s Programa Vida Sana (PVS) which has been implemented since 2011. Its main objective is to prevent cardiovascular risk factors in overweight subjects. Objective: For this study, the objective is to determine the effect of PVS 2013 on the nutritional status (BMI, BMIZ, WC) and metabolic parameters (TC, HDL, TC / HDL, TG, GA, SBP, DBP) in participants nationwide, once the intervention ended, which in 2013, was four months. Method: Cohort study with analysis of secondary data from PVS 2013. The intervention included a total of 9 individual and group nutritional consultations (NUT), and at least two weekly sessions of physical activity (SAF) ideally three, during the four months of the program. It also considered baseline measurements and after fourth months, follow-up at the sixth, ninth and twelfth month. The sample analyzed in this study included 8,118 subjects who met the inclusion and exclusion criteria. Data was checked for normality and variables categorized before the statistical analysis. This considered the description of variables with mean, standard deviation, absolute and relative frequencies; and Student's t test to analyze the change in paired samples. Also, test of Symmetry to determine the change in proportions, Multiple Linear Regression to determine the effect of NUT and / or SAF and ANOVA and Bonferroni to assess adherence associated with the degree of compliance with the intervention program on the nutritional status. The analyses were performed with STATA 13.0 computer software. A p value of <0.05 and a confidence interval of 95% was considered statistically significant. Results: The ages of participants ranged from 6 to 45 years; they were categorized into the following age groups: 6-9 years (n = 1,870) 10-18 years (n = 3,267) and 19-45 years ( n = 2981). More than 50% of them were female subjects. After four month, attendance to NUT fluctuated between 3.7 and 3.9 visits and for SAF, between 26,6 and 28,5 for the different age groups. . In all age and gender groups, significant decreases in mean BMI (Δ 0.7-1.3), BMIZ (Δ 0.2-0.4) and WC (Δ 1.2-4, 5) as well as the prevalence of obesity (BMI and BMI Z decreased between 12-22% and WC between 0.8 and 12.3%). On average, metabolic parameters, showed significant improvements in all age group except in GA in the group of 6-9 years (p = 0.07) and the prevalence of alterations, except HDL in the group of 6- 9 years (p = 0.35) and 10 to 18 years (p = 0.84) and TG (p = 0.34) and DBP (p = 0.23) in the 6-9 y old group. . Regarding adherence, increased participation in SAF influenced significantly (p <0.05) on BMI in the 10-18 and 19-45 groups years, BMI Z in the group 10-18 years and WC in all groups, while NUT influenced BMI, BMIZ and WC (p <0.05) in all groups. Finally, the degree of compliance with the intervention was effective in decreasing BMI (p <0.05) in the 10-18 y old group and both BMI (p <0.05) and WC (p <0.05) in of 19-45 y old group. Conclusion: PVS 2013 was an effective intervention to improve the nutritional status and metabolic parameters in overweight participants, especially among the 10-45 y olds and females.
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(In)segurança alimentar e acesso aos programas de desenvolvimento social e combate à fome de comunidades quilombolas do estado do Rio Grande do Sul

Bairros, Fernanda Souza de January 2013 (has links)
Introdução: Segurança Alimentar e Nutricional é a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. Trata-se de um conceito abrangente, de natureza interdisciplinar, devendo ser tratado de forma sistêmica e com gestão intersetorial. Comunidades quilombolas, população tradicional com ancestralidade negra e relacionada à resistência à opressão histórica sofrida, são socialmente vulneráveis e alvo de diversos programas governamentais de desenvolvimento social e combate à fome. No entanto, há pouca literatura sobre esta temática em populações tradicionais. Objetivo: Avaliar o acesso aos programas de desenvolvimento social e combate à fome e a prevalência de insegurança alimentar das famílias residentes em comunidades quilombolas do Estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: Trata-se de estudo transversal de base populacional incluindo uma amostra representativa de famílias quilombolas do Rio Grande do Sul. O tamanho da amostra foi estimado em 634 famílias. Amostragem com probabilidade proporcional ao tamanho foi utilizada para seleção das comunidades quilombolas e famílias entrevistadas. Os entrevistadores, após criteriosa seleção e treinamento, realizaram visitas domiciliares para aplicação de um questionário padronizado com 120 questões aos responsáveis pelos domicílios. As variáveis dependentes foram: (a) insegurança alimentar, medida com a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e agrupando-se em: segurança alimentar/ insegurança alimentar leve e insegurança alimentar moderada/grave e (b) participação da família em programas de desenvolvimento social e combate à fome: Programa Bolsa Família, Programa de Aquisição de Alimentos e Distribuição de Cestas a Populações Vulneráveis. Utilizou-se como variáveis explanatórias as características sociodemográficas do responsável pelo domicilio (idade, cor, sexo, escolaridade, renda familiar per capita e classe econômica conforme critérios ABEP) e características gerais do domicílio (condições de infraestrutura e sanitária das residências, número de moradores e condição de segurança alimentar). Os questionários foram digitados duplamente no programa Epi Data versão 3.1. As associações entre os desfechos e as análises explanatórias foram realizadas por meio do modelo de Regressão de Poisson Robusta com obtenção das razoes de prevalências (RP) e os respectivos intervalos de confiança (IC 95%). Todas as análises estatísticas foram operacionalizadas utilizando-se o pacote estatístico Stata versão 11.0 (Stata Corp, College Station, Estados Unidos) e SPSS for Windows versão 18.0 (SPSS Inc., Chicago, Estados Unidos). Resultado: A prevalência de insegurança alimentar na população quilombola foi de aproximadamente 39% (IC95% 34,86-43,02). Os fatores associados à insegurança alimentar domiciliar foram: responsáveis pela família com idade entre 40 e 59 anos (RP= 1.27, IC95% 1,02 – 1,59), domicílios com mais de cinco pessoas residindo (RP= 1.66, IC95% 1,11 – 2,48) e famílias pertencentes aos níveis mais baixos de classe econômica (classes D e E). Em relação à participação nos programas de desenvolvimento social e combate, 62% das famílias já haviam recebido cestas básicas de alimentos. O programa de aquisição de alimentos foi relatado por apenas 1,7% das famílias, sendo que a maioria desconhecia do que se tratava o programa (63,8%). Cerca de 41% das famílias quilombolas eram titulares de direito do Programa Bolsa Família. O valor médio do benefício foi de R$ 118,00 (DP ±R$ 41,00) por domicílio. Houve associação estatisticamente significativa entre famílias participantes do Programa Bolsa Família e idade entre 40 e 59 anos (RP= 0,72, IC95% 0,59-0,87), sexo feminino (RP= 1,46, IC95% 1,12-1,91), níveis menores de renda familiar per capita e pertencentes à classe econômica D (RP= 4,04 IC95% 1,01-16,13). Associação entre Programa Bolsa Família e situação de insegurança alimentar domiciliar manteve-se altamente significativa mesmo após controlando por outras variáveis independentes (RP= 1,39 IC95% 1,37-5,05). Conclusão: A prevalência de insegurança alimentar nas comunidades quilombolas no estado do Rio Grande do Sul é elevada, podendo ser considerada um problema de saúde pública. Apesar dos avanços obtidos nos últimos anos em relação ao acesso e à garantia dos direitos para as comunidades quilombolas, a participação no Programa Bolsa Família e, especialmente, o Programa de Aquisição de Alimentos ainda é relativamente baixa. O programa de transferência de renda condicionada está direcionado às mulheres, famílias de baixa condição socioeconômica e condição de insegurança alimentar domiciliar. / Introduction: Food Security and Nutrition is the concretization of everyone's right to regular and permanent access to quality food in sufficient quantity without compromising the access to other essential needs. It is a broad concept of interdisciplinary nature and should be treated with systemic way and intersectoral management. Quilombolas communities - traditional population with African ancestry and related to resistance to suffered historical oppression - are socially vulnerable and subject to various government programs of social development and the fight against hunger. However, there is little literature on this subject in traditional populations. Objective: This study aims to evaluate the access to social development programs and fight against hunger and food insecurity prevalence of families belonging to Quilombolas communities of the State of Rio Grande do Sul, Brazil. Methodology: This is a population-based cross-sectional study including a representative sample of quilombolas families of Rio Grande do Sul. Sample size was estimated to be 634 families. Sampling with probability proportional to size was used for selection of quilombolas communities and families to be interviewed. After careful selection and training, the interviewers visited homes for applying a standardized questionnaire with 120 questions to the householders. The dependent variables were: (a) food insecurity measured with the Brazilian Scale of Food Insecurity grouped into food security to mild food insecurity and moderate food insecurity to severe food insecurity and (b) family participation in Brazilian Bolsa Família Programme-BFP (Family Allowance Program), distribution of food baskets and food acquisition program. The explanatory variables were: (a) the sociodemographic characteristics of the householder (age, race, gender, education, per capita household income, and economic class according to criteria of ABEP-Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Brazilian Association of Research Companies, known as Criterion Brazil) and (b) general characteristics of the homes (infrastructure and sanitary conditions, number of residents, and food safety condition). The questionnaires were entered twice in Epi Data version 3.1. Univariate and bivariate descriptive analysis was performed to characterize the sample. The bivariate and multivariate analyses of relationships among explanatory and dependent variables were performed using robust designs for Poisson Regression model to obtain the prevalence ratios (PR) and confidence intervals (CI 95%). All statistical analyses were operationalized using the Stata version 11.0 statistical packet (Stata Corp., College Station, USA) and SPSS for Windows version 18.0 (SPSS Inc., Chicago, USA). Results: The prevalence of food insecurity in the quilombola population was approximately 39% (CI 95% 34.86-43.02). The factors associated with household food insecurity were: (a) householders are from 40 to 59 years old (PR=1.27, 95% CI 1.02 to 1.59), (b) households with more than five resident people (PR=1.66, CI 95% 1,11 to 2.48), and (c) families belonging to the lower social economic class (classes D and E). In relation to participation in social development and fight against hunger programs, 62% of families had received basic food baskets. The food acquisition program was reported by only 1.7% of families; most of them were unaware of the mentioned program (63.8%). About 41% of quilombolas families were right holders of the Bolsa Familia Programme. The average benefit value was R$ 118,00 (R$= Reais - hundred eighteen reais – expressed in Brazilian currency) (Standard Deviation-SD±R$ 41,00 – forty-one reais) per household. There was statistically significant association among participating families of the Bolsa Familia Programme and age from 40 to 59 years old (PR=0.72, CI 95% 0.59 to 0.87), female sex (PR=1.46, CI 95%1.12-1.91), lower levels of per capita income, and families belonging to economic class D (PR=4.04 CI 95% 1.01-16- 13). Association between Bolsa Familia Programme and situation of household food insecurity remained highly significant even after controlled by other independent variables (PR=1.39 CI 95% 1.37 to 5.05). Conclusion: The prevalence of food insecurity in the quilombolas communities in the state of Rio Grande do Sul, Brazil, is high and may be considered a public health problem. Despite advances in recent years in relation to access and guarantee of rights for quilombolas communities, the participation in Bolsa Familia Programme and especially the Food Acquisition Program is still relatively low. The program of conditional cash transfers is targeted to women, families with low socioeconomic status, and household food insecurity.
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Segurança alimentar e nutricional e contaminação ambiental em uma comunidade de marisqueiras do município de Santo Amaro, Bahia

Barreto, Mércia Ferreira January 2015 (has links)
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Associação Entre Estado Nutricional e Reação Hansênica - um Coorte em Portadores de Hanseníase dos Municípios da Grande Vitória (es)

MONTENEGRO, R. M. N. 05 July 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-30T10:50:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_4045_.pdf: 1100140 bytes, checksum: 901af21008f44a16349d2e4d509e4ce3 (MD5) Previous issue date: 2010-07-05 / hanseníase permanece como um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Suas complicações, conhecidas como reações hansênicas, são manifestações inflamatórias agudas que ocorrem durante o curso crônico da doença podendo levar a deformidades permanentes. É importante identificar os fatores de risco envolvidos, de modo a acompanhar os pacientes mais propensos evitando as sequelas. Objetivos: Delinear o perfil nutricional dos pacientes portadores da hanseníase; e relacionar a associação entre o estado nutricional e o aparecimento da reação hansênica com amostras de 152 e 141 pacientes, respectivamente. Metodologia: Foi realizado um estudo longitudinal de janeiro a dezembro de 2009 de uma coorte de portadores de hanseníase acompanhados por no mínimo até seis meses do início do tratamento poliquimioterápico ou até o aparecimento da reação hansênica. Os dados foram coletados nas Unidades de Saúde da Grande Vitória. Foram coletados dados sócio-demográficos, antropométricos, bioquímicos e de alimentação à partir de um questionário de freqüência alimentar (QFA) validado e adaptado. Foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) para avaliação do estado nutricional. Resultados: O estudo mostrou que: 79 (52%) dos participantes eram do sexo feminino, a média de idade foi de 40,4 anos (± 16,9); 81 (53,3%) possuíam vínculo empregatício; a média de anos de estudo foi de 7,1 (± 4,5). Em relação à doença, 79 (52%) eram multibacilares e 73 (48%) paucibacilares. O índice baciloscópico foi negativo em 125 (82,2%) pacientes. O excesso de peso foi identificado em 11,8% e 5,3% apresentaram baixo peso. O arroz e o feijão foram os alimentos relatados com maior freqüência de consumo, 87,3% e 88,7% respectivamente. A reação hansênica ocorreu em maior freqüência na forma dimorfa (17 pacientes,47,2%) e virchoviana (8 pacientes, 8,3%) (p=0,0023), em relação à associação do estado nutricional e o aparecimento da reação hansênica, quando utilizamos a classificação do índice de massa corpórea (IMC), a reação ocorre em 18(50%) (p=0,3836) nos pacientes eutróficos. Considerando a medida da circunferência do braço (CB), a reação hansênica aparece também em maior frequência entre os eutróficos, 26 pacientes (72,2%);p=0,1679. Na medida da dobra cutânea triciptal, a categoria sobrepeso e obesidade representam 19 pacientes (52,8%) das reações hansênicas (p= 0,0906) e na utilização da medida da circunferência muscular do braço (CMB), a ocorrência da reação é em 25pacientes (69,4%) entre os eutróficos (p=0,9222). Conclusões. Conhecer o perfil nutricional de pacientes portadores de doenças infecciosas como a hanseníase pode ser importante para um melhor acompanhamento dos mesmos, bem como fornecer subsídios para uma intervenção mais eficaz visando melhoria em sua qualidade de vida. Os resultados obtidos com o estudo não mostram associação entre estado nutricional e reação hansênica. Novos estudos são necessários, com maior número de pacientes que apresentem episódios de reação hansênica, no sentido de comprovar os achados.
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Prevalência de sobrepeso e obesidade em adolescentes das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, 1996-1997

Vera Cristina Magalhães 03 September 2001 (has links)
A questão nutricional tem sido objeto de interesse da saúde pública, não só em nosso país, como também em outros, independentemente dos diferentes níveis de desenvolvimento. O sobrepeso e a obesidade são considerados agravos nutricionais importantes, cuja frequência vem aumentando entre adolescentes, acarretando consequências negativas, imediatas ou futuras, para a saúde. Este estudo pretende descrever a prevalência de sobrepeso e obesidade em adolescentes, segundo o sexo, nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, e investigar a sua reação com fatores socioeconômicos e com a prática de atividade física. A investigação tem como base os dados da Pesquisa sobre Padrões de Vida (PPV) do IBGE, realizada entre março de 1995 e março de 1997, nas duas regiões. Dadas as peculiaridades de crescimento e desenvolvimento durante essa fase da vida, somados a ausência de dados sobre maturação sexual, optou-se por incluir os dados de adolescentes de 15 a 19 anos de idade. A amostra contou com os dados de 1027 adolescentes da Região Nordeste e 854 da Região Sudeste com amplo predomínio numérico nas áreas urbanas em ambas regiões.O termo sobrepeso/obesidade foi utilizada para caracterizar os adolescentes que se encontravam com valores de índice de Massa Corporal (IMC) iguais ou acima do percentil 85, de acordo com o sexo e a idade, da distribuição de IMC da população norte americana (WHO, 1995). A análise estatística considerou os fatores de expansão e o desenho da amostra. A prevalência de sobrepeso/obesidade foi de 8,45% IC 95% 6,51-10,90) na Região Nordeste, contra 11,53% (IC 95% 8,90- 14,81) na Região Sudeste. No Nordeste, observou-se maior risco de sobrepeso/obesidade para adolescentes do sexo feminino (razão de prevalência: RP meninas/meninos=3,00; IC 95% 1,73-5,22), situação que se manteve entre os residentes da área urbana (RPr3,21; IC 95% 1,72-5,99) e os da área rural (RP=2,27; IC 95% 0,68-7,60). Na Região Sudeste, o risco de sobrepeso/obesidade foi maior entre os meninos (RP meninas/meninos=0,58; IC 95% 0,37-0,92). Ao se estratificarem os dados por situação de moradia, os residentes da área urbana desta região mantiveram essa diminuição entre meninas (RPO,51; IC 95% 0,31-0,85), porém na área rural houve aumento de risco entre as meninas (RP=1 86; IC 95% 0,83-4,16). A renda per capita domiciliar mensal só associou ao risco de sobrepeso/obesidade, em ambas as regiões, apenas entre as meninos de maior renda per capita domiciliar mensal, quando comparados aos de renda inferior (Região Nordeste: OR bruto=9,64; IC 95% 3,17-29,35 e CR ajustado=10,13; IC 95% 2,83-36,27 e, na Região Sudeste: OR bruto13; IC 95% 1,50-17,48 e OR ajustado=8,70; IC 95% 1,17-32,34). Embora tenha sido observada grande frequência de sedentarismo entre as meninas, a realização de atividade física não se associou a prevalência do sobrepeso/obesidade em nenhuma das regiões estudadas. Os resultados apontam para a necessidade de medidas do controle dessas condições, visando a prevenção de doenças crônicas, bem como da condução de estudos que aprofundem as questões associadas ao risco de sobrepeso/obesidade entre os adolescentes de diferentes regiões do país.
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Associação entre experiências discriminatórias e ganho de peso, circunferência da cintura e índice de massa corporal em adultos de Florianópolis, SC

Bernardo, Carla de Oliveira January 2015 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2015 / Made available in DSpace on 2016-04-19T04:18:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 337933.pdf: 2113572 bytes, checksum: afbde57ab081225226deb8955ac334a7 (MD5) Previous issue date: 2015 / A relação entre discriminação interpessoal e os desfechos de saúde física tem mostrado piora do estado de saúde entre os indivíduos discriminados, entretanto resultados contraditórios também estão presentes na literatura, assinalando que essa associação ainda precisa ser mais bem elucidada. Este estudo objetivou investigar a associação entre diferentes tipos de discriminação e marcadores do estado nutricional, tais como peso, circunferência da cintura (CC) e índice de massa corporal (IMC), por meio de uma revisão sistemática da literatura sobre o assunto e um estudo empírico longitudinal de base populacional realizado com 1095 adultos de 20 a 59 anos de Florianópolis, Brasil. A revisão sistemática buscou estudos que avaliaram a associação entre discriminação interpessoal e marcadores do estado nutricional nas bases de dados Medline, Web of Science, Scopus, PsycInfo, SciELO, LILACS, Google Scholar, ProQuest e Capes, consultadas em fevereiro de 2015. Foram selecionados 52 estudos e os resultados mais consistentes foram associações diretamente proporcionais entre a discriminação e o ganho de peso, CC e IMC nas mulheres, nos estudos longitudinais. Apesar disso, associações inversamente proporcionais também foram encontradas, mostrando que a relação não é unânime entre os resultados. O estudo empírico longitudinal teve como objetivo investigar a associação entre a discriminação e o ganho de peso, CC e IMC em adultos. A aferição dos parâmetros antropométricos (peso, estatura e CC), das informações sociodemográficas, experiências discriminatórias autorreferidas e de outros dados referentes à saúde foram realizadas por entrevistadores treinados. As associações foram examinadas com modelos de regressão linear de efeitos mistos, ajustando-se para idade, sexo, renda, escolaridade, percepção subjetiva de posição social e de trajetória socioeconômica. Termos de interação também foram incluídos nos modelos de regressão. A média anual de ganho de peso foi de 0,6 kg (IC95%: 0,3;1,0), 0,5 cm (IC95%: 0,1;0,8) de CC, e 0,2 kg/m2 (IC95%: 0,1;0,3) de IMC. Discriminação geral e outros tipos de discriminação, com exceção daquela motivada pelo peso corporal, não mostraram associação com peso, CC e IMC ou com aumento anual nesses desfechos. Discriminação por peso, entretanto, foi associada tanto transversal quanto longitudinalmente com peso corporal, CC e IMC. Adultos discriminados por causa do seu peso corporal apresentaram média de peso de 25,4 kg, média de CC de 22,4 cm e média de IMC de 9,0 kg/m2 maior do que aqueles não discriminados. Todavia, participantes que sofreram discriminação por causa do peso corporal tiveram menor ganho anual de peso (-0,4 kg; IC95%: -0,65;-0,09), menor ganho de CC (-0,3 cm; IC95%: -0,61;-0,03) e menor ganho de IMC (-0,14 kg/m2; IC95%: -0,24;-0,04) do que os não discriminados. Os resultados da revisão sistemática da literatura mostraram que a relação entre discriminação e estado nutricional é principalmente diretamente proporcional, sendo a discriminação relacionada à maior peso, CC e IMC, entretanto mais estudos precisam ser realizados uma vez que resultados contraditórios também foram encontrados. Sugere-se a realização de novos estudos prospectivos destinados a avaliar essa relação em amostras de base populacional. Os resultados do estudo empírico apontaram que a discriminação por peso levou ao ganho mais lento de peso entre indivíduos discriminados do que entre aqueles não discriminados. Tal resultado foi inesperado e pode ser atribuído a problemas na mensuração da exposição ou ainda nos modelos teóricos que propõem a associação. Sugere-se, portanto, a realização de novos estudos longitudinais que investiguem as experiências discriminatórias prospectivamente e que incluam em suas análises mediadores ou modificadores de efeito, a fim de esclarecer e fortalecer evidências sobre a relação da discriminação com o estado nutricional.<br> / Abstract : The relationship between interpersonal discrimination and physical health outcomes has shown worse health status among people discriminated against, however controverse results have also been found in the literature, indicating this association needs to be more elucidated. This study examined the association between different types of discrimination and markers of nutritional status, such as weight, waist circumference (WC) and body mass index (BMI) with a systematic review of literature on this topic and an empirical population-based longitudinal study undertaken with 1,095 adults aged 20 to 59 years from Florianópolis, Brazil. The systematic review sought studies on the association between interpersonal discrimination and markers of nutritional status using Medline, Web of Science, Scopus, PsycInfo, SciELO, LILACS, Google Scholar, Capes/Brazil and ProQuest databases in February 2015. Fifty-two were selected and the most consistent findings have been for weight, WC and BMI gain among women in longitudinal studies. Despite these results, inverse associations were also found, indicating the relation is not unanimous on results of the included studies. The empirical longitudinal study examined the association between discrimination and weight, WC and BMI gain among adults. Anthropometric measures (weight, height and WC) and socio-demographic information, self-reported experiences with discrimination, and other health-related data were collected by trained interviewers. The associations were assessed using linear mixed-effects regression models. Analyses were adjusted by age, sex, income, education, subjective social position and socioeconomic trajectory. We also tested several interaction terms. The mean annual increase in weight was 0.6 kg (95CI%: 0.3;1.0), 0.5 cm (95%CI: 0.1;0.8) for WC, 0.2 kg/m2 (95%CI: 0.1;0.3) for BMI. Self-reported discrimination overall, and for reasons other than weight, showed no association with weight, WC, BMI, or with annual increase in these outcomes. Weight discrimination, however, was associated both cross-sectionally and longitudinally with mean weight, WC and BMI. Adults discriminated against because of their body weight had a mean weight of 25.4 kg, a mean WC of 22.4 cm, and a mean BMI of 9.0 kg/m2 higher than those who were not discriminated against. However, participants reporting weight discrimination had a lower annual weight gain (-0.4 kg; 95%CI: -0.65;-0.09), lower WC gain (-0.3 cm; 95%CI: -0.61;-0.03) and lower BMI gain (-0.14 kg/m2; 95%CI: -0.24;-0.04) than their counterparts. Results of the systematic review showed the relationship betweendiscrimination and nutritional status is mainly directly proportional since discrimination is related to higher weight, WC and BMI, however controverse results were found, so we suggest further prospective studies on this topic within population-based samples. Results of empirical study showed that weight discrimination can lead a slower weight gain in people discriminated against than their counterparts. This result was unexpected and can be attributed to problems in mesuring discrimination or in theoretical models that propose the association. We suggest further studies to assess discriminatory experiences prospectively, in which mediators and moderators are included in analysis to clarify and strengthen evidences on the relationship between discrimination and nutritional status.
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Informação nutricional de sal/sódio em rótulos de alimentos industrializados para lanches consumidos por crianças e adolescentes

Kraemer, Mariana Vieira dos Santos January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:52:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 320785.pdf: 1279699 bytes, checksum: 1253f805e2cec56dad413bd985695f4d (MD5) Previous issue date: 2013 / Objetivo: Analisar o teor de sal/sódio declarado no rótulo dos alimentos industrializados comercializados no Brasil, usualmente consumidos em lanches por crianças e adolescentes. Método: Foi realizado um estudo observacional transversal, com coleta de dados tipo censo. As informações coletadas foram sobre o produto alimentício (produto, nome comercial, sabor, marca, fabricante, país de origem, preço e peso total) e a informação nutricional de sódio nos rótulos (presença do item sódio na informação nutricional, peso da porção em gramas ou mililitros, quantidade de sódio em miligramas por porção, alegações nutricionais de sódio, citação e ordem de citação do sal na lista de ingredientes e citação de aditivos alimentares a base de sódio na lista de ingredientes) em todos os alimentos industrializados disponíveis à venda em um supermercado do sul do Brasil, nos meses de outubro e novembro de 2011. Analisou-se o conteúdo de sódio e a declaração do tamanho da porção dos alimentos usualmente consumidos como lanches por crianças e adolescentes, selecionados com base na literatura científica. Os alimentos selecionados para a pesquisa foram categorizados em grupo e subgrupos de acordo com a divisão estabelecida pela legislação brasileira de rotulagem nutricional. Além disso, verificou-se o percentual de adequação do conteúdo de sódio por porção, com as recomendações diárias de ingestão de sódio para a faixa etária. Resultados: Foram analisados 2945 alimentos industrializados. Encontrou-se que a maioria deles (86%) cumpriram o preconizado pela legislação brasileira quanto ao tamanho da porção. Quanto ao conteúdo de sódio, 21% dos alimentos industrializados apresentavam altos teores de sódio e 35% médios teores. Destacaram-se os grupos 5 (Carnes e ovos), 6 (Óleos, gorduras e sementes oleaginosas) e 8 (Molhos, temperos prontos, caldos, sopas e pratos preparados), por apresentarem os maiores percentuais de alimentos com alto teor de sódio. Verificou-se que houve, em alguns alimentos, grande variação entre os conteúdos mínimos e máximos de sódio, chegando esta diferença a até 2857mg no subgrupo dos embutidos. Destacaram-se os embutidos, os hambúrgueres, as linguiças e salsichas e os pratos prontos por conterem os maiores conteúdos de sódio por porção e por fornecerem, em alguns casos, mais de 100% da necessidade diária de sódio para crianças. Conclusão: A maioria dos alimentos industrializados apresenta conteúdo médio ou alto de sódio e, portanto, o consumo diário deste micronutriente pode estar acima do recomendado para a faixa etária. Verificou-se a necessidade de estabelecer uma porção padrão para a rotulagem de todos os alimentos industrializados, tendo em vista que as porções determinadas pela legislação brasileira para cada subgrupo de alimento, bem como as variabilidades permitidas, podem dificultar o entendimento das informações nutricionais. Assim, destaca-se a importância da reformulação da legislação brasileira de rotulagem nutricional em dois aspectos: a padronização da porção de referência em que os alimentos devem ser rotulados, analisando a possibilidade de não permitir a variabilidade e a diminuição do valor de 2400mg utilizado como base para o cálculo do percentual de valor diário (%VD), já que esse valor representa mais de 50% da necessidade diária de sódio para crianças e adolescentes. Finalmente, sugere-se o desenvolvimento de outros métodos de classificação do teor de sódio em alimentos industrializados, tendo em vista que os parâmetros utilizados pela Traffic Light Labelling são elevados para crianças e adolescentes. <br> / Abstract : Objective: To analyze the information of salt / sodium declared on food labels of processed foods sold in Brazil, usually consumed as snacks by children and adolescents. Method: was conducted an observational and cross-sectional study using census data collection. The information collected relates to the food product (product, trademark, flavor, brand, manufacturer, country of origin, price and total weight) and nutrition information of sodium on labels (presence of sodium in the nutrition information item, weight of the portion in grams or milliliters, the amount of sodium in milligrams per serving, sodium nutrition claims, mentioning and order of salt in the list of ingredients, and the acknowledging of sodium-base food additives in the ingredients list) in all foods available for sale at a supermarket in southern Brazil, between October and November of 2011. We analyzed the sodium amount statement, and the size of the food portions commonly eaten as snacks by children and adolescents, based on a selection from the scientific literature in the field. Foods selected for the survey were categorized into groups and subgroups according to the distinctions prescribed by Brazilian legislation for food labeling. Furthermore, was verified the percentage of adequacy of sodium amount per serving, with the daily recommendations of sodium intake for the age group. Results: Were analyzed 2945 processed foods. It was found that most of them (86%) fulfilled the criteria of the Brazilian legislation regarding portion size. As for the amount of sodium, 21% of processed foods had high levels of sodium and 35% average levels. Highlights were groups 5 (meats and eggs), 6 (oils, fats and oilseeds) and 8 (sauces, seasonings, broths, soups, and cooked meals), for presenting the highest percentages of foods with high sodium amount. It was found that there was, in some foods, great variation between the minimum and maximum content of sodium, this difference reaching up to 2857mg in the subgroup of sausages. The highlights were the sausages, the burgers, the hot dogs, the sausages, and ready meals for containing the highest amount of sodium and for providing, in some cases, over 100% of the daily requirement of sodium for children. Conclusion: These results revealed an alarming situation regarding the sodium amount contained in foods for children and adolescents. Most foods contain medium or high sodium levels, and, therefore, the daily consumption of this micronutrient may be above the recommended for the age. This high sodium intake can lead to the development of various diseases, such as systemic hypertension in adulthood or even in childhood and adolescence.
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Informação nutricional complementar em rótulos de alimentos industrializados direcionados a acrianças

Rodrigues, Vanessa Mello January 2016 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-10-18T03:03:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 342948.pdf: 3458777 bytes, checksum: 4e946d76ca47bfdd923078c9bf8a347f (MD5) Previous issue date: 2016 / A Informação Nutricional Complementar (INC) é um tipo de alegação presente nos rótulos de alimentos que se refere a propriedades nutricionais específicas e consideradas positivas do ponto de vista nutricional, como por exemplo, a presença de vitaminas ou a redução do teor sódio. Entretanto, pesquisadores discutem se a INC pode levar os consumidores a perceberem os alimentos como mais saudáveis do que realmente são, visto que a INC não garante ao alimento composição nutricional adequada. Tal possibilidade se torna ainda mais preocupante quando se considera o uso dessas alegações em alimentos industrializados direcionados a crianças. Alimentos industrializados estão entre os mais consumidos pelo público infantil, no qual é crescente a prevalência de sobrepeso e obesidade. Esta tese teve o intuito de investigar o panorama brasileiro sobre a utilização de INC em alimentos industrializados direcionados a crianças, avaliar sua qualidade nutricional, bem como conhecer a percepção de pais sobre alimentos com esse tipo de alegação. Para atender aos objetivos propostos, foi escolhido um delineamento quanti-qualitativo. Inicialmente, foi realizado um levantamento censitário em um supermercado pertencente a uma das dez maiores redes de supermercados do Brasil. Entre os 5620 alimentos que compuseram o banco de dados, 535 (9,5%) tinham estratégias de marketing direcionadas a crianças (ex. personagens de desenhos animados, passatempos, brindes) e constituíram nossa amostra. Cerca de metade dos alimentos avaliados (270, 50,5%) apresentava no mínimo uma INC no rótulo. Mais da metade dos alimentos direcionados a crianças (300, 56,1%) pertencia ao grupo que inclui achocolatados, biscoitos doces recheados, guloseimas, refrigerantes e salgadinhos. O objetivo do primeiro artigo resultante desta tese foi comparar a composição nutricional dos alimentos direcionados a crianças com e sem INC. A composição nutricional dos alimentos com e sem INC foi semelhante para a maioria dos componentes avaliados, com exceção do sódio, cuja quantidade foi maior em alimentos com INC do que em alimentos sem INC. Aqualidade nutricional dos alimentos foi avaliada utilizando duas abordagens diferentes: perfil nutricional e nível de processamento. Para avaliação por perfil nutricional foi utilizado um modelo criado por pesquisadores da Universidade de Oxford, Inglaterra, para regulação da publicidade de alimentos e bebidas direcionada a crianças na televisão do Reino Unido. Buscando discutir a viabilidade da aplicação desse modelo aos alimentos direcionados a crianças comercializados no Brasil, foi realizado um estágio de doutorado sanduíche com este grupo, entre janeiro e setembro de 2015. Para avaliar os alimentos com base no seu nível de processamento foram utilizadas as recomendações do modelo NOVA, adotadas na 2ª edição do Guia alimentar para a população brasileira de 2014. Os alimentos direcionados a crianças foram classificados como ?mais saudáveis? e ?menos saudáveis? de acordo com cada um dos modelos. O segundo artigo apresenta os resultados da avaliação da qualidade nutricional dos alimentos, na qual o modelo NOVA categorizou mais alimentos com INC como ?menos saudáveis? do que o modelo UK/Ofcom. Independentemente do modelo utilizado, pelo menos 75% dos alimentos direcionados a crianças com INC foram classificados como ?menos saudáveis? (p<0,05). A terceira etapa da pesquisa buscou investigar como alimentos ultraprocessados com INC direcionados a crianças eram percebidos pelos pais e se essas alegações poderiam influenciar suas escolhas. Para isto, foram realizadas entrevistas presenciais (n=18) com pais de crianças entre 7 e 10 anos. Embalagens de alimentos ultraprocessados direcionados a crianças com INC nos rótulos foram utilizadas para orientar a condução das entrevistas. A análise temática revelou que apenas alguns pais referiram que não se influenciariam pelas alegações nos rótulos, por avaliarem que esses destaques não melhoravam a baixa qualidade nutricional dos alimentos. Por outro lado, apesar de reconhecerem os alimentos ultraprocessados direcionados a crianças como pouco saudáveis, a presença da alegação nutricional funcionou para alguns pais como mais um estímulo para aquisição de tais alimentos, juntamente com a praticidade e boa aceitação dos filhos. A partir dos resultados obtidos neste trabalho, destaca-se a importância de estabelecer critérios para restringir o uso de alegações nutricionais, buscando evitar más interpretações que possam promover escolhas pouco saudáveis.<br> / Abstract : Nutrient claims (NC) are a type of label claim which relate to specific nutritional properties of foods seen as positive in a nutritional context, such as added vitamins or reduced sodium content. However, researchers discuss that NC may lead consumers to perceive food as healthier than they really are, whereas the NC does not mean that the food has an adequate nutritional composition. This possibility becomes even more worrying when one considers the use of NC on processed foods targeted at children. These foods are among the most consumed by this group, in which the prevalence of overweight and obesity are increasing. This thesis aimed to investigate the Brazilian scenario of NC on processed food labels targeted at children, to assess their nutritional quality and to know parents? perceptions regarding food with this type of claim. To achieve the proposed objectives, a quantitative and qualitative design was chosen. Initially, we conducted an audit in a supermarket belonging to one of the ten largest supermarket chains in Brazil. Among the 5620 food that composed the database, 535 (9.5%) presented marketing strategies aimed at children (e.g. cartoon characters, hobbies, gifts) and constituted our sample. Around half of the food products marketed at children (270; 50.5%) displayed at least one nutrient claim. More than half of all the food products identified as targeting children (300, 56.1%) were from the group which included products such as sweets and sweetened carbonated drinks. The aim of the first article of this thesis was to compare the nutritional composition of foods targeted at children, with and without NC. Children?s products with and without NC had a similar nutritional content, except for sodium, which content was higher than their counterparts without NC. The nutritional quality of foods was evaluated through two different approaches: nutrient profile and level of processing. Firstly, we used an evaluation nutrient profiling model (The UK / Ofcom Nutrient Profiling), created by researchers from the University of Oxford, England, for regulating food and beverages advertisements to children on the UK television. Aiming to discuss the feasibility of applying the model to packaged foods aimed at children in Brazil, a doctoralinternship was attended with the group, between January and September 2015. In order to evaluate foods based on their processing level we used the NOVA recommendations, which had been adopted in November 2014 in the 2nd edition of the Diet Guidelines for the Brazilian Population. Food products aimed at children were classified as 'healthier' and 'less healthy' according to each model. The second article presented the results of nutritional quality evaluation, in which we classified more products with NC as ?less healthy? according to the NOVA model (96%) than to the nutrient profile based model (74%) Regardless of the applied model, at least 75% of the food targeted at children with NC were classified as ' less healthy' (p <0.05). The third part of the research aimed to investigate how ultraprocessed foods targeted at children with NC were perceived by parents and if these claims could influence their choices. Face-to-face interviews (n=18) were conducted with parents of 7-10 years old children. Ultraprocessed food packages bearing marketing strategies for children and NC were used as stimuli for conducting the interviews. The thematic analysis revealed that only few parents reported that the NC did not influence their choices, because they said these claims did not improve the low nutritional quality of foods. On the other hand, besides parents evaluated the ultraprocessed foods targeted at children as unhealthy, the presence of NC worked for some of them as a further incentive to purchase such foods, along with the convenience and acceptance by children. The results obtained in this study highlight the importance of establishing criteria to restrict the use of NC, seeking to avoid misinterpretations that may promote unhealthy choices.

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