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Estudo da influência dos polimorfismos da lectina ligadora da manose e hábito tabagista sobre os índices de atividade, cronicidade e dano de pacientes com lúpus eritematoso sistêmicoRucatti, Guilherme Gischkow January 2011 (has links)
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença auto-imune caracterizada pela produção de múltiplos auto-anticorpos, com componentes celulares nucleares como principal alvo. De etiologia desconhecida, envolve fatores genéticos, imunológicos, hormonais e ambientais. A deficiência na lectina ligadora da manose (MBL), um dos componentes do sistema de complemento, pode produzir uma apresentação anormal de antígenos para o sistema imunológico. Os polimorfismos genéticos na região promotora e codificante do gene MBL2 estão fortemente correlacionados com os níveis séricos da proteína MBL, tendo um possível impacto no mecanismo de tolerância imunológica. A influência do tabagismo ainda não foi avaliada em pacientes que apresentam estas variações alélicas. Nosso objetivo foi investigar o papel dos haplótipos associados à produção de MBL e tabagista sobre os índices de atividade, cronicidade e dano em pacientes com LES. Investigamos a frequência haplótipica da MBL em 327 pacientes com LES, classificados em Euro e Afro-descendentes. O hábito tabagista, dados clínicos e laboratoriais foram retirados dos prontuários e protocolos de pesquisa. A genotipagem do promotor e das variantes do exon 1 da MBL2 foram feitas por PCR-SSP e PCR-RFLP, respectivamente. Os índices SLICC e SLEDAI foram analisados comparando tabagismo, maços/ano (MA) e haplótipos através do teste Kruskal-Wallis e quiquadrado com Bonferroni para as outras análises. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética do HCPA. Quando comparados fumantes e não-fumantes, não encontramos associação entre SLEDAI e SLICC com tabagismo, MA e os haplótipos da MBL. Em uma subanálise, manifestações como serosite (p = 0.025), pericardite (p = 0.015), convulsões (p = 0.011) e presença de anticorpos anti-Sm (p = 0.016) apresentaram uma maior frequência em não-fumantes. Entre fumantes, foi observado uma associação significativa entre alterações imunológicas (p = 0.032) e anti-RNP (p = 0,013) em pacientes que fumam de 4-24.7 MA, em comparação com quem fuma menos de 4 ou mais de 24.7 MA. Quando estratificados por etnia e os haplótipos da MBL, Euro-descendentes com haplótipos para deficiência de MBL apresentaram uma maior frequência de anticoagulante lúpico em fumantes (p = 0.016) e pleurite (p = 0.001) entre os que nunca fumaram. Nos haplótipos associados à baixa MBL, encontramos uma associação positiva entre pericardite em não-fumantes (p= 0.027). Entre os haplótipos para alta MBL, vimos uma menor frequência de distúrbios neurológicos (p = 0.05) e imunológicos (p = 0.027) e presença de anticorpos anti-Sm (p = 0.035) em não-fumantes. Em relação aos Afro-descendentes com haplótipos para baixa MBL, observou-se uma associação significativa entre o anti-RNP (p = 0.017) e não-fumantes. Aqueles indivíduos com haplótipo para alta MBL tiveram uma pequena associação entre o VDRL em não-fumantes (p = 0.048). Contudo, quando ajustado o p-valor para a correção de Bonferroni, todas essas associações perderam significância. Os resultados não apresentaram evidências de que o tabagismo possa atuar como um modulador dos índices de atividade, cronicidade e dano em pacientes com LES relacionado aos haplótipos da MBL. / Systemic lupus erythematosus (SLE) is an autoimmune disease characterized by multiple autoantibody production, with cellular nuclear components as the most notable targets. With an unknown etiology, it involves genetic, immunological, hormonal and environmental factors. Deficiencies in the mannose-binding lectin (MBL), a component of the complement system, can produce an abnormal presentation of antigens to the immune system. Genetic polymorphisms in the promoter and coding regions of the MBL2 gene are strongly correlated to serum levels of the MBL protein, with possible impact in the immunological tolerance mechanism. The influence of smoking has not been evaluated in patients who present these allelic variants. Our aim was to investigate the role of MBL haplotypes (divided as deficient, low and high serum level-associated haplotypes) and smoking habit on disease activity and damage indexes in SLE patients. We investigated the frequencies of haplotype variants in 327 European and African-descendants SLE patients. Smoking habits, clinical and laboratory data were revised from clinical charts and genotyping of the promoter and exon 1 variants of MBL2 were performed by PCR-SSP and PCR-RFLP, respectively. SLICC and SLEDAI score were analyzed comparing the haplotype, smoking habits and pack-years (PY) of smoking using Kruskal-Wallis test for quantitative variables and chi-square test with Bonferroni for other analysis. The study was approved by the local ethical committee. When comparing ever smokers vs. never smokers, we found a lack of association between SLICC and SLEDAI among smoking habit, PY and MBL haplotypes. Further subanalysis on SLE manifestations showed a higher frequency of serositis (p=0.025), pericarditis (p=0.015), convulsion (p=0,011) and presence of anti-Sm (p=0.016) on never smokers. Among ever smokers, a significant association was observed between immunologic disorders (p=0.032) and anti-RNP (p=0.013) in patients who smoke 4 – 24.7 PY, compared with less than 4 or more than 24.7 PY. When stratified by ethnicity and MBL haplotypes, European-descendants with deficient MBL haplotype showed a higher frequency of lupus anticoagulant in smokers (p=0.001) and pleuritis (p= 0.016) among never smokers. On low MBL haplotype, we found a positive association between pericarditis and never smokers (p= 0.027). Among high MBL haplotype we identified a smaller frequency of neurologic (p=0.05) and immunologic disorders (p= 0.027) and presence of anti-Sm (p= 0.035) in never smokers. In relation to African-descendants with low MBL haplotype, a significant association between anti-RNP (p=0.017) and never smokers was observed. Those with high MBL haplotype had small association between false positive VDRL and never smokers (p=0.048). However, by adjusting the p-value for Bonferroni correction, all these associations lost significance. Our findings presented no evidence that smoking may act as a modulator of disease activity and damage indexes on SLE patients associated to serum MBL haplotypes.
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Prevalência do polimorfismo -1031 T>C do gene TNFA em um grupo de diabéticos tipo I e sua relação com a periodontite severa / Prevalence of the TNFA -1031 T>C gene polymorphism in a group of type I diabetic patients and its relation to severe periodontitisLuciano Santos Oliveira 29 April 2009 (has links)
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro / Diabetes mellitus e doenças periodontais são altamente prevalentes na população mundial. Doenças periodontais (DPs) compreendem um grupo de condições crônicas inflamatórias induzidas por microorganismos que levam à inflamação gengival, à destruição tecidual periodontal e à perda óssea alveolar. Diabetes mellitus (DM) é o termo utilizado para descrever um grupo de desordens metabólicas associadas à intolerância à glicose e ao metabolismo inadequado de carboidratos. Uma vez que DPs poderiam agir de forma similar a outros estados infecciosos sistêmicos, aumentando a severidade do diabetes, uma possível relação entre ambas tem sido considerada em todo o mundo. Polimorfismos genéticos de um único nucleotídeo (SNPs) têm sido estudados em diversas doenças. Nas periodontites, acredita-se que possam estar envolvidos na exacerbação da resposta inflamatória frente ao desafio bacteriano, modificando a susceptibilidade do hospedeiro. Neste estudo, a prevalência de periodontite foi avaliada em portadores de diabetes mellitus tipo I. Posteriormente, o SNP localizado na região promotora do gene TNFA (-1031T>C) foi analisado e sua importância para a doença periodontal destrutiva foi avaliada. O grupo teste foi constituído por diabéticos tipo I (DGT, n=113) enquanto o grupo controle por indivíduos não diabéticos (ND, n=73). Para as análises dos polimorfismos genéticos, um subgrupo foi retirado do grupo teste (DG, n=58) e comparado ao grupo ND. Os seguintes parâmetros clínicos e demográficos foram avaliados: percentual de sítios com profundidade de bolsa  6,0 mm (%PBS6,0 mm); índice gengival (IG); perda óssea radiográfica (POR); fumo; duração do diabetes ; idade; índice de massa corpórea (IMC), n de internações e n de dentes presentes. Amostras de sangue e/ou esfregaço bucal foram colhidas de 58 pacientes do grupo teste e de 73 controles. Após a extração do DNA genômico e amplificação da região genômica de interesse por PCR (Polymerase Chain Reaction), o polimorfismo TNFA 1031T>C foi analisado por BbsI RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism). A análise dos produtos de digestão foi feita por eletroforese em gel de poliacrilamida 8%. A análise estatística das freqüências alélica e genotípica juntamente com os dados clínicos e epidemiológicos entre os 2 grupos foi feita através do teste do Mann-Whitney e do Qui-quadrado. Os grupos de estudo obedecem ao princípio de Hardy-Weinberg. No grupo ND, as seguintes freqüências genotípicas foram encontradas: 78,1% (T/T); 20,5% (T/C) e 1,4% (C/C) enquanto no grupo D foram: 42,4%(T/T); 37,3% (T/C) e 20,3% (C/C). A frequência do alelo T no grupo diabético (D) foi de 0,610 ao passo que no grupo ND foi de 0,883. Não foi possível encontrar uma relação entre o polimorfismo -1031 T>C do gene TNFA e a presença de periodontite em diabéticos tipo I. Entretanto, o polimorfismo estudado se mostrou significativamente relacionado (p<0,0001 e OR= 4.85 95%IC 2,271-10,338) à presença do diabetes tipo I. / Diabetes mellitus and periodontal diseases are highly prevalent worldwide. Periodontal disease (PD) combines a group of chronic inflammatory conditions induced by microorganisms that leads to gingival inflammation, periodontal tissue destruction and alveolar bone loss. Diabetes mellitus (DM) is a term used to describe a group of metabolic disorders associated to glucose intolerance and inappropriate carbohydrate metabolism. Once PDs could act in a similar way to other systemic infectious states increasing diabetes severity, a possible correlation between both has been considerate around the world. Single nucleotide polymorphisms (SNPs) have been studied in relation to several diseases. In periodontitis, it is believed to be involved in an exacerbated inflammatory response due to bacterial challenge, modifying the host susceptibility. In this study, the prevalence of periodontal disease was evaluated in type I diabetes patients (TIDM). Further on, the SNP in the promoter region of the TNFA gene (-1031T>C) was analyzed and its importance to destructive periodontal disease was considered. The test group was formed by type I diabetic patients (TDG, n=113) and the control group was composed by non-diabetic patients (ND, n=73). For the genetic polymorphism analysis a subgroup was taken from the test group (DG, n=58) and compared to the ND group. The following clinical and demographic parameters were assessed: percentage of sites with periodontal pocket depth (PPD)  6.0mm; gingival index (GI); radiographic bone loss (RBL); smoking habits; diabetes duration; age; bone mass index (BMI); number of admissions and number of teeth. Blood samples and oral epithelial cells were collected from 58 patients of the test group and 73 controls. After genomic DNA extraction and amplification of the genomic region of interest by PCR (Polymerase Chain Reaction), the TNFA 1031T>C polymorphism was analyzed by BbsI RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism). Analysis of the digestion products were performed by 8% polyacrylamide gel electrophoresis. The statistical analysis of the genotypes and allelic frequencies along with the clinical and epidemiological data between the two groups were done through the Mann-Whitney and Chi-square tests. The study groups are in Hardy-Weinberg equilibrium. In the ND group, the following genotypic frequencies were found: 78.1% (T/T); 20.5% (T/C) e 1.4% (C/C), while for the D group, they were: 42.4% (T/T); 37.3% (T/C) e 20.3% (C/C). The frequencies of T allele in the D and ND groups were 0.610 and 0.883, respectively. It was not possible to find any correlation between the -1031 T>C promoter polymorphism of the TNFA gene and the presence of periodontitis in type I diabetic patients. However the studied polymorphism showed to be significantly related (p<0.0001 and OR=4.85 95%CI 2.271-10.338) to the presence of type I diabetes mellitus.
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Marcadores Inserção/Deleção (Indel): estudo de ancestralidade e identificação humana na população brasileira / Insertion/Deletion (Indel) markers: ancestry and human identification study in the Brazilian populationFernanda Saloum de Neves Manta 04 July 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Os polimorfismos denominados Indels são variações de comprimento geradas por inserção ou deleção de um ou mais nucleotídeos em uma sequência de DNA. Estes marcadores genéticos vêm apresentando um grande potencial para fins forenses e populacionais por combinar características dos marcadores SNPs, tais como a capacidade de analisar fragmentos curtos (menores que 250pb) e baixas taxas de mutação, com a facilidade da genotipagem dos STR em uma única PCR, seguida de detecção dos fragmentos amplificados por eletroforese. Com o objetivo de avaliar a eficiência dos Indels em aplicações forenses e esclarecer os detalhes da formação de diferentes populações brasileiras através de dados genéticos, amostras populacionais de diferentes estados brasileiros foram genotipadas através de dois sistemas multiplex. O primeiro (indelplex-HID) foi otimizado para fins de Identificação Humana (HID) e inclui um grupo de 38 marcadores Indels selecionados por apresentarem altos valores de diversidade genética dentro das principais populações continentais. Já o segundo (46-AI-indels), foi selecionado para estudos de ancestralidade e é composto por um conjunto de 46 marcadores informativos de ancestralidade (AIMs). Nesse último caso, ao contrário do anterior, o sistema multiplex inclui marcadores com alta divergência nas frequências alélicas entre populações continentais. Na primeira etapa, o multiplex HID foi aplicado em uma amostra populacional do Rio de Janeiro e em uma amostra populacional dos índios Terena. Um banco de dados de frequências alélicas foi construído para essas duas amostras populacionais. Os valores das frequências alélicas foram utilizados nas comparações estatísticas e parâmetros de vínculos genéticos e forenses foram calculados. O Poder de Discriminação acumulado na população do Rio de Janeiro para os 38 loci testados foi de 0,9999999999999990 e na população dos índios Terena de 0,9999999999997, validando o uso desse sistema numa população heterogênea como a brasileira. A eficiência do indelplex-HID também mostrou-se elevada nas amostras de casos forenses comprometidas, apresentando melhor resultados que marcadores STR em termos de número de loci genotipados e de qualidade de amplificação. Na segunda etapa, o multiplex 46-AI-indels foi aplicado com objetivo de avaliar a ancestralidade em amostras de diferentes estados do Brasil por permitir a identificação de diferenças entre frequências alélicas de grupos populacionais separados geograficamente. A maioria das populações analisadas apresentou elevada herança européia. As populações do Rio de Janeiro, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Alagoas, Minas Gerais e São Paulo apresentaram cerca de 50% de ancestralidade européia, enquanto que nas populações que formam o sul do país e o Espírito Santo este percentual girou em torno de 70%. De uma maneira geral, as contribuições ameríndias e africanas variaram um pouco de acordo com a região. As amostras de Santa Isabel do Rio Negro e dos índios Terena (amostras indicadas como ameríndio-descendentes) de fato mostraram majoritariamente ancestralidade ameríndia (>70%). Os resultados obtidos indicaram que os dados gerados a partir da tipagem dos AIMs estão em estreita concordância com os registros históricos e com outros estudos genéticos acerca da formação da população brasileira e os loci do sistema HID evidenciaram que os são altamente informativos, constituindo uma ferramenta importante em estudos de identificação humana e de relações de parentesco. / Indels are length polymorphisms created by the insertion or deletion of one or more nucleotides in a DNA sequence. This type of genetic marker is potentially very useful for forensic and population genetic applications because it combines some desirable SNP features, such as the possibility of being analyzed in small fragments (less than 250bp), and low mutation rate, and in the same way as for the STRs it is easily genotyped in a single PCR followed by capillary electrophoresis detection of the amplified fragments. In order to evaluate the efficiency of Indels in forensic applications, and clarify some details on the formation of different Brazilian populations through genetic data, population samples from different Brazilian States were genotyped through two Indel multiplex systems. The first (Indelplex-HID) has been optimized for Human Identification (HID), and includes a group of 38 Indel markers selected by presenting similarly high values of genetic diversity within the main continental populations. The second (46-AI-indels) was selected for studies of ancestry, and it is composed by a set of 46 ancestry informative markers (AIMs). The latter, unlike the first one, includes markers with high divergence in allele frequencies among populations. In a first stage, the multiplex HID was used to study a population sample of Rio de Janeiro and a population sample of Terena Amerindians. Allele frequency databases were built for these two population samples. Allele frequency values were used in statistical comparisons, and to calculate relevant kinship and identification parameters. The cumulative discrimination power for the 38 loci in the population from Rio de Janeiro was 0.9999999999999990, and for the Terena Indians it was 0.9999999999997, demonstrating the utility of this system in a heterogeneous population like the Brazilian. The effectiveness of the indelplex-HID was also revealed to be high in low template samples that have been analyzed, which were previously selected from forensic cases, showing better results than STR markers in terms of number of genotyped loci and amplification quality. In the second stage, the multiplex 46-AI-indels was used to assess the ancestry makeup of different States of Brazil, since it allows the identification of differences among allele frequencies in geographically separated population groups. Most of the populations analyzed showed high European heritage. The populations from Rio de Janeiro, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Manaus, Alagoas, Minas Gerais and São Paulo presented about 50% European ancestry, while in Espirito Santo and south of Brazil the frequency of European ancestry was about 70%. In General, the Amerindian and African contributions varied somewhat according to the region. Santa Isabel do Rio Negro and Terena (indicated as Ameridians-descendants) in fact showed mostly Amerindian ancestry (>70%). The results of AIMs typing are in close agreement with the historical records and other genetic studies on the formation of Brazilian population. The loci of the HID system were highly informative, and constitute an important tool in human identification and kinship studies.
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Neurobiologia dos transtornos de ansiedade em adolescentes : análise de polimorfismos do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e do metiloma do DNA ao longo do tempoBortoluzzi, Andressa January 2016 (has links)
Introdução: A neurobiologia dos transtornos de ansiedade (TA) é complexa e envolve interações ambientais e genéticas ainda não conhecidas. Esses transtornos, comumente, iniciam durante a infância e adolescência, persistindo ao longo da vida. O comprometimento da resposta biológica frente ao estímulo estressor, encontrado em muitos pacientes com TA, sugere a influência do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) nestes transtornos e, portanto, os polimorfismos associados ao eixo HHA poderiam ser estudados em genes candidatos. Os estudos que almejam entender a etiologia dos TA devem, também, explorar as alterações epigenéticas (incluindo a metilação do DNA) decorrentes das influências ambientais. Objetivos: Estudar, em adolescentes, polimorfismos genéticos funcionais do eixo HHA, interações Gene x Ambiente (G x A) e metiloma do DNA, considerando as diferentes trajetórias dos TA. Métodos: Foi realizada a extração de DNA das células do epitélio bucal de 228 adolescentes (131 casos e 97 controles para os TA) e foram genotipados, por PCR em tempo real, polimorfismos funcionais envolvidos com o eixo HHA (FKBP5: rs3800373, rs9296158, 3800373, rs9296158, 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 rs1360780, rs9470080 e rs4713916; NR3C1NR3C1 : rs6198;: rs6198;: rs6198; NR3C2NR3C2 : rs2070951;: rs2070951;: rs2070951; CRHR1CRHR1 CRHR1 : rs878886 : rs878886 e SERPINA6 SERPINA6 : rs746530) : rs746530) . Os participantes responderam à escala auto-aplicativa SCARED (Screen for Children Anxiety Related Emotional Disorder – Children rated) e realizaram entrevistas semiestruturadas para avaliação diagnóstica utilizando o K-SADS-PL (Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children-Present and Lifetime). O questionário CTQ (Childhood Trauma Questionnaire) foi aplicado em 90 adolescentes (54 casos e 36 controles para os TA) para avaliar a interação entre o trauma emocional e o polimorfismo do gene NR3C2 nos níveis séricos de BDNF. Uma subamostra de adolescentes (n=47) foi reavaliada, cinco anos após a primeira coleta, através das mesmas entrevistas psiquiátricas e nova extração de DNA salivar. Alguns participantes, na última avaliação, responderam ao MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview) apropriado para a idade atual. A amostra foi organizada em 4 grupos, conforme o diagnóstico dos TA e o ano da coleta de saliva (anos de 2008 e 2013): (1) Desenvolvimento típico da adolescência (Controle; n=14); (2) Incidentes para os TA (ITA; n=11); (3) Persistentes para os TA (Caso; n=14) e (4) Remitentes para os TA (RTA; n=08). O metiloma do DNA foi analisado com o Infinium HumanMethylation 450 BeadChip da Illumina. Resultados: Não foi encontrada associação entre os polimorfismos estudados e os TA. Em relação à interação G x A, sugere-se que o polimorfismo rs2070951 do gene NR3C2 modera a associação entre negligência física e os níveis séricos de BDNF. Do ponto de vista epigenético, foi observada, nos grupos ITA e RTA, vias biológicas com padrão homogêneo e relacionadas ao sistema nervoso. Já nos grupos casos e controles para os TA, foram evidenciadas vias biológicas com padrão mais heterogêneo. Um perfil de hipometilação do DNA foi predominante nas vias encontradas. Na análise transversal, nós encontramos padrões opostos de metilação do DNA, conforme o período desenvolvimental avaliado: hipometilação no início da adolescência e hipermetilação em jovens adultos. Conclusão: Esse estudo abordou, em uma amostra de adolescentes, aspectos genéticos (genes candidatos envolvidos com o eixo HHA), ambientais (trauma emocional) e epigenéticos (metiloma do DNA) dos TA. Os achados sugerem que, embora sem associações entre os TA e genes envolvidos no eixo HHA, existe uma interação entre a presença de trauma emocional, polimorfismo genético do eixo HHA e marcadores biológicos. Os achados do metiloma do DNA sugerem, também, influências epigenéticas no curso dos TA. Novos estudos devem ser delineados para corroborar as influências genéticas e ambientais neste transtorno. / Background: The neurobiology of Anxiety Disorders (AD) is complex and involves environmental and genetic interactions understood. These disorders may have their onset during childhood and adolescence, persisting throughout life. The impairment of biological response against the stressor stimulus, described in many patients with AD, suggests a possible role of genetic polymorphisms of the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis in these individuals. Studies that aim to understand the etiology of AD should also explore the epigenetic changes (including DNA methylation) arising from environmental influences. Objective: To study, in adolescents, functional genetic polymorphisms of HPA axis, Gene x Environment (G x E) interactions and DNA methylome, considering different AD outcomes. Methods: Saliva DNA was extracted from 228 adolescents (131 cases and 97 controls to AD) and we genotyped, by real time PCR, the functional polymorphisms involved with HPA axis (FKBP5: rs3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; NR3C1NR3C1 : rs6198; : rs6198; : rs6198; NR3C2NR3C2 : rs2070951; : rs2070951; CRHR1CRHR1CRHR1 CRHR1: rs878886 and : rs878886 and : rs878886 and : rs878886 and SERPINA6 SERPINA6 SERPINA6SERPINA6 : rs746530) : rs746530) . Participants responded to the scale self-applied Screen for Children Anxiety Related Emotional Disorder – Children rated (SCARED) and were diagnosed according to the Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children-Present and Lifetime (K-SADS-PL). The Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) was applied in 90 adolescents (54 cases e 36 controls to AD) to evaluate the interaction between emotional trauma and the NR3C2 polymorphism in the serum levels of BDNF. A sub-sample of adolescents (n = 47) was reassessed five years after the first evaluation by the same psychiatric semi-structured interviews and new extraction salivary DNA was performed. Some participants in the last evaluation responded to Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), which is a semi structure interview appropriate for the present age. The sample was organized in four groups according to the diagnosis of AD and the year of saliva collection (2008 and 2013): (1) Typically Developing Controls (TDC; n = 14); (2) Incident Anxiety Disorder (IAD; n = 11); (3) Persistent Anxiety Disorder (PAD; n = 14); (4) Remittent Anxiety Disorder (RAD; n = 8). DNA methylome was evaluated with Infinium HumanMethylation450 BeadChip. Results: We did not find any association between the genetic polymorphisms and AD. Considering the G x E interaction we suggest that rs2070951 polymorphism of NR3C2 gene moderates the association between physical neglect and serum BDNF levels. When we evaluated the DNA methylome, we observed more homogeneous biological pathways and mostly related with nervous system in individuals from IAD and RAD groups. On the other hand, in the TDC and PAD groups, we found biological pathways with a more heterogeneous pattern. A DNA hypomethylation profile was found predominant in the pathways. In a cross-sectional analysis, we found opposite patterns of DNA methylation, as the developmental period assessed: hypomethylation at the beginning of adolescence and hypermethylation in young adults. Conclusion: This study addressed, in an adolescent sample, genetics (candidate genes linked to HPA axis), environmental (emotional trauma) and epigenetic (DNA methylome) aspects of AD. The findings suggest that although there are no associations between AD and genes involved in HPA axis, there is an interaction between the presence of trauma, genetic polymorphism involved in this axis and biomarkers. The DNA methylome findings also suggest epigenetic influences on the course of TA. Further studies should be designed to corroborate the genetic influences in this disorder.
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Análise dos polimorfismos 3420 e 3438 no gene do receptor da dopamina D2 em mulheres com diferentes desfechos reprodutivos : endometriose e aborto de repetiçãoBilibio, João Paolo January 2012 (has links)
Introdução: O aumento do nível sérico de prolactina tem sido associado com desfechos ginecológicos e obstétricos desfavoráveis, entre eles a endometriose e aborto recorrente. Sabendo que o polimorfismo do receptor da dopamina D2 (DRD2) está associado com hiperprolactinemia, realizamos este estudo para verificar sua associação com endometriose e com abortamento de repetição. Objetivos: Verificar a prevalência dos polimorfismos de receptores de dopamina D2 em pacientes com endometriose peritoneal e em pacientes com abortamento de repetição comparando com mulheres saudáveis. Métodos: Dois estudos de caso-controle foram realizados: um estudo com 107 mulheres com idade entre 18 e 35 anos que foram atendidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre devido à infertilidade causada pela endometriose peritoneal comparada com mulheres saudáveis. O outro estudo foi realizado com um total de 54 mulheres com idade entre 18 e 35 anos que tinham história de aborto de repetição comparada a mulheres férteis sem história de aborto. Foi realizada a extração de DNA de sangue periférico, seguido de reação em cadeia da polimerase (PCR) e o sequenciamento dos dois polimorfismos no exon 7 do gene receptor de dopamina D2 (DRD2). O polimorfismo 1 ocorre no nucleotídeo 3420 (Citosina para Timina, 313 Histidina), e o polimorfismo 2 ocorre no nucleotídeo 3438 (Citosina para Timina, 319 Prolina). Resultados: A frequência do polimorfismo DRD2 está aumentada em pacientes com endometriose peritoneal moderada/grave. Análise dos genótipos DRD2 demonstra uma razão de chance de 2,98 (1,47 - 6,04; intervalo de confiança (IC) 95%) para o polimorfismo 2 na endometriose peritoneal moderada/grave. O mesmo polimorfismo DRD2 tem uma frequência alélica aumentada nas pacientes com abortamento de repetição com uma razão de chance de 2,37 (1,05 - 5,36; IC 95%). Conclusão: Nossos resultados revelam um excesso do polimorfismo DRD2 em mulheres com endometriose peritoneal moderada-grave e em pacientes com abortamento de repetição. Podemos especular que a presença de polimorfismo 2 pode causar um defeito no mecanismo de pós-sinalização, resultando num ligeiro aumento dos níveis de prolactina sérica. Assim, devido ao possível potencial angiogênico, a prolactina pode desempenhar um papel importante na implantação dos focos de endometriose bem como dificuldades na implantação embrionária com consequente aborto. / Introduction: The increase of serum prolactin levels has been associated with unfavourable gynaecological and obstetrical outcomes, including endometriosis and recurrent abortion. Knowing that the polymorphism of the dopamine D2 receptor is associated with hyperprolactinaemia, we conducted this study to verify its association with endometriosis and recurrent miscarriage. Objective: To verify the prevalence of the polymorphism of the D2 dopamine receptor in patients with peritoneal endometriosis and recurrent abortion compared to healthy women. Methods: Two case-control studies were conducted of women who were enrolled at the Hospital de Clinicas de Porto Alegre: 1) a study with 107 patients with infertility secondary to peritoneal endometriosis compared with healthy women and 2) a second study with 54 women with recurrent miscarriage compared with fertile women with no history of abortion. All of the women were aged between 18 and 35 years. We performed DNA extraction from peripheral blood followed by a polymerase chain reaction to confirm the single-strand polymorphisms and to sequence two polymorphisms in exon 7 of the dopamine receptor D2 (DRD2) gene. Polymorphism 1 occurred in nucleotide 3420 (cytosine to thymine, 313 histidine), and polymorphism 2 occurred in nucleotide 3438 (cytosine to thymine, 319 proline). Results: The frequency of the DRD2 polymorphism 2 was increased in the subjects with peritoneal moderate/severe endometriosis. An analysis of the DRD2 genotypes demonstrated an odds ratio of 2.98 (1.47 - 6.04, 95% confidence interval (CI)) for polymorphism 2 in peritoneal moderate/severe endometriosis. This same polymorphism was increased in the subjects with recurrent miscarriage with an odds ratio of 2.37 (1.05 – 5.36, 95% CI). Conclusions: Our results revealed an excess of the DRD2 polymorphism 2 in exon 7 in women with peritoneal moderate/severe endometriosis and women with recurrent miscarriage. We could speculate that the presence of the polymorphism 2 causes a defect in a post-receptor signalling mechanism, which results in a mild increase in the serum prolactin levels. Thus, the potential angiogenic action of prolactin may play a role in implanting ectopic endometriosis tissue as well as in embryo implantation difficulties with subsequent abortions.
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"Dano oxidativo, reparação do DNA e a influência de polimorfismos genéticos na fisiopatogenia da doença pulmonar obstrutiva crônica"Silva, Andréa Lúcia Gonçalves da January 2013 (has links)
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma das principais causas de mortalidade em todo mundo, apesar de ser prevenível e tratável. Resultante de uma resposta inflamatória anormal as partículas tóxicas inaladas, a DPOC caracterizada pela limitação progressiva do fluxo aéreo que é pouco responsiva a terapêutica farmacológica.Neste estudo caso-controle, envolvendo 51 portadores de DPOC e 51 controles, objetivou-se avaliar e quantificar danos e capacidade de reparação no DNA, bem como avaliar o papel de polimorfismos em genes de reparaçãona modulação deste. Foram determinados os níveis de danos no DNA, endógenos em sangue periféricos pelo ensaio cometa nas versões alcalina e neutra. Também foi determinado nível de danoinduzidos pelo agente alquilante metilmetano sulfonato (MMS), por 1 e 3 horas pós tratamentopelo ensaio cometa alcalino.Odano residual após 3h de tratamento com MMS foi calculado em relação à 1h (100% dano induzido), para cada sujeito. A peroxidação lipídica foi medida pela mensuração de espécies reativas de ácido tiobarbitúrico (TBARS) em plasma sanguíneo.Teste de micronúcleos de mucosa oral com análise de citoma (BMCyt) foi utilizado para detectar o dano citogenético. Ospolimorfismos em genes de reparação de DNA (XRCC1 Arg399Gln, OGG1 Ser326Cys, XRCC3 Thr241Met and XRCC4 Ile401Thr) foram identificados por PCR/RFLP.Os resultados do ensaio cometa revelaram que o dano basal no DNA em portadores de DPOC foi mais elevado, comparado aos controles, como mensurado pelo ensaio cometa alcalino e neutro. O dano residual, detectado pós-tratamento com MMS, foi maior nos portadores de DPOC, quando comparados aos controles. Os resultados demonstraram claramente uma relação entre os níveis de danos induzidos no DNA e os níveis de TBARSindicando alta suscetibilidade para dano alquilante e/ou inibição do reparo decorrente do estress oxidativo. Além disso, os pacientes apresentaram uma menor capacidade de reparação aos danos induzidos pelo MMS, quando comparados com os controles. Esta investigação ainda sugere um incremento do dano basal no DNA em portadores de DPOC, como analisado pelo ensaio cometa, nos sujeitos que possuem o alelo de risco dos polimorfismos genéticos XRCC1 (Arg399Gln) and XRCC3 (Thr241Met). O dano residual também foi mais elevado nos portadores de DPOC que possuíam o alelo de risco para os quatro genes estudados. Correlações negativas entre BMCyt (células binucleadas, broto nuclear, células com cromatina condensada e cariorrética) e função pulmonar foram observadas para os genótipos variantes.Os resultados do ensaio cometa e BMCyt estratificadospara a prática de exercício físico regular (EF-DPOC) ou não (DPOC)revelaram que o dano basal no DNA do grupo EF-DPOC foi maior que o observado nos grupos de DPOC e nos controles. O dano residual foi similar entre os grupos de EF-DPOC e controles, em contraste com o grupo DPOC que permaneceu elevado, indicando deficiência na reparação do DNA e morte celular precoce por apoptose das células danificadas. Os valores de TBARS foram menores no grupo EF-DPOCindicando resistência ao dano oxidativo. Em conclusão, portadores de DPOC apresentam elevado dano basal no DNA e são mais susceptíveis para danos exógenos no DNA, como o ocasionado pelo agente alquilante MMS. Esta susceptibilidade para dano exógeno, por correlacionar positivamente com o TBARS, sugere o envolvimento do estresse oxidativo na indução do dano e/ouinibição da reparação. A presença do genótipo variante XRCC1 (Arg399Gln), OGG1 (Ser326Cys), XRCC3 (Thr241Met) e XRCC4 (Ile401Thr) modula o dano do DNA nos portadores de DPOC e incrementa o risco de desenvolvimento de câncer. O exercício físico frequente realizado pelos portadores de DPOCdiminuios níveis de peroxidação lipídica em plasma sanguíneo, a susceptibilidade para danos exógenos e a formação de anomalias celulares como broto nuclear e cromatina condensada. / Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) is a major cause of mortality worldwide, despite being preventable and treatable. Resulting from an abnormal inflammatory response to inhaled toxic particles, COPD is characterized by progressive airflow limitation which has poor responsiveness to pharmacological therapy. In this case-control study, involving 51 patients with COPD and 51 controls, we aimed to assess and to quantify DNA damage and repair capacity as well as the role of genetic polymorphisms in the modulation of DNA damage. Endogenous DNA damage levels were determined in peripheral blood by comet assay in alkaline and neutral versions. DNA damage-induced version with alkylating methylmethane sulfonate agent (MMS) was evaluated for 1 and 3 hours by comet assay in alkaline version. The residual damage after the 3-hour MMS treatment was calculated related to 1 hour (100% damage induced), for each subject. Lipid peroxidation was assessed by measuring thiobarbituric acid reactive species (TBARS) in blood plasma. The cytogenetic damage was evaluated by the buccal micronucleus cytome assay. The genetics polymorphisms in DNA repair genes (XRCC1 Arg399Gln, OGG1 Ser326Cys, XRCC3 Thr241Met and XRCC4Ile401Thr) were evaluated by PCR/RFLP respectively. The results of the comet assay showed that basal DNA damage in COPD patients was significantly higher compared to controls, as measured by the alkaline and neutral comet assay. The residual damage percentage, detected after the MMS treatment, increased in COPD patients than control group. The results clearly demonstrated a relationship between levels of DNA damage induced with higher levels of TBARS, indicating high susceptibility to alkylating damage and/ or repair inhibition resulting from oxidative stress. In addition, the patients showed a lower capacity to repair the damage induced by MMS, when compared with controls. This study suggests an increase in basal DNA damage in COPD patients, as analyzed by comet assay, in subjects having the risk allele of genetic polymorphisms XRCC1 (Arg399Gln) and XRCC3 (Thr241Met). The residual damage was higher in COPD patients who had the risk allele in the four genes analyzed. Negative correlations between BMCyt (binucleated, bud muclear, condensed chromatin and kariorrética cells) and pulmonary function were observed for COPD patients with genotype variants. The stratified results (comet assay and BMCyt) related to regular exercise practice (PE-COPD) or not (COPD) showed that basal DNA damage in the PE-COPD group was significantly higher than in the COPD and controls groups. Residual damage was similar between the controls and PE-COPD group; in contrast COPD residual damage remained high indicating deficiency in DNA repair and premature cell death by apoptosis of damaged cells. TBARS values were lower in PE-COPD indicating resistance to oxidative damage. In conclusion, COPD patients have higher basal DNA damage and are more susceptible to exogenous DNA damage, as caused by the alkylating agent MMS. This susceptibility to exogenous damage, being correlated positively with the TBARS, suggests the involvement of oxidative stress-induced damage and/or repair inhibition. This research suggests an increase in DNA damage in COPD patients with the risk allele of genetic polymorphisms XRCC1(Arg399Gln), OGG1 (Ser326Cys), XRCC3 (Thr241Met) and XRCC4 (Ile401Thr), analyzed by comet assay and BMCyt, and increased risk of developing cancer. Regular physical exercise performed by COPD patients significantly decreases lipid peroxidation in the blood plasma as well as susceptibility to exogenous damage and formation of cellular abnormalities, such as condensed chromatin and nuclear bud cells.
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Efeito do polimorfismo A3669G do gene do receptor de glicocorticoide sobre o controle metabólico, comportamento alimentar e neuroimagem funcional em uma amostra de adolescentesRodrigues, Danitsa Marcos January 2015 (has links)
Introdução: Os glicocorticoides (GCs) estão envolvidos na regulação e adaptação da resposta ao estresse, exercendo seus efeitos através de seus receptores. Variações polimórficas no gene do receptor de glicocorticoide (GR) têm sido caracterizadas funcionalmente. O polimorfismo A3669G do gene do GR está relacionado a modificações na sensibilidade aos GCs e mudanças no perfil metabólico. Concentrações fisiológicas de GCs estimulam a ingestão calórica e, na presença de insulina, modificam a preferência alimentar. A variante A3669G do gene do GR parece levar a um menor risco para diabetes, em pacientes com Síndrome de Cushing, e para o tabagismo, quando associado a um polimorfismo do gene do receptor de mineralocorticoide, sugerindo uma modulação na via de recompensa. O objetivo deste trabalho é avaliar a associação de variantes do polimorfismo A3669G do gene do GR com o comportamento alimentar e parâmetros metabólicos em uma amostra de estudantes, correlacionando com dados de neuroimagem funcional. Métodos: A amostra provém de alunos de 6 escolas de Porto Alegre, avaliados em 2008 e em 2013. Em 2008, 131 indivíduos apresentavam o protocolo completo de avaliação e, destes, 74 retornaram em 2013. A avaliação incluiu genotipagem, antropometria, exames laboratoriais, comportamento alimentar e um paradigma avaliando a ativação cerebral em resposta a visualização de imagens de alimentos palatáveis, não palatáveis e de objetos neutros. A análise da associação com os fenótipos foi realizada através do teste t de Student e Chi quadrado; os dados do estudo longitudinal foram analisados por meio de Equações de Estimatição Generalizada. Resultados: A variante G do polimorfismo A3669G do gene do GR foi encontrado em 17,6% em 2008 e em 14,9% da amostra em 2013. Não houve diferença entre os grupos de carreadores do alelo G e não carreadores quanto a diferentes confundidores; a comparação entre as médias dos dois grupos sobre o consumo calórico proveniente de proteínas, carboidratos e gorduras em 2008 não revelou diferenças significativas; nesta etapa, as análises evidenciaram maior consumo de açúcares e de calorias totais no grupo não carreador do alelo G. Em 2013, estes indivíduos não carreadores do alelo G do polimorfismo A3669G apresentaram maior insulinemia e além de aumento no índice de resistência à insulina, sem diferenças no consumo alimentar. Os dados de neuroimagem funcional indicaram que a visualização de imagens de alimentos palatáveis pelo grupo não carreador do alelo G ativou o giro occipital médio, uma região implicada no processamento visual, mostrando menor ativação em giro pré central e nas áreas de Brodmann 4 e 6, relacionadas ao planejamento motor e sensibilidade ao sabor. Conclusão: Os resultados mostram que os indivíduos não carreadores da variante G do polimorfismo A3669G do gene do GR apresentaram menor sensibilidade à insulina, precedidos pela modulação na preferência alimentar. Os achados em neuroimagem funcional indicam maior saliência de incentivo aos alimentos palatáveis e predisposição à impulsividade no grupo não carreador do alelo G. Sugere-se que a redução na sensibilidade em nível celular aos GCs relacionada à presença do alelo G, afete a ingestão alimentar, reduzindo o consumo de alimentos palatáveis, diminuindo o risco para doenças metabólicas. / Introduction: Glucocorticoids are involved in regulation and adaptation of the stress response, exerting effects through its receptors. Variations on the glucocorticoid receptors genes have been characterized functionally. The A3669G polymorphism of the glucocorticoid receptor gene is related to a change in the tissue sensitivity to glucocorticoids and altered metabolic profile. Physiological concentrations of glucocorticoids stimulate food intake and in the presence of insulin affect food preferences. The G variant of the A3669G polymorphism appears to lead to a lower risk for diabetes, in patients with Cushing's syndrome, and smoking, when associated with a polymorphism of the mineralocorticoid receptor gene, suggesting a modulation in reward pathways. The objective of this study is to evaluate the association of A3669G polymorphism variants with feeding behavior and metabolic parameters in a sample of students correlating with functional neuroimaging data. Methods: The sample includes students of 6 schools in Porto Alegre, evaluated at two occasions 2008 and in 2013. In 2008, 131 individuals had complete protocol assessment and, from these, 74 returned in for re- evaluation in 2013. The evaluation included genotyping, anthropometry, laboratory tests, feeding behavior and a functional MRI paradigm to verify brain activation in response to the visualization of palatable, non- palatable foods and neutral items. The association with phenotypes was performed using Student's t test and Chi-square; longitudinal study data were evaluated using Generalized Estimating Equations. Results: The variant of the A3669G polymorphism was found in 17.6% of the students in 2008 and 14.9% of the sample in 2013. There was no difference between groups in the sample composition; the comparison between groups of the mean caloric intake originating from proteins, carbohydrates and fats in 2008 revealed no significant differences; at this time, analysis showed lower consumption of sugars and total calories in the G carrier group. In 2013, these individuals showed a reduction in insulin level and resistance, with no differences in food intake. The fMRI data indicated that viewing a food palatable image by the wild-type allele carrier group activated a region involved in visual processing (middle occipital gyrus) and deactivated an area related to motor planning and sensitivity to taste (pre central gyrus). Conclusion: The results showed that G carriers of the A3669G polymorphism of glucocorticoid receptor gene had lower insulin resistance levels, preceded by modulation of their food preference. The findings in functional neuroimaging showed increased incentive salience on viewing palatable food images and a predisposition for impulsivity in noncarriers. Data suggest that reduction in glucocorticoids sensitivity at a cellular level affects food intake, by reducing consumption of palatable foods, possibly decreasing the risk for metabolic diseases.
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Estudo de alelos variantes do gene da tirosina kinase B (NTRK2) na epilepsia do lobo temporalTorres, Carolina Machado January 2015 (has links)
Introdução O gene NTRK2 codifica um receptor pertencente a família de neurotrofinas Tirosina Kinase, conhecido como TrkB. O TrkB é um receptor de membrana com propriedades relacionadas a sinalização e diferenciação celular que tem sido envolvido em transtornos neuropsiquiátricos. Objetivo Estudar as freqüências de alelos variantes do gene NTRK2 em pacientes com epilepsia do lobo temporal (ELT) comparado a controles sem epilepsia. O impacto desses polimorfismos em variáveis clínicas e psiquiátricas dos pacientes com ELT também foi analisado. Métodos Inicialmente, realizamos estudo de caso-controle comparando as freqüências dos polimorfismos do TrkB em 198 pacientes Brasileiros com origem Européia com ELT e 200 controles sem epilepsia. Na segunda parte, foi avaliado o impacto das variantes alélicas em características clínicas e eletroencefalográficas dos pacientes com epilepsia. Os seguintes polimorfismos foram avaliados: rs1867283A>G, rs10868235C>T, rs1147198G>T, rs11140800A>T, rs1187286G>T, rs2289656A>G, rs1624327A>G, rs1443445A>G, rs3780645C>T, rs2378672C>T. Por fim, 163 pacientes com ELT foram avaliados com uma entrevista psiquiátrica (SCID-I) para detecção de transtornos psiquiátricos ao longo da vida e esses achados foram analisados em relação aos polimorfismos do gene NTRK2. Resultados Pacientes com epilepsia do lobo temporal evidenciaram um aumento significativo de Timina em homozigose no SNP rs10868235 do gene NTRK2 quando comparados ao grupo controle (O.R.=1.90; 95%IC=1.17-3.09; p= 0.01). Não foram encontradas outras diferenças entre pacientes e controles. Pacientes com Adenina em homozigose no SNP rs1443445 do gene NTRK2 tiveram uma média de idade de início de crises mais baixa quando comparados aos demais pacientes (p<0.01). Também observamos que a presença de Timina foi significativamente mais freqüente no SNP rs3780645 do gene NTRK2 em pacientes que necessitam politerapia para o controle de crises se comparados aos que estão em monoterapia. Esse achado pode significar uma maior dificuldade em obter o controle das crises nesse grupo de pacientes (O.R.= 4.13; 95%IC= 1.68-10.29; p= 0.001). Após essa análise, estudamos 163 pacientes com ELT em relação a presença ou não de comorbidades psiquiátricas. A avaliação psiquiátrica foi realizada através da aplicação do SCID-I (Entrevista Clínica Estruturada para Detecção de Transtornos Psiquiátricos de Eixo I do DSM-IV). Setenta e seis pacientes (46.6%) apresentaram transtornos de humor. Sexo feminino, transtorno de ansiedade, genótipo A/A no SNP rs1867283 e genótipo C/C no SNP rs10868235 do gene NTRK2 foram todos fatores independentemente associados com transtornos de humor nesses pacientes Transtornos depressivos foram os que mais contribuíram para esses resultados. Após a regressão logística, fatores de risco independentes para transtornos depressivos em pacientes com ELT foram sexo feminino (OR=2.54; 95%IC=1.18- 5.47; p=0.017), presença de transtorno de ansiedade concomitante (OR=3.30; 95%IC=1.58-6.68; p=0.001), genótipo A/A no SNP rs1867283 do gene NTRK2 (OR=2.84; 95%IC=1.19-6.80; p=0.019), e genótipo C/C no SNP rs10868235 do gene NTRK2 (OR=2.74; IC=1.28-5.88; p=0.010). Conclusões Observamos que pacientes com ELT apresentam uma distribuição alélica distinta do gene NTRK2 quando comparados a controles sem epilepsia e que a variabilidade alélica do NTRK2 influenciou a idade de início de crises e talvez a resposta a terapia farmacológica anticonvulsivante. O sexo feminino, transtornos de ansiedade e variações alélicas no gene NTRK2 foram todos fatores de risco independentes para transtornos de humor ou transtornos depressivos em pacientes com ELT. Até onde temos conhecimento, este é o primeiro estudo evidenciando associações de variantes alélicas do gene NTRK2 em ELT. Acreditamos que outros estudos nessa área ajudarão a elucidar melhor os mecanismos envolvidos na epileptogênese do lobo temporal. Se nossos resultados forem confirmados, as variantes alélicas do gene NTRK2 poderiam ser usadas como um biomarcador para transtornos depressivos em pacientes com ELT. / Introduction The NTRK2 gene encodes a member of the neurotrophic tyrosine kinase family receptor known as TrkB. It is a membrane-associated receptor with signaling and cellular differentiation proprieties that has been involved in neuropsychiatric disorders. Objective Study the frequencies of NTRK2 allele variants in patients with temporal lobe epilepsy (TLE) compared to controls without epilepsy. The impact of these polymorphisms on major clinical and psychiatric variables in TLE was also explored. Methods A case-control study comparing the frequencies of the TrkB gene polymorphism in 198 TLE Brazilian with European origin patients and in 200 matching controls without epilepsy. In a second step, the impact of allelic variation on major clinical and electroencephalographic variables in epilepsy was evaluated in the group of TLE patients. The following polymorphisms were evaluated: rs1867283A>G, rs10868235C>T, rs1147198G>T, rs11140800A>T, rs1187286G>T, rs2289656A>G, rs1624327A>G, rs1443445A>G, rs3780645C>T, rs2378672C>T. At last, 163 TLE patients were evaluated with a psychiatry interview (SCID-I) to detect lifelong psychiatric comorbidities and this findings were analyzed in relation to NTRK2 polymorphisms. Results Patients with temporal lobe epilepsy showed a significant increase of thymine homozygosis in the rs10868235 NTRK2 SNP when compared with the control group (O.R.=1.90; 95%CI=1.17-3.09; p= 0.01) . There were no other differences between patients and controls. Patients with adenine homozygosis in the rs1443445 NTRK2 SNP showed an earlier mean age of seizure onset when compared with other patients (p<0.01). Also, we observed that thymine was significantly more frequent in the rs3780645 NTRK2 SNP in patients that needed polytheraphy for seizure control when compared to those in monotherapy. This finding perhaps reflects an increased difficulty to exert seizure control in this group of patients (O.R.= 4.13; 95%CI= 1.68-10.29; p= 0.001). We also analyzed 163 patients in the TLE group in relation to presence of psychiatric comorbidities. Psychiatric evaluation was performed using the SCID-I (Structured Clinical Interview for DSM-IV, Axis I). Seventy six patients (46.6%) showed mood disorders. Female sex, anxiety disorders, A/A genotype in rs1867283 NTRK2, and C/C genotype in the rs10868235 NTRK2 gene were all independently associated with mood disorders in these patients. Depressive disorders mostly accounted for these results. After logistic regression, independent risk factors for depressive disorder in TLE were female sex (OR=2.54; 95%CI=1.18-5.47; p=0.017), presence of concomitant anxiety disorders (OR=3.30; 95%CI=1.58-6.68; p=0.001), A/A genotype in rs1867283 NTRK2 (OR=2.84; 95%CI=1.19-6.80; p=0.019), and C/C genotype in rs10868235 NTRK2 gene (OR=2.74; 1.28-5.88; p=0.010). Conclusions We observed that patients with epilepsy showed a difference in NTRK2 allelic distribution when compared with controls without epilepsy, and that NTRK2 variability influenced age of seizure onset and perhaps pharmacologic response to seizure control. Female sex, anxiety disorders and allelic variations in NTRK2 gene were all independent risk factors for mood disorder or depressive disorders in TLE. . As far as we know, this is the first study showing an association between NTKR2 allele variants in temporal lobe epilepsy. We believe that other studies in this venue will shade some light on the molecular mechanisms involved in temporal epileptogenesis. If our results were confirmed, NTRK2 gene allele variants could be used as a biomarker for depressive disorders in patients with temporal lobe epilepsy.
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Avaliação da associação dos polimorfismos C1236T, C3435T e G2677T/A no gene ABCB1 a marcadores de resposta ao mesilato de imatinibe em pacientes com leucemia mieloide crônica / Evaluation of the association of C1236T, C3435T and G2677T/A polymorphisms on ABCB1 gene to response markers to imatinib mesylate in patients with chronic myeloid leukemiaDouglas Vivona 01 February 2011 (has links)
A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma expansão clonal da célula progenitora hematopoiética, traduzindo-se por hiperplasia mielóide, leucocitose, neutrofilia, basofilia e esplenomegalia. O cromossomo Filadélfia é característico da doença, sendo produto da translocação t(9;22) (q34;q11), resultando na fusão dos genes ABL e BCR. Esta fusão gera um gene híbrido que produz uma proteína com elevada atividade tirosinoquinase que tem um papel central da patogenia da LMC. O mesilato de imatinibe (MI) é um derivado da fenilaminopirimidina que inibe a proteína-tirosina quinase ABL in vitro e in vivo. O MI interage com transportadores de membrana de efluxo, como o ATP binding cassette B1 (ABCB1). Polimorfismos no gene ABCB1 têm sido associados com alteração na sua funcionalidade e podem estar envolvidos na resposta ao tratamento farmacológico. Este estudo tem por objetivo investigar a relação dos polimorfismos C1236T, C3435T e G2677T/A no gene ABCB1 com marcadores de resposta ao tratamento com MI, em indivíduos com LMC, e determinar os fatores de predisposição de resposta ao MI. Foram incluídos 118 pacientes portadores de LMC. Foram constituídos dois grupos: Grupo 1 com 70 pacientes com resposta citogenética completa com a dose padrão de MI (400 mg/dia de MI) por até 18 meses e, Grupo 2 com 48 pacientes sem resposta citogenética completa com a dose inicial de 400 mg/dia de MI ou que perderam esta resposta ao longo do tratamento . Amostras de sangue foram obtidas para: quantificação de BCR-ABL1, extração de DNA genômico e análise citogenética de banda G. As análises dos polimorfismos foram realizadas por PCR-RFLP. A resposta ao tratamento foi avaliada segundo os critérios da European LeukemiaNet. A distribuição da frequência dos genótipos dos polimorfismos C1236T, C3435T e G2677T/A foi similar nos dois gêneros e entre brancos e não brancos. Não houve influência dos polimorfismos estudados no risco de desenvolvimento da LMC e na resposta ao MI. O haplótipo ABCB1 1236CT/2677GT/3435CT (para os polimorfismos C1236T/G2677T/C3435T no gene ABCB1) foi encontrado em 51,7% dos pacientes com resposta molecular maior (P=0,010). Houve tendência a maior frequência de pacientes portadores de genótipos 1236 CT e TT no grupo de respondedores (86,7%) quando foi analisada a resposta molecular completa (p=0,069). O mesmo aconteceu no grupo de não respondedores quando foi considerado o polimorfismo C1236T. Houve tendência a maior frequência de resposta molecular completa em portadores de genótipo 2677 GT+TT+TA nos dois grupos (respondedores P=0,074 e não respondedores P=0,076). Em conclusão, os genótipos e haplótipos para os polimorfismos ABCB1 C1236T, C3435T e G2677T/A estão associados com a resposta molecular em portadores de LMC respondedores ao tratamento com MI. / The chronic myeloid leukemia (CML) is a clonal expansion of the hematopoietic progenitor cell, representing myeloid hyperplasia, leukocytosis, neutrophilia, basophilia and splenomegaly. The Philadelphia chromosome is peculiar on the disease, being the result of the translocation t(9; 22) (q34; q11), leading on the fusion of the ABL and BCR genes. This merger creates a hybrid gene that produces a protein with high activity of tyrosine kinase that is the main pathogenesis of CML. The Imatinib mesylate (IM) is a fenilaminopirimidine derivative which inhibits the ABL protein-tyrosine kinase in vitro and in vivo. The MI interacts with membrane efflux transporters, such as ATP binding cassette B1 (ABCB1). Polymorphisms in the ABCB1 gene have been associated with changes in its functionality and may be involved on the response to drug treatment. This study aims to investigate the relationship of C1236T, C3435T and G2677T / A polymorphisms in ABCB1 gene with response markers for MI treatment in individuals with CML, and to determine the predisposing factors of response to MI. 118 patients with CML were included and divided in two groups. Group 1: 70 patients with complete cytogenetic response and a standard dose of IM (400 mg / day IM) for up to 18 months. Group 2: 48 patients without a complete cytogenetic response and initial dose of 400 mg / day IM or whith response lost throughout the treatment. Blood samples were obtained for: quantification of BCR-ABL1, genomic DNA extraction and band G cytogenetic analysis. The analysis of the polymorphisms were performed by PCR-RFLP. The treatment response was evaluated according to European LeukemiaNet criteria. The frequency distribution of genotypes of C1236T, C3435T and G2677T / A polymorphisms were similar in both sexes and between whites and nonwhites. The polymorphisms studied had no influence on the CML development or MI response. The haplotype ABCB1 1236CT/2677GT/3435CT (for C1236T/G2677T/C3435T polymorphisms in the ABCB1) was found in 51.7% patients with major molecular response (P = 0.010). There was a tendency for higher frequency of patients with 1236 CT and TT genotypes in the responders group (86.7%) when the molecular response was analyzed (p = 0.069). The same happened in the nonresponders group when the C1236T polymorphism was considered. There was a tendency for a higher frequency of complete molecular response in patients with 2677 GT + TT + TA genotype in both groups (responders P = 0.074 and nonresponders P = 0.076). In conclusion, genotypes and haplotypes for ABCB1 C1236T, C3435T and G2677T / A polymorphisms are associated with molecular response in patients with CML that respond to MI treatment.
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Papel do fator de crescimento vascular endotelial na retinopatia diabéticaValiatti, Fabiana Borba January 2010 (has links)
A retinopatia diabética (RD) é uma complicação microvascular do diabetes melito, sendo a principal causa de cegueira adquirida. Fatores angiogênicos como o vascular endothelial growth factor (VEGF) estão envolvidos na patogênese da RD. O VEGF-A é uma citocina potente e multifuncional que atua através dos receptores VEGFR-1 e VEGFR-2 expressados no endotélio vascular causando aumento da permeabilidade vascular e estímulo à neovascularização em processos fisiológicos e patológicos. A expressão do VEGFR-1 é acentuada por hipóxia e, apesar da afinidade, apresenta fraca resposta ao VEGF enquanto o VEGFR-2 é o principal mediador mitogênico, angiogênico e do aumento da permeabilidade vascular. Alguns polimorfismos do VEGF têm sido estudados na suscetibilidade e risco de progressão da RD. Importante associação entre o polimorfismo -634C/G e a presença de RD é relatada principalmente em relação ao alelo C. A homozigose CC estaria relacionada à RDP e níveis sérico e vítreo aumentados de VEGF sugerindo que a presença do alelo C seja um fator de risco independente para RD. Os conhecimentos sobre o VEGF levaram ao desenvolvimento de agentes anti-VEGF (pegaptanibe, ranibizumabe e bevacizumabe) com objetivo de inibir a neovascularização patológica. A terapia anti-VEGF é uma realidade cujos resultados são cada vez mais promissores na prática médica do tratamento da RD. / Diabetic retinopathy (DR), a DM microvascular complication, is the leading cause of blindness. Angiogenic factors such as vascular endothelial growth factor (VEGF) are involved in the pathogenesis of DR. VEGF-A is a potent, multifunctional cytokine that acts through the receptors VEGFR-1 and VEGFR-2 expressed in the vascular endothelium and causing increased vascular permeability and neovascularization stimulation in both physiological and pathological processes. The expression of VEGFR-1 is upregulated by hypoxia and is less responsive to VEGF compared to VEGFR-2 which is the main mediator mitogenic, angiogenic, and increased vascular permeability. VEGF polymorphisms have been studied in DR susceptibility and progression. Significant association between the polymorphism -634C/G and the presence of DR is reported mainly in relation to allele C. The homozygous CC is associated to proliferative DR and to increased vitreous and serum levels of VEGF suggesting that the presence of the C allele is an independent risk factor for RD. The knowledgement of VEGF lead to the development of anti-VEGF drugs (pegaptanib, ranibizumab and bevacizumab) aiming to prevent pathological neovascularization. The anti-VEGF therapy is a reality in practice medical treatment of DR.
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