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Sinais e sintomas vestibulares em pacientes que receberam tratamento com drogas derivadas da platina / Vestibular signs and symptoms in patients after platinum based chemotherapy

Sandra Maria Deutschmann 02 August 2016 (has links)
A toxicidade vestibular pode ser definida como danos que uma substância química causa sobre a estrutura e a função vestibular. Entre as drogas que podem causar a vestibulotoxicidade estão os agentes antineoplásicos como os derivados da platina. OBJETIVO: Identificar a frequência de ocorrência de alteração vestibular em pacientes oncológicos tratados com derivados da platina, os sinais e sintomas vestibulares nestes pacientes, e se a alteração vestibular pré-existente exacerba os sintomas eméticos durante a quimioterapia com derivados da platina. METODOLOGIA: Amostra foi composta por pacientes adultos com câncer que realizaram tratamento com drogas derivadas da platina. O protocolo para o monitoramento vestibular foi composto pelo questionário Dizziness Handicap Inventory (DHI) Brasileiro, Testes da Função Vestibular (manobra de Dix-Hallpike e vecto-eletronistagmografia) e pela descrição de sintomas eméticos e tontura durante a quimioterapia e avaliação vestibular. RESULTADOS: Quarenta e oito pacientes realizaram a avaliação vestibular pré-quimioterapia, sendo que 23 (48%) apresentaram avaliação vestibular dentro da normalidade. Dezesseis pacientes submeteram-se ao monitoramento vestibular com avaliação antes e após tratamento, sendo que após o tratamento dois pacientes (12,5%) apresentaram avaliação vestibular dentro da normalidade e 14 (87,5%) apresentaram algum tipo de alteração vestibular, evidenciada somente pela prova calórica. Nenhum paciente referiu queixas vestibulares ao DHI na avaliação pré-tratamento, assim como quase todos os pacientes, exceto um, na avaliação pós tratamento. Apenas um (6,3%) com avaliação vestibular alterada pós-tratamento apresentou grau leve no DHI. A dose de cisplatina entre os pacientes que mostraram piora do quadro vestibular variou entre 160 e 400 mg/m² e dois pacientes foram tratados com carboplatina com dose de 2306 mg/m² e 1801 mg/m². Não houve diferença de manifestação dos sintomas eméticos/tontura durante a avaliação vestibular ou após quimioterapia entre os pacientes com e sem alteração vestibular prévia. Entretanto, os pacientes que referiram sintomas eméticos durante os ciclos de quimioterapia foram aqueles que manifestaram maior desconforto na PC, independente da dose de quimioterapia ou da alteração vestibular. CONCLUSÃO: Alteração vestibular ou a modificação do quadro vestibular ocorreu em 50% dos pacientes com câncer tratados com derivados da platina. O sinal mais frequente de alteração nos testes vestibulares foi a hiporreflexia à prova calórica, sem sintomas vestibulares relatados na vida diária destes pacientes. As alterações vestibulares pré-existentes não exacerbaram os sintomas eméticos durante a quimioterapia / Vestibular toxicity may be defined as a damage that chemical substances cause on the structure and the function of the vestibular system. Among the drugs that may cause vestibulotoxicity there are antineoplastic agents, such as those derived from platinum. OBJECTIVE: To identify the frequency of occurrence of vestibular alterations in cancer patients treated with platinum-based chemotherapy; the vestibular signs and symptoms in these patients, and whether the pre-existing vestibular alterations exacerbate emetic symptoms during chemotherapy with platinum-based drugs. METHODS: The sample was composed of adults who were treated of the cancer with platinum-based chemotherapy. The vestibular monitoring protocol involved the Brazilian Dizziness Handicap Inventory (DHI), Vestibular Function Tests (positioning nystagmus with Dix-Hallpike maneuver and vectoelectronystagmography) and the description of emetic symptoms and dizziness during chemotherapy and vestibular evaluation. RESULTS: Forty-eight subjects performed the pre-treatment vestibular evaluation, and 23 of them (48%) presented vestibular assessment within the normal range. Sixteen patients underwent the vestibular monitoring evaluation before and after treatment: after the treatment two patients (12.5%) showed normal vestibular assessment while 14 (87.5%) showed a vestibular disorder, basically in the caloric tests, but the alteration was considered a modification in their baseline stage in eight patients (50%). None of the patients reported complaints in the pre-treatment assessment, with a DHI scores within the normal range, as well as all the patients, except one, in the post treatment assessment (81,3%). Only one patient (6.3%) had a score above normal (mild complaint) with altered vestibular evaluation in the post treatment assessment. The dose of cisplatin among these patients who had a modification in the vestibular function varied from 160 to 400 mg/m² and two patients were treated with carboplatin with do of 2306 mg/m² and 1801 mg/m². There was no difference of emetic symptoms/dizziness during the chemotherapy or the vestibular evaluation among patients with or without previous vestibular alterations. However, patients who reported more emetic symptoms during chemotherapy cycles were those who showed greater discomfort in the caloric test, regardless of the dosage of chemotherapy or vestibular alteration. CONCLUSION: Vestibular alterations or modification of the baseline alteration were found in 50% of cancer patients treated with platinum-based chemotherapy. The most common sign of vestibular alteration in the vestibular tests was the hiporeflexia at the caloric test with no reported symptoms in their daily life. The preexisting vestibular alterations did not exacerbate emetic symptoms during chemotherapy
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Validação em português de questionário de avaliação global de sintomas relacionados às disfunções do assoalho pélvico / Portuguese validation of a global pelvic floor symptom bother questionnaire

Thais Villela Peterson Ambar Pinto 30 January 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: Disfunções do assoalho pélvico incluem uma variedade de condições interrelacionadas, tais como prolapso de órgãos pélvicos (POP) e distúrbios urinários e defecatórios. Comumente, tais afecções são concomitantes, o que pode causar incômodo de forma significativa. Inúmeros questionários com foco nessas disfunções têm sido desenvolvidos e estão sendo utilizados em pesquisas, fornecendo informações importantes; porém, como geralmente possuem múltiplos itens, são muito complexos para serem utilizados na prática clínica. O \"Pelvic Floor Bother Questionnaire\" (PFBQ) foi delineado de forma a simplificar a identificação e o grau de incômodo relacionados a problemas comuns do assoalho pélvico, podendo ser usado na prática diária e para fins de pesquisa. Trata-se de um questionário de nove itens que avalia sintomas relacionados à incontinência urinária, urgência e frequência urinárias, dificuldade miccional, prolapso de órgãos pélvicos, evacuação obstruída, incontinência fecal e dispareunia. OBJETIVOS: Os objetivos foram validar uma versão do PFBQ adaptada para o português, assim como adapta-lo culturalmente para a língua portuguesa brasileira, atualizá-lo, e avaliar suas propriedades: confiabilidade, validade e capacidade de detectar mudanças. MÉTODOS: O PFBQ foi traduzido para o português (\"Forward Translation\") por dois tradutores independentes (sendo um deles um tradutor juramentado). Após consenso, essa versão foi traduzida para o inglês (\"Backward Translation\") por um terceiro tradutor independente. O questionário foi então testado por profissionais da saúde e em uma amostragem de 10 pacientes. Após estas etapas, a versão final do questionário foi obtida. Testes de validade foram então aplicados: confiabilidade interna, confiabilidade teste-reteste, validade dos itens e capacidade de resposta às mudanças. O PFBQ foi correlacionado com dados obtidos durante a anamnese, diários miccional e defecatório e exame pélvico, incluindo o \"Pelvic Organ Prolapse Quantification\" (POP-Q). Para avaliar a confiabilidade teste-reteste, cada paciente respondeu o PFBQ dentro de 1 semana a 10 dias. A capacidade de resposta às mudanças foi avaliada nas pacientes que completaram o questionário antes e após o tratamento. RESULTADOS: Entre fevereiro de 2014 e agosto de 2015, foram incluídas no estudo 147 pacientes com média de idade de 60,49 anos. As principais queixas foram: 12,2% incontinência urinária de esforço, 19% incontinência urinária mista, 6,1% perda urinária por urgência, 26,5% incontinência fecal, 18,4% evacuação obstruída e 17,7% POP (estádio 3 ou 4). O PFBQ demonstrou boa confiabilidade ( = 0,625, ICC = 0,981). Cada item do questionário apresentou concordância quase perfeita entre as avaliações (k = 0,895-1,00). O PFBQ correlacionou-se com o estadiamento do prolapso (p < 0,01), número de episódios de incontinência urinária e fecal (? = 0,791, p < 0,001; p = 0,780, p < 0,001) e evacuação obstruída (p = 0,875, p < 0,001). CONCLUSÕES O \"Pelvic Floor Bother Questionnaire\" em português é uma ferramenta confiável e válida que pode ser utilizada para a identificação e avaliação da gravidade/incômodo de vários sintomas do assoalho pélvico / INTRODUCTION Pelvic floor disorders include a variety of interrelated conditions, such as pelvic organ prolapse (POP), and urinary and defecatory dysfunction. Commonly, patients have concomitant pelvic disorders, which can significantly cause distress. Numerous surveys focusing on pelvic floor abnormalities have been developed and are being used, mainly in research settings. These instruments are mostly multi-item, and despite providing a rich source of information, are thus difficult to use in a clinical setting. Shorter questionnaires have been also validated, although most of them are specific for each disorder. Pelvic Floor Bother Questionnaire (PFBQ) was designed to identify the presence and degree of bother related to common pelvic floor problems, and can be used in clinical practice and for research purposes. It is a nine-item questionnaire that includes symptoms and bother related to urinary incontinence, urinary urgency and frequency, dysuria, pelvic organ prolapse, obstructed defecation, fecal incontinence, and dyspareunia. OBJECTIVE We aimed to update and validate a cross-culturally adapted version of the PFBQ in Portuguese. METHODS Translation and validation of the PFBQ was performed as follows: After conceptual analysis of the original questionnaire in English, the PFBQ was translated into Portuguese (\"Forward Translation\") by two independent translators (one certified translator). After a consensus was obtained, this version of the questionnaire was translated back into English (\"Backward Translation\") by an independent translator. The questionnaire was pilot tested on health care professionals and on 10 patients who were questioned about form and clarity of the questions. The final version of the questionnaire was obtained. Validity tests were then applied and included internal reliability, test-retest reliability, validity of the items and responsiveness to change. PFBQ was correlated with a structured clinical interview, bladder and fecal diaries and pelvic exam, including \"Pelvic Organ Prolapse Quantification\" (POP-Q) examination. To assess test-retest reliability, each patient fulfilled a second copy of the PFBQ within 7 to 10 days. Responsiveness to change was accessed in patients who completed the questionnaire before and after treatment. RESULTS A total of 147 patients of a mean age 60,49 years were enrolled in the study between February 2014 and August 2015. Chief complains were as follows: 12,2% of patients had stress urinary incontinence, 19% mixed urinary incontinence, 6,1% detrusor instability, 26,5% fecal incontinence, 18,4% obstructed defecation and 17,7% had POP (stage 3 or 4). PFBQ demonstrated good reliability (alpha = 0,625; ICC = 0,981). There was a strong agreement beyond chance observed for each question (k = 0,895-1,00). PFBQ correlated with stage of prolapse (p < 0,01), number of urinary and fecal incontinence episodes ( = 0,791, p < 0,001; p = 0,780, p < 0,001), and obstructed defecation ( p =0,875, p < 0,001). CONCLUSIONS The PFBQ is a reliable and valid tool that can be easily used for the identification and severity/bother assessment of various pelvic floor symptoms
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Depressão e abuso de álcool em pacientes com síndrome coronariana aguda: avaliação prospectiva no Estudo de Estratégia de Registro de Insuficiência Coronariana (ERICO) / Depression and alcohol abuse in patients with Acute Coronary Syndrome: prospective evaluation study in the Strategy of Registry of Acute Coronary Syndrome (ERICO Study)

Morilha, Abner 29 May 2014 (has links)
Introdução: A ocorrência de episódios depressivos e abuso ou dependência de álcool após um evento agudo de insuficiência coronariana pode representar um marcador independente de mau prognóstico. Portanto, investigamos a presença de sintomas depressivos, transtorno depressivo maior (TDM) e abuso ou dependência de álcool em uma subamostra de uma coorte prospectiva de Síndrome Coronariana Aguda (SCA), Estratégia de Registro de Insuficiência Coronariana Aguda (ERICO) em andamento no pronto-socorro do Hospital Universitário. Métodos: Foi realizado um estudo observacional em 146 participantes do estudo ERICO. A gravidade dos sintomas depressivos foi avaliada em três momentos: 1ª) na admissão hospitalar pelo Patient Health Questionnaire (PHQ-9 itens); 2º) 30 dias pós-SCA pelo PHQ-9, Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Escala de Depressão de Hamilton (HDRS-21 itens); e 3º) 180 dias pós-SCA pelo PHQ-9 e BDI. O abuso e uso nocivo de álcool foram avaliados pelo AUDIT e CAGE em 30 e 180 dias pós-SCA. Resultados: Ao longo do estudo as frequências de sintomas depressivos variaram entre 40% e 60% e de TDM entre 28% e 33%. Na admissão hospitalar houve maior predominância de sintomas depressivos entre os homens (58%; p=0,03) e sedentários (72,1%; p=0,02), entretanto, TDM foi mais frequente na população feminina (55,1%; p < 0,001) com uma razão de chances [(RC) 4,5; intervalo de confiança IC 95% 1,85-10,98]. Após 30 dias do evento agudo constatou-se um maior risco de sintomas depressivos entre os tabagistas (RC 5,8; IC 95% 1,81-18,72) e diabéticos (RC 3,6; IC 95% 1,40-9,60). Os diabéticos também apresentaram (RC 3,5; IC 95% 1,39-8,71) para desenvolver TDM. No seguimento de 180 dias verificou-se que indivíduos com angina instável (AI) (RC 4, 46; IC 95% 1,39-14,32) e infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCST) (RC 3,40; IC 95% 1,30-8,87) apresentaram maior probabilidade de desenvolverem sintomas depressivos em relação aos indivíduos que apresentaram IAMSST. Os únicos fatores de risco que se mantiveram associados a um maior risco de sintomas depressivos após 180 dias foi o sexo feminino (RC 3,9; IC 95% 1,54-9,73) e o tabagismo (RC 5,34; IC 95% 1,64-17,44). Em relação à TDM, encontramos uma RC de 14 (IC 95% 2,94-67,51) para associação com tabagismo. Quanto ao abuso e uso nocivo de álcool as frequências variaram ao longo do estudo pelo AUDIT e CAGE entre 18,3% e 33,6%. Verificamos na populacão masculina uma frequência de 88,2% (p=0,001) e entre os tabagistas de 55,9% (p=0,003) e foi encontrada uma RC de 51,64 para população mais jovem (35-44 anos) e uma RC de 42,95 para tabagistas. Finalmente, não foi encontrada nenhuma associação entre abuso de álcool e depressão de acordo com os subtipos de SCA nos períodos analisados. Conclusão: A frequência de depressão variou entre 40% e 60% da admissão até 180 dias pós-SCA. Indivíduos que desenvolveram AI ou IAMCST, além de mulheres e tabagistas apresentaram maiores chances de desenvolver depressão ao longo do seguimento de 180 dias e indivíduos entre 35 e 44 anos e tabagistas apresentaram maior possibilidade de abusar do álcool / Introduction: The occurrence of depression and alcohol abuse or dependence after an acute coronary insufficiency may represent an independent marker of poor prognosis. Therefore, we investigated the presence of depressive symptoms, major depressive disorder (MDD) and alcohol abuse or dependence in a subsample of a prospective cohort of Acute Coronary Syndrome (ACS), Strategy of Registry of Acute Coronary Syndrome Study (ERICO study), which is still ongoing in the emergency room of the Hospital Universitário. Methods: We conducted an observational study in 146 participants of the ERICO study. The severity of depressive symptoms was evaluated in 3 moments: 1st) at the hospital admission using The Patient Health Questionnaire (PHQ-9 items); 2nd) 30 days post-ACS using the PHQ-9, the Beck Depression Inventory (BDI) and the Hamilton Depression Rating Scale (HDRS -21 items), and 3rd) 180 days post -ACS through PHQ-9 and BDI. The abuse and harmful alcohol consumption were assessed by the AUDIT and the CAGE 30 and 180 days post-ACS. Results: Along the study, the frequencies of depressive symptoms ranged from 40% to 60% and MDD from 28% to 33%. At the hospital admission there was a higher prevalence of depressive symptoms among men (58%, p= 0.03) and sedentary patients (72.1%, p= 0.02), however, MDD was higher among women (55.1%, p < 0.001) with an increased risk of [odds ratio [(OR) 4.5; confidence interval CI 95% 1.85-10.98]. After 30 days of the acute event, we observed an increased risk of depressive symptoms among smokers (OR 5.8; CI 95%, 1.81-18.72) and among diabetics (OR 3.6; CI 95%, 1.40-9.60) the diabetics were also more likely to develop MDD (OR 3.5; IC 95% 1,39-8,71). At 180 days follow-up, individuals with unstable angina (UA) (OR 4.46; CI 95% 1.39-14.32) and ST elevation myocardial infarction (STEMI) (OR 3.40; CI 95% 1.30-8.87) were more likely to develop depressive symptoms compared with patients who had NSTEMI. The only two factors that remained associated with a higher risk of depressive symptoms after 180 days were female gender (OR 3.9; CI 95% 1.54-9.73) and smokers (OR 5.34; CI 95% 1.64-17.44). Regarding MDD we found an OR of 14 (CI 95% 2.9-67.51) for smokers. In relation to abuse and hazardous consumption of alcohol, the frequencies for CAGE and AUDIT ranged from 18.3% to 33.6% along the study. We found among the male population a frequency of 88.2% (p=0.001) and smokers 55.9% (p=0.003). We also found OR of 51.64 among younger (aged 35-44 years) and OR of 42.95 for smokers. Finally, no association between alcohol abuse and depression according to ACS subtypes was observed. Conclusion: The prevalence of depression post-ACS ranged from 40% to 60% during the follow-up (admission hospital to 180 days). Individuals who developed UA or STEMI, besides women and smokers were more likely to develop depression during follow-up of 180 days and individual aged between 35-44 years and smokers were more likely to abuse of alcohol
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Comportamento social e volume de substância branca cerebral em adolescentes vítimas de maus tratos / Social behavior and cerebral white matter volume in maltreated adolescents

Scarparo, Mariella Ometto 02 May 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A vivência de maus tratos na infância é apontada como um fator de risco para o desenvolvimento de comportamentos antissociais e traços psicopáticos. Estudos sugerem alterações estruturais de substância branca (SB) cerebral em vítimas de maus tratos, que podem estar subjacentes a sintomas psiquiátricos e dificuldades cognitivas. OBJETIVO: Investigar o comportamento social de adolescentes vítimas de maus tratos (A-VMT), através da comparação de suas habilidades sociais e traços de psicopatia com um grupo controle (GC), e de possíveis correlações destas medidas com os diferentes tipos de maus tratos e com o volume de SB cerebral. MÉTODO: Foram avaliados 67 A-VMT e 41 adolescentes do GC através do Questionário de Traumas na Infância (QUESI), da Psychopathy Checklist Youth Version (PCL-YV) e do Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA). Também foram adquiridas imagens anatômicas cerebrais através de equipamento de ressonância magnética (1,5T Siemens Sonata) e realizadas análises de morfometria baseada em voxels (VBM). RESULTADOS: Os A-VMT apresentaram maior intensidade de traços psicopáticos e mais déficits de habilidades sociais que o GC. A negligência emocional foi a forma de maus tratos que mais influenciou a presença de traços de psicopatia e que mais associou-se a prejuízos de habilidades sociais específicas. O volume de SB de regiões do hemisfério esquerdo (giro angular, precuneus e lobo parietal inferior) correlacionouse negativamente com o fator afetivo da PCL:YV. Além disso, foram encontradas correlações positivas entre o volume de SB de regiões de hemisfério direito com fatores de psicopatia: o volume do lobo parietal superior direito correlacionou-se com características interpessoais e o do giro pré-central com o fator antissocial. CONCLUSÃO: Os A-VMT apresentaram déficits do comportamento social quando comparados ao GC. O volume de SB de áreas cerebrais envolvidas no processamento de informações sociais e reconhecimento de emoções se correlacionou com traços específicos da psicopatia. A vivencia de maus tratos na infância pode contribuir para déficits na cognição social, o que por sua vez, pode predispor esta vulnerável população a alguns comportamentos antissociais / Introduction: Child maltreatment is considered a risk factor for the development of antisocial behaviors and psychopathic traits. Studies suggest that specific white matter tracts may be vulnerable to child maltreatment and their alterations can be associated with psychiatric symptoms and cognitive deficits. Aim: Compare social skills and psychopathic traits between maltreated adolescents (MTA) and a control group, as well as their possible correlations with different types of maltreatment and white matter volumes.. Method: The sample was composed by 67 MTA and 41 youths from the CG. Brain images were acquired by magnetic resonance imaging equipment (1,5T Siemens Sonata) for voxel-based morphometry analyses. The clinical evaluation was carried out using Childhood Trauma Inventory (CTQ), Social Skills Inventory for Adolescents (SSIA) and The Hare Psychopathy Checklist: Youth Version (PCL:YV). Results: MTA presented more psychopathic traits and social skills deficits than the CG. Emotional neglect was the only maltreatment subtype with significant effect on psychopathic traits, and it was correlated with specific social skills deficits. The white matter volumes of left hemisphere regions (angular gyrus, precuneus and inferior parietal lobe) were negatively correlated with PCL:YV affective factor scores. Moreover, positive correlations between white matter volume of right hemisphere areas (superior parietal lobe and precentral gyrus) and specific psychopathic traits (antisocial and interpersonal) were found. Conclusion: MTA presented social deficits when compared to CG. The white matter volume of brain areas associated with social information processing and emotion recognition was correlated with specific psychopathic traits. Child maltreatment may contribute to social cognition deficits and predispose this vulnerable population to psychopathic traits
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Jogo patológico no gênero feminino : características clínicas e de personalidade / Female pathological gambling: clinical and personality features

Martins, Silvia Saboia 01 August 2003 (has links)
O número de mulheres com problemas relacionados ao jogo vem experimentando grande crescimento nos últimos anos, a exemplo do que ocorre na dependência de álcool e de outras drogas Esse aumento, de acordo com estudos anteriores, pode ser creditado a variados fatores: a universalização de jogos mais acessíveis para as mulheres (que geram menor preconceito social), como o bingo eletrônico; o fato de mulheres utilizarem o jogo como válvula de escape para as tensões cotidianas e para eventuais crises depressivas; uma progressão média mais rápida (telescoping effect - T.E.) do jogar social ao jogar patológico para mulheres do que para homens. Embora identificado em vários estudos, o T.E. existente em mulheres não foi devidamente analisado em suas possíveis origens. Com vistas a elucidar essa questão, esta tese busca possíveis diferenças entre os gêneros que expliquem o T.E. e que possam ser relevantes para o manejo e tratamento do JP. Comparamos 78 mulheres e 78 homens jogadores patológicos quanto a características sócio-demográficas e clínicas, existência de comorbidades psiquiátricas, preferência por tipo de jogo, personalidade, e perfil de comportamentos de risco. Os instrumentos utilizados no estudo foram: para diagnóstico, a SOGS (South Oaks Gambling Screen) e os critérios diagnósticos do DSM-IV para Jogo Patológico (JP); para investigação de comorbidade, o SCAN (Schedules for Clinical Assessment in Neuropsychiatry); para estudo de personalidade, o Inventário de Temperamento e Caráter e a Barratt Impulsiveness Scale. Constata-se que há uma maior proporção de solteiros entre as jogadoras do que entre os jogadores, e que jogadoras começam a jogar e têm problemas com jogo com mais idade do que os jogadores. Uma maior proporção de jogadoras do que jogadores preferem jogos eletrônicos e mais jogadoras do que jogadores jogam por escapismo. Mais jogadores têm diagnóstico de abuso/dependência de álcool, ao passo que mais jogadoras têm diagnóstico de depressão. Para um curso acelerado de JP contribuem significativamente, além do gênero, o fato se iniciar com mais idade na atividade de jogar e a preferência por jogos eletrônicos características que, como já se mencionou, estão mais associadas a jogadoras que a jogadores. As diferenças clínicas observadas entre os gêneros levam à necessária conclusão de que essa variável tem que ser considerada para a elaboração de estratégias de prevenção e tratamento de JP, pois são justamente as jogadoras (que apresentam uma progressão mais rápida para dependência, com menor intervalo para uma possível ação preventiva), o grupo que mais resiste a procurar ajuda junto a profissionais de saúde ou a grupos de Jogadores Anônimos (J.A.). / Over the last years, more women are having gambling problems, similar to what has happened in alcohol and drug addiction. This phenomenon, according to previous studies, can be related to different variables: the growth of new gambling venues with increased access for women, such as electronic bingo venues, the fact that women gamble to escape from problems and to minimize depression, and a faster progression (telescoping effect- T.E.) of social gambling to pathological gambling (PG) in women. Even though the T.E. has been identified in different studies, little has been done to investigate its causes. As an effort to clarify this matter, this thesis investigates possible gender differences that might explain T.E. and that might be important for prevention and treatment strategies of PG. We compare 78 male and 78 female gamblers regarding: sociodemographic characteristics, clinical features, psychiatric comorbidities, personality and game preferences; and risk-taking behaviors. Pathological gamblers were assessed for diagnosis through the SOGS (South Oaks Gambling Screen) and the DSM-IV criteria for PG; the SCAN (Schedules for Clinical Assessment in Neuropsychiatry) was used to investigate psychiatric comorbidity; and the TCI (Temperament and Character Inventory), and the BIS (Barratt Impulsiveness Scale version 11) were used to investigate personality features. More females are single; females start gambling and have gambling problems later in life than males. More females prefer electronic games and gamble to escape from problems. Males have more diagnosis of alcohol abuse/dependence, while females have more diagnosis of depression. Besides gender, starting to gamble later in life and preference for electronic games both features associated to female gamblers, are responsible for T.E. in PG. The clinical differences observed between genders lead to the conclusion that this variable should be considered in prevention and treatment strategies for PG. It must be remembered that female gamblers, who effectively have a faster progression to PG - which reduces the window for prevention - , are the ones who resist to seek professional treatment for PG or Gamblers Anonymous (G.A.) groups.
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"Efeitos de um programa de exercícios baseado em abordagem postural e funcional sobre a capacidade funcional e a qualidade de vida de pacientes com lombalgia crônica" / The effects of a postural and functional approach-based exercise program on the functional capacity and quality of life of chronic nonspecific low back pain patients

Rodrigo Pinheiro Vilela 30 August 2006 (has links)
Introdução: Programas de exercícios para pacientes lombálgicos tem sido amplamente descritos na literatura; contudo a efetividade de programas de exercícios para esta condição clínica ainda encontra-se controversa. Objetivo: Avaliar a efetividade de um programa de exercícios baseado em abordagem postural e funcional sobre a capacidade funcional e a qualidade de vida de pacientes com lombalgia crônica. Desenho Experimental: Randomized Controlled Trial. Amostra: 30 pacientes do sexo feminino com lombalgia crônica não-específica. Instrumentos de Análise: Capacidade Funcional (Roland-Morris Disability Questionnaire), Qualidade de Vida (SF-36) e intensidade de dor (Escala Numérica de Dor). Métodos: As pacientes foram divididas em Grupo Controle (GC) e Grupo Experimental (GE). Pacientes em ambos os grupos foram submetidas a três avaliações durante seis semanas, em intervalos de três semanas envolvendo o preenchimento dos questionários Roland-Morris, SF-36 e Escala Numérica de Dor. O grupo experimental foi submetido a um programa de exercícios durante seis semanas objetivando a melhora do recrutamento muscular para melhor manutenção postural e treino de funcionalidade. O grupo controle, após o período de observação, recebeu intervenção idêntica à recebida pelo grupo experimental. Grupos controle e experimental foram comparados através do teste t – student. Resultados: O grupo experimental apresentou melhora significativa na capacidade funcional (p= 0,0), qualidade de vida (SF 36;escalas variando com p = 0,0 até 0,02) e intensidade de dor (p= 0,0) ao ser comparado com o grupo controle. Após a intervenção em ambos os grupos, a melhora manteve-se significativa. Conclusão: O programa de exercícios baseado em abordagem postural e funcional mostrou-se eficiente na melhora da dor, capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes com lombalgia crônica. / Background: Exercise programs for low back pain have been largely studied; however its effectiveness on this clinical condition is still controversial. Purpose: To assess the effects of a postural and functional approach-based exercise program on functional capacity, quality of life and pain condition of subjects with chronic low back pain (CLBP). Study Design: Randomized Controlled Trial. Patient Sample: 30 women with nonspecific CLBP. Outcome Measures: functional capacity (RMQ, Roland-Morris Disability Questionnaire), quality of life (SF-36 subscales) and pain condition (NRS, Numerical Rating Scale). Methods: Patients were randomly assigned to control (CG) and treatment groups (TG). Patients from both groups were submitted to a three-week interval evaluation involving the completion of RMQ, SF-36 and NRS. TG was submitted to a six-week program of treatment addressing improvement of muscular recruitment for better postural maintenance and functional training. The CG was submitted to the same intervention program, after six weeks of no intervention. CG and TG were compared by applying t student test to the variables. Results: TG showed significant improvement in functional capacity (p= 0.0), quality of life (SF 36 subscales with p ~ 0.0 to 0.02) and pain condition (p= 0.0) compared to CG. The refferences remained significant when the results of intervention in the control group were added to the treatment group and compared to the control group baseline. Conclusions: The postural and functional approach-based exercise program showed efficient in improving the functional capacity, quality of life and pain condition of CLBP patients.
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Avaliação da atividade cerebral durante teste de atenção de médicos residentes de pediatria no primeiro ano de residência associada à prevalência de síndrome de Burnout e sintomas de estresse / Evaluation of cerebral activity during attention task of first year pediatric residents associated with burnout and stress symptoms

Anarella Penha Meirelles de Andrade 06 March 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A síndrome de Burnout é uma das consequências mais marcantes do estresse profissional, resultante da exposição prolongada a fatores interpessoais e emocionais, caracterizada por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a fatores ocupacionais e pessoais. Profissionais da área da saúde estão expostos a cenários clínicos com altos níveis de estresse e sujeitos ao desenvolvimento de Burnout durante suas carreiras. É uma entidade complexa e produz uma variedade de comportamentos que podem afetar diretamente o atendimento ao paciente. O estresse é uma resposta global do organismo que envolve as esferas física, emocional, mental e hormonal. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de Síndrome de Burnout e sintomas de estresse nos médicos residentes de primeiro ano do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e a correlação entre esta e a função cerebral de atenção por meio da execução de tarefa Stroop Color Word Test durante a realização de ressonância magnética funcional (RMf). MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados 32 médicos residentes de pediatria, 25 do sexo feminino com média de idade de 24,8 ± 1,3 anos, todos com carga horária de trabalho semanal similar. Foram utilizados os questionários padronizados Maslach Burnout Inventory - MBI sendo considerado Burnout pontuação maior que 19 na subescala de exaustão emocional e maior que 6 na escala de despersonalização. Para a avaliação de estresse foi utilizado o inventário de sintomas de estresse de Lipp - ISSL, sendo considerado diagnóstico de estresse pontuações elevadas calculadas conforme o manual do ISSL. RESULTADOS: A síndrome de Burnout foi identificada em 50% da população estudada e estresse em 56,25%. Essa associação apresentou significância estatística (p=0,02). Ao analisar os mapas de RMf encontramos maior ativação do córtex pré-frontal dorso lateral a direita nos residentes que apresentaram Burnout, área envolvida nos mecanismos de atenção. CONCLUSÕES: A prevalência da Síndrome de Burnout e estresse em residentes de pediatria é elevada, correspondendo a 50% e 56% respectivamente, e está associada a maior ativação do córtex pré-frontal dorsolateral direito, área envolvida com mecanismos de atenção e cognição. Existe correlação entre as duas entidades clínicas com significância estatística e a prática de esportes está associada a menores taxas de Burnout / Burnout syndrome is one of the most important consequences of occupational stress. It is a result from prolonged exposure to emotional and interpersonal factors and characterized by emotional exhaustion, negative evaluation of oneself, depression and insensitivity. Health care professionals are exposed to clinical settings with high levels of stress and can develop burnout during their careers. It is a complex entity and produces a variety of behaviors that can affect directly patient care. Stress is a global response that involves physical, emotional, mental and hormonal aspects. In the present study we used Functional Magnetic Resonance Imaging (fMRI) to investigate a sample of pediatric residents from University of Sao Paulo with different levels of burnout syndrome in Burnout Maslach Inventory - MBI and stress during the execution of a low demand attention paradigm (Stroop color word test). Scores greater than 19 on the subscale of emotional exhaustion and greater than 6 on the scale of depersonalization in MBI was considered as Burnout. For the assessment of stress was used inventory of stress symptoms Lipp - ISSL, considered diagnostic of stress high scores calculated as the ISSL manual. We studied 32 residents, 25 females with a mean age of 24.8 ± 1.3 years, all with similar weekly workload. Burnout syndrome was identified in 50% of the study population and stress in 56.25%. This association was statistically significant (p = 0.02). By analyzing fMRI maps, an activation of the right dorsolateral prefrontal cortex was showed in residents with Burnout, an area involved in attention tasks
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Efeito de diferentes tipos de exercícios no controle clínico e aspectos psicossociais a curto prazo em pacientes com asma persistente moderada ou grave: estudo clínico aleatorizado / Effect of different types of exercises on clinical control and psychosocial morbidity in the short term in moderate or severe asthmatics patients: randomized clinical trial

Milene Granja Saccomani 12 December 2014 (has links)
A asma é uma desordem inflamatória crônica das vias aéreas responsável pelo aumento da responsividade brônquica frente a diversos estímulos. Exercícios aeróbios e respiratórios são estratégias não farmacológicas utilizadas no tratamento de pacientes asmáticos, no entanto, a comparação entre elas nunca foi realizada. Objetivo: Comparar o efeito dos exercícios aeróbio e respiratório no controle clínico da asma (variável primária), aspectos psicossociais, cinemática toracoabdominal e resposta autonômica (variáveis secundárias) em pacientes com asma persistente moderada ou grave. Métodos: Foram incluídos 54 adultos asmáticos divididos, aleatoriamente, nos grupos, respiratório (GR; n=25, 50,6±9,2 anos) e aeróbio (GA; n=29, 49,8±9,7 anos). Todos os pacientes foram submetidos a um programa educacional antes do início do treinamento e, em seguida, os pacientes do GR realizaram exercícios respiratórios baseados em técnicas de Yoga, enquanto os pacientes do GA foram submetidos a um programa de condicionamento físico aeróbio em esteira ergométrica. As intervenções tiveram duração de 24 sessões (2x/semana, 40min/sessão, 3 meses). O controle clínico (ACQ), os fatores de saúde relacionados à qualidade de vida (FRQV), os níveis de ansiedade e depressão (HAD) e os sintomas de hiperventilação (Nijmegen) foram avaliados pré e pós-intervenção e após três meses do final da intervenção. Também foram avaliados: a cinemática toracoabdominal (OEP), o nível de atividade física diária, a função pulmonar, a capacidade física (ISWT) e a modulação autonômica. O Anova de dois fatores para medidas repetidas foi usado para comparação e o nível de significância ajustado para 5%. Resultados: Não houve diferença entre os grupos antes da intervenção. Após a intervenção, o GA mas não o GR alcançou uma diferença clinicamente relevante (> 0,5 escore) no ACQ 6 (GA= 0,69 ± 0,21 vs. GR= 0,38 ± 0,17, respectivamente) e apresentou melhora no AQLQ e nos níveis de sintomas de ansiedade (p < 0,05). Ambos os grupos apresentaram melhoras nos escores de Nijmegen (GA= 6,5 ± 0,8 vs. RG= 3,7 ± 0,9) e na capacidade física (GA= 96 ± 26 vs. GR= 63 ± 17 metros) (p < 0,05). Conclusão: Os resultados do presente estudo sugerem que os pacientes com asma persistente moderada ou grave apresentam benefícios quando submetidos a ambas as estratégias não-farmacológicas. O treinamento aeróbio resultou em maiores benefícios no controle clínico, qualidade de vida, morbidades psicossociais e capacidade física do que o treinamento respiratório, que por sua vez, proporcionou melhora na mecânica e eficiência respiratória. Ambos os treinamentos não exerceram influência sobre a resposta autonômica dos pacientes asmáticos / Asthma is a chronic inflammatory disorder of the airways responsible for the increase in bronchial responsiveness to various stimuli. Aerobic and breathing exercises are nonpharmacological strategies used in the treatment of asthmatic patients, however, the comparison between them has never been performed. Objective: To compare the effect of aerobic and breathing exercises on clinical control (primary outcome), psychosocial aspects, thoracoabdominal kinematics and autonomic response of patients with persistent moderateto- severe asthma (secondary outcome). Methods: Fifty-four patients with moderate or severe persistent asthma were randomized into breathing (BG, n=25, 50.6±9.2 yrs) or aerobic groups (AG, n=29, 49.8±9.7 yrs). BG performed yoga-breathing exercises while AG performed treadmill exercise beginning at 60% of the maximum predicted heart rate. Both interventions lasted 24 sessions (2x/week, 40 min/session, 3 months). Before and after the intervention and 3-months later, patients fulfilled asthma control (ACQ), health related quality of life (HRQoL), depression and anxiety levels (HAD) and hyperventilation symptoms (Nijmegen) questionnaires. Pulmonary function and aerobic capacity (incremental shuttle walking distance; ISWD) were also evaluated. Two-way ANOVA was used and significance level was set at 5%. Results: No difference between groups was detected at baseline (p > 0.05). After intervention, only AG reached a clinically significant difference in the ACQ-6 (p < 0.5) (AG=0.69±0.21 vs. BG=0.38±0.17) and presented improvement in HRQoL and anxiety symptoms (p < 0.05). Both groups had significant improvements in the Nijmegen scores (AG=6.5±0.8 vs. BG=3.7±0.9) and aerobic capacity (AG=96±26 vs. BG=63±17 meters) (p < 0.05). Conclusions: The results of this study suggest that patients with moderate or severe persistent asthma show benefits when subjected to both non-pharmacological strategies. Aerobic training resulted in greater benefits in clinical control, health related quality of life, psychosocial morbidities and aerobic capacity when compared to the breathing training. On the other hand, breathing training led to an improvement in mechanical efficiency and respiration. Both training had no influence on the autonomic response of asthmatic patients
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Apnéia obstrutiva do sono em pacientes portadores da doença pulmonar obstrutiva crônica: impacto do padrão clínico-funcional / Obstructive sleep apnea in patients with chronic obstructive pulmonary disease: impact of the clinical pattern

Marília Montenegro Cabral 28 February 2005 (has links)
A Apnéia Obstrutiva do Sono (AOS) e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) são condições clínicas comuns, particularmente na população de idosos, e portanto é de se esperar que um grande número de pacientes com DPOC apresente AOS. Os pacientes portadores da DPOC podem ser divididos em dois tipos clínicos, A e B. O segundo apresenta características clínicas sugestivas da AOS. A prevalência da AOS entre os portadores da DPOC permanece controversa e existem poucos estudos sistemáticos correlacionando a presença da AOS com o tipo clínico da DPOC. Os objetivos primários do nosso estudo foram: (1) determinar a prevalência da AOS em uma população de DPOC e (2) determinar os preditores de risco desta população para AOS. Identificamos 120 pacientes regularmente matriculados no ambulatório de DPOC da Disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo que preenchiam os critérios para o diagnóstico da DPOC segundo definição da American Thoracic Society. Excluímos os pacientes em programa de oxigenoterapia domiciliar (28 pacientes). Realizamos polissonografia nos 50 primeiros pacientes. Todos foram estudados pelos seguintes métodos: mensuração de dados antropométricos e circunferência do pescoço, escala de sonolência de Epworth, avaliação sobre o ronco, questionário de Berlin, gasometria arterial em ar ambiente e vigília e prova de função pulmonar completa com mensuração da capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLco). Os pacientes foram classificados em tipo A (DLco < 50% do valor normal previsto e dispnéia como sintoma predominante), B (DLco > 50% do valor normal previsto e tosse crônica com produção de expectoração como sintoma predominante) e misto. A população estudada se constituiu de 40 homens e 10 mulheres, com idade de 64±9 anos, índice de massa corpórea de 24±5 kg/m2 e VEF1 de 43±15% do valor normal previsto. Dezoito pacientes foram classificados em tipo A, 17 em tipo B e 15 em tipo misto. A AOS (índice de apnéia/hipopnéia > 15 eventos/hora) foi encontrada em 14 pacientes (28%). A prevalência da AOS foi maior na DPOC tipo B (47%) do que na DPOC tipo A (p<0,05). A análise de regressão logística multivariada mostrou que a presença de ronco, a grande circunferência do pescoço e a DPOC tipo B foram todos preditores independentes de risco para AOS. Concluímos que a AOS é freqüente entre portadores da DPOC, particularmente na DPOC tipo B / Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) and obstructive sleep apnea (OSA) are common diseases, particularly in elderly patients, and therefore OSA is likely to occur in COPD patients. It was long observed that chronic obstructive pulmonary disease may fall in two distinct clinical pattern: type A (pink puffer) and type B (blue bloater). Type B patients resemble those of patients with OSA. The prevalence of OSA in COPD patients remains controversial and there are few studies that have investigated the presence of OSA according to the clinical characteristics. Our primary aims were: (1) determine the prevalence of OSA in COPD patients and (2) identify predictors for OSA in COPD patients. For this purpose we studied 50 consecutive non-oxygen dependent patients with a diagnosis of COPD as defined by the American Thoracic Society, who were attended at outpatient COPD clinic at a tertiary University Hospital. The patients were then classified as type A, type B and mixed. Type A COPD was defined solely on the basis of by a DLco < 50% of that predicted. Patients with DLco >= 50% were classified as type B only if they had a clear history of chronic cough and sputum production, lasting for at least 3 months per year for 2 years. All patients were studied by full polysomnography. Prior to sleep study, all patients underwent routine pulmonary function testing including measurement of lung volumes and DLco by the single breath technique. The Epworth Sleepiness Scale and Berlin questionnaire were completed. Snoring was considered present if it was loud and frequent. Neck circumference was also determined. There were 40 males (80%), age 64±9 years old, body mass index 24±5 kg/m2, forced expiratory volume in the first second 43±15% of predicted. Eighteen patients were classified as Type A, 17 as Type B and 15 as Mixed. Obstructive sleep apnea (apnea-hypopnea index > 15 events/hour) was observed in 14 (28%) patients. The prevalence of obstructive sleep apnea was significantly higher in Type B patients (47%). Multiple logistic regression analysis showed that presence of snoring, large neck circumference, type B were all independent predictors for OSA. We conclude that OSA is common among COPD patients, particularly among patients with type B pattern
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Psicodinâmica e qualidade de vida do médico: um estudo transversal em Botucatu-SP / Psychodynamics and physician quality of life: a cross-sectional study in Botucatu-SP

Benedito Carlos Miranda da Silva 24 May 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A Psicodinâmica é o estudo da interação das forças psíquicas que subsidiam o funcionamento mental. A dinâmica mental interfere na qualidade de vida de um indivíduo, na medida em que modifica a percepção que ele tem da própria existência. O papel da psicodinâmica sobre a qualidade de vida ainda é pouco estudado. OBJETIVOS: Estudar, de forma transversal, a relação entre psicodinâmica e qualidade de vida na população de médicos de Botucatu, para testar a hipótese de que quanto melhor a psicodinâmica do médico melhor a sua qualidade de vida. MÉTODOS: Foram enviados questionários, com carta-resposta, para 602 médicos (população referenciada). As variáveis independentes (Psicodinâmica) foram obtidas por meio de duas escalas: a) Defense Style Questionnaire (DSQ-40), que avalia e classifica os mecanismos de defesa do ego em maduros, neuróticos e imaturos; b) Bell Object Relations and Reality Test Inventory (BORRTI - Forma O), que avalia e classifica as relações objetais (alienação, egocentrismo, vinculação insegura e incapacidade social) em normais e patológicas. As variáveis dependentes (qualidade de vida) foram avaliadas pelo World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Abreviado), que fornece escores para os quatro domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. As variáveis moderadoras foram obtidas por meio de um questionário sóciodemográfico. A análise estatística foi feita por meio dos seguintes testes: Shapiro-Wilk, Kolmogorov-Smirnov, Mann-Whitney, Coeficiente de Spearman e modelos de regressão linear com resposta Gamma. Foram utilizados os softwares SPSS versão 17, R versão 2.11.0 e Graph Pad versão 5.0. RESULTADOS: Foram respondidos 198 (33%) questionários válidos. Os seguintes resultados foram obtidos: a média (± desvio padrão) de idade foi de 47,6 (± 11,12) anos e o sexo masculino foi de 53,5%. A presença de perfil patológico nas relações objetais do tipo alienação, egocentrismo e vinculação insegura reduziu os escores dos domínios psicológico (p < 0,001) e relações sociais (p < 0,001), da qualidade de vida. A presença do fator imaturo das defesas do ego reduziu os escores dos domínios físico (p < 0,0001) e meio ambiente (p < 0,0001), da qualidade de vida. DISCUSSÃO: Defesas imaturas do ego dificultam a adaptação do indivíduo à vida profissional e conjugal, enquanto que a presença do perfil patológico das relações objetais leva à dificuldade em manter relacionamentos estáveis e à tendência a manipular as pessoas, apresentando-se socialmente inapto. Ou seja, médicos com esse perfil (de defesas e de relações objetais) devem enfrentar dificuldades para conviver com outras pessoas, inclusive com pacientes. Sua qualidade de vida é pior do que a de médicos com defesas maduras do ego e perfil normal de relações objetais. CONCLUSÕES: A psicodinâmica e a qualidade de vida do médico estão significativamente relacionadas. Os escores da qualidade de vida caem à medida que aumentam os escores das defesas imaturas do ego. Médicos com perfil patológico nas relações objetais apresentam menores escores de qualidade de vida, em relação àqueles com perfil normal / INTRODUCTION: Psychodynamics is the study of the psychological forces that underlie mental action. Ego defense mechanisms and object relations are psychodynamic aspects that affect quality of life as they alter people\'s perceptions of their own life. OBJECTIVES: To assess the influence of ego defense mechanisms and object relations on quality of life in a population of physicians, and thus test our hypothesis that mature ego defenses and normal object relations are associated with better physician quality of life. METHODS: In this cross- sectional study, questionnaires and pre-stamped return envelopes were sent to the population of physicians (602 individuals) living in the city of Botucatu, São Paulo. Psychodynamics was evaluated using the following instruments: a) Defense Style Questionnaire (DSQ-40), which assesses and classifies ego defense mechanisms as mature, neurotic, or immature; b) Bell Object Relations and Reality Test Inventory (BORRTI - Forma O), which assesses and classifies object relations (alienation, egocentricity, insecure attachment, and social incompetence) as either normal or pathological. Quality of life was assessed by the World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-BREF) that was developed in the context of four domains of quality of life: physical health, psychological health, social relationships, and environment. Demographic data were obtained via a specific questionnaire. Statistical analyses were performed using the tests of Shapiro-Wilk, Kolmogorov-Smirnov, Mann-Whitney, Spearman\'s coefficient, and Gamma linear regression models with SPSS v. 17, R v. 2.11.0 and Graph Pad v. 5.0 software. RESULTS: A total of 198 questionnaires (33%) with valid responses were obtained. Among respondents, mean age was 47.6 ± 11 years, and the rate of males was 53.5%. High BORRTI scores (pathology) on the alienation, egocentricity and insecure attachment subscales were associated with reduced WHOQOL-BREF scores for the psychological health (p < 0,001) and social relationships (p < 0,001) domains. Immature ego defense mechanisms were associated with lower WHOQOL-BREF scores for the physical health (p < 0,0001) and environment (p < 0,0001) domains. DISCUSSION: Immature ego defenses impair adjustment to professional and marital life, while pathological object relations lead to difficulty in sustaining stable relationships and tendency to manipulate others, hence social ineptitude. Physicians with immature defenses and pathological object relations are, therefore, likely to find it hard to relate with other people, including patients. Their quality of life is worse in comparison with that of physicians with mature ego defenses and normal object relations. In the study population, both immature ego defenses and pathological object relations were associated with lower quality of life. CONCLUSIONS: Among physicians, quality of life is influenced by its psychodynamics, herein assessed through ego defense mechanisms and object relations

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