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Fatores associados aos distúrbios metabólicos em trabalhadores de turnos de um frigorífico do sul do Brasil

Canuto, Raquel January 2012 (has links)
O trabalho em turnos tem crescido na sociedade moderna como um mecanismo importante para uma maior flexibilidade na organização dos horários de trabalho. Este termo refere-se a um horário de trabalho que envolve horários irregulares ou incomuns, como o trabalho noturno e por turnos rotativos, em contraste com trabalho diurno normal. Porém o trabalho em turnos é acompanhado por uma maior incidência de diversos problemas de saúde, tais como doenças cardiovasculares e metabólicas. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar os fatores associados à obesidade e à síndrome metabólica em trabalhadores de turnos de um frigorífico de frango do Sul do Brasil. Para tanto, foi conduzido um artigo de revisão da literatura e dois artigos originais. O artigo de revisão sistemática da literatura investigou a associação entre trabalho em turnos e síndrome metabólica. Os artigos incluídos foram escolhidos com base em critérios de inclusão estabelecidos; sua qualidade metodológica foi avaliada utilizando uma lista de verificação de qualidade validada, sendo que a maioria dos estudos foi classificada como tendo um baixo risco de viés. Entre os 10 estudos recuperados, oito encontraram uma associação positiva entre o trabalho por turnos e síndrome metabólica após o controle de fatores sócio-demográficos e comportamentais. Mas apenas três estudos incluíram duração do sono como um fator de confusão, e esses estudos apresentaram resultados discordantes. Assim, conclui-se que não existem provas suficientes sobre a associação entre trabalho por turnos e síndrome metabólica, especialmente quando os fatores de confusão são levados em conta. Os dois artigos originais foram elaborados através de um estudo transversal com uma amostra de 905 trabalhadores de ambos os sexos de um frigorifico, que funciona nas 24 horas do dia, no Sul do Brasil. O primeiro artigo teve por objetivo investigar a relação entre privação de sono e obesidade geral entre os trabalhadores, controlando na análise multivariável para possíveis fatores de confusão. A obesidade definida como índice de massa corporal 30 kg/m2 e a privação do sono definida através do número de horas de sono e eventuais cochilos. Como principais achados pode-se destacar que os diferentes níveis de privação de sono mostraram-se relacionadas à maior renda, ao número de refeições realizadas durante o dia e ao trabalho noturno. Após ajustes na análise multivariável, trabalhadores que reportaram privação severa de sono (dormiam ≤5 horas por noite e não realizavam cochilos) tiveram uma probabilidade 4,57 vezes maior de apresentar obesidade. Assim, nossos achados demonstram uma forte associação entre privação de sono e obesidade em trabalhadores de turnos. Além disso, evidencia que a privação do sono poder ser uma consequência direta do regime de trabalho noturno. O segundo artigo original investigou a prevalência de síndrome metabólica (SM) e a sua associação com fatores demográficos, socioeconômicos e comportamentais nos trabalhadores. O diagnóstico da SM foi realizado de acordo com as recomendações do “Harmonizing the Metabolic Syndrome”. A distribuição de cada um dos componentes da SM foi avaliada de acordo com as características demográficas, socioeconômicas e comportamentais da amostra. A análise multivariável seguiu um modelo teórico de determinação da SM em trabalhadores de turnos. Dessa forma, a prevalência de SM mostrou-se positivamente associada às mulheres, trabalhadores com mais de 40 anos e que relataram dormir cinco ou menos horas por dia. Por outro lado, a SM mostrou-se negativamente associada ao maior nível de instrução e a realizar mais do que três refeições por dia. Por outro lado, a SM mostrou-se negativamente associada ao maior nível de instrução e a realizar mais do que três refeições por dia. Já sexo, idade e escolaridade mostraram-se relacionados à maioria dos componentes da SM alterados. Entretanto, as variáveis comportamentais mostraram-se associadas apenas à CC e PA alteradas. Em suma, sexo, idade, escolaridade, hábitos alimentares e duração do sono mostraram-se como fatores de risco independentes para a ocorrência da SM em trabalhadores de turnos. / Shift work is increasing in modern society as an important mechanism for greater flexibility in the organization of work schedules. This term refers to a work schedule that involves irregular or unusual hours, such as night work and rotating shift work, in contrast to normal daytime work. Shift work is accompanied by a greater incidence of several health disorders, such as cardiovascular and metabolic disorders. The aim of this study was to examine the factors associated with obesity and metabolic syndrome in shift workers among a poultry processing plant in southern Brazil. For this, we conducted a systemic review of the literature and two original articles. The aim of this systematic review was to examine the association between shift work and Metabolic Syndrome. The included articles were chosen based on established inclusion criteria; their methodological quality was assessed using a validated quality checklist. A total of 10 articles were included in this review. Among the ten studies, eight found a positive association between shift work and MetS after controlling for socio-demographic and behavioral factors. Only three studies included sleep duration as a confounder, and these studies presented discordant results. We conclude that there was insufficient evidence regarding the association between shift work and prevalent MetS when the confounders are taken into account. The two original articles were developed by a cross-sectional study was conducted on a sample of 902 shift workers of both sexes in a poultry processing plant in Southern Brazil that functions 24 hours per day. The objective of first manuscript was to explore the association between sleep deprivation and obesity among shift workers, controlling for possible confounders. Obesity was defined as body mass index ≥ 30 kg/m2. Sleep deprivation were associated with increased income, number of meals consumed throughout the day and nightshift work. After controlling, the prevalence ratios of obesity were 4,57 in the workers with sleep deprivation compared to the reference group. These results show a strong association between sleep deprivation and obesity in shift workers, and that sleep deprivation may be a direct consequence of working at night. The second original manuscript investigated the prevalence of metabolic syndrome (MS) and its association with demographic, socioeconomic and behavioral factors in shift workers. The diagnosis of SM was determined according to the recommendations from “Harmonizing the Metabolic Syndrome”. The distribution of each of the components of MS was evaluated according to the demographic, socioeconomic and behavioral characteristics of the sample. The multivariate analysis followed a theoretical framework for determining MS on shift workers. The prevalence of MS was positively associated with women, workers of over 40 years of age and those who reported sleeping five or less hours per day. On the other hand, MS was negatively correlated with higher educational level and having more than three meals per day. In conclusion, sex, age, educational level, eating habits and duration of sleep appeared as independent risk factors for MS
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Doenca Renal em Hipertensos Portadores de Sindrome Metabolica

BRAGA, Fátima Lúcia Machado 29 September 2012 (has links)
Submitted by Lucelia Lucena (lucelia.lucena@ufpe.br) on 2015-03-11T17:46:07Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Tese-Final-Corrigida-com_catalogação-20-12-2012.pdf: 2795783 bytes, checksum: 26bcd0d9cba0704097dab538810a0ee5 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-11T17:46:07Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Tese-Final-Corrigida-com_catalogação-20-12-2012.pdf: 2795783 bytes, checksum: 26bcd0d9cba0704097dab538810a0ee5 (MD5) Previous issue date: 2012-09-29 / A doença renal crônica (DRC) é caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais com envolvimento de processo inflamatório. A elevação da pressão arterial e a presença de distúrbios metabólicos são comumente encontradas nesses pacientes. A síndrome metabólica (SM), definida pela presença de, pelo menos, três dos seguintes fatores: obesidade abdominal, hipertensão, dislipidemia e intolerância à glicose, tem sido relacionada a um maior risco de DRC. Embora a relação entre SM, biomarcadores inflamatórios e DRC tenha sido estabelecida em vários estudos, o entendimento detalhado da implicação da SM e seus componentes nesse processo ainda são limitados. O objetivo deste estudo clínico foi avaliar a função renal em pacientes hipertensos, portadores de SM, acompanhados na Clínica de Hipertensão Arterial / Hospital das Clínicas / Universidade Federal de Pernambuco. Os resultados são apresentados na forma de artigos de divulgação científica. Foram elaborados dois artigos originais, descrevendo o perfil socioeconômico, clínico, antropométrico, bioquímico e hematológico desses pacientes, bem como investigada a associação entre SM, fatores associados e marcadores inflamatórios, com o deficit da função glomerular (DFG). Este estudo transversal envolveu 1273 indivíduos adultos hipertensos, 931 mulheres e 342 homens, divididos em dois grupos, com DFG (n=1.052) e sem DFG (n=221), diagnosticados pela classificação da DRC, segundo as diretrizes da National Kidney Foundation, utilizando aequação Modification of Diet in the Renal Disease. A SM foi definida de acordo com os critérios da International Diabetes Federation. A regressão de Poisson foi utilizada para determinar as variáveis de interesse para a DRC e a razão de chances para determinar a possibilidade de ocorrência da DRC diante da SM e alterações dos marcadores inflamatórios estudados: proteína C-reativa ultrassensível (PCRus), velocidade de emossedimentação (VHS) e relação neutrófilos/linfócitos (R N/L). Foi observada uma associação entre variáveis demográficas e socioeconômicas com a DRC. A razão de prevalência (RP) foi de 1.07 [Intervalo de Confiança (IC95%) 1.01-1.14], 1.22 (IC95% 1.16-1.28), e 1.10 (IC95% 1.04-1.17), para mulheres, idade ≥ 60 anos e escolaridade < 1ºgrau, respectivamente. Entre as variáveis clínicas foi encontrada associação com o estágio três da hipertensão (RP=1.09, IC95% 1.04- 1.16), hipertensão sistólica isolada (RP=1.15, IC95% 1.06-1.24) e hipertrofia ventricular esquerda (RP=1.07, IC95% 1.02-1.12). Entre as variáveis bioquímicas, somente o colesterol total elevado (RP=1.09, IC95% 1.02-1.15), o colesterol lipoproteína de alta densidade (C-HDL) baixo (RP=1.07, IC95% 1.02-1.12) e o ácido úrico elevado (RP=1.25, IC95% 1.21-1.30) mostraram associação significativa com a DRC. No modelo de regressão, das doze variáveis testadas, o ácido úrico elevado (RP ajustada=1.23), a idade ≥ 60 anos (RP ajustada=1.21) e o sexo feminino (RP ajustada=1.11) permaneceram independentemente associados à DRC. A análise bivariada incluindo os marcadores inflamatórios revelou associação com DRC: PCRus (RP=1.72, IC95% 1.57-1.88), VHS (RP=1.52, IC95% 1.42-1.64) e R-N/L (RP=1.57, IC95% 1.46- 1.69). No modelo de regressão correspondente, constituído de 10 variáveis (p ≤ 0.20), verificou-se que três variáveis permaneceram independentemente associadas à DRC: SM (RP ajustada=1.09), PCRus (RP ajustada=1.54) e VHS (RP ajustada=1.20). Os achados evidenciaram uma associação da DRC com o ácido úrico (alto risco), idade ≥ 60 anos, sexo feminino, PCRus (alto risco), VHS e SM.
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Síndrome metabólica e concentrações de apolipoproteínas a-i e b-100 em adolescentes com excesso de peso

BARRETO NETO, Augusto Cesar 31 January 2012 (has links)
Submitted by Susimery Vila Nova (susimery.silva@ufpe.br) on 2015-04-10T19:05:06Z No. of bitstreams: 2 AA_TESE_AUGUSTO BARRETO_24_FINAL.pdf: 7044027 bytes, checksum: b32212b7e2af41f68cadfffb8f3eb892 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-10T19:05:06Z (GMT). No. of bitstreams: 2 AA_TESE_AUGUSTO BARRETO_24_FINAL.pdf: 7044027 bytes, checksum: b32212b7e2af41f68cadfffb8f3eb892 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012 / A Síndrome Metabólica (MetS) é uma desordem complexa representada por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, usualmente relacionados à deposição central de gordura. Existem importantes lacunas no que se refere ao grau da ocorrência da MetS em adolescentes, bem como sobre a contribuição de marcadores aterogênicos, a exemplo das apolipoproteínas A-I (APOA-I) e B100 (APOB-100) nessa síndrome. Este estudo tem como objetivos estimar as prevalência de excesso de peso e da MetS em adolescentes escolares, analisar e caracterizar as concentrações de apolipoproteínas A-I e B-100 em escolares com ou sem MetS. Foram desenvolvidos 2 estudos de corte transversal, sequenciais, envolvendo a mesma população de escolares de 10 a 19 anos de ambos os sexos, regularmente matriculados na rede pública e privada de ensino do município de Vitória de Santo Antão-PE. O primeiro corte rastreou o excesso de peso em 2.866 escolares e o segundo corte, a MetS naqueles escolares que apresentaram excesso de peso no primeiro screening. Para avaliação do perfil das apolipoproteínas nos escolares diagnosticados com MetS, foi constituído um grupo controle, selecionado entre os escolares que não apresentaram MetS. Esse pareamento permitiu estabelecer um parâmetro de comparação mais apropriado para avaliação das eventuais flutuações na distribuição das apolipoproteínas na MetS. A amostra foi do tipo poli-etapas, selecionando-se as unidades amostrais elementares por partilha proporcional. A obesidade foi avaliada pelo índice de massa corporal, circunferência da cintura, razão cintura e estatura e circunferência do pescoço. A MetS foi definida pelas recomendações da National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III (2001) e da International Diabetes Federation (2007), e o risco cardiovascular pela razão das concentrações de apolipoproteínas A-I e B-100. Na análise dos dados foram empregadas técnicas estatísticas descritivas e multivariadas. A prevalência de excesso de peso analisada pelo índice de massa corporal foi de 17,8% (IC95%:16,4-19,2) e a de obesidade abdominal foi de 4,2% (IC95%:3,5-5) para a circunferência da cintura e de 11,4% (IC95%:10,2-11,5) quando da razão da circunferência da cintura e estatura e 30,1% (IC95%:28,4-31,8) para circunferência do pescoço. A razão APOB-100/APOA-I elevada esteve presente em 35,5% (IC95%: 29,5-41,8) e a MetS foi identificada em 14,5% (IC95%: 10,4-19,5) e 18,5% (IC95%: 14-29) dos adolescentes com excesso de peso de acordo com os critérios do IDF(2007) e NCEP/ATP-III (2001), respectivamente. As medianas da razão APOB-100/APOA-I foram significativamente mais elevadas entre os adolescentes com a MetS (p<0,001). A análise de regressão de Poisson ajustada mostrou como fatores de risco independentes, para o excesso de peso dos adolescentes, as mães com escolaridade igual ou superior a 9 anos de estudo (RP= 1,27 IC95% 1,06-1,53), adolescentes pertencentes à classe social mais elevada (RP= 2,06 IC95% 1,59-2,67) e o uso de televisão em dias de semana acima de 3h/dia (RP= 1,3 IC95% 1,07-1,60). Já para elevada razão da APOB-100/APOAI os fatores de risco independentes foram o baixo HDL-c (RP=1,77 IC95% 1,2-2,6) e o elevado LDL-c (RP=3,28 IC95% 2,4-4,5). Conclusão: A elevada prevalência de excesso de peso impõe a adoção de estratégias de prevenção e controle, sobretudo aquelas focalizadas na redução à exposição aos fatores de risco, visando o efetivo combate à pandemia da obesidade em adolescentes. A elevação do HDL-c e redução do LDL-c podem reduzir o risco global de doenças cardiometabólicas em adolescentes. Uma razão APOB-100/APOA-I elevada pode constituir uma característica importante da MetS em adolescentes e pode proporcionar um mecanismo adicional para explicar o aumento do risco cardiovascular em indivíduos com esta síndrome.
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Síndrome da apneia obstrutiva do sono, doenças hepáticas crônicas (hepatites virais, doença hepática gordurosa não alcoólica) e Síndrome Metabólica: estudo descritivo

MARQUIS, Valéria Wanderley Pinto Brandão 28 July 2017 (has links)
Submitted by Fernanda Rodrigues de Lima (fernanda.rlima@ufpe.br) on 2018-08-29T22:38:37Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) DISSERTAÇÃO Valéria Wanderley Pinto Brandão Marquis.pdf: 3010876 bytes, checksum: af110bc9f2de143f45b5139e1b97ba96 (MD5) / Approved for entry into archive by Alice Araujo (alice.caraujo@ufpe.br) on 2018-09-10T23:12:21Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) DISSERTAÇÃO Valéria Wanderley Pinto Brandão Marquis.pdf: 3010876 bytes, checksum: af110bc9f2de143f45b5139e1b97ba96 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-10T23:12:21Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) DISSERTAÇÃO Valéria Wanderley Pinto Brandão Marquis.pdf: 3010876 bytes, checksum: af110bc9f2de143f45b5139e1b97ba96 (MD5) Previous issue date: 2017-07-28 / O objetivo deste estudo foi descrever a ocorrência de doenças hepáticas crônicas (hepatite B e C e doença hepática gordurosa não alcoólica - DHGNA) e síndrome metabólica (SM) em pacientes com Síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). Os objetivos secundários, foram descrever: (1) a frequência de doenças hepáticas crônicas (hepatite B e C, DHGNA) e SM em pacientes com SAOS de acordo com as variáveis biológicas, antropométricas e as alterações bioquímicas; (2) a ocorrência de DHGNA e SM de acordo com a gravidade da SAOS; (3) a presença dos critérios diagnósticos de SM, segundo a NCEP-ATP III, e sua prevalência de acordo com a gravidade da SAOS. Selecionamos pacientes a partir da aplicação do questionário clinico de Berlim, incluindo pacientes entre 20-74 anos de idade, não alcoolistas crônicos, que apresentaram diagnóstico de SAOS através de poligrafia de noite inteira. Foram incluídos 167 pacientes, com média de idade de 52,3 ± 12,1 anos, sendo 59,2% do sexo feminino, média do peso de 76,1 ± 15,1 kg, com média de IMC de 29,5 ± 4,07 kg/m2. No sexo masculino, a circunferência cervical e abdominal média foi de 41,2 ± 2,7 e 101,4 ± 12,4 cm, respectivamente, e no feminino 37,9 ± 2,6 cm e 99,2 ± 9,6 cm. Os resultados demonstraram que (1) prevalência de DHGNA em 58,7%, SM em 44,3%; prevalência de Hepatite B em 1,2% e não houve casos de hepatite C; (2) os pacientes com SM apresentaram maior média de idade e o sexo feminino foi mais acometido, mas não foi encontrada esta diferença nos pacientes com DHGNA; (3) o IMC e a circunferência abdominal foram aumentados foram mais observados naqueles com DHGNA e com SM; (4) a maioria dos pacientes obtiveram resultados laboratoriais normais, sendo que a dosagem de triglicerídeos apresentou maior percentual de resultados alterados. ALT foi o marcador de lesão hepática aumentado nos portadores de DHGNA e triglicerídeos e glicemia de jejum foram maiores nos grupos tanto com DHGNA como com SM; (5) a presença de DHGNA e de SM não teve relação a gravidade da SAOS, porém a intensidade da DHGNA, segundo ultrassonografia abdominal, tem uma associação com a gravidade da SAOS; (6) entre os parâmetros diagnósticos da SM, a circunferência abdominal aumentada para ambos os sexos foi o mais prevalente, e não houve relação dos parâmetros com a gravidade da SAOS. Conclui-se que cerca da metade dos pacientes com SAOS apresentaram DHGNA e SM, neste estudo. A ocorrência de doença hepática crônica pelo vírus B e C foi semelhante a população geral. / The objective of this study was to describe the occurrence of chronic hepatic diseases (hepatitis B and C and non-alcoholic fatty liver disease - NAFLD) and metabolic syndrome (MS) in patients with obstructive sleep apnea syndrome (OSAS). As secondary objectives, we sought to (1) describe the frequency of chronic liver diseases (hepatitis B and C, NAFLD) and MS in OSAS patients according to biological, anthropometric and biochemical changes; (2) describe the occurrence of NAFLD and SM according to the severity of OSAS; (3) describe the presence of the diagnostic criteria of MS according to NCEP-ATP III and its prevalence according to the severity of OSAS. We selected patients using the Berlin Clinical Questionnaire, including patients aged 20-74 years old, who were non-alcoholic, and presented a diagnosis of OSAS through polygraphy. One hundred and sixty seven patients were included, with a mean age of 52.3 ± 12.1 years, 59.2% female, mean weight 76.1 ± 15.1 kg, and a mean BMI of 29.5 ± 4.07 kg/ m². In males, the mean cervical and abdominal circumference was 41.2 ± 2.7 and 101.4 ± 12.4 cm, respectively, and in the female, 37.9 ± 2.6 cm and 99.2 ± 9.6 cm. The results demonstrated that (1) the prevalence of NAFLD in 58.7% and MS in 44.3%; Hepatitis B prevalence was low (1.2%) and there were no cases of hepatitis C; (2) patients with MS were older and females were more affected, but this difference was not found in patients with NAFLD; (3) increased BMI and abdominal circumference were mostly observed in patients with NAFLD and SM; (4) the majority of the patients had normal laboratory results, and the triglyceride dosage was the only one that obtained more altered results. ALT was the marker of increased liver injury in patients with NAFLD and triglycerides and fasting glycaemia were higher in both DHGNA and SM groups; (5) the presence of DHGNA and MS was not related to OSAS severity, however NAFLD intensity, according to abdominal ultrasonography has a association with the severity of OSAS; (6) in the diagnostic parameters of MS, increased abdominal circumference for both sexes was the most prevalent, and there were no relation between the parameters and the severity of OSAS. We conclude that about half of OSAS patients had NAFLD and MS diagnose, in this study. The occurrence of chronic hepatic disease due to B and C virus was the same as the general population.
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Efeito do exercício combinado de intensidade moderada nos fatores de risco cardiometabólicos em mulheres com e sem síndrome metabólica / Effect of combined exercise of moderate intensity on cardiometabolic risk factors in women with and without metabolic syndrome

Prudente, Paulo Adriano Naves 03 November 2016 (has links)
Submitted by JÚLIO HEBER SILVA (julioheber@yahoo.com.br) on 2016-11-24T18:31:56Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Paulo Adriano Naves Prudente - 2016.pdf: 2846301 bytes, checksum: dea8ae82bfe257d4d064620864e2d047 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Jaqueline Silva (jtas29@gmail.com) on 2016-11-28T17:48:09Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Paulo Adriano Naves Prudente - 2016.pdf: 2846301 bytes, checksum: dea8ae82bfe257d4d064620864e2d047 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-28T17:48:09Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Paulo Adriano Naves Prudente - 2016.pdf: 2846301 bytes, checksum: dea8ae82bfe257d4d064620864e2d047 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2016-11-03 / Introduction: The phenomenon of metabolic syndrome (MS) is associated with a set of factors that constitute cardiometabolic risk, among them are the increase in abdominal fat, dyslipidemia, hyperglycemia and hypertension. Exercise can contribute to change the picture of the metabolic syndrome, however the type of exercise, the volume and intensity ideals are not yet fully established. Objective: Analyze the effects of 24 weeks of combined exercise on cardiometabolic risk factors in women with no metabolic syndrome. Methods: The study is not a randomized experimental trial and not controlled with the participation of 36 sedentary women, divided into two groups, one with metabolic syndrome (CSM, n = 22) and one without (SSM, n = 14). Sociodemographic data were collected at the beginning. Anthropometric and cardiometabolic risk factors evaluations were performed before and after the exercises. The diagnosis of metabolic syndrome was based on IDF parameters. For the assessment of cardiometabolic risk were considered the following factors: waist circumference (WC), ratio waist / height (WHtR), systolic blood pressure (SBP) and diastolic (DBP), HDL-C, triglycerides (TGL), blood glucose fasting, fasting insulin and HOMA-IR. The participants underwent 24 weeks of combined exercise (resistance circuit + aerobic) of moderate intensity, verified by the perceived exertion, and performed with the use of low-cost equipment. Statistical analyzes were performed to compare the difference of the average values of cardiometabolic risk factors before and after exercise. Results: Comparing the groups, the CSM showed a significant reduction of the values of body mass (p = 0.02), BMI (p = 0.02), SBP (p = 0.01), DBP (p <0.001), WHtR (p <0.001). The SSM group showed no statistically significant changes in any of the cardiometabolic risk factors after the practice of combined exercises. Conclusion: We conclude that the combined exercises resulted in significant reductions and clinically positive for SBP and DBP in the CSM group / Introdução: O fenômeno da síndrome metabólica (SM) está associado a um conjunto de fatores que constituem riscos cardiometabólicos, dentre eles estão o aumento de gordura abdominal, a dislipidemia, a hiperglicemia e a hipertensão arterial sistêmica. O exercício físico pode contribuir para alterar o quadro da síndrome metabólica, entretanto o tipo de exercício, o volume e a intensidade ideais ainda não estão claramente estabelecidos. Objetivo: Analisar os efeitos de 24 semanas de exercícios físicos combinados nos fatores de risco cardiometabólicos em mulheres com e sem síndrome metabólica. Métodos: O estudo é um estudo experimental não randomizado e não controlado com participação de 36 mulheres sedentárias, alocadas em dois grupos, um com síndrome metabólica (CSM, n=22) e outro sem (SSM, n=14). Dados sóciodemográficos foram coletados no início. As avaliações antropométricas e dos fatores de riscos cardiometabólicos foram realizadas antes e após a prática dos exercícios. O diagnóstico da síndrome metabólica foi realizado com base nos parâmetros da IDF. Para a avaliação do riscos cardiometabólicos consideraram-se os seguintes fatores: circunferência da cintura (CC), relação cintura/estatura (RCE), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), HDL-c, triglicerídeos (TGL), glicemia de jejum, insulina em jejum e o HOMA-IR. As participantes foram submetidas à 24 semanas de exercício combinado (resistido em circuito + aeróbio) de intensidade moderada, verificada por meio da percepção subjetiva de esforço, e realizados com a utilização de equipamentos de baixo custo. Foram realizadas análises estatísticas para comparar a diferença dos valores médios dos fatores de riscos cardiometabólicos antes e após os exercícios. Resultados: Na comparação entre os grupos, o CSM apresentou redução significativa para os valores da massa corporal (p=0,02), IMC (p=0,02), PAS (p=0,01), PAD (p<0,001), RCE (p<0,001). O grupo SSM não apresentou alterações estatisticamente significativas em nenhum dos fatores de riscos cardiometabólicos após a prática de exercícios combinados. Conclusão: Concluímos que os exercícios combinados resultaram em reduções significativas e clinicamente positivas para a PAS e PAD no grupo CSM.
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Relação da prematuridade com o perfil antropométrico e metabólico de adolescentes em seu contexto de vida / Relationship of prematurity with the anthropometric and metabolic profile of adolescents in their life context

Lopes, Mírian Nara 22 February 2018 (has links)
Submitted by Rosangela Silva (rosangela.silva3@unioeste.br) on 2018-05-23T12:46:53Z No. of bitstreams: 2 Mírian Nara Lopes.pdf: 3764371 bytes, checksum: b8401093c2bf5c4a14d158bbf4664148 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-23T12:46:53Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Mírian Nara Lopes.pdf: 3764371 bytes, checksum: b8401093c2bf5c4a14d158bbf4664148 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2018-02-22 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Faced with technological development and professional training, it has been possible to guarantee a higher survival rate of preterm newborns, reducing mortality and morbidity. However, premature born people often present changes in growth and metabolism that will have repercussions on their health throughout life. In this sense, premature born adolescents may have a greater chance of developing obesity and its comorbidities. Thus, the present study aims to identify the repercussions of prematurity on the blood pressure (BP), lipid, glycemic and anthropometric profiles in adolescents living in a neighborhood in the city of Cascavel, according to their socioeconomic conditions. For that, a quantitative cross-sectional descriptive study was carried out at a Basic Health Unit in Cascavel, considering 50 preterm adolescents from 10 to 19 years old. Data collection was performed through semi-structured interview, physical evaluation (physical examination and collection of exams) and information from the vaccination portfolios. Data were analyzed by descriptive statistics and the correlations by inferential statistics; level of significance of 5% (p> 0.05) and 95% confidence interval. Findings showed 52% male, mostly white (54%), born with gestational age from 32 to 36 weeks (80%) and with adequate weight for gestational age (70%). Most of them used to have their meals in front of the screens (78%), and only 18% practice physical activity three times a week. In their personal history, 62% report respiratory issues and 58% have some type of allergy. In physical examination, 30% were overweight, 10% had abdominal circumference (AC) in the 90th percentile, 34% had high blood pressure (BP), 41% presented high triglycerides (TG) and 22% had high total cholesterol TC); only one adolescent presented altered glycemia. An association between the degree of prematurity and the classification of BP (p-value = 0.027) and trend of association with TG (p-value = 0.05) was identified. Higher proportion of overweight is related to adolescents born extremely or very premature, and 60% of them presented elevated blood pressure. Among the big sized preterm during gestational age, 44,4% showed increased BP, TC and TG. The small sized prematures didn’t show elevated BP. An important statistical association was observed between blood pressure and the number of meals (p=0,01), total cholesterol and breastfeeding (p=0,03), and triglycerides with consumption of sausages (p=0,02) and products rich in carbohydrates (p=0,01). 72% were offered cow's milk before one-year-old and only 30% received exclusive breastfeeding until six months; no statistical difference was observed related to the breastfeeding type and the variables investigated. Among the 30% with overweight, 60% had elevated BP, 53% TG, 33% CT and 33% WC ≥ 90th percentile. TG rates showed a relation with the family income and maternal schooling. Thus, for those with incomes up to a minimum wage there was a higher concentration of elevated TG, while the highest TG values were found in those whose mothers had higher schooling. The present study showed that a significant proportion of preterm infants presented high blood pressure and lipid profile and excessive body weight, a situation that exposes them to a higher risk of developing metabolic syndrome in adulthood and to become part of the group of adults with health chronic conditions. / Frente ao desenvolvimento tecnológico e capacitação profissional, tem sido possível garantir maior sobrevida dos recém-nascidos Prematuros (PT), diminuindo a mortalidade e a morbidade ao longo da vida. Todavia, o indivíduo que nasce PT apresenta, muitas vezes, alterações no crescimento e no metabolismo que terão repercussões sobre sua saúde ao longo da vida. Nesse sentido, adolescentes nascidos PT podem ter maior chance de desenvolver obesidade e suas comorbidades. Assim, o presente estudo tem como objetivo descrever as repercussões da prematuridade no perfil pressórico, lipídico, glicêmico e antropométrico de adolescentes residentes em um bairro no município de Cascavel de acordo com suas condições socioeconômicas. Para tanto, realizou-se estudo de abordagem quantitativa, transversal, descritivo na Unidade Básica de Saúde Palmeiras com adolescentes de 10 a 19 anos nascidos PT. Coleta de dados por meio de entrevista semiestruturada, avaliação física (exame físico e coleta de exames) e dados em carteiras de vacinação. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e as correlações por meio de estatística inferencial; nível de significância de 5% (p<0,05) e intervalo de confiança de 95%. Foram avaliados 50 adolescentes, sendo 52% do sexo masculino, 54% brancos, a maioria nascida com idade gestacional de 32 a 36 semanas (80%) e com peso adequado para a idade gestacional (70%). A maioria faz refeições em frente às telas (78%), apenas 18% fazem atividade física três vezes por semana. Em sua história pessoal, 62% relatam problemas respiratórios e 58% algum tipo de alergia. No exame físico, 30% apresentaram excesso de peso, 10% Circunferência Abdominal (CA) no percentil 90, 34% Pressão Arterial (PA) elevada, 41% apresentaram Triglicerídeos (TG) e 22% Colesterol Total (CT) elevados; somente uma adolescente apresentou glicemia alterada. Identificou-se associação entre o grau de prematuridade e a classificação da PA (p=0,02) e tendência de associação com TG (p=0,05). Os PT extremos ou muito PT tiveram maior proporção de excesso de peso e 60% deles apresentaram PA elevada. Entre os PT grandes para idade gestacional, 44,4% apresentaram PA, CT e TG elevados. Os pequenos para idade gestacional não apresentaram PA elevada. Observou-se associação estatisticamente significante entre PA e número de refeições (p=0,01), CT e aleitamento materno (p=0,03) e TG com consumo de embutidos (p=0,02) e produtos ricos em carboidratos (p=0,01). 72% receberam leite de vaca antes de completar um ano e 30% receberam aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade; não se observou diferença estatística significativa em relação ao tipo de aleitamento e as variáveis investigadas. Dos 30% com excesso de peso, 60% apresentaram PA elevada, 53% TG e 33% CT elevados e 33% percentil CA ≥90. Os TG apresentaram relação com renda familiar e escolaridade materna. Assim, para aqueles com renda até um salário mínimo houve maior concentração de TG elevados, enquanto os melhores valores de TG foram encontrados naqueles que as mães apresentaram maior escolaridade. O presente estudo mostrou que parcela significativa dos adolescentes nascidos prematuros apresentaram perfil pressórico e lipídico elevados e excesso de peso corporal, situação essa que os expõe a maior risco de desenvolver síndrome metabólica na idade adulta e vir a ser parte do grupo de adultos portadores de condições crônicas de saúde.
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Síndrome metabólica e stress em usuários de Unidades Básicas de Saúde da zona sul de São Paulo / Metabolic syndrome and stress in users of the Basic Health Units of the southern zone of São Paulo City

Maria Paula Carvalho Leitão 04 September 2009 (has links)
Introdução: Entre os principais fatores que contribuem para o surgimento da Síndrome metabólica (SM) estão a predisposição genética, inatividade física, distúrbios da homeostase da glicose, hipertensão arterial, obesidade centralizada e dislipidemias. Por outro lado, o stress tem sido apontado como fator de risco para a obesidade centralizada e para a hipertensão arterial. A SM e o stress tem sido pouco avaliados em estudos populacionais. Objetivo: Verificar a prevalência de síndrome metabólica e do stress e a relação de ambos com o nível socioeconômico, hábitos comportamentais, condições de saúde e áreas de residência em usuários de Unidades Básicas de Saúde da zona sul de São Paulo. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal, cuja amostra aleatória foi constituída por usuários, maiores de 20 anos, de Unidades Básicas de Saúde, situadas no Jardim Germânia, 187 usuários (com predominância de classe média) e no Jardim Comercial, 265 usuários (com predominância de classe pobre), totalizando 452 usuários. Os indivíduos que concordaram em participar do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para detectar a presença de stress foi utilizado o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). Para o diagnóstico da SM utilizou-se o critério proposto pela International Diabetes Federation (circunferência da cintura com valores étnicos especificados, sendo para os sul americanos, cintura abdominal 80 cm para mulheres e 90 cm para homens), mais dois quaisquer dos quatro seguintes critérios: glicemia de jejum 100 mg/dL; triglicerídeos 150 mg/dL; colesterol HDL <40 mg/dL em homens e <50 mg/dL em mulheres; pressão arterial com valores de corte considerando 130/85 mmHg ou tratamento de hipertensão previamente diagnosticada. Para efeitos comparativos utilizou-se também, o critério do NCEP ATP III que define como SM a presença de 3 a 5 fatores de risco metabólicos em um único paciente. Os componentes e os valores seriam os mesmos recomendados pelo IDF, exceto para a circunferência da cintura, respectivamente para homens > 102 cm e para mulheres > 88 cm e glicemia de jejum 110 mg/dL. A avaliação laboratorial e clínica constou dos seguintes exames: glicemia de jejum, colesterol total e frações, triglicerídeos e mensuração da pressão arterial. Na avaliação antropométrica foram aferidas medidas de peso, estatura, circunferências abdominal e do quadril. Foi utilizado questionário geral para obtenção de dados sociodemográficos, socioeconômicos, antecedentes familiares e pessoais de morbidades, hábitos comportamentais como tabagismo, etilismo e atividade física. Para avaliação da atividade física foram utilizados o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão longa modificada junto com o Questionário do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) e o método preconizado pela OMS 1985. Análise Estatística: Foi realizada análise exploratória dos dados visando o conhecimento da amostra. Efetuou-se cálculo da prevalência bruta da SM e stress por sexo e por local de residência. Neste trabalho, o nível de significância adotado foi de 5 por cento. Foi estabelecida associação entre as variáveis explicativas de interesse e SM e stress, empregando-se a regressão logística multivariada. Na regressão logística, a verificação do ajuste dos modelos foi realizada por meio do teste do quiquadrado e teste de Hosmer Lemeshow. A presença ou não de multicolinearidade (alta correlação entre as variáveis independentes) foi testada em cada modelo, empregando-se critérios para diagnóstico de multicolinearidade. Resultados: A maioria dos participantes do estudo era do sexo feminino, UBS Jardim Comercial 59,2 por cento e UBS Jardim Germânia 67,4 por cento, a faixa etária com maior representatividade foi 40 49 anos para ambos os sexos nas duas UBS, respectivamente 26,4 por cento e 21,4 por cento. No Jardim Germânia, os percentuais de SM para os homens foram 18 por cento e 11,5 por cento, pelos critérios do IDF e do NCEP ATP III, respectivamente; para as mulheres, por esses critérios, foram de 25.4 por cento e 19 por cento. No Jardim Comercial, os percentuais para os homens foram 27,8 por cento (IDF) e 20,4 por cento (NCEP ATP III). Para as mulheres, 24,2 por cento (IDF) e 19,7 por cento (NCEP ATP III). No Jardim Germânia, o percentual de stress para os homens foi de 60,7 por cento e para as mulheres 84,1 por cento. No Jardim Comercial, o percentual para os homens foi de 43,5 por cento e para as mulheres de 69,4 por cento. A maioria dos participantes do estudo que apresentaram stress, se encontravam na fase de resistência. A fase de quase-exaustão foi encontrada principalmente entre as mulheres: 13,4 por cento no Jardim Comercial e 26,2 por cento no Jardim Germânia. Quanto à associação entre Stress e variáveis nas duas UBS, o sexo feminino apresentou 3 vezes mais chance (OR=3,275; p<0,001) de ter stress do que o sexo masculino. A escolaridade foi analisada como variável contínua, mostrando relação direta com o stress. Não houve relação significativa entre o tabagismo e o stress e o etilista tem o triplo de chance (OR=3,007; p<0,001), comparado ao não-etilista. O sobrepeso teve relação direta com o stress (OR=1,596; p<0,001) e a obesidade (OR=1,478; p<0,001) também. O bairro de Jardim Comercial apresentou relação inversa com o stress. Os níveis de atividade física sedentário e leve, comparados aos níveis de atividade moderada e intensa, aumentam a chance de ter stress. Em relação à associação entre SM segundo critérios do IDF e variáveis em ambas as UBS as mulheres têm o dobro de chance de SM (OR=2,055; p< 0,001) do que os homens. A escolaridade apresentou relação inversa com a SM. Com relação aos hábitos comportamentais, o tabagismo foi positivamente associado a SM, apresentando o dobro de chance(OR=2,553; p< 0,001) comparado ao não tabagismo. O etilismo não apresentou relação significativa. Indivíduos que residem no bairro Jardim Comercial tem mais que o dobro de chance de ter SM (OR=2,399; p< 0,001). Os sedentários (OR=2,407; p< 0,001) e os que tem um nível de atividade física leve (OR=2,076; p< 0,001) têm mais que o dobro de chance de ter SM em relação aos ativos e com nível moderado de atividade física. O stress apresentou uma relação altamente significativa com a SM, (OR=1,690; p< 0,001). Antecedentes familiares de Hipertensão, Diabetes e Doenças Cardíacas foram significativamente relacionados com a chance de SM. Sobre a associação entre SM segundo critério do NCEP ATP III e variáveis nas duas UBS, o sexo feminino apresentou 1,8 vezes mais chance de SM comparado ao masculino. A escolaridade apresentou relação inversa. Quanto aos hábitos comportamentais, os fumantes apresentaram quase 4 vezes mais chance de SM comparados aos nãofumantes. Os etilistas apresentaram mais chance (OR=1,459; p< 0,001; ) que os nãoetilistas. Residir no bairro Jardim Comercial significa ter 2,3 vezes chance de SM. Possuir antecedentes familiares de hipertensão e diabetes foram significativos para ter SM na população de estudo. O sedentarismo e baixo nível de atividade física aumentam significativamente a chance de a população ter SM comparados aos níveis de atividade física moderada e intensa. Conclusões: Os diversos resultados sugerem que as morbidades que compõem a SM são associadas ao stress, e apontam o stress como um grave problema de Saúde Pública nessa população. Medidas preventivas e educativas devem ser consideradas para contribuir com uma melhor qualidade de vida para esta população; bem como a definição de políticas públicas para a promoção da saúde, principalmente na área de saúde mental. / Introduction: Among the principal factors which contribute to the appearance of the Metabolic syndrome (MS) are genetic disposition, physical sedentarism, glucose homeostasis, arterial hypertension, centralized obesity and dyslipidemias. On the other hand, stress has been indicated as a risk factor for centralized obesity and arterial hypertension. MS and stress have rarely been assessed in population studies. Objective: To ascertain the prevalence of metabolic syndrome and of stress and the relation of both to socioeconomic level, behavioral habits, health status and area of residence of users of Basic Health Units in the southern zone of São Paulo City. Methods: This is a crosssectional study the random sample for which was constituted of users of more than 20 years of age of the Basic Health Units situated in Jardim Germânia, 187 users (predominantly middle class) and Jardim Comercial, 265 users (predominantly lower class), totaling up 452 users. The individuals who agreed to participate in the study signed the term of Free and Enlightened Consent. Lipp´s Inventory of Stress Symptoms for Adults (LISS) was used to detect the presence of stress. The criterion proposed by the International Diabetes Federation (waist circumference with specified ethnic values, those for South Americans being; abdominal circumference 80 cm for women and 90 cm for men) was used to diagnose MS, plus any two others of the following four criteria: glycemia in fasting 100 mg/dL; triglycerides 150 mg/dL; cholesterol HDL <40 mg/dL in men and <50 mg/dL in women, arterial pressure with cut-off values considered being 130/85 mmHg or treatment of previously diagnosed hypertension. For purposes of comparison the NCEP ATP III criterion, which defines as MS the presence of from 3 to 5 metabolic risk factors in any one patient, was also used. The components and the values would be the same as those recommended by the IDF, except for waist circumference, respectively > 102 cm for men and > 88 cm for women and glycemia in fasting 110 mg/dL. The laboratory and clinical assessment consisted of the following exams: glycemia in fasting, total cholesterol and fractions, triglycerides and the measurement of arterial pressure. In the anthropometric assessment the following were also measured: weight, height, abdominal circumference and that of the thigh. A questionnaire was used to obtain sociodemographic and socioeconomic data, family and personal morbidity antecedents, and behavioral habits such as smoking, consumption of alcohol, and physical activity. For the assessment of physical activity the long, modified version of the International Questionnaire of Physical Activity (IQPA) together with the Surveillance System Questionnaire for Risk Factors for and Protection against Chronic Diseases by Telephone Survey (VIGITEL) and the method foreseen by WHO 1985, were used. Statistical Analysis: An exploratory analysis of the data for the purpose of getting to know the sample population was undertaken. The calculation of the gross prevalence of MS and stress by sex and place of residence was made. The significance level adopted in this study was of 5 per cent. An association was established between the explanatory variables of interest and MS and stress using multivariate logistic regression, the verification of the adequacy of the models was undertaken by means of the chi-squared test and that of Hosmer Lemeshow. The presence or otherwise of multicolinearity (high degree of correlation among independent variables) was tested for each model, employing criteria for the diagnosis of multicolinearity. Results: The majority of those who participated in the study were women, BHU Jardim Comercial 59.2 per cent and BHU Jardim Germânia 67.4 per cent, the most numerous age group being that of 40 49 years for both the sexes at both the BHUs, 26.4 per cent and 21.4 per cent, respectively. In Jardim Germânia the percentages of MS for men were 18 per cent and 11,5 per cent, respectively, by the IDF and NCEP ATP III criteria; for the women, by the same criteria, they were 25,4 per cent and 19 per cent. In Jardim Comercial the percentages for the men were 27,8 per cent (IDF) and 20,4 per cent (NCEP ATP III). For the women they were 24,2 per cent (IDF) and 19,7 per cent (NCEP ATP III). In Jardim Germânia the percentage of stress, for the men, was 60.7 per cent and for the women 84.1 per cent. In Jardim Comercial, the percentage for the men was 43.5 per centand for the women 69.4 per cent. The majority of those who participated in the study who presented stress were in the resistance phase. The phase of almost total exhaustion was found mainly among the women: 13.4 per cent in Jardim Comercial and 26.2 per cent in Jardim Germânia. As for the association between stress and the variables at the two BHUs, the feminine sex presented a three times greater possibility (OR=3.275; p<0.001) of suffering from stress than did the masculine sex. Schooling was analyzed as a continuous variable, and showed a direct relation to stress. There was no significant relationship between smoking and stress but the consumption of alcohol led to a three times greater possibility of such a relationship (OR=3.007; p<0.001) than did abstention. Overweight was directly related to stress (OR=1.596; p<0.001) and to obesity also (OR=1.478; p<0.001). The suburb of Jardim Comercial presented an inverse relationship to stress. The sedentary and light levels of physical activity, as compared with the moderate and intense levels, increased the possibility of stress. As regards the association between MS according to the IDF criteria and the variables of both the BHUs, the women had twice the possibility of having MS (OR=2.055; p<0.001) than the men. Schooling presented an inverse relationship to MS. Concerning behavioral habits, smoking had a positive association with MS, presenting double the possibility of suffering from MS (OR=2.553; p<0.001) than that of non-smokers. The consumption of alcohol did not present any significant relationship. Individuals who live in the suburb of Jardim Comercial have more than double the chance of having MS (OR=2.399; p<0.001). The sedentary (OR=2.407; p<0.001) and those who engage in light physical activity (OR=2.076; p<0.001) have more than double the chance of having MS than do those of intense or moderate level of physical activity. Stress presented a highly significant relationship with MS (OR=1.690; p<0.001). Family antecedents of hypertension, diabetes and heart diseases were significantly related to the chance of suffering from MS. As to the relationship between MS according to the NCEP ATP III criterion and variables of the two BHUs, the feminine sex presented 1.8 times more chance of MS than the masculine. Schooling presented an inverse relationship. As for behavioral habits, smokers presented almost 4 times more probability the MS than nonsmokers. Those who consumed alcohol presented a greater probability (OR=1.459; p<0.001) than those who did not. Living in the Jardim Comercial suburb meant a 2.3 times greater chance of MS. Having family antecedents of hypertension and diabetes were significant for MS in the population studied. Sedentarism and low level of physical activity increased the chance of having MS as compared with the moderate and intense levels of activity. Conclusions: The various results suggest that the morbidities that compose the MS are associated with stress and indicate stress as a serious Public Health problem for the population studied. Preventive and educational measures should be considered as a contribution to the better quality of life for this population; as also the definition of public policies for health promotion, especially in the field of mental health.
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Análise de sintomas depressivos e ansiosos nas variáveis clínicas da síndrome metabólica / Analysis of depressive and anxiety symptoms in clinical variables of metabolic syndrome

Lilian Lopes Sharovsky 20 May 2010 (has links)
Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) representa uma complexa interação entre aspectos genéticos e ambientais associados à adiposidade central, diabetes tipo 2, hipertensão arterial e dislipidemia, contribuindo para o aumento da morbimortalidade por eventos cardiovasculares e elevando concomitantemente os custos com os problemas de saúde que provocam. Os sintomas depressivos e ansiosos tem sido associados à SM. Uma das explicações possíveis para isso se dá através da ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA). Objetivos O objetivo do presente estudo é explorar a associação da intensidade dos sintomas depressivos e ansiosos com as variáveis clínicas da SM e com o cortisol salivar. Métodos: Estudo de corte transversal com seleção consecutiva de 136 pacientes ambulatoriais (idade=55,37±7,62), sendo 69 mulheres, realizado em hospital especializado em Cardiologia. Todos os pacientes possuíam diagnóstico médico de SM, de acordo com o National Cholesterol Education Program Revised (NCEP-ATPIII-R). Numa primeira visita, responderam a um questionário sociodemográfico e os sintomas depressivos foram acessados pelo Inventário de Depressão de BECK (BDI) enquanto os sintomas ansiosos pelo Hamilton Anxiety Rating Scale (HARS). Na segunda visita, uma semana depois, foram colhidas amostras de saliva para dosagem de cortisol, às 07:00h da manhã. Resultados: Verificou-se positiva e significante correlação entre BDI, glicemia e gênero (p<0,001). O mesmo foi observado entre HARS, glicemia e gênero (p<0,001). A correlação entre BDI e HARS também foi positiva. Observou-se uma correlação negativa entre HARS e idade: os de idade inferior a 50 anos apresentaram valores maiores que aqueles acima de 60 anos. Não verificou-se correlação entre BDI e cortisol salivar (p=0,56), entre HARS e cortisol salivar (p=0,39) Conclusão: A intensidade dos sintomas depressivos e ansiosos esteve associada à glicemia e ao gênero feminino, em pacientes portadores de SM. O cortisol salivar não se associou, de maneira significante, aos sintomas depressivos e nem aos ansiosos / Objective: Metabolic Syndrome (MetS) has been associated to depression sintomatology by means of the hypothalamus-pituitary-adrenal axle activation and consequent alterations of the cortisol levels. The objective of this study is to explore the association of depressive and anxiety symptoms severity with MetS clinical variables and salivary cortisol. Methods: We studied 136 consecutive ambulatory patients (aged= 55,37±7,62), n= 69 women, who presented MetS criteria according to the National Cholesterol Education Program Revised (NCEP-ATPIII-R). At the first visit they all completed a social-demographic questionnaire.Then, we assessed depressive symptoms by Beck Depression Inventory (BDI) and anxiety symptoms by Hamilton Anxiety Rating Scale (HARS). Salivary cortisol was assessed at 7:00h A.M. Results: We observed that the higher the intensity of the depressive symptoms by the BDI, the higher the glycemia value (p=0,01) in the female group (p 0,001). The same correlation was observed between HARS and glycemia (p=0,001) and HARS and genre (p=0,02). No correlation between depressive and anxiety symptoms with the other MetS clinical variable was found. The correlation was also positive between HARS and BDI. No correlation between depressive and anxiety symptoms with salivary cortisol was found. Furthermore, there was no association between cortisol and MS clinical variables. Conclusions: In the studied population, a presence of a higher intensity of depressive and anxiety symptoms was verified in the female group. We observed that, in this group, both the BDI and HARS value was explained by an increased fasting glucose. There was neither a correlation between depressive and anxiety symptoms and salivary cortisol
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Avaliação do bloqueio da aldosterona sobre parâmetros metabólicos e renais na síndrome metabólica

Ezequiel, Danielle Guedes Andrade 03 October 2013 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-06-14T17:57:28Z No. of bitstreams: 1 danielleguedesandradeezequiel.pdf: 3466091 bytes, checksum: 7a4699e1003d06d31bf08aac9caeb175 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-06-29T12:15:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1 danielleguedesandradeezequiel.pdf: 3466091 bytes, checksum: 7a4699e1003d06d31bf08aac9caeb175 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-29T12:15:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 danielleguedesandradeezequiel.pdf: 3466091 bytes, checksum: 7a4699e1003d06d31bf08aac9caeb175 (MD5) Previous issue date: 2013-10-03 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Introdução: A aldosterona tem sido implicada na fisiopatologia da síndrome metabólica, assim como da hipertensão arterial a ela associada, entretanto, o uso de antagonistas do receptor mineralocorticoide, neste grupo de indivíduos, foi pouco estudado. Objetivos: Avaliar os efeitos do bloqueio mineralocorticoide no comportamento pressórico, em parâmetros metabólicos, renais de indivíduos com síndrome metabólica e comparar com um grupo controle em uso de amlodipino. Métodos: Vinte e sete indivíduos com síndrome metabólica foram avaliados em estudo prospectivo que se consistiu de dois períodos: basal (2 semanas), no qual foram obtidos dados demográficos e suspensa a medicação anti-hipertensiva e período de tratamento, no qual foi administrada espironolactona (25 a 50 mg/dia) ou amlodipino (5 a 10 mg/dia), por 16 semanas. Em ambos os períodos, foram avaliados parâmetros metabólicos, inflamatórios e renais, além da realização da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Resultados: Após pareamento dos grupos, foram selecionados 16 indivíduos para o grupo de tratamento com espironolactona e 11 indivíduos para o grupo controle com amlodipino. Após período de intervenção terapêutica, houve redução significante da pressão arterial sistólica de 24 horas de -23,98 mmHg (IC:-34,85 a -13,11) e de -14,36 mmHg (IC: 25,83 a -2,89) e da pressão arterial diastólica de -12,84 mmHg (IC: -9,82 a -5,87) e de -9,59 mmHg (IC: -16,97 a - 2,21), nos grupos espironolactona e amlodipino, respectivamente. Em relação ao perfil metabólico, houve aumento significante do colesterol HDL no grupo espironolactona (p=0.001), independente do grau de inflamação, sem alterações significativas no grupo amlodipino. Não foram observadas alterações significantes no Homeostasis Model Assessment (HOMA-IR), triglicérides e potássio, em ambos os grupos. Observou-se ainda, redução significante na albuminúria no grupo espironolactona sem alteração significante no grupo amlodipino, acompanhada de redução significante da proteína C reativa, no grupo espironolactona e aumento significante da proteína C reativa, no grupo amlodipino. Conclusão: O tratamento de indivíduos hipertensos com síndrome metabólica com espironolactona, em monoterapia, foi eficaz no controle da pressão arterial, apresentou benefícios metabólicos adicionais como elevação do colesterol HDL e redução da proteína C reativa, além de efeito nefroprotetor com redução da albuminúria. / Introduction: Although aldosterone has been implicated in the pathophysiology not only of the metabolic syndrome (MS) but also of the MS-associated arterial hypertension, the use of mineralocorticoid receptor antagonists in these situations has been little studied. Objectives: Assess the effects of mineralocorticoid blockade on the pressoric behavior and metabolic and renal parameters of individuals with the MS in comparison with a control group on amlodipine. Methods: 27 individuals with the MS were assessed in a prospective study consisting of two periods: baseline (2 weeks), during which demographic data were obtained and all anti-hypertensive medication withdrawn, and treatment period, during which spironolactone (25 to 50 mg/day) or amlodipine (5 to 10 mg/day) were administered for 16 weeks. Individuals had their metabolic, inflammatory and renal parameters assessed, and underwent 24-hour ambulatory blood pressure monitoring during both study periods. Results: After the groups were paired, 16 individuals were enrolled in the spironolactone group and 11 in the amlodipine group (controls). After the intervention, there was a significant decrease of both the 24-hour systolic (-23.98 mmHg, CI:-34.85 to -13.11, in the spironolactone group, and -14.36 mmHg, CI: -25.83 to 2.89, in the amlodipine group) and diastolic pressure (-12.84 mmHg, CI: -9.82 to -5.87, in the spironolactone group and -9.59 mmHg, CI: -16.97 to – 2.21, in the amlodipine group. As for the metabolic profile, there was a significant increase of HDL-cholesterol in the spironolactone group (p=0.001), regardless of the degree of inflammation, without significant alterations in the amlodipine group. There were no significant alterations in the Homeostasis Model Assessment (HOMA-IR), triglycerides and potassium in both groups. There was also a significant albuminuria reduction in the spironolactone group, without significant alterations in the amlodipine group, along with a significant reduction of C-reactive protein in the spironolactone group and a significant increase of C-reactive protein in the amlodipine group. Conclusion: Spironolactone as monotherapy for hypertensive individuals with the metabolic syndrome showed efficacy in blood pressure control, had additional metabolic benefits, such as an increase of HDLcholesterol and reduction of C-reactive protein, and showed a renal protective effect through albuminuria reduction.
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Associação entre a distribuição da gordura corporal e os fatores de risco cardiometabólicos em crianças de seis a nove anos

Mattos, Danielle Cabrini January 2014 (has links)
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