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Equidade de gênero na ciência? Um estudo sobre as pesquisadoras bolsistas de produtividade da Universidade Federal de São Carlos

Carvalho, Carolina Cisoto Barbosa de 16 February 2016 (has links)
Submitted by Ronildo Prado (ronisp@ufscar.br) on 2016-09-14T19:22:57Z No. of bitstreams: 1 DissCCBC.pdf: 3507345 bytes, checksum: 7162f4f8f995edd47ce87542289cbf2d (MD5) / Approved for entry into archive by Ronildo Prado (ronisp@ufscar.br) on 2016-09-14T19:23:12Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DissCCBC.pdf: 3507345 bytes, checksum: 7162f4f8f995edd47ce87542289cbf2d (MD5) / Approved for entry into archive by Ronildo Prado (ronisp@ufscar.br) on 2016-09-14T19:23:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DissCCBC.pdf: 3507345 bytes, checksum: 7162f4f8f995edd47ce87542289cbf2d (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-14T19:23:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissCCBC.pdf: 3507345 bytes, checksum: 7162f4f8f995edd47ce87542289cbf2d (MD5) Previous issue date: 2016-02-16 / Não recebi financiamento / The woman´s access to higher education and academic career is na achievement. More and more women occupy the graduation chairs, getting to many areas of knowledge, occupying more than half of the places offered. But the number of women found in the highest scientific career positions remains low. What happened along this career path that prevents women able to ascend vertically? The glass ceiling assumption seems to define the force that keeps women in lower hierarchical positions. The glass ceiling is formed not by one, but by many barriers and obstacles that add up acting often in the loss of women throughout their careers. This work seeks to understand a little of the professional lives of researches who managed to get to a privileged elite of science, the "National Counsel of Technological and Scientific Development" – CNPq grant recipients in research, with the intention to diagnose the nature and impact of gender differences throughout the scientific career. From this point is possible to draw up suggestions for actions that seek to provide an institutional environment with equal opportunities for both genders. / O acesso feminino à educação superior e às carreiras acadêmicas é uma conquista. Cada vez mais mulheres ocupam as cadeiras da graduação, chegando, em muitas áreas do conhecimento, a ocupar mais da metade das vagas oferecidas. Mas o número de mulheres encontrado nos mais altos postos da carreira científica permanece reduzido. O que acontece ao longo desta trajetória profissional que impede que as mulheres consigam ascender verticalmente? O pressuposto do teto de vidro busca definir a força que mantém as mulheres em posições hierárquicas mais baixas. O teto de vidro é formado não por um, mas diversos entraves e obstáculos que se somam atuando muitas vezes na perda de mulheres ao longo de suas trajetórias. Menor representatividade em postos mais altos da carreira, dificuldade em se fazer reconhecer como pesquisadora o que se reflete na sua produção científica são algumas das manifestações do fenômeno do “teto de vidro”, metáfora que se refere à segregação vertical e aos obstáculos para a ascensão hierárquica das mulheres no mundo do trabalho, em função das intersecções entre a vida doméstica e a profissional. Este trabalho busca conhecer um pouco da vida profissional de pesquisadoras que conseguiram entrar para uma elite privilegiada da ciência, as bolsistas de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, com a intenção de diagnosticar a natureza e o reflexo das diferenças de gênero ao longo da carreira científica. A partir disso é possível elaborar sugestões de ações que busquem fornecer um ambiente institucional com igualdade de oportunidades para ambos os gêneros.
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O espaço social em questão: o Movimento de União dos Sem-Teto em Ribeirão Preto

Oliveira, Valdeir Claudinei de [UNESP] 30 May 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:37Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006-05-30Bitstream added on 2014-06-13T20:19:25Z : No. of bitstreams: 1 oliveira_vc_me_fran.pdf: 288729 bytes, checksum: e8be21b784794fcf6191564cf4c8b1f5 (MD5) / A partir da análise do surgimento do Movimento de União dos Sem-Teto de Ribeirão Preto - SP (MUST), é objetivo deste trabalho apresentar os limites e dificuldades da organização de um movimento social urbano capaz de articular-se em torno de um projeto político pautado na aquisição de bens de consumo coletivos e na conquista de melhores condições e vida no espaço urbano. / By the analysis of the MUST (Movimento de União dos Sem-Teto de Ribeirão Preto - SP), this work's objective is to present the limits and obstacles of managing a social urban movement capable to articulate about based on a political, project guided essencially in requesting collective goods consuption searching for better condition of living in a urban area.
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Situação Prestes Maia: o processo de colaboração entre artistas, coletivos artísticos e o Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC). Ocupação Prestes Maia/São Paulo (2003-2007) / Prestes Maia situation: the process of collaboration between artists, artistic collectives and the Homeless Movement [Movimento Sem-Teto do Centro MSTC], Prestes Maia Occupation in São Paulo, between 2003 and 2007

Sebastiao Oliveira Neto 05 October 2012 (has links)
O presente trabalho pretende repensar alguns possíveis pontos de contato entre arte e política - tomando a produção do espaço urbano por práticas artísticas e sua aproximação com o ativismo político - no processo de colaboração entre artistas, coletivos artísticos e Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC) na Ocupação Prestes Maia, em São Paulo, entre os anos 2003 e 2007. / The present work aims to rethink some possible points of contact between art and politics - taking the production of urban space for artistic practices and their approach to political activism - through the process of collaboration between artists, artistic collectives and the Homeless Movement [Movimento Sem-Teto do Centro MSTC], Prestes Maia Occupation in Sao Paulo, between 2003 and 2007.
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Cenários lúdicos : o protagonismo infantil em distintos ambientes de uma vila de invasão

Oliveira, Waléria Fortes de January 2002 (has links)
“Como as crianças constroem espaços-tempos para suas atividades lúdicas tanto nos pátios das casas quanto nas ruas? Como agem diante das limitações espaciais, temporais, das proibições dos adultos, que os impedem de estar e jogar coletivamente tanto nos pátios das casas quanto nas ruas?” Movida por estes problemas, observo os protagonistas – crianças, filhos e filhas de famílias que habitam a Nova Santa Marta, área invadida pelos “sem-teto”, localizada na periferia da cidade de Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul – em seus próprios ambientes, os pátios das casas e as ruas. Participando entre eles como um dos sujeitos, desencadeio com a minha presença e a das crianças – que levava comigo nos encontros – interações entre elas. Através das fotografias e das conversas informais, coleto a maior parte dos dados empíricos dessa pesquisa. Com o foco nas relações entre as crianças e seus pais – 15 crianças e 8 famílias – e nas interações e atividades lúdicas das crianças, tento compreendê-los a partir de seus sentimentos, comportamentos e vivências. Situo as relações entre crianças e adultos no contexto paradoxal e ambíguo dos discursos e práticas dos adultos, da sociedade, em relação às crianças, que – tratadas discursivamente como “assunto prioritário” – ainda sucumbem à fome na sociedade brasileira. À luz dos estudos desenvolvidos, na década de noventa, pelos sociólogos que investigam a infância – entendo as crianças como sujeitos protagonistas, mesclando uma análise micro – a criança, a infância – com a análise macro – o contexto histórico, demográfico, social e econômico. Ao discutir os espaços-tempos das crianças, explicito o fenômeno do confinamento no ambiente familiar, o qual estão vivenciando, na atualidade, tal qual a maioria dos adultos que, desempregados, permanecem neste espaço durante a maior parte do tempo. Além disso, aponto a privação de experiências diversificadas que pode vir a limitar os potenciais, as capacidades das crianças nesse período tão crucial de suas vidas. Submetidas a atividades passivas, sem interações afetivas, tendem a não se desenvolver, plenamente. A partir de um estudo sociológico realizado por Ennew (1994), trato da problemática do tempo – sem dissociá-lo do espaço – da criança e do adulto, procurando entender o espaço-tempo do jogo infantil criativo e independente, que, de modo crescente, vem diminuindo em detrimento do espaço-tempo do adulto. Questiono – em consonância com os estudos sociológicos e outros referenciais – a psicologia e a educação – se há alguma evidência de que a criança resista ao controle, aos cerceamentos dos adultos, apropriando-se dos espaços-tempos. Analiso as relações entre as crianças e os adultos, seus pais, que, cotidianamente, vêm ora impedindo, ora permitindo que elas – usufruam dos direitos de viverem a infância e o dia de hoje – tomem para si seus espaços-tempos Discuto as interações entre as crianças que se apropriam dos espaços-tempos - nos quais se expressam lúdica e criativamente como protagonistas - apesar dos constantes e crescentes cerceamentos dos adultos, que supervisionam, durante a maior parte do tempo, suas atividades. Por fim, aponto algumas questões que emergem desse estudo, propondo que se pense – e formule ações – no sentido da criação de ambientes lúdicos de expressão criativa nos quais as crianças possam jogar juntas e também conviver com pessoas de diferentes gerações.
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Os movimentos dos sem-teto da Grande São Paulo (1995-2009) / Homeless movements of Grande São Paulo (1995-2009)

Oliveira, Nathalia Cristina 16 August 2018 (has links)
Orientador: Armando Boito Junior / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-16T04:20:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_NathaliaCristina_M.pdf: 2448436 bytes, checksum: 242f98c36dca30e5319087b660ae4780 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: Propusemo-nos a realizar um estudo empírico exploratório sobre os movimentos dos sem-teto da Grande de São Paulo. Estamos falando aqui da luta de pessoas que não têm moradia digna e que por isso se organizam em movimentos sociais urbanos e realizam ocupações em imóveis vazios no centro da cidade ou em grandes terrenos periféricos vagos que servem à especulação imobiliária. Para que nossa pesquisa se tornasse viável, optamos por analisar três dos principais movimentos dos sem-teto da Grande São Paulo, a saber, Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC) e Movimento de Moradia do Centro (MMC) - que atuam no centro da metrópole - e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que atua na periferia e na divisa das cidades que compõem a Região Metropolitana de São Paulo. O texto foi estruturado de modo que pudéssemos responder a duas questões: Quem são os sem-teto? E Por que são sem-teto? Para a resposta da primeira questão, descrevemos os três movimentos dos sem-teto citados de maneira que facilitasse o estabelecimento de uma comparação entre eles, demonstrando suas semelhanças e diferenças. Dentre os aspectos descritos e comparados, enfatizamos as diferenças existentes nas reivindicações e orientações políticas e ideológicas dos movimentos dos sem-teto e a semelhança existente em suas bases sociais. Analisamos ainda a estrutura organizativa e métodos de luta dos três movimentos citados, assim como suas trajetórias históricas (nascimento e evolução). A resposta da segunda questão se concentrou na idéia de que a existência dos sem teto se deve a uma confluência de fatores os quais estão relacionados à essência do modo de produção capitalista e a ineficiência das políticas habitacionais brasileiras / Abstract: Our proposal was to produce an exploratory empirical research about homeless movements of Grande São Paulo. We are talking about people who do not have proper home. They have organized urban social movements occupying vacant buildings placed in downtown or big lands in the suburbs of the cities - places that work to the housing speculation. We have focused three homeless movements from Grande São Paulo in our analysis: Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC), Movimento de Moradia do Centro (MMC) and Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). This text was written to answer two questions: Who are the homeless? Why they are homeless? To the first question, we have described the three homeless movements to do a comparison among them, showing their similarities and differences. In the midst of the described and compared aspects, we have been emphasized the differences existents in the demands and political-ideological orientations from homeless movements and the similarity existent among their social bases. We also analyzed the homeless movements' organization and method of fighting and their historical trajectories (birth and evolution). The answer of second question is that the homeless' existence is due many factors that are linked with the essence of capitalist mode of production and the inefficiency the Brazilians housing policies / Mestrado / Trabalho, Movimentos Sociais, Cultura e Politica / Mestre em Ciência Política
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Contra-hegemonia, mediação e apropriação social : um estudo sobre o MTST e a ocupação urbana como meio de comunicação

Gonçalves, Antônio Vinícius Oliveira 30 August 2017 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The Homeless Workers Movement (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto- MTST) struggles for twenty years for habitation and dignified life in the city. This struggle builds other forms of hegemonic sociability. The hegemonic relations are founded on the commodification of every realm of life. It is in the relationship between goods that the universalization of reified social relations and commodity fetishism happens: when goods acquire a life status and life itself becomes a mere object. Through this naturalization process, domination is universalized as hegemony and does not limit itself to direct coercion, but also determines a cultural direction and helps consolidate social consensus between dominant and dominated classes. With the restructuring of capital, information and communication technologies (ICTs) have a central role in affirming hegemony. Communication studies centered around the political economy of communications (Economia Política da Comunicação- EPC) are crucial in this process, as they help understand the role of mediation in the cultural industry and, from there, understand if a counter-hegemonic type of mediation process is possible, one that understands how the working class - specifically in the case of MTST - finds ways to resist and comes to terms with their understanding of the world. This work uses bibliography review - from the perspective of the urban political economy and approaches to concepts and categories like differential income, right to the city, urbanization - and urban ethnography methodology to the fieldwork applied to the workers of the MTST camps in Sao Paulo. This work also comprehends that MTST through their spatial actions of occupation and organization, creates a counter-hegemonic process that proposes a new mediation that, combined with a social appropriation of ICTs, optimizes popular communication. / O Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST), luta há vinte anos pela moradia e a vida digna na cidade. Nessa luta constrói formas de sociabilidade diferentes das hegemônicas. Estas se baseiam na mercantilização de todas as esferas da vida e assim, que se desenvolve a universalização das relações sociais coisificadas. O fetiche da mercadoria acontece quando a mercadoria ganha status de vida e a própria vida subjuga-se à condição de objeto. Através dessa naturalização, a dominação é universalizada como hegemonia, que não se resume a uma coerção pura, mas também a uma direção cultural e à consolidação de consenso social entre a classe dominante e a classe dominada. No contexto da reestruturação do capital, afirma-se a hegemonia através do uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC). Os estudos em Economia Política da Comunicação (EPC) têm um papel crucial nessa conjuntura porque caberá a eles a tarefa de esclarecer a função de mediação da indústria cultural. A partir disso, propõe-se estudar se outra mediação é possível na contra-hegemonia, entendendo como a classe que vive do trabalho – especificamente no caso do MTST – realiza sua resistência e suas disputas de concepção de mundo. Para isso, realiza-se uma revisão bibliográfica, desde a perspectiva da economia política da cidade abordando conceitos e categorias como renda diferencial, direito à cidade, urbanização, e utilizando a metodologia da etnografia urbana para o trabalho de campo aplicado junto a trabalhadores de ocupações do MTST em São Paulo. Nesse sentido, o presente trabalho compreende que o MTST através de sua ação espacial de ocupação urbana e forma de organização, cria um espaço contrahegemônico, realizando uma mediação contra-hegemônica o que somado à apropriação social das TIC, potencializa sua comunicação popular. / São Cristóvão, SE
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Tetos de vitrais: gênero e raça na contabilidade no Brasil / Stained glass ceiling: gender and race in the accounting field in Brazil.

Sandra Maria Cerqueira da Silva 20 May 2016 (has links)
Nas duas últimas décadas, o Brasil experimentou profundas transformações sociais. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres tinham 5,2 anos de estudo em 1992, e passaram a ter 7,7 anos, em 2009, registrando-se um aumento de 48,1% (Ipea, 2010). Dados do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados no website Folha_Uol, (2015) demonstram que aumentou a participação feminina no mercado formal de trabalho, embora as mulheres com ensino superior recebessem o equivalente a 60% do salário masculino. Dados do Ipea (Pinheiro, Fontoura, Querino, Bonetti, & Rosa, 2008) demonstram a renda familiar per capita média nas famílias chefiadas por homem branco é de R$ 997,00, ao passo que naquelas chefiadas por mulher negra é de apenas R$ 491,00, ou seja, menos da metade. Algo bem na contramão da propalada democracia racial brasileira. Apesar do aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, de acordo com Peggy, Dwyer e Roberts (2004), a agenda de gênero da profissão contábil ajuda o imperialismo, e, com isso \"tem facilitado o projeto imperial norte-americano, uma vez que permite a manutenção de mulheres a um baixo custo\" (p.176), relacionando esse fato com a ideologia da domesticidade. Ademais, Bebbington, Thomson e Wall (1997) concluem que os estudantes de contabilidade mostram uma tendência para um modelo masculino construído ou andrógino, em vez da identidade feminina; o que encontra amparo na teoria da performatividade de Butler (2012), objeto deste estudo. Isso resulta da manutenção de estereótipos, como a ideia de que a atuação contábil é eminentemente voltada para os homens. Com base no exposto, as mulheres podem até estar ganhando o \'jogo de números\', para tanto, arcam com um custo que implica a eliminação ou não evidenciação das características do gênero feminino. Ou seja, cresceu a participação feminina no mercado de trabalho, mas ainda há muitas barreiras, em boa medida subjetivas, estabelecidas via processos de fechamento, conforme foi visto, e que se impõem no percurso de uma mulher que almeja alcançar êxito em espaços de prestígio, independentemente do seu nível de qualificação. O fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" representa as várias barreiras simbólicas, impostas sutilmente - por isso ditas transparentes -, mas suficientemente fortes para impossibilitar a ascensão de mulheres aos mais altos postos da hierarquia organizacional. Se observado em termos de mercado, o fenômeno pode ser constatado em diferentes países. Esse cenário leva a acreditar que nesse processo de transformação social, em que são requeridos novos papéis, faz-se necessário revisitar perspectivas sobre identidade sexual, bem como rever a produção e manutenção dos discursos de gênero que dão sustentação a essas novas identidades. No Brasil, conforme dados já relatados, embora tenhamos avançado em termos de qualificação, a mulher ainda sofre restrições para acesso profissional e enfrenta condições desiguais de trabalho e remuneração. Parece existir um conjunto de barreiras reais e simbólicas que impedem as mulheres de ascender profissionalmente. Na área de contabilidade, as mulheres são expostas a discursos e práticas eminentemente machistas. Esses discursos estruturam práticas e reificam a leitura da mulher como incapaz de assumir funções de mais responsabilidade. Diante do exposto, e de um quadro de não acesso das mulheres a cargos de liderança, acredita-se que, em um processo de violência psíquica, o \"discurso contábil\" nega, particularmente à mulher negra - que ao longo de sua vida sofre três tipos específicos de discriminação: por ser mulher, por ser pobre, em sua maioria, e por ser negra - sua identidade como profissional habilitada para o exercício de suas funções, particularmente em espaços de poder e prestígio. Assim, o estudo teve por objetivo investigar se o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" (glass ceiling) está presente nas interações cotidianas, por meio de processos de sexualização e racialização enfrentados durante a trajetória acadêmica de mulheres negras, em contabilidade, no Brasil. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir de um posicionamento pós-estruturalista, para a qual foram utilizadas técnicas autoetnográficas e de história oral, com dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas em profundidade, com professoras egressas de programas de pós-graduação, analisados sob a perspectiva interpretativista. Os resultados encontrados demonstram que o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" também está presente na contabilidade, o que resulta em barreiras específicas do campo. Para chegar a esse resultado, foi preciso superar algumas limitações, sendo a principal a falta de incentivo para o desenvolvimento do estudo, dado o caráter inovador da proposta, em uma área de conhecimento e em um lócusem que os estudos interdisciplinares ainda são a exceção. Obras sobre gênero e raça, até aqui, não foram objeto de estudos na contabilidade no Brasil. No entanto, espera-se que esta pesquisa possa funcionar como uma abertura para novos estudos nessa temática. Com isso, a contabilidade estará agindo diretamente para a promoção da igualdade, rompendo com fechamentos estabelecidos, e, portanto, para a transformação social. / Through the last two decades, our society has experienced profound social changes. According to data from the Brazilian Statistics Bureau (IBGE)\'s Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, the National Household Sampling Survey), women had an average 5,2 years of study in 1992 which grew to 7,7 years in 2009, rising 47% (IBGE apud Ipea, 2010). Data from the Ministry of Labor (MTE, 2013) shows that female participation in the formal job market rose, yet women with higher education degrees still receive only 60% of men\'s salaries as remuneration. Ipea (2011) data on income show that the per capita family income of a family headed by a white man is 997 Brazilian Reais (R$), while for a family headed by an black women is only R$ 491 - that is, less than half that of a white man\'s family, running counter to the oft-heralded Brazilian \'racial democracy\'. In spite of the increase in the number of women in the job market, according to Peggy, Dwyer and Roberts (2004) the gender agenda of the accounting profession facilitates the north-american imperialist project by enabling firms to employ competent female workers at minimal cost; this would be related to the domesticity ideology, that is, the idea that domestic life is the ideal life for women. Further studies such as that of Bebbington, Thomson and Wall (1997) conclude that accounting students tend to express their gender through masculine or androgynous identities rather than feminine, in accordance to Butler\'s (2012) theory of performativity which states that gender roles are performed as a result of social influences. This \'masculinization\' of accounting students results from the upkeep of stereotypes, such as the idea that accounting is eminently male. Based on this, Bebbington et al (1997) conclude that \"women may be winning the \'numbers game\' but at a cost--that cost being the elimination of feminine gender characteristics\". In other words, female participation in the job market has risen, but there are still many barriers - a significant part of which are subjective - established through closure processesand these barriers impose themselves on the path of women who desire to succeed in positions of prestige, regardless of those women\'s qualification level. The phenomenon known as \'glass ceiling\' represents the various symbolic barriers, imposed subtly - thus transparent, like glass - but strongly enough that they prevent women from rising to the higher positions of the organization hierarchy. Observed in market terms, the phenomenon can be found to happen in many different countries around the world. This scenario has led us to believe that in this process of social transformation, in which new roles are required, revising perspectives on gender identity is necessary, as well as reviewing the production and maintenance of the gender discourses that support these new identities. In Brazil, as per previously related data, in spite of the advances in terms of qualification, women still suffer with unequal work conditions and restrictions to professional access. There seems to exist a group of real and symbolic barriers that keep women from climbing the career ladder. In accounting, women are exposed to eminently machist discourses and practices; the former structure the latter and reify the image of women as being unable to assume positions of higher responsibility. In the face of this and of a scenario in which women are denied access to leadership positions, it is believed that black women are particularly denied by the \'accounting discourse\'; discriminated throughout their lives not only for being women, but also for being black and often poor, they are, through a process of psychological violence, denied their identity as professionals enabled to exercise their functions, especially in positions of power and prestige. Thus, the goal of this study is to investigate whether the phenomenon known as glass ceiling is present in day-to-day interactions, in the form of sexualization and racialization processes faced by black women along their academic trajectories in Brazilian accounting. The research follows a qualitative approach from a poststructuralist stance, using autoethnographic and oral history techniques; data was collected through semistructured interviews, realized in depth with PhD/Master professors and analyzed from the interpretivist perspective. The results found show that the glass ceiling phenomenon is also present in accounting, resulting in barriers specific to the field. To reach this result some limitations needed to be overcome, the main one being the lack of incentive to the development of the study given the innovative character of the proposal - especially in a field and in a locus in which interdisciplinary studies are still the exception. Studies on both gender and race have not, until now, been objects of study in Brazilian accounting. However, I hope this research may pave a way for future works in this theme. With this, accounting will be acting directly towards the promotion of equality, breaking through established closures and enabling social change.
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O direito nas lutas urbanas: uma análise do uso do direito pelos movimentos sociais desde 1988 / Law in urban struggles: an analysis of the use of law by social movements since 1988

Amanda Paulista de Souza 01 November 2017 (has links)
Neste trabalho, desenvolveremos uma análise dos principais usos do direito prioritariamente levados a cabo nas lutas urbanas, notadamente pela bandeira de luta da Reforma Urbana - um período que, conforme veremos, se estende desde os anos finais da década de 1980 até os dias atuais. Para tanto, concentraremos nossa pesquisa em dois momentos: no primeiro, daremos destaque ao principal uso do direito e seu peso estratégico veiculado pelo Movimento Nacional de Reforma Urbana (MNRU) no período que abrange desde o final da década de 80 até 2013, quando há uma ruptura com as formas de lutas institucionalizadas e abre-se um novo período de lutas urbanas; a partir daí, focaremos nossa análise nos principais usos do direito evocados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e apontaremos como que o peso e a centralidade do direito enquanto estratégia nas lutas urbanas coincide com ciclos de lutas, cuja conjuntura política é específica e única e nos quais diferentes movimentos, leituras de realidade e projetos políticos são protagonistas. / This master\'s thesis will develop an analysis of the main uses of the Law in urban struggles, notably the struggle banner of Urban Reform - a period that, as we shall see, extends from the late 1980s to the present day. To do so, we will focus our research in two moments: first, we will highlight the main usage of the Law and its strategic weight by the National Movement for Urban Reform (MNRU) in the period from the end of the 1980s until 2013, when there is a rupture with the institutionalized forms of struggles and emerge a new period of urban struggles; then we will focus our analysis on the main uses of the Law evoked by the Movement of Homeless Workers (MTST) and we will point out how the weight and centrality of the Law, as a strategy in urban struggles, coincides with the cycles of the urban struggles, whose political conjuncture is specific and unique, in which different movements, readings of reality and political projects are protagonists.
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A mulher invisível: sentidos atribuídos à mulher e ao trabalho na gerência intermediária

Morgado, Ana Paula Dente Vitelli 26 June 2012 (has links)
Submitted by Ana Paula Morgado (apvitelli@gmail.com) on 2012-07-11T02:04:10Z No. of bitstreams: 1 Tese final_revisada.pdf: 2291001 bytes, checksum: 68ea98712f52828058069c44fa11c1d3 (MD5) / Approved for entry into archive by Suzinei Teles Garcia Garcia (suzinei.garcia@fgv.br) on 2012-07-11T12:19:54Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese final_revisada.pdf: 2291001 bytes, checksum: 68ea98712f52828058069c44fa11c1d3 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-11T12:32:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese final_revisada.pdf: 2291001 bytes, checksum: 68ea98712f52828058069c44fa11c1d3 (MD5) Previous issue date: 2012-06-26 / Esta pesquisa teve por objetivo explorar os sentidos que a mulher gerente intermediária atribui a si própria e ao trabalho nesta posição hierárquica. Nos Estudos Organizacionais, existe uma ampla literatura que investiga a mulher, tratando das desigualdades, discriminações e desafios enfrentados por ela no contexto da empresa; existe também a bibliografia que trata da gerência intermediária e das particularidades desta posição na organização. No entanto, são poucos os estudos que tratam da mulher na gerência intermediária. Utilizamos a perspectiva teórica do construcionismo social, que nos permite dar voz ativa a essa mulher, para que ela descreva, explique e atribua sentido ao mundo em que ela vive e também a ela própria. O construcionismo pressupõe que a realidade é um processo de construção social que está contextualizado historicamente e culturalmente e, desta forma, o tempo histórico é fundamental para a compreensão do fenômeno estudado. Nesta pesquisa, consideramos três contextos relevantes: as questões que se apresentam à sociedade contemporânea, referentes à saturação social e à fragilidade da identidade; a história da mulher no contexto social e de trabalho, desde o início da industrialização e principalmente após meados do século XX; e os aportes do movimento feminista, que provocaram profundas transformações na vida da mulher e nos arranjos sociais, após a década de 1970. Os dados foram coletados por meio de entrevistas em profundidade com 42 profissionais que atuavam como gerentes intermediárias em organizações nacionais e multinacionais localizadas na cidade de São Paulo. A pesquisa revelou que as mulheres nesta posição hierárquica estão diante de um contexto de desaparecimento simbólico: desaparecem da esfera da casa, ao negarem este espaço que um dia lhes colocou em situação de desigualdade e lhes conferiu identidade e desaparecem da organização na gerência intermediária ao estarem imersas em um contexto do masculino, paradoxalmente, reforçando-o. Soma-se a isso um cotidiano de saturação, tanto no trabalho como na vida pessoal, ditado pelo ritmo intenso do trabalho. Neste cenário, essas profissionais parecem atuar em todos os lugares, mas, simultaneamente, parecem não estar em lugar algum. Mais que dizer que a mulher divide-se entre as tarefas da profissional que trabalha, da mãe, da esposa, da responsável pela casa, nossa pesquisa revelou que a mulher não está em nenhum desses lugares: na organização, ela desaparece como mulher; na casa, há o seu desaparecimento pela negação deste espaço que lhe conferiu identidade no passado; como esposa, ela não está com o seu marido; como mãe, ela fica pouco com os filhos e ainda não tem tempo para ela própria. Assim, diante desta multiplicidade de selves, a fragilidade da identidade parece ser o aspecto marcante da vida desta mulher na posição da gerência intermediária. Como forma de lidar com estas questões, essa mulher estabelece limites à sua trajetória profissional, buscando movimentações laterais e, mesmo, carreiras alternativas ao invés de crescer na hierarquia, evitando, assim, ainda mais comprometimento de seu escasso tempo. Nossa pesquisa, desta forma, traz outra perspectiva para se compreender o fenômeno do teto de vidro nas organizações. / This research aimed at exploring the meanings that women middle managers placed on themselves and on their work in this particular hierarchical position. In the Organizational Studies field, there is a vast literature that investigates sex segregation in organizations, looking for explanations why it continues to exist. There is also another set of bibliography that documents middle management particularities and how work is experienced by those in this position. However, there are few studies which focus on women as middle managers. The research was based on the social constructionist approach that is concerned with explaining the processes by which people come to describe and explain the world in which they live, including themselves. According to these ideas, reality is a process of social construction that is historically and culturally located; therefore, this research has considered relevant three historical contexts: contemporary society and its matters of social saturation as well as multiple and fragile identities; a brief history of women in society and work since the beginning of industrialization and mainly after the second half of the twenty century; and finally, the feminist movement issues which accounted for deep transformations in social arrangements after the 1970´s. The data was collected by interviewing 42 women middle managers who worked at national and multinational organizations based in São Paulo. The results revealed that women middle managers face a symbolic disappearance. They disappear from the private sphere of home when they wish to stay away from this place that means inequality although gave them a sense of identity in the past. They also disappear from the organization as a public sphere since it is a place where masculinities predominate and, paradoxically, are reinforced by women themselves. Adding to that, their daily lives are characterized by saturation, both at work and in personal life, dictated by the fast pace of work. In this context, this woman is everywhere, but at the same time seems to be nowhere. Although she is a manager, a mother, a wife, and she is responsible for the house, this research showed that she is not fully present in any of these places: in addition to her disappearance from home and from the public sphere of the organization, as a wife, she is not with her husband, as a mother, she is not with her kids and as a being has no time for herself. Thus, in view of this multiplicity of selves, the fragility of identity seems to be the outstanding feature of this woman´s life. As a way of dealing with these issues, this woman middle manager sets boundaries to her professional career, avoiding promotions to higher hierarchies and even setting plans for alternative careers as ways of managing her time constrains. These findings offer another view to understand the glass ceiling phenomenon in organizations.
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Ocupação do Movimento Sem Teto: limites, possibilidades e desafios da organização

Suave, Angela Michele 28 May 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T14:17:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Angela Michele Suave.pdf: 9140411 bytes, checksum: bb6587fbd7946d0b02d5e95172ade392 (MD5) Previous issue date: 2009-05-28 / The current work analyses the organization and support system of an Occupation promoted by the Roofless or Homeless Movement (Movimento Sem Teto) in the city of São José dos Campos, between March 2007 and March 2009. It has as a source of analysis information collected through participant observation of the ethnographic method. It poses a position in the personal trajectories; on the impressions and opinions of people; in the registers on newspapers and in the relations with the religious, political and governmental institutions. It was emphasized the group of elements which support their organization, such as: the living conditions of the occupants, the day-to-day activities of the Occupation and the political-theoretical structure of the organization. The Occupation of Pinheirinho set the debate on the issue of private property and challenged the Public Administration leaders in São José dos Campos. It enabled the organization of social and political powers in a collective manner, reached through the process of demands regarding social rights. It became important for the life of the occupants, especially, to provide for the need of housing. The conscience of class and solidarity built during the Occupation favored the organization of the occupants, for they took their place in the fight of classes and in the history of the city. It allowed the occupants to create a political project with a conscientious direction due to social transformation. Between their limits and possibilities it was left for the Occupation the challenge of organization to extrapolate the fight for social rights and search for human and political emancipation, essentially around the issue of private property / O presente trabalho analisa, no período de março de 2007 a março de 2009, a organização e a sustentação de uma Ocupação do Movimento Sem Teto na cidade de São José dos Campos. Tem como fonte de análise as informações colhidas através da observação participante do método etnográfico. Assume uma posição nas trajetórias pessoais; nas impressões e opiniões das pessoas; nos registros em jornais e nas relações com instituições religiosas, políticas e governamentais. Destacou o conjunto de elementos que mantém a sua organização, quais sejam: as condições de vida dos ocupantes, o cotidiano da Ocupação e a estrutura de organização teórico-política. A Ocupação do Pinheirinho colocou em debate a questão da propriedade privada e confrontou os dirigentes da Administração Pública em São José dos Campos. Possibilitou a organização de forças sociais e políticas de forma coletiva, alcançadas com o processo de reivindicações acerca dos direitos sociais. Tornou-se importante na vida dos ocupantes, especialmente, por suprir a necessidade da moradia. A consciência de classe e a solidariedade construídas na Ocupação favoreceram a organização dos ocupantes, por apoderarem-se do seu lugar na luta de classes e na história do município. Permitiu aos ocupantes a elaboração de um projeto político com uma direção consciente em função da transformação social. Dentre seus limites e possibilidades ficou à Ocupação o desafio de organização para extrapolar a luta por direitos sociais e buscar a emancipação política e humana, essencialmente em torno da questão da propriedade privada

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