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Gerenciamento do ponto de corte para a concessão de crédito no varejo brasileiro

Crespi Júnior, Hugo 14 February 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-15T19:32:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Hugo Crespi Junior.pdf: 1552051 bytes, checksum: 34b1ca02581c6a8240a8bd4702d15a71 (MD5) Previous issue date: 2014-02-14 / One of the most important ways to finance consumers in the Brazilian market is the consumer credit offered in store. Provided by independent or captive finance companies, the consumer credit is normally granted or denied without taking into account its effect on the retailer s profitability. Denying credit to finance a high profit margin product is more damaging to the companies profits than if such refusal is about the sale of lower margin product. This suggests that there is an opportunity to improve the profitability in this sales channel. The objective of this research was to check the possibility to increase the Brazilian retailers profitability by introducing the retail products operating margin as an additional parameter of the consumer credit analysis. Simulations using tangents to ROC curves, as proposed by Stein (2005), made possible to confirm, through a new balance of type I and type II errors, that the maximization of corporate earnings occurs when using operating retail margins for determining cutoffs in consumer credit models. / Uma das mais importantes ferramentas de financiamento no varejo brasileiro é o crédito direto ao consumidor oferecido nos estabelecimentos por ocasião da compra. Operado através de financeiras cativas ou parceiras, o crédito é, normalmente, concedido ou negado sem que se leve em conta seu efeito na lucratividade do varejista. Quando se recusa o financiamento para um produto de grande margem de lucro, o efeito sobre os ganhos da empresa é evidentemente maior do que quando essa recusa inibe a venda de produto de menor margem, o que sugere haver ineficácia no processo. Esta pesquisa visou verificar se há espaço para aumentar a rentabilidade no varejo brasileiro, introduzindo a margem operacional nos critérios utilizados para concessão de crédito direto ao consumidor. Utilizando a curva ROC e a abordagem oferecida por Stein (2005), construíram-se simulações em torno de valores reais praticados no mercado, que permitiram confirmar, através de um novo balanceamento dos erros tipo I e tipo II, que ocorre a maximização de ganhos empresarias quando as margens operacionais do varejo são consideradas para a determinação de pontos de corte em modelos de crédito direto ao consumidor.
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Estudo da monitorização contínua de glicose e das respostas de pressão arterial, frequência cardíaca e de outros parâmetros fisiológicos antes e após treinamento físico em diabéticos tipo II / Study of continuos glucose monitoring and responses in blood pressure, heart rate and others physiological parameters before and after physical training in type II diabetics

Daniele Albano Pinheiro 19 March 2014 (has links)
Há muitas alterações nos sistemas fisiológicos de indivíduos com diabetes melittus em função dos constantes momentos de hiperglicemia, principalmente alterações relacionadas ao aumento dos riscos cardiovasculares. O objetivo desse estudo foi avaliar as respostas do controle glicêmico pelo monitor contínuo de glicose e da pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC) e sua variabilidade expressa pelos valores de RMSSD em diabéticos tipo II submetidos a testes de avaliação antes e após a realização de treinamento aeróbio e resistido. Participaram desse estudo 9 voluntários diabéticos tipo II do sexo masculino (45 a 65 anos) divididos em 3 grupos: DTA (n=7), diabéticos submetidos a seis semanas de treinamento aeróbio; DTR (n=5), diabéticos submetidos a treinamento resistido e GDC (n=5), diabéticos sem qualquer treinamento regular. Os voluntários realizaram testes laboratoriais, ergoespirometria e teste de fadiga em leg press antes e após o treinamento físico. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste t de Student e pelo teste de Kruskal Wallis. Os voluntários tiveram a cinética da concentração de glicose mensurada pelo monitor contínuo e analisada qualitativamente antes, durante e após a realização da ergoespirometria e do teste de fadiga por 60 minutos. Como resultados o grupo DTA apresentou menores valores de concentração de glicose pela monitorização contínua e o grupo DTR a melhor resposta na cinética dessa curva, apresentando expressivo decaimento na mesma. Em relação à resposta pressórica, somente a PA diastólica (PAD) foi menor estatisticamente para o grupo DTA pós treinamento aeróbio no repouso. Não houve diferenças entre os valores pré e pós treinamentos em relação à FC e os voluntários do grupo DTA apresentaram maiores valores de RMSSD em repouso e o do grupo DTR incrementos desses valores na recuperação dos testes, mostrando maior ação parassimpática no controle autonômico cardíaco dos diabéticos submetidos a treinamentos. Os indivíduos do grupo GDC apresentaram decremento nesse valor, sugerindo piora no controle autonômico cardíaco. Como conclusão geral, este estudo sugere que indivíduos diabéticos tipo II que realizaram treinamento aeróbio e resistido apresentaram benefícios complementares no controle glicêmico registrado pelo monitor contínuo em repouso e no período de recuperação de exercício, respectivamente, adaptações que parecem estar associadas à melhora da ação parassimpática/vagal no controle autonômico cardíaco e, sugere, também, ser o treinamento físico aeróbio o que permite melhor organização hemodinâmica nas respostas de PAD. / There are many changes in physiological systems of people with diabetes melittus due to the constant moments of hyperglycemia, mainly related to increasing of cardiovascular risk. The aim of this study was evaluate the responses of glycemic control by continuos glucose monitoring and blood pressure (BP), heart rate (HR) and its variability expressed by the values of RMSSD in type II diabetics undergoing evaluation tests before and after performing aerobic and resistance training. Participants were 9 volunteers type II diabetic male (45-64 years) divided in 3 groups: DTA (n=7), diabetics undergoing six weeks of aerobic training; DTR (n=5), diabetics undergoing resistance training and GDC (n=5), diabetics without any regular training. The volunteers underwent laboratory tests, spirometry and fatigue tests on leg press before and after physical training. The results were statistically analyzed by Students t and Kruskal Wallis tests. The volunteers had the kinetics of glucose concentration measured by the continuos monitor and qualitatively analyzed before, during and after the spirometry and the fatigue tests for 60 minutes. As a result the DTA group had lower glucose concentration by continuos monitoring and DTR the best response in the kinetic curve, showing important decrease in it. In relation to the BP response, only diastolic BP (DBP) was statistically lower for the DTA group after aerobic training. There were no differences between pre and post training in HR and the DTA group showed higher RMSSD at rest and the DTR group showed increments of these values in the tests recovery showing higher parasympathetic action on cardiac autonomic control in diabetics patients with training. Individuals in the GDC group showed decrement this value, suggesting deterioration in cardiac autonomic control. As a general conclusion, this study suggests that type II diabetic individuals who performed aerobic and resistance training showed additional benefits in glycemic control by continuos monitor recorded at rest and during exercise recovery, respectively, adaptations that seem to be associated with improvement in parasympathetic action in cardiac autonomic control, and also suggests that aerobic exercise training has better organization hemodynamic in responses of DBP.
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Um enfoque para componentes subjetivos na hipercolesterolemia familiar: avaliação e análise da qualidade de vida relacionada à saúde em face ao sentido de autoeficácia de pacientes inscritos no Programa Hipercol Brasil / Approach to familial hypercholesterolemia subjective components: health related quality of life and self-efficacy sense evaluation and analysis in a cohort of patients registered at the Hipercol Brasil cascade screening Program

Ana Cristina Carneiro Fernandes Souto 10 September 2018 (has links)
A hipercolesterolemia familiar (HF) é doença autossômica dominante caracterizada por elevados valores de LDL-colesterol (LDL-C) e alto risco de doença cardiovascular precoce quando comparada a população normal. O atual estado da arte acerca da HF é deficitário em abordagens subjetivas. Pouco se sabe sobre o impacto da HF desde o ponto de vista dos indivíduos que convivem com evidências clínicas, suspeita diagnóstica e/ou com a certeza obtida por meio do diagnóstico genético. Não se sabe ao certo em que medida o envolvimento de indivíduos que se consideram saudáveis em programas de rastreamento genético e a introdução de regime medicamentoso agressivo de controle do colesterol afetam a autopercepção e relato da qualidade de vida. O objetivo dos estudos que compõem a tese foi avaliar a qualidade de vida relacionada a saúde e explorar a relação deste constructo com a autoeficácia em indivíduos com suspeita para a HF submetidos ao programa ativo de rastreamento genético em cascata. A pesquisa realizada por meio de sucessivas aproximações ao constructo qualidade de vida, acessado via autorrelato, revelou que além do estado geral de saúde ou da condição médica, diversos outros fatores colaboram na construção das noções pessoais de qualidade de vida, de saúde, e de autoeficácia diante da doença. Diferenças estatisticamente significativas entre as medidas subjetivas foram associadas a fatores clínicos concretamente experimentados, tais como a prevalência de prévios eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE), o diagnóstico prévio de depressão, o diagnóstico de hipercolesterolemia por medida de colesterol total e LDL-C,a convivência com fatores de risco como a obesidade, o tabagismo; características sociodemográficas condicionantes de saúde como o sexo feminino, o reduzido grau de escolaridade e a idade dos indivíduos; e condições que sustentam as disparidades em saúde, como a percepção pessoal de restrição no acesso à unidades e atendimentos de qualidade devido à condição de exclusão social. Não foi encontrada associação entre as variáveis subjetivas com a identificação de característica genética associada à expressão da HF ou com a vigência do regime de tratamento medicamentoso. Os achados mostram que as respostas adaptativas à doença e às necessidades por ela impostas é atravessada por fatores de natureza médica e não-médica. Entre este último fator, o valor preditivo da atividade profissional nos autorrelatos de autoeficácia em saúde, e as significativas reduções na apreciação pessoal de qualidade de vida e de saúde entre as mulheres, são achados que não deixam dúvidas de que as questões de gênero determinantes de iniquidades sociais reverberam significativamente nos autorrelatos no campo da saúde. O achado epistemológico que aponta dissonância entre a noção lato sensu e o conceito stricto sensu de saúde colabora para a reflexão crítica acerca da barreira de natureza discursiva que se interpõe ao sucesso dos esforços preventivos. Conclui-se que é especialmente nesse sentido que a elucidação dos achados não-médicos podem colaborar com as práticas clínicas e com os desfechos em saúde / Familial hypercholesterolemia (FH) is an autosomal dominant genetic disease characterized by elevated LDL-cholesterol blood concentration and high premature cardiovascular disease risk in comparison with the normolipidemic population. The state of the art of FH care has a deficit in subjective approaches. Little is known about the impact of FH from individuals\' living with disease status as well as clinical evidences, disease clinical suspicion and/or genetic diagnosis. Little has been explored about the effect of involving asymptomatic individuals in a genetic cascade screening program or about the repercussions of intensive lipid lowering therapy on health related quality of life (HRQOL) personal appraisal and self-reporting. The objective of this study was to evaluate HRQOL and associated aspects, the self-efficacy and the quality of health latent constructs in individuals with FH suspicion undergoing active genetic cascade screening. The present investigation made with successive approximations to quality of life by means of a self-reported method showed that a diversity of factors rather than health clinical state or medical condition collaborate by building the personal notion of quality of health, quality life of and self efficacy related to health. Statisticaly significant psychometric differences were associated with concretely experienced clinical events such as having a major cardiovascular events (MACE) in the past , previous depression diagnosis, elevated LDL-C blood concentration, obesity, smoking; sociodemographic characteristics determinants of health such as female sex, low education level and age; and contextual characteristics that may uphold health disparities such as self-perception or real restrictions on health system access, and social exclusion. Genetic mutation post-screening identification as well as pharmacological treatment were not associated with HRQOL. Those findings revealed that adaptive responses to disease diagnosis and health needs are crossed over medical and non-medical factors. Findings concerning predictive value of job engagement on health related self efficacy, and significant reductions on quality of life and health scores among women in comparison to men pointed that the social structure characteristic which define and uphold demographic inequalities are non-medical gender related conditions with undoubtable impact on self-reporting responses concerning health. The epistemological finding about the dissonance between the lato sensu notion of health from common sense and the stricto sensu concept of health from medical science adds to critically thinking about the dialogic barrier that may interfere with preventive efforts. In conclusion, by clarifying the non-medical conditions related to health may contribute with health outcomes and clinical practices
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Avaliação da aterosclerose subclínica coronária, carotídea e rigidez aórtica em portadores de hipercolesterolemia familiar / Evaluation of subclinical coronary and carotid atherosclerosis and aortic stiffness in subjects with familial hipercholesterolemia

Lilton Rodolfo Castellan Martinez 26 February 2008 (has links)
A Hipercolesterolemia Familiar (HF) é uma doença caracterizada por aterosclerose precoce. Contudo, o curso clínico da doença coronária na HF é variável. A detecção da aterosclerose subclínica, pela espessura íntima média (IMT) carotídea, calcificação da artéria coronariana (CAC) e da rigidez arterial pela velocidade de onda de pulso (VOP) em portadores de HF pode ser útil na estratificação do risco cardiovascular. O objetivo primário deste estudo foi avaliar se existe correlação da CAC, IMT e VOP em portadores de HF. Como objetivos secundários, comparar estes marcadores de aterosclerose subclínica nos HF em relação a controles pareados por idade e sexo (CTRL) e avaliar quais são os principais fatores que influenciam a VOP carotídeo-femoral a IMT carotídea e a CAC, em pacientes com HF. Material e Métodos: Analisamos 89 HF (39±14 anos, 38% homens, LDL-c médio de 279 mg/dL) e 31 controles pareados para sexo e idade (CTRL) (LDL-c médio de 102mg/dL). Determinamos o IMT pela ultra-sonografia de alta definição tipo \"echotracking\" (Wall-Track System2), a VOP pelo método Complior®, CAC pela tomografia de múltiplos detectores, perfil lipídico e variáveis bioquímicas como Lp(a), PCR as, apoA1 e apoB. Foram calculados respectivamente o risco de DAC em 10 anos e a carga de exposição ao colesterol pelos escore de Framingham (ERF) e pelo índice LDL-c x idade (LYS). Resultados: Os HF apresentaram maior ERF (%) (7 ± 3 vs. 3 ± 3, p=0,002), maior prevalência de CAC (34% vs. 12%, p=0,024), maior IMT (micra m) (653 ± 160 vs 593 ±111, p=0,027), maior VOP (m/s) (9,2 ±1,5 vs. 8,5 ± 0,9, p=0.007) e glóbulos brancos mais elevados (x109 células/L) (7,2 ± 2,0 vs 6,4 ± 1,5, p=0,046) do que CTRL. Não foram observadas diferenças de PCR as respectivamente 1,7 (0,2-3,4 mg/L) e 1,3 (0,2-8,0 mg/L), p=n.s. para HF e CTRL. Na análise multivariada os determinantes da IMT foram: pressão arterial sistólica. (r2=0,36, p=0,045), ERF (r2=0,26, p=0,0001) e Apo B (r2=0,32, p=0,02). A idade foi o único determinante da VOP (r2=0,37, p=0,0001). Os determinantes independentes da CAC como variável contínua foram: sexo masculino (r2=0,36, p=0,0027) e LYS (r2=0,29, p=0,0001). Os determinantes da presença ou ausência de CAC foram: estimativa de risco de DAC em 10 anos do ERF (P=0,0027) e o produto LDL-c X Idade (p=0,0228). Conclusão: Não foram encontradas correlações entre CAC, como variável continua ou categórica, IMT, VOP, na população com HF. Pacientes com HF têm maior prevalência de aterosclerose subclínica que os CTRL. / Familial hypercholesterolemia (FH) is associated with early onset of coronary heart disease (CHD). Detection of subclinical atherosclerosis (SCA) could be useful for risk stratification in FH subjects. The relationship among carotid, aortic and coronary SCA was not yet explored in FH. We studied the correlation among common carotid intima-media thickness (IMT), coronary artery calcification (CAC) and arterial stiffness (carotid-femoral pulse wave velocity-PWV) and their determinants in FH subjects. Methods: 89 FH subjects (39±14 Years, 38% male, median LDL-c = 279 mg/dL) and in 31 normal matched controls (NL) (median LDL-c 102mg/dL) were studied. IMT was determined by the Wall-Track System2, aortic stiffness (PWV) with the Complier® method, CAC prevalence and severity were measured by multidetector computed tomography. Clinical and laboratory variables (lipids, apolipoprotein AI and B, Lp(a), glucose, hsCRP and WBC) were determined. The 10-year CHD risk was calculated by Framingham scores (FRS) and the age-cholesterol burden by the LDL-cholesterol year score (LYS=LDL-c x age). Results: FH subjects had a greater FRS (%) (7 ± 3 vs. 3 ± 3, p=0.002), higher prevalence of CAC (34% vs. 12%, p=0.024), greater IMT values (micra m) (653 ± 160 vs 593 ±111, p=0.027), higher PWV (m/s) (9.2 ±1.5 vs. 8.5 ± 0.9, p=0.007) and white blood cels (x109 cels/L) (7.2 ± 2.0 vs 6.4 ± 1.5, p=0.046) than NL. No difference were found in median hsCRP levels (mg/L) respectively 1.7 (0.2-3.4) and 1.3 (0.2-8.0) p=n.s. for FH and NL. By multivariate analyses the following variables were independent determinants of: 1)IMT: systolic blood pressure (r2=0.36, p=0.045), FRS (r2=0.26, p=0.0001) and apolipoprotein B (r2=0.32, p=0.02). 2)PWV: age (r2=0.37, p=0.0001). 3)CAC as a continuous variable: male gender (r2=0.36, p=0.0027) and LYS (r2=0.29, p=0.0001). 4)Presence of CAC as a dichotomous variable: FRS (P=0.0027) and LYS (p=0.0228). Conclusions: No correlations was found among CAC either as a continuous or a dichotomous category, IMT, PWV, in FH subjects and clinical parameters poorly explained their variability, however subclinical atherosclerosis is more prevalent in FH than NL.
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Distribuição do tipo de fibras musculares e sua correlação genotípica na doença de Pompe / Muscle fiber type distribution and genotype correlation in the Pompe disease

Matsunaga, Erika Midoli 27 February 2009 (has links)
A doença de Pompe (GSDII), autossômica recessiva, é causada pela deficiência da enzima lisossomal que degrada o glicogênio, -glucosidase ácida (GAA). O quadro clínico varia de acordo com a idade de início da doença, grau de progressão e envolvimento dos tecidos: predominantemente cardíaco e muscular esquelético na forma de início-precoce (FIP) e mais restrito no músculo esquelético na forma de início-tardio (FIT). A sobrevida média na FIP é de 9-12 meses. Com avanço dos métodos histológicos, histoquímicos e imunoistoquímicos intensificou-se a análise estrutural e funcional dos tipos de fibras musculares. O estudo da vascularização também é de importância pelo aporte nutricional e funcional das fibras. O objetivo do presente trabalho é analisar a correlação da distribuição do tipo de fibras com a forma de apresentação clínica da doença de Pompe, seu genótipo correspondente e a quantidade residual da enzima GAA. Analisou-se 10 biópsias musculares de pacientes FIP e 09 de FIT comparados com o grupo controle, pareados por idade e gênero. Os pacientes foram selecionados segundo dados clínicos e laboratoriais, sendo feito o seqüenciamento de toda parte codificante do gene e Western Blotting (WB) com anticorpo monoclonal 15362-157, cedido pela Genzyme (primário 1:200 e secundário 1:10.000). A confirmação do diagnóstico foi feita através da medida da atividade residual de GAA em papel filtro, da presença de miopatia vacuolar com grânulos PAS e fosfatase ácida positivos em biópsia muscular e pela presença de mutação no gene GAA. A reação de imunoistoquímica foi realizada para fibras tipo I (lenta), tipo II (rápida) e densidade capilar (ulex), utilizando anticorpos monoclonais, respectivamente: antimiosina lenta (1:80), anti-miosina rápida (1:40) da Novocastra e ulex da Vector (1:800). A contagem das fibras foi realizada por 2 observadores em todo fragmento do corte transversal da biópsia com auxílio de um programa semi-automatizado. Observou-se predomínio de fibras tipo II em ambos os gêneros na FIP e predomínio de fibras tipo I em mulheres e tipo II em homens, na FIT. Aumento da densidade capilar, em comparação com os controles, foi notada em ambas as formas IP e IT. Verificou-se em média 90% de fibras vacuoladas nos casos FIP com completa distorção da arquitetura, enquanto na FIT, a porcentagem de fibras vacuoladas foi variável (0-88%). Como alguns genes constitutivos influenciam na distribuição das fibras musculares, como o gene ACE, o polimorfismo deste gene foi analisado quanto aos genótipos I/I, D/D e I/D. Observou-se ausência de concordância entre o genótipo do ACE e a distribuição de fibras em 60% dos casos da FIP e FIT, atribuindo-se o resultado da distribuição do tipo de fibras como parte da patologia da doença de Pompe. A gravidade da doença variou inversamente com a quantidade de enzima residual, sendo compatível com o quadro clínico do paciente. A presença de mutação deletéria em ambos os alelos foi observada em 3/10 casos de IP, sendo que todos os 3 casos apresentaram ausência total de enzima no WB. Há maior envolvimento de fibras tipo II em GSDII, sem depleção da microcirculação muscular. Estudos demonstram que a remoção do depósito de glicogênio ocorre diferencialmente nos tipos de fibra, sendo menos eficiente nas fibras tipo II. O achado do presente estudo poderá ter implicações na resposta à recente terapêutica proposta por reposição enzimática. / The glycogen storage disease type II (GSDII), autosomal recessive disorder, is caused by the deficiency of GAA (acid -glucosidase) a lysossomal enzyme that degrades the glycogen. The clinical findings are in accordance to great variability of age onset, degree of disease progression and extent of tissue involvement: predominantly cardiac and skeletal muscle in the infantile form (I) and more restricted to the skeletal muscle in the late-onset form (LO). The average survival time of the infantile form is 9-12 months. With advances of the histological, histochemical and imunohistochemical methods structural and functional analysis of muscle fiber types were intensified. The study of the capillary density is also important for nutritional and functional aspects. The objective of the present work is to analyze the correlations of the fiber type distribution to clinical presentation, genotype and residual GAA enzymatic activity. We analyzed 10 muscle biopsies of infantile and 09 of late-onset patients and compared to age and gender matched controls. The patients were selected according to clinical and laboratorial data, molecular diagnosis by full gene sequencing, and Western Blotting (WB) with monoclonal antibody 15362-157, courtesy Genzyme Science Group (primary 1:200 and secondary 1:10.000). Diagnostic confirmation was made by GAA enzymatic measurement in DBS, presence of vacuolar myopathy in muscle biopsy, and presence of mutation in GAA gene. The imunohistochemical study was carried out by detection of type I (slow), type II (fast) fibers and capillaries, using monoclonal antibodies, respectively: anti-slow myosin (1:80), anti-fast myosin (1:40) (Novocastra) and ulex (1:800) (Vector). Morphometry was performed by 2 observers using a half-automatized program. Type II fiber predominance was observed in both gender in the infantile form, type I fiber predominance in women and type II predominance in men with LO. Increase of the capillary density, in comparison to controls was noticed in both forms. 90% of vacuolated fibers with complete distortion of fiber architecture were demonstrated in I cases, while in LO, the percentage of vacuolated fibers ranged from 0 to 88%. As some constitutive gene, like ACE, influence muscle fiber distribution, its polymorphisms I/I, D/D and I/D gene were analyzed. Absence of agreement was observed between ACE genotype and fiber type distribution in 60% of I and LO cases, which was attributed as consequence of Pompe disease pathology itself. The disease severity varied inversely to the amount of residual GAA enzymatic activity, being compatible with the patient clinical findings. The presence of deleterious mutation in both alleles was observed in 3/10 infantile cases, and all 3 presented total enzyme absence at WB. A greater fiber type II involvement was observed in GSDII, without decrease in muscle capillary density. Recent studies demonstrated that glycogen deposit removal occurs distinctively in different fiber types, being less efficient in type II fibers. The present findings might have implications in the reply to the recent proposed enzyme replacement therapy.
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Distribuição do tipo de fibras musculares e sua correlação genotípica na doença de Pompe / Muscle fiber type distribution and genotype correlation in the Pompe disease

Erika Midoli Matsunaga 27 February 2009 (has links)
A doença de Pompe (GSDII), autossômica recessiva, é causada pela deficiência da enzima lisossomal que degrada o glicogênio, -glucosidase ácida (GAA). O quadro clínico varia de acordo com a idade de início da doença, grau de progressão e envolvimento dos tecidos: predominantemente cardíaco e muscular esquelético na forma de início-precoce (FIP) e mais restrito no músculo esquelético na forma de início-tardio (FIT). A sobrevida média na FIP é de 9-12 meses. Com avanço dos métodos histológicos, histoquímicos e imunoistoquímicos intensificou-se a análise estrutural e funcional dos tipos de fibras musculares. O estudo da vascularização também é de importância pelo aporte nutricional e funcional das fibras. O objetivo do presente trabalho é analisar a correlação da distribuição do tipo de fibras com a forma de apresentação clínica da doença de Pompe, seu genótipo correspondente e a quantidade residual da enzima GAA. Analisou-se 10 biópsias musculares de pacientes FIP e 09 de FIT comparados com o grupo controle, pareados por idade e gênero. Os pacientes foram selecionados segundo dados clínicos e laboratoriais, sendo feito o seqüenciamento de toda parte codificante do gene e Western Blotting (WB) com anticorpo monoclonal 15362-157, cedido pela Genzyme (primário 1:200 e secundário 1:10.000). A confirmação do diagnóstico foi feita através da medida da atividade residual de GAA em papel filtro, da presença de miopatia vacuolar com grânulos PAS e fosfatase ácida positivos em biópsia muscular e pela presença de mutação no gene GAA. A reação de imunoistoquímica foi realizada para fibras tipo I (lenta), tipo II (rápida) e densidade capilar (ulex), utilizando anticorpos monoclonais, respectivamente: antimiosina lenta (1:80), anti-miosina rápida (1:40) da Novocastra e ulex da Vector (1:800). A contagem das fibras foi realizada por 2 observadores em todo fragmento do corte transversal da biópsia com auxílio de um programa semi-automatizado. Observou-se predomínio de fibras tipo II em ambos os gêneros na FIP e predomínio de fibras tipo I em mulheres e tipo II em homens, na FIT. Aumento da densidade capilar, em comparação com os controles, foi notada em ambas as formas IP e IT. Verificou-se em média 90% de fibras vacuoladas nos casos FIP com completa distorção da arquitetura, enquanto na FIT, a porcentagem de fibras vacuoladas foi variável (0-88%). Como alguns genes constitutivos influenciam na distribuição das fibras musculares, como o gene ACE, o polimorfismo deste gene foi analisado quanto aos genótipos I/I, D/D e I/D. Observou-se ausência de concordância entre o genótipo do ACE e a distribuição de fibras em 60% dos casos da FIP e FIT, atribuindo-se o resultado da distribuição do tipo de fibras como parte da patologia da doença de Pompe. A gravidade da doença variou inversamente com a quantidade de enzima residual, sendo compatível com o quadro clínico do paciente. A presença de mutação deletéria em ambos os alelos foi observada em 3/10 casos de IP, sendo que todos os 3 casos apresentaram ausência total de enzima no WB. Há maior envolvimento de fibras tipo II em GSDII, sem depleção da microcirculação muscular. Estudos demonstram que a remoção do depósito de glicogênio ocorre diferencialmente nos tipos de fibra, sendo menos eficiente nas fibras tipo II. O achado do presente estudo poderá ter implicações na resposta à recente terapêutica proposta por reposição enzimática. / The glycogen storage disease type II (GSDII), autosomal recessive disorder, is caused by the deficiency of GAA (acid -glucosidase) a lysossomal enzyme that degrades the glycogen. The clinical findings are in accordance to great variability of age onset, degree of disease progression and extent of tissue involvement: predominantly cardiac and skeletal muscle in the infantile form (I) and more restricted to the skeletal muscle in the late-onset form (LO). The average survival time of the infantile form is 9-12 months. With advances of the histological, histochemical and imunohistochemical methods structural and functional analysis of muscle fiber types were intensified. The study of the capillary density is also important for nutritional and functional aspects. The objective of the present work is to analyze the correlations of the fiber type distribution to clinical presentation, genotype and residual GAA enzymatic activity. We analyzed 10 muscle biopsies of infantile and 09 of late-onset patients and compared to age and gender matched controls. The patients were selected according to clinical and laboratorial data, molecular diagnosis by full gene sequencing, and Western Blotting (WB) with monoclonal antibody 15362-157, courtesy Genzyme Science Group (primary 1:200 and secondary 1:10.000). Diagnostic confirmation was made by GAA enzymatic measurement in DBS, presence of vacuolar myopathy in muscle biopsy, and presence of mutation in GAA gene. The imunohistochemical study was carried out by detection of type I (slow), type II (fast) fibers and capillaries, using monoclonal antibodies, respectively: anti-slow myosin (1:80), anti-fast myosin (1:40) (Novocastra) and ulex (1:800) (Vector). Morphometry was performed by 2 observers using a half-automatized program. Type II fiber predominance was observed in both gender in the infantile form, type I fiber predominance in women and type II predominance in men with LO. Increase of the capillary density, in comparison to controls was noticed in both forms. 90% of vacuolated fibers with complete distortion of fiber architecture were demonstrated in I cases, while in LO, the percentage of vacuolated fibers ranged from 0 to 88%. As some constitutive gene, like ACE, influence muscle fiber distribution, its polymorphisms I/I, D/D and I/D gene were analyzed. Absence of agreement was observed between ACE genotype and fiber type distribution in 60% of I and LO cases, which was attributed as consequence of Pompe disease pathology itself. The disease severity varied inversely to the amount of residual GAA enzymatic activity, being compatible with the patient clinical findings. The presence of deleterious mutation in both alleles was observed in 3/10 infantile cases, and all 3 presented total enzyme absence at WB. A greater fiber type II involvement was observed in GSDII, without decrease in muscle capillary density. Recent studies demonstrated that glycogen deposit removal occurs distinctively in different fiber types, being less efficient in type II fibers. The present findings might have implications in the reply to the recent proposed enzyme replacement therapy.
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Análise de genes moduladores do fenótipo da forma não clássica da deficiência da 21-hidroxilase / Analysis of genes modulators in the nonclassical 21-hydroxylase deficiency phenotype

Moura, Vivian de Oliveira 14 June 2011 (has links)
A deficiência da 21-hidroxilase é uma freqüente doença autossômica recessiva caracterizada por manifestações hiperandrogênicas, que se iniciam na infância, puberdade ou vida adulta. Observa-se existência de forte correlação do comprometimento da atividade enzimática conferido pelo genótipo com a forma clínica e com as concentrações basais e pós-estímulo da 17OH-progesterona. Entretanto, não se observa a mesma correlação com a intensidade, idade de início das manifestações e com as concentrações séricas de testosterona. Sugere-se que variações individuais na sensibilidade periférica aos andrógenos ou no metabolismo da testosterona poderiam estar implicadas na variabilidade fenotípica desta doença. Porém, os possíveis mecanismos nunca foram estudados na literatura. Os andrógenos têm sua ação mediada pelo receptor de andrógenos (AR), cujo gene apresenta um trato polimórfico de repetições CAG, o qual modula sua atividade de transativação. Em tecidos periféricos a ação androgênica pode ser ainda potencializada pela enzima 5 alfa-redutase, que transforma testosterona em dihidrotestosterona. O seu gene codificador (SRD5A2) possui vários polimorfismos que alteraram esta atividade de biotransformação nos tecidos periféricos. No clearance da testosterona, os citocromos hepáticos P4503a4, P4503a5 p4503a7 e P4502c19 são os principais envolvidos. Além disso, outro citocromo, o P450c17 representa uma enzima chave na via de produção de andrógenos. Para os citocromos P450 tipo 2, tanto da via de clearance como de síntese dos andrógenos, é necessário ainda a interação com o P450 óxido-redutase para realizar suas reações de hidroxilação. São descritos polimorfismos em todos os genes acima referidos, que alteram sua expressão ou a eficiência catalítica e, consequentemente, tem sido envolvidos na etiologia de doenças andrógeno-dependentes. Consideramos que alterações nos genes codificadores das proteínas relacionadas ao metabolismo e/ou ação periférica dos andrógenos possam atuar na modulação do fenótipo da forma não clássica. Objetivos: Correlacionar o nCAG do gene AR e os polimorfismos nos genes CYP3A5, CYP3A7, CYP3A4, CYP2C19 e CYP17A1, POR e SRD5A2 com a idade de aparecimento dos sintomas, score de Ferriman do hirsutismo ao diagnóstico, presença de virilização, com as concentrações séricas basais de testosterona, bem como com a ausência ou presença de sintomas. Casuística: Selecionamos 122 pacientes com diagnóstico de forma não clássica confirmado por 17OH-progesterona basal ou pós-estímulo com ACTH 10 ng/mL. Todos os pacientes tiveram o diagnóstico molecular, ou seja, mutações identificadas nos dois alelos do gene CYP21A2. As pacientes foram divididas de acordo com o comprometimento da atividade da 21-OH predito pelo genótipo em grupos A/C (grave) e C/C (moderado). As pacientes também foram divididas em grupos pediátrico e adulto, início das manifestações antes e após os 12 anos, respectivamente. Metodologia: O DNA foi extraído de leucócitos periféricos. As regiões de repetições CAG foram amplificadas por PCR e os produtos submetidos à eletroforese capilar e análise pelo software GeneScan. Amostras de DNA das pacientes heterozigotas para o número de repetições CAG foram digeridas com a enzima Hpa II e os produtos submetidos à amplificação da região CAG para se determinar o padrão de inativação do cromossomo X. Os genes CYP3A5, CYP3A4, CYP3A7, CYP17A1, CYP2C19, POR e SRD5A2 foram amplificados por PCR e submetidos à reação de seqüenciamento ou à reação de digestão enzimática para rastreamento das variantes alélicas. Os resultados foram comparados com as respectivas seqüências selvagens depositadas no GeneBank. Na análise estatística foram empregados os testes t de Student, ANOVA, Wilcoxon rank-sun, Kruskall Wallis rank e regressão linear. Resultados: Observamos uma frequência significativamente menor de alelos longos (> 26 repetições) do trato CAG do AR no grupo pediátrico em relação ao de adultos com genótipo 21-OH do grupo C/C (p=0,01). Adicionalmente, a média ponderada do trato CAG foi significativamente menor nas pacientes com clitoromegalia (19,1 ± 2,7) em comparação com a de pacientes sem virilização (21,6 ± 2,5), correlação que independeu do genótipo da 21-OH. A mediana das concentrações séricas de testosterona foi significativamente maior nas carreadoras da variante CYP17A1*A2 (145,7 ng/dL, 126-153) em relação às carreadoras da variante selvagem (57 ng/dL, 36-87) com genótipo 21-OH do grupo A/C. As demais variantes não se correlacionaram com os fenótipos clínico e hormonal. Conclusão: Observamos que o trato CAG apresentou efeito na modulação do fenótipo de virilização de mulheres com forma não clássica. Além disso, o trato CAG pode ter contribuído no período de início das manifestações, uma vez que o grupo pediátrico com genótipo C/C teve freqüência menor de alelos longos em relação às adultas. Dentre as variantes alélicas pesquisadas, que alteram a síntese e/ou metabolismo dos andrógenos, identificamos associação do alelo CYP17A1*A2 com concentrações maiores de testosterona. Embora tenhamos avaliado uma casuística expressiva para esta patologia, para as demais correlações com resultados negativos, não podemos afastar um efeito do tamanho da amostra. / Introduction: The 21-hydroxylase deficiency is a common autosomal recessive disease characterized by clinical hyperandrogenism, which could begin at childhood, puberty or adulthood. There is a strong correlation among impairment of enzymatic activity conferred by genotypes, clinical forms, basal and post-stimulation 17OH-progesterone (17-OHP) levels. However, we did not observe the same correlation with the intensity, age at onset of manifestations and basal testosterone levels. It is suggested that individual variations in the androgen peripheral sensitivity and/or metabolism could be implicated in the phenotypic variability of this disease. However, potential mechanisms have never been studied before. The androgen action is mediated by the androgen receptor (AR), whose gene has a polymorphic CAG repeat that modulates its transactivation activity. In the peripheral tissues, the androgen action is modified by the 5 alpha-reductase type 2 activity, which converts testosterone into a potent androgen, dihydrotestosterone. Its coding gene (SRD5A2) carries several polymorphisms altering its catalytic activity in the peripheral tissues. Regarding the testosterone clearance, hepatic cytochromes P4503a4, P4503a5 p4503a7 P4502c19 are the most important. In addition, another cytochrome, P450c17, is a key enzyme in the androgen production pathway. For the cytochrome P450 type 2 activities, involved in the androgen clearance and/or synthesis, an interaction with the P450 oxidoreductase is still necessary. Polymorphisms are described in all the aforementioned genes, which change their expression and/or catalytic efficiencies; consequently, they have been implicated in the etiology of androgen-dependent diseases. We supposed that changes in the coding genes for the aforesaid proteins could act in modulating the nonclassical phenotype. Objectives: To compare the nCAG of AR gene and polymorphisms of CYP3A5, CYP3A7, CYP3A4, CYP2C19, and CYP17A1, SRD5A2 and POR genes with the age of onset of symptoms, Ferriman score of hirsutism at diagnosis, presence of virilization, basal testosterone levels, as well as with the absence or the presence of symptoms. Patients: We selected 122 patients with basal or post-ACTH 17-OHP 10 ng/mL. All patients had confirmed nonclassical molecular diagnoses. Patients were divided according to the impairment of 21-OH activity predicted by genotype groups into A/C (severe) and C/C (moderate). Patients were also classified according to the onset of manifestations into pediatric and adult groups, younger than or older than 12 years, respectively. Methods: DNA was extracted from peripheral leukocytes. CAG repeat regions were PCR amplified, products submitted to capillary electrophoresis and analyzed by GeneScan software. DNA samples from CAG heterozygous patients were digested with the Hpa II enzyme and also submitted to PCR, in order to determine X-chromosome inactivation pattern. The CYP3A5, CYP3A4, CYP3A7, CYP17A1, CYP2C19, POR and SRD5A2 genes were PCR amplified and submitted to sequencing or enzymatic assays to screen the allelic variants. The results were compared with their wild sequences in the GenBank. Statistical comparisons employed Student\'s t tests, ANOVA, Wilcoxon rank-sun, Kruskal Wallis rank and linear regression. Results: We observed a significantly lower frequency of longer CAG alleles (> 26 repeats) of AR in the pediatric group compared to the adults carrying the 21-OH genotype from group C/C (p = 0.01). Additionally, the weighted biallelic mean of the CAG tract was considerably lower in patients with clitoromegaly (19.1 ± 2.7) in comparison to patients without it (21.6 ± 2.5), a correlation that was independent of the 21-OH genotype severity. The median of testosterone levels was significantly higher in the CYP17A1*A2 carriers (145.7 ng/dL, 126-153) compared to the ones carrying the wild allele (57 ng/dL, 36-87), from the group A/C of 21-OH genotype. The other variants did not show a correlation with clinical and hormonal phenotypes. Conclusions: We observed that the CAG tract was effective in modulating the phenotype of virilization in nonclassical women as well as influenced the period of onset of manifestations of patients carrying moderate CYP21A2 genotype. Considering the remaining allelic variants, which alter the androgen synthesis or metabolism, we identified the association of CYP17A1*A2 alleles with higher testosterone levels. Although we evaluated a significant number of patients with 21-OHD, we cannot rule out a sample size effect.
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Papel da via receptor AT1/proteina Gi e da proteína motora miosina IIA no aumento da atividade do NHE3 pela angiotensina II em túbulo proximal renal / Role of the AT1 receptor/Gi protein pathway and the myosin IIA motor protein in the upregulation of NHE3 activity by angiotensin II in the renal proximal tubule

Crajoinas, Renato de Oliveira 25 September 2017 (has links)
A isoforma 3 do trocador Na+ /H+ (NHE3), presente em membrana apical, é a proteína de transporte que medeia a maior parte da reabsorção de NaCl e NaHCO3- em túbulo proximal renal. A fosforilação direta do NHE3 por PKA na serina 552 é um dos mecanismos pelos quais a sua atividade pode ser inibida. A ligação da angiotensina II (Ang II) ao receptor AT1 (AT1R) em túbulo proximal estimula a atividade do NHE3 por diferentes vias de sinalização. Entretanto, não foram ainda bem estabelecidos os efeitos da ativação da via AT1R/Gi, com consequente diminuição nos níveis de cAMP, na regulação do NHE3. A Ang II pode ainda estimular a atividade do NHE3 por promover a sua translocação da base para o corpo das microvilosidades, entretanto, o papel da proteína motora miosina IIA nesta translocação em resposta à Ang II ainda não foi estabelecido. Sendo assim esta tese teve como objetivos: (1) testar a hipótese de que a Ang II diminui os níveis de fosforilação do NHE3 mediados pelo cAMP/PKA na serina 552 aumentando a sua atividade por reduzir os níveis de cAMP e (2) testar a hipótese de que a miosina IIA participa da redistribuição do NHE3 da base para o corpo das microvilosidades em túbulo proximal renal em condições de estímulo da reabsorção de sódio, como ocorre em resposta à Ang II. Visando avaliar os efeitos da ativação da via AT1R/Gi na regulação do NHE3, verificamos, por meio da técnica de recuperação do pH dependente de Na+, que, em condições basais, a Ang II estimulou a atividade do NHE3, mas não alterou a atividade da PKA e nem afetou os níveis de fosforilação do NHE3 na serina 552 em uma linhagem de células de túbulo proximal (OKP). Entretanto, na presença da forskolin (FSK), agente que eleva os níveis intracelulares de cAMP, a Ang II foi capaz de contrapor-se ao efeito inibitório da FSK sobre o NHE3 por promover redução na concentração de cAMP, diminuição da atividade da PKA e, consequentemente, diminuição nos níveis de fosforilação da serina 552. Todos os efeitos da Ang II foram bloqueados quando um pré-tratamento com Losartan, antagonista do receptor AT1, foi feito nas células OKP, destacando a contribuição da via AT1R/proteína Gi no aumento da atividade do NHE3 pela Ang II. Observamos que a inibição da proteína Gi com PTX (toxina pertussis) diminuiu a atividade do NHE3 em células OKP e que a PTX diminuiu a atividade do NHE3 assim como preveniu o efeito estimulatório da Ang II sobre a atividade do NHE3 em túbulo proximal de ratos Wistar. Adicionalmente, com a intenção de avaliar os efeitos da miosina IIA na redistribuição do NHE3, constatamos que a blebistatina, inibidor da miosina IIA, preveniu completamente o aumento de atividade do NHE3 mediado pela Ang II em ratos Wistar e que o uso da blebistatina foi capaz de prevenir o aumento do NHE3 na superfície de células OKP tratadas com Ang II. Em conjunto, nossos resultados sugerem que a Ang II contrapõe-se aos efeitos do cAMP/PKA sobre a fosforilação e a atividade do NHE3 pela ativação da via AT1R/Gi e que a miosina IIA desempenha um papel na mediação da regulação da atividade do NHE3 em túbulo proximal renal de ratos em resposta à Ang II. Sugerem ainda que a desfosforilação do NHE3 na serina 552 pode representar um evento chave na regulação do manuseio de sal tubular proximal pela Ang II na presença de hormônios natriuréticos que promovem o aumento dos níveis de cAMP e da fosforilação do transportador e que a miosina IIA está envolvida na regulação do tráfego do NHE3 em túbulo proximal renal / The Na+/H+ exchanger isoform 3 (NHE3), expressed on the apical membrane, is responsible for most NaCl and NaHCO3 - reabsorption in the renal proximal tubule. Direct phosphorylation of NHE3 by PKA at serine 552 is one of the mechanisms by which its activity is inhibited. Binding of angiotensin II (Ang II) to the AT1 receptor (AT1R) in the proximal tubule stimulates NHE3 activity through multiple signaling pathways. However, the effects of AT1R/Gi activation and subsequent decrease in cAMP accumulation on NHE3 regulation are not well established. Ang II can also stimulate NHE3 activity by promoting its translocations from the base to the body of the microvilli, however, the role of the myosin IIA motor protein in this translocation in response to Ang II is not yet established. Therefore, the aims of this thesis are: (1) to test the hypothesis that Ang II decreases the cAMP/PKA-mediated NHE3 phosphorylation levels at serine 552 increasing its activity by reducing cAMP levels and (2) to test the hypothesis that myosin IIA participates in the NHE3 redistribution from the base to the body of the microvilli in the renal proximal tubule under conditions in which sodium reabsorption is stimulated, such as in response to Ang II. In order to evaluate the effects of AT1R/Gi pathway activation on NHE3 regulation, by means the intracellular pH recovery technique, we verified that under basal conditions, Ang II stimulated NHE3 activity but did not affect PKA-mediated NHE3 phosphorylation at serine 552 in opossum kidney (OKP) cells. However, in the presence of the cAMP-elevating agent forskolin (FSK), Ang II counteracted FSK-induced NHE3 inhibition, reduced intracellular cAMP concentrations, lowered PKA activity, and prevented the FSK-mediated increase in NHE3 serine 552 phosphorylation. All effects of Ang II were blocked by pretreating OKP cells with the AT1R antagonist Losartan, highlighting the contribution of the AT1R/Gi pathway in Ang II-mediated NHE3 upregulation under cAMP-elevating conditions. We also verified that Gi protein inhibition by pertussis toxin treatment decreased NHE3 activity both in vitro and in vivo and, more importantly, prevented the stimulatory effect of Ang II on NHE3 activity in Wistar rat proximal tubules. Additionally, we assessed the effects of myosin IIA on NHE3 redistribution, and found that blebbistatin, a myosin IIA inhibitor, completely prevented the increase of Ang II-mediated NHE3 activity in Wistar rats and that blebbistatin was able to prevent the increase of NHE3 on the Ang II-treated OKP cells surface. Collectively, our results suggest that Ang II counteracts the effects of cAMP/PKA on NHE3 phosphorylation and inhibition by activating the AT1R/Gi pathway and that myosin IIA plays a role in mediating the NHE3 activity regulation in the rat renal proximal tubule in response to Ang II. Furthermore, these findings support the notion that NHE3 dephosphorylation at serine 552 may represent a key event in the regulation of renal proximal tubule sodium handling by Ang II in the presence of natriuretic hormones that promote cAMP accumulation and transporter phosphorylation, and that myosin IIA is involved in NHE3 trafficking regulation in the renal proximal tubule
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Efeito de frações peptídicas do veneno da serpente Bothrops jararaca (Serpentes, Viperidae: Crotalinae) sobre a atividade enzimática dipeptidil-peptidase IV (DPP-IV) e sobre o receptor (GLP-1R) do peptídeo glucagon-símile tipo 1 (GLP-1). / Effect of peptide fractions from Bothrops jararaca (Serpentes, Viperidae: Crotalinae) venom on dipeptidyl-peptidase IV (DPP-IV) enzyme activity and glucagon-like peptide 1 receptor (GLP-1R).

Villela, Leonardo Zambotti 20 October 2010 (has links)
Novos agentes terapêuticos que preservem as células <font face=\"Symbol\">&#946 do pâncreas e o controle do peso são importantes para o diabetes melittus tipo 2 (DM-2), constituindo uma importante área de investimento farmacêutico. Com o objetivo de contribuir com a toxinologia comparada de venenos de répteis e com a eventual descoberta de novos agentes insulinotrópicos, o presente estudo realizou a prospecção de compostos hipoglicemiantes análogos à exendina-4 (isolada de lagartos Heloderma) ou inibidores da dipeptidil-peptidase IV (DPP-IV) no veneno da serpente Bothrops jararaca. A espectrometria de massas identificou uma K49 Fosfolipase A2 inédita neste veneno. Inibidores da DPP-IV não foram encontrados. Porém, a existência de frações polipeptídicas deste veneno sem similares estruturais descritos, sem efeito na pressão arterial média, imunologicamente similares à exendina-4 e com efeito hipoglicemiante e provável capacidade de ligação ao receptor do peptídeo glucagon-símile tipo 1, caracterizaram, pela primeira vez, a ação de veneno de serpente sobre o metaboloma. / New therapeutic agents that protect pancreatic <font face=\"Symbol\">&#946 cells and regulate body mass are important to diabetes mellitus type 2 (DM-2). The search for these agents is one of the main objectives of investments made by pharmaceutical industries. To contribute to the comparative toxinology studies of reptile venoms and to reveal new insulinotropic agents, the present investigation searched for hypoglycemiant compounds such as exendin-4 analogues (isolated from Heloderma lizards) or dipeptidyl-peptidase IV (DPP-IV) inhibitors in the venom of the snake Bothrops jararaca. The mass spectrometry analysis identified a novel K-49 Phospholipase A2 in this venom. DPP-IV inhibitors were not found. However, the existence of polypeptide fractions from this venom without structural similarity with reported compounds, without effect on mean arterial blood pressure and with immunological similarity with exendin-4 and probable ability to bind to glucagon-like peptide type 1 receptor, led to the first characterization of snake venom activity on metaboloma.
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Avaliação do uso de amostras de leucócitos impregnados em papel filtro para o diagnóstico de doenças lisossômicas

Camelier, Marli Teresinha Viapiana January 2016 (has links)
Introdução: As Doenças lisossômicas (DLs) são condições genéticas, herdadas na sua maioria de forma autossômica recessiva, caracterizadas usualmente pela deficiência de enzimas lisossômicas específicas, envolvidas na síntese, degradação, armazenamento ou transporte de macromoléculas necessárias para o funcionamento normal do organismo. Nas situações mais típicas, o substrato não degradado acumula-se progressivamente nos lisossomos, com repercussões estruturais e funcionais, levando a sinais e sintomas característicos. Os pacientes apresentam um amplo espectro de manifestações clínicas, que podem incluir disfunção de órgãos, anormalidades esqueléticas, envolvimento neuronal, entre outras. O diagnóstico é usualmente obtido pela identificação da deficiência enzimática específica em leucócitos obtidos do sangue periférico, usualmente realizado em laboratórios de referência. O transporte da amostra pode ser um obstáculo quando o serviço requisitante está situado longe do centro de referência ou em outro país, situação em que a amostra de sangue pode chegar ao laboratório já sem condições de ser analisada. Objetivo: Este estudo teve como objetivo principal, tornar disponível um método mais simples, seguro e acessível que utiliza amostras de leucócitos impregnados em papel filtro (LIPF) como uma nova ferramenta para o diagnóstico bioquímico de pacientes com DLs. Métodos: O estudo envolveu amostras de pacientes com diagnóstico previamente confirmado de DLs (amostra de conveniência, por se tratarem de doenças raras, com incidências individuais ao redor de 1:100.000 recém-nascidos vivos). Foram incluídos no estudo os pacientes com diagnóstico já estabelecido de DLs selecionadas (MPS IVA, Doença de Krabbe, Doença de Gaucher e Doença de Pompe), independente do sexo e/ou idade, atendidos no Serviço de Genética Médica do HCPA, que concordaram em participar do estudo. O grupo de referência negativo foi constituído pelas amostras de 50 indivíduos hígidos, adultos, de ambos os sexos. Resultados: Os resultados obtidos nos ensaios enzimáticos de pacientes com MPS IVA, Doença de Krabbe, Doença de Gaucher e Doença de Pompe, indicaram que as enzimas analisadas em amostras de LIPF permitiram a identificação de todos os pacientes, com sensibilidade de 100%. Os testes de estabilidade realizados nas amostras de LIPF indicaram que as amostras, quando mantidas a 4ºC, se mostram estáveis por pelo menos 30 dias. Conclusões: Nas condições utilizadas, amostras de LIPF se mostraram adequadas para a identificação segura de pacientes com MPS tipo IVA, Doença de Krabbe, Doença de Gaucher e Doença de Pompe. As amostras de leucócitos secos em papel filtro são mais estáveis e seguras para o transporte, indicando que possa ser esta uma importante ferramenta para facilitar a identificação de pacientes com DLDs, especialmente daqueles que vivem em áreas que tem dificuldades para a remessa de amostras líquidas para serviços de referência. / Background: Lysosomal Disorders (LDs) are genetic conditions, mostly inherited in autosomal recessive fashion, usually characterized by a deficiency of specific lysosomal enzymes involved in the synthesis, degradation, storage or transportation of macromolecules necessary for normal functioning of the organism. Typically, the non-degraded substrate is progressively accumulated in lysosomes, with structural and functional repercussions, leading to characteristic signs and symptoms. Affected patients present a wide range of clinical manifestations, which may include organ dysfunction, skeletal anomalies, neuronal involvement, etc. The diagnosis is normally made through identification of the specific enzyme deficiency in white blood cells from a sample of peripheral blood, usually performed in reference laboratories. The transporting of a liquid sample can be a problem when the test orderer is located far from the reference center or in a foreign country, as often the blood sample arrives at the laboratory in poor condition and cannot be properly analyzed. Aim: The main aim of this study was to make available a new technique that is simpler, safer and more accessible, using leukocytes impregnated on filter paper (LIFP) as a new tool for the biochemical diagnosis of patients with LSDs. Methods: This study involved samples of patients with previously confirmed diagnosis of selected LSDs (a convenience sample, as these are rare diseases, with individual incidences around 1:100.000 live newborns). Patients with an established diagnosis of MPS IVA, Krabbe Disease, Gaucher’s disease and Pompe disease regardless of sex and/or age, cared for at the Genetics Service of HCPA and who agreed to participate were included in the study. The negative reference group comprised blood samples from 50 healthy adults of both genders. Results: The results obtained in the enzymatic assays of patients with MPS IVA, Krabbe Disease, Gaucher’s disease, and Pompe disease indicated that the analyzed enzymes in LIFP samples allowed the identification of all patients, with sensitivity of 100%. The stability tests performed in LIFP samples indicated that samples, when maintained at 4ºC, were stable for at least 30 days. Conclusions: In the conditions used, LIFP samples were shown to be adequate for a reliable identification of patients with MPS IVA, Krabbe Disease, Gaucher’s disease, and Pompe disease. Blood samples on filter paper are more stable and reliable for transportation, indicating that this may be an important tool to facilitate the identification of patients with LSDs, particularly those living in areas with difficulties for the shipment of liquid samples to reference cervices.

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