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Instruir o cliente a mentir em juízo: um diálogo entre o exercício ético da advocacia e o princípio constitucional da ampla defesaDias, Andréa Biasin January 2014 (has links)
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ANDRÉA BIASIN DIAS - Dissertação Final.pdf: 548991 bytes, checksum: c9cdb841ba721d16db743af9daaf2be1 (MD5) / O presente estudo objetiva verificar se instruir o cliente a mentir em juízo configura uma conduta profissional antiética do advogado ou se é uma prática ancorada no exercício do direito constitucional à ampla defesa da parte. A ideia de verdade, o alcance das normas éticas que regem a prática da advocacia e o princípio da ampla defesa, bem como suas limitações e aplicabilidade foram estudados, a fim de que se pudesse concluir se o advogado que orienta seu constituinte a falsear os fatos em
juízo está agindo ou não em conformidade com a ética e com o ordenamento jurídico
vigente. Ao longo dessa busca, foi destacado o processo de natureza penal, em
virtude de suas peculiaridades, e se buscou desconstruir a ideia de que a lei confere ao acusado um “direito de mentir”. Utilizou-se a pesquisa bibliográfica, a partir da consulta à doutrina e à normas concernentes ao assunto, sendo lançadas algumas considerações acerca de o que dizem os doutrinadores e a jurisprudência sobre o tema. Como resultado, observa-se que o direito à ampla defesa não é ilimitado e deve ser manejado pelo advogado com observância às normas éticas que disciplinam a atuação do referido profissional. Conclui-se, pois, que instruir o cliente a mentir em juízo é conduta antiética do advogado, não amparada pelo princípio constitucional da ampla defesa.
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A institucionalização da ética no espaço procedimental-discursivo: um estudo das audiências públicas no STFNogueira, Claudia Albagli January 2015 (has links)
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TESE CLÁUDIA ALBAGLI NOGUEIRA.pdf: 1288781 bytes, checksum: 62af2f2f0fba0968f6c4efeee5ae2ce2 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Valéria de Jesus Moura (anavaleria_131@hotmail.com) on 2015-11-17T18:24:53Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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TESE CLÁUDIA ALBAGLI NOGUEIRA.pdf: 1288781 bytes, checksum: 62af2f2f0fba0968f6c4efeee5ae2ce2 (MD5) / O presente trabalho afirma a institucionalização da ética como resultado da incorporação dos argumentos morais através do espaço procedimental-discursivo ofertado pelas audiências públicas realizadas no Supremo Tribunal Federal. Para tanto, foi utilizado como base a concepção de democracia em Habermas, a compreensão do direito como mecanismo para supressão da debilidade da moral pela sua capacidade de impor-se de maneira geral e a relação de complementaridade destes com a política. Realizou-se investigação quanto à cultura democrática brasileira, as transformações recentes a partir da virada paradigmática da Constituição Federal de 1988 e o modo como o Poder Judiciário se estabelece nesse quadro, afirmando a sua condição fundamental para o Estado democrático de direito, assim como a função política que assume o Supremo Tribunal Federal. Para a incorporação do argumento moral e institucionalização da ética, foram definidas diretrizes necessárias a servirem de baliza à construção sentencial, sendo elas: o discurso como liberdade comunicativa, a pretensão de correção do direito, o consenso como teleologia da decisão e o procedimento como condição necessária. Realizou-se análise de duas decisões do Supremo Tribunal Federal resultantes de processos em que foram realizadas audiências públicas, concluindo-se positivas em relação ao aproveitamento dos argumentos morais formulados no bojo desses procedimentos, de maneira direta ou indireta. Ao final, extraiu-se que a abertura democrática propiciada pela chamada da sociedade à colaboração na formação da convicção do julgador possibilita abertura cognitiva para a consideração de argumentos morais, que quando definitivamente incorporados à sentença ganham institucionalidade, tornando-se gerais e coercitivos.
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Ecos do Silêncio: Juízos de Surdos no Âmbito da Formação Superior sobre Projetos de Vida e Humilhação nas Perspectivas Moral e ÉticaANDRADE, A. N. 30 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-30 / Investigamos as perspectivas moral e ética de pessoas surdas por meio da análise da possível relação entre as características da vida presente, as projeções de si no futuro e a experiência pessoal de humilhação no passado. Participaram da pesquisa 16 surdos que haviam se matriculado no ensino superior, divididos igualmente quanto ao sexo, distribuídos nas seguintes faixas etárias: 21 25 anos (n=4); 26 30 anos (n=8); 31-35 anos (n=1); 36-40 anos (n=3). Realizamos entrevistas individuais por meio do método clínico piagetiano em língua de sinais, as quais foram filmadas na íntegra para posterior transcrição dos dados. A discussão dos resultados foi composta por cinco estudos interdependentes que dizem respeito a: 1) características que compõem a identidade surda; 2) opções morais e éticas sobre a atuação profissional e a formação acadêmica; 3) projeções de si no futuro; 4) exemplos de humilhação pessoal; 5) influência da humilhação nos projetos de vida. Cada um dos estudos apresentados nessa tese, com exceção do primeiro, contemplou o Grau de Consideração de Si e do Outro (GCSO), à medida que se verificavam explicações baseadas na conexão com o outro, na desconexão do outro e na inclusão de si, conforme a natureza do objeto investigado. Considerando as respostas e as justificativas mais frequentes, constatamos que, dentre as características dos participantes, todos são surdos pré-linguísticos, sendo que a maioria conhece a causa da surdez, referindo-se a doenças, hereditariedade e intervenção médica mal sucedida. Apenas uma entrevistada adquiriu a língua de sinais sem atraso por ser filha de pais surdos, enquanto para sete participantes houve atraso de 17 a 19 anos. Esta aquisição tardia foi beneficiada principalmente pelo contato com amigos surdos e com pessoas da comunidade surda, contribuindo para a constituição da identidade de transição. O relacionamento afetivo é, em especial, com pessoas surdas, posto que seis solteiros e três casadas estavam com um(a) parceiro(a) surdo(a). Em relação às opções morais e éticas sobre a atuação profissional e a formação acadêmica, a maior parte dos universitários atua na divulgação da língua de sinais como instrutores de LIBRAS e na educação como professores de surdos devido à conexão com a comunidade surda; no entanto, também foram apresentados argumentos do tipo autocentrado, com elementos de reconhecimento de si com valor positivo. Sobre os cursos em que ingressaram, há matrículas em mais de uma graduação por participante, prevalecendo escolhas em Letras-LIBRAS e em Pedagogia. Quanto à situação do primeiro curso, sete participantes concluíram, sete estavam cursando e dois participantes abandonaram a primeira graduação. A escolha por esse curso foi baseada em argumentos conectados com a comunidade surda e autocentrados com base no reconhecimento positivo de si. Esse tipo de argumento foi principalmente mencionado pelos entrevistados que cursavam a segunda graduação. A investigação sobre os projetos de vida revela que os participantes se interessam pela própria atividade profissional bem como pelo investimento na formação acadêmica, seguido pelo relacionamento afetivo e pela aquisição de bens materiais. Todavia, argumentos do tipo autocentrado são especialmente considerados em relação às próprias características, necessidades e potencialidades para atuar sobre o mundo, mas também há menção a conteúdos hedonistas. A conexão está presente, sobretudo em relação a uma coletividade, pois há argumentos conectados com a comunidade surda e com a
sociedade. No estudo sobre as experiências de humilhação, constatamos que esta é tema reconhecido pelos participantes, sendo igualmente as experiências frequentes, exceto para uma universitária em cuja história de vida inexistem situações de rebaixamento. Os demais relatam situações de exclusão, com destaque para a educacional, injúria, calúnia e difamação e impossibilidade de comunicação, justificadas por meio de conteúdos de impotência e de condição. Dentre os argumentos, foi nítida a desconsideração do outro pelos participantes, sendo que o principal tipo diz respeito a pessoas próximas desconectadas de si e à sociedade desconectada de si. Os exemplos de humilhação considerados como os mais importantes pelos entrevistados são de exclusão, injúria, impossibilidade de comunicação, incompreensão e/ou intolerância e ausência de apoio. Para investigar a relação de influência entre humilhação e projetos de vida, primeiramente verificamos que o tema da influência vincula-se à ideia de algo positivo. Assim, para a maioria, a humilhação, cujo teor é negativo, não poderia influenciar os projetos de vida valorizados pelos participantes como planos de transformação positiva de si e de uma coletividade. Dentre os que não reconheceram tal influência, os argumentos foram principalmente autocentrados com aspectos do reconhecimento de si com valor positivo. Entretanto, nesses casos constatamos a influência ao comparar os tipos de humilhação e os tipos de projetos elencados. Quanto àqueles que identificaram relação entre a humilhação e os projetos de vida, há destaque para os planos de atividade profissional, inclusão social dos surdos e relacionamento afetivo como alvos de influência, sendo as principais justificativas de conexão. A análise do GCSO nos estudos em que se aplicou possibilita a constatação de que o mundo dos possíveis se revela vasto quando sondamos as projeções de si no futuro, pois é nesse âmbito que se encontra o número mais significativo de justificativas. Os argumentos conectados aparecem em maior número quando se trata de explicar a atuação profissional e a formação acadêmica no presente, e aparecem em segundo lugar entre os argumentos dos projetos de vida. Atuar no presente e projetar-se no futuro são formas de cooperar com os seus iguais, reforçando principalmente a educação de surdos e a divulgação da língua de sinais para a sociedade. Os argumentos autocentrados são imediatamente mencionados ao se tratar de atividade profissional e da formação superior em curso, ganhando destaque nas justificativas dos projetos de vida, especialmente no que diz respeito ao reconhecimento de si como um ser capaz de agir no mundo. Os argumentos conectados, por sua vez, são menos expressivos na humilhação pessoal; no rebaixamento, as justificativas são principalmente caracterizadas pela desconexão de si. Os resultados indicam que os participantes elaboram projetos de vida em uma perspectiva ética, incluindo a si próprios como também o outro, com especial atenção para a comunidade surda, mas também com pretensão de inclusão da sociedade. Há ligação entre o presente, o passado e o futuro, considerando que a experiência humilhante de exclusão educacional ainda se reproduz no presente, quando os participantes investem na própria formação superior para futura atuação profissional, mas enfrentam o despreparo dos professores ouvintes quanto a adequar seu método de trabalho à inclusão de surdos no ensino superior. Esperamos que esse estudo seja útil à discussão sobre políticas públicas na área da educação especializada para surdos, como também contribua com a ampliação do conhecimento científico sobre a perspectiva moral e ética desse público.
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Projetos de Vida Profissional de Estudantes Universitários: Um Estudo na Área da Ética e da MoralidadeABREU, E. F. 09 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-09 / Esta pesquisa consiste em analisar, a partir das perspectivas da moral e da ética, o juízo de estudantes universitários da área da saúde a respeito de seus projetos de vida profissional e a influência dos seus professores nesses projetos. Buscamos conhecer os projetos e analisá-los com base nas contribuições de La Taille (2006a). Participaram da investigação 51 estudantes, de ambos os sexos, dos cursos de Enfermagem, Medicina e Psicologia, da Universidade Federal do Vale do São Francisco UNIVASF, sendo esses dos primeiros e dos últimos períodos dos cursos. Realizamos entrevistas individuais de acordo com o método clínico de Piaget (1926/2005, 1932/1994). Considerando as respostas e justificativas mais frequentes, referentes ao projeto de vida profissional, pudemos verificar que: (1) o projeto de vida profissional que os estudantes mencionam é a pós-graduação, tendo como justificativa a motivação e/ou interesse; (2) todos os participantes possuem a crença de que os seus projetos serão realizados e ressaltam a determinação como argumento; (3) a estratégia sobre como os projetos serão realizados é estudando, seguida da justificativa meio para atingir os objetivos; (4) o Polo Petrolina/Juazeiro é o local onde pretendem realizar seus projetos, sob argumento de ser a melhor alternativa; (5) os pontos positivos e negativos da formação são, respectivamente, os professores e a estrutura da universidade; (6) a maior parte dos entrevistados considera que os professores exercem influência nos seus projetos pela orientação e/ou incentivo na escolha dos caminhos e (7) as maneiras de influenciar dos professores são modo como se relacionam com os alunos e demonstração de conhecimento da área. Diante das repostas e argumentos apresentados, verificamos que poucos dados (10,25%) expressam conteúdos morais, que apontam ou não para a perspectiva ética. Dessa forma, não podemos afirmar que os futuros profissionais fundamentam os aspectos mencionados em princípios morais e éticos no sentido que tratamos nesta pesquisa. Finalmente, esperamos que os dados instiguem trabalhos de intervenção que proporcionem reflexões a respeito dos princípios, que devem nortear a prática profissional e incentivem novos estudos na área da moralidade.
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PASSAGEM DA RELIGIÃO GREGA E DO MUNDO ROMANO AO CRISTIANISMO NA FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO DE HEGEL.SILVA JUNIOR, J. B. 13 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-13 / Analisa o fenômeno da religião e suas diferentes manifestações, a partir da interpretação hegeliana da passagem da religião grega e do mundo romano ao cristianismo, que a Fenomenologia do Espírito apresenta. Para Hegel, a causa da grande diversidade aparentemente desconexa de religiões no espaço e no tempo, é a própria ideia de religião, a necessidade de realização da consciência de si do espírito. Procuramos refletir sobre a experiência da consciência de si do espírito, enquanto base da organização científica, que a Fenomenologia expõe, do fenômeno da religião. O primeiro estágio da religião na Fenomenologia não é a religião grega, mas aquela que Hegel designa religião natural, ou religião imediata, momento em que a consciência de si do espírito aparece para a consciência de modo totalmente exterior e sem figura. Após analisarmos as contradições internas da religião grega que levaram à sua decadência, refletimos sobre a passagem ao mundo romano, que tornou possível a efetivação do conceito de religião, com a religião manifesta, o cristianismo. O resultado da passagem da religião grega e do mundo romano ao cristianismo, na Fenomenologia, é a necessidade lógica que vincula diretamente o início e o término do movimento de reconciliação da consciência com a consciência de si do espírito. O tema religião permanece uma busca para o pensamento filosófico da época contemporânea. Após a análise da interpretação do fenômeno religioso, contida na passagem da religião grega e do mundo romano ao cristianismo, feita na Fenomenologia, procuramos dialogar as filosofias de Feuerbach, Kierkegaard, e Ricoeur enquanto tentativas de reatualização do sentido da interpretação e compreensão da experiência da religião e suas formas a partir da crítica à organização científica da religião proposta por Hegel.
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HEGEL, SPINOZA E O INDIVÍDUO: FRAQUEZA OU FORTALEZA?SILVA NETO, J. G. 26 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-26 / O presente trabalho apresenta um debate de cunho ontoteológico que
envolve os autores G.W.F Hegel e Baruch Spinoza. Hegel é autor de um
capítulo em uma de suas obras mais extensas, as Lições sobre a
História da Filosofia, de uma crítica veemente à Spinoza, seu
predecessor à quem, por outro lado, deve uma declarada estima. Por
essa razão buscou-se balizar as posições de ambos os autores no
tocante da relação do indivíduo com o absoluto, em vias de uma
redenção do sistema de Spinoza, por meio do encontro do conceito de
individualidade em sua efetividade, às vistas de Hegel. Nosso trabalho
dedicou-se majoritariamente à uma análise metodológica crítica que
levou cada um dos autores ao nosso objeto de estudo, o indivíduo.
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Em torno de Alberto Giacometti: arte, ética e psicanálisePaulo Lisboa Proença 28 October 2009 (has links)
Ce travail se propose de réfléchir sur certains aspects de loeuvre de lartiste suisse Alberto Giacometti (1901-1966) à partir des élaborations de Lacan concernant léthique de la psychanalyse. Art et psychanalyse doivent sinterpénétrer sans abandonner la spécificité du faire artistique avec sa provocation à lanalyste. Dans ce but, nous utilisons comme instruments certaines indications de Heidegger contenues dans le Séminaire VII Léthique de la psychanalyse. Ayant élevé la psychanalyse à la dignité de la Chose (das Ding), dans son retour à Freud, Lacan, de même que le fondateur de la psychanalyse, considère lart comme capable danticiper cette dignité et comme indice de linconsistance du sujet. Avec la Chose, objet perdu depuis toujours, le monde perd son entièreté imaginaire et dordre moral et le sujet vient produire quelque chose de singulier qui est attrelé à la sublimation et à léthique du désir. À partir de cela, la différence entre voir et regarder est présente, pour Giacometti, comme question fondamentale, en valorisant le monde par létrangerment, en constituant son aventure secrèt. / O presente trabalho procura pensar aspectos da obra do artista suíço Alberto Giacometti (1901-1966) a partir das elaborações de Lacan na ética da psicanálise. Arte e psicanálise devem atravessar uma por dentro da outra, sem abandonar a especificidade do fazer artístico e sua provocação ao analista. Para tanto, nos utilizamos instrumentalmente de algumas indicações de Heidegger contidas no Seminário VII A ética da psicanálise. Tendo elevado a psicanálise à dignidade da Coisa (das Ding) em seu retorno a Freud, Lacan, assim como o fundador da psicanálise, colocam a arte como antecipadora dessa dignidade e índice da inconsistência do sujeito. Com a Coisa, objeto desde sempre perdido, o mundo perde sua inteireza imaginária e de ordem moral, e o sujeito vem produzir algo de singular que está atrelado à sublimação e à ética do desejo. A diferença entre ver e olhar comparece, para Giacometti, como questão fundamental, valorizando o mundo pelo viés do estranhamento e constituindo sua aventura secreta.
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O relacionamento médico paciente : da submissão à igualdadeSergio Luiz Alves da Rocha 31 March 2000 (has links)
Toda a discussão sobre a possibilidade do exercício da autonomia do paciente é realizada a partir da crítica ao denominado modelo tradicional de relacionamento entre o médico e o paciente. Neste modelo, também classificado como modelo hipocrático de relacionamento, ao médico cabe toda iniciativa, sendo o paciente totalmente passivo. Com o objetivo de discutir os limites desta interpretação, analisaremos as principais idéias relacionadas à prática médica grega. Esta discussão será útil para relativizar a idéia do denominado modelo hipocrático, que é atemporal, e para marcar as diferenças desta prática em relação aos tempos modernos. Um segundo capitulo, será estruturado a partir da discussão de alguns casos julgados em tribunais americanos. Esta discussão é importante, pois a discussão jurídica estabeleceu-se em torno de determinadas idéias que seriam depois retomadas pela literatura sobre o tema da autonomia do paciente. No terceiro capítulo, analisaremos as propostas de Jay Katz. Este autor propõe um modelo de relacionamento médico-paciente que não está limitado a simples afirmação do direito de decidir do paciente. Ele discute a própria natureza do trabalho médico, analisando concepções amplamente aceitas, tais como a idéia de que todo paciente tem direito a fazer valer as suas vontades, a objetividade do ato médico e a fragilidade do paciente em tomar suas próprias decisões em função de seu estado de saúde. Finalmente, nas considerações finais, em um último capítulo, utilizaremos uma bibliografia mais sociológica, tentando apontar, de maneira genérica, algumas imitações sobre a reflexão estabelecida por Katz e pela literatura sobre a autonomia do paciente.
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Somos quase felizes : movimentos do desejo em tempos de ansiolíticoMartins, Ruy Anderson Santos 12 April 2013 (has links)
Submitted by Maykon Nascimento (maykon.albani@hotmail.com) on 2014-09-22T20:20:35Z
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Previous issue date: 2014 / O presente trabalho versa sobre modos de vida no contemporâneo referente às práticas em torno de medicamentos ansiolíticos. Propomos um modo de pesquisa que não visa a descoberta de verdades, mas a escuta e a escrita das sensibilidades em processo na atualidade. Apropriamo-nos do cinema e da entrevista, intercessores deste trabalho, para dar vazão às vozes que se proferem em torno dessa temática. Os filmes: A pele que habito, Medianeras e O palhaço, somado a duas entrevistas com usuários de ansiolíticos, compõe o corpo desta pesquisa. As análises e a escuta deste campo nos levaram a uma discussão paradoxal entre modos de vida os quais, ao mesmo tempo em que nos lança em ritmos cada vez mais velozes e adoecedores - resultado das forças capitalísticas, tecnológica e midiática – também produzem desejo de anestesiamento do corpo, para suportar a saturação a qual nos encontramos. Corpos que não têm agüentado mais os novos ritmos de vida e, por isso, pedem uma nova ética, uma política de recusa aos ritmos estafantes. Uma discussão com base nos autores Deleuze, Guattari, Nietzsche, Spinoza e Foucault. / Ce document porte sur les modes de vie dans des pratiques contemporaines en ce qui concerne l’usage des anxiolytiques. Nous proposons une approche de recherche qui ne cherche pas à découvrir des vérités, mais l’écoute et l'écriture des sensibilités plus actuelles. J’ai choisi le cinéma et l’entretien, intercesseurs de ce travail, afin de montrer des idées nouvelles qui s’expriment sur ce thème. Les films La peau qui m’habite (A pele que habito), Medianeras et Le clown (O palhaço), ainsi que deux interviews avec des utilisateurs d'anxiolytiques, forment le corps de cette recherche. Des analyses et l’écoute dans ce domaine, nous ont conduit à une discussion entre les moyens paradoxaux de la vie qui nous plongent dans un rythme de plus en plus rapide et qui peuvent provoquer des maladies - résultat des forces capitalistes, de la technologie et des médias – et produisent également le désir de sensations anesthésiantes du corps afin de résister à la saturation où nous y sommes. Ceux qui ne supportent plus les styles urbains de la vie et ont envie d’une nouvelle éthique face à celle là; une politique de refus de nouveaux rythmes. Une discussion basée sur Deleuze et Guattari, et les auteurs Nietzsche, Spinoza et Foucault.
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Jean-Jacques Rousseau: por uma ética das virtudes / Jean-Jacques Rousseau:par une èthique de la vertuAline Correia Ribeiro 30 July 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Dans le domaine de la discussion sur la morale, il est possible de constater, dans les trois dernières décennies, un nouvel intérêt pour la dénommée éthique de la vertu . Léthique des vertus est une tradition dinvestigation morale qui a dans le concept de vertu, en opposition aux concepts de loi, des principes ou des droits, lune de ses idées les plus fondamentales. Lobjectif de cette dissertation est délucider de quelle manière la pensée politique et la morale de Jean-Jacques Rousseau, encore dans le contexte des Lumières, préservent les arguments centraux de la tradition de léthique des vertus. Quoique MacIntyre ait beaucoup contribué à la reprise de lintérêt philosophique pour léthique de la vertu, je montre dans cette dissertation que les critiques quil a faites de façon généralisée aux Lumières ne sappliquent pas de manière entièrement adéquate à la position que Rousseau soutient dans ses écrits philosophiques. Luvre de Rousseau est très vaste et, quand on considère quelques textes isolément, les arguments que Rousseau présente semblent peu systématiques. Toutefois, comme je montre dans cette dissertation, quand on analyse luvre de Rousseau comme un ensemble, il est très clair que la philosophie morale de Rousseau reste fondamentalement une investigation sur les vertus. / No âmbito da discussão filosófica sobre a moral, é possível perceber, nas últimas três décadas, um novo interesse pela denominada ética das virtudes. A ética das virtudes diz respeito a uma longa tradição de investigação moral que tem no conceito de virtudes, por oposição aos conceitos de leis, princípios, ou direitos, uma de suas ideias mais fundamentais. O objetivo desta dissertação de mestrado é elucidar de que forma o pensamento político e moral de Jean-Jacques Rousseau, ainda no contexto do Iluminismo, preserva os argumentos centrais da tradição da ética das virtudes. Embora Alasdair MacIntyre tenha contribuído bastante para o ressurgimento do interesse filosófico pela ética das virtudes, mostro nesta dissertação que as críticas que ele dirige de maneira generalizada ao Iluminismo não se aplicam de modo inteiramente adequado à posição que Rousseau efetivamente defende em seus escritos filosóficos. A obra de Rousseau é bastante vasta e, ao considerarmos alguns textos isoladamente, os argumentos que Rousseau apresenta parecem pouco sistemáticos. No entanto, como mostro na presente dissertação, ao analisarmos a obra de Rousseau como todo, fica bastante claro o quão a filosofia moral de Rousseau permanece fundamentalmente uma investigação sobre virtudes.
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