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Imagem corporal e sa?de mental de mulheres que sofreram viol?ncia dom?stica: diferenciais segundo ra?a/cor da pele.Jesus, Luane Sales de 11 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-11 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / The body image involves a tangle of factors that define how individuals see themselves and how they think and are seen by others people. Be satisfied or not with de image body is a constant training process, as from the experiences, the individual may feeling dissatisfied with your body image. The violence and racial discrimination are listed how negative influencers for the concept of body image of the individual, because after suffered aggresions by subject, is possible that your concept of satisfaction with your bodyimage, be reversed for dissatisfaction. However, there aren?t studies in Literature the relate to mental health and feelings of women`s satisfaction/dissatisfaction feelings, victms of domestic violence with their body image, considering the differentials by race/color. OBJECTIVE: Avaliate the satisfaction with body image and situation of mental health of the women, victms of domestic violence highlighting differences by race/color, attended at Women?s Reference Center in Bahia. METHODOLOGY: A descriptive quantitative study used document analysis and interviews among the women attended at women?s Reference Dandara Center, in Serrinha-Bahia. An individual questionnaire was applied, with the Stunkard Silhouettes Scale, the Self Report Questionnaire (SRQ-20), Beck?s depression inventory and the Patient Health Questionnaire (PHQ). The data collection was searched in October 2014 to June 2015. RESULTS: The most women were young, single, with children, low level of education, took head family, worked,they received less than a minimum salary, practiced leisure activities and were predominantly black women, also as related most variables from race/color. There was a predominance of the violence by intimate partners, into their own homes, specially the psychological and physical violence. Found predominance of dissatisfaction about their body image, particularly about black women, aged less than 40 years, without partners and received less than a minimum salary. The most women, indicated like dissatisfied about body image, showed high levels of disorders and depression. CONCLUSION: Leave the this violent means and the reduction of racial discriminations, can be important actions to reduce the dissatisfactions about the body image, mental disorders and depression. This study provides informations to developing strategies for a good mental health of the women in domestic violence situation, specially the black women, to minimize the consequences of suffered violence by them. / A imagem corporal envolve um emaranhado de fatores que definem como os indiv?duos se veem e como acham que s?o vistos pelas outras pessoas. Estar satisfeito ou n?o com a imagem do corpo ? um processo em constante forma??o, pois a partir das experi?ncias vividas, o indiv?duo pode se sentir insatisfeito com a sua imagem. A viol?ncia e a discrimina??o racial est?o elencadas como fortes influenciadores negativos para o conceito da imagem corporal do indiv?duo, pois a partir das agress?es sofridas pelo sujeito, ? poss?vel que seu conceito de satisfeito com a imagem corporal seja revertido para insatisfa??o. No entanto, s?o escassos na literatura estudos que relacionem a sa?de mental e os sentimentos de satisfa??o/insatisfa??o de mulheres v?timas de viol?ncia dom?stica com a imagem corporal, considerando os diferenciais por ra?a/cor. OBJETIVO: avaliar a satisfa??o com a imagem corporal e a situa??o de sa?de mental das mulheres v?timas de viol?ncia dom?stica com destaque para diferenciais segundo ra?a/cor, atendidas em um Centro de Refer?ncia da Mulher em um munic?pio da Bahia. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo quantitativo descritivo que utilizou an?lise documental e entrevista com mulheres em situa??o de viol?ncia atendidas no Centro de Refer?ncia da Mulher Dandara em Serrinha-Ba. Foi utilizado um question?rio individual, contendo a Escala de Silhuetas de Stunkard, o Self Report Questionnaire (SRQ-20), o Invent?rio de Depress?o de Beck e o Patient Health Questionnaire (PHQ). A coleta de dados foi realizada de Outubro de 2014 at? Junho de 2015. RESULTADO: A maioria das mulheres era jovem, solteira, com filhos, baixo n?vel de escolaridade, assumia a chefia da fam?lia, trabalhava, tinha renda mensal menor que um sal?rio m?nimo, praticava atividades de lazer e era, predominantemente, negra, tamb?m quando relacionadas ? maioria das vari?veis com a ra?a/cor. Houve predomin?ncia da viol?ncia praticada por parceiro ?ntimo, no pr?prio lar, destacando-se a viol?ncia psicol?gica e f?sica. Constatou-se predomin?ncia de insatisfa??o com a imagem corporal, principalmente em mulheres negras, com idade menor que 40 anos, sem parceiro e com renda menor que um sal?rio m?nimo. A maioria das mulheres indicadas como insatisfeitas com a imagem corporal apresenta elevados n?veis de Transtorno Mental Comum e Depress?o. CONCLUS?O: Abandonar o meio violento e a redu??o da discrimina??o racial podem ser a??es importantes para a redu??o da insatisfa??o com a imagem corporal, transtornos mentais e Depress?o. Este estudo fornece subs?dios para elabora??o de estrat?gias para a melhoria da sa?de mental das mulheres que se encontram em situa??o de viol?ncia dom?stica, em especial as negras, a fim de minimizar as consequ?ncias da viol?ncia sofrida.
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Violência doméstica e de gênero: perfil sociodemográfico e psicossocial de mulheres abrigadas / Domestic and gender violence: sociodemographic and psychosocial profile of sheltered women.Paula Licursi Prates 22 October 2007 (has links)
Introdução: A violência contra a mulher tem sido considerada uma violação dos direitos humanos e um importante problema de saúde pública, tanto no que se refere aos cuidados, quanto com as relações de gênero que permeiam o fenômeno. Após este reconhecimento, serviços de atendimento às mulheres em situação de violência foram criados no âmbito das políticas públicas, entre eles os abrigos para mulheres que sofreram violência doméstica e se encontram em risco. Objetivo: Descrever e analisar o perfil sociodemográfico e psicossocial de usuárias de um destes abrigos da cidade de São Paulo. Método: Estudo quantiqualitativo realizado por meio de consulta aos prontuários da instituição. Foram coletados dados de natureza sociodemográfica, de violência, de saúde e aspectos do abrigamento de 72 mulheres atendidas no período de 2001 a 2005. Resultados: A violência perpassa todas as faixas de idade (17 a 46 anos) e tempos de união. A predominância de escolaridade está no ensino fundamental. 66,7% das mulheres mantinha relacionamentos estáveis, o que aponta para a maior incidência da violência contra a mulher no espaço doméstico e conjugal. 40,3% das mulheres eram donas de casa quando entraram no abrigo. Os tipos de violência mais relatados foram a física, a psicológica e a sexual. 86,1% das mulheres recebeu acompanhamento jurídico, dos quais 43,5% eram processos criminais, 5% familiares e 46,5% ambos. A maioria dos tratamentos de saúde foi de natureza psicológica. Após o abrigamento, 51,4% das mulheres iniciaram vida nova e/ou retornaram para família e 27,8% retornou para o companheiro. As mulheres que iniciaram vida nova apresentaram relacionamento interpessoal adequado, adesão à proposta do abrigo e condições para o desligamento. As mulheres que retornaram para os parceiros, na maioria não aderiram à proposta do abrigo e não apresentavam condições para o desligamento. Os motivos para o retorno parecem estar relacionados a uma concepção de feminilidade que marca a subjetividade das mulheres. Considerações Finais: Os dados apontam para a complexidade da violência e sugerem a existência de condições de diferentes ordens, envolvidas na definição do destino da abrigada. A realização de acompanhamento pós-abrigamento, de formação e de supervisão para as equipes é fundamental neste tipo de serviço. É necessário ainda que o abrigo encontre-se inserido numa política pública de assistência integral à mulher para que promova autonomia. / Introduction: Violence against women has been considered a violation of human rights and an important public health problem concerning both care and gender relationships that involve the phenomenon. After this acknowledgement, centers to care for women subjects of violence were created within public policies, comprising shelters for women at risk and victims of intimate partner violence. Objective: To describe the sociodemographic and psychosocial aspects of users of one shelter in the city of Sao Paulo. Method: Quantitative and qualitative study performed by reviewing records of the shelter. Were collected sociodemographic, violence and health-related data and sheltering aspects of 72 women seen in the period between 2001 and 2005. Results: Violence comprises all age ranges (17 to 46 years) and duration of relationship. Educational level was predominantly elementary school level. Out of the total, 66.7% of the women maintained stable relationships, which pointed towards higher incidence of domestic violence perpetrated at home and by intimate partner. When they first came to the shelter, 40.3% of the women were housewives. The most frequently reported types of violence were physical, psychological and sexual. 86.1% of the women received legal support, comprising 43.5% criminal lawsuits, 5% family court matters and 46.5% combined matters. The most frequently required heath treatment was psychological. After joining the shelter, 51.4% of the women started a new life and/or went back to their families and 27.8% made up with their former spouse. Women that started a new life presented appropriate interpersonal relationship, compliance with the shelter proposal and good conditions to be unsheltered. Most women who made up with former spouses did not comply with the shelter proposal and had no conditions to be unsheltered. The reasons for making up with former spouses seem to be related with a concept of feminineness that stresses the subjectivity of women. Closing Remarks: The data point out the complexity of violence and suggest the existence of conditions of different orders involved in the decision of the women about their destination. Post-shelter accompanying and training and supervision for the teams are essential in this type of center. The shelter should also be part of women-oriented public policies that promote autonomy.
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SISTEMA DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES NO BRASIL: LEI MARIA DA PENHA E SUA EFETIVIDADE.Araujo, Darlene Costa Azevedo 03 October 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-10-03 / Esta dissertação Sistema de proteção aos direitos humanos da mulher no Brasil: Lei
Maria da Penha e sua efetividade trata da discriminação histórica da mulher e
violência doméstica, aborda a internacionalização dos direitos humanos e os
avanços do sistema jurídico brasileiro na igualdade entre homens e mulheres. Tem
por objeto demonstrar que a violação dos direitos humanos da mulher ainda persiste
no Brasil, no mercado de trabalho, no aprisionamento das mulheres e notadamente
no âmbito doméstico, através dos fatos e inclusive por meio de dados estatísticos.
Concentra no estudo da Lei nº 11.340/2006 e sua eficácia no enfrentamento da
violência doméstica, buscando reforço junto aos profissionais que lidam com este
problema, como Delegadas de Polícia e ativistas feministas. Analisa a Lei Maria da
Penha também sob o aspecto de ação afirmativa e sua constitucionalidade. Ao final,
propõe a reflexão sobre a insuficiência e ineficácia das políticas públicas para o
enfrentamento da violação dos direitos humanos da mulher e a cultura brasileira de
que o recrudescimento das leis é o remédio para todos os males da sociedade no
que tange à criminalidade.
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Rede de prote??o ? crian?a e ao adolescente na assist?ncia social em Campinas: o real, o necess?rio e o poss?vel / Network of child protection and the teen: the real, the necessary and possible at CampinasRodrigues, Mariana Ferreira 25 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-25 / The purpose of this research is to review the reality of the articulation of Social Protection Network for children and adolescent victims of domestic violence and discussions on possible unblocks from characterization of bodies responsible for the guarantee of rights and the articulation between various equipments of protection. This articulation and the existence of public policies regarding this matter are key factors for the effective protection of the basic rights of children and adolescents. Violence against children and adolescents has been object of action of several Brazilian entities, and particularly in Campinas, this service has been carried out, almost entirely by nongovernmental organizations, thus exempting public authority responsibility with this demand. Under the light of a critical perspective, situations that pointed out contradictions between what is proposed in policies regarding domestic violence against children and adolescents and what actually happens in practice within social assistance services with the difficulties found by the professionals, were detected. To conduct this research, we were based upon the principles of Dialectic and Historical Materialism. We analyzed the records produced by the professionals taking part of DVACC Commission from 2011 to 2012, logbooks produced by the researcher in the same period and seven bulletins created by SISNOV (Violence Reporting System). By a constructive and interpretative process, we demarcated broad categories referring to reality elements that characterize or point out the disarticulation of the network, in the view of the professionals who are the key agents involved. Elaboration of such categories, demonstrates that these elements refer mainly to dimensions regarding to conflictive relationships between different services of the protection network and to disintegration of social assistance policies. / A proposta desta pesquisa ? analisar criticamente a realidade da articula??o da rede de Prote??o Social a crian?as e adolescentes v?timas de viol?ncia dom?stica e discutir a implementa??o da intersetorialidade no contexto neoliberal a partir da caracteriza??o dos ?rg?os respons?veis pela garantia de direitos. Essa articula??o e a exist?ncia de pol?ticas p?blicas relacionadas a essa tem?tica s?o fatores fundamentais para a efetiva prote??o dos direitos b?sicos de crian?as e adolescentes. A viol?ncia contra a crian?a e o adolescente tem sido objeto de a??o de v?rias institui??es brasileiras, e particularmente em Campinas, esse servi?o tem sido realizado quase em sua totalidade, por institui??es n?o governamentais, isentando assim a responsabilidade do poder p?blico com essa demanda. Sob a luz da perspectiva cr?tica, foram apresentadas situa??es que apontam as contradi??es existentes entre o que est? proposto nas pol?ticas no que diz respeito ? viol?ncia dom?stica contra a crian?a e o adolescente e o que de fato acontece na pr?tica, dentro dos servi?os de assist?ncia social, quais a dificuldades encontradas pelos profissionais. Para realizar esta pesquisa, nos fundamentamos nos princ?pios do Materialismo Hist?rico Dial?tico, realizamos a an?lise das atas produzidas pelos profissionais que participam da Comiss?o de VDCCA no per?odo de 2011 a 2012, dos di?rios de campo produzidos pela pesquisadora produzidos no mesmo per?odo e de sete boletins gerados pelo SISNOV. Delimitamos, por meio de um processo construtivointerpretativo, grandes categorias referentes aos elementos da realidade que caracterizam ou apontam a desarticula??o da rede na vis?o dos profissionais que s?o os principais agentes envolvidos. A elabora??o de tais categorias, demostra que esses elementos referem-se prioritariamente a dimens?es referentes a rela??es conflituosas entre diferentes servi?os da rede de prote??o e a desagrega??o das pol?ticas de assist?ncia social.
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Mais pra preta do que pra branca: racismo estrutural na Lei Maria da Penha / More black than white: structural racism in the Maria da PenhaPereira, Stephanie 26 November 2018 (has links)
INTRODUÇÃO:A rota crítica das mulheres em situação de violência doméstica sob uma perspectiva racial ainda é tema pouco explorado nas pesquisas. Compreendendo as estruturas racistas, sexistas e classistas que operam em nossa sociedade, questiona-se a efetivação da Lei Maria da Penha na garantia de direitos perante as desigualdades vivenciadas por mulheres negras. OBJETIVO:Compreender se existem diferenças entre mulheres negras e brancas no acesso e na assistência dos serviços que compõem a rede de enfrentamento àviolência doméstica. MÉTODO:Estudo misto. Integraram o estudo as mulheres acima de 18 anos que tiveram processos pela Lei Maria da Penha na Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da região oeste da cidade de São Paulo (VVDF-Oeste).A abordagem quantitativa ocorreu por meio de estudo transversal; os dados foram coletados pelos processos judiciais pela plataforma RedCap e foram analisados no SPSS, segundo análise estratificada. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas e do processo criminal. A abordagem qualitativa foi realizada por meio de estudo exploratório, com 18 entrevistas semiestruturadas - novemulheres negras e novemulheres brancas. As entrevistas foram analisadas segundo análise de conteúdo de Bardine e as rotas críticas das mulheres, que foram esquematizadas. RESULTADOS:As mulheres menos escolarizadas buscarammais medidas protetivas (p=0,004), sendo que as negras com até 11anos de estudo o fizerammais (p=0,026). Observa-se que as mulheres negras menos escolarizadas também são as que menos comparecem ao atendimento multiprofissional oferecido pela VVDF-Oeste (p=0,039). Além disso, observou-se que as mulheres brancas tiveram mais processos sentenciados (p=0,012),bem como menor tempo de processo (p=0,018). O fluxograma das rotas críticas demonstra que as mulheres negras entrevistadas vivenciaram mais episódios de violência institucional e receberam menos informações nos serviços. Tais questões resultaram em uma rota mais tortuosa e com mais passagens por instituições, na busca pela garantia de viver uma vida sem violência. As mulheres negras reconhecem o racismo, além de outros eixos de opressão em sua rota. Observou-se também que as mulheres brancas entrevistadas não reconhecem o racismo como barreira na efetivação de direitos de mulheres negras. DISCUSSÃO: Apesar de um importante marco no enfrentamento daviolência, a Lei Maria da Penha não garantiu acesso igualitário às mulheres. Percebe-se a diferença traduzida em desigualdade. É imprescindível compreender que a diferença apontada por este trabalho entre as mulheres negras e as brancas não é mera coincidência: trata-se do racismo estrutural garantindo a manutenção de uma sociedade desigual. CONCLUSÕES: Ao compreendermos que o racismo, o sexismo e o preconceito de classe estruturam a nossa sociedade e moldam as relações sociais, é evidente que uma política pública jamais seráuniversal se não construir mecanismos concretos que assegurem a igualdade de acesso e de direitos / INTRODUCTION:The studies of the critical paths that women experiencing domestic violence go through are rarely explored on racial perspective. As racist, sexist and classist structures operate in our society, we question the Maria da Penha Law effectiveness in guaranteeing rights taking into account the inequalities experienced by Black women. OBJECTIVE: To understand if there are differences between Black and White women in the Access and assistance of the services of the intersectoral network of violence against woman. METHOD: Mix study. The study is comprised of women over the age of 18 who have prosecuted their agressor under the Maria da Penha Law in the Domestic Violence and Family Violence Court in the western region of the city of São Paulo (VVDF). The quantitative approach was carried out through a cross-sectional study; the data were collected by the judicial processes by the RedCap platform and were analyzed in the SPSS, according to a stratified analysis. Sociodemographic variables and criminal process variables were evaluated. Qualitative approach was carried out through an exploratory study, with 18 semi-structured interviews -nine black women and ninewhite women. The interviews were analyzed according to Bardin\'s content analysis and the women\'s critical paths, which were schematized. RESULTS: Women up to 11years of schooling asked more for protective measures (p = 0.004), and among those, Black women even more (p = 0.026). It is observed that less educated Black women are also the ones that least attend the multi-professional service offered by VVDF (p = 0.039).In addition, it was observed that White women had more sentenced cases (p = 0.012) in addition to a shorterprocess time (p = 0.018). The flow chart of the critical paths shows that the interviewed Black women experienced more episodes of institutional violence and received less information in the services. Such questions resulted in a more tortuous path and more passages by institutions,searching for the guarantee of living a life without violence. Black women recognize racism, as well as other axés of oppression in their route.It was also observed that White women interviewed do not recognize racism as a barrier for Black women have their rights guaranteed. DISCUSSION:Despite an important milestone in facing violence, the Maria da Penha Law did not guarantee equal access to women. The difference translated into inequality is perceived. It is essential to understand that the difference pointed out by this work among black and white women is not mere coincidence: it is structural racism guaranteeing the maintenance of an unequal society. CONCLUSIONS: By understanding that racism, sexism, and class prejudice shape our society and shape social relations, it is clear that public policy would never be universal unless it constructs concrete mechanisms to ensure equal access and rights
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Atendimento prestado por profissionais do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) às crianças, adolescentes e suas famílias envolvidas na violência sexual intrafamiliar / Assistance provided by professionals of the Reference Center Specialized in Social Assistance (CREAS) to children, adolescents and their families, involved in insidefamily sexual violenceFreitas, Luiza Araújo 16 March 2018 (has links)
A violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes acontece desde os primórdios, porém ganhou atenção das autoridades no final dos anos 80, com a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Dentre os diferentes tipos de violência, esta pesquisa destaca a violência sexual, caracterizada por uma violação dos direitos humanos relacionado à liberdade sexual da pessoa humana, por ser uma prática erótica imposta à criança ou ao adolescente por ameaça, violência física ou indução de sua vontade. Pelo significativo papel que o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) possui no cuidado a essa população e a suas famílias, o objetivo deste estudo foi compreender o atendimento que os profissionais prestam no CREAS às crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violência sexual na cidade de Uberlândia, Minas Gerais. Para apropriar do objeto deste estudo, a autora aproximou-se do Paradigma da Complexidade, tomando como referência Edgar Morin. Tratase de um estudo com abordagem qualitativa, configurando-se como pesquisa social estratégica, fundamentada no pensamento complexo. Este referencial possibilita um olhar articulado para as interações e tramas com a perspectiva transdisciplinar e multidimensional, buscando contextualizar a realidade como se apresenta. Participaram do estudo 08 profissionais trabalhadores do CREAS, do município de Uberlândia. A coleta de dados foi realizada por meio de pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas. As noções de compreensão e contextualização direcionaram a análise dos dados e a articulação com o referencial proposto. Emergiram 04 temáticas: (1) A compreensão da violência sexual pelos profissionais do CREAS; (2) A chegada das crianças. Adolescentes e suas famílias ao atendimento no CREAS; (3) O atendimento que é prestado pelos profissionais do CREAS: às crianças, aos adolescentes e às suas famílias; (4) As fragilidades e potencialidades do atendimento, mencionados pelos profissionais. Compreendeu-se a necessidade de um serviço de rede mais articulado, permitindo aos profissionais a busca pela capacitação contínua, e como consequência um atendimento prestado com qualidade e eficiência, beneficiando as crianças, adolescentes e suas famílias atendidas e cuidadas, como também os profissionais que desenvolvem este papel / Inside-family violence against children and adolescents happens since the beginning of time; however, it gained attention of the authorities in the late 1980s, with the Federal Constitution and the Statute of the Child and Adolescent. Among the different types of violence, this research highlights sexual violence, characterized by a violation of the human rights related to the sexual freedom of the human being, for it is an erotic practice imposed on the child or adolescent through threat, physical violence or inducement of his or her will. Due to the significant role that the Reference Center Specialized in Social Care (CREAS, in Portuguese) has in caring for this population and their families, the objective was to understand the care provided by professionals in CREAS to children, adolescents and their families in situations of sexual violence in the city of Uberlandia, Minas Gerais. To appropriate the object of this study, the author approached the Paradigm of Complexity. It is a study with a qualitative approach, being configured as a strategic social research, based on the complex thinking. This referential allows an articulated view of the interactions and connections with the transdisciplinary and multi-dimensional perspective, seeking to contextualize reality as presented. The study included eight workers from CREAS, from the city of Uberlandia. Data collection was made through documentary research and semi-structured interviews. The notions of understanding and contextualization directed data analysis and articulation with the proposed referential. Four themes emerged: (1) Understanding of sexual violence by CREAS professionals; (2) The arrival of the children, adolescents and their families to CREAS; (3) The care provided by CREAS professionals to children, adolescents and their families; (4) The weaknesses and potentialities of care, mentioned by professionals. The need for a more articulated network service was understood, allowing the professionals to search for continuous training, and as a consequence rendering a service with quality and efficiency, benefiting the children, adolescents and their families taken care, as well as the professionals who develop this role
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Violência doméstica e de gênero: perfil sociodemográfico e psicossocial de mulheres abrigadas / Domestic and gender violence: sociodemographic and psychosocial profile of sheltered women.Prates, Paula Licursi 22 October 2007 (has links)
Introdução: A violência contra a mulher tem sido considerada uma violação dos direitos humanos e um importante problema de saúde pública, tanto no que se refere aos cuidados, quanto com as relações de gênero que permeiam o fenômeno. Após este reconhecimento, serviços de atendimento às mulheres em situação de violência foram criados no âmbito das políticas públicas, entre eles os abrigos para mulheres que sofreram violência doméstica e se encontram em risco. Objetivo: Descrever e analisar o perfil sociodemográfico e psicossocial de usuárias de um destes abrigos da cidade de São Paulo. Método: Estudo quantiqualitativo realizado por meio de consulta aos prontuários da instituição. Foram coletados dados de natureza sociodemográfica, de violência, de saúde e aspectos do abrigamento de 72 mulheres atendidas no período de 2001 a 2005. Resultados: A violência perpassa todas as faixas de idade (17 a 46 anos) e tempos de união. A predominância de escolaridade está no ensino fundamental. 66,7% das mulheres mantinha relacionamentos estáveis, o que aponta para a maior incidência da violência contra a mulher no espaço doméstico e conjugal. 40,3% das mulheres eram donas de casa quando entraram no abrigo. Os tipos de violência mais relatados foram a física, a psicológica e a sexual. 86,1% das mulheres recebeu acompanhamento jurídico, dos quais 43,5% eram processos criminais, 5% familiares e 46,5% ambos. A maioria dos tratamentos de saúde foi de natureza psicológica. Após o abrigamento, 51,4% das mulheres iniciaram vida nova e/ou retornaram para família e 27,8% retornou para o companheiro. As mulheres que iniciaram vida nova apresentaram relacionamento interpessoal adequado, adesão à proposta do abrigo e condições para o desligamento. As mulheres que retornaram para os parceiros, na maioria não aderiram à proposta do abrigo e não apresentavam condições para o desligamento. Os motivos para o retorno parecem estar relacionados a uma concepção de feminilidade que marca a subjetividade das mulheres. Considerações Finais: Os dados apontam para a complexidade da violência e sugerem a existência de condições de diferentes ordens, envolvidas na definição do destino da abrigada. A realização de acompanhamento pós-abrigamento, de formação e de supervisão para as equipes é fundamental neste tipo de serviço. É necessário ainda que o abrigo encontre-se inserido numa política pública de assistência integral à mulher para que promova autonomia. / Introduction: Violence against women has been considered a violation of human rights and an important public health problem concerning both care and gender relationships that involve the phenomenon. After this acknowledgement, centers to care for women subjects of violence were created within public policies, comprising shelters for women at risk and victims of intimate partner violence. Objective: To describe the sociodemographic and psychosocial aspects of users of one shelter in the city of Sao Paulo. Method: Quantitative and qualitative study performed by reviewing records of the shelter. Were collected sociodemographic, violence and health-related data and sheltering aspects of 72 women seen in the period between 2001 and 2005. Results: Violence comprises all age ranges (17 to 46 years) and duration of relationship. Educational level was predominantly elementary school level. Out of the total, 66.7% of the women maintained stable relationships, which pointed towards higher incidence of domestic violence perpetrated at home and by intimate partner. When they first came to the shelter, 40.3% of the women were housewives. The most frequently reported types of violence were physical, psychological and sexual. 86.1% of the women received legal support, comprising 43.5% criminal lawsuits, 5% family court matters and 46.5% combined matters. The most frequently required heath treatment was psychological. After joining the shelter, 51.4% of the women started a new life and/or went back to their families and 27.8% made up with their former spouse. Women that started a new life presented appropriate interpersonal relationship, compliance with the shelter proposal and good conditions to be unsheltered. Most women who made up with former spouses did not comply with the shelter proposal and had no conditions to be unsheltered. The reasons for making up with former spouses seem to be related with a concept of feminineness that stresses the subjectivity of women. Closing Remarks: The data point out the complexity of violence and suggest the existence of conditions of different orders involved in the decision of the women about their destination. Post-shelter accompanying and training and supervision for the teams are essential in this type of center. The shelter should also be part of women-oriented public policies that promote autonomy.
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Associação entre dificuldades na esfera sexual no puerpério e violência por parceiro íntimo / The association between difficulties in the sexual field after delivery and intimate partner violenceSussmann, Leanndru Guilherme Pires Reis 24 February 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A sexualidade, aspecto central do ser humano, influencia o bem estar global do individuo. Neste estudo foi avaliado como a violência por parceiro íntimo associa-se a dificuldades na esfera sexual, em puérperas, entre 6 e 18 meses após o parto. METODOLOGIA: Estudo transversal com 700 mulheres que realizaram o pré-natal em Unidade Básica de Saúde, na zona oeste de São Paulo, entre janeiro 2006 à março de 2007. Foram avaliadas dificuldades na esfera sexual, por meio de questionário e violência por parceiro íntimo, perpetrada somente antes do parto ou no puerpério, por meio de questionário estruturado para este fim. Depressão pós-parto foi avaliada por meio do instrumento SRQ 20, com ponto de corte de 7/8, sendo considerada variável mediadora. Para calcular os coeficientes de associação das vias diretas e indiretas na análise de mediação, foi utilizada análise estrutural (path analysis). RESULTADOS: As prevalências de dificuldades na esfera sexual, violência por parceiro íntimo e depressão pós parto encontradas foram de 30%, 42,8% e 27,8%, respectivamente. A violência ocorrida exclusivamente antes do parto não mostrou associação com dificuldades na esfera sexual pela via direta, nem tampouco pela via indireta por meio da depressão. DISCUSSÃO: Dificuldades na esfera sexual, violência por parceiro íntimo e depressão pós-parto foram muito prevalentes, portanto, a inclusão de questionamentos sobre sexualidade, violência e depressão puerperal no seguimento durante a gravidez e no puerpério é importante para atenção integral à saúde global da mulher. Futuras investigações sobre a relação entre violência, sexualidade e depressão no puerpério são recomendadas. Estudos longitudinais que incluam outros mediadores podem ser realizados para melhor entendimento da cadeia causal e elucidação das variáveis que influenciam, direta e/ou indiretamente, as questões da sexualidade no pós-parto / INTRODUCTION: Sexuality is one of the central aspect of human being and influences several aspects of physical and emotional well-being of the individual. In this study, we evaluated how intimate partner violence is associated with difficulties in the sexual field, in women in postpartum period, between 6 and 18 months after childbirth. METHODOLOGY: A cross-sectional study with 700 women who received prenatal care in a basic health unit in the western area of São Paulo, between January 2006 and March 2007. Difficulties in the sexual field were evaluated through questionnaire and intimate partner violence, perpetrated just before childbirth or also / exclusively in the postpartum period, with a questionnaire structured for that purpose. postpartum depression was evaluated using the SRQ 20 instrument, with a cut-off point of 7/8, being considered as mediating variable. Path analysis was performed to know the different pathways: the direct association between outcome and exposure, and the indirect pathways through the mediator. RESULTS: Prevalence of difficulties in the sexual field, intimate partner violence and postpartum depression were 30%; 42.8%; 27.8%, respectively. Violence occurred exclusively prior to delivery showed no association whit difficulties in the sexual field in the direct path, neither they occur indirectly through postpartum depression. DISCUSSION: Considering that difficulties in the sexual field, intimate partner violence and postpartum depression were prevalent in this study, the inclusion of questions about sexuality, violence and depression is an important step towards integral attention to the global health of the women, given that these are topics usually relegated to a secondary level, at the follow-up of women, during pregnancy and in the puerperium. Longitudinal studies that include other mediators can be performed to better understand the causal chain and elucidation of the variables that influence, directly and / or indirectly, postpartum sexuality issues
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Construção de um subconjunto terminológico da CIPE® para crianças e adolescentes vulneráveis à violência doméstica / Construction of a terminology subset from ICNP® for vulnerable children and adolescents to domestic violence [thesis].Albuquerque, Lêda Maria 29 September 2014 (has links)
Introdução: a violência doméstica contra crianças e adolescentes é um fenômeno complexo, multifacetado e arraigado nas relações sociais que, por vezes, apresenta-se naturalizado e até banalizado. Historicamente, ela existe nas sociedades desde os primórdios. Nas últimas décadas, porém, houve o aumento significativo de casos de violência contra a criança e o adolescente no mundo. Ao mesmo tempo cresceu, também, a preocupação com a denúncia e o enfrentamento do problema, principalmente por organismos mundiais. Tal preocupação se expressa nas políticas públicas, como tem sido no Brasil. A Atenção Primária à Saúde (APS) é um dos locus em que se pode visibilizar e enfrentar a violência doméstica, pois lida com as populações do território, suas famílias, as creches e as escolas. Preparar os profissionais da APS para lidar com esse fenômeno tem sido um desafio, mas a enfermagem, por meio de sua prática social, apresenta potencial para o enfrentamento da violência doméstica. As consultas de enfermagem devem ser instrumentalizadas para tal, recomendando-se o uso de terminologia padronizada como facilitadora da boa comunicação entre os profissionais e da tomada de decisões nos serviços de saúde. Desse modo, a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) recomenda a estruturação de subconjuntos terminológicos como estratégia para facilitar seu uso pelos profissionais. Objetivo: organizar um subconjunto terminológico de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem para o enfrentamento da violência doméstica contra a criança e o adolescente. Método: pesquisa do tipo metodológica, ancorada nos referenciais da TIPESC Teoria da Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva e estruturada em quatro fases interdependentes e subsequentes: 1) identificação de termos e conceitos relevantes para a prática de enfermagem em relação ao enfrentamento da violência doméstica contra crianças e adolescentes; 2) mapeamento cruzado dos termos identificados com os termos da CIPE®, versão 2011; 3) elaboração dos enunciados de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem; 4) estruturação do subconjunto terminológico da CIPE® para o enfrentamento da violência doméstica contra crianças e adolescentes. Resultados: a revisão de literatura para identificação dos termos resultou em 40 artigos selecionados na base BIREME, que foram processados na ferramenta PORONTO, gerando, assim, uma lista com 17.365 termos. Estes foram normalizados e resultaram em 514 termos que foram mapeados e cruzados com os existentes na CIPE® 2011, evidenciando 214 termos constantes e 138 não constantes nessa classificação. Dessa forma, constituiu-se o banco de termos da linguagem especial de enfermagem para o enfrentamento da violência doméstica contra a criança e o adolescente, o qual, juntamente com o modelo de sete eixos da CIPE®, a norma ISO 18.104 e o modelo teórico, ancorou a elaboração de 139 diagnósticos/resultados e 222 intervenções de enfermagem. Dessa maneira, foi organizado o subconjunto terminológico. Conclusões: a produção do subconjunto ancorado pela visão de mundo da TIPESC possui potencial para aprimoramento da prática profissional no espaço da consulta de enfermagem sistematizada e no âmbito da Atenção Básica de Saúde, bem como no processo de formação de novos profissionais e na educação permanente dos atuais. Faz-se necessária a continuidade da pesquisa, visando à validação conceitual dos termos não constantes na CIPE®. / Introduction: domestic violence against children and adolescents is a complex, multifaceted phenomenon, rooted in social relations, which is sometimes featured as natural and common place. Historically, it has existed since primitive societies. However, in the past decades, there has been significant increase in the number of cases of children and adolescents abuse worldwide. Meanwhile, there has also been an increase in the concern to report it and cope with the problem mainly on the part of world organizations. Such concern has been revealed in public policies like in Brazil. The Primary Healthcare Center is one of the loci to unveil and cope with domestic violence as it deals with populations, families, day care centers and schools within its territory. Thus, training professionals to deal with such a phenomenon has been a challenge, but nursing, by means of its social practice, has the potential to cope with domestic abuse. Nursing consultations must use instruments for that, being recommended standardized terminology to facilitate effective communication among professionals and decision-making in health services. Thus, the International Classification for Nursing Practice (ICNP®) recommends to structure terminology subsets as a strategy to facilitate their use by professionals. Objective: To organize a terminology subset on nursing diagnoses, results and interventions to cope with domestic violence against children and adolescents. Method: methodological research grounded on TIPESC (Theory of Nursing Praxis Intervention in Collective Health) background and framed in four interdependent and subsequent phases: 1) identification of terms and concepts relevant for nursing practice regarding coping with domestic violence against children and adolescents; 2) cross-checked mapping of the identified terms with the ICNP® terminology, version 2011; 3) elaboration of enunciates for nursing diagnoses, results and interventions; 4) framing of the ICNP terminology subset to cope with domestic abuse against children and adolescents. Results: literature review for term identification resulted in 40 selected articles in BIREME database, processed by means of PORONTO tool, thus generating a list of 17,365 terms. Those were standardized and resulted in 514 terms which were mapped and cross-checked with the existing ones in ICNP® 2011, evidencing 214 existing terms and 138 non-existing terms in this classification. Thus, special nursing terminology database to cope with domestic abuse against children and adolescents was framed, which anchored the elaboration of 139 diagnoses/results and 222 nursing interventions along with the ICNP® 7-Axis model, ISO 18104 and the theoretical model. Thus, the terminology subset was organized. Conclusions: the elaboration of the subset grounded on TIPESC worldview has the potential to refine professional practice in systematic nursing search and in the scope of Primary Healthcare, besides the process of training new professionals and provide ongoing education to current ones. The continuity of the research is deemed necessary aiming at the conceptual validation of non-existing terms in the ICNP®.
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Mais pra preta do que pra branca: racismo estrutural na Lei Maria da Penha / More black than white: structural racism in the Maria da PenhaStephanie Pereira 26 November 2018 (has links)
INTRODUÇÃO:A rota crítica das mulheres em situação de violência doméstica sob uma perspectiva racial ainda é tema pouco explorado nas pesquisas. Compreendendo as estruturas racistas, sexistas e classistas que operam em nossa sociedade, questiona-se a efetivação da Lei Maria da Penha na garantia de direitos perante as desigualdades vivenciadas por mulheres negras. OBJETIVO:Compreender se existem diferenças entre mulheres negras e brancas no acesso e na assistência dos serviços que compõem a rede de enfrentamento àviolência doméstica. MÉTODO:Estudo misto. Integraram o estudo as mulheres acima de 18 anos que tiveram processos pela Lei Maria da Penha na Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da região oeste da cidade de São Paulo (VVDF-Oeste).A abordagem quantitativa ocorreu por meio de estudo transversal; os dados foram coletados pelos processos judiciais pela plataforma RedCap e foram analisados no SPSS, segundo análise estratificada. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas e do processo criminal. A abordagem qualitativa foi realizada por meio de estudo exploratório, com 18 entrevistas semiestruturadas - novemulheres negras e novemulheres brancas. As entrevistas foram analisadas segundo análise de conteúdo de Bardine e as rotas críticas das mulheres, que foram esquematizadas. RESULTADOS:As mulheres menos escolarizadas buscarammais medidas protetivas (p=0,004), sendo que as negras com até 11anos de estudo o fizerammais (p=0,026). Observa-se que as mulheres negras menos escolarizadas também são as que menos comparecem ao atendimento multiprofissional oferecido pela VVDF-Oeste (p=0,039). Além disso, observou-se que as mulheres brancas tiveram mais processos sentenciados (p=0,012),bem como menor tempo de processo (p=0,018). O fluxograma das rotas críticas demonstra que as mulheres negras entrevistadas vivenciaram mais episódios de violência institucional e receberam menos informações nos serviços. Tais questões resultaram em uma rota mais tortuosa e com mais passagens por instituições, na busca pela garantia de viver uma vida sem violência. As mulheres negras reconhecem o racismo, além de outros eixos de opressão em sua rota. Observou-se também que as mulheres brancas entrevistadas não reconhecem o racismo como barreira na efetivação de direitos de mulheres negras. DISCUSSÃO: Apesar de um importante marco no enfrentamento daviolência, a Lei Maria da Penha não garantiu acesso igualitário às mulheres. Percebe-se a diferença traduzida em desigualdade. É imprescindível compreender que a diferença apontada por este trabalho entre as mulheres negras e as brancas não é mera coincidência: trata-se do racismo estrutural garantindo a manutenção de uma sociedade desigual. CONCLUSÕES: Ao compreendermos que o racismo, o sexismo e o preconceito de classe estruturam a nossa sociedade e moldam as relações sociais, é evidente que uma política pública jamais seráuniversal se não construir mecanismos concretos que assegurem a igualdade de acesso e de direitos / INTRODUCTION:The studies of the critical paths that women experiencing domestic violence go through are rarely explored on racial perspective. As racist, sexist and classist structures operate in our society, we question the Maria da Penha Law effectiveness in guaranteeing rights taking into account the inequalities experienced by Black women. OBJECTIVE: To understand if there are differences between Black and White women in the Access and assistance of the services of the intersectoral network of violence against woman. METHOD: Mix study. The study is comprised of women over the age of 18 who have prosecuted their agressor under the Maria da Penha Law in the Domestic Violence and Family Violence Court in the western region of the city of São Paulo (VVDF). The quantitative approach was carried out through a cross-sectional study; the data were collected by the judicial processes by the RedCap platform and were analyzed in the SPSS, according to a stratified analysis. Sociodemographic variables and criminal process variables were evaluated. Qualitative approach was carried out through an exploratory study, with 18 semi-structured interviews -nine black women and ninewhite women. The interviews were analyzed according to Bardin\'s content analysis and the women\'s critical paths, which were schematized. RESULTS: Women up to 11years of schooling asked more for protective measures (p = 0.004), and among those, Black women even more (p = 0.026). It is observed that less educated Black women are also the ones that least attend the multi-professional service offered by VVDF (p = 0.039).In addition, it was observed that White women had more sentenced cases (p = 0.012) in addition to a shorterprocess time (p = 0.018). The flow chart of the critical paths shows that the interviewed Black women experienced more episodes of institutional violence and received less information in the services. Such questions resulted in a more tortuous path and more passages by institutions,searching for the guarantee of living a life without violence. Black women recognize racism, as well as other axés of oppression in their route.It was also observed that White women interviewed do not recognize racism as a barrier for Black women have their rights guaranteed. DISCUSSION:Despite an important milestone in facing violence, the Maria da Penha Law did not guarantee equal access to women. The difference translated into inequality is perceived. It is essential to understand that the difference pointed out by this work among black and white women is not mere coincidence: it is structural racism guaranteeing the maintenance of an unequal society. CONCLUSIONS: By understanding that racism, sexism, and class prejudice shape our society and shape social relations, it is clear that public policy would never be universal unless it constructs concrete mechanisms to ensure equal access and rights
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