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Acessando representações mentais para predizer estímulos: como crenças modulam sinais cerebraisPerera, Ricardo Augusto 03 March 2017 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2017-05-09T13:37:10Z
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Previous issue date: 2017-03-03 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Utilizando o framework teórico denominado Predictive Processing (Clark, 2013), que assume que cérebros são essencialmente máquinas que predizem seus próximos inputs e o fazem minimizando o erro de predição (diferença entre o input previsto e o recebido) de modo semelhante a uma inferência bayesiana, procurou-se, nesta dissertação, encontrar padrões de atividade eletrofisiológica que sinalizassem o recrutamento de crenças epistêmicas. Conjecturou-se que enquanto frases são lidas, representações de estados de coisas e eventos são mentalmente modeladas de modo gradual e preditivo, e que os estímulos vindouros são antecipados com base naquilo que se afigura “o mais provável” em termos epistêmicos, semânticos, sintáticos, léxicos e perceptuais. Devido ao fato de já serem conhecidas as respostas eletrofisiológicas que são moduladas por violações de expectativa dos níveis semântico, sintático, léxico e perceptual, assim como o preciso intervalo temporal em que se manifestam, foi possível estudar como a expectativa gerada por crenças modula os sinais cerebrais. Os experimentos realizados no Laboratório de Filosofia Experimental e Estudos da Cognição, localizado na UNISINOS, apresentavam frases em um monitor (palavra por palavra) que aludiam a fatos conhecidos apenas por um grupo de participantes (filósofos), estruturadas de modo que apenas uma única palavra, aparecendo no final de cada sentença, fosse capaz de as tornar verdadeiras (e.g. “Teeteto é um diálogo escrito por Platão”). O modelo proposto assume que, antes de aparecer a palavra final, o significado dos termos é acessado (no caso exemplificado, um texto específico e uma relação), um estado de coisas representado (i.e. existir um x tal que x escreveu Teeteto), e uma busca iniciada pelo melhor candidato a x, tendo as crenças do sujeito como alvo do rastreio. A crença relevante é então recrutada e a representação do x identificado (Platão) acessada. Informações sobre a melhor predição semântica (o filósofo Platão) são utilizadas para selecionar o mais provável item léxico que tenha Platão como significado. Os participantes aos quais eram atribuídas crenças filosóficas apresentaram Event-Related Potentials correlacionados a processamento léxico-semântico significativamente diferentes dos participantes do grupo dos não-filósofos. Considerando que a única diferença relevante entre os dois grupos era a conjecturada posse ou ausência de determinadas crenças, os resultados foram interpretados como sinalizando o recrutamento de crenças em processos preditivos subjacentes à compreensão textual. Os resultados contrariam posições eliminativistas que consideram que o vocabulário mentalista acerca de crenças, intenções e desejos carece de significado, uma vez que a diferença encontrada sugere que de fato há algo em cérebros que é denotado por meio dessas expressões (ainda que de modo vago e grosseiro) e que está a modular os sinais. Ainda que não compreendamos prontamente o exato modo como se efetiva a instanciação de crenças por cérebros, podemos estudar o modo como elas são recrutadas e integram diversos processos cognitivos (i.e. seus papéis causais). / Using the theoretical framework called Predictive Processing (Clark, 2013), which assumes that brains are essentially machines that predict their next inputs and do so by minimizing prediction error (difference between predicted and received input) similar to a Bayesian inference, it was sought, in this dissertation, to find patterns of electrophysiological activity that signal the recruitment of epistemic beliefs. It has been conjectured that as sentences are read, representations of states of affairs and events are mentally modeled in a gradual and predictive fashion, and that the upcoming stimuli are anticipated on the basis of what appears to be "most likely" in epistemic, semantic, syntactic, lexical and perceptual terms. Due to the fact that the electrophysiological responses that are modulated by violations of expectation of the semantic, syntactic, lexical and perceptual levels are known, as well as the precise time interval in which they are manifested, it was possible to study how the expectation generated by beliefs modulates the cerebral signals. The experiments carried out in the Laboratory of Experimental Philosophy and Studies of Cognition, located at UNISINOS, presented sentences on a monitor (word by word) that alluded to facts known only by a group of participants (philosophers), structured in a way that only a single word, appearing at the end of each sentence, would be able to make them true (e.g. "Theaetetus is a dialogue written by Plato"). The proposed model assumes that, before the final word appears, the meaning of the terms is accessed (in the exemplified case, a specific text and a relation), a state of affairs represented (i.e. there is an x such that x wrote Theaetetus), and a search initiated to find the best candidate for x, taking the subject's beliefs as the target of tracking. The relevant belief is then recruited and the representation of the identified x (Plato) accessed. Information on the best semantic prediction (the philosopher Plato) is used to select the most likely lexical item that has Plato as meaning. Participants for which philosophical beliefs were ascribed presented Event-Related Potentials correlated to lexical-semantic processing significantly different from participants in the non-philosophers group. Considering that the only relevant difference between the two groups was the conjectured possession or absence of certain beliefs, the results were interpreted as signaling the recruitment of beliefs in predictive processes underlying textual comprehension. The results contradict eliminativist positions that consider that the mentalist vocabulary about beliefs, intentions, and desires is meaningless, since the difference found suggests that there is indeed something in brains that is denoted by these expressions (albeit vaguely and coarse) and that is modulating the signals. Although we do not readily understand exactly how belief instantiation by brains is effective, we can study how they are recruited and integrate various cognitive processes (i.e. their causal roles).
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Liberdade, igualdade e participação como garantia da democracia direta em Jean-Jacques RousseauRossetto, Maicon Rodrigo 07 October 2016 (has links)
Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2017-05-25T16:55:57Z
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Previous issue date: 2016-10-07 / IFIBE - Instituto Superior de Filosofia Berthier / A pesquisa toma como objeto central de estudo a compreensão de democracia direta em Jean-Jacques Rousseau. Mostra que os princípios políticos da liberdade, da igualdade e da participação são a base de garantia da democracia direta conforme o pensador genebrino. Refuta as posições contrárias de Bertrand Russell, Jacob Talmon e Isaiah Berlin, que acusam a concepção rousseauniana de conter posicionamentos políticos totalitários. A pesquisa mostra que as interpretações desses críticos são parciais e, por isso, equivocadas. A defesa da democracia direta de Rousseau contra as acusações de totalitarismo leva em conta vários aspectos do seu pensamento: a hipótese de estado de natureza, a qual identifica no homem natural as características de liberdade natural, igualdade natural, independência e provido de amor-de-si; e as características identificadas no homem civil/cidadão que são apresentadas na obra O Contrato Social, como liberdade civil, igualdade civil e participação. A democracia direta tem na liberdade, na igualdade e na participação princípios que dão a garantia de possibilidade de pensar um sistema político no qual o cidadão possa seguir as leis que ele dá a si mesmo, e não uma vontade alheia à sua própria; em que a desigualdade não constitua dependência de uns sobre os outros; e que a participação seja um exercício efetivo do cidadão como sujeito do processo político, desconstruindo, assim, todo tipo de passividade e dependência política. Desse modo, a tese de que Rousseau poderia ser identificado como totalitário resta afastada e, pelo reverso, demonstra-se que sua concepção de democracia direta é efetivamente afirmadora da liberdade, da igualdade e da participação. / The research takes as a central study object the understanding of direct democracy in Jean-Jacques Rousseau. It presents that the political principles of liberty, equality and participation are the warranty basis of direct democracy according to the genevois thinker. It refutes the opposite positions of Bertrand Russell, Jacob Talmon and Isaiah Berlin, which accuse the rousseaunian conception of containing totalitarian political positionings. The research shows that these critic’s interpretations are biased, and thus, mistaken. The defense of Rousseau’s direct democracy against its accusations of totalitarianism takes into account several aspects of his thinking: the hypothesis of the state of nature, which identifies in the natural man the characteristics of natural freedom, natural equality, independence and gifted with self-love; and the characteristics identified in the civil man/citizen that are presented in the work The Social Contract, as civil liberty, civil equality and participation. The direct democracy has in liberty, in equality and in participation principles that guarantee the possibility of thinking one political system in that the citizen may follow the laws he gives to himself, and not to a will outside of his own; in that inequality does not constitute dependence of some over others; and that participation is an effective exercise of the citizen as a subject of the political process, thus deconstructing every sort of passivity and political dependence. This way the thesis that Rousseau could be identified as totalitarian lies secluded, and conversely it is shown that his conception for direct democracy is effectively affirming of freedom, equality and participation.
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A filosofia como exercício para viver bem no diálogo Fédon de PlatãoMoreira, Juliana Conceição 30 March 2017 (has links)
Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2017-06-05T14:04:16Z
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Previous issue date: 2017-03-30 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / PROSUP - Programa de Suporte à Pós-Gradução de Instituições de Ensino Particulares / O objetivo desta dissertação consiste em apresentar a Filosofia como exercício para viver bem no diálogo Fédon de Platão, portanto, apresentamos a figura de Sócrates. Nossa proposta de [re] leitura da obra possibilita-nos identificar a forma como deve viver o filósofo, sobretudo pela postura convincente socrática - ao contrário do que sugere a leitura clássica de “provar” a imortalidade da alma. Nesta perspectiva, a filosofia consiste em postura, em cuidado consigo mesmo e um modo de viver, onde discurso e ação estão em consonância. No Fédon, Sócrates afirma que a filosofia consiste em um exercício para a morte, considerando esta afirmação, a nossa investigação propõe que boa vida e exercício para a morte podem significar o mesmo no diálogo, ou seja: a tarefa da filosofia. Sendo assim, apresentamos no primeiro capítulo o Fédon, sua temática e seus aspectos essenciais, evidenciando a postura frente à morte de Sócrates e a forma como viveu. No segundo capítulo justificamos as contribuições de Pierre Hadot, cuja tese aproxima-se de nossa proposta, a filosofia grega de acordo com ele é considerada além de um discurso teórico, um modo de viver, possibilitando o sujeito [re] criar e modificar sua forma de agir. No terceiro e último capítulo, abordamos a interpretação de Hans Georg Gadamer exclusivamente sobre o diálogo, a [re] leitura do filósofo aponta alguns elementos importantes, tal como o contexto histórico, a relevância do mito e análise sobre os argumentos acerca da alma. Por fim, nossa hipótese procura justificar através destes autore a Filosofia como um exercício para viver bem, onde o sujeito, pautado pela sua consciência de finitude, procura tornar-se melhor, aperfeiçoando sua conduta e postura em vida. / The purpose of this dissertation is to introduce Philosophy as an exercise to live well in Plato's Phaedo dialogue, so we present the figure of Socrates. Our proposal for a re-reading of the work enables us to identify how the philosopher should live, especially in the Socratic conviction - contrary to the classic reading of "proving" the
immortality of the soul. In this perspective, philosophy consists of posture, self-care and a way of living, where discus and action are in harmony. In the Phaedo, Socrates affirms that philosophy consists in an exercise for death, considering this affirmation, our investigation proposes that good life and exercise for death can mean the same
in the dialogue, that is: the task of philosophy. Thus, we present in the first chapterthe Phaedo, its theme and its essential aspects, showing the attitude towards the death of Socrates and the way he lived. In the second chapter we justify the contributions of Pierre Hadot, whose thesis is close to our proposal, the Greek philosophy according to it is considered beyond a theoretical discourse, a way of living, enabling the subject [re] to create and modify its form to act. In the third and
last chapter, we address Hans Georg Gadamer's interpretation exclusively on the
dialect, the philosopher's [re] reading points out some important elements, such as the historical context, the relevance of the myth and analysis on the arguments about the soul. Finally, our hypothesis seeks to justify through these authors that Philosophy as and exercise to live well, where the subject, ruled by his consistency of finitude, seeks to become better, perfecting his conduct and posture in life.
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Identidade e reconhecimento em Charles Taylor: a questão Multicultural na sociedade liberal-democráticaCorrêa, Fernanda Müller 30 March 2017 (has links)
Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2017-06-28T13:36:04Z
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Previous issue date: 2017-03-30 / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos / Dans les sociétés démocratiques libérales de l'Occident, caractérisé par le multiculturalisme et le fait du pluralisme moral, étant donné le flux migratoire intense et la montée des mouvements sociaux, surgissent des demandes de reconnaissance des identités. Donc, un défi se pose pour l'Etat libéral fondé par la notion de neutralité et d'universalité des droits individuels. Ainsi, dans cette thèse on vise à analyser la politique de la reconnaissance du philosophe canadien Charles Taylor et leurs implications sur le contexte multiculturel des sociétés démocratiques libérales, dans le sens de trancher le problème de savoir si le libéralisme serait capable de résoudre les enjeux des demandes de reconnaissance, en fournissant un modèle démocratie viable. Le travail a été élaboré à partir de l'étude du texte «La politique de reconnaissance», publiée par Taylor en 1992, des textes antérieurs dans lesquels Taylor aborde la question de l'identité, et les textes plus tard sur le multiculturalisme, la démocratie et la sécularisation. Ainsi, dans la première partie, considérant le lien entre identité et reconnaissance dans la philosophie de Taylor, on étudie sa conception sur la construction de l'identité moderne, de son approche théorique, mettant l'accent sur le concept de «évaluation forte» et le concept de l'homme comme animal auto-interprétatif et la perte de sens dans la modernité. Dans la deuxième partie on analyse les défis du multiculturalisme dans les sociétés libérales, avec la problématisation du besoin de la reconnaissance comme la réalisation de soi, la question de la neutralité de l'Etat et, enfin, le dilemme démocratique de l'exclusion et l'importance de redéfinition de l'identité politique. Il en résulte donc que le libéralisme qui favorise la neutralité de l'État est le meilleur modèle politique, car il permet l'inclusion des différences à la fois qu'il préserve les valeurs constitutives des sociétés démocratiques pluralistes. / Nas sociedades liberal-democráticas do Ocidente, caracterizadas pelo multiculturalismo e pelo fato do pluralismo moral, haja vista o intenso fluxo migratório e a ascensão dos movimentos sociais, surgem demandas por reconhecimento de identidades. Dessa forma, um grande desafio surge para o Estado Liberal fundado
pela noção de neutralidade e universalidade dos direitos individuais. Assim, nesta dissertação pretende-se analisar a política do reconhecimento do filósofo canadense Charles Taylor e suas implicações diante do contexto multicultural das sociedades
liberal-democráticas, enfrentando o problema de se o liberalismo seria capaz de lidar com as demandas por reconhecimento, promovendo um modelo viável de democracia. O trabalho foi desenvolvido a partir do estudo do texto “A política do reconhecimento”, publicado por Taylor em 1992, de textos anteriores em que Taylor aborda a questão sobre a identidade, e de textos posteriores sobre multiculturalismo, democracia e secularização. Portanto, na primeira parte, haja vista o vínculo entre identidade e reconhecimento na filosofia de Taylor, estuda-se a sua concepção sobre a construção da identidade moderna, a partir de sua abordagem teorética, destacando-se o conceito de “avaliação forte”, bem como a noção do ser humano como animal autointerpretativo e a perda de significado na modernidade. Já na segunda parte analisa-se os desafios do multiculturalismo nas sociedades liberais, com a problematização da necessidade de reconhecimento como autorrealização, a questão sobre a neutralidade do Estado e, por fim, o dilema democrático da exclusão e a importância da redefinição da identidade política. Conclui-se, então, que o liberalismo que promove a neutralidade do Estado é o melhor modelo político, pois permite a inclusão das diferenças ao mesmo tempo em que preserva os valores constitutivos das sociedades democráticas plurais.
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A Concepção de liberdade na filosofia política de Hannah ArendtBarbosa, Kherlley Caxias 27 April 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-04-27 / Nenhuma / Neste trabalho sustento a tese de que a concepção de liberdade no pensamento de Hannah Arendt inclui três dimensões: a dimensão política, em que a liberdade é atualizada na ação; a dimensão ontológica, em que a natalidade é considerada a fonte das atividades humanas livres; a dimensão interior ou mental, em que a liberdade é a característica fundamental das atividades do pensar e do querer. Essas três dimensões são entrelaçadas por uma noção comum: a capacidade humana de dar início a algo novo. Arendt elege a liberdade como tema fundamental de seu pensamento desde o seu turn para a política até seus últimos escritos. Sustento que a noção de liberdade é o fio condutor que perpassa todos os seus trabalhos sobre as atividades humanas e sobre a condição humana. Intérpretes de Arendt ressaltam a centralidade da liberdade no seu pensamento político, mas não mostram como a condição da liberdade é atualizada em todas suas dimensões porque reduzem a liberdade à dimensão política (Kateb e Dana Villa), não tratam do pensar e do querer, que são atividades da dimensão interior (Passerin D‟Entreves), enunciam a relação da capacidade de iniciar com as atividades humanas de forma ambígua (Kohn), adotam um conceito de liberdade que não rende a noção comum de liberdade que Arendt usa para descrever as atividades humanas (Young-Bruhel). Por distinguir três dimensões da liberdade e por indicar a noção comum a todas elas, estabeleço um modo de compreensão da liberdade de Arendt que visa desvelar uma concepção de liberdade que articula suas descrições das atividades das faculdades humanas com suas reflexões sobre a condição humana. O trabalho foi estruturado para tratar de cada uma das dimensões da liberdade. Começa com as origens do pensamento político arendtiano no confronto crítico com a filosofia existencial e na discussão da Questão Judaica; mostra a aniquilação da liberdade pelo governo totalitário, e apresenta cada uma das dimensões da liberdade, primeiramente, considerando as dimensões política e ontológica da ação, da revolução e da natalidade, concluindo com a análise da dimensão interior da liberdade, apresentando as atividades da mente: o querer e o pensar. / In this work, I support the thesis there are three dimensions in Arendt‟s conception of freedom: the political dimension, in which freedom is actualized in action; the ontological dimension, in which natality is considered as the source of free human activities; the inner or mental dimension, in which freedom is the fundamental characteristic of the activities of thinking and willing. These three dimensions are intertwined by a common notion: the human capacity to initiate something new. Arendt chose freedom as the fundamental theme of her thinking from her turn to politics to her later writings. I maintain that the notion of freedom is the guiding thread that pervades all his works on human activities and on the human condition. Arendt's interpreters emphasize the centrality of freedom in her political philosophy, but they do not show how the human condition of freedom is actualized in all dimensions of freedom, because they reduce freedom to the political dimension (Kateb and Dana Villa), do not deal with thinking and willing which of the mental dimension of freedom (Passerin D'Entreves), enunciate the relation of the ability to begin with human activities in an ambiguous way (Kohn), adopt a concept of freedom that does not yield the common notion of freedom that Arendt uses to describe human activities (Young -Bruhel). By distinguishing the three dimensions of freedom and by pointing out the notion common to all of them, I establish a way of understanding Arendt's freedom, which seeks to unveil his conception of freedom, and which emphasizes the anthropological trait of her descriptions of the activities of human faculties and her reflections on the human condition. This work was structured to deal with each of the dimensions of freedom. It begins with the origins of Arendtian political thought in the critical confrontation with existential philosophy and in the discussion of the Jewish Question, shows the annihilation of freedom by totalitarian government, and presents each of the dimensions of freedom, first considering the political and ontological dimensions of action, revolution and natality and concluding with the analysis of the inner dimension of freedom, presenting the activities of willing and thinking.
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A liberdade como fundamento do sistema moral kantianoOliveira, Edezio Muniz de 12 July 2017 (has links)
Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2017-10-02T14:13:47Z
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Previous issue date: 2017-07-12 / Nenhuma / Esta dissertação de mestrado tem como objetivo estudar o sistema moral kantiano com início e ênfase na liberdade como fundamento da moral e sua aplicação às decisões jurídicas na resolução de conflitos no caso concreto. Esse estudo da liberdade tem início com a análise da terceira antinomia na Crítica da Razão Pura, onde Kant demonstra que além da causalidade pela natureza, existe também a causalidade pela liberdade como característica dos seres racionais em poderem iniciar uma sequência de efeitos independentemente de uma causa anterior. Na continuação, estudou-se alguns conceitos necessários ao entendimento da moral como: boa vontade, dever, respeito, possibilidade da fundamentação da moral, imperativo categórico e fato da razão. Esse estudo foi concluído com a verificação da possibilidade de aplicação desses ensinamentos ao direito e à justiça, principalmente no que diz respeito às decisões judiciais. Para a consecução desses objetivos, foram feitas pesquisas nas obras de Kant e nas obras e artigos de seus comentadores além de algumas doutrinas de cunho estritamente jurídico, mas com enfoque na aplicação da moral de forma a trazer justiça às decisões de maneira a se questionar sobre a possibilidade de os juízes poderem ou não utilizar-se da discricionariedade quando dos julgamentos em um caso concreto como forma de se trazer justiça às decisões e verificando-se também a compatibilidade dessas decisões em relação à moral kantiana. / This dissertation aims to study the Kantian moral system with beginning and emphasis on freedom as the foundation of morality and its application to legal decisions in the resolution of conflicts in the concrete case. This study of freedom begins with the analysis of the third antinomy in the Critique of Pure Reason, where Kant demonstrates that beyond causality by nature there is also causality by freedom as characteristic of rational beings in that they can initiate a sequence of effects independently of a cause previous. In the continuation, some concepts necessary to the understanding of the moral like: good will, duty, respect, possibility of the foundation of the moral, categorical imperative and fact of the reason were studied. This study was concluded with the verification of the possibility of applying these teachings to law and justice, especially with regard to judicial decisions. In order to achieve these objectives, research was done on the works of Kant and on the works and articles of his commentators, as well as some strictly legal doctrines, but with a focus on the application of morals in order to bring justice to decisions in order to question The possibility of judges being able to use discretion when judgments in a concrete case as a way to bring justice to decisions and also to verify the compatibility of these decisions in relation to Kantian morality.
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O indivíduo em Charles TaylorMello, Fabrício Mateus de 06 September 2017 (has links)
Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2017-10-27T12:01:48Z
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Previous issue date: 2017-09-06 / Nenhuma / Na presente dissertação estudaremos a noção de indivíduo na obra de Charles Taylor: sua concepção de Self e do Bem, sua análise sobre o individualismo na filosofia e implicação deste na teoria política. Taylor é considerado um filósofo comunitarista. Filósofos liberais afirmam que a ontologia social de Taylor é comunitarista por causa de sua crítica ao atomismo. Essa crítica de Taylor ao atomismo consiste justamente na concepção de que o pensamento atomista se torna a negação do próprio indivíduo, visto que a sociedade é parte integrante da formação individual. Taylor também se preocupa com a natureza do indivíduo e sua identidade relacionada à noção de Bem. Isso não significa que Taylor seja um filósofo liberal, mas indica que sua ontologia social exige uma abordagem mais cuidadosa, com atenção ao que Taylor afirma sobre o indivíduo e a sociedade. Neste sentido, o objetivo dessa dissertação é compreender em que consiste a ontologia social de Taylor a partir de sua noção sobre o indivíduo e sua posição no debate liberal-comunitário, com base nas obras publicadas de Taylor e seus comentadores dentro da temática do indivíduo em Taylor. / In this dissertation, we will study the notion of individual in Charles Taylor's work: his conception of Self and Good, his analysis of the individualism in the philosophy and its implication in political theory. Taylor is considered a communitarian philosopher. Liberal philosophers claim that Taylor's social ontology is communitarian because of his criticism of atomism. This Taylor’s criticism to atomism consists precisely in conception that this atomism thinking becomes the negation of the individual himself, since society is an integral part of individual formation. Taylor also worries about the nature of the individual and his identity related to the notion of Good. This does not mean that Taylor is a liberal philosopher, but indicates that his social ontology requires a more careful approach, with attention to what Taylor asserts about the individual and the society. In this sense, the purpose of this dissertation is to understand what Taylor's social ontology consists of, from his notion about the individual and his position in the liberal-community debate, based on Taylor’s work and his commentators in the thematic of individual in Taylor.
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Capabilidade e desenvolvimento em Amartya SenVidigal, Eliane Soares 04 October 2017 (has links)
Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2017-12-01T10:57:38Z
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Previous issue date: 2017-10-04 / Nenhuma / O objetivo do presente trabalho é analisar a abordagem das capabilidades na obra de Amartya Sen para identificar em que medida essas capabilidades influenciam no desenvolvimento humano e social. Buscaremos compreender as razões que levaram Amartya Sen a defender a liberdade como a chave para o desenvolvimento. Analisaremos as oportunidades, os direitos e as liberdades presentes no enfoque das capabilidades, partindo das formulações senianas expressas no texto Equality of What?, escrito no ano de 1979, para chegaremos a obra A Ideia de Justiça, publicada no Brasil em 2011. Neste percurso visitaremos as concepções contidas em seus escritos Desigualdade Reexaminada; Desenvolvimento como expansão de capacidades e Desenvolvimento como Liberdade. O Objetivo geral deste trabalho é estudar a abordagem das capabilidades seniana, delinear sua evolução e identificar em que medida as capabilidades contribuem para o desenvolvimento. A análise se limitará a abordagem filosófica das capabilidades, sendo, para tanto, importante compreendermos as necessidades e os valores que justificam as realizações e as escolhas individuais. Para o êxito da investigação tentaremos responder as seguintes indagações: (i) o que é igualdade segundo a teoria de Sen?; (ii) como Amartya Sen apresentou, ao longo de sua obra, sua ideia de capabilidades?; (iii) é possível afirmar que houve modificações interpretativas substanciais na teoria seniana das capabilidades?; (iv) qual o sentido de liberdade para Amartya Sen?; (v) sob quais aspectos a abordagem das Capabilidades nos possibilita entender o desenvolvimento como liberdade?. A estratégia metodológica central desse estudo é essencialmente teórica e os procedimentos analíticos ocorrerão por meio de revisão da literatura em torno da temática investigada. Além de ler as obras do autor aqui indicadas, buscaremos dialogar com seus críticos e comentadores. Como resultado pretendemos esclarecer como a liberdade, agregada às atividades econômicas, sociais e políticas, pode ser considerada um instrumento de medição do progresso e de eficácia social, extrapolando os espações de avaliação das demais teorias. / The aim of the present study is to analyze the approach of the capabilities in the work of Amartya Sen to identify how these capabilities influence in human and social development. We will try to understand the reasons that led Amartya Sen to defend freedom as the key to development. We will look at the opportunities, rights and freedoms that are present in his capability theory, starting from his formulations expressed in the text ‘Equality of What?` - written in the year of 1979 - in order to arrive at the work ‘The Idea of Justice’ - published in Brazil in 2011. During this course, we will visit his formulations expressed in his writings ‘Reexamined Inequality’; ‘Development as capacity expansion’ and ‘Development as freedom’. The general objective of this work is to study Sen’s capabilities to delineate its evolution and identify in what proportion the capabilities contribute to development. The analysis will be limited to a philosophical approach and will be important for us to understand the needs and values that justify people's individual choices. For the success of the investigation we will try to answer the following questions: I) What is equality according to Sen's theory? (ii) How did Amartya Sen present his idea of capabilities throughout his work? (iii) Is it possible to affirm that there were substantial interpretative modifications in Sen’s theory of capabilities? (iv) What is the sense of freedom to Amartya Sen? (v) In what aspects does the Capabilities approach allow us to understand development as freedom? The central methodological strategy of this study is essentially theoretical and the analytical procedures will occur through a review of the literature around the researched topic. Besides reading the indicated works of the author we will seek dialogue with his critics. As a result we intend to clarify how freedom when associated to social, political and economical activities can be considered as an instrument for measuring progress and also a social efficacy ratio, extrapolating the gaps of evaluation of other theories.
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O princípio da moralidade política segundo Ronald Dworkin e o processo de impeachment: o caso de Dilma RousseffSilva, Wildemar Félix Assunção e 15 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-15 / Nenhuma / Relatos sobre divergências acerca das conexões entre o Direito e a moralidade remontam aos tempos do Direito Romano. Alguns estudiosos acreditam que as regras morais e as regras jurídicas pertencem a um mesmo ordenamento, ou seja, que existe, na verdade, uma fusão entre Direito e Moral. Alguns filósofos defendem que essa conexão se dá ao nível dos princípios, como, por exemplo, Ronald Dworkin, que defende que, em decisões complexas ou difíceis, os juízes apelam a princípios morais (“extrajurídicos”) para justificar suas decisões. Esse papel da moralidade nas decisões jurídicas é, por vezes, explicitado no próprio direito positivo. Segundo a nossa Constituição Federal de 1988, um dos princípios fundamentais observados é justamente o chamado “princípio da moralidade”. Esse princípio prescreve uma ordem administrativa baseada, principalmente, na confiança, na boa-fé, na honradez e na probidade. Dessa forma, a ética, ou o “princípio ético”, é relembrada, estando esse princípio atrelado ao princípio da moralidade. O princípio da moralidade política é apreciado a partir da determinação jurídica da observância de princípios éticos produzidos pela sociedade. Isso determina, então, uma base fundamental para a moralidade administrativa; já essa está baseada na correta utilização dos instrumentos de uma ordem jurídica definida. No tocante à questão da moralidade na administração pública, um cargo de grande atenção é justamente o da Presidência de uma República, cargo que deve ser exemplo fiel desses princípios que permeiam a ordem jurídica e pública de uma nação. O conceito moderno de democracia pressupõe esses princípios, uma vez que a democracia representa um equilíbrio de poderes baseados na probidade e moralidade na administração pública. Quando o governante maior de um país, no cargo de Presidente da República, age de modo tal que procede contrariando os princípios de moralidade e ética da ordem jurídica, política e pública, as regras da Constituição Federal de 1988 estabelecem termos de punição administrativa. O processo de impeachment, ou seja, a destituição do cargo de Presidente da República, somente é factível quando observadas infrações políticas e crimes de responsabilidade, deliberados em pelo menos duas etapas principais: primeiramente, a admissão da denúncia do crime de responsabilidade pela Câmara dos Deputados e, posteriormente, o julgamento da denúncia como procedente pelo Senado Federal. Dessa forma, se crimes de responsabilidade forem verificados, pode, então, ocorrer a destituição do cargo de Presidente da República com seguimento à ordem pública de uma nação e em observância dos preceitos da moralidade e do Direito de um povo. Nesta dissertação, pretende-se mostrar que os debates sobre a ocorrência de crime de responsabilidade que ocorreram no poder legislativo durante um processo de
impeachment representam exemplos de apelos legítimos a considerações não apenas legais, mas morais, contra (ou a favor) do acusado, no caso, o mandatário do cargo maior do país, o Presidente da República. O exemplo do impeachment guarda, assim, semelhanças com os exemplos que Dworkin, comprovando a tese de que a moralidade política é parte indissociável do próprio direito. / Reports of divergences about the connections between law and morality go back to Roman times. Some scholars believe that moral rules and legal rules belong to the same order, that is, that there is, in fact, a merger between Law and Morals. Some philosophers argue that this connection is at the level of principles, such as Ronald Dworkin, who argues that in complex or difficult decisions, judges appeal to moral ("extra-juridical") principles to justify their decisions. This role of morality in legal decisions is sometimes made explicit in positive law itself. According to our Federal Constitution of 1988, one of the fundamental principles observed is precisely the so-called "principle of morality." This principle prescribes an administrative order based primarily on trust, good faith, honesty, and probity. In this way, ethics, or the "ethical principle", is remembered, being this principle linked to the principle of morality. The principle of political morality is appreciated from the legal determination of the observance of ethical principles produced by society. This then determines a fundamental basis for administrative morality; this is based on the correct use of the instruments of a defined legal order. With regard to the question of morality in the public administration, a position of great attention is precisely that of the Presidency of a Republic, a position which must be a faithful example of these principles that permeate the juridical and public order of a nation. The modern concept of democracy presupposes these principles, since democracy represents a balance of powers based on probity and morality in public administration. When the major ruler of a country, in the position of President of the Republic, acts in such a way as to proceed contrary to the principles of morality and ethics of the legal, political and public order, the rules of the Federal Constitution of 1988 establish terms of administrative punishment. The impeachment process, that is to say, the dismissal of the office of President of the Republic, is only feasible when political offenses and crimes of responsibility are observed, deliberated in at least two main stages: first, admission of the complaint of the crime of responsibility by the House of Representatives. Deputies and, subsequently, the judgment of the complaint as proceeds by the Federal Senate. In this way, if crimes of responsibility are verified, then the dismissal of the President of the Republic can follow the public order of a nation and in compliance with the precepts of morality and the law of a people. In this dissertation, it is intended to show that the debates about the occurrence of a crime of responsibility that occurred in the legislature during a process of impeachment represent examples of legitimate appeals to considerations not only legal but moral, against (or in favor) of the accused, in this case, the representative of the largest office of the country, the President of the Republic. The example of impeachment thus retains similarities with the examples that Dworkin, proving the thesis that political morality is inseparable part of the law itself.
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A Paz perpétua à luz da teoria moral em KantMota, Daniel de Souza 10 January 2018 (has links)
Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2018-05-08T16:39:09Z
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Previous issue date: 2018-01-10 / Nenhuma / A presente dissertaçãotem por objetivo abordar o temada reflexão moral no escrito político de Kant sobre A Paz Perpétua. O trabalho parte de uma abordagemanalítica e interpretativada filosofia moral de Kant, especialmente desenvolvida pela Fundamentação da Metafísica dos Costumes, com algumas incursõesna Crítica da Razão Pura,para, em seguida, por em destaque o seu desdobramento na reflexão sobre a filosofia política que discorre sobre os seus fins, sua estrutura e os meios para alcançar a paz entre as Nações. Para tanto, são trabalhados osconceitossobre a compreensão da moral em Kant como ovalor da boa vontade, a lei moral e as fórmulas do dever, destaca-se a seguir a necessidade da paz permanente: como os argumentos para a paz e a ideia de cosmopolitismo esses argumentos trarão sustentação moral sobre a paz perpétua, Kant entendequea paz permanente é umprocesso a ser desenvolvido ao longo da caminhada humana, tendo como meta a construção do sujeito autônomo e moral, portanto, livre. O sujeito da paz deve constituir-se conformetais preceitos, garantidos por meio de uma moralprimorosa que lhe tire do estadodamenoridade e lhe conduza à maioridade,em busca de um Estado cosmopolita, que lhe garanta a paz permanentemente. Segundo a teoria kantiana, a sociedade não poderia ter outra constituição que não fosse republicana -por estar fundada sobre princípios de liberdade, de dependência de uma legislação comum e de igualdade dos cidadãos entre si. Quando sujeito e Estado estiverem em plena harmonia, onde não haja injustiças nem privilégios, estaráda mesma forma, se descortinando o caminho para a implantação do que Kant nominou Estado das Nações. E, a partir deste, quiçá para a construção do Estado Mundial Cosmoético. / This dissertation has as objective to approach the issue of the moral reflection in Kant’s political writing about Perpetual Peace. The study arise of an analytical and interpretative approachof Kant’s moral philosophy, specially developed by Groundwork of the Metaphysics of Morals, includingsome inroads in Critique of Pure Reason, in order to, henceforth, highlight his unfolding in the reflection about the political philosophy which expatiate on its aims, structure and the means to reach the peace between Nations. For this purpose, the concepts about the moral comprehension in Kant are worked as the value of the goodwillthe moral law and the formulas of duty, stand out subsequently the necessity of permanent peace: such as the arguments for the peace and the idea of cosmopolitanism, these considerations will bring moral sustentation about the perpetual peace. Kant believes that the permanent peace is the process to be developed in the human along journey, seeking the construction of the autonomous and moral subject, therefore, a free individual. The peace subject needs to be constituted according to such precepts, guaranteed through of an exquisite moral that take away it of the minority state and conduct it to the maturity,in quest for a cosmopolitan State, whom guarantees the peace permanently. Pursuant to Kantian theory, the society could not have other constitution that does not be republican-for being funded on liberty principles, of dependency in a communal legislation and of equality among citizens itself. When the subject and the State are in full-fledge harmony, where do not have injustices nether privileges, it will be, in the same way, uncovering the highway for the implantation of what Kant named as State of Nation. Having this in mind, perhaps, this could be concretized for the construction of a Cosmoethics Mundial State.
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