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Avaliações clínica fonoaudiológica e videofluoroscópica da deglutição em crianças com suspeita de disfagia / Clinical and videofluoroscopic swallowing assessment in children with suspected dysphagiaSilva-Munhoz, Lenice de Fatima da 07 November 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: São poucos os estudos que descrevem e comparam as avaliações clínicas fonoaudiológica e videofluoroscópica da deglutição em crianças com suspeita de disfagia. Neste estudo, descrevemos os sinais e sintomas clínicos sugestivos de alterações na fase faríngea observados na avaliação clínica e os achados videofluoroscópicos das fases oral, faríngea e esofágica da deglutição; identificamos os sinais e sintomas clínicos associados à presença de alteração na fase faríngea; identificamos os fatores clínicos associados aos sinais e sintomas clínicos sugestivos de alterações na fase faríngea e aos achados videofluoroscópicos das fases oral e faríngea; e verificamos a influência da idade na presença dessas alterações. MÉTODOS: Análise retrospectiva de dados de avaliações clínicas fonoaudiológicas e videofluoroscópicas da deglutição realizadas em 55 crianças de 1 mês a 7 anos e 11 meses de idade. Na avaliação clínica, utilizou-se o Protocolo para Avaliação Clínica da Disfagia Pediátrica. Na videofluoroscopia, analisaram-se alterações nas fases oral, faríngea e esofágica da deglutição. Para a análise estatística, foram utilizados os Testes de Qui-quadrado e Exato de Fisher. RESULTADOS: A alteração na ausculta cervical, tosse, engasgo e dessaturação de oxigênio foram os sinais clínicos mais observados. As alterações de fase oral foram menos frequentes com líquido fino e mais frequentes com pastoso homogêneo. As alterações na fase faríngea foram mais frequentes com líquido fino e menos frequentes com líquido engrossado e pastoso homogêneo. Na fase esofágica, aproximadamente metade das crianças apresentou refluxo gastroesofágico. O engasgo associou-se à penetração laríngea isolada com líquido fino. A prematuridade e os problemas neurológicos associaram-se à dessaturação de oxigênio. Houve associação significativa entre problemas neurológicos e alteração de fase oral e resíduo em valécula e recessos piriformes após a deglutição. O refluxo gastroesofágico associou-se ao desconforto respiratório. Na avaliação clínica, as crianças de 1-6 meses de idade apresentaram menos alteração na ausculta cervical e na qualidade vocal e mais desconforto respiratório; as de 7-14 meses mais alteração na ausculta cervical; as maiores do que 1 ano mais alteração na qualidade vocal. Na videofluoroscopia, as crianças de 1-6 meses de idade apresentaram menos alterações na fase oral e resíduo faríngeo; as de 7-14 meses mais alterações na fase faríngea com líquido fino; as de 15-36 meses mais alterações na fase oral; as maiores do que 37 meses mais alterações na fase faríngea com pastoso homogêneo; as maiores do que 1 ano mais alterações na fase oral e resíduo faríngeo. CONCLUSÕES: Os sinais e sintomas clínicos mais observados foram alteração na ausculta cervical, tosse, engasgo e dessaturação de oxigênio. As alterações na fase oral e faríngea relacionaram-se à diferentes consistências alimentares. O engasgo foi o único sinal clínico associado à penetração laríngea isolada com líquido fino. A dessaturação de oxigênio associou-se à prematuridade e aos problemas neurológicos e o desconforto respiratório ao refluxo gastroesofágico. As alterações de fase oral e resíduo em valécula e recessos piriformes após a deglutição associaram-se aos problemas neurológicos. Constataram-se diferenças para os sinais clínicos relacionadas à idade. Observaram-se alterações nas fases oral e faríngea não esperadas para a idade na população estudada / INTRODUCTION: Studies which report and compare clinical and videofluoroscopic swallowing assessment in children with suspected dysphagia are scarce. In the present study, we reported clinical signs and symptoms that may suggest alterations in the pharyngeal phase, noticed during the clinical assessment and videofluoroscopic findings of oral, pharyngeal and esophageal phases of swallowing; we identified clinical signs and symptoms associated with alterations in the pharyngeal phase; we identified clinical factors associated with clinical signs and symptoms that may suggest alterations in the pharyngeal phase and with videofluoroscopic findings of oral and pharyngeal phases; and we also verified the influence of age on such alterations. METHODS: Retrospective analysis of data from clinical and videofluoroscopic swallowing assessment performed in 55 children with ages between 1 month and 7 years and 11 months. For the clinical assessment, the \"Protocol for Clinical Assessment of Pediatric Dysphagia\" was used. In the videofluoroscopy, alterations in oral, pharyngeal and esophageal phases were analyzed. For the statistical analysis, Chi-square Test and Fisher\'s Exact Test were used. RESULTS: Cervical auscultation alteration, cough, choking and oxygen desaturation were the most common clinical signs observed. Alterations in the oral phase were less frequent with thin liquid and more frequent with smooth puree consistency. Alterations in the pharyngeal phase were more frequent with thin liquid and less frequent with thickened liquid and smooth puree consistency. In esophageal phase, approximately half sample presented gastroesophageal reflux. Choking was associated with isolated laryngeal penetration with thin liquid. Prematurity and neurological disorders were associated with oxygen desaturation. Significant association between neurological disorders and alterations in oral phase and post-swallow residue in valleculae and pyriform sinuses were found. Gastroesophageal reflux was associated with respiratory distress. In the clinical assessment, children aged between 1-6 months showed less cervical auscultation and vocal quality alterations and more respiratory distress; those between 7-14 months presented more cervical auscultation alteration; those older than 1 year showed more vocal quality alteration. In the videofluoroscopy, children aged between 1-6 months showed less alterations in the oral phase and pharyngeal residue; those between 7-14 months showed more alterations in the pharyngeal phase with thin liquid; those between 15-36 months presented more alterations in the oral phase; those older than 37 months showed more alterations in the pharyngeal phase with smooth puree consistency; those older than 1 year presented more alterations in the oral phase and pharyngeal residue. CONCLUSIONS: The most common clinical signs and symptoms were cervical auscultation alteration, cough, choking and oxygen desaturation. Alterations in the oral and pharyngeal phases were related to different food consistencies. Choking was the only clinical sign associated with isolated laryngeal penetration with thin liquid. Oxygen desaturation was associated with prematurity and neurological disorders. Respiratory distress was associated with gastroesophageal reflux. Alterations in the oral phase and post-swallow residue in valleculae and pyriform sinuses were associated with neurological disorders. Differences for clinical signs related to age were verified. Alterations in the oral and pharyngeal phases which were not expected for age of the population studied were noticed
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Anatomofisiologia da sucção e deglutição do bebê em computação gráfica 3D como instrumento educacional / Anatomy and physiology of sucking and swallowing of the baby in computer graphics 3D as an educational toolPuccini, Flávia Rebelo Silva 29 February 2016 (has links)
A eficiência da amamentação exige uma complexa coordenação entre sucção, deglutição e respiração, sendo que a tecnologia tem possibilitado importantes avanços na compreensão desse processo. Porém, não foram encontrados vídeos disponíveis na internet que demonstrassem a anatomia e fisiologia da amamentação, de modo didático e fidedigno à ciência atual. Este trabalho teve por objetivo descrever o desenvolvimento de uma sequência em computação gráfica sobre a sucção e a deglutição, resultante da produção digital do Bebê Virtual, bem como validar tal produção quanto ao conteúdo e prover adequações necessárias ao material educacional. Para a produção das iconografias em 3D da sucção e deglutição no Bebê Virtual, inicialmente foi elaborado um mapa conceitual e uma matriz de conteúdos, objetivos e competências voltadas ao material educacional. Posteriormente foi elaborado um roteiro científico que abordou a anatomia do crânio, face, cavidade oral, faringe, laringe e esôfago do recém-nascido, bem como, a descrição dos mecanismos fisiológicos relacionados à sucção e às fases oral e faríngea da deglutição no bebê. Para isso foram utilizadas 14 publicações do período de 1998 a 2008, que continham informações relevantes para demonstrar a amamentação. Os conteúdos teóricos foram organizados em cenas principais, possibilitando a criação de previews das sequências dinâmicas, as quais foram avaliadas por profissionais de anatomia, fonoaudiologia e medicina, possibilitando os ajustes necessários e a construção das imagens em computação gráfica 3D. Para análise da validade de conteúdo dessas imagens foi verificada a representatividade dos itens que o compõe, por meio de consulta à literatura. Foram incluídos estudos que utilizaram auxílio tecnológico e abordaram o tema proposto em bebês a termo e saudáveis, sem alterações neurológicas ou anomalias craniofaciais. Foram excluídas as publicações realizadas com bebês pré-termo, sindrômicos, com anomalias, doenças neurológicas ou qualquer alteração que pudesse interferir na amamentação, revisões de literatura e relatos de caso. Os artigos selecionados foram analisados e classificados quanto ao nível de evidência científica, predominando o nível três de evidência. A análise de conteúdo demonstrou a necessidade de adequações nas iconografias 3D, para que o processo de sucção e deglutição demonstrado no bebê virtual pudesse corresponder ao conhecimento científico atual. Tais adequações foram propostas a partir dos achados de 9 estudos, publicados entre 2008 e 2014, que utilizaram ultrassonografia para demonstrar como ocorre o processo de amamentação. Desta forma, foram modificados os aspectos da pega, da movimentação de língua, mandíbula, palato mole e laringe, além da sincronização da sucção/deglutição/respiração e deslocamento do mamilo, num processo desenvolvido em cinco etapas. Assim, o presente estudo descreveu o processo de desenvolvimento das iconografias em 3D sobre a anatomia e fisiologia da sucção e deglutição no recém-nascido a termo, sendo que a validade de conteúdo permitiu atualizar vários aspectos da amamentação do Bebê Virtual, quebrando velhos paradigmas e possibilitando ilustrar didaticamente as evidências científicas relacionadas. / The efficiency of breastfeeding requires a complex coordination amongst the suctioning, the swallowing and the breathing. And technology has been an important part of the understanding of this process. However, based on the current science, it was not possible to find any videos on the internet that could demonstrate the anatomy and physiology of breastfeeding in a didactical way. The objective of this study was to describe the development within a sequence of computer graphics regarding the suctioning and the swallowing processes, as a result of the Virtual Baby digital creation, as well as to validate such a creation with regards to its content and to provide necessary adjustments to the educational material. The production of the suction and swallowing 3D images on the Virtual Baby, firstly, left from the preparation of a scientific roadmap and of a list of contents, objectives and competences related to the educational material and literature. Later, the second step was to create a scientific script, considering the skull anatomy, face, oral cavity, pharynx, larynx and esophagus of the newborn, as well as the description of the physiological mechanisms related to suction, oral and pharyngeal phases of the swallowing in the baby. In order to do so, 14 publications from 1998 to 2008 that contained substantial information on demonstrating breastfeeding were used. The theoretical contents were organized into key scenes, allowing the creation of previews of the dynamic sequences. Those were evaluated by anatomy, speech therapy and medicine professors, evaluation from which were made the necessary adjustments and the construction of 3D computer graphics images. The analysis of the content validation of those images was based on the representativity of the items that compose them so as found in literature consultation. Studies which used technological assistance and approached the theme in healthy full-term, without neurological alterations or skull-face anomalies babies, were included. As for the publications that went over preterm, syndromic newborns or newborns that showed anomalies, neurological diseases or any alteration that could interfere in breastfeeding, literature review or case studies, those were excluded from the research. So, the selected articles were analyzed and classified in the level of scientific evidence, prevailing level three. The analysis of content showed the need to adequate some of the 3D images, so that the suctioning and swallowing process in the Virtual Baby corresponded to the up to date scientific knowledge. These adjustments were proposed based on the findings of 9 studies published between 2008 and 2014, which used ultrasonography to demonstrate the process of breastfeeding. This way, in a five step process, the aspects of the handle, the movement of the tongue, jaw, soft palate and larynx, as well as the synchronization of sucking/swallowing/breathing and the nipple displacement were modified. Therefore, this study was able to describe the process of the 3D iconographies development on the anatomy, physiology of the suction and the swallowing in the full-term newborn, whereas the validity of content allowed updating various aspects of breastfeeding virtual baby, breaking old paradigms and enabling the didactical illustration of related scientific evidences.
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Características miofuncionais orofaciais e vocais das crianças do município de Monte Negro/ROMerighi, Luciana Biral Mendes 08 December 2006 (has links)
É de grande importância à realização adequada das funções orais - as quais influenciam e sofrem influência dos aspectos morfológicos e miofuncionais orofaciais - para possibilitar o equilíbrio e desenvolvimento do complexo craniofacial. Assim, distúrbios miofuncionais orais podem interferir de forma negativa no desenvolvimento craniofacial, refletindo se também no desenvolvimento psicossocial da criança. O trabalho visou caracterizar os aspectos miofuncionais orofaciais e vocais crianças do município de Monte Negro/RO. Respeitando-se os aspectos éticos, dois grupos de escolares do município de Monte Negro/RO, de ambos os gêneros, foram formados de acordo com a faixa etária: grupo I (GI) composto por 47 crianças entre 6 e 8 anos e grupo II (GII) formado por 36 crianças entre 9 e 11 anos. A partir da avaliação miofuncional orofacial convencional, as crianças foram avaliadas quanto aos aspectos estruturas como: tipo facial e relação dentária, postura habitual dos lábios e da língua; estado de contração muscular dos lábios, língua, bochechas, masseteres e mentual; mobilidade e motricidade dos lábios, língua, mandíbula e véu palatino; além das funções de respiração, mastigação, deglutição, fala e voz. Foram utilizadas filmagens e gravação em MD para a coleta dos dados, e posterior análise, necessários à pesquisa. Os resultados demonstram para os dois grupos, alterações nas relações dentárias, bem como nos aspectos miofuncionais orofaciais no que se refere ao estado de contração muscular, mobilidade e motricidade, bem como para as funções respiratórias, especificamente quanto ao modo; a função mastigatória, principalmente, quanto a formação do bolo alimentar, conseqüentemente, alterações quanto a deglutição, e no que se refere a fala e a voz, as alterações apresentaram -se em menor porcentagem. Portanto a promoção de ações que viabilizem o trabalho de adequação das funções orofaciais e da voz, bem como o desenvolvimento de programas de prevenção na área de Motricidade Oral, tornam-se essenciais para o desenvolvimento das crianças do município de Monte Negro/RO. / The accomplishment of the orofacial functions is fundamental to promote craniofacial\'s balance and development, when accomplished correctly. Thus, myofunctional disturbs can intervene negative with the craniofacial development, also reflecting in the psychosocial development of the child. The objective of this work was to characterize the orofacial and vocal myofunctional aspects of the children of the city of Monte Negro/RO. Respecting the ethical aspects, 83 school children were evaluated and divided in groups in accordance with the age: GI (47 children between 6 and 8 years) and GII (36 children between 9 and 11 years). We verified in the orofacial myofunctional evaluation the following aspects: face type and dental habits; habitual position of lip and language; state of muscular contraction of masseter, cheek, lip, language and mentual; mobility/motricity of lips, tong, jaw and palatal veil; beyond breathing, chew, deglutition, speech and voice. We used movie recordings and recording in MD for the collection of the data. Mesofacial and dolichofacial types were observed; alteration in the dental relation, with bigger occurrence in the GI, characterized mainly for horizontal alteration; great occurrence of alteration in the lip and tong position, as well as in the state of muscular contraction, being diminished for cheek, lip and language and increased to masseter and mentual; difficulty in the lip and tong mobility, and little alteration in the mandible mobility; more than the half of the GI showed modified respiratory way and less of the half in the GII, with little alteration in the respiratory type in the two groups; little occurrence of alteration in the chew, except in the formation of the alimentary bolus, observed in more than the half of the sample; great occurrence of alteration in the deglutition, but a little bigger in the GI; phonetic alteration of speech was also present in more than the half of the GI and less in the GII, with little speech alteration in the articulator type; e, little occurrence of vocal alterations. Thus, in view of the occurrence of myofunctional alterations in the studied sample, the promotion of action for the adequacy of the modified functions becomes necessary for the good development of the children of the city of Monte Negro/RO.
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Características supraglóticas de idosos: relações com a função de deglutição / Supraglottic characteristics of the elderly: relations with the swallowing functionFreixo, Leticia de Lemos 26 January 2018 (has links)
O envelhecimento implica em modificações na função vocal e de deglutição do idoso, causando impacto na sua qualidade de vida. Dentre as características laríngeas do idoso, destaca-se que o movimento da constrição supraglótica é, frequentemente, considerada prejudicial durante a fonação, enquanto que durante a deglutição, compõe o mecanismo de defesa do trato aéreo. O objetivo do presente estudo é descrever as características supraglóticas da laringe do idoso durante as funções de respiração e fala, as características orofaríngeas de deglutição e investigar as relações entre estas características supraglóticas e de deglutição. Neste estudo retrospectivo, foram analisados dados de prontuários e exames de nasofibroscopia da fonação e da deglutição de 60 idosos saudáveis com média de 68,8 anos. Como características laríngeas foram investigados a presença e os graus de aumento de volume das pregas vestibulares, de constrição mediana na emissão de vogal e na fala encadeada e de constrição anteroposterior na emissão de vogal. Como características de deglutição foram analisados a presença e os graus de resíduos em seios piriformes, valéculas, orofaringe e laringofaringe, a ocorrência e os graus de penetração/aspiração laringotraqueal, escape posterior prematuro e atraso do início da fase faríngea nas consistências líquida pudim e sólida. Foram considerados como dados as análises realizadas por dois juízes com índice confiabilidade intra-avaliador ótima (teste Kappa). Os resultados foram analisados descritivamente e para verificar a associação entre características supraglóticas e a presença de escape posterior prematuro e atraso do início da fase faríngea de deglutição foi utilizado o teste Qui-quadrado (p<0,05). Foi verificado que o aumento de volume das pregas vestibulares e as constrições supraglóticas ocorreram para a maioria dos idosos, sendo que o aumento de volume das pregas vestibulares foi, quase sempre, bilateral e distribuído em graus discreto e evidente de forma semelhante; houve maior ocorrência de constrição mediana nos graus discreto e moderado; quase todos os casos de constrição anteroposterior foram produzidos com movimento apenas das aritenoides ou das aritenoides concomitantemente com a epiglote, além de haver mais casos no grau discreto; a maior parte dos idosos apresentou deglutição normal ou funcional; poucos idosos apresentaram resíduos em valéculas, seios piriformes, orofaringe e laringofaringe; ocorreram poucos casos de penetração laríngea de alimentos e apenas um de aspiração laringotraqueal; o escape posterior prematuro ocorreu em maior número para a consistência líquida, seguida das consistências sólida e pudim e o atraso da fase faríngea ocorreu para a minoria dos idosos; houve relação entre o escape posterior prematuro e: aumento do volume das pregas vestibulares na consistência líquida, constrição mediana durante emissão de vogal na consistência de pudim, constrição anteroposterior para a consistência de pudim e constrição mediana na fala na consistência sólida. Concluiu-se que os idosos saudáveis frequentemente apresentaram constrições supraglóticas e deglutição funcional e que os idosos com aumento de volume das pregas vestibulares manifestaram com maior frequência escape posterior prematuro de líquido, enquanto que os idosos que manifestaram constrição anteroposterior evidente e presença de constrição mediana na fala apresentaram, com maior frequência, escape posterior prematuro na consistência de pudim e sólido, respectivamente. / Aging implies changes in the vocal and swallowing functions of the elderly, causing an impact on their quality of life. Among the laryngeal characteristics of the elderly, it is noted that supraglottic constriction is usually considered a harmful factor during phonation, whereas, during swallowing, this behavior is an airway defense mechanism. The objective of the present study was to describe the supraglottic characteristics of the larynx of the elderly during the breathing and speech functions and the laryngopharyngeal characteristics of swallowing, besides investigating the relations between the supraglottic and swallowing characteristics. In this retrospective study, data from charts and nasopharyngoscopy examinations of phonation and deglutition of 60 healthy elderly subjects with an average of 68.8 years were analyzed. The presence and degrees of increase of the volume of vestibular folds, medial constriction in the emission of vowel and connected speech, and anteroposterior constriction in the vowel emission were investigated. The presence and degrees of the following parameters of food swallowing in liquid, pudding and solid consistencies: residues in pyriform sinuses, valleculae, oropharynx and laryngopharynx, laryngeal penetration/aspiration, premature spillage and delayed onset of pharyngeal phase, were analyzed as well. The results of analyses performed by two judges with optimal intra-rater reliability (Kappa test) were considered. The results were analyzed descriptively and the Chi-square test was used to verify the association between supraglottic characteristics and the presence of premature spillage and delayed onset of the pharyngeal swallowing phase (p<0.05). It was verified that the volume increase of vestibular folds and supraglottic constrictions occurred for the majority of the elderly. The volume increase of vestibular folds was almost always bilateral and distributed in discrete and evident degrees of similar form. There was greater occurrence of median constriction in the discrete and moderate degrees. Almost all cases of anteroposterior constriction were produced with movement only of the arytenoids or approximation of the arytenoids with the epiglottis, in addition to having a greater number of cases in a discrete degree; the majority of the elderly had normal or functional swallowing; there were few occurrences of residues in vallecules, pyriform sinuses, oropharynx and laryngopharynx, few cases of laryngeal penetration of food and only one of aspiration; the premature spillage occurred in greater number for the liquid, followed by the solid and pudding consistencies while the pharyngeal phase delay occurred for the minority of the elderly; there was a relationship between premature spillage and: increased volume of vestibular folds in liquid, medial and anteroposterior constriction in pudding and medial constriction in speech in solid consistency. It was concluded that the healthy elderly patients frequently had supraglottic constrictions and functional swallowing. The elderly with an increased volume of vestibular folds demonstrated less premature spillage in liquid, while the elderly who manifested evident anteroposterior constriction and presence of medial constriction in the speech presented greater premature spillage in pudding and solid consistencies, respectively.
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Voz e deglutição após laringectomias supracricóidea e supratraqueal / Voice and swallowing after supracricoid and supratracheal laryngectomyBuzaneli, Elaine Cristina Pires 07 July 2015 (has links)
Introdução: A aringectomia subtotal permite a preservação da função da laringe com um bom controle oncológico local da doença, além de manter uma comunicação satisfatória, traqueostomia temporária e disfagia passível de terapia fonoaudiológica. Objetivos: Descrever resultados da avaliação vocal, estruturas remanescentes, comportamento laríngeo em tarefas específicas e resultados da avaliação de deglutição; e comparar a funcionalidade das estruturas remanescentes com os parâmetros de voz e deglutição após laringectomia com cricohioidoepiglotopexia (CHEP) e traqueohioidoepiglotopexia (THEP). Método: Estudo transversal observacional comparativo em que participaram 15 indivíduos submetidos à laringectomia subtotal reconstruídos com CHEP (12) e THEP (3), após restabelecimento da alimentação via oral. Foram avaliados por meio da captação/registro de amostra de fala para análise perceptivo-auditiva, acústica e de agradabilidade da voz; nasofibrolaringoscopia para análise estrutural e exames de deglutição. Resultados: Foi observado grau acentuado de tensão e de desvio de loudness e as vozes foram consideradas desagradáveis. Quanto às estruturas remanescentes, a maioria apresentou atividade supraglótica vestibular mediana e anteroposterior moderadas durante fonação de vogais. A penetração laríngea silente foi encontrada na maioria dos indivíduos, mas nem sempre seguida de aspiração. Na comparação entre as estruturas remanescentes e os resultados funcionais de voz e deglutição, não houve significância estatística em nenhum dos parâmetros avaliados. Conclusão: Indivíduos submetidos à laringectomia subtotal mantêm disfonia acentuada e comumente episódios de penetração silente sem aspiração laringo-traqueal. Não houve significância estatística na comparação entre a funcionalidade das estruturas remanescentes e os parâmetros vocais e deglutição; o número de aritenóides preservado não se mostrou fator prognóstico para parâmetros positivos na avaliação vocal e eficiência da deglutição. Os diferentes ajustes neolaríngeos inviabilizaram estudo de correlação entre as variáveis / Introduction: Subtotal laryngectomy preserve larynx functions and allows adequate local oncological control and also provide an effective communication to the individual, temporary tracheostomy and dysphagia liable to speech-therapy intervention. Purposes: Describe results of vocal assessment, remaining structures, laryngeal behavior in specific tasks and the evaluation of swallowing; and also compare the functioning of remaining structure to voice and swallowing parameters after laryngectomy with cricohyoidoepiglottopexy (CHEP) traqueohyoidoepiglottopexy (THEP). Methods: Comparative observational cross-sectional study which counted on 15 individuals who underwent subtotal laryngectomy reconstructed with CHEP (12) and THEP (3), after re-establishment of oral feeding route. All individuals were assessed through capture/record of a speech sample for both perceptual-acoustic and voice pleasantness analysis, nasofibrolaryngoscopy for structural analysis, and swallowing examination. Results: We noticed pronounced level of tension and loudness deviation and the voices were considered little pleasant or unpleasant. Concerning remaining structure, the majority of individuals presented median vestibular supraglottic activity and moderated activity anteroposterior during phonation of vowels. Silent larynx penetration was found in the most part of individuals, although not commonly related to aspiration. The comparison between remaining structures and functioning results of voice and swallowing pointed no statistical significance among the assessed parameters. Conclusion: Individuals who underwent subtotal laryngectomy maintain pronounced dysphonia e often episodes of silent penetration without laryngotracheal aspiration. There was found no statistical significance between remaining structure functioning and both vocal and swallowing parameters; quantitatively, the maximum phonation time of arytenoid cartilage may influence on both voice pleasantness and perceptual-acoustic analysis
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Indicadores de disfagia na doença pulmonar obstrutiva crônica / Indicators of dysphagia in chronic pulmonary obstructive diseaseChaves, Rosane de Deus 03 August 2010 (has links)
Existe uma relação anatômica e funcional entre a respiração e a deglutição, sendo essencial a coordenação temporal entre essas duas funções para manter a ventilação e prevenir a aspiração pulmonar. Alterações no padrão da respiração e da ventilação podem influenciar a coordenação entre deglutição e respiração. Pacientes com doenças pulmonares crônicas podem ser susceptíveis a apresentar alteração na coordenação entre deglutição e respiração devido às alterações funcionais ventilatórias. O objetivo desta dissertação foi identificar sintomas de disfagia em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), por meio da aplicação de um questionário de triagem de disfagia. Foram avaliados 35 pacientes portadores de DPOC e 35 participantes voluntários pareados por idade e gênero. A caracterização dos participantes do grupo com a DPOC foi realizada pela gravidade da doença (VEF1) e pela dispnéia (escala MMRC). O índice de massa corpórea foi calculado para os participantes de ambos os grupos. A identificação dos sintomas de disfagia foi realizada por meio da aplicação de um questionário de triagem de disfagia. Os participantes com DPOC apresentaram sintomas moderados (p<0,001) e leves (p<0,003) de disfagia quando comparados aos indivíduos sem a doença. A Análise Fatorial permitiu agrupar em fatores as questões que possuíam significados em comum, reduzindo a quantidade de variáveis do estudo. Foram determinados 4 fatores que totalizaram 63,5% da variabilidade da amostra: Fator I - relacionado a função faríngea e proteção da via aérea; Fator II: relacionado a função esofágica e história de pneumonia ; Fator III: relacionado ao estado nutricional; Fator IV: relacionado a função oral. Os sintomas mais freqüentes de disfagia apresentados pelos participantes com DPOC foram relacionados aos fatores: função faríngea e proteção de via aérea (p<0,001); função esofágica e história de pneumonia (p<0,001) e estado nutricional (p<0,001). A variável IMC correlacionou-se com o VEF1 (r=0,567;p<0;001) e com estado nutricional (r= -0,046; p<0,008). A dispnéia correlacionou-se com a função faríngea e proteção de via aérea (r=0,408;p=0,015) e com a função esofágica e história de pneumonia (r= 0,397; p<0,015). O fator função faríngea e proteção da via aérea correlacionou-se com o fator função esofágica e história de pneumonia (r= 0,531; p=0,001). Conclusão: Indivíduos com DPOC apresentam sintomas de disfagia quando comparados a grupo controle. / There is an anatomical and physiological relationship between breathing and swallowing, the temporal coordination between these two functions are essential to maintain ventilation and to prevent pulmonary aspiration. Changes in the breathing and ventilation patterns can have an influence on the coordination of swallowing and respiration. Patients with chronic lung diseases may be susceptible to changes in the coordination between swallowing and breathing due to ventilatory functional changes. The purpose of this research was to identify symptoms of dysphagia in patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD), through the application of a screening questionnaire for dysphagia. Participants of the research were 35 patients with COPD and 35 control volunteers matched by age and gender. The characterization of the participants in the group with COPD was conducted by disease severity (FEV1) and dyspnea (MMRC scale). The body mass index was calculated for participants in both groups. The identification of the symptoms of dysphagia was achieved by applying a screening questionnaire for dysphagia. Participants with COPD had moderate symptoms (p<0,001) and mild symptoms (p<0,003) of dysphagia when compared to subjects without the disease. The factor analysis allowed grouping in factors the questions that had meanings in common, reducing the amount of study variables. It was determined that four factors totaled 63,5% of the variability of the sample: Factor I - related to pharyngeal function and airway protection; Factor II: related to esophageal function and history of pneumonia; Factor III: related to nutritional status; Factor IV: related to oral function. The most frequent symptoms of dysphagia presented by the participants with COPD were related to factors: pharyngeal function and airway protection (p<0,001); esophageal function and history of pneumonia (p<0,001); and nutritional status (p<0,001). The BMI correlated with FEV1 (r=0,567;p<0;001) and nutritional state (r= -0,046; p<0,008). Dyspnea correlated with pharyngeal function and airway protection (r=0,408;p=0,015) and with esophageal function and history of pneumonia (r= 0,397; p<0,015). Pharyngeal function and airway protection correlated with esophageal function and history of pneumonia (r= 0,531; p=0,001). Conclusion: Participants with COPD had symptoms of dysphagia when compared to control group.
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Funcionalidade global, da deglutição e da comunicação de idosos com comprometimento cognitivo avançado / Global functionality, swallowing and communication of elderly people with advanced cognitive impairmentSantos, Daniela Tonellotto dos 28 November 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: A demência ou comprometimento cognitivo avançado é um problema frequente e cada vez mais prevalente na população idosa. A maioria dos pacientes com demência desenvolve disfagia especialmente na fase avançada da doença e tem alto risco de morte por pneumonia aspirativa. Inúmeras são as discussões a respeito da funcionalidade dos idosos com quadros demenciais; todavia, a deglutição não faz parte das escalas de funcionalidade. Além disso, a avaliação da comunicação, segue critérios equivocados, como \"quantidade de palavras emitidas por dia\". OBJETIVOS: Traçar o perfil das dificuldades de deglutição e comunicação em pacientes com comprometimento cognitivo avançado, identificar indicadores de disfagia e distúrbios da comunicação que se associem com a classificação da funcionalidade global da escala FAST e propor a inclusão de parâmetros de disfagia e funcionalidade da comunicação na escala FAST. MÉTODOS: Foram coletados dados de 107 pacientes no banco de dados do Ambulatório de Comprometimento Cognitivo Avançado (ACCA) do Serviço de Geriatria do HCFMUSP. Foram realizadas análises descritivas dos perfis de funcionalidade e correlações entre funcionalidade global, da deglutição e da comunicação dos sujeitos. RESULTADOS: 67% da amostra era do sexo feminino, com idade média de 83 anos, destros, com 4 anos de escolaridade média. Quanto ao diagnóstico, 34% da amostra foi diagnóticada com DA, 32% com demência mista (DA e DV), 21% com DV e 13% com demências menos frequentes. Em relação ao estadiamento da demência, a maioria dos sujeitos foi classificada com CDR 3 e MEEM-g 9, que corresponde a demência grave. Em média, os pacientes apresentaram cinco ou mais comorbidades associadas à demência, além de sintomas neuropsiquiátricos e neuropsicológicos. Quanto à avaliação fonoaudiológica estrutural dos órgãos fonoarticulatórios, 100% apresentou alteração nos mecanismos de contenção oral e 77% apresentou alteração de proteção das vias aéreas. Em relação a funcionalidade da deglutição, 92% da amostra pode receber dieta por via oral de forma segura, desde que observadas restrições e adaptações na dieta, além de estratégias compensatórias. Quanto à funcionalidade da comunicação, 38% não utilizaram linguagem funcional; 48% apresentaram expressão oral fragmentada com necessidade de o ouvinte/cuidador assumir a responsabilidade pela comunicação; em 14% a responsabilidade da comunicação foi compartilhada com o ouvinte. CONCLUSÃO: Foram traçadas as características do perfil, das alterações de deglutição e de comunicação dos sujeitos com comprometimento cognitivo avançado. Todavia, ainda que os perfis de deglutição e comunicação declinem conforme a funcionalidade global, na população estudada, não foi possível identificar associação entre o nível da FAST e a gravidade da disfagia ou da comunicação. O estudo contribuiu com dados sobre a funcionalidade da deglutição e da comunicação dos sujeitos com comprometimento cognitivo avançado, desconsiderados pelas tradicionais escalas de funcionalidade / INTRODUCTION: Dementia with advanced cognitive impairment is a frequent and increasingly prevalent problem in the elderly population. Most patients with dementia develop dysphagia especially at an advanced stage of the disease and are at high risk of death from aspiration pneumonia. There are many discussions about the functionality of elderly people with dementia; however, swallowing is not part of the functionality scales. Furthermore, the evaluation of communication follows misguided criteria as quantities of words per day. OBJECTIVES: To outline the difficulties of swallowing and communication in patients with advanced cognitive impairment and to identify indicators of dysphagia and communication disorders associated with the classification of the global functionality of the FAST scale and propose the inclusion of dysphagia parameters and communication functionality in the FAST scale. METHODS: Data from 107 patients were collected from the Advanced Cognitive Compromising Ambulatory (ACCA) database of the Geriatric Service of the HCFMUSP from January to December 2016. Descriptive analyzes of functional profiles and correlations between global functionality of swallowing and the communication of the subjects. RESULTS: 67% of the sample was female, with a mean age of 83 years, right-handed, with 4 years of average schooling. Regarding the diagnosis, 34% was diagnosed with AD, 32% with mixed dementia (AD and DV), 21% with DV and 13% with less frequent dementias. Regarding staging of dementia, the majority of subjects were classified as CDR 3 and MMSE-g 9, which corresponds to severe dementia. On average, patients had five or more comorbidities associated with dementia, as well as neuropsychiatric and neuropsychological symptoms. Regarding the structural speech-language evaluation of the speech-language organs, 100% of the sample presented alterations in oral containment mechanisms and 77% presented alterations in airway protection. Regarding swallowing functionality, 92% of the sample can receive oral diet safely, provided dietary restrictions and adaptations are observed, as well as compensatory strategies.Regarding communication functionality, 38% did not use functional language; 48% have fragmented oral expression and the listener / caretaker assumes responsibility for communication; 14% the responsibility for communication was balanced with the listener. CONCLUSION: Characteristics of the subjects\' profile, the swallowing and communication changes of the subjects with advanced cognitive impairment were drawn. However, although the swallowing and communication profiles declined according to the global functionality, in this population it was not possible to identify an association between the global functional level of FAST and the severity of dysphagia and communication. The study contributed data on the functionality of swallowing and communication of subjects with advanced cognitive impairment, neglected by traditional scales of functionality
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Biofeedback eletromiográfico como coadjuvante no tratamento das disfagias orofaríngeas em idosos com doença de Parkinson / Adjunctive electromyographic biofeedback in the treatment of oropharyngeal dysphagia in elderly with Parkinsons diseaseSilva, Marcela Maria Alves da 22 May 2014 (has links)
Várias doenças neurológicas que acometem idosos cursam com quadro de disfagia orofaríngea, dentre elas, a doença de Parkinson. Na presença de disfagia orofaríngea neurogênica e mecânica, o biofeedback eletromiográfico (EMG) foi descrito como importante modalidade coadjuvante de tratamento, não tendo sido descrita na literatura a aplicação desse método na reabilitação desta população. O objetivo deste trabalho foi verificar a repercussão ao longo do tempo do uso do biofeedback EMG como método coadjuvante na reabilitação da disfagia orofaríngea em idosos com doença de Parkinson. Seis idosos com doença de Parkinson e com diagnóstico de disfagia orofaríngea submeteram-se à avaliação do nível de ingestão oral com a aplicação da escala funcional de ingestão oral (Functional Oral Intake Scale - FOIS), à avaliação da qualidade de vida por meio da aplicação do protocolo SWAL-QOL, bem como à avaliação videfluoroscópica da deglutição de alimentos nas consistências sólida, pudim e líquida. Para classificação do grau da disfunção da deglutição foi utilizada a escala DOSS, enquanto a escala de Eisenhuber foi aplicada para a análise da estase de alimento em orofaringe. Todos os procedimentos foram realizados antes, após três e seis meses da reabilitação fonoaudiológica. Dos seis indivíduos, três foram reabilitados com terapia convencional e três receberam terapia convencional associada ao biofeedback EMG, num total de 15 sessões (três sessões por semana), seguidas de mais três sessões uma vez por semana para acompanhamento. Para análise estatística foi aplicado o teste de análise de variância de medidas repetidas. Os resultados obtidos mostraram não haver diferença estatisticamente significante para o grau da disfagia entre os grupos reabilitados pelas diferentes modalidades, porém ambos os grupos apresentaram diferença significante (p=0,01) entre os resultados anteriores à reabilitação e após três meses. Não foi encontrada diferença entre os grupos e os períodos avaliados para o nível de resíduo alimentar em orofaringe e o nível de ingestão oral. Para a avaliação da qualidade de vida, foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos reabilitados pelas distintas modalidades terapêuticas (p=0,04) e entre os períodos anterior à reabilitação e após três meses (p=0,01). Diante destes achados, conclui-se que ambas as modalidades terapêuticas empregadas resultaram em diminuição do grau da disfagia orofaríngea e melhora da qualidade de vida após três meses da reabilitação, tendo os resultados de qualidade de vida sido superiores para a terapia convencional associada ao biofeedback EMG em todos os períodos. Não foi observado impacto no nível de ingestão oral e na presença de resíduo alimentar em orofaringe. / Several neurological diseases that affect elderly are related with oropharyngeal dysphagia. Parkinsons disease is one of them. The electromyographic (EMG) biofeedback was described as an important adjunctive method in the treatment of neurogenic and mechanical oropharyngeal dysphagia, but there are few studies about the effectiveness of speech therapy treatment in the rehabilitation of this individuals. The objective of this study was verify the influence over the time of EMG biofeedback as an adjunctive method in the treatment of oropharyngeal dysphagia in elderly with Parkinsons disease. Six elderly with Parkinsons disease and oropharyngeal dysphagia were evaluated for the level of oral intake using the Functional Oral Intake Scale (FOIS), for the quality of life using the SWAL-QOL questionnaire and for videofluoroscopy of swallowing of solid, pudding and liquid consistencies. The severity of dysphagia was obtained using the Dysphagia Outcome and Severity Scale DOSS and the level of food residue in oropharynx was obtained using Eisenhuber scale. All procedures were realized before, after three months and after six months of speech therapy treatment for oropharyngeal dysphagia. From the six individuals, three were treated with conventional therapy for oropharyngeal dysphagia and three were treated with conventional therapy using adjunctive EMG biofeedback, in a total of 15 sessions (three times a week), followed by three sessions (once a week) for maintenance. The statistical analysis used was repeated measures analysis of variance test. The results didnt have significant difference for severity of dysphagia between groups treated with different speech therapy, but had significant difference between the times before and after three months of rehabilitation (p=0.01). For the levels of food residue and oral intake were not seen statistical difference between the groups and the different times. The quality of life assessment showed significant difference between the groups treated with different speech therapy (p=0.04) and the times before and after three months of therapy (p=0.01). We concluded that both modalities of therapy resulted in decrease of severity of dysphagia and improve in quality of life after three months of rehabilitation, with the results for quality of life being superior for conventional therapy using adjunctive EMG biofeedback at all times. Impact in the level of oral intake and food residue in oropharynx were not observed.
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Tradução e adaptação transcultural para a língua portuguesa do Brasil dos questionários Quality of Life in Swallowing Disorders (SWAL-QOL) e Quality of Care in Swallowing Disorders (SWAL-CARE) para idosos com disfagia neurogênica / Translation and cross-cultural adaptation of the SWAL-QOL and SWAL-CARE questionnaires into brazilian portuguese for the elderly with neurogenic dysphagiaFelipini, Leila Maria Gumushian 29 November 2016 (has links)
Na área da saúde, a grande maioria dos instrumentos de avaliação desenvolvida até o momento encontra-se no idioma inglês e foi elaborada com a intenção de ser utilizada em países falantes de língua inglesa. Os questionários de qualidade de vida Quality of Life in Swallowing Disorders (SWAL-QOL) e Quality of Care and Patient Satisfaction (SWAL-CARE) em língua portuguesa do Brasil foram traduzidos para utilização em pacientes com disfagia por diferentes etiologias. É de extrema importância o uso desses protocolos de qualidade de vida específicos, ou seja, traduzidos, adaptados e validados para um público-alvo definido. Assim, o objetivo deste estudo foi realizar uma nova tradução e adaptação transcultural dos questionários SWAL-QOL e SWAL-CARE originais para a língua portuguesa do Brasil, de acordo com a realidade de idosos acometidos por disfagia neurogênica. Em um primeiro momento, a tradução anterior dos questionários para aplicação em pacientes com disfagia por diferentes etiologias foi aplicada em 05 idosos para observarmos as dificuldades de compreensão relatadas pelas fonoaudiólogas que já aplicavam esses questionários na clínica de fonoaudiologia da FOB - USP. Gravamos os encontros em que os questionários foram aplicados a fim de comprovarmos a dificuldade por parte dos idosos de compreenderem o conteúdo dos questionários. Em seguida, iniciamos o processo de tradução e adaptação transcultural que seguiu as diretrizes para escalas de qualidade de vida relacionadas à saúde propostas por Beaton et al. (2000). Assim, para a tradução e adaptação transcultural foram considerados seis estágios: (1) traduções, (2) síntese das traduções, (3) retrotraduções, (4) comitê de peritos, (5) teste da versão prévia e (6) submissão dos documentos deste processo para um comitê de acompanhamento. No primeiro estágio, duas traduções foram elaboradas por tradutores distintos; no segundo estágio, essas duas traduções foram analisadas, e uma versão síntese foi estabelecida durante uma reunião entre os tradutores e um juiz neutro; no terceiro estágio, essa versão síntese foi retrotraduzida para a língua inglesa por dois falantes de língua inglesa; no quarto estágio, houve uma nova reunião envolvendo os dois tradutores, um dos dois retrotradutores, uma fonoaudióloga, um perito em Letras e um metodologista que estabeleceram a versão prévia a ser testada; no quinto estágio, aconteceram os testes e as adequações necessárias para que uma versão final em língua portuguesa fosse estabelecida. Fizeram parte do estágio 5, 10 pacientes pertencentes ao público-alvo desta pesquisa, idosos com disfagia orofaríngea neurogênica. Em um primeiro momento, esses 10 pacientes responderam à versão final dos questionários a fim de identificarmos a clareza e a compreensão da terminologia utilizada nos questionários. As questões que apresentaram 15% de respostas de difícil compreensão e não se aplica foram reavaliadas por uma banca de especialistas composta por 3 fonoaudiólogas especialistas em disfagia. A única questão apontada por dois pacientes como de difícil compreensão foi a questão 28 do SWAL-QOL. O conteúdo dessa questão foi discutido entre as fonoaudiólogas durante reunião da banca de especialistas e foi alterado. No sexto estágio, os documentos deste processo foram submetidos para acompanhamento pela pesquisadora e sua coorientadora. A pesquisadora revisou a versão prévia e foi estabelecida, então, a versão final em língua portuguesa do Brasil dos questionários SWAL-QOL e SWAL-CARE para idosos com disfagia neurogênica. / In the health field, most assessment instruments that have been developed so far are written in English and designed to be used in English-speaking countries. The SWAL-QOL, a dysphagia-specific quality of life questionnaire, and the SWAL-CARE, a quality of care questionnaire, were first translated and cross-culturally adapted into the Brazilian language to be used with patients with dysphagia by different etiologies. It is extremely important that these questionnaires be specific for a defined target public. Thus, the objective of this study was to translate and cross-culturally adapt both questionnaires, the SWAL-QOL and the SWAL-CARE, into the Brazilian Portuguese language according to the reality of the elderly with neurogenic dysphagia. First, the Brazilian Portuguese version of both questionnaires, developed to be used with people with dysphagia by different etiologies, were applied in 05 elderly people so that we could observe the difficulties patients have to understand the content as reported by speech pathologists that had been using the questionnaires in their clinical practice at FOB - USP. The meetings were filmed so that we could record the difficulties the elderly had to understand the content while trying to answer the questionnaires. After that, the process of translation and cross-cultural adaptation was initiated and followed the guidelines for the translation of health-related quality of life protocols recommended by Beaton et al. (2000). Thus, the process of translation and cross-cultural adaptation was conducted in 6 stages: (1) translations, (2) synthesis of translations, (3) back translations, (4) expert committee, (5) pretesting and (6) submission and appraisal of all written reports by developers/committee. In the first stage, two translations were done by two different translators; in the second stage, these two translations were analyzed by the two translators and a neutral judge in order to reach a synthesis version; in the third stage, this synthesis version was back translated into English by two native speakers; in the fourth stage, another meeting was held with the two translators, one of the two back translators, a speech language pathologist, a specialist in Languages and a methodologist that together reached a previous version to be tested; in the fifth stage, tests were performed and the necessary changes were made in order to reach the final version of the questionnaires. A total of 10 patients, who belonged to the target public of this study, elderly people with oropharyngeal neurogenic dysphagia, took part in this fifth stage. First, the previous version of the questionnaires was applied in these 10 patients in order to observe whether the content was clear and understandable for them. Items analyzed as hard to understand and content does not apply by more than 15 % of the participants were reconsidered by an expert committee composed by three speech pathologists. The only question marked as hard to understand by two patients was the question 28 of the SWAL-QOL. The speech pathologists discussed the content of such question during the expert committee meeting and decided on changing it. In the sixth stage, all documents were submitted and appraised by a committee composed by the researcher and her co-supervisor. Then, the researcher reviewed the previous version and we reached the final version of the SWAL-QOL and SWAL-CARE for the elderly with neurogenic dysphagia.
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Detecção de disfagia na fase aguda do acidente vascular cerebral isquêmico. Proposição de conduta baseada na caracterização dos fatores de risco / Detection of dysphagia during the acute phase of ischemic cerebrovascular accident. Proposition of behavior based on the characterization of risk factorsOkubo, Paula de Carvalho Macedo Issa 03 April 2008 (has links)
A disfagia orofaríngea é uma manifestação comum apresentada na fase aguda do acidente vascular cerebral (AVC). A aspiração decorrente das dificuldades de deglutição é um sintoma que deve ser considerado devido à freqüente presença de pneumonias aspirativas que podem influenciar na recuperação do paciente trazendo complicações ao seu quadro clínico em geral e até mesmo risco de morte. A caracterização clínica precoce das alterações de deglutição pode auxiliar na definição de condutas e evitar a administração de dieta por via oral oferecendo riscos ao paciente. O presente estudo teve por objetivo, propor a via mais segura de alimentação na fase aguda do acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) com o intuito de minimizar complicações, utilizando a escala de AVC proposta pelo \"National Institutes of Health\", o NIHSS e considerando alguns fatores de risco para disfagia na clínica apresentada por estes pacientes, com a formulação de um algoritmo. Para tanto, foram avaliados 50 pacientes internados na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo com diagnóstico de AVCI confirmado, clinicamente, por um médico neurologista, dentro de, no máximo, 48 horas entre o início dos sintomas e a avaliação. Os pacientes foram avaliados desde que se enquadrassem nos critérios propostos, sendo 25 do gênero feminino e 25 do masculino, com idade média de 64,90 anos (variação de 26 a 91 anos). Uma anamnese foi realizada antes da participação do paciente no estudo, para que fosse assegurada a ausência de história de dificuldades de deglutição anteriores ao quadro atual. A avaliação clínica fonoaudiológica foi realizada à beira do leito através de um protocolo constituído por dados de identificação do paciente, data do início dos sintomas, data de entrada no hospital, escore da escala de coma de Glasgow (ECG) e do NIHSS obtidos na avaliação neurológica inicial e no dia da avaliação, fatores de risco para AVC, achados clínicos obtidos na avaliação neurológica do paciente, resultado do exame de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética). A segunda parte foi destinada à escala do NIHSS e, por fim, a terceira parte constou da avaliação da deglutição, sendo subdividida em estrutural e funcional. Para a avaliação funcional da deglutição foram utilizadas as consistências alimentares pastosa, líquida e sólida (quando possível, dependendo das condições apresentadas pelo paciente). O volume da oferta também dependeu das possibilidades apresentadas: aqueles pacientes que não ofereciam condições clínicas para a realização da avaliação, como os que se encontravam com intubação orotraqueal, estado de sonolência profunda ou em estado de coma, esta foi contra-indicada. Após a avaliação clínica, com a obtenção dos dados estruturais e funcionais, concluiu-se se a avaliação clínica da deglutição apresentava-se normal ou alterada. A partir de então, era concluído sobre a possibilidade de introdução de dieta por via oral. Para a análise estatística foi utilizado o teste exato de Fisher, verificando a associação entre as variáveis. Para avaliar se o escore do NIHSS caracterizaria um indicador de fator de risco para a disfagia, foi construída a curva ROC visando obter características quanto à sensibilidade e especificidade da escala para este propósito. Os resultados demonstraram que a disfagia é uma manifestação freqüente na fase aguda do AVCI, presente em 32% dos pacientes analisados. A avaliação clínica da deglutição é um método confiável de detecção das dificuldades de deglutição. Entretanto, os fatores preditivos de risco para a função devem ser ponderados, devendo ser considerada a gravidade do quadro, o nível de consciência e a presença de comorbidades pré-existentes. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) demonstrou ser o principal fator de risco para o AVC apresentada por 72% dos pacientes, seguida do tabagismo (36%), etilismo (20%) e diabete melito (20%). Gênero e hemisfério cerebral acometido não tiveram associação estatisticamente significante com a presença de disfagia. Idade, NIHSS, ECG, alterações de fala e linguagem e topografia da lesão são fatores preditivos de disfagia apresentando diferenças estatisticamente significantes. Pacientes com lesões em território carotídeo apresentaram maior prevalência quanto à presença de disfagia (58,88%). O NIHSS apresenta alta sensibilidade (88%) e especificidade (85%) para detecção de disfagia considerando 12 como valor de corte para sua existência. A formulação de um algoritmo para detecção de disfagia na fase aguda do AVCI poderá auxiliar na definição de condutas quanto à melhor via de administração da dieta enquanto se aguarda uma avaliação fonoaudiológica especializada. / Oropharyngeal Dysphagia is a common manifestation presented in the acute phase of cerebrovascular accident (CVA). The aspiration resulting from the difficulties of deglutition is a symptom that should be considered due to the frequent occurrence of aspirative pneumonia that could influence the patient\'s recovery, causing complications to the general clinical and even the risk of death. The early clinical characterization of deglutition alterations can help to specify the proper behavior and to avoid the prescription of a diet that could offer the patients risks. The present study had as objective to propose the most secure feeding for the patient in the acute phase of the ischemic cerebrovascular accident (ICVA) with the aim to minimize complications, using the CVA scale proposed by the National Institutes of Health (NIHSS) and considering some risk factors of dysphagia in the practice presented by these patients, with the creation of an algorithm. Thus, 50 inpatients were evaluated at the Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo with clinically confirmed ICVA diagnosis by a neurologist, within, at most, 48 hours from the onset of the symptoms and the evaluation. The patients were assessed randomly as long as, in which 25 were women and 25 were men, and 64,90 years old were the average ages (variation from 26 to 91 years old). An anamnesis was carried out before the patient\'s participation in the study, so that the previously absence of the history of deglutition difficulties was ensured. The clinical phonoaudiological assessment was carried out on bed side through a protocol constituted by patients identification data, symptoms onset date, admission date in the hospital, Glasgow Coma Scale (GCS) and NIHSS score obtained in the initial neurological evaluation and in the evaluation\'s day, risk factors for CVA, clinical findings obtained from the patient\'s neurological evaluation, result of the screenings (computed tomography or magnetic resonance imaging). The second part was designed to the NIHSS scale and, the third part was constituted by the clinical deglutition evaluation, subdivided in structural and functional. For the functional deglutition evaluation the pasty, liquid and solid feeding consistencies were used (when possible, depending on the conditions presented by the patient). The volume of the offer also depended on the presented possibilities: those patients who did not present clinical conditions for the evaluation, such as the ones who were with orotraqueal intubation, deep sleep state or coma; it was counter-indicated. After the clinical evaluation, with the structural and functional data obtained, it was concluded whether the clinical deglutition evaluation was normal or altered. Since then, it was concluded the possibility of a diet prescription. For the statistical analysis the Fisher exact test was used to verify the association between variables. To evaluate if the NIHSS score would characterize a risk factor indicator for dysphagia, the curve ROC was built aiming to obtain characteristics related to the sensitivity and specificity of the scale for this purpose. The study allowed us to conclude that dysphagia is a frequent manifestation in the acute phase of ICVA, present in 32% of the analyzed patients. The clinical deglutition evaluation is a reliable method of difficulties deglutition detection. However, the predicting risk factors for the function should be balanced and the severity of the clinical picture, the consciousness level and the presence of preexistent comorbidities should be considered. The systemic arterial hypertension (SAH) demonstrated to be the main risk factor for the CVA presented by 72% of the patients, followed by tabagism (36%), alcoholism (20%) e diabetes mellitus (20%). Gender and damaged cerebral hemisphere did not have a statistically significant association to the presence of dysphagia. Age, NIHSS, GCS, speaking and language alterations and lesion topography are predicting factors of dysphagia presenting statistically significant differences. Patients with lesions in the carotid territory presented more prevalence regards the presence of dysphagia (58,88%). NIHSS presents high sensitivity (88%) and specificity (85%) to the detection of dysphagia considering 12 as the cutoff value for its existence. The creation of an algorithm to detect dysphagia in the acute phase of ICVA will be able to help the definition of the proper behavior regards the prescription of a diet while a specialized speech pathological evaluation is awaited.
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