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Dificuldades aritméticas em indivíduos com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade: avaliação clínica e por neuroimagem funcional / Arithmetic difficulties in children with attention deficit hyperactivity disorder: clinical evaluation and functional neuroimagingAngelo Raphael Tolentino de Rezende 18 October 2013 (has links)
Objetivo. Avaliar a função aritmética em crianças com Transtorno do Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) e determinar se o tratamento com psicoestimulante afeta seu desempenho (braço clínico), além de verificar o padrão de ativação neural em um subgrupo desta amostra durante tarefas de cálculos aritméticos (braço neuroimagem). Métodos. Quarenta e duas crianças (de 9 a 12 anos) participaram do braço clínico: 20 com TDAH segundo os critérios do DSM-IV e 22 controles. Estas crianças foram classificados com ou sem dificuldades aritméticas com base em seu desempenho em três testes aritméticos utilizados no Brasil. Todos os participantes do braço clínico foram avaliados em dois momentos: tempo 1 e no tempo 2 quando as crianças com TDAH estavam em uso de metilfenidato (MTF) a uma dose de 0,3-0,5 mg/kg. Foi avaliado o desempenho global em aritmética e, especificamente, exploramos a subtração nos dois tempos. Foram também estudadas 10 crianças com TDAH (seis das quais participaram do braço clínico) que participaram com uso de metilfenidato e 10 crianças saudáveis (oito das quais participaram do braço clínico) que realizaram exame de ressonância magnética funcional (RMf) em duas tarefas (cálculos exatos e aproximados ) utilizando paradigma com desenho em bloco em aparelho de 3.0 Teslas. Resultados. O grupo TDAH, quando não medicado (tempo 1) cometeu mais erros aritméticos que os controles (p < 0,001). No entanto, quando em uso de MTF, o grupo TDAH (tempo 2) fez significativamente menos erros quando comparado com a sua linha de base (tempo 1) e quando comparados aos seus controles (tempo 2). Em exercícios de subtração que requerem procedimentos de empréstimos (subtração complexo), o grupo de TDAH (tempo 1) cometeu mais erros do que nos controles, melhorando significativamente quando em uso da medicação (p = 0,039). Em relação à RMf não houve diferenças específicas entre os grupos em cada tarefa isoladamente. Entretanto, houve interação entre o tipo de cálculo (aproximado vs. exato) e grupo (controle vs. TDAH): as crianças com TDAH mostraram atividade diferente do grupo controle na região do cíngulo posterior e pré-cúneo, considerando as duas formas de cálculo. Conclusões. O uso de vários testes aritméticos validados permite uma avaliação abrangente e eficaz de crianças em risco de dificuldades de aprendizagem. Assim, fomos capazes de mostrar que o nosso grupo de crianças com TDAH tinha dificuldades aritméticas significativas, mas o tratamento com MTF trouxe melhoras substanciais. A melhora observada foi no desempenho geral e, especificamente, para o desempenho em subtração complexa. Esta melhora pode ter sido devido ao aumento de habilidades de memória de trabalho, gerando menos erros involuntários. Em relação aos resultados de RMf mostramos um resultado ainda não descrito na literatura: a alteração na região posterior do giro do cíngulo e pré-cúneo que possivelmente se deve a alteração funcional intrínseca do TDAH na vigência de medicação com metilfenidato, uma área que já foi descrita na literatura sobre TDAH porém não nessa condição / Objective. To evaluate arithmetic function in children with Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) and to determine whether stimulant treatment affects their performance (clinical arm), besides verifying the patterns of neural activation on a subgroup from this sample during trials testing arithmetical calculation (neuroimaging arm). Methods. Forty-two kids (from 9 to 12 years old) took part in the clinical arm: 20 with ADHD diagnosed according DSM-IV criteria and 22 from control group. These children were classified with or without arithmetic difficulties based on their performance on three arithmetic tests used in Brazil. All participants from the clinical arm were evaluated at 2 time points: time 1 and time 2 when ADHD children were on methylphenidate (MPH) at a dose of 0,3/0,5 mg/kg. Global performance in arithmetic, and specifically, subtraction in these two times was explored. We also evaluate 10 ADHD children (6 of these from the clinical arm) on MPH and 10 healthy control children (8 of these from the clinical arm) using fMRI (Functional Magnetic Resonance Imaging) during two trials testing approximate and exact arithmetical calculation using a block design paradigm in a 3.0 Teslas device. Results. The ADHD group, when unmedicated (time 1) made more arithmetic errors than controls (p < 0,001). However, when on MPH, ADHD group (time 2) made significantly fewer errors when compared to their baseline (time 1) and when compared to their controls (time 2). On subtraction exercises that require borrowing procedures (complex subtraction), the ADHD group (time 1) committed more errors than controls, while significantly improvement in the medicated state (p = 0,039). Regarding the fMRI there was no specific difference between groups on each task isolated. However, there was an interaction between the type of calculation (approximate vs. exact) and group (control vs. ADHD): children with ADHD showed different activity from the control group in the posterior cingulate and precuneus, considering both forms of calculation. Conclusions. The use of multiple validated arithmetic tests enables a comprehensive and effective assessment of children at a risk for learning difficulties. Thus, the study was able to show that the ADHD group had significant arithmetic difficulties; on the other side MPH treatment brought substantial improvement. This mentioned improvement was observed in general development, and specifically on complex subtraction performance, what could have been caused by the increase of working memory skills, generating less involuntary errors. Regarding the fMRI, it brought up results not yet described by literature: the alterations of the posterior cingulate gyrus and precuneus what is possibly due to the intrinsic functional alteration of ADHD on MPH, an area that has already been described by ADHD literature nevertheless not on under this condition
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"Leucoencefalopatia com substância branca evanescente: estudo clínico e de neuroimagem" / Leukoencephalopathy with vanishing white matter: clinical and neuroimage studiesMaria Sigride Thomé de Souza 19 September 2005 (has links)
Leucoencefalopatia com substância branca evanescente é uma doença geneticamente determinada, causada por mutação no gene do eIF2B. A idade varia do período pré-natal até idade adulta, as manifestações geralmente são desencadeadas por trauma ou infecção. Os sintomas são variáveis, incluem ataxia cerebelar, espasticidade e relativa preservação cognitiva. Os achados de ressonância magnética (RM) são típicos e caracterizam-se por extenso comprometimento da substância branca. Estudamos 10 pacientes, com evolução súbita ou progressiva dos primeiros sintomas, entre 1 a 12 anos de idade. Ataxia e espasticidade estavam presentes em todos os pacientes e funções cognitivas relativamente preservadas. A clínica associada à RM, que demonstrava comprometimento difuso da substância branca, permitiu o diagnóstico / Leukoencephalopathy with vanishing white matter is an inherited disorder caused by mutation in one of five subunits of eIF2B gene. Age of onset varies from prenatal to adulthood and manifestations are commonly triggered by trauma or infection. Symptoms are variable and include cerebellar ataxia and spasticity, with relative sparing of cognitive function. Magnetic resonance imaging (MRI) findings are typically characterized by widespread white matter abnormality. We studied 10 patients, with sudden or slowly progressive symptoms starting between 1-12 years of age. Ataxia and spasticity were present in all patients, and cognitive functions were relatively preserved. MRI studies demonstrated diffuse white matter abnormalities which, combined with clinical findings, allow diagnosis
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Avaliação de linguagem por ressonância magnética funcional em pacientes com epilepsia associada à esclerose mesial temporal unilateral: correlação com avaliação clínica de linguagem / Functional magnetic resonance imaging language assessment in patients with epilepsy due to unilateral mesial temporal sclerosis: correlation with clinical language assessmentBettina Pinto e Silva Martins Castro 19 April 2016 (has links)
Introdução: A esclerose mesial temporal (EMT) é a principal causa de epilepsia resistente ao tratamento medicamentoso. Pacientes com EMT apresentam dificuldades no processamento semântico e fonológico de linguagem e maior incidência de reorganização cerebral da linguagem (bilateral ou à direita) em relação à população geral. A ressonância magnética funcional (RMf) permite avaliar a reorganização cerebral das redes de linguagem, comparando padrões de ativação cerebral entre diversas regiões cerebrais. Objetivo: Investigar o desempenho linguístico de pacientes com EMT unilateral esquerda e direita e a ocorrência de reorganização das redes de linguagem com RMf para avaliar se a reorganização foi benéfica para a linguagem nestes pacientes. Métodos: Utilizamos provas clínicas de linguagem e paradigmas de nomeação visual e responsiva para RMf, desenvolvidos para este estudo. Foram avaliados 24 pacientes com EMTe, 22 pacientes com EMTd e 24 controles saudáveis, submetidos a provas de linguagem (fluência semântica e fonológica, nomeação de objetos, verbos, nomes próprios e responsiva, e compreensão de palavras) e a três paradigmas de linguagem por RMf [nomeação por confrontação visual (NCV), nomeação responsiva à leitura (NRL) e geração de palavras (GP)]. Seis regiões cerebrais de interesse (ROI) foram selecionadas (giro frontal inferior, giro frontal médio, giro frontal superior, giro temporal inferior, giro temporal médio e giro temporal superior). Índices de Lateralidade (ILs) foram calculados com dois métodos: bootstrap, do programa LI-Toolbox, independe de limiar, e PSC, que indica a intensidade da ativação cerebral de cada voxel. Cada grupo de pacientes (EMTe e EMTd) foi dividido em dois subgrupos, de acordo com o desempenho em relação aos controles na avaliação clinica de linguagem. O <= -1,5 foi utilizado como nota de corte para dividir os grupos em pacientes com bom e com mau desempenho de linguagem. Em seguida, comparou-se o desempenho linguístico dos subgrupos ao índices IL-boot. Resultados: Pacientes com EMT esquerda e direita mostraram pior desempenho que controles nas provas clínicas de nomeação de verbos, nomeação de nomes próprios, nomeação responsiva e fluência verbal. Os mapas de ativação cerebral por RMf mostraram efeito BOLD em regiões frontais e temporoparietais de linguagem. Os mapas de comparação de ativação cerebral entre os grupos revelaram que pacientes com EMT esquerda e direita apresentam maior ativação em regiões homólogas do hemisfério direito em relação aos controles. Os ILs corroboraram estes resultados, mostrando valores médios menores para os pacientes em relação aos controles e, portanto, maior simetria na representação da linguagem. A comparação entre o IL-boot e o desempenho nas provas clínicas de linguagem indicou que, no paradigma de nomeação responsiva à leitura, a reorganização funcional no giro temporal médio, e possivelmente, nos giros temporal inferior e superior associou-se a desempenho preservado em provas de nomeação. Conclusão: Pacientes com EMT direita e esquerda apresentam comprometimento de nomeação e fluência verbal e reorganização da rede cerebral de linguagem. A reorganização funcional de linguagem em regiões temporais, especialmente o giro temporal médio associou-se a desempenho preservado em provas de nomeação em pacientes com EMT esquerda no paradigma de RMf de nomeação responsiva à leitura / Introduction: Mesial temporal sclerosis (MTS) is the commonest cause of drug resistant epilepsy. MTS patients experience phonological and semantic processing difficulties, and increased prevalence of atypical (bilateral or right hemisphere) language dominance compared to the general population. Language reorganization can be studied with functional magnetic resonance imaging (fMRI), which allows comparison of brain activation patterns in different brain regions. Objective: To investigate performance on language tasks in patients with unilateral left and right MTS, and occurrence of atypical language dominance to determine if reorganization of language networks is beneficial to \' f . : W w y-four left MTS, 22 right MTS patients and 24 healthy controls. Subjects underwent language tasks (semantic and phonological fluency, object, verb, proper noun, and responsive naming, and word comprehension), and fMRI language paradigms [visual confrontation naming (VCN), reading responsive reading (RRN) and word generation (WG)]. Six regions of interest (ROI) (inferior frontal, middle frontal, superior frontal, inferior temporal, middle temporal and superior temporal gyri) were defined. Two language lateralization indexes (LI) were obtained for each ROI, one with a threshold-independent method using a bootstrap algorithm (LI-boot), and one that measures brain activation intensity in each voxel (Percentage Signal Change - PSC). Each patient group (left MTS and right MTS) was divided into two subgroups according to performance relative to controls in the language tasks. Z- <= -1.5 was used as a cut-off to divide patients in good and poor language performance groups. LI-boot indexes were compared between language performance subgroups. Left and right MTS patients showed worse performance than controls in verb, proper noun, and responsive naming, and verbal fluency language tasks. fMRI activation maps showed increased BOLD signal in frontal and temporoparietal language regions. Group comparison activation maps revealed that left and right MTS patients showed increased activation in homologous right hemisphere regions compared to controls. These results were corroborated by lower LI mean values for patients compared to controls, indicating greater hemispheric language representation symmetry. Comparison between LI-boot indexes and performance in language tasks showed that functional reorganization in the middle temporal, and, possibly, inferior and superior temporal gyri was associated with preserved naming performance. Conclusion: Left and right MTS patients display impaired naming and verbal fluency, as well as reorganization of the language network. Language network reorganization in the temporal regions, specially middle temporal gyrus, was associated with preserved naming in left MTS patients, in the responsive reading naming fMRI paradigm
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Conectividade inter-hemisférica com respeito ao gênero na esquizofrenia: um estudo de tractografia baseado em imagem de ressonância magnética por tensor de difusão / Interhemispheric connectivity with respect to gender in schizophrenia: a tractography study based on diffusion tensor magnetic resonance imaging.Daniel Barbosa de Almeida Prado 24 May 2013 (has links)
A esquizofrenia é um transtorno mental de alta complexidade e até o presente momento nenhuma teoria conseguiu explicar completamente sua etiologia. Uma dessas teorias acredita que a transferência de informações entre os hemisférios de pacientes com esquizofrenia, que ocorre através do corpo caloso, comissura anterior e posterior, pode estar comprometida. Os objetivos do nosso estudo foram avaliar se existem alterações de conectividade inter-hemisférica (IH) e se essas alterações sofrem influência do gênero, em pacientes portadores de esquizofrenia quando comparados com seus parentes em primeiro grau e controles saudáveis, utilizando-se da imagem de ressonância magnética por tensor de difusão (IRMTD). Participaram do estudo 30 pacientes portadores de esquizofrenia, diagnosticados pelos critérios do Manual diagnóstico e estatístico das doenças mentais em sua quarta edição, os quais foram selecionados entre os pacientes do grupo de medicações atípicas do ambulatório de esquizofrenia e da enfermaria psiquiátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 30 parentes em primeiro grau desses pacientes; e 30 voluntários saudáveis. Todos os sujeitos do estudo foram submetidos a um exame de ressonância magnética, realizado no Centro de Ciências das Imagens e Física Médica de nossa instituição, onde foram adquiridas as sequências volumétricas e difusionais utilizadas em nosso estudo. Em posse das imagens de ressonância magnética dos 90 sujeitos do estudo, realizamos o pós-processamento dessas imagens, utilizando o software BrainVoyager QX® versão 2.4, com o intuito de obtermos, por meio dos dados provenientes da IRMTD, os mapas de anisotropia fracional (AF) e difusibilidade média (DM). Com esses mapas em mãos, procedemos à análise estatística do estudo, denominada de análise de covariância voxel a voxel (VANCOVA), no cérebro todo. Nessa análise, utilizamos a idade como covariável e verificamos a influência do gênero nos resultados encontrados. Nossos resultados 6 evidenciaram que os pacientes portadores de esquizofrenia apresentaram valores de AF e DM alterados em estruturas homólogas ao corpo caloso e áreas frontais adjacentes. Assim, podemos afirmar que descobrimos perda de conectividade IH nesses mesmos pacientes. Por meio de nosso estudo, descobrimos também a influência do gênero nos valores de AF e DM encontrados e então, consequentemente, podemos dizer que a conectividade IH de pacientes portadores de esquizofrenia sofreu influência do sexo. A idade também mostrou influenciar a conectividade IH de nossos pacientes. Com o atual conceito de que alterações de AF e DM podem ser encaradas como indicativos de comprometimento da mielina, e sabendo que a mielina participa diretamente das reações neuroquímicas do sistema glutamatérgico cerebral, também podemos dizer que o sistema glutamatérgico que participa da conectividade IH desses pacientes encontrava-se comprometido. / Schizophrenia is a highly complex mental disorder and no theory to date was able to fully explain the etiology of this disorder. One of the existing theories advocates that interhemispheric communication, which occurs through the corpus callosum and the anterior and posterior commissures, might be impaired in schizophrenia. Our study was designed to investigate whether there are interhemispheric connectivity (IC) alterations in schizophrenia and whether these alterations are influenced by gender through the comparison of schizophrenia patients with their first-degree relatives and healthy controls using diffusion tensor imaging (DTI). We enrolled 30 schizophrenia patients diagnosed according to the fourth edition of the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders and selected from the Group of Atypical Medications of the Schizophrenia Outpatient Clinic and the psychiatric ward of the Ribeirão Preto Medical School University Hospital, 30 first-degree relatives of these patients and 30 healthy volunteers. All subjects underwent magnetic resonance imaging (MRI) scans for the acquisition of volumetric and diffusion sequences. The images were post-processed using BrainVoyager QX® version 2.4 to create fractional anisotropy (FA) and mean diffusivity (MD) maps from DTI data. The resulting data were analyzed using voxel-to- voxel analysis of covariance (VANCOVA) for the whole brain. In this analysis, we used age as a co-variable and assessed the influence of gender. Our results showed that schizophrenia patients had altered FA and MD values in structures homologous to the corpus callosum and adjacent frontal areas, suggestive of IC loss in the patients. We also found that gender influenced FA and MD values and, therefore, that IC in schizophrenia patients is influenced by gender. Age was also found to influence IC in our patients. Based on the current conception that FA and MD alterations may indicate myelin impairment and knowing that myelin participates directly in neurochemical reactions of the glutamatergic system in the brain, we can infer that the glutamatergic system, which is implicated in IC, is affected in schizophrenia and is influenced by gender.
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Controle tardio da inflamação em esclerose múltipla em pacientes tratados com transplante autólogo de células tronco hematopoiéticas / Late control of inflammation in multiple sclerosis in patients treated with autologous hematopoietic stem cell transplantationLara Zupelli Lauar 05 June 2017 (has links)
A esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante inflamatória crônica recorrente, restrita ao sistema nervoso central (SNC), cuja característica histológica é a ocorrência de desmielinização relacionada com infiltrado inflamatório perivenular com relativa preservação axonal. A forma clássica da doença se caracteriza pela recorrência de ataques (surtos), seguidos de remissão dos sintomas (RRMS), com a presença de múltiplas lesões focais dispersas pelo SNC (dissociação espacial) com processo inflamatório exuberante na fase aguda, coexistindo com lesões crônicas (dissociação temporal) sem atividade inflamatória evidenciavel pela quebra de barreira hematoencefálica e realce na fase contrastada na imagem de ressonância magnética (MRI). Alguns pacientes tem uma evolução benigna, permanecendo livre de sequelas significativas por mais de 20 anos da doença. Outros pacientes têm uma forma agressiva da doença, ficando restritos à cadeira de rodas em 8 a 10 anos de evolução. Um desafio é modificar o curso desta forma agressiva, o que pode ser feito com o uso de imunomoduladores, quimioterápicos e, eventualmente, transplante autólogo de células tronco hematopoiéticas (aHSCT). O objetivo da utilização do aHSCT é a restauração da atividade imunológica livre dos ataques à mielina (\"autoimune reset\"). Uma das maneiras de se monitorar a eficácia do tratamento é a identificação da ocorrência de novas lesões e de lesões com reforço visíveis em exames de RM seriados. Objetivo: Testar a hipótese de que o tratamento de pacientes com EM, utilizando AHSCT, foi eficaz em evitar a recorrência de inflamação e o aparecimento de novas lesões visíveis na SB ao exame de MRI, a longo prazo. Resultados: Na nossa Instituição, cerca de 66 pacientes portadores de EM foram tratados com aHSCT no período de 2004 a 2011, sendo seguidos desde então pelas disciplinas de hematologia, neurologia/neuroimunologia e pela seção de RM do CCIFM-HCRP. Método: Foram revisados os exames de RM de encéfalo adquiridos de maneira prospectiva e protocolada, de 76 pacientes submetidos ao aHSCT, com seguimento por MRI há mais de cinco anos. As imagens de RM foram arquivadas nos servidores do CCIFM, foram recuperadas, anonimizadas e revistas por pelo menos dois radiologistas experientes, de maneira independente e por confrontação. Foi considerada falha terapêutica a identificação de lesões novas e/ou lesões com reativação inflamatória. Resultados: Dez pacientes foram excluídos. Doze pacientes (18,18%) apresentaram novas lesões ou recorrência do processo inflamatório, com reforço. Conclusão: Na nossa amostra o aHSCT foi capaz de controlar a recorrência de lesões e da atividade inflamatória perceptível na RM em mais de 87% dos casos, caracterizando uma importante opção terapêutica de segunda linha nos casos de maior agressividade da doença / Multiple sclerosis (MS) is a recurrent chronic inflammatory demyelinating disease, restricted to the central nervous system (CNS), whose histological feature is the occurrence of perivenular inflammatory infiltrate, leading to demyelination with relative axonal preservation. The classic form of the disease is characterized by the recurrence of attacks (outbreaks), followed by remission of symptoms (RRMS), with the presence of multiple focal lesions dispersed by the CNS (spatial dissociation) with exuberant inflammatory process in the acute phase, coexisting with chronic lesions (Temporal dissociation) without inflammatory activity evidenced by the breakdown of blood-brain barrier and contrast-enhanced contrast-enhanced magnetic resonance imaging (MRI). Some patients have a benign course, remaining free of significant sequelae for more than 20 years of the disease. Other patients have an aggressive form of the disease, being restricted to the wheelchair in 8 to 10 years of evolution. One challenge is to modify the course in this aggressive way, which can be done with the use of immunomodulators, chemotherapeutics and, eventually, autologous hematopoietic stem cell transplantation (aHSCT). The goal of using aHSCT is to restore immune activity free of myelin attacks (\"autoimmune reset\"). One of the ways to monitor treatment efficacy is to identify the occurrence of new lesions and visible reinforcing lesions on serial MRI scans. Objective: To test the hypothesis that the treatment of patients with MS using AHSCT was effective in avoiding the recurrence of inflammation and the appearance of new visible lesions in SB at the long-term examination of MRI. Results: At our institution, approximately 66 patients with MS were treated with aHSCT from 2004 to 2011, followed by the hematology, neurology / neuroimmunology and MRI sections of the CCIFM-HCRP. Methods: Brain and MRI scans acquired in a prospective and protocolized way from 76 patients who underwent aHSCT were followed up with MRI for more than five years. The MR images were archived on the CCIFM servers, retrieved, anonymised and reviewed by at least two experienced radiologists, independently and by confrontation. The identification of new lesions and / or lesions with inflammatory reactivation was considered therapeutic failure. Results: Ten patients were excluded. Twelve patients (18.18%) presented new lesions or recurrence of the inflammatory process, with reinforcement. Conclusion: In our sample, aHSCT was able to control the recurrence of lesions and the inflammatory activity detected in MRI in more than 87% of the cases, characterizing an important second line therapeutic option in the cases of greater aggressiveness of the disease.
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Efeitos cognitivos da quimioterapia adjuvante em pacientes com câncer de cólon / The effects of adjuvant chemotherapy on the cognitive function of patients with early stage colorectal cancerManuela Vasconcelos de Castro Sales 12 January 2018 (has links)
OBJETIVOS: Evidências consistentes sugerem que a quimioterapia (QT) sistêmica para o tratamento do câncer pode apresentar efeitos deletérios na cognição levando a prejuízos de memória, atenção, velocidade de processamento e função executiva. A maioria dos estudos anteriores, entretanto, foi realizada em mulheres com câncer de mama, o que levanta a possibilidade de que o déficit possa ter sido causado por alterações hormonais e/ou menopausa precoce induzidas pela QT. Pouco se sabe sobre a toxicidade da QT na cognição de pacientes portadores de câncer coloretal (CCR). O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos cognitivos da QT adjuvante baseada em fluorouracil (5FU) associado ou não a oxaliplatina (FLOX) em pacientes portadores de CCR estádios II e III , em comparação a indivíduos com câncer de cólon estádio II de baixo risco não submetidos à QT. METODOLOGIA: Estudo de coorte prospectivo, não intervencionista, unicêntrico, onde os pacientes com CCR foram submetidos a uma avaliação neuropsicológica detalhada, além da avaliação de queixas subjetivas de memória e de sintomas depressivos antes do início da quimioterapia (t1) e após 12 meses de seguimento (t2). Avaliamos ainda o papel da apoliproteína E como preditor de risco para disfunção cognitiva e a presença de lesão de substância branca por ressonância magnética (RM) de crânio. RESULTADOS: Num período de 2 anos, de dezembro de 2012 a dezembro de 2014, 85 pacientes foram recrutados e completaram a avaliação inicial (t1): 26 no grupo controle (sem quimioterapia= QT-) e 59 no grupo casos (quimioterapia= QT+). Dentre os 85 pacientes que participaram da avaliação inicial, 16 foram excluídos da análise do desfecho principal. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (60,3%), idosos com idade média de 62,5 anos (DP 9,4) e escolaridade média de 7,6 anos (DP 3,7). Considerando o desfecho primário do escore composto global e também os domínios cognitivos de memória e atenção, não econtramos diferença significativa de desempenho no t1 e t2 entre os grupos. Com relação a função executiva, os pacientes que realizaram QT apresentaram melhor desempenho no t1, entretanto, evoluíram com maior declínio e pior desempenho que os controles no t2 após ajuste para idade, sexo, escolaridade e sintomas depressivos no baseline (beta -1,80; 95%CI -3,50; -0,11, p=0,04). Um subgrupo de 32 pacientes foram submetidos a RM de crânio que não mostrou alterações significativas de substância branca pela técnica de imagem de tensor de difusão (DTI) no seguimento. A presença do alelo ?4 da apolipoproteína E não foi diferente entre os grupos. CONCLUSÃO: Pacientes portadores de câncer colorretal que receberam quimioterapia adjuvante com esquema FLOX apresentaram declínio no desempenho cognitivo no domínio função executiva em comparação a pacientes com doença localizada que não receberam QT após 12 meses de seguimento / PURPOSE: Cognitive dysfunction may occur after chemotherapy in cancer survivors, especially in those that received chemotherapy for breast cancer. The frequency and to which extent such toxicity develops in colorectal cancer (CRC) survivors is unknown. This prospective study evaluated the effects of adjuvant chemotherapy on the cognitive performance of patients with localized CRC in comparison with a control group who did not receive chemotherapy. METHODS: Consecutive patients with localized stages II and III CRC completed neuropsychological assessments, self-reported cognitive complaints questionnaires, and depressive symptoms evaluation before starting fluoropyrimidine-based adjuvant chemotherapy (t1) and after 12 months (t2). Control group was assessed at matching intervals. Blood was collected for apolipoprotein E (APOE) genotyping. Clinical and demographic data were also collected. Diffusion tensor imaging (DTI) data was acquired from a subset of participants at both time-points. RESULTS: From December 2012 to December 2014, 137 patients were approached and 85 patients were recruited: 59 received chemotherapy (CTh+) and 26 did not (CTh-), based on standard recommendation for adjuvant therapy for CRC. The mean age was 62.5 years (SD 9.4), 60% were male, and the mean years of education was 7.6 (SD 3.7). No difference was found on global composite score (p=0.38), attention (p= 0.84) or memory (p= 0.97) between the two groups during the followup (mean 375 days, SD 29). However there was a significant difference on executive function domain, after adjustment for age, sex, education, and depressive symptoms at baseline (beta - 1.80; 95%CI -3.50; -0.11, p=0.04), suggesting worse performance for the CTh+ group. In 32 patients who underwent MRI, there was no significant differences for all DTI indices in any white matter regions between CTh+ and CTh- groups during follow-up. APOE polymorphisms were not predictive of cognitive dysfunction. CONCLUSION: After adjusting for confounding factors, patients with CRC who received adjuvant fluorouracil with or without oxaliplatin presented cognitive decline on executive function after 12 months in comparison with patients with localized disease that did not receive chemotherapy
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Contribuição da técnica quantitativa de difusão por ressonância magnética na avaliação dos tumores adrenocorticais em crianças e carcinomas adrenocorticais em adultos / Contribution of quantitative technique in diffusion magnetic resonance imaging to the evaluation of adrenocortical tumors in children and adrenocortical carcinomas in adultsAndréa Farias de Melo Leite 15 July 2016 (has links)
Os tumores adrenocorticais (TAC) são lesões que se originam do córtex da glândula suprarrenal e ocorrem tanto em crianças quanto em adultos. Técnicas de imagem que forneçam informações quantitativas relativas à citoarquitetura desses tumores ainda não foram estabelecidas neste contexto. A difusão por ressonância magnética (DWI) é uma técnica que pode fornecer informações quantitativas dos tecidos através do valor do coeficiente aparente de difusão (ADC). O papel do ADC nas lesões tumorais adrenais tem sido estudado, porém sua relação com critérios histopatológicos e prognósticos ainda não foram descritos. O objetivo geral deste estudo é investigar a utilidade dos métodos de imagem realizando um paralelo na correlação clínica, histopatológica entre TAC em crianças e carcinoma adrenocortical (CAC) nos adultos. Os objetivos específicos são correlacionar os valores do ADC tumoral a escores histopatológicos, celularidade e Ki-67 tanto em crianças quanto em adultos, avaliando ainda a concordância entre-observadores nas medidas dos ADCs em pacientes e em controles. Este trabalho será baseado em três artigos, nos quais mostrarão a metodologia, resultados e discussões relativos à cada uma das etapas. O primeiro artigo, \"Neoplasias adrenocorticais em adultos e crianças: apresentações distintas. Revisão dos aspectos clínicos, patológicos e do diagnostico por imagem\" trata-se de uma revisão da literatura e análise comparativa sobre as características clínicas, histopatológicas e por imagem dos TAC em crianças e adultos. O segundo artigo, Estudo dos parâmetros derivados do histograma do coeficiente aparente de difusão obtido pela técnica de difusão por RM na avaliação de prognóstico do carcinoma adrenocortical\", estudou CAC em adultos e buscou associar o ADC com os critérios clínicos, histopatológicos, celularidade e o Ki-67. No terceiro artigo \"Tumores Adrenocorticais Pediátricos valores de ADC na diferenciação entre adenomas e carcinomas e sua relação com critérios histopatológicos\" foi realizado em crianças com TAC buscando uma tentativa de diferenciação pelo ADC entre tumores com comportamentos benignos e malignos seja clínica ou histopatologicamente. Os valores de ADCmínimo (ADCmín) e máximo nos adultos, demonstraram ser úteis para diferenciar controles de pacientes com CAC. O ADCmín nos pacientes adultos com CACs evidenciaram que podem ser utilizados para inferir celularidade tumoral. Este estudo ainda reafirmou em adultos com CAC, os valores do Ki-67 como marcador prognóstico e demonstrou uma boa relação da celularidade com o sistema de Weiss. Já nas crianças, houve correlação inversa de alguns dos valores do ADCs com o peso tumoral. Os valores de ADCs não demonstraram relação com a celularidade e com o comportamento clínico e histopatológico dos pacientes, reafirmando, portanto, a peculiaridade dos TAC pediátricos em relação à população adulta. Apesar de neste estudo, os valores de ADCs terem sido mais baixos nos TACs e em CACs que os valores na glândula saudável e de nos adultos ter havido correlação do ADCmín e a celularidade tumoral e em criança com o peso lesional, estas alterações não foram suficientes para predizer objetivamente, critérios preditores de agressividade tumoral ou de prognóstico, podendo eventualmente no futuro, representar uma ferramenta para tal. / Adrenocortical tumors (TAC) are lesions that originate from the cortex of the adrenal gland and occur in children and also in adults. Imaging techniques that provide quantitative information about the citoarchitecture of these tumors have not been established in this context yet. The diffusion magnetic resonance imaging (DWI) is a technique that can provide quantitative information of the tissues by the value of the apparent diffusion coefficient (ADC). The role of the ADC in adrenal tumors has been studied, however its relationship with histopathological prognostic criteria has not been described yet. The aim of this study is to investigate the usefulness of imaging methods performing a parallel in the clinical and histopathologic correlation of the TACs in children and adrenocortical carcinoma (CAC) in adults. The specific objectives are to correlate the values of tumor ADC histopathologic scores, cellularity and Ki-67 in children and also in adults, still evaluating the agreement between observers in the measurements of ADCs in patients and controls. This study will be based on three articles in which show the methodology, results and discussions relating to each of the steps. The first paper, \"Adrenocortical neoplasms in adults and children: different presentations. Review of clinical, pathological and diagnostic imaging \" is about a literature review and comparative analysis of the clinical, histopathological and imaging of CT in children and adults. The second article, \"Utility of the parameters derived from the histogram of the apparent diffusion coefficient obtained by MR diffusion technique in the assessment of adrenocortical carcinoma prognosis,\" studied CAC in adults and sought to link the ADC with the clinical, histopathological, cellularity and Ki-67 of these lesions. In the third paper \"Pediatric adrenocortical tumors: ADC values to differentiate between adenomas and carcinomas and its correlation with histopathological criteria\" was conducted in children with TAC seeking an attempt to differentiate between the ADC tumors with benign and malignant behavior either in clinical or histopathological prism. The ADCmín and max values in adults proven to be useful to differentiate patients from controls. The ADC min in adult patients with CACs showed that it could be used to infer tumor cellularity. This study also reaffirmed in adults with CAC, the values of Ki-67 as a prognostic marker and demonstrated a good relationship with Weiss score and cellularity. Also in children, there was a significant inverse correlation of some of the ADCs values with tumor weight. Some ADCs values showed no relationship to the cellularity and the clinical and histopathological behavior of patients, re-affirming therefore the peculiarity of pediatric TAC relation to the adult population. Despite this study, the ADCs values were lower in TACs and CACs than the values in healthy gland and also that in adults have been correlation the ADCmín and tumor cellularity and in children with weight, these changes were not enough to predict objectively, criteria predictive of tumor aggressiveness and prognosis possibly could in the future represent a tool for such.
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O ligamento anterolateral do joelho: estudo anatômico, histológico e por ressonância magnética / The knee anterolateral ligament: an anatomical, histological and magnetic resonance imaging studyCamilo Partezani Helito 17 July 2017 (has links)
O ligamento cruzado anterior é o ligamento mais lesado dentre os ligamentos do joelho. Apesar de um aprimoramento das técnicas de reconstrução, existe ainda um porcentual de pacientes que apresenta resultado funcional insatisfatório. Possivelmente a causa dessa instabilidade rotatória estaria nas estruturas localizadas na porção anterolateral do joelho, não reconstruídas nas reconstruções intra-articulares isoladas. Uma dessas estruturas seria o ligamento anterolateral, estrutura estudada com detalhes nos últimos anos, ainda com controvérsias em relação a seus parâmetros anatômicos, histológicos e de visualização por ressonância magnética. Neste estudo, foram realizadas dissecções de 112 cadáveres para avaliação dos parâmetros anatômicos e histológicos do ligamento anterolateral, sendo que 13 deles foram submetidos ao exame de ressonância magnética previamente às dissecções. O estudo do ligamento anterolateral por ressonância magnética foi realizado também em 42 pacientes. Como resultados, o ligamento anterolateral foi encontrado com constância na região anterolateral do joelho, com origem próxima ao epicôndilo lateral, trajeto anterodistal em direção à tíbia e inserção na periferia do menisco lateral e na região anterolateral da tíbia, entre o tubérculo de Gerdy e a cabeça da fíbula. Sua análise histológica mostrou a presença de tecido conectivo denso e bem organizado, semelhante a tecido ligamentar. A avaliação por ressonância magnética mostrou parâmetros de origem, inserção e trajeto semelhantes às dissecções anatômicas, embora não sendo possível a visualização completa dessa estrutura em todos os exames. Existiu correlação entre as medidas encontradas nos exames de ressonância magnética e nas dissecções, exceto em relação à espessura do ligamento anterolateral / The anterior cruciate ligament is the most injured ligament of the knee. Despite an improvement in reconstruction techniques, there is still a percentage of patients with poor functional outcome after its reconstruction. Possibly, the cause of this rotational instability would be the structures located in the anterolateral portion of the knee, not addressed in the isolated intra-articular reconstructions. One of such structures would be the anterolateral ligament, a structure studied in detail in recent years, with controversies regarding its anatomical, histological and magnetic resonance imaging parameters. In this study, dissections of 112 cadavers were performed to evaluate anatomical and histological parameters of anterolateral ligament, and 13 of them underwent magnetic resonance imaging examination prior to dissection. The anterolateral ligament study by magnetic resonance imaging was also performed in 42 patients. As a result, the anterolateral ligament was found with constancy in the anterolateral region of the knee, with origin near the lateral epicondyle, antero-distal path towards the tibia and insertion in the periphery of the lateral meniscus and in the anterolateral region of the proximal tibia, between Gerdy\'s tubercle and the fibular head. Its histological analysis showed the presence of dense and well-organized connective tissue, similar to a ligamentous tissue. The magnetic resonance imaging evaluation showed origin, insertion and path parameters similar to the anatomical dissections, although it is not possible to fully visualize this structure in all the magnetic resonance imaging exams. There was a correlation between the measurements found in magnetic resonance imaging scans and dissections, except in relation to the anterolateral ligament thickness
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Liberação de biomarcadores de necrose miocárdica após revascularização cirúrgica do miocárdio sem circulação extracorpórea, em ausência de infarto do miocárdio manifesto, avaliado pela ressonância magnética cardíaca / Biomarker release after coronary artery bypass grafting in patients without definitive myocardial infarction assessed by cardiac magnetic resonance with late gadolinium enhancementLeandro Menezes Alves da Costa 15 May 2017 (has links)
Introdução: A liberação de biomarcadores de necrose miocárdica após revascularização miocárdica cirúrgica (RM) ocorre com frequência. No entanto, a correlação entre a liberação de biomarcadores e o diagnóstico do infarto agudo do miocárdio (IAM) periprocedimento gera controvérsias, especialmente com o aumento da sensibilidade nos ensaios de troponina (Tn). Neste estudo, objetivou-se quantificar a liberação dos biomarcadores cardíacos em pacientes submetidos à RM, sem o uso de circulação extra corpórea (CEC), que não apresentaram evidências de infarto do miocárdio por meio da avaliação do realce tardio pelo gadolínio (RTG) na ressonância magnética cardíaca (RMC). Métodos: Pacientes portadores de doença arterial coronária estável e função ventricular preservada, com indicação eletiva para RM sem CEC, foram incluídos. RMC com RTG foi realizada em todos os pacientes antes e depois do procedimento. Aferições seriadas de Tn e creatinoquinase fração MB (CK-MB) foram realizadas antes do procedimento e até 72h após. Pacientes com RTG na RMC após o procedimento foram excluídos. Resultados: 73 pacientes foram referenciados para a realização eletiva da RM sem CEC e 20 (27%) foram excluídos, 14 (19%) por causa do surgimento de um novo RTG na RMC. Dentre os 53 pacientes sem evidência de IAM periprocedimento pela RMC, 37 (70%) eram do gênero masculino, a média da idade foi 63 (± 10) anos e o escore SYNTAX médio encontrado foi 20 (±7). Após a RM, todos os pacientes apresentaram um pico de elevação de Tn acima do percentil 99; em 48 (91%) pacientes a elevação foi superior a 10 vezes esse limite. Por outro lado, 41 (76%) pacientes apresentaram pico de CK-MB acima do percentil 99 e em apenas 7 (13%) este pico foi superior à10 vezes o percentil 99. A mediana do pico de liberação da Tn foi 2,0 (0,8 - 3,7) ng/mL, valor 50 vezes superior ao percentil 99. Conclusão: Diferente da CK-MB, a liberação da troponina I ocorre, frequentemente, após procedimento de RM sem CEC na ausência de realce tardio pela RMC / Background: The release of myocardial necrosis biomarkers after off-pump coronary artery bypass grafting (OPCAB) frequently occurs. However, the correlation between biomarker release and the diagnosis of procedurerelated myocardial infarction (MI) (type 5) has been controversial. This study aims to evaluate the amount and pattern of cardiac biomarker release after elective OPCAB in patients without the image of a new MI assessed by cardiac magnetic resonance (CMR) with late gadolinium enhancement (LGE). Methods: Patients with normal baseline cardiac biomarkers referred for elective OPCAB were prospectively included. CMR with LGE was performed in all patients before and after interventions. Measurements of troponin I (cTnI) and creatinekinase MB fraction (CK-MB) were systematically performed before and after the procedure. Patients with a new LGE on the post-procedure CMR were excluded. Results: Of the 53 patients without the evidence of a procedure-related MI assessed by the CMR after OPCAB, all patients exhibited cTnI elevation peak above the 99th percentile. In 48 (91%), the peak value was greater than 10 times this threshold. However, 41 (76%) had CK-MB peak above the limit of the 99th percentile, and this peak was greater than 10 times the 99th percentile in only 7 patients (13%). The median peak release of cTnI was 0.20 (0.8 - 3.7) ng/mL, which is 50-fold higher than the 99th percentile. Conclusions: In contrast to CK-MB, cTnI release often occurs after an elective OPCAB procedure, despite the absence of a new LGE on CMR
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Características do miocárdio ventricular esquerdo e do quadríceps femoral pela ressonância magnética em atletas fundistas e rasistas / Features of myocardium left ventricle and quadriceps femoris by magnetic resonance imaging in long and short distance running athletesLuciano Sencovici 03 August 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O aumento da cavidade ou da espessura do ventrículo esquerdo (VE) e da alteração morfológica do quadríceps se dão de forma diferente dependendo do tipo de atividade esportiva realizada (aeróbica ou anaeróbica). O presente estudo se propôs em verificar o grau de desenvolvimento da hipertrofia cardíaca e da musculatura periférica (quadríceps) em atletas fundistas e rasistas. MÉTODOS: Participaram deste estudo 16 (dezesseis) atletas de alta performance, voluntários, divididos em dois grupos: 8 (oito) atletas fundistas (corredores de 10000 metros) e 8 (oito) atletas rasistas (corredores de100 metros livre). Cada atleta foi submetido a uma coleta de sangue em jejum para as análises laboratoriais de rotina. Foram submetidos a exame de ressonância magnética cardíaca e do quadríceps femoral e, por fim, realizaram teste de esforço com a utilização da ergoespirometria. Para a análise estatística foram utilizados teste de Shapiro-Wilk para normalidade, quando não confirmado a normalidade, foi realizado o teste não paramétrico de Mann-Whitney, teste de Levene para homocedasticidade, teste t student para análise descritiva e comparativa entre os grupos e o teste de correlação de Spearman. RESULTADOS: Os fundistas e rasistas, respectivamente, apresentaram semelhanças nas comparações entre as variáveis antropométricas e clinicas, apresentando diferenças significativas nas variáveis sanguíneas direcionadas à troponina (2,2±1,0 e 3,0±2,4 ng/mL) com p = 0,042, creatina quinase (CKMB) com valores de 0,007 ng/mL e 0,016 ng/mL com p=0,001 e creatina fosfoquinase (CPK) com valores de 166,3±84,1 U/L e 465,1±221,6 U/L com p = 0,017, respectivamente. Em relação a variável relacionada à capacidade aeróbica dos corredores, não se observou diferenças entre corredores fundistas e rasistas. No que tange aos resultados apresentados na ressonância magnética, verificou-se diferença estatística comparativa no volume do quadríceps entre fundistas (3263,7 cm3) e rasistas (4946,4 cm3) sendo p < 0,01. Foi apresentado correlação significante no tamanho da área do quadríceps no grupo fundista (161,8±19,6 cm2) com a variável do diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo (DDF do VE) (5,3±0,5 cm) e no diâmetro sistólico final (DSF do VE) (3,5±0,4 cm), com p=0,05 em ambos. Ainda no grupo fundista, observou-se uma correlação positiva do DDF do VE com o volume do quadríceps (3263,7±212,2 cm3), com p = 0,04. No grupo rasista a significância estatística (p = 0,04) foi na aorta ascendente (2,7±0,5 cm) em correlação com a área do quadríceps (198,8±21,1 cm2) e no DSF do VE (3,5±0,5 cm) com o volume do quadríceps (4946,4±470,4 cm3). CONCLUSÃO: Com esses resultados pode-se afirmar que o quadríceps e o miocárdio adaptam-se estrutural e funcionalmente ao treinamento físico, sendo essas adaptações distintas de acordo com o tipo de modalidade esportiva realizada / INTRODUCTION: the increase of the cavity or the thickness of the left ventricle (LV) and the morphological changes of the quadriceps happen differently depending on the type of sports activity performed (aerobic or anaerobic). The proposal of the present study is to verifythe degree of development of cardiac hypertrophy and peripheral muscle (quadriceps) in short and long distance running athletes. METHOD: 16 (sixteen) high performance volunteer athletes participated in this study and were divided into two groups: 8 (eight) long distance athletes (10000 meter runners) and 8 (eight) short distance athletes (100 m runners /freestyle). Each athlete was subjected to a fasting blood collection for the routine laboratory analysis. They underwent a magnetic resonance imaging examination of the heart and quadriceps femoris and finally performed a stress test using ergo-spirometry.As statistical analysis we used Shapiro-Wilk test for normality and the non-parametric Mann-Whitney when normality was not confirmed; Levene test for homoscedasticity, t student test for descriptive and comparative analysis between the groups and the Spearman correlation test. RESULTS: The long and short distance athletes, respectively, presented similarities in the comparisons between the anthropometric and clinic variables, showing significant differences in blood variables directed to troponin (2.2 ± 1.0 and 3.0 ± 2.4 ng/mL) with p = 0.042, creatine kinase (CKMB) with values of 0.007 ng/mL and 0.016 ng/mL with p = 0.001 and creatine phosphokinase (CPK) with values of 166.3 ± U/L and 84.1 ± 465.1 221.6 U/L with p = 0.017, respectively. Regarding the variable related to the aerobic capacity of the runners, no differences were observed between long and short distance running athletes. With respect to the results presented in the MRI, there was comparative statistical difference in the quadriceps volume between long distance athletes (3263.7 cm3) and short distance athletes (4946.4 cm3) being p < 0,01. There was significant correlation in the size of the quadriceps area in long-distance group (161.8 ± 19.6 cm2) with the variable of final diastolic diameter of left ventricle (FDD of LV) (5.3 ± 0.5 cm) and in the final systolic diameter (FSD of LV) (3.5 ± 0.4 cm), with p = 0.05 in both. Also in the long distance group, it was noticed a positive correlation of FDD of LV with the volume of the quadriceps (3263.7 ± 212.2 cm3), with p = 0.04. In the short distance group, the statistical significance (p = 0.04) was in the ascending aorta (2.7 ± 0.5 cm) in correlation to the quadriceps area (198.8 ± 21.1 cm2) and in the FSD of LV (3.5 ± 0.5 cm) with the volume of the quadriceps (4946.4 ± 470.4 cm3). CONCLUSION: Based on this results we can state that both quadriceps and myocardium adapt structurally and functionally to the physical training, being these distinct adaptations according to the type of sport
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