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Morfometria cerebral e imagens de tensores de difusão da microestrutura de substância branca em homens para mulheres transexuais antes e durante o processo transexualizador / Brain morphometry and Diffusion Tensor Imaging of white matter microstructure of male-to-female transsexuals before and during transsexualization

Giancarlo Spizzirri 02 September 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A disforia de gênero (GD) refere-se à incongruência entre o sexo de nascimento versus como ele é percebido e manifestado no comportamento do indivíduo, o que vem acompanhado por sofrimento. Em relação à transexualidade, tem-se sugerido que o cérebro não segue o mesmo padrão que o resto do corpo, pois há evidências de que determinadas regiões cerebrais nas mulheres transexuais (MT) - sexo biológico masculino - são parecidas com as mulheres sem GD. Estudos por imagens de ressonância magnética (RMI) têm investigado a morfometria cerebral pela técnica baseada no voxel (VBM), e pela técnica por tensores de difusão (DTI) - que avalia a microestrutura da substância branca (SB); essas pesquisas têm constatado diversas regiões com diferenças de volume da substância cinzenta (SC) e da SB por VBM, assim como alterações da microestrutura da SB por DTI, entre os sexos. OBJETIVOS: Investigar alterações volumétricas da SC e SB por VBM, e da microestrutura da SB por DTI, em quatro grupos de indivíduos. MÉTODOS: Uma amostra de 80 indivíduos foi analisada, sendo: 20 MT com GD sem uso de esteroides sexuais e 20 MT com GD em uso de esteroides sexuais, há, pelo menos, um ano (MTC); 20 homens e 20 mulheres (grupos-controle). Todos realizaram o exame de ressonância magnética em um aparelho de 1.5T. Nesse exame, duas sequências de imagens foram obtidas: (1) imagens ponderadas em T1 para a análise da VBM, processadas conforme o protocolo DARTEL, e (2) imagens ponderadas em difusão, processadas pelo TBSS (Tract-Based Spatial Statistics) com a finalidade de adquirir os valores da anisotropia fracionada (AF). A análise estatística, para ambos os métodos, foi conduzida pelo Statistical Parametric Mapping (SPM), versão 8. As comparações entre os grupos realizaram-se pela análise de covariância (ANCOVA), modelo disponível no SPM. Em seguida, aplicaram-se testes post-hoc para as comparações entre dois grupos, com o objetivo de investigar diferenças de volume. Pesquisaram-se regiões de interesse a priori definidas em estudos morfométricos e por DTI sobre o dimorfismo sexual, e em pesquisas com MT. Foram reportados os resultados pressupostos a priori, assim como os não previsíveis, que resistissem a um limiar estatístico com p<=0,05, corrigido para múltiplas comparações (Family Wise Error/FWE). Outro critério adotado foi que regiões com, no mínimo, 30 voxels, seriam citadas. RESULTADOS: Verificou-se pela VBM: (i) aumento de volume da SC na área de Brodmann 6 nas MTC; (ii) regiões com diminuição do volume da SC na ínsula, em ambos os hemisférios cerebrais, nas MT; (iii) aumento do volume do joelho do corpo caloso nos indivíduos que compartilham a identidade de gênero feminina. Observou-se por DTI: diminuição nos valores da AF no fascículo longitudinal superior (FLS) direito e no corpo do corpo caloso das MTC. CONCLUSÃO: diferenças significativas de volumes regionais cerebrais avaliados pela VBM foram detectadas nos grupos das MT em relação aos controles. As alterações de volume cerebral nas MTC sugerem uma possível influência dos esteroides sexuais na neuroplasticidade cerebral. Há indícios de feminização nos cérebros das MT, mais evidente no CC, e, mais sutilmente, no córtex posterior superior frontal. O padrão de alterações de volume da SC na ínsula em dois grupos MT independentes pode ser um marcador da transexualidade e/ou ser um correlato cerebral do sofrimento associado com esta condição. A redução no valor AF no FLS direito sugere associação com a GD / INTRODUCTION: Gender Dysphoria (GD) is the incongruence between sex at birth versus its perception and manifestation through individual behavior, and the suffering it is accompanied by. As for transsexuality, it has been suggested that the brain does not follow the same pattern as the rest of the body, since evidence has shown that certain brain regions in transsexual women (TW) - male biological sex - are similar to those in women with no GD. MRI-based studies have investigated brain morphometry through voxel based technique (VBM) and diffusion tensor imaging (DTI) to evaluate the microstructure of white matter (WM). Those studies have verified a number of regions with gray matter (GM) and white matter (WM) volume differences, as well as changes in the microstructure of WM through DTI between genders. OBJECTIVES: to investigate GM and WM volume changes through VBM, as well as the microstructure of WM through DTI in four groups of individuals. METHODS: A sample of 80 individuals was analyzed, as follows: 20 TW with GD not on sexual steroids, and 20 TW with GD on sexual steroids for at least one year (TWh), 20 men and 20 women (control groups). All were submitted to MRI in 1.5T equipment. Two image sequences were obtained from that exam: (1) T1 weighted images for VBM analysis in compliance with DARTEL protocol; and (2) diffusion weighted imaging through TBSS (Tract-Based Spatial Statistics) to obtain fractional anisotropy (FA). In both methods statistical analysis was conducted through Statistical Parametric Mapping (SPM), Version 8. Comparisons between groups were conducted through covariance analysis (ANCOVA), available on SPM. Post-hoc tests were then applied to investigate volume differences. Regions of interest were analyzed after having been a priori defined through morphometric studies and DTI for sexual dimorphism and research work with TW. A priori presupposed, as well as non-predictable, results were reported to resist the statistical threshold of p<=0.05, corrected for multiple comparisons (Family Wise Error/FWE). Another criterion was that regions with at least 30 voxels would be mentioned. RESULTS: VBM showed: (i) GM volume increase in Brodmann 6 area in TWh; (ii) regions with GM volume decrease in the insula and in both brain hemispheres in TW; (iii) genu of corpus callosum volume increase in individuals who share female identity gender. DTI showed: FA lower values in right superior longitudinal fasciculus (SLF) and in the body of corpus callosum of TWh. CONCLUSION: significant regional brain volume differences assessed by VBM were detected in TW groups relative to controls. In the TWh group, brain volume changes suggest a possible influence of cross-sex hormone theraphy on brain neuroplasticity. There are some indication of feminization in the brains of TW individuals, most evidently in the CC and more subtly in the posterior superior frontal GM. The pattern of GM volumes alterations in the insula in the two independent TW groups are novel; such finding may be a marker of transsexuality or be a brain correlate of the suffering associated with this condition. FA value reduction at right SLF has been suggested to be associated to GD
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Anisotropia fracionada na substância negra não é um biomarcador diagnóstico para doença de Parkinson / Substantia nigra fractional anisotropy is not a diagnostic biomarker of Parkinson\'s disease

Hirata, Fabiana de Campos Cordeiro 25 October 2018 (has links)
Estudos recentes têm sugerido que as imagens de tensor de difusão podem ser úteis para diagnosticar doença de Parkinson (DP). Nosso objetivo foi estimar a exatidão diagnóstica da anisotropia fracionada da substância negra (FA-SN) para o diagnóstico de DP, em uma amostra mais próxima do cenário clínico, incluindo pacientes com tremor essencial (TE) e voluntários sadios (VS). Para uma compreensão mais profunda de nossos achados, também realizamos uma revisão sistemática da literatura e meta-análise para estimar a mudança média da FA-SN induzida pela DP e a precisão diagnóstica dessa medida. Nossa amostra consistiu de 135 pacientes: 72 pacientes com DP, 21 com TE e 42 VS. Dois exames em RM 3T foram realizados em diferentes locais. Em nossa amostra, não encontramos diferenças significativas entre os grupos e a FA-SN não foi útil para o diagnóstico. O maior componente da variabilidade foi a interação sítio-sujeito. Os resultados desta amostra foram fundidos em uma meta-análise que incluiu 1549 indivíduos compostos de 896 pacientes com DP e 653 VS. Utilizaram-se os modelos bivariados e inversos de variância inversa para resumir as medidas de acurácia diagnóstica e as diferenças de médias, respectivamente. A meta-análise estimou uma pequena diminuição nos valores médios da FA-SN na DP (0,03 menor nos pacientes com DP (IC: 0,01 - 0,06)). Apesar disso, sua capacidade discriminatória para o diagnóstico da DP foi baixa. A sensibilidade e a especificidade combinadas foram, respectivamente, 70% (IC: 65 - 74) e 63% (IC: 57 - 69). Houve alta heterogeneidade entre os resultados dos estudos (I2 = 92%). O estudo de caso-controle e a meta-análise das medidas de anisotropia fracionada na substância negra de pacientes com doença de Parkinson e voluntários sadios demonstram que o seu uso como biomarcador de DP não é confiável / Recent studies have suggested that diffusion tensor images can be useful to diagnose Parkinson\'s disease (PD). Our goal was to estimate the diagnostic accuracy of substantia nigra fractional anisotropy (SN-FA) for PD diagnosis in a sample closer to the clinical setting, including patients with essential tremor (ET) and healthy controls (HC). To a deeper understanding of our findings, we also performed a systematic literature review and meta-analysis to estimate mean change of SN-FA induced by PD, and diagnostic accuracy of this measurement. Our sample consisted of 135 subjects: 72 PD and 21 ET patients and 42 HC. Two 3T MRI scans were performed in different sites. In our sample, we did not find significant mean difference between groups and SN-FA was useless for diagnosis. The largest component of explained variability of SN-FA was site-subject interaction. MRI results of this sample were merged in a meta-analysis that included 1549 subjects composed of 896 PD patients and 653 HC. The normal bivariate and the inverse-variance random-effect models were used to summarize diagnostic accuracy measures and mean differences respectively. Meta-analysis estimated a small decrease in mean SN-FA values in PD (0.03 lower in PD patients (CI: 0.01 - 0.06)). Despite this fact, its discriminatory capability to diagnose PD was low. The pooled sensitivity and specificity was respectively 70% (CI: 65 - 74) and 63% (CI: 57 - 69). There was high heterogeneity between studies results (I2 = 92 %). This case-control study and meta-analysis of substantia nigra fractional anisotropy measurements in Parkinson\'s disease and healthy volunteers demonstrate that their use as a PD biomarker is not reliable
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Dificuldades aritméticas em indivíduos com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade: avaliação clínica e por neuroimagem funcional / Arithmetic difficulties in children with attention deficit hyperactivity disorder: clinical evaluation and functional neuroimaging

Rezende, Angelo Raphael Tolentino de 18 October 2013 (has links)
Objetivo. Avaliar a função aritmética em crianças com Transtorno do Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) e determinar se o tratamento com psicoestimulante afeta seu desempenho (braço clínico), além de verificar o padrão de ativação neural em um subgrupo desta amostra durante tarefas de cálculos aritméticos (braço neuroimagem). Métodos. Quarenta e duas crianças (de 9 a 12 anos) participaram do braço clínico: 20 com TDAH segundo os critérios do DSM-IV e 22 controles. Estas crianças foram classificados com ou sem dificuldades aritméticas com base em seu desempenho em três testes aritméticos utilizados no Brasil. Todos os participantes do braço clínico foram avaliados em dois momentos: tempo 1 e no tempo 2 quando as crianças com TDAH estavam em uso de metilfenidato (MTF) a uma dose de 0,3-0,5 mg/kg. Foi avaliado o desempenho global em aritmética e, especificamente, exploramos a subtração nos dois tempos. Foram também estudadas 10 crianças com TDAH (seis das quais participaram do braço clínico) que participaram com uso de metilfenidato e 10 crianças saudáveis (oito das quais participaram do braço clínico) que realizaram exame de ressonância magnética funcional (RMf) em duas tarefas (cálculos exatos e aproximados ) utilizando paradigma com desenho em bloco em aparelho de 3.0 Teslas. Resultados. O grupo TDAH, quando não medicado (tempo 1) cometeu mais erros aritméticos que os controles (p < 0,001). No entanto, quando em uso de MTF, o grupo TDAH (tempo 2) fez significativamente menos erros quando comparado com a sua linha de base (tempo 1) e quando comparados aos seus controles (tempo 2). Em exercícios de subtração que requerem procedimentos de empréstimos (subtração complexo), o grupo de TDAH (tempo 1) cometeu mais erros do que nos controles, melhorando significativamente quando em uso da medicação (p = 0,039). Em relação à RMf não houve diferenças específicas entre os grupos em cada tarefa isoladamente. Entretanto, houve interação entre o tipo de cálculo (aproximado vs. exato) e grupo (controle vs. TDAH): as crianças com TDAH mostraram atividade diferente do grupo controle na região do cíngulo posterior e pré-cúneo, considerando as duas formas de cálculo. Conclusões. O uso de vários testes aritméticos validados permite uma avaliação abrangente e eficaz de crianças em risco de dificuldades de aprendizagem. Assim, fomos capazes de mostrar que o nosso grupo de crianças com TDAH tinha dificuldades aritméticas significativas, mas o tratamento com MTF trouxe melhoras substanciais. A melhora observada foi no desempenho geral e, especificamente, para o desempenho em subtração complexa. Esta melhora pode ter sido devido ao aumento de habilidades de memória de trabalho, gerando menos erros involuntários. Em relação aos resultados de RMf mostramos um resultado ainda não descrito na literatura: a alteração na região posterior do giro do cíngulo e pré-cúneo que possivelmente se deve a alteração funcional intrínseca do TDAH na vigência de medicação com metilfenidato, uma área que já foi descrita na literatura sobre TDAH porém não nessa condição / Objective. To evaluate arithmetic function in children with Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) and to determine whether stimulant treatment affects their performance (clinical arm), besides verifying the patterns of neural activation on a subgroup from this sample during trials testing arithmetical calculation (neuroimaging arm). Methods. Forty-two kids (from 9 to 12 years old) took part in the clinical arm: 20 with ADHD diagnosed according DSM-IV criteria and 22 from control group. These children were classified with or without arithmetic difficulties based on their performance on three arithmetic tests used in Brazil. All participants from the clinical arm were evaluated at 2 time points: time 1 and time 2 when ADHD children were on methylphenidate (MPH) at a dose of 0,3/0,5 mg/kg. Global performance in arithmetic, and specifically, subtraction in these two times was explored. We also evaluate 10 ADHD children (6 of these from the clinical arm) on MPH and 10 healthy control children (8 of these from the clinical arm) using fMRI (Functional Magnetic Resonance Imaging) during two trials testing approximate and exact arithmetical calculation using a block design paradigm in a 3.0 Teslas device. Results. The ADHD group, when unmedicated (time 1) made more arithmetic errors than controls (p < 0,001). However, when on MPH, ADHD group (time 2) made significantly fewer errors when compared to their baseline (time 1) and when compared to their controls (time 2). On subtraction exercises that require borrowing procedures (complex subtraction), the ADHD group (time 1) committed more errors than controls, while significantly improvement in the medicated state (p = 0,039). Regarding the fMRI there was no specific difference between groups on each task isolated. However, there was an interaction between the type of calculation (approximate vs. exact) and group (control vs. ADHD): children with ADHD showed different activity from the control group in the posterior cingulate and precuneus, considering both forms of calculation. Conclusions. The use of multiple validated arithmetic tests enables a comprehensive and effective assessment of children at a risk for learning difficulties. Thus, the study was able to show that the ADHD group had significant arithmetic difficulties; on the other side MPH treatment brought substantial improvement. This mentioned improvement was observed in general development, and specifically on complex subtraction performance, what could have been caused by the increase of working memory skills, generating less involuntary errors. Regarding the fMRI, it brought up results not yet described by literature: the alterations of the posterior cingulate gyrus and precuneus what is possibly due to the intrinsic functional alteration of ADHD on MPH, an area that has already been described by ADHD literature nevertheless not on under this condition
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Envolvimento do núcleo accumbens e da amígdala na neurobiologia dos transtornos do comportamento disruptivo e do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: um estudo de conectividade funcional de repouso em crianças / Involvement of the nucleus accumbens and the amygdala in the neurobiology of disruptive behavior disorders and of attention deficit/hyperactivity disorder: a resting-state functional connectivity study in children

Dias, Taciana Gontijo da Costa 09 November 2017 (has links)
Os transtornos do comportamento disruptivo (TDC), representados pelo transtorno de oposição desafiante e pelo transtorno de conduta, e o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) são transtornos intimamente relacionados. Teorias e estudos sugerem o envolvimento de regiões relacionadas ao processamento de emoções e de recompensas, entre elas a amígdala e o núcleo accumbens (NAcc), em ambos os transtornos. Avaliar as conexões cerebrais do NAcc e da amígdala nos TCD e no TDAH pode contribuir para a elucidação da neurobiologia dos transtornos e de comportamentos relacionados. O objetivo do presente estudo foi caracterizar a conectividade funcional do NAcc e da amígdala em crianças com TDAH e com TCD e avaliar a relação entre a conectividade funcional destas regiões e comportamentos atípicos característicos e comuns a ambos os transtornos. Neste estudo, crianças (idade média = 11,28 anos) classificadas como apresentando TCD (n=22), TDAH (n=25) ou desenvolvimento típico (DT; n=236) foram submetidas a sessão de ressonância magnética funcional de repouso. Foi avaliada a conectividade funcional de repouso de 2 regiões de interesse (NAcc e amígdala) ao restante do cérebro. Em uma abordagem categórica, os mapas de conectividade foram comparados entre os grupos. Além disto, em uma abordagem dimensional, conectividade funcional do NAcc e da amígdala foi correlacionada a pontuações em 3 dimensões de comportamento: desatenção/hiperatividade, agressividade e problemas de conduta, gerando 3 mapas de correlação (conectividade x comportamento) para cada região. Nesta etapa toda a amostra foi incluída (n=283). Os resultados da abordagem categórica mostraram algumas conexões específicas do TCD e do TDAH. As conexões do NAcc à insula posterior e ao precuneus diferenciaram os TCD do DT e do TDAH. A conexão entre amígdala e giro lingual diferenciou TDAH de DT e de TCD. O TDAH também exibiu conectividade atípica da amígadala com o giro pré-central e com o lóbulo parietal inferior, comparado a crianças com DT. Não foi encontrada conectividade funcional alterada do NAcc em crianças com TDAH ou da amígdala em crianças com TCD, comparadas a crianças com DT. A abordagem dimensional demonstrou um padrão diferente de resultados. Pontuações de desatenção/hiperatividade e agressividade estiveram associadas a conectividade do NAcc ao giro fusiforme e ao córtex pré-frontal dorso-medial. Desatenção/ hiperatividade esteve correlacionada com conectividade da amígdala ao lóbulo parietal inferior, ao giro temporal médio e ao sulco pré-central superior. Agressividade esteve correlacionada com conectividade da amígdala ao precuneus e ao giro frontal superior. Problemas de conduta estiveram correlacionados com a conectividade NAcc-giro frontal superior e com a conectividade da amígdala ao giro cingulado posterior, ao precuneus, ao córtex pré-frontal medial e ao giro lingual. Os resultados indicam, portanto, que existem conexões funcionais do NAcc e da amígdala especificamente associadas aos TCD ou ao TDAH e que comportamentos atípicos comuns a ambos os transtornos estão relacionados a alterações na conectividade funcional do NAcc e da amígdala. Concluindo, a abordagem dimensional pode complementar a abordagem categórica na avaliação da neurobiologia dos TCD e do TDAH / Disruptive behavior disorders (DBD), represented by oppositional defiant disorder and conduct disorder, and attention deficit/hyperactivity disorder (ADHD) are intrinsically related disorders. Theories and studies suggest the involvement of regions related to emotional and reward processing, among them the amygdala and the nucleus accumbens (NAcc), in both disorders. Evaluating brain connections of the NAcc and of the amygdala in DBD and in ADHD may contribute to elucidate the neurobiology of the disorders and of related behaviors. The objective of this study was to characterize functional connectivity of the NAcc and of the amygdala in children with ADHD and with DBD, and to evaluated the relationship between functional connectivity of those regions and atypical behaviors characteristic and common to both disorders. In this study, children (mean age= 11.28 years) classified as DBD (n=22), ADHD (n=25), or typical development (TD; n=236) underwent resting-state functional magnetic resonance imaging session. Whole-brain resting-state functional connectivity of 2 regions of interest (NAcc and amygdala) was evaluated. In a categorical approach, connectivity maps were compared between groups. Furthermore, in a dimensional approach, functional connectivity of the NAcc and of the amygdala was correlated to scores in 3 behavior dimensions: inattention/hyperactivity, aggressiveness, and conduct problems, producing 3 correlation maps (connectivity vs. behavior) for each region. For this phase the entire sample was included (n=283). Results from the categorical approach showed some connections specific to DBD and to ADHD. NAcc connections to posterior insula and to precuneus differed DBD from TD and from ADHD. The connection between amygdala and lingual gyrus differed ADHD from TDC and from DBD. ADHD also exhibited atypical amygdala connectivity with precentral gyrus and with inferior parietal lobule, compared to children with TD. There was no altered NAcc functional connectivity in children with ADHD or altered amygdala functional connectivity in children with DBD, compared to children with TD. The dimensional approach showed a different pattern of results. Inattention/hyperactivity and aggression scores were associated with NAcc connectivity to fusiform gyrus and dorsomedial prefrontal cortex. Inattention/hyperactivity was correlated with amygdala connectivity to inferior parietal lobule, middle temporal gyrus, and superior precentral sulcus. Aggression was related with amygdala connectivity to precuneus and superior frontal gyrus. Conduct problems were correlated with NAcc-superior frontal gyrus connectivity, and with amygdala connectivity to posterior cingulate cortex, precuneus, medial prefrontal cortex, and lingual gyrus. Results indicate, therefore, that there are NAcc and amygdala functional connections specifically associated with DBD or with ADHD, and that atypical behaviors common to both disorders are related to changes in functional connectivity of the NAcc and of the amygdala. In conclusion, the dimensional approach may complement the categorical approach in evaluating the neurobiology of DBD and of ADHD
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Estudo prospectivo da mielite transversa longitudinalmente extensa: análise dos fatores clínicos, laboratoriais e imagenológicos / Prospective study of longitudinally extensive transverse myelitis: analysis of clinical, diagnosis and prognosis factors

Pereira, Samira Luisa dos Apóstolos 01 February 2013 (has links)
ntrodução: A mielite transversa longitudinal extensa (MTLE), uma forma grave de síndrome medular (SM) inflamatória associada à lesão da medula espinhal (LME) propagada por três ou mais segmentos vertebrais (SV) à ressonância magnética (RM), é considerada um espectro da neuromielite óptica (ENMO). A neuromielite óptica (NMO), caracterizada por episódios graves e recorrentes de neurite óptica e mielite, é associada a um anticorpo específico, direcionado contra a aquaporina-4 (AQP4-IgG), presente em cerca de 80% dos casos da NMO e 40% dos casos de MTLE isolada. O uso de terapia imunossupressora de manutenção, indicada em pacientes com NMO, é indefinido naqueles com primeiro episódio de MTLE (PEMTLE), cujos casos soronegativos podem representar o evento inicial da NMO ou uma forma isolada da MTLE (MTLEI). A distinção entre estas entidades, por critérios clínicos, paraclínicos e evolutivos, ainda não foi estudada e constitui o objetivo deste estudo. Métodos: Entre 2005 e 2011, 182 pacientes consecutivos admitidos na Clinica Neurológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com MTLE foram avaliados. Critérios de exclusão: doença vascular, desmielinizante, infecciosa ou sistêmica que justificasse o quadro de MTLE. Critérios de inclusão: 41 pacientes com PEMTLE, sem etiologia definida. A casuística consistiu de 27 (65,9%) mulheres, e 33 (80,5%) afrodescendentes, com idade média de 39,5 anos. Avaliados quanto à sorologia para o AQP4-IgG (imunofluorescência indireta) e quanto à recorrência, os pacientes foram classificados como ENMO ou MTLEI ao final do acompanhamento prospectivo. Os dados clinicos, laboratoriais, imagenológicos e evolutivos foram comparados, e o modelo de análise discriminante (AD) foi utilizado para diferenciar as duas condições clínicas. Resultados: Após o seguimento prospectivo médio de 3,7 anos (DP±2,2), 22 pacientes (53,%) apresentaram MTLE isolada monofásica e soronegativa e 19 (46,3%) receberam diagnóstico de ENMO, em razão da soropositividade para AQP4-IgG em 11 (26,8%) e/ou recorrência em 12 (29,3%) pacientes. O perfil demográfico não distinguiu os grupos (p>0,5), e as seguintes variáveis clínicas sugeriram o diagnóstico de MTLEI (p<0,05): SM estrita de instalação aguda, com média de 7 dias, com déficit motor moderado, menor freqüência de sinal de Lhermitte e espasmos tônicos, ausência de sintomas sistêmicos e sugestivos de comprometimento do tronco, tais como mialgia, astenia, anorexia, soluços, náuseas ou vômitos. As seguintes variáveis paraclínicas suportaram o diagnóstico de MTLEI (p<0,05): discreta pleocitose no líquido cefalorraquidiano, sobretudo com menos de 50 células/mm3, e LME à RM com extensão menor que 6 SV, associado à ausência de lesões bulbares e alterações encefálicas inespecíficas. A distinção entre a MTLE isolada e o ENMO foi validada pelo modelo de AD (p=0,005). Na fase aguda, a redução na incapacidade funcional ocorreu em todos os pacientes tratados (p<0,05). Na fase crônica, o uso de tratamento imunossupressor associou-se à menor chance de recorrência quando comparada à historicamente estimada, em pacientes soropositivos, e não implicou em menor chance de recorrência no grupo de soronegativos (p=1,0). Conclusão: O primeiro episódio de MTLEI apresenta características clinicas, laboratoriais e radiológicas distintas do ENMO. O perfil clínico, a soronegatividade ao AQP4-IgG e a evolução monofásica no período de 3 anos, permitem delinear uma entidade clínica restrita à medula espinhal / Background: Longitudinally extensive transverse myelitis (LETM), refers to severe inflammatory spinal cord syndrome associated with propagate lesion spanning over three or more vertebral segments (VS) on spinal cord Magnetic Resonance Image (MRI), and is regarded a spectrum of NMO (NMOSD). NMO, characterized by recurrent course of severe optic neuritis and myelitis, is associated with serum antibody that target aquaporin-4 (AQP4-IgG) in 80% of NMO and around 40% of LETM. Chronic immunosupression is suggested in NMO, while is uncertain in first-ever LETM (FELETM). In this context, seronegative cases may represent a limited form of NMO or an isolated LETM (ILETM). Discriminate between this clinical conditions, through significant therapeutic implications, are not clear. The aim of present study is distinguish ILETM from NMOSD by clinical, paraclincal and evolution parameters. Methods: We evaluated all 182 consecutive patients admitted with LETM at Neurologic Clinic of Sao Paulo University School of Medicine between 2005 until 2011. Exclusion criteria were vascular, demyelinating, infectious or systemic disease associated with LETM. The sample consists of 41 FELETM patients, 27 (65.9%) female, e 33 (80.5%) afro-brazilian, with mean age of onset of 39.5 (±15.5 of standard deviation (SD). Patients, evaluated to AQP4-IgG serologic status and recurrence, were classified as ILETM or NMOSD at end of follow-up. Clinical, serological, neuroimaging and evolutive data were compared and discriminant analysis model were done to distinguish between both conditions. Results: Over the mean time of follow-up of 3.7 years (±2.2SD), 22 patients presents as monophasic seronegative ILETM, while 19 (46.3%) were diagnosed as NMOSD due AQP4-IgG seropositivity in 11 (26.8%) or recurrent evolution in 12 (29.3%) patients. Demographic data did not discern groups (p>0.5), while following clinical features suggested ILETM (p<0.05): acute installation, over seven days mean, of strict spinal cord syndrome, characterized by moderate motor impairment, and lower frequency of Lhermitte sign and tonic spasms, associated without systemic and brainstem symptoms such as myalgia, anorexia, asthenia, nausea, hiccups or vomiting. Subsequent paraclinical findings discern both conditions and endured ILETM (p<0.05): mild pleocitosis, typically under 30 cels/mm3, and SCL propagate over lesser then six VS on MRI beside absence of bulbar and nonspecific brains abnormalities. AD model validate distinction between ILETM and NMOSD (p=0.005). Reduction in disability occurred in all patients treated with immunesuppressors at acute stage (p<0.001). Seropositive LETM patients developed lower recurrence rate when compared with hystoric controls. In seronegative LETM patients, relapse rate did not correlate with chronic imunossupression (p=1.0). Conclusion: First-ever LETM presents clinical and paraclinical features distinctive from NMOSD. Thus, clinical pattern, AQP4-IgG negative serologic status and monophasic evolution over three years follow-up, allowed us delineate a spinal cord-restrict clinical entity
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Ressonância magnética funcional em indivíduos normais: base de dados do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo / Functional magnetic resonance imaging of normal subjects: a database for the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Martin, Maria da Graça Morais 04 October 2007 (has links)
Introdução: Apesar do grande impacto da ressonância magnética funcional em neurociências, a sua aplicabilidade clínica ainda é pequena. Um dos principais motivos é a falta de dados populacionais para dar suporte à decisão clínica. Esta tese teve por objetivo formar um banco de dados normais, representativo de pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Métodos: Foram estudados 64 acompanhantes normais dos pacientes do HCFMUSP. Cada indivíduo realizou tarefas quem envolviam função de linguagem, somatossensorial, motor, audiovisual e de memória em aparelho de 1,5 T. Foram colhidos dados demográficos, de desempenho e neuropsicológicos dos sujeitos e de controle de qualidade do magneto de RM. As imagens funcionais foram analisadas através do software XBAM para cada indivíduo, para os grupos e para análise de correlação comportamental. Resultados: A amostra teve uma distribução demográfica variada. Os resultados das análises de grupo mostraram padrões de acordo com a literatura. O paradigma motor mostrou efeito BOLD positivo nos giros pré e pós-centrais estendendo-se para regiões pré-motoras e parietais, área motora suplementar, áreas somatosensoriais secundárias, núcleos da base e tálamo contralaterais à mão avaliada e hemisférios cerebelares ipsilaterais. O paradigma somatossensorial das mãos demonstrou efeito BOLD positivo nos giros pré e pós-centrais, núcleos da base e tálamos contralaterais à mão estimulada, cerebelo ipsilateral à mão estimulada e o córtex somatossensorial secundário bilateralmente e o da face mostrou os giros pré e pós-centrais, o córtex parietal, regiões pré-motoras, regiões temporais posteriores e inferiores e área somatosensorial secundária bilateralmente. A análise de grupo dos paradigmas de linguagem mostrou efeito BOLD positivo no giro frontal inferior e ínsula bilateralmente, maiores à esquerda, giro frontal médio esquerdo, cíngulo anterior, área motora suplementar, cerebelo à direita e vermis cerebelar, núcleos da base e tálamos à esquerda e em particular na fluência verbal falada com apresentação de letras diferentes, lobo parietal esquerdo. No paradigma audiovisual a condição visual mostrou efeito BOLD positivo no córtex occipital, parietal e cerebelo bilateralmente e a condição auditiva, nos lobos temporais bilaterais, com extensão fronto-parietal à esquerda. A análise de grupo do paradigma memória mostrou áreas no cerebelo, córtex occipital, giro frontal médio, região frontal mesial anterior e lobo parietal, com predomínio à direita. Nos mapas individuais foram detectadas muitas regiões em cada paradigma e houve grande variabilidade, sendo as regiões cerebrais que apresentaram efeito BOLD positivo com maior frequência ( 85%): giro pré-central esquerdo (95%) e cerebelo superior direito (87%) no movimento da mão direita; giro pré-central direito (88%) no movimento da mão esquerda; giro pós-central esquerdo (88%) no estímulo somatosensorial da mão direita; giro pós-central direito (89%) no estímulo somatosensorial da mão esquerda; giro lingual direito (90%) e esquerdo (88%) no estímulo visual; e giro temporal médio direito (93%) e esquerdo (91%) na condição auditiva. As tarefas de memória e fluência verbal não tiveram nenhuma região com frequência acima de 80%. Conclusões: Os padrões de ativação cerebral obtidos nas imagens de RMf do grupo de participantes são semelhantes à literatura. A freqüência das regiões com efeito BOLD positivo foi maior nos córtices primários sensoriais e motores. As informações colhidas no trabalho constituem uma base de dados que pode ser utilizada para suporte à decisão clínica. / Introduction: Functional magnetic resonance imaging has had a great impact on neuroscience, but its clinical applicability is still small. One of the main reasons is the lack of populational databases to support clinical decision. The aim of this work was to constitute a local normal database, representative of the patients from the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Methods: The sample included 64 normal subjects who, at some point, accompanied patients from the HCFMUSP. They all performed motor, somatosensory, language, audiovisual and memory paradigms in a 1,5 T magnet. Demographic, neuropsychological and behavioral data were collected. Scanner quality control was also verified. Data was analyzed through XBAM software on individual and group basis, and for behavioral correlation. Results: The sample had a variable demographic distribution. Group analysis showed results in agreement with the literature. The motor paradigm elicited positive BOLD effect in the pre and postcentral gyri, extending to premotor and parietal regions, supplementary motor area, secondary somatosensory areas, basal ganglia and thalamus contralateral to the hand in question, and ipsilateral cerebellum. Group analysis of the hand somatosensory paradigm showed pre and postcentral gyri, basal ganglia and thalamus contralateral to the stimulated hand, ipsilateral cerebellum and bilateral secondary somatosensory areas. The group analysis of the somatosensory paradigm of the face showed pre and postcentral gyri, parietal cortex, premotor areas, inferior-posterior temporal cortex and secondary somatosensory areas bilaterally. Language paradigms showed positive BOLD effect in the inferior frontal gyrus and insula bilaterally, bigger on the left, left middle frontal gyrus, anterior cingulate, supplementary motor area, right cerebellum, cerebellar vermis, left basal ganglia and thalamus, and in particular, overt verbal fluency with presentation of different letters also showed the left parietal lobe. The audiovisual paradigm group analysis showed positive BOLD effect in the occipital and parietal cortex and cerebellum bilaterally during the visual condition, and bilateral temporal with left frontal and parietal extension during the auditory condition. Finally, working memory task showed activation in the occipital cortex, cerebellum, middle frontal gyri, parietal association cortex and mesial frontal region bilaterally, with right predominance. On individual basis we detected a multitude of brain areas in each paradigm with great variability, and those with the higher frequency ( 85%) were: left precentral gyrus (95%) and superior right cerebellum (87%) during the right hand movement; right precentral gyrus (88%) during the left hand movement; left postcentral gyrus (88%) for the somatosensory stimulus of the right hand; right postcentral gyrus (89%) for the somatosensory stimulus of the left hand; right (90%) and left (88%) lingual gyri during the visual stimulus; and right (93%) and left (91%) middle temporal gyrus for the auditory stimulus. Working memory and verbal fluency had no region with a frequency above 80%. Conclusions: The patterns of cerebral activations obtained in group analysis are in agreement with the literature. Individual analysis showed a higher frequency of positive BOLD effect in the primary and sensory cortices. The data collected during this work constitute a database that can be used to support clinical decision.
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Avaliação da fibrose miocárdica pela ressonância magnética cardíaca na doença valvar aórtica grave: validação de um algoritmo de quantificação e comparação com a histopatologia / Assessment of myocardial fibrosis by cardiac magnetic resonance imaging in severe aortic valve disease: validation of a quantitative algorithm and comparison with histopathology

Azevedo Filho, Clerio Francisco de 05 March 2009 (has links)
Introdução: A doença valvar aórtica grave é caracterizada por um processo de acúmulo progressivo de fibrose intersticial no tecido miocárdico. No contexto da sobrecarga mecânica crônica do VE característica dessa condição, a quantidade de fibrose intersticial pode exercer um papel importante na indesejável transição entre hipertrofia ventricular esquerda compensada e insuficiência cardíaca congestiva clinicamente manifesta. Entretanto, a avaliação quantitativa da fibrose intersticial só tem sido possível através da análise histopatológica de fragmentos miocárdicos obtidos por biopsia endomiocárdica. Objetivos: Avaliar se a ressonância magnética (RM) cardíaca com técnica do realce tardio permite a quantificação não-invasiva da fibrose miocárdica quando comparada à análise histopatológica em pacientes portadores de doença valvar aórtica grave. Adicionalmente, avaliou-se a relação entre a quantidade de fibrose miocárdica e parâmetros prognósticos importantes, tais como mortalidade e recuperação funcional do VE após cirurgia de troca valvar aórtica. Métodos: Entre Maio de 2001 e Dezembro de 2003 foram incluídos 54 pacientes com indicação de cirurgia de troca valvar aórtica. Antes da cirurgia, todos os pacientes foram submetidos a RM cardíaca com técnicas de cine-RM e realce tardio miocárdico. A quantificação da fibrose miocárdica pela RM baseou-se na análise das imagens de realce tardio utilizando um novo algoritmo semi-automático. As regiões de fibrose miocárdica foram definidas como o somatório de todos os pixels do tecido miocárdico com intensidade de sinal acima de um limiar definido como: intensidade de sinal média do miocárdio + 2 desvios padrão da intensidade de sinal média da área remota + 2 desvios padrão da intensidade de sinal média do ar. Amostras de tecido miocárdico obtidas por miectomia durante o ato cirúrgico foram submetidas a coloração pelo picrosírius para quantificação da fibrose intersticial. Os pacientes foram submetidos a um segundo exame de RM cardíaca 6 meses após a cirurgia para se avaliar as alterações evolutivas dos parâmetros funcionais do VE e todos foram acompanhados por pelo menos 24 meses quanto à sobrevida após a cirurgia de troca valvar aórtica. Resultados: O percentual de fibrose miocárdica pela RM apresentou boa correlação com os valores obtidos pela histopatologia (r=0,69; y=3,10x+13,0; p<0,0001). A quantidade de fibrose miocárdica, tanto pela histopatologia como pela RM, apresentou correlação inversa significativa com a FE ventricular esquerda basal (r=-0,63 e -0,67 respectivamente; p<0,0001). Adicionalmente, o percentual de fibrose miocárdica apresentou correlação inversa significativa com o grau de recuperação funcional do VE após a cirurgia de troca valvar (r=- 0,42, p=0,04 para a histopatologia; r=-0,47, p=0,02 para a RM). Mais importante, a análise de Kaplan-Meier revelou que o acúmulo de fibrose miocárdica associou-se a menor sobrevida 52±17 meses após a cirurgia de troca valvar (teste log-rank: 2=6,32; p=0,01 para histopatologia; 2=5,85; p=0,02 para RM). Conclusões: A RM cardíaca permite quantificar as regiões de fibrose miocárdica com boa acurácia quando comparada à análise histopatológica nos pacientes portadores de doença valvar aórtica grave. A magnitude de acúmulo de fibrose miocárdica está associada a pior recuperação funcional do VE e a menor sobrevida após a cirurgia de troca valvar aórtica. / Introduction: Severe aortic valve disease is characterized by a process of progressive accumulation of interstitial fibrosis in the myocardial tissue. It has been shown that the amount of interstitial myocardial fibrosis can play an important role in the transition from well-compensated hypertrophy to overt heart failure in the setting of chronic left ventricular mechanical overload typical of this condition. However, assessment of interstitial myocardial fibrosis has only been possible through histological analyses of myocardial fragments obtained from endomyocardial biopsies, which is a complex and invasive procedure and, therefore, with limited clinical applicability. Objectives: Determine whether delayedenhancement cardiac magnetic resonance imaging (MRI) allows for the non-invasive quantification of myocardial fibrosis when compared against histopathological analyses in patients with severe aortic valve disease. Additionally, we evaluated the relationship between the amount of myocardial fibrosis and important prognostic parameters, such as all-cause mortality and LV functional recovery after aortic valve replacement. Methods: Fifty-four patients scheduled to undergo aortic valve replacement surgery were enrolled between May 2001 and December 2003. Before surgery, all patients underwent cine and delayedenhancement MRI in a 1.5 Tesla scanner. Quantification of myocardial fibrosis by cardiac MRI was based on the assessment of the delayed-enhancement dataset using a novel semiautomatic algorithm. The regions of myocardial fibrosis were defined as the sum of pixels with signal intensity above a threshold value defined as: mean signal intensity of the myocardium + 2 standard deviations of mean signal intensity of a remote area + 2 standard deviations of mean signal intensity of air. During open-heart surgery, myectomy samples were acquired from the LV septum and later stained with picrosirius for interstitial myocardial fibrosis quantification. A second cardiac MRI study was performed 6 months after surgery to assess long-term changes in LV functional parameters, and all patients were followed for at least 24 months to evaluate survival after aortic valve replacement. Results: There was a good correlation between the values of myocardial fibrosis measured by MRI and those obtained by histopathological analyses (r=0.69; y=3.10x+13.0; p<0.0001). The amount of myocardial fibrosis, either by MRI or by histopathology, exhibited a significant inverse correlation with LV ejection fraction before surgery (r=-0.63 e -0.67 respectively; p<0.0001). Additionally, the amount of myocardial fibrosis displayed a significant inverse correlation with the degree of LV functional recovery after aortic valve replacement (r=-0.42, p=0.04 for histopathology; r=-0.47, p=0.02 for MRI). Most importantly, Kaplan-Meier and Cox regression analyses revealed that higher degrees of myocardial fibrosis accumulation were associated with worse survival 52±17 months after aortic valve replacement surgery (log-rank test: 2=6.32; p=0.01 for histopathology; 2=5.85; p=0.02 for MRI). Conclusions: Cardiac MRI allows for the non-invasive quantification of myocardial fibrosis with good accuracy when compared with histopathological analyses in patients with severe aortic valve disease. The degree of myocardial fibrosis accumulation is associated with impaired LV functional recovery and worse survival after aortic valve replacement surgery.
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Elaboração de um guia para o uso do tensor de difusão em ressonância magnética para os profissionais da área

Brey, Andressa Caron 24 July 2014 (has links)
O imageamento por tensor de difusão (DTI) por ressonância magnética (RM) é um método de aquisição recente e de utilização bastante reduzida nos serviços que possuem equipamentos os softwares paro DTI. A partir desta situação notou-se a necessidade de um guia para os profissionais envolvidos RM; que servisse como fonte de consulta para auxiliar na aquisição do DTI. Para criação deste guia um referencial fez necessário e foi obtido apenas como norteador por meio de um questionário aplicado a profissionais que trabalham com RM, de uma clínica de Curitiba. Através do questionário foi possível levantar que conceitos e parâmetros o guia poderia explanar, notoriamente precisando dar ênfase aos parâmetros básicos da técnica, as formas de reconstrução dos dados e as formas de visualização. O guia foi montado explicando o processo de aquisição do DTI, os principais parâmetros envolvidos e os termos comuns aos exames desta natureza. Também foram elaboradas 15 perguntas frequentes sobre o DTI, com tabelas de consulta rápida. O resultado final é um guia de fácil manuseio e entendimento que visa auxiliar os profissionais da área a pesquisarem, apreenderem e utilizarem a técnica de imageamento por tensor de difusão. Apesar de pronto, existe ainda a necessidade de introduzir o guia e coletar sugestões e ainda aprimorar os questionamentos iniciais aos profissionais da área de modo a enriquecer o guia. / Diffusion tensor imaging (DTI) by magnetic resonance (MR) is a recent method of acquisition whose utilization has been fairly reduced in services that use equipment with DTI software. From this situation, one observed the need to develop a guide for professionals involved in MR, which would serve as a reference source to assist in the acquisition of DTI. In order to make this guide, a reference was necessary to be given a steer and it was obtained through a questionnaire administered to professionals who work with MRI in a clinic in Curitiba. Through the questionnaire, it was possible to raise the concepts and parameters the guide could explain, especially emphasizing technique basic parameters, forms of data reconstruction and visualization forms. The guide was made explaining the acquisition of DTI, the main parameters involved and the common terms for these kinds of tests. In addition, 15 commonly asked questions about the DTI were prepared with quick reference tables. The final result is an easy-to-understand guide which aims to help the area professionals to search, apprehend and use the diffusion tensor imaging technique. Although it is ready, there is the need to introduce the guide and collect suggestions, and still, improve the professionals’ early questions to enhance the guide.
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Análise da associação entre a presença de lesão estrutural do encéfalo e ocorrência de crise epiléptica e epilepsia / Analysis of the association between the presence of structural lesions of the brain and the occurrence of seizures and epilepsy

Lima, Alessandra Cintia Mertens Brainer de Queiroz January 2007 (has links)
Submitted by Stephany Silva (stephany.silva@cpqam.fiocruz.br) on 2016-09-15T13:08:03Z No. of bitstreams: 1 2007lima-acmbq.pdf: 1544921 bytes, checksum: ae126424db02c7461aa6c0afea13e250 (MD5) / Approved for entry into archive by Adagilson Silva (adagilson@cpqam.fiocruz.br) on 2016-09-15T13:34:16Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2007lima-acmbq.pdf: 1544921 bytes, checksum: ae126424db02c7461aa6c0afea13e250 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-15T13:34:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2007lima-acmbq.pdf: 1544921 bytes, checksum: ae126424db02c7461aa6c0afea13e250 (MD5) Previous issue date: 2007 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / A pesquisa de lesão estrutural do cérebro em pacientes com crise epiléptica e epilepsia é fundamental no diagnóstico e tratamento da síndrome epiléptica. O objetivo do estudo foi determinar freqüência e associação entre características clínicas e presença de lesões estruturais do encéfalo detectadas no exame de ressonância magnética, com o status e as formas clínicas da epilepsia. Avaliou-se o perfil clínico dos pacientes e das lesões estruturais do encéfalo na imagem por ressonância magnética em 140 pacientes com epilepsia ou crise epiléptica, encaminhados para exame de ressonância magnética e catalogados por demanda espontânea, desde outubro de 2003 até janeiro de 2005. O estudo foi do tipo caso-controle com casos prevalentes. A idade variou de um a 59 anos (mediana de 15,0 anos), sendo 51,6 por cento do gênero masculino. A crise epiléptica foi focal em 55 por cento, a freqüência mensal de até 10 crises foi registrada em 77,6 por cento e o exame neurológico foi normal em 64,2 por cento dos pacientes. Epilepsia farmacoresistente foi identificada em 76,3 por cento e crise epiléptica única em 15,7 por cento. A imagem por ressonância magnética foi anormal em 72,8 por cento dos pacientes. O lobo temporal foi local para 50,5 por cento das alterações. As mais encontradas foram: anormalidades no hipocampo (41,1 por cento); malformações do desenvolvimento cortical (19.6 por cento); isquemia (5,8 por cento); tumor (6,8 por cento); cavernoma(2,9 por cento); facomatose (4,9 por cento); cicatriz (4,9 por cento); inflamatório (4,9 por cento); outras (8,8 por cento). A alteração estrutural na imagem de ressonância magnética foi mais presente entre os pacientes com epilepsia focal e farmacorresistente, sendo o lobo temporal a região com mais alterações. Os pacientes com tumor cerebral apresentaram mais CE focal e a atrofia do córtex cerebral foi alteração freqüente na IRM de pacientes com epilepsia farmacorresistente. Os pacientes com idade maior de 15 anos, número mensal maior de crises e epilepsia sintomática apresentaram maior risco para CE focal e aqueles com crise epiléptica única apresentaram mais CE generalizada. O risco para epilepsia farmacorresistente foi maior entre os pacientes com anormalidades no exame de ressonância magnética, antecedente pessoal e exame neurológico anormais (AU)
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Novo método radiográfico para a determinação de estenose do canal cervical / New method for radiografic determination of cervical stenosis

Gustavo Campelo Bornholdt 07 October 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Estenose do canal cervical consiste na diminuição do diâmetro sagital do canal cervical e está associada com maior risco de lesões neurológicas decorrentes de trauma cervical. Nos esportes de colisão, a estenose do canal cervical consiste em um importante parâmetro na decisão de retorno ao esporte após neuropraxia da medula cervical e após determinadas lesões do plexo braquial. Os métodos atualmente disponíveis para avaliação de estenose do canal cervical em atletas são muito caros (ex: por ressonância nuclear magnética) ou pouco precisos (métodos radiográficos). Este estudo avaliou um novo método radiográfico para determinação de estenose do canal cervical, comparando-o com medições realizadas em cadáveres, medida por ressonância nuclear magnética do canal cervical e do espaço disponível para a medula (SAC/SACD) e com o método radiográfico consagrado na literatura para determinação de estenose do canal cervical, o índice de Torg (IT). MÉTODOS: A população do estudo foram 20 homens entre 16 e 35 anos de idade. Os sujeitos realizaram uma ressonância nuclear magnética da coluna cervical para determinação do SAC/SACD e radiografias cervicais em perfil e antero-posterior para determinação do IT e do novo método radiográfico proposto, o diâmetro corrigido do canal cervical (DCCC). Para determinar o DCCC, foi utilizada uma barra de metal de 100 mm, acoplada verticalmente na linha média cervical, utilizando os processos espinhosos das vertebras cervicais como referência. Obtidos o diâmetro sagital da imagem do canal cervical e o comprimento da imagem da barra de metal na radiografia, e conhecendo o tamanho real da barra de metal, o diâmetro real do canal medular pôde ser estimado matematicamente com o uso do teorema de Tales. Os resultados obtidos para o DCCC foram comparados com valores encontrados em estudos com cadáveres, foi avaliada a concordância entre DCCC e o diâmetro médio-sagital do canal cervical aferido por ressonância magnética (DCRM) e os métodos radiográficos (DCCC e IT) foram correlacionados com o SAC/SACD. Os cálculos foram realizados nos níveis C3 a C7, além das médias de C3 a C6 [DCCC (MDCCC), IT (MTorg) e SAC/SACD (MSAC/MSACD)]. RESULTADOS: Os valores obtidos pelo DCCC (média do MDCCC: 15.29 mm) foram compatíveis com os valores descritos em estudos de medida direta. A correlação entre DCCC e SAC/SACD foi superior à correlação entre IT e SAC/SACD, sendo de 0.7025 para MDCCC e MSACD contra 0.5473 para MTorg e MSACD. O teste de concordância entre os valores absolutos para DCCC e DCRM evidenciou valores mais elevados na medida por DCCC, sendo média de 1.84 mm maior para MDCCC em relação a média de C3 a C6 pelo DCRM. CONCLUSÕES: O Diâmetro Corrigido do Canal Cervical apresentou valores semelhantes aos encontrados em estudos com medida direta em cadáveres e apresentou correlação com SAC/SACD superior ao IT / INTRODUCTION: Cervical spinal stenosis is the diminution of the anteroposterior diameter of the spinal canal and it is associated with increased risk of neurological injury from cervical trauma. In collision sports, the cervical canal stenosis is an important parameter in the return to play decision after cervical cord neuropraxia and after some brachial plexus injuries. The methods currently available for evaluation of cervical canal stenosis in athletes are expensive (eg, nuclear magnetic resonance) or imprecise (radiographic methods). This study evaluated a new radiographic method for determination of cervical canal stenosis, comparing it to measurements performed on cadavers, measurement by magnetic resonance imaging of the cervical canal and space available for the cord (SAC/SACD) and the consecrated radiographic method for determining cervical spinal stenosis, Torg ratio(TI). METHODS: The study population were 20 men between 16 and 35 years. The subjects underwent a magnetic resonance imaging of the cervical spine to determine the SAC/SACD and cervical radiographs to determine the IT and the proposed new radiographic method, called corrected cervical canal diameter (DCCC). To determine the DCCC, a 100 mm metal bar was used vertically over the cervical midline, using the spinous processes of the cervical vertebrae as reference. Got the radiographic diameter of the medullary canal and the length of the metal bar image on the radiograph , and knowing the actual size of the metal bar , the actual diameter of the spinal canal could be estimated mathematically with the simple use of the theorem of Thales. The results for the DCCC were compared with values found in cadavers studies, the agreement between DCCC and the mid-sagittal diameter of the cervical canal measured by magnetic resonance imaging (DCRM) was calculated and radiographic methods (DCCC and IT) were correlated with SAC/SACD. Calculations were performed individually for C3 to C7 and averages of C3 to C6 [DCCC (MDCCC), IT (MTorg) and SAC/SACD (MSAC/ MSACD)]. RESULTS: The values obtained by DCCC (average MDCCC: 15:29 mm) were consistent with the values described in studies using direct measurement. The correlation between DCCC and SAC/SACD was higher than the correlation between IT and SAC/SACD, being 0.7025 for MDCCC and MSACD and 0.5473 for MTorg and MSACD. The agreement between absolute values for DCCC and DCRM showed higher values for DCCC, which average 1.84 mm greater for MDCCC compared to the average of C3 to C6 for DCRM. CONCLUSIONS: The Fixed Diameter of the Cervical Canal showed similar values to those found in studies with direct measurement from cadavers and correlated with SAC/SACD better than IT

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