Spelling suggestions: "subject:"insuficiência cardíaca."" "subject:"insuficiência çardíaca.""
551 |
Controle quimiorreflexo da atividade nervosa simpática e do fluxo sanguíneo muscular em pacientes com insuficiência cardíaca e distúrbio respiratório do sono / Chemoreflex control of muscle sympathetic nerve activity and muscle blood flow in patients with heart failure and sleep disordered breathingDenise Moreira Lima Lobo 30 November 2016 (has links)
Introdução: Os distúrbios respiratórios do sono são comuns em pacientes com insuficiência cardíaca. Estudos recentes mostram que pacientes com insuficiência cardíaca apresentam resposta vasoconstritora muscular paradoxal durante a estimulação dos quimiorreceptores centrais e periféricos e que essa resposta está associada à disfunção endotelial e à exacerbação nervosa simpática. Porém, o que não se conhece é se essa resposta está intensificada em pacientes com a coexistência de insuficiência cardíaca e distúrbio respiratório do sono. Objetivos: Testar a hipótese de que: 1) A resposta de fluxo sanguíneo muscular (FSM) durante a hipercapnia e a hipóxia seria menor em pacientes com insuficiência cardíaca e distúrbio respiratório do sono que em pacientes com insuficiência cardíaca sem distúrbio respiratório do sono; e 2) A resposta vasoconstritora mais exacerbada em pacientes com a coexistência de insuficiência cardíaca e distúrbio respiratório do sono estaria associada à disfunção endotelial e/ou à resposta exagerada da atividade nervosa simpática muscular (ANSM). Métodos: Foram avaliados, consecutivamente, 90 pacientes com insuficiência cardíaca, classe funcional II-III (New York Heart Association). Destes, 41 preencheram os critérios de inclusão e, após o exame de polissonografia, foram alocados em dois grupos, de acordo com o índice de apneia e hipopneia (IAH): Grupo IC (IAH < 15 eventos/hora; n=13; 46 (39-53) anos) e Grupo IC+DRS (IAH >= 15 eventos/hora; n=28; 57 (54-61) anos). O consumo de oxigênio no pico do exercício ( 2 pico) e a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) foram avaliados pelo teste cardiopulmonar em esforço e pela ecocardiografia transtorácica basal, respectivamente. Os FSM do antebraço e da panturrilha (FSMab e FSMp, respectivamente) foram avaliados pela pletismografia de oclusão venosa e a ANSM pela técnica de microneurografia. A pressão arterial média (PAM) e a frequência cardíaca (FC) foram avaliadas batimento a batimento de forma não invasiva (Finometer® PRO). O quimiorreflexo central foi estimulado por meio da inalação de uma mistura gasosa hipercápnica (7% CO2 e 93% O2) e o quimiorreflexo periférico por meio da inalação de uma mistura gasosa hipóxica (10% O2 e 90% N2), com isocapnia mantida, durante 3 minutos. Resultados: Os grupos foram semelhantes em relação à etiologia da insuficiência cardíaca 2 pico, índice de massa corpórea e medicações. No basal, não houve diferença entre os grupos quanto ao FSMab e FSMp, condutância vascular do antebraço (CVab) e panturrilha (CVp). Entretanto, a ANSM foi maior no grupo IC+DRS (P<0,05). Durante a hipercapnia, as respostas vasculares (FSMab, CVab, FSMp, CVp) foram significativamente menores no grupo IC+DRS quando comparadas com o grupo IC (P<0,001, para todas as comparações). De forma semelhante, durante a hipóxia, as respostas vasculares (FSMab, CVab, FSMp, CVp) foram significativamente menores no grupo IC+DRS quando comparadas com o grupo IC (P<=0,001, para todas as comparações). A ANSM, em resposta à hipercapnia e à hipóxia, foi maior no grupo IC+DRS. Durante a hipercapnia, as respostas de FC e PAM não foram diferentes entre os grupos. Durante a hipóxia, as respostas de FC não foram diferentes entre os grupos, enquanto a resposta de PAM foi maior nos pacientes do grupo IC+DRS. Não houve diferença na resposta ventilatória entre os grupos estudados. Conclusão: Pacientes com a coexistência de insuficiência cardíaca e distúrbio respiratório do sono apresentam vasoconstrição muscular paradoxal mais exacerbada que pacientes sem o distúrbio respiratório do sono, durante a hipercapnia e a hipóxia, o que parece estar associada, pelo menos em parte, à maior resposta de ANSM / Background: Sleep disordered breathing is common in heart failure patients. Recent studies show that patients with heart failure have paradox muscle vasoconstriction during the central and peripheral chemoreceptors stimulation, which is associated with endothelial dysfunction and exaggerated sympathetic nerve activity. However, whether this vascular response is more pronounced in patients with the coexistence of heart failure and sleep disordered breathing is unknown. Objectives: To test the hypothesis that: 1) The muscle vasoconstriction responses to hypercapnia and hypoxia would be more pronounced in heart failure patients with sleep disordered breathing than in heart failure patients without sleep disordered breathing; 2) This alteration in vascular responses would be associated with endothelial dysfunction and/or exaggerated muscle sympathetic nerve activity (MSNA) responses. Methods: Ninety consecutive heart failure patients, functional class II-III (New York Heart Association), were screened for the study. Forty-one patients who fulfilled all the inclusion criteria were enrolled and allocated into two groups according to apnea-hypopnea index (AHI): HF (AIH < v15 events/hour; n=13, 46 (39-53) years) and HF+SDB (AIH >=15 events/hour; n=28, 57 (54-61) years). Peak oxygen uptake (Peak 2) and left ventricular ejection fraction (LVEF) were evaluated by maximal incremental exercise test and by echocardiography, respectively. Forearm and calf blood flow (FBF and CBF, respectively) were evaluated by venous occlusion plethysmography and MSNA by microneurography technique. Mean blood pressure (MBP) and heart rate (HR) were evaluated by beat-to-beat noninvasive technique (Finometer® PRO). Central chemoreceptors were stimulated by inhalation of a hipercapnic gas mixture (7% CO2 and 93% O2) and peripheral chemoreceptors by inhalation of a hypoxic gas mixture (10% O2 and 90% N2), with maintenance of isocapnia, for 3 minutes each one. Results: Both groups were similar regarding to heart failure etiology, LVEF, Peak 2, body mass index, and medications. At baseline, there were no differences in FBF and CBF, forearm and calf vascular conductance (FVC and CVC, respectively) between groups. However, the MSNA was greater in HF+SDB group (P < 0.05). During hipercapnia, the vascular responses (FBF, FVC, CBF, CVC) were lower in HF+SDB group when compared to HF group (P < 0.001, to all comparisions). Similarly, during hypoxia, the vascular responses (FBF, FVC, CBF, CVC) were lower in HF+SDB group when compared to HF group (P <= 0.001, to all comparisions). The MSNA in response to hypercapnia and hypoxia was greater in HF+SDB group. During hypercapnia, the HR and MBP responses were not different between groups. During hypoxia, the HR responses were similar between groups, while the MBP responses were greater in HF+SDB group. There was no difference in ventilatory response between groups. Conclusion: Patients with the coexistence of heart failure and sleep disordered breathing have more intense muscle vasoconstriction than patients without sleep disordered breathing, during hypercapnia and hypoxia, which seems to be due, at least in part, to increased responsiveness of MSNA
|
552 |
Efeito do treinamento físico associado à terapia de ressincronização cardíaca em pacientes com insuficiência cardíca / Effect of physical training associated with cardiac resynchronization therapy in patients with heart failureThaís Simões Nobre Pires Santos 29 November 2013 (has links)
Introdução. Sabe-se que a terapia de ressincronização cardíaca (TRC) aumenta a capacidade ao esforço e reduz a ativação simpática em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Por outro lado, existem evidências de que o treinamento físico (TF) melhora o controle neurovascular, tolerância ao exercício e qualidade de vida dos pacientes com IC. Neste estudo, nós testamos a hipótese de que o TF associado à TRC diminuiria a atividade nervosa simpática muscular (ANSM) e a vasoconstrição periférica. Adicionalmente, esta associação de TRC e TF melhoraria a função cardíaca, consumo de oxigênio pico e qualidade de vida nesses pacientes. Métodos. Vinte e oito pacientes com IC submetidos há um mês de TRC e fração de ejeção < 35% foram consecutivamente e aleatoriamente divididos em dois grupos: treinados (TRCt, n=14, 54 ± 4 anos) e não-treinados (TRCs, n=14, 57 ± 1 anos). Um grupo de indivíduos controles saudáveis também foi incluído no estudo (n=11, 43 ± 4 anos). A ANSM foi avaliada diretamente pela técnica de microneurografia. O fluxo sanguíneo muscular foi avaliado pela técnica de pletismografia de oclusão venosa. A capacidade física foi avaliada pelo teste cardiopulmonar, a função cardíaca pelo ecocardiograma e a qualidade de vida pelo questionário Minnesota Living with Heart Failure. O TF foi realizado em esteira ergométrica por 40 minutos, 3 vezes por semana, durante 4 meses. Resultados. No período pré-intervenção, a ANSM foi significativamente maior (p=0,01) nos pacientes com IC quando comparados com os indivíduos saudáveis. O fluxo sanguíneo muscular não foi diferente entre os grupos estudados (p=0,24). Após quatro meses de treinamento físico, a ANSM foi reduzida (65 ± 7 vs 43 ± 8 disparos/100batimentos, p < 0,001), atingindo níveis semelhantes àqueles observados nos indivíduos saudáveis (43 ± 8 vs 31 ± 3 disparos/100batimentos, p=0,44). Além disso, o TF associado a TRC aumentou o FSM (1,63 ± 0,14 vs 1,85 ± 0,12 ml/min/100ml, p=0,02), a fração de ejeção (28 ± 3 vs 33 ± 4%, p=0,04) e a capacidade funcional (18,5 ± 1,1 vs 21,5 ± 1,7 ml/kg/min, p=0,04), o que não foi observado no grupo TRCs. Não houve alteração significativa na qualidade de vida dos pacientes (26 ± 4 vs 20 ± 4, p=0,11). Conclusão. O treinamento físico associado à TRC melhora expressivamente o controle neurovascular, a função cardíaca e a capacidade física em pacientes com IC. Estes achados destacam a importância da inclusão do treinamento físico no tratamento de pacientes com IC submetidos à TRC / Background. Cardiac Resynchronization Therapy (CRT) is known to increase exercise capacity and decrease sympathetic activation in HF. On the other hand, there is evidence that exercise training improves neurovascular control, physical capacity and quality of life in HF patients. We tested the hypothesis that exercise training (ET) associated with CRT would reduce muscle sympathetic nerve activity (MSNA) and peripheral vasoconstriction in chronic heart failure patients. In addition, the association of CRT and ET would improve cardiac function, peak oxygen consumption and quality of life in these patients. Methods. Twenty-eight HF patients submitted a month of CRT, EF < 35%, with CRT for 1 month were consecutively and randomly divided into two groups: Exercise-trained (CRTt, n=14, 54 ± 4 years old) and untrained (CRTs, n=14, 57 ± 1 years old). A control group was also involved in the study (n=11, 43 ± 4 years). MSNA was directly evaluated by microneurography technique and forearm blood flow by venous occlusion plethysmography. Peak VO2 was determined by cardiopulmonary exercise test, cardiac function by echocardiography and quality of life by Minnesota Living with Heart Failure questionnaire. ET consisted of three 40-minute exercise sessions per week on a treadmill for four months. Results. Baseline MSNA was significantly higher (p=0.01) in heart failure patients when compared with healthy controls. The forearm blood flow was not different between groups (p=0.24). After four months of ET, MSNA was significantly reduced (65±7 vs 43±8 bursts/100 heart beats, p < 0.001) reaching levels similar to those observed in healthy subjects (43±8 vs. 31±3 bursts/100 heart beats, p=0.44). Furthermore, ET associated with CRT increased forearm blood flow (1.63±0.14 vs. 1.85±0.12 ml/min/100ml, p=0.02), EF (28±3 vs. 33±4%, p=0.04) and peak VO2 (18.5±1.1 vs 21.5 ± 1.7 ml/kg/min, p=0.04), which was not observed in the CRTs. There was not significant changes in the quality of life of patients (26 ± 4 vs. 20 ± 4, p=0.11). Conclusions. ET associated with CRT improves neurovascular control, cardiac function and functional capacity in heart failure patients. These findings highlight the importance of including ET in the treatment of heart failure patients submitted to CRT
|
553 |
Controle da frequência cardíaca como estratégia terapêutica adicional em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada: estudo propectivo, randomizado, duplo-cego e controlado com placebo / Control of heart rate as an additional therapeutic strategy in patients with decompensated heart failure: a prospective, randomized, blind and placebo-controlled studyMarco Stephan Lofrano Alves 24 October 2017 (has links)
Introdução. Frequência cardíaca (FC) elevada é reconhecida como um fator prognóstico de maior mortalidade na insuficiência cardíaca aguda descompensada (ICAD). Entretanto, pouco se conhece sobre os efeitos da redução da FC na evolução de pacientes com ICAD em ritmo sinusal, não havendo estudo clínico desenhado especificamente para o esclarecimento desta questão até o momento. Objetivos. Avaliar a eficácia e segurança da redução da FC através da inibição da corrente I(f) atrial em pacientes hospitalizados com ICAD em ritmo sinusal. Avaliar os efeitos de curto prazo da redução da FC nos parâmetros hemodinâmicos e de função ventricular por ecocardiografia e sobre os biomarcadores séricos de IC. Métodos. Estudo clínico randomizado, duplo-cego, controlado com placebo, unicêntrico. Os critérios de inclusão foram admissão por ICAD, fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) < 40%, FC >80 bpm, INTERMACS >= 3 e ritmo sinusal. Os participantes do estudo (n=46, 48% feminino, idade média de 48±15 anos) receberam tratamento da ICAD orientado por diretriz e 5 mg de ivabradina (N = 23) ou placebo (N = 23) de 12/12 horas por 1 mês. Os desfechos estudados foram a variação em relação ao basal, aferida no quinto dia de intervenção, das seguintes variáveis: FC, pressão arterial sistêmica; volume sistólico (VS), índice cardíaco (Icar), FEVE, strain longitudinal global do VE (SLG-VE), índice de performance do miocárdio (IPM), relação E/A, tempo de desaceleração da onda E (TD onda E), relação E/e´, excursão sistólica máxima do anel tricúspide lateral (TAPSE), velocidade sistólica máxima do anel tricúspide lateral (s´), variação fracional da área do ventrículo direito (VFA), strain longitudinal global do ventrículo direito (SLG-VD), peptídeo natriurético tipo B (BNP), troponina, proteína C reativa (PCR), creatinina e NGAL (neutrophil gelatinase-associated lipocalin). Os pacientes foram acompanhados durante a internação e após a alta até o sexto mês, ou até a ocorrência de um evento cardiovascular pré-especificado. Resultados. A ivabradina reduziu significativamente a FC em comparação com o placebo (-14 ± 5 vs 0,2 ± 6 bpm, p < 0,001). A redução da FC acompanhou-se de melhora na FEVE (5,5 ± 15 vs -3,0 ± 11%, p = 0,03), no VS do VE (5,8 ± 11 vs -1,8 ± 10 mL, p = 0,02), no SLG-VD (2,0± 2,2 versus 0,3 ± 3,1%, p = 0,007), no TAPSE (1,6 ± 2,4 vs. -0,2 ± 1,7 mm, p = 0,004), na VFA (5,1 ± 7,8 vs -1,4 ± 4,5%, p = 0,001) e na s´ (0,5 ± 1,3 vs. -0.4 ± 1,0 cm/s, p = 0,009). Não houve diferença na pressão arterial sistêmica, Icar, IPM, TD onda E, BNP, troponina, PCR, NGAL e creatinina. Dos 46 pacientes, 24 (52%) apresentaram eventos adversos durante o acompanhamento, com 6 óbitos e 3 transplantes no grupo placebo e 5 óbitos e 2 transplantes no grupo tratado com ivabradina. A FC no quinto dia da intervenção foi um forte preditor de eventos de acordo com o modelo de risco proporcional de Cox (HR 1,08 [IC95% 1,03-1,12], p < 0.001), mesmo quando corrigida pela idade, tempo de diagnóstico de IC e gênero. Conclusão. Os dados sugerem que a inibição da I(f) reduz de forma segura a FC em pacientes admitidos por ICAD em ritmo sinusal, com benefício para a função cardíaca global. Nosso estudo sugere que a FC elevada pode ser considerada um potencial alvo terapêutico em pacientes com ICAD em ritmo sinusal, sendo necessário um estudo multicêntrico sobre o tema / Introduction. Elevated heart rate (HR) is a known prognostic factor of higher mortality in acute decompensated heart failure (ADHF). However, little is known about the effects of HR reduction on the progression of patients with ADHF in sinus rhythm, and there was no clinical study specifically designed to clarify this issue to date. Aims. To evaluate the efficacy and safety of HR reduction through inhibition of the atrial I(f) current in patients hospitalized with ADHF in sinus rhythm. To evaluate the short-term effects of HR reduction on hemodynamic and ventricular function parameters by echocardiography and on serum biomarkers of HF. Methods. Randomized, double-blind, placebo-controlled, single-center clinical trial. Inclusion criteria were ADHF, left ventricle ejection fraction (LVEF) <40%, HR >80 bpm, INTERMACS >= 3 and sinus rhythm. Participants in the study (n = 46, 48% female, mean age 48 ± 15 years) received guideline-guided treatment for ADHF and 5 mg ivabradine (N = 23) or placebo (N = 23) 12/12 hours for 1 month. Outcomes were change from baseline measured on the fifth day of intervention for the following variables: HR, systemic arterial pressure, LV stroke volume (LVSV), cardiac index (CI), LVEF, LV global longitudinal strain (LV-GLS), myocardial performance index (MPI), E/A, E wave deceleration time (E wave DT), E/e\' ratio, tricuspid annular plane systolic excursion (TAPSE), tricuspid annular plane peak-systolic velocity (s´), right ventricle (RV) fractional area change (FAC), RV global longitudinal strain (RV-GLS), B-type natriuretic peptide (BNP), troponin, reactive C protein (RCP), creatinine, and neutrophil gelatinase-associated lipocalin (NGAL). Patients were followed up during hospitalization and after discharge until the sixth month, or until the occurrence of a pre-specified cardiovascular event. Results. Ivabradine significantly reduced HR compared with placebo (-14 ± 5 vs 0.2 ± 6 bpm, p < 0.001). The HR reduction was accompanied by improvement in LVEF (5.5 ± 15 vs -3.0 ± 11%, p = 0.03), LVSV (5.8 ± 11 vs -1.8 ± 10 mL, p = 0.02), RV-GLS (2.0 ± 2.2 versus 0.3 ± 3.1%, p = 0.007), TAPSE (1.6 ± 2.4 vs. -0.2 ± 1,7 mm, p = 0.004), FAC (5.1 ± 7.8 vs -1.4 ± 4.5%, p = 0.001) and s´ (0.5 ± 1.3 vs. -0.4 ± 1.0 cm / s, p = 0.009). There was no difference in systemic arterial pressure, CI, MPI, E wave TD, BNP, troponin, RCP, NGAL and creatinine. Of the 46 patients, 24 (52%) presented events during follow-up, with 6 deaths and 3 transplants in placebo group and 5 deaths and 2 transplants in ivabradine group. HR on the fifth day of the intervention was a strong event predictor according to Cox proportional hazards model (HR 1.08 [95% CI 1.03-1.12], even when corrected for age, time from diagnosis of HF and gender. Conclusion. The data suggest that I(f) inhibition safely reduces HR in patients admitted with ADHF in sinus rhythm, with benefit to global cardiac function. Our study suggests that elevated HR may be considered a potential therapeutic target in patients with ADHF in sinus rhythm, requiring a multicenter study on the subject
|
554 |
Avaliação da atividade do sistema nervoso simpático por microneurografia muscular em pacientes com insuficiência aórtica importante / Evaluation of sympathetic nervous system activity through muscle microneurography in patients with severe aortic regurgitationTarso Augusto Duenhas Accorsi 14 May 2018 (has links)
Introdução: O papel do sistema nervoso simpático (SNS) na remodelação ventricular esquerda na insuficiência aórtica crônica (IAo) é pouco conhecido. O aumento da atividade do SNS tem associação com remodelamento ventricular e mau prognóstico na insuficiência cardíaca (IC) não valvar, fazendo do seu bloqueio farmacológico importante conduta terapêutica. A despeito de similaridades na evolução clínica da IAo com IC não valvar, não há estudos com mensuração direta da atividade do SNS em IAo. Objetivo: Quantificar a atividade nervosa simpática muscular (ANSM) em pacientes com IAo importante em três situações clínicas, representativas da história natural dessa doença. Métodos: Trata-se de estudo transversal, unicêntrico, incluindo 30 pacientes com IAo importante que foram alocados em três grupos: (I) assintomáticos (n = 10, 70% homens, 37,4 ± 13,6 anos), (II) sintomáticos em pré-operatório de troca de valva aórtica (TVA) (n = 10, 70% homens, 42,2 ± 12,1 anos) e (III) - pós-operatório de TVA (n = 10, 80% homens, 41,2 ± 15,4 anos). Grupo controle formado por voluntários saudáveis sem doença cardíaca estrutural (n = 10) correspondentes para idade, sexo e IMC também foram avaliados. Variáveis clínicas, ecocardiográficas e BNP (peptídeo natriurético atrial) foram analisadas nos grupos. Apenas a pressão arterial sistólica era significativamente menor no grupo III. A ANSM foi mensurada utilizando a técnica padrão de microneurografia muscular (MM). A variável desfecho foi a Resumo média do número de espículas obtidas num registro contínuo de 10 minutos de MM. Resultados: Os grupos IAo não diferiram em relação às características demográficas, antropométricas e ecocardiográficas, assim como etiologia e BNP. A média de espículas obtidas pela MM, representativa da ANSM, nos grupos I, II, III e controle foi, respectivamente, 25,5 ± 4,1, 25,1 ± 3,6, 28,6 ± 6,5 e 15,6 ± 1,5 (p=0,001). Houve apenas diferença estatística entre os grupos IAo e o grupo controle. Conclusão: Houve aumento significativo da ANSM em pacientes com IAo importante associado ao remodelamento ventricular esquerdo em relação a indivíduos sem doença cardíaca estrutural. A ANSM foi similar em pacientes com IAo importante assintomáticos, sintomáticos e em pós-operatório de TVA. A participação da ação do SNS na IAo deve estar associada ao remodelamento ventricular, mas sem correlação com mudanças clínicas / Introduction: The role of sympathetic nervous system (SNS) in the left ventricle remodeling of severe aortic regurgitation (AR) remains poorly understood. The increase in SNS activity is associated with ventricular remodeling and poor prognosis in non-valvular heart failure (HF), making its pharmacological blockade an important therapeutic approach. Despite similarities in the clinical evolution of AR with non-valvular HF, there are no studies with direct measurement of SNS activity in AR. Aims: The present study aimed to quantify muscular sympathetic nervous activity (MSNA) in patients with severe AR in three clinical situations: asymptomatic, symptomatic before aortic valve replacement (AVR), and patients submitted to AVR. Methods: Thirty patients with severe AR were allocated to three groups: (I) asymptomatic patients (n=10, 70% men, age: 37.4 ± 13.6), (II) symptomatic patients before AVR (n=10, 70% men, age: 42.2 ± 12.1), and (III) patients submitted to AVR (n=10, 80% men, age: 41.2 ± 15.4). Healthy volunteers (n = 10) matched for age, sex, and BMI were also assessed. The AR groups did not differ in relation to etiology, demographic, anthropometric or echocardiographic data. Only systolic blood pressure was significantly lower in group III. MSNA was recorded using microneurography, with a spike per minute result. Results: The means of 10-minute recordings in groups I, II, III and control were 23.2 ± 6.4, 25.5 ± 4.1, 25.1 ± 3.6 and 15.6 ± 1.5, respectively (p=0.001). Only the AR and control groups differed from each other. Conclusions: AR is associated with relatively higher SNS activity, which is similar across different stages of the disease (asymptomatic, symptomatic and postoperative). The role of the SNS in AR must be associated with ventricular remodeling, but without correlation with clinical change
|
555 |
Efeito do treinamento físico isolado ou associado à reposição de testosterona em pacientes com insuficiência cardíaca / Effect of exercise training alone or associated with testosterone replacement in heart failure patientsMarcelo Rodrigues dos Santos 24 October 2013 (has links)
Introdução. A insuficiência cardíaca (IC) é caracterizada por exacerbação da atividade nervosa simpática muscular (ANSM), baixa tolerância ao esforço e dispneia. Além disso, é característico nessa população o desequilíbrio entre o anabolismo e catabolismo, favorecendo dessa maneira uma acentuada perda da massa magra muscular, o que agrava ainda mais a qualidade de vida nos pacientes com IC. Dentre as alterações anabólicas observadas na IC avançada destaca-se a diminuição dos hormônios GH, IGF-1 e testosterona. A testosterona, um importante hormônio para as características masculinizantes e na manutenção da massa muscular, apresenta acentuada redução com o avançar da doença. Esta perda da massa magra, leva ao processo de caquexia muscular e consequente atrofia, com diminuição da força e da capacidade funcional do paciente com IC. A reposição de testosterona nesses pacientes tem sido estudada e se mostra uma importante terapêutica para melhorar a capacidade funcional e força muscular. Porém, não se conhece claramente o papel deste tratamento medicamentoso sobre o processo anabólico muscular, bem como na melhora da composição corporal. O exercício físico como tratamento não medicamentoso tem sido amplamente recomendado na IC por reduzir a ANSM, melhorar o fluxo sanguíneo periférico, aumentar a força muscular e melhorar a qualidade de vida. Entretanto, a combinação das estratégias do exercício físico associado à terapia de reposição de testosterona, não é conhecido em pacientes com IC. Métodos. 24 pacientes com IC foram randomizados em 3 grupos: Treinamento (TR, n=9), Testosterona (T, n=8) e Treino+Testosterona (TRT, n=7). A ANSM foi avaliada pela técnica de Microneurografia. O fluxo sanguíneo do antebraço foi avaliado pela pletismografia de oclusão venosa. A composição corporal foi avaliada pela densitometria (DEXA). A biópsia do músculo vasto-lateral foi feita para avaliarmos a área de secção transversa da fibra e a tipagem de fibras musculares. A qualidade de vida foi avaliada pelo questionário de Minnesota. O treinamento físico aeróbio em bicicleta foi realizado 3 vezes por semana, com 40 minutos de exercício por sessão, pelo período de 4 meses. A reposição de testosterona foi realizada pela administração intramuscular de undecilato de testosterona pelo período de 4 meses. Resultados. Após 4 meses de intervenção, observamos restauração dos níveis de testosterona em todos os grupos. A ANSM reduziu nos grupos TR e TRT. Não houve aumento do fluxo sanguíneo entre os grupos. O consumo de oxigênio aumentou em todos os grupos, porém apenas o grupo TRT aumentou a potência máxima ao exercício. A massa magra apresentou aumento significativo apenas no grupo TRT. Não observamos mudança no conteúdo mineral ósseo entre os grupos. Apenas o grupo TRT aumentou de maneira significativa a área de secção transversa das fibras tipo I (oxidativas). A qualidade de vida melhorou apenas nos grupos TR e TRT. Conclusões. O exercício físico associado à terapia de reposição de testosterona se mostrou mais eficaz em reduzir a ANSM, aumentar a capacidade funcional, a força muscular, a massa magra com um importante aumento das fibras do tipo I. Nossos resultados enfatizam a importância do exercício físico em pacientes com IC e traz uma nova perspectiva com a associação da testosterona para pacientes com hipogonadismo / Introduction. Heart failure (HF) is characterized by exacerbation of muscle sympathetic nerve activity (MSNA), exercise intolerance and dyspnea. Furthermore, is characteristic in this population the imbalance between anabolism and catabolism which lead to loss of skeletal muscle mass worsening quality of life in HF patients. Prior studies have demonstrated decrease in anabolic hormones such as GH, IGF-1 and testosterone. Testosterone, an important hormone for masculinization feature and maintenance of muscle mass, shows sharp decline in advanced HF. Loss muscle mass leads to cachexia and atrophy which decrease strength and functional capacity in HF patients. Testosterone replacement in these patients has been studied and shows an important therapeutic to enhance functional capacity and muscle strength. However it is not known the role of this medical treatment on muscle anabolic process as well as on body composition. Physical exercise as a non-medication treatment has been widely recommended to reduce MSNA, enhance peripheral blood flow, increase muscle strength and improve quality of life. However, the combination of the strategies of physical exercise associated with testosterone replacement therapy is not known in HF patients. Methods. 24 HF patients were randomized in 3 groups: Training (TR, n=9), Testosterone (T, n=8) and Training+Testosterone (TRT, n=7). MSNA was recorded by microneurography technic. Forearm blood flow was evaluated by venous occlusion plethysmography. Body composition was measured by densitometry (DEXA). Muscle biopsy was done in vastus lateralis to evaluate the cross-sectional area and type of fibers. Quality of life was assessed by Minnesota living with heart failure questionnaire. Aerobic exercise training on a bicycle was performed 3 times per week, with 40 minutes of exercise per session, for a period of 4 months. Testosterone replacement was performed by intramuscular administration of testosterone undecylate for a period of 4 months. Results. After 4 months testosterone levels were restored in all groups. MSNA decreased in TR and TRT groups. There was no increase in blood flow between groups. Oxygen consumption increased in all groups, but only the TRT group showed increase in maximum power to exercise. Lean body mass increased significantly only in the TRT group. We did not observe changes in bone mineral content between groups. Only TRT group significantly increased the cross-sectional area of type I fibers (oxidative). The quality of life improved only in TR and TRT groups. Conclusions. Exercise training associated with testosterone replacement therapy was more effective in reducing MSNA, increase functional capacity, muscle strength, lean mass with a significant increase in type I fibers. Our results emphasize the importance of physical exercise in patients with HF and bring a new perspective to association testosterone for patients with hypogonadism
|
556 |
Efeitos da terapia de ressincronização cardíaca (TRC) sobre a perfusão miocárdica: correlações clínico-funcionais / Effects of cardiac resynchronization therapy (CRT) on myocardial perfusion: clinical and functional correlationsSimone Cristina Soares Brandão 17 September 2008 (has links)
Introdução: a cintilografia cardíaca com MIBI-99mTc sincronizada ao eletrocardiograma (gated SPECT) avalia integridade celular, perfusão miocárdica e função global e regional do ventrículo esquerdo (VE). A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) pode melhorar os sintomas de insuficiência cardíaca (IC), mas seus benefícios sobre a função do VE são menos pronunciados. Objetivos: avaliar se as mudanças na captação miocárdica do MIBI-99mTc após a TRC estão associadas à melhora clínica, à redução do QRS ao eletrocardiograma e ao desempenho do VE e se a gated SPECT adiciona informação na seleção e acompanhamento de pacientes para a TRC. Método: trinta pacientes (idade media 59 ± 11 anos, 47% masculinos) com miocardiopatia dilatada não isquêmica, IC classe funcional III ou IV da New York Heart Association com tratamento medicamentoso otimizado, bloqueio de ramo esquerdo e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) inferior a 35% participaram deste estudo. Foram avaliados pré e três meses após TRC as seguintes variáveis: classe funcional de IC, duração do QRS, FEVE pela ecocardiografia, captação miocárdica do MIBI-99mTc (%) ao repouso e após estresse com adenosina, volumes diastólico (VDF) e sistólico finais (VSF) do VE, motilidade e espessamento regionais nas paredes do VE pela Gated SPECT. Após TRC, os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a melhora na FEVE: grupo 1 (G1=12 pacientes) com aumento 5 pontos absolutos; e grupo 2 (G2=18 pacientes) sem aumento significante. Resultados: após TRC, ambos os grupos melhoraram significantemente a classe funcional de IC, reduziram QRS e aumentaram a captação miocárdica do MIBI-99mTc nas paredes ântero-septal e ínfero-septal. Apenas G1 apresentou mudanças favoráveis no VDF, VSF, motilidade e espessamento regionais do VE. Pré TRC, pela análise univariada, o VDF e ESV foram estatisticamente maiores no G2 em relação ao G1 (VDF: 477 ± 168 mL vs. 276 ± 94 mL, p<0,001; VSF: 401 ± 154 mL vs. 220 ± 85 mL, p<0,001, G2 e G1, respectivamente). A captação miocárdica do MIBI-99mTc foi menor no G2 em relação ao G1 nas paredes anterior (60 ± 10% vs. 67 ± 7%, p=0,049, repouso) e inferior (48 ± 10% vs. 59 ± 11%, repouso, e 47 ± 10% vs. 58 ± 9%, p=0,003, após estresse). A soma dos escores de hipocaptação após estresse foi significantemente maior no G2 em relação ao G1 (14 ± 9 e 9 ± 4, G2 e G1, respectivamente, p=0,039). Pela análise multivariada, o VDF foi o único preditor independente de aumento na FEVE após terapia, p=0,01. O ótimo ponto de corte do VDF pela curva ROC para predizer melhora na FEVE após terapia foi 315 mL com sensibilidade de 89% e especificidade de 94%. Conclusões: A TRC aumentou a captação miocárdica regional de MIBI-99mTc, melhorou a classe funcional de IC e reduziu QRS independentemente da melhora do desempenho cardíaco. Após TRC, o aumento da FEVE ocorreu em corações menos dilatados e com uma maior captação miocárdica regional do MIBI-99mTc, principalmente na parede inferior / Background: gated myocardial scintigraphy with 99mTc-MIBI (gated SPECT) evaluates myocyte integrity, myocardial perfusion and global and regional left ventricular (LV) function. Cardiac resynchronization therapy (CRT) may improve heart failure (HF) clinical symptoms, but its benefits for LV function are less pronounced. Objectives: we assessed whether changes on myocardial 99mTc-MIBI uptake post-CRT are related to improvement in clinical HF symptoms, reduction in QRS duration and improvement in LV performance, and whether gated SPECT with 99mTc-MIBI adds information to selection and follow-up of patients undergoing CRT. Methods: thirty patients (mean age 59 ± 11, 47% male) with nonischemic dilated cardiomyopathy, chronic HF in New York Heart Association functional class III or IV with optimized clinical treatment, left bundle-branch block, and LV ejection fraction (LVEF) inferior to 35% participated to this study. Pre- and 3 months post-CRT, the variables analyzed were: HF functional class, QRS duration, LVEF by echocardiography, myocardial 99mTc-MIBI uptake (%) at rest and after adenosine stress, LV end-diastolic (EDV) and end-systolic volumes (ESV), regional LV motion and thickness by gated SPECT. Post-CRT, patients were divided into 2 groups according to LVEF improvement: group 1 (G1=12 patients) with increase in LVEF5points and group 2 (G2=18 patients) without significant increase. Results: post-CRT, both groups improved significantly in HF functional class, reduced QRS width and increased antero-septal and infero-septal wall 99mTc-MIBI uptake. Only G1 had favorable changes in EDV, ESV, and LV regional motion and thickness. Pre- CRT, by univariate analysis, EDV and ESV were statistically higher in G2 compared with G1 (EDV: 477 ± 168 mL vs. 276 ± 94 mL, p<0.001; ESV: 401 ± 154 mL vs. 220 ± 85 mL, p<0.001, G2 and G1, respectively). Myocardial 99mTc-MIBI uptake was lower in G2 compared with G1 in the anterior wall (60 ± 10% vs. 67 ± 7%, p=0.049, at rest) and inferior wall (48 ± 10% vs. 59 ± 11%, at rest, and 47 ± 10% vs. 58 ± 9%, p=0.003, after adenosine stress). Summed stress score was significantly higher in G2 compared to G1 (14 ± 9 vs. 9 ± 4, G2 and G1, respectively, p=0.039). By multivariate analysis, EDV was the only independent predictor of LVEF increase posttherapy, p=0.01. By ROC curve, optimal EDV cutoff point was 315mL with 89% of sensitivity and 94% of specificity. Conclusions: CRT increased myocardial 99mTc- MIBI uptake, improved HF functional class, and reduced QRS width independently of LV performance improvement. Post-CRT, LVEF increase occurred in hearts less dilated showing higher regional myocardial 99mTc-MIBI uptake, mainly in the inferior wall
|
557 |
Impacto da pericardiectomia sobre a fisiologia cardiorrespiratória de pacientes com pericardite constritiva crônica durante a vigília e sono / Impact of pericardiectomy on cardiorespiratory physiology of patients with chronic constrictive pericarditis during wakefulness and sleepDirceu Thiago Pessôa de Melo 10 March 2017 (has links)
Introdução: A pericardiectomia é o tratamento de escolha para pacientes com pericardite constritiva crônica sintomática, entretanto, o impacto do procedimento na capacidade cardiopulmonar e fisiologia cardiorrespiratória durante a vigília e sono é pouco estudado. Objetivo: Avaliar o impacto da cirurgia de pericardiectomia sobre a capacidade funcional de pacientes com pericardite constritiva crônica sintomática. Métodos: Trata-se de estudo observacional prospectivo com 25 pacientes consecutivos com diagnóstico de pericardite constritiva crônica submetidos à pericardiectomia. Foram realizados os seguintes procedimentos uma semana antes e seis meses após a pericardiectomia: avaliação clínica e antropométrica, avaliação da qualidade de vida e do sono, dosagem dos níveis séricos de BNP, ecocardiograma transtorácico, teste cardiopulmonar de esforço, polissonografia noturna completa. Resultados: A idade média foi 45 anos, com predomínio do sexo masculino (76%). A etiologia foi principalmente idiopática (76%), seguida por tuberculose (12%). O ecocardiograma revelou fração de ejeção do ventrículo esquerdo preservada e dilatação de veia cava inferior (92%) na maioria dos pacientes. Todos os pacientes foram submetidos à pericardiectomia de frênico a frênico via esternotomia mediana, sem circulação extracorpórea. Após a pericardiectomia, houve redução da: classe funcional III/IV (56% vs. 8%, p < 0,001), ascite (72% vs. 12%, p < 0,001) e edema de membros inferiores (88% vs. 24%, p < 0,001) em relação ao pré-operatório. O teste cardiopulmonar revelou melhora do VO2 pico (18,7 ± 5,6 vs. 25,2 ± 6,3 mL/kg/min, p < 0,001), limiar anaeróbico (13,1 ± 3 vs. 17,7 ± 5,5 mL/kg/min, p < 0,001) e velocidade na esteira rolante de 2,5 (2-2,5) para 3 (2,5-3,3) mph, p=0,001. Na análise multivariada, a idade foi o único preditor independente da variação de VO2 (r=-0,658, p=0,003). Os níveis séricos de BNP apresentaram redução significativa de 143 (83,5-209,5) pg/mL para 76 (40-117,5) pg/mL, p=0,011. A polissonografia noturna completa no pré-operatório demonstrou a presença de apneia do sono moderada/ grave (IAH >= 15 eventos/hora) em 13 pacientes, com predomínio de hipopneias. Não houve mudança significativa do índice de apneia-hipopneia após a pericardiectomia: IAH pré 15,6 (8,3-31,7) vs. IAH pós 14,6 (5,75-29,9), p=0,253; entretanto, houve melhora da qualidade do sono (Pittsburgh pré 7,8 ± 4,10 vs. Pittsburgh pós 4,7 ± 3,7, p < 0,001). O IAH apresentou correlação positiva com os níveis de BNP (r=0,418, p=0,037) e EuroSCORE (r=0,480, p=0,015) no pré-operatório. Conclusão: Pacientes com pericardite constritiva crônica sintomática apresentaram, seis meses após a cirurgia de pericardiectomia, melhora da capacidade cardiopulmonar, da classe funcional e da qualidade de vida. A apneia do sono se mostrou frequente e apresentou correlação com níveis séricos de BNP e EuroSCORE no pré-operatório. O índice de apneia-hipopneia não apresentou mudanças significativas após a pericardiectomia. A despeito disso, houve melhora da qualidade do sono / Introduction: Pericardiectomy is the treatment of choice for patients with symptomatic chronic constrictive pericarditis; however, the impact of the procedure on cardiopulmonary capacity and cardiorespiratory physiology during wakefulness and sleep has been poorly studied so far. Objective: To evaluate the impact of pericardiectomy surgery on functional capacity of patients with symptomatic chronic constrictive pericarditis. Methods: This is a prospective observational study with 25 consecutive patients diagnosed with chronic constrictive pericarditis submitted to pericardiectomy. The following procedures were performed one week before and six months after pericardiectomy: clinical and anthropometric evaluation, quality of life and sleep evaluation, serum BNP levels, transthoracic echocardiography, cardiopulmonary exercise test, complete nocturnal polysomnography. Results: The mean age was 45, with a predominance of males (76%). The etiology was mainly idiopathic (76%), followed by tuberculosis (12%). The echocardiogram revealed preserved left ventricular ejection fraction and inferior vena cava dilatation (92%) in most patients. All patients underwent phrenic to phrenic pericardiectomy via median sternotomy, without extracorporeal circulation. After pericardiectomy there was a reduction in: functional class III / IV (56% vs. 8%, p < 0.001), ascites (72% vs. 12%, p < 0.001) and lower limb edema (88% vs. 24%, p < 0.001) as compared to the preoperative period. The cardiopulmonary test revealed improvement in VO2 peak (18.7 ± 5.6 vs. 25.2 ± 6.3 mL/kg/min, p < 0.001), anaerobic threshold (13.1 ± 3 vs. 17.7 ± 5.5 mL/kg/min, p < 0.001) and velocity on the treadmill from 2.5 (2-2.5) to 3 (2.5-3.3) mph, p=0.001. In multivariate analysis, age was the only independent predictor of VO2 variation (r = -0.658, p = 0.003). Serum BNP levels showed a significant reduction from 143 (83.5-209.5) pg/mL to 76 (40-117.5) pg/mL, p=0.011. The complete nocturnal polysomnography in the preoperative period showed moderate / severe sleep apnea (AHI >= 15 events / hour) in 13 patients, predominantly hypopnea. There was no significant change in apnea-hypopnea index after pericardiectomy: AHI pre 15.6 (8.3-31.7) vs. AHI post 14.6 (5.75-29.9), p= 0.253; however, there was improvement in sleep quality (Pittsburgh pre 7.8 ± 4.10 vs. Pittsburgh post 4.7 ± 3.7, p < 0.001). AHI presented a positive correlation with BNP levels (r=0.418, p=0.037) and EuroSCORE (r=0.480; p=0.015) in the preoperative period. Conclusion: Patients with symptomatic chronic constrictive pericarditis showed improvement in cardiopulmonary capacity, functional class and quality of life six months after pericardiectomy. Sleep apnea was frequent and correlated with serum levels of BNP and EuroSCORE in the preoperative period. The apnea-hypopnea index did not show significant changes after pericardiectomy. Nevertheless, there was an improvement in sleep quality
|
558 |
Função endotelial em crianças pré-púberes com cardiomiopatia dilatada idiopática, insuficiência cardíaca com fração de ejeção de ventrículo esquerdo preservada e saudáveis / Endothelial function in prepubertal children with idiopathic dilated cardiomyopathy, heart failure with preserved left ventricular ejection fraction and healthy onesAline Cristina Tavares 09 June 2016 (has links)
Adultos com insuficiência cardíaca (IC) desencadeada por cardiomiopatia dilatada idiopática (CMDid) apresentam disfunção endotelial. Esta, por sua vez, está relacionada a baixo prognóstico. Assim, o objetivo principal desse estudo foi avaliar a função endotelial de crianças com CMDid e com IC por CMDid prévia e função de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) preservada. O estudo, então, foi composto por três grupos. O grupo CMDid foi composto de 15 crianças com CMDid e FEVE<40%.O grupo IC foi composto de 16 crianças com IC por CMDid prévia e FEVE > 50%. O grupo controle (CON) foi composto de 11 crianças saudáveis. As crianças dos três grupos foram submetidas a avaliações de função endotelial pelo índice de hiperemia reativa (RHI), ergoespirometria e classificação da classe funcional. Os resultados mostram que a estatura das crianças do CMDid foi menor que a das crianças do CON (1,20 ± 0,20 contra 1,40 ± 0,10; p=0,02). A FEVE foi significativamente menor no CMDid (35,2 ± 10,4) em comparação com a no IC (59,1 ± 5,9) e no CON (62,5 ± 3,4; p=0,0001). Os valores de RHI do CON se apresentaram significativamente 31% maiores que o CMDid e 25% maiores no IC, de forma que houve efeito principal significativo estatisticamente apenas para o grupo em relação à variável RHI [F(2,39)=10,310;p < 0,001; ?2=0,35; poder = 0,98].As crianças do CMDid apresentaram os valores de RHI e de pressão arterial sistólica no pico do exercício significantemente menores que as crianças do IC e do CON. A FEVE esteve moderadamente correlacionada com os valores do RHI (r=0,46; p < 0,006). Para cada unidade de medida de RHI, houve um acréscimo de 10,5 no VO2max. Os menores valores de RHI estiveram diretamente correlacionados com os menores valores de VO2max (r=1; p =< 0,01). A classificação de Weber foi significativamente associada às três classes funcionais (da criança, do responsável e do médico) / Adults with heart failure (HF) due to idiopathic dilated cardiomyopathy (DCM) have endothelial dysfunction. The latter is related to poor prognosis. Therefore, the primary aim of this study was to evaluate endothelial function in children with DCM, with HF due to previous DCM and preserved left ventricular ejection fraction (LVEF). The study was composed by three groups. CMDid group was composed by 15 DCM children with LVEF < 40%.ICgroup was composed by 16 HF children (by previous DCM) with LVEF > 50%. Control group (CON) was composed by 11 healthy children. All children were assessed by endothelial function via reactive hyperemia-peripheral artery tonometry (RH-PAT) testing, CPT and functional class classification. The results point that CMDid children were shorter than CON (1.20 ± 0.20 contra 1.40 ± 0.10; p=0.02). LVEF was significantly lower in children from CMDid (35.2 ± 10.4) compared to those from IC (59.1 ± 5.9) and from CON (62.5 ± 3.4; p=0.0001). CON had significant higher RHI values than CMDid in 31% and than IC in 25%.There was statistically significant main effect only for group in relation to the variable RHI [F(2,39)=10.310;p < 0.001; ?2=0.35; power = 0.98]. Children in CMDidhad significantly lower values of RHI and lower systolic pressure at peak of exercise than ICand CON. LVEF was moderate correlated to RHI values (r=0.46; p < 0.006). For each point of RHI, there is an addition of 10.5 in the VO2max. Lower RHI values were correlated to lower VO2max values (r=1; p =< 0.01).Weber\'s classification was significantly associated to the three functional classes (children\'s self report, parents\' and medical\'s)
|
559 |
Efeitos de diferentes doses de um inibidor da ECA nas concentrações plasmáticas do peptídeo natriurético B, em idosos com insuficiência cardíaca / Effects of different doses of the angiotensin-converting enzyme inhibitors on B-type natriuretic peptide levels in heart failure, in elderly patientsFelicio Savioli Neto 24 August 2007 (has links)
A Insuficiência cardíaca (IC), síndrome clínica que afeta predominantemente os idosos, caracteriza-se por graus variados de comprometimento hemodinâmico e contínua estimulação neuro-hormonal, com conseqüente redução da capacidade funcional e elevação nas concentrações plasmáticas do peptídeo natriurético B (PNB). Diversos ensaios clínicos demonstraram os benefícios dos inibidores da ECA na atividade neuro-hormonal e na capacidade funcional de pacientes com IC, com a magnitude desses efeitos proporcional à dose desses agentes. Entretanto, a sistemática exclusão dos idosos, observada na grande maioria desses estudos, tem questionado a validação e incorporação de tais resultados na população geriátrica. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de diferentes doses de quinapril, um inibidor da ECA com meia-vida biológica >24 horas, nas concentrações plasmáticas do PNB, nas distâncias percorridas no teste da caminhada de 6 minutos (TC-6 min) e na incidência de reações adversas, em idosos com IC sistólica. Métodos: Ensaio clínico, aberto, não randomizado e prospectivo. Foram avaliados, segundo os critérios de inclusão e exclusão, 30 pacientes (76,1 ± 5,3 anos; 15 homens e 15 mulheres) com IC classe funcional II-III (NYHA), com fração de ejeção ventricular esquerda < 40% (33,5 ± 4,5%), em uso de diuréticos (30), digoxina (24) e nitratos (13). As avaliações foram realizadas no momento da inclusão (condição basal) e a cada dois meses, com a adição de 10, 20, 30 e 40 mg de quinapril, e incluíam avaliações clínicas, exames bioquímicos, análises das concentrações plasmáticas do PNB e TC-6 min. Resultados: Completados oito meses de terapêutica com inibidor da ECA, as concentrações plasmáticas do PNB foram 67,4% menores em relação à condição basal: redução de 33,3% com a dose de 10 mg em relação à condição basal, 27,1% com 20 mg em relação à dose de 10 mg, 23,6% com 30 mg em relação à dose de 20 mg e 12,5% com 40 mg em relação à dose de 30 mg de quinapril, com p<0,005 em todas as comparações. Do mesmo modo, as distâncias percorridas no TC-6 min foram, em média, 64,9% maiores no final do estudo em relação à condição basal: aumento de 22,8% com a dose de 10 mg em relação à condição basal, 13,3% com 20 mg em relação à dose de 10 mg, 12,2% com 30 mg em relação à dose de 20 mg e 5,6% com 40 mg em relação à dose de 30 mg de quinapril, com p<0,005 em todas as comparações. Reações adversas graves, como hipotensão arterial associada a sintomas de baixo débito cerebral e/ou disfunção renal, não foram observadas, o que possibilitou o emprego da dose máxima de quinapril (40 mg/dia) em todos os pacientes, incluindo-se dois octogenários e dois nonagenários. Conclusão: Os resultados deste estudo demonstraram os benefícios da terapêutica com inibidores da ECA no perfil neuro-hormonal e na capacidade funcional de idosos com insuficiência cardíaca sistólica, bem como a relação positiva entre a dose e o efeito dos inibidores da ECA. Ademais, os sucessivos aumentos nas doses de quinapril não foram associados a reações adversas, possibilitando o emprego da dose máxima em todos os pacientes, incluindo-se dois octogenários e dois nonagenários. / Heart Failure (HF), a clinical syndrome that affects specially the elderly, is characterized by varied degrees of hemodinamic compromise and continuous neuro-hormonal stimulation, with consequent reduction of the functional capacity and elevation in the plasmatic concentrations of the natriuretic peptide B (BNP). Several clinical attempts showed the benefits of the ACE inhibitors in the neuro-hormonal activity and in the functional capacity of patients with HF, with the magnitude of those effects being proportional to the dose of the agents. However, the observed systematic exclusion of the elderly in the most of studies, has questioned the validation and the incorporation of such results in the geriatric population. The objective of this paper was the evaluation of the effects caused by different doses of quinapril, an ACE inhibitor with biological half-life> 24 hours, in the plasmatic concentrations of BPN, in the distances in the walk test of 6 minutes and in the incidence of adverse reactions in elderly with sistolic HF. Methods: prospective and not randomized study. 30 patients (76,1 ± 5,3 years; 15 men and 15 women with HF - class II-III (NYHA) - were evaluated, following the criteria of enclosure and exclusion, with ejection fraction of left ventricular <40% (33,5 ± 4,5%), in use of diuretics (30), digoxina (24) and nitrates (13). The evaluations were carried out in the moment of the enclosure (basic condition) and every other month, with the addition of 10 mg, 20 mg, 30 mg and 40 mg of quinapril. It was included clinical evaluations, biochemical exams, analyses of the BNP plasmatic concentrations and walk test of 6 minutes. Results: After eight months of treatment with the ACE inhibitor, the plasmatic concentrations of BNP were 67,4% smaller than the ones in the basic condition: reduction of 33,3% with the dose of 10 mg regarding the basic condition, 27,1% with 20 mg regarding the dose of 10 mg, 23,6% with 30 mg regarding the dose of 20 mg and 12,5% with 40 mg regarding the dose of 30 mg of quinapril, with p<0,005 in all the comparisons. In the same way, the distances in the walk test of 6 minutes were, on average, 64,9% bigger in the end of the study regarding the basic condition; there was the increase of 22,8% with the dose of 10 mg regarding the basic condition; 13,3% with 20 mg regarding the dose of 10 mg; 12,2% with 30 mg regarding the dose of 20 mg and 5,6% with 40 mg regarding the dose of 30 mg of quinapril, with p<0,005 in all the comparisons. Serious adverse reactions, as arterial hypotension associated to syncope and/or kidney dysfunction, were not observed, which made possible the use of the maximum dose of quinapril (40 mg/day) in all patients, including two octogenarians and two nonagenarians. Conclusion: The results of the study showed the benefits of the treatment with ACE inhibitors in the neuro-hormonal profile and in the functional capacity of elderly with sistolic heart failure, as well as the positive relation between the dose and the effect of the ACE inhibitors. Moreover, the successive increases in the doses of quinapril were not associated to adverse reactions, making possible the use of the maximum dose in all of the patients, including two octogenarians and two nonagenarians.
|
560 |
A reabilitação cardiovascular em pacientes com endomiocardiofibrose em insuficiência cardíaca classes funcionais II e III / Cardiovascular rehabilitation in patients with endomyocardial fibrosis in functional class II and IIIAna Luiza Carrari Sayegh 03 August 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: Endomiocardiofibrose (EMF) é uma cardiomiopatia restritiva (CMR), caracterizada por uma disfunção diastólica, mas com a função sistólica e a fração de ejeção preservadas ou, em fases avançadas da doença, pouco prejudicadas. O consumo máximo de oxigênio (VO2) é um marcador de mortalidade na insuficiência cardíaca sistólica (ICS). Apesar da mortalidade ser semelhante entre a CMR e ICS, ainda não é conhecido se o treinamento físico pode melhorar o VO2 pico em pacientes com EMF. O objetivo deste estudo foi verificar se 4 meses de treinamento combinado podem melhorar a capacidade funcional e qualidade de vida em pacientes com EMF. MÉTODOS: Vinte e um pacientes com EMF (classe funcional II e III, NYHA) foram divididos em 2 grupos: treinamento físico (EMF-TF, n = 9) e sedentários (EMF-Sed, n = 12). Foram avaliados: VO2 pico, pulso de O2, relação deltaFC/deltaVO2 e relação deltaVO2/deltaW, pelo teste cardiopulmonar (TECP); volume diastólico final (VDF), volume sistólico (VS) e volume diastólico do átrio esquerdo (AE), pela ecocardiografia (Simpson); e qualidade de vida, pelo questionário Minnesota Living With Heart Failure Questionnaire (MLWHFQ). Os resultados do TECP dos pacientes com EMF foram comparados com os resultados de indivíduos controle saudáveis sedentários (CSS). Foi considerado significativo P < 0,05. RESULTADOS: Idade não foi diferente entre EMF-Sed, EMF-TF e CSS (58±9 vs. 55±8 vs. 53±6 anos, P = 0,31; respectivamente). O grupo EMF-TF apresentou um aumento do VO2 pico pós-intervenção, comparado com o momento pré e comparado com o grupo EMF-Sed, mas esse valor foi menor, comparado ao CSS (17,4 ± 3,0 para 19,7 ± 4,4 vs. 15,3 ± 3,0 para 15,0±2.0 vs. 24,5 ± 4,6 ml/kg/min, P < 0,001; respectivamente). O pulso de O2 do grupo EMF-TF no momento pós-intervenção foi maior, comparado ao momento pré e ao grupo EMF-Sed, mas foi semelhante, quando comparado ao grupo CSS (9,3 ± 2,6 para 11,1 ± 2,8 vs. 8,6 ± 2,2 para 8,6 ± 1 vs. 11,2 ± 2,9 ml/batimentos; P < 0,05; respectivamente). A relação deltaFC/deltaVO2 diminuiu no momento pós-intervenção no grupo EMF-TF, comparado ao momento pré e ao grupo EMF-Sed, igualando-se ao grupo CSS (75 ± 36 para 57 ± 14 vs. 68 ± 18 para 73 ± 14 vs. 56±17 bpm/L; P < 0,05; respectivamente). O grupo EMF-TF reduziu significativamente a relação deltaVO2/deltaW, após o período de treinemento, comparado ao momento pré e ao grupo EMF-Sed, igualando-se ao grupo CSS (12,3 ± 2.8 para 10,2 ± 1.9 vs. 12,6±1.7 para 12,4 ± 1.7 vs. 10,0 ± 0,9 ml/min/Watts; P = 0,002; respectivamente). O treinamento físico também aumentou o VDF do grupo EMF-TF, quando comparado ao grupo EMF-Sed (102,1 ± 64,6 para 136,2 ± 75,8 vs. 114,4 ± 55,0 para 100,4 ± 49,9 ml; P < 0,001; respectivamente) e o VS (57,5±31,9 para 72,2 ± 27,4 vs. 60,1 ± 25,2 para 52,1 ± 18,1 ml; P = 0,01; respectivamente), e diminuiu o volume diastólico do AE [69,0 (33,3- 92,7) para 34,9 (41,1-60,9) vs. 44,6 (35,8-73,3) para 45,6 (27,0-61,7) ml; P < 0,001; respectivamente). A qualidade de vida dos pacientes EMF-TF, quando comparados com o grupo EMF-Sed também melhorou após o período de treinamento físico (45±17 para 27±15 vs. 47±20 para 45 ± 23 pontos; P < 0,05; respectivamente). CONCLUSÃO: Esses resultados esclarecem que os pacientes com EMF se beneficiaram com o treinamento físico combinado, enfatizando a importância dessa ferramenta não farmacológica no tratamento clínico habitual desses pacientes / BACKGROUND: Endomyocardial fibrosis (EMF) is a restrictive cardiomyopathy (RCM), characterized by a diastolic dysfunction, but with preserved systolic function and preserved ejection fraction, except in severe cases, in which these two present mild reduction. Maximal oxygen consumption (VO2) is a marker of mortality in systolic heart failure (SHF). Although mortality in RCM can be similar to SHF, it is still unknown if physical training can improve peak VO2 in patients with EMF. The aim of the present study was to evaluate if 4 months of combined physical training could improve functional capacity and quality of life in patients with EMF. METHODS: Twenty one EMF patients (functional class II and III, NYHA) were divided into 2 groups: physical training (EMF-PT, n = 9) and sedentary (EMF-Sed, n = 12). Peak VO2, O2 pulse, deltaFC/deltaVO2 relation and deltaVO2/deltaW relation were evaluated by cardiopulmonary exercise test (CPX); end diastolic volume (EDV), stroke volume (SV) and left atrium diastolic volume were evaluated by echocardiography (Simpson); and quality of life was evaluated by Minnesota Living With Heart Failure Questionnaire (MLWHFQ). CPX results from EMF patients were compared to a healthy sedentary (HS) control group. Significance was considered P < 0,05. RESULTS: Age was not different between EMF-PT, EMF-Sed and HS (58 ± 9 vs. 55±8 vs. 53 ± 6 years, P = 0,31; respectively). EMF-PT group presented an increase in peak VO2 after training compared to EMF-Sed group, but was lower compared to HS (17,4 ± 3,0 to 19,7 ± 4,4 vs. 15,3 ± 3,0 to 15,0 ± 2.0 vs. 24,5 ± 4,6 ml/kg/min, P < 0,001; respectively). O2 pulse in EMF-PT group increased after training compared to EMFSed group, and was similar compared to HS (9,3 ± 2,6 to 11,1±2,8 vs. 8,6±2,2 to 8,6 ± 1 vs. 11,2±2,9 ml/betas; P < 0,05; respectively). deltaFC/deltaVO2 relation decreased after training in EMF-PT group compared to EMF-Sed group, and was similar compared to HS (75 ± 36 to 57 ± 14 vs. 68 ± 18 to 73 ± 14 vs. 56 ± 17 bpm/L; P < 0,05; respectively). deltaVO2/deltaW relation decreased after training in EMF-PT group compared to EMF-Sed group, and was similar compared to HS (12,3 ± 2.8 to 10,2 ± 1.9 vs. 12,6 ± 1.7 to 12,4 ± 1.7 vs. 10,0 ± 0,9 ml/min/Watts; P = 0,002; respectively). Physical training also increased EDV in EMF-PT compared to EMFSed (102,1±64,6 to 136,2±75,8 vs. 114,4±55,0 to 100,4±49,9 ml; P < 0,001; respectively) and SV (57,5±31,9 to 72,2±27,4 vs. 60,1±25,2 to 52,1±18,1 ml; P = 0,01; respectively), and decreased left atrium diastolic volume [69,0 (33,3-92,7) to 34,9 (41,1-60,9) vs. 44,6 (35,8- 73,3) to 45,6 (27,0-61,7) ml; P < 0,001; respectively). Quality of life in EMF-PT group improved after training when compared to EMF-Sed group (45±17 to 27±15 vs. 47 ± 20 to 45 ± 23 points; P < 0,05; respectively). CONCLUSION: These results point out that patients with EMF benefit from combined physical training emphasizing the importance of this nonpharmacological tool in the clinical treatment of these patients
|
Page generated in 0.1022 seconds