Spelling suggestions: "subject:"insuficiência cardíaca."" "subject:"insuficiência çardíaca.""
561 |
Avaliação da massa e força muscular em pacientes no pré e pós-transplante cardíaco / Evaluation of muscle mass and strength in patients in the pre and post heart transplantLenise Castelo Branco Camurça Fernandes 15 September 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Existem poucos estudos demonstrando que anormalidades musculares esqueléticas em pacientes com insuficiência cardíaca crônica persistem meses após o transplante cardíaco. No presente estudo, objetivamos avaliar massa muscular, e força muscular periférica e respiratória em pacientes no pré-transplante cardíaco, e no seguimento precoce (6 meses) e tardio (1,5 e 3 anos) pós-transplante cardíaco. Objetivamos verificar ainda a correlação entre força muscular periférica e respiratória em pacientes no pré e pós-transplante cardíaco. Comparamos, por fim, os dados de pacientes do pré-transplante cardíaco com um grupo controle de indivíduos saudáveis sem doença cardíaca. MÉTODOS: Tratou-se de estudo prospectivo do tipo coorte. Foram selecionados todos os pacientes em lista de espera para transplante cardíaco do Hospital de Messejana, do período de agosto de 2011 a março de 2013. Avaliamos idade, gênero, causas da insuficiência cardíaca, hipertensão, diabetes, tempo de espera na lista, tempo de internamento pós-transplante, tempo de ventilação mecânica, medida da força muscular respiratória, da força muscular periférica, da espessura do adutor do polegar, média bilateral da área de secção transversal do músculo psoas maior, índice de massa corporal e creatinina em todos os pacientes do estudo e no grupo controle. As variáveis de massa e força muscular foram medidas por meio de tomografia computadorizada, paquimetria, manovacuometria e dinamometria. RESULTADOS: Foram encontrados 25 pacientes elegíveis e 23 foram incluídos. Ocorreram 8 óbitos no seguimento precoce, 4 no seguimento tardio e, ao final de 3 anos de seguimento, 11 pacientes sobreviveram com enxerto funcionando. Foram selecionados 23 indivíduos saudáveis para o grupo controle, pareados para gênero, idade, peso e altura. Quando comparamos as variáveis de massa e força muscular dos pacientes do grupo pré-transplante cardíaco com o grupo controle de indivíduos saudáveis foram encontradas diminuição da força muscular periférica (27,0 kg/f vs. 38,2 kg/f), da área de secção transversal do músculo psoas ( 1.238,9 mm2 vs. 1.533,1 mm2) da espessura do músculo adutor do polegar (16,5 mm vs. 23,9 mm), da força muscular inspiratória (60,2 cmH2O vs. 94,8 cmH2O) e da força muscular expiratória (75,2 cmH2O vs. 102,17 cmH2O) nos pacientes do grupo pré-transplante cardíaco. Na comparação entre os períodos pré-transplante cardíaco, seguimento precoce e seguimento tardio pós-transplante cardíaco houve aumento estatisticamente significante (p < 0,001) das seguintes variáveis: força muscular periférica (27,3 kg/f vs. 34,7 kg/f), da área de secção transversal do músculo psoas ( 1.305,4 mm2 vs. 1.431,3 mm2) da espessura do músculo adutor do polegar (15,9 mm vs. 20,2 mm), da força muscular inspiratória (59,5 cmH2O vs. 90,9 cmH2O) e da força muscular expiratória (79,5 cmH2O vs. 101,8 cmH2O) nos 11 pacientes sobreviventes. Ao final do seguimento tardio pós-transplante cardíaco todas as variáveis de massa e força muscular atingiram níveis semelhantes àqueles do grupo controle, exceto a espessura do músculo adutor do polegar. CONCLUSÃO: Os achados demonstraram haver sarcopenia em pacientes no pré-transplante cardíaco, visto que houve diminuição da massa muscular e da força muscular periférica e respiratória confirmando a presença de dois critérios, requisito para fazer o diagnóstico de sarcopenia. O transplante cardíaco proporcionou aumento da força muscular respiratória, da força muscular periférica, da espessura do músculo adutor do polegar e aumento da massa muscular do psoas / INTRODUCTION: There are few studies demonstrating that skeletal muscle abnormalities in patients with chronic heart failure persist for months after heart transplantation. In this study, we aimed to evaluate muscle mass, and peripheral and respiratory muscle strength in patients in pre-heart transplantation, and in the early (6 months) and late (1.5 to 3 years) follow-up after heart transplantation. We also aimed to verify the correlation between peripheral and respiratory muscle strength in patients before and after heart transplantation. Finally, we compared the pre-heart transplantation patients\' data with a control group of healthy individuals without heart disease. METHODS: It was a prospective cohort study. We selected all patients on the waiting list for heart transplantation of Messejana\'s Hospital from August 2011 to March 2013. Age, gender, cause of heart failure, hypertension, diabetes, period on the waiting list, post-transplantation hospitalization time, mechanical ventilation time, measurements of respiratory muscle strength (maximum inspiratory muscle strength and maximum expiratory muscle strength), peripheral muscle strength (hand grip strength), adductor pollicis muscle thickness, the bilateral average of the major psoas muscle cross-sectional area, body mass index and serum creatinine were assessed in all the patients in the study and in control groups. Mass and muscle strength variables were measured using computed tomography, pachymetry, manometry and dynamometry. RESULTS: We found 25 eligible patients and 23 were included. There were 8 deaths in the early follow-up period; by the end of 3-year follow-up there were 11 surviving patients with functioning graft. We selected 23 healthy subjects for the control group, matched for gender, age, weight and height. When we compared the variables mass and muscle strength of the pre heart transplant patients with healthy control subjects were found decreased peripheral muscle strength (hand grip strength) (27.0 kg/f vs. 38.2 kg/f), of the psoas muscle\'s cross-section area (1238.9 mm2 vs. 1533.1 mm2), the adductor pollicis muscle thickness (16.5 mm vs. 23.9 mm), maximum inspiratory muscle strength (60.2 cmH2O vs. 94 8 cmH2O) and maximum expiratory muscle strength (75.2 cm H2O vs. 102.17 cmH2O) in patients in the pre heart transplant group. Comparing the pre-heart transplant periods, the early and late heart transplantation follow-up there was a statistically significant increase (p < 0.001) the following variables: peripheral muscle strength (hand grip strength) (27.3 kg / f vs. 34.7 kg / f ), the psoas muscle\'s cross-sectional area (1305.4 vs. 1431.3 mm 2 mm 2) the adductor pollicis muscle thickness (15.9 mm vs. 20.2 mm), maximum inspiratory muscle strength (59.5 cmH2O vs. 90.9 cm H2O) and maximum expiratory muscle strength (79.5 cm H2O vs. 101.8 cm H2O) in the 11 surviving patients. At the end of post-heart transplant late follow-up all variables mass and muscle strength reached similar levels to those of the control group, except the adductor pollicis muscle thickness. CONCLUSION: The findings showed that there was sarcopenia in patients in pre-heart transplantation period, since there was a decrease in muscle mass and a decrease in muscle strength of peripheral and respiratory muscles confirming the presence of at least two criteria, a requirement to make the diagnosis of sarcopenia. Heart transplantation has provided increased respiratory muscle strength, increased peripheral muscle strength, increased the adductor pollicis muscle thickness and increased psoas muscle mass
|
562 |
Disfunção renal e síndrome de baixo débito cardíaco / Renal dysfunction and low cardiac output syndromeJaime Freitas Bastos 17 April 2008 (has links)
Racional. A Síndrome de Baixo Débito Cardíaco (SBDC) representa uma etapa evolutiva complexa e grave no contexto fisiopatológico da insuficiência cardíaca. O fluxo sanguíneo regional se altera conforme o território analisado, tendo particular impacto no rim. A instalação da insuficiência renal aguda em pacientes com SBDC é freqüente e representa fator independente de aumento da morbidade e mortalidade. Objetivo. O objetivo primário do estudo foi avaliar o efeito do tratamento precoce sobre a função renal de miocardiopatas com SBDC e disfunção renal baseado em critérios clínicos pré-definidos e monitorização hemodinâmica invasiva. Os objetivos secundários contemplaram o efeito do tratamento sobre o lactato sérico, escore prognóstico APACHE II e os dias de internação em unidade de tratamento intensivo(UTI). Casuística e métodos. O estudo foi prospectivo, randomizado, unicêntrico e incluiu 31 pacientes em SBDC com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) ao ecocardiograma menor que 35%, pressão arterial média (PAM) menor que 65 mmhg, sinais de má perfusão periférica, diurese(DU) menor que 0,5 ml/kg/h e creatinina sérica maior que 1,4 mg/dl. Constituiu-se 2 grupos: a) tratamento convencional (CV) baseado em protocolo clínico da UTI e b)tratamento objetivo-dirigido (OD) cujos pacientes receberam monitorização invasiva com catéter intra-arterial e catéter de artéria pulmonar, propiciando o controle contínuo por 72 horas com a finalidade de se atingir saturação arterial de oxigênio maior que 95%, pressão de oclusão de artéria pulmonar maior que 18 mmhg, pressão arterial média(PAM) maior que 65 mmhg, hematócrito maior que 30% e saturação venosa de oxigênio maior que 60%. Os dados foram registrados sequencialmente durante 72 horas (6, 12, 24, 48 e 72 h) e realizada observação diária até o 28° dia. Resultados. Na admissão os grupos CV (n=16) e OD (n=15) foram estatisticamente comparáveis no que se refere à idade (49,1±11,2 e 52,0±11,3 anos p= 0,483), sexo (feminino 6,2 e 20% p= 0,33 e masculino 93,7 e 80% p= 0,33), índice de massa corpórea (24,1±1,9 e 23,3±2,1 Kg/h2 p= 0,354), FEVE (24,1±7,1% e 21,6±4,8% p = 0,286), escore APACHE II (14,5±3,1 e 15,6±4,1 p = 0,423), creatinina sérica (1,7±0,3 e 1,7±0,3 mg/dl p=0,354), hemoglobina (13,1±0,9 e 12,4±0,9 mg/dl p=0,066), lactato sérico (19,8±6,2 e 23,7±7,4 mg/dl p=0,666), PAM (71,0±7,2 e 66,9±3,8 mmhg p=0,479), pressão venosa central(PVC) (14,5±4,2 e 14,7±4,8 mmhg p=0,457), DU (0,5±0,4 e 0,3±0,2 ml/kg/h p= 0,257) e diferentes quanto à saturação venosa central (SVcO2) e saturação venosa mista (SVO2) de oxigênio (48±17% e 37±8% p= 0,034). Os registros de 6, 12, 24, 48 e 72 horas para os 2 grupos foram comparáveis e evidenciaram aumento da DU, diminuição da creatinina, adequação dos níveis de PAM, PVC, e aumento das SVcO2 e SVO2. No controle de 72 horas observou-se redução do escore APACHE II, diminuição do lactato sérico e equivalência no tempo de internação na UTI. Conclusões. O tratamento no grupo OD foi eficaz no que se refere à melhora da função renal e equivalente ao grupo CV. A redução do escore prognóstico APACHE II e da concentração sérica de lactato corroboram com a evolução favorável do quadro clínico e das variáveis hemodinâmicas, embora sem modificação no tempo de internação na UTI. / Background: The low cardiac output syndrome (LCOS) is a serious and complex stage in the pathophysiology of heart failure. Regional blood flow alters depending on different organs and systems, with special impact on the kidney. Acute renal failure is common in patients with LOCS, and it is an independent predictor of increased morbidity and mortality. Objective: To determine the effect of early treatment on renal function of patients with LCOS and renal dysfunction based on predefined clinical criteria and invasive hemodynamic monitoring. Secondary objectives were to evaluate the effect of early treatment on serum lactate, APACHE II score and intensive care unit length of stay. Methods: This study was a single-centered randomized controlled trial including thirty- one patients with LCOS and left-ventricular ejection fraction (LVEF) lower than 35% (echocardiogram), mean arterial blood pressure lower than 65 mmHg, inadequate peripheral perfusion signs, urinary output lower than 0.5 ml/kg/h and serum creatinine higher than 1.4 mg/dl. Patients were randomized to two arms: a) conventional treatment (CT), following standard intensive care unit (ICU) routine, and b) direct-goal therapy (DGT) with 72-hour invasive hemodynamic monitoring, with intraarterial blood pressure monitoring and pulmonary-artery catheter, aiming arterial oxygen saturation higher than 95%, pulmonary artery wedge pressure higher than 18 mmHg, mean arterial blood pressure (MAP) higher than 65 mmHg, hematocrit higher than 30% and mixed venous oxygen saturation higher than 60%. Data were registered sequentially during 72 hours (6, 12, 24, 48 and 72 hours) and patients were followed up to 28 days. Results: At admission, groups CT(n=16) and DGT(n=15) were comparable regarding age (49.1±11.2 and 52.0±11.3 years p= 0.483), sex (female 6.2 and 20% p= 0.33, male 93.7 and 80% p= 0.33), body mass index (24.1±1.9 and 23.3±2.1 Kg/h2 p=0.354), LVEF (24.1±7.1% and 21.6±4.8% p= 0.286), APACHE II score (14.5±3.1 and 15.6±4.1 p = 0,423), serum creatinine (1.7±0.3 and 1.7±0.3 mg/dl p=0.354), hemoglobin (13.1±0.9 and 12.4±0.9 mg/dl p=0.066), serum lactate(19.8±6.2 and 23.7±7.4 mg/dl p=0.666), MAP (71.0±7.2 and 66.9±3.8 mmhg p=0.479 ), central venous pressure (CVP) (14.5±4.2 and 14.7±4.8 mmhg p=0.457) and urine output (0.5±0.4 and 0.3±0.2 ml/kg/h p= 0.257). However, venous oxygen saturation was unbalanced at baseline (48±17% and 37±8% p= 0.034). Data obtained at 6, 12, 24, 48 and 72 hours were similar between groups, with increases in urinary output, serum creatinine decrease, adequate levels of MAP and CVP, increase in central venous saturation (SVcO2) and mixed venous saturation (SVO2). After 72 hours, we observed reduction in APACHE II score and serum lactate. Length of ICU stay was similar between groups. Conclusion: Treatment in both groups was equally effective in improving renal function. In addition, a decrease in the APACHE II prognostic score and serum lactate concentration was corroborated by a favorable clinical outcome and haemodynamics variables, although a change in ICU LOS did not take place.
|
563 |
O efeito da estimulação elétrica ventricular direita em pacientes com insuficiência cardíaca crônica sistólica secundária à cardiomiopatia chagásica.Parra, Andrelisa Vendrami 19 January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-01-26T12:51:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
andrelisavendramiparra_tese.pdf: 942682 bytes, checksum: bd373115099c234d8c536d942f318ec0 (MD5)
Previous issue date: 2012-01-19 / Background: Chagas disease is a public health and social problem in Latin America due to its high incidence, morbidity and mortality. Chagas cardiomyopathy is manifested mainly by sudden cardiac death, chronic systolic heart failure, thromboembolism, ventricular arrhythmias and advanced
atrioventricular block. The right ventricular pacing is a common treatment modality in patients with chronic systolic heart failure secondary to Chagas cardiomyopathy with advanced atrioventricular block. However, it is unknown if the clinical course or the prognosis of patients with right ventricular pacing is worse than that seen in non-paced patients. Aim: Establish the role of permanent pacemaker implantation on the prognosis of patients with Chagas disease heart failure. Methods: All patients with chronic systolic heart failure
secondary to Chagas cardiomyopathy followed at our institution between January 2000 and December 2008 were considered for the study. A model of Cox proportional hazards regression was used to determine the role of right ventricular pacing as an independent predictor of all-cause mortality in this population. The Kaplan-Meier curves were constructed to estimate the probability of survival in patients with and without right ventricular pacing, which were compared by the log rank test. Results: A total of 216 patients were
enrolled; 116 (55%) were not treated with right ventricular pacing, but 100 (45%) patients were paced. One hundred and ten (51%) patients died during the study. No difference was observed in the mortality rate in paced (54%) in comparison to non-paced (56%) (p = 0.24). Pacemaker therapy for ventricular pacing was not a predictor of all-cause mortality in either univariate or multivariate analysis. Median follow-up was 19 (8, 43) months. However / Introdução: A doença de Chagas é um grave problema de saúde pública e social em países da América Latina devido a sua alta incidência, morbidade e mortalidade. A cardiomiopatia chagásica manifesta-se principalmente por morte súbita cardíaca, insuficiência cardíaca crônica sistólica,
tromboembolismo, arritmias ventriculares e bloqueio atrioventricular avançado. A estimulação ventricular direita, através do implante de marcapasso unicameral, é uma modalidade de tratamento frequente em pacientes com
insuficiência cardíaca crônica sistólica secundária à cardiomiopatia chagásica, que apresentam bloqueio atrioventricular avançado. No entanto, não se sabe a
estimulação cardíaca em ventrículo direito, a longo prazo, teria efeitos maléficos sobre a função cardíaca desses pacientes. Objetivo: Avaliar o efeito do implante de marcapasso definitivo com estimulação ventricular direita no prognóstico de pacientes com Insuficiência Cardíaca Crônica Sistólica
secundária à cardiomiopatia Chagásica. Métodos: Todos os pacientes com insuficiência cardíaca crônica secundária a cardiomiopatia chagásica seguido em nossa instituição entre janeiro de 2000 a dezembro de 2008 foram considerados para o estudo. Um modelo de riscos proporcionais de Cox foi
utilizado para determinar o papel da estimulação elétrica ventricular direita como um fator de predição independente de mortalidade geral para esta população. As curvas de Kaplan-Meier foram construídas para estimar a probabilidade de sobrevida em pacientes com e sem marcapasso cardíaco de
estimulação ventricular direita, que foram comparadas pelo teste de log rank.
Resultados: Um total de 216 pacientes foram incluídos no estudo, 116 (55%) não possuíam marcapasso cardíaco artificial implantado, e 100 (45%) eram portadores de marcapasso cardíaco artificial. Cento e dez (51%) pacientes foram a óbito durante o estudo; não houve diferença significativa na taxa de
óbito entre pacientes portadores (54%) e não portadores (56%) de marcapasso cardíaco artificial (p=0,24). A terapia com marcapasso definitivo de estimulação ventricular direita não foi um preditor de mortalidade geral e nem de hospitalização, quer na análise univariada ou na multivariada. A mediana de acompanhamento foi de 19 (8, 43) meses. Porém o tratamento com digoxina, o não tratamento com betabloqueadores e a concentração de sódio plasmático
igual ou menor que 140mEq/L foram preditores independentes de mortalidade tanto na univariada como na multivariada (p<0,005). O tempo médio de uso de marcapasso foi de 54 ± 51 meses. Probabilidade de sobrevida aos 12, 24, 36 e
48 meses foi de 84%, 67%, 58% e 46%, respectivamente, em pacientes com marcapasso, e 94%, 85%, 80% e 74%, respectivamente, em pacientes sem marcapasso (p>0,05). Conclusão: A estimulação do ventrículo direito não é um
preditor independente de mortalidade geral em pacientes com cardiomiopatia chagásica com insuficiência cardíaca crônica sistólica.
|
564 |
Variabilidade ventilatória durante exercício dinâmico em indivíduos saudáveis e com insuficiência cardíaca / Ventilatory variability during exercise in individuals with heart failure and healthy onesRenata Rodrigues Teixeira de Castro 06 December 2010 (has links)
A presença de ventilação periódica durante o exercício confere pior prognóstico a pacientes com insuficiência cardíaca. Existem divergências quanto aos critérios para
identificação deste fenômeno. Além disso, a interpretação dicotômica (presença ou ausência) quanto a este fenômeno dificulta a estratificação de risco mais detalhada dos
pacientes com insuficiência cardíaca. Desta forma, esta tese avalia a utilização de técnicas estabelecidas para análise de variabilidade de sinais para quantificar as oscilações ventilatórias que ocorrem durante o teste cardiopulmonar de exercício, em indivíduos saudáveis, atletas e com insuficiência cardíaca. Um protocolo mais curto para realização de teste cardiopulmonar de exercício em cicloergômetro de braço foi proposto e validado. Tal protocolo foi utilizado em estudo posterior, onde se comprovou que, apesar dos tempos respiratórios não serem influenciados pelo tipo de exercício realizado, a variabilidade ventilatória é maior durante a realização de exercício dinâmico com membros superiores do que com membros inferiores. A capacidade aeróbica de indivíduos sadios também influencia a variabilidade ventilatória durante o teste
cardiopulmonar de exercício. Isto foi comprovado pela menor variabilidade ventilatória no domínio do tempo em atletas do que sedentários durante exercício. A análise destes
voluntários com o método da análise dos componentes principais revelou que em atletas a variabilidade do volume corrente é a principal responsável pela variabilidade da ventilação-minuto durante o exercício, ao passo que em sedentários a variabilidade da freqüência respiratória apresenta-se como principal responsável por tais variações. Em estudo randomizado e controlado comprovamos que, mesmo indivíduos sadios apresentam redução da variabilidade ventilatória ao exercício após 12 semanas de
treinamento físico. Comprovamos que a reabilitação cardíaca reverteu a ocorrência de ventilação periódica em um paciente com insuficiência cardíaca e, finalmente, encontramos que a variabilidade ventilatória correlaciona-se inversamente com a fração de ejeção ventricular esquerda em pacientes com insuficiência cardíaca. Estudos futuros deverão analisar o poder prognóstico da variabilidade ventilatória nestes
pacientes. / Exercise periodic breathing confers a bad prognosis in patients with heart failure. There is no agreement among proposed criteria to diagnose exercise periodic breathing.
The dichotomic interpretation (presence or absence) when diagnosing this phenomenon impairs a more detailed risk stratification in heart failure. Thus, this thesis evaluates the use of established signal variability techniques to quantify ventilatory oscillations during
cardiopulmonary exercise test, in healthy individuals, athletes and patients with heart failure. A short protocol used to perform cardiopulmonary exercise test in arm crank was proposes and validated. This protocol was used in the next study, which found that, although timing of breathing was not altered by exercise type, ventilatory variability was greater during arm dynamic exercise when compared to leg exercise. Aerobic capacity of healthy individuals also influences ventilatory variability during cardiopulmonary exercise test. This was proven by the lower time-domain ventilatory variability in athletes
when compared to sedentary individuals. The evaluation of these individuals with principal components analysis showed that tidal volume variability is the principal
component o minute-ventilation variability in athletes, whilst in sedentary men, respiratory frequency variability is the responsible for minute-ventilation variability. In a randomized controlled study we have found that even healthy individuals reduce their exercise ventilatory variability after 12 weeks exercise training. We have shown that cardiac rehabilitation reverted exercise periodical breathing in a patient with heart failure
and, finally, found that exercise ventilatory variability inversely correlates to left ventricle ejection fraction in patients with heart failure. Future studies should evaluate the prognostic value of ventilatory variability in these patients.
|
565 |
Variabilidade ventilatória durante exercício dinâmico em indivíduos saudáveis e com insuficiência cardíaca / Ventilatory variability during exercise in individuals with heart failure and healthy onesRenata Rodrigues Teixeira de Castro 06 December 2010 (has links)
A presença de ventilação periódica durante o exercício confere pior prognóstico a pacientes com insuficiência cardíaca. Existem divergências quanto aos critérios para
identificação deste fenômeno. Além disso, a interpretação dicotômica (presença ou ausência) quanto a este fenômeno dificulta a estratificação de risco mais detalhada dos
pacientes com insuficiência cardíaca. Desta forma, esta tese avalia a utilização de técnicas estabelecidas para análise de variabilidade de sinais para quantificar as oscilações ventilatórias que ocorrem durante o teste cardiopulmonar de exercício, em indivíduos saudáveis, atletas e com insuficiência cardíaca. Um protocolo mais curto para realização de teste cardiopulmonar de exercício em cicloergômetro de braço foi proposto e validado. Tal protocolo foi utilizado em estudo posterior, onde se comprovou que, apesar dos tempos respiratórios não serem influenciados pelo tipo de exercício realizado, a variabilidade ventilatória é maior durante a realização de exercício dinâmico com membros superiores do que com membros inferiores. A capacidade aeróbica de indivíduos sadios também influencia a variabilidade ventilatória durante o teste
cardiopulmonar de exercício. Isto foi comprovado pela menor variabilidade ventilatória no domínio do tempo em atletas do que sedentários durante exercício. A análise destes
voluntários com o método da análise dos componentes principais revelou que em atletas a variabilidade do volume corrente é a principal responsável pela variabilidade da ventilação-minuto durante o exercício, ao passo que em sedentários a variabilidade da freqüência respiratória apresenta-se como principal responsável por tais variações. Em estudo randomizado e controlado comprovamos que, mesmo indivíduos sadios apresentam redução da variabilidade ventilatória ao exercício após 12 semanas de
treinamento físico. Comprovamos que a reabilitação cardíaca reverteu a ocorrência de ventilação periódica em um paciente com insuficiência cardíaca e, finalmente, encontramos que a variabilidade ventilatória correlaciona-se inversamente com a fração de ejeção ventricular esquerda em pacientes com insuficiência cardíaca. Estudos futuros deverão analisar o poder prognóstico da variabilidade ventilatória nestes
pacientes. / Exercise periodic breathing confers a bad prognosis in patients with heart failure. There is no agreement among proposed criteria to diagnose exercise periodic breathing.
The dichotomic interpretation (presence or absence) when diagnosing this phenomenon impairs a more detailed risk stratification in heart failure. Thus, this thesis evaluates the use of established signal variability techniques to quantify ventilatory oscillations during
cardiopulmonary exercise test, in healthy individuals, athletes and patients with heart failure. A short protocol used to perform cardiopulmonary exercise test in arm crank was proposes and validated. This protocol was used in the next study, which found that, although timing of breathing was not altered by exercise type, ventilatory variability was greater during arm dynamic exercise when compared to leg exercise. Aerobic capacity of healthy individuals also influences ventilatory variability during cardiopulmonary exercise test. This was proven by the lower time-domain ventilatory variability in athletes
when compared to sedentary individuals. The evaluation of these individuals with principal components analysis showed that tidal volume variability is the principal
component o minute-ventilation variability in athletes, whilst in sedentary men, respiratory frequency variability is the responsible for minute-ventilation variability. In a randomized controlled study we have found that even healthy individuals reduce their exercise ventilatory variability after 12 weeks exercise training. We have shown that cardiac rehabilitation reverted exercise periodical breathing in a patient with heart failure
and, finally, found that exercise ventilatory variability inversely correlates to left ventricle ejection fraction in patients with heart failure. Future studies should evaluate the prognostic value of ventilatory variability in these patients.
|
566 |
Efeito da terapêutica com beta-bloqueador na resposta dos quimiorreflexos e ergorreflexo em pacientes com insuficiência cardíaca / Effect of beta-blocker therapeutics on the chemoreflex and ergoreflex response in heart failure patientsBelli-Marin, Juliana Fernanda Canhadas 04 April 2014 (has links)
A intolerância ao exercício físico na insuficiência cardíaca (IC) está relacionada a alterações hemodinâmicas e neurohumorais pela complexa interação dos reflexos cardiovasculares. Os quimiorreflexos central e periférico e o ergorreflexo estão envolvidos na hiperventilação de repouso e durante o exercício, contribuindo para intolerância ao esforço. Os objetivos do estudo foram avaliar o efeito da terapêutica com beta-bloqueador (betab) na resposta dos quimiorreflexos central e periférico e do ergorreflexo por meio das alterações da resposta ventilatória durante o teste de caminhada de seis minutos (T6M); e avaliar o efeito da sua otimização também sobre as catecolaminas plasmáticas e peptídeo natriurético do tipo B (BNP). Foram estudados 15 pacientes masculinos, 49.5 ± 2.5 anos, com diagnóstico de IC há mais de 3 meses, sem histórico de tratamento com betab, com fração de ejeção (FEVE) 25.9 ± 2.5%, classe funcional I-III (NYHA). Estes pacientes poderiam estar em uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores do receptor da angiotensina II e antagonista do receptor da aldosterona. Todos os indivíduos realizaram testes: ergoespirométrico em esteira segundo o protocolo de Naughton, três T6M em esteira com controle de velocidade pelo paciente randomizados (um com sensibilização dos quimiorreceptores centrais, um com sensibilização dos quimiorreceptores periféricos e um controle em ar ambiente - AA). Também realizaram T6M com e sem oclusão circulatória regional em membro inferior. Em relação aos exames laboratoriais, foram feitas análises de catecolaminas plasmáticas em repouso e BNP. Os pacientes foram então submetidos a tratamento medicamentoso padrão da Instituição, com introdução e otimização da terapêutica com ßb e, após seis meses, foram reavaliados. Após otimização do betab, houve melhora significativa na FEVE, de 26 ± 2,5 para 33 ± 2,6 (p < 0,05); diminuição de níveis de BNP (775 ± 163 para 257 ± 75; p < 0,01) e de catecolaminas plasmáticas (598 ± 104 para 343 ± 40; p < 0,05). Foi também observada diminuição significativa na frequência cardíaca de repouso, de 95.6 ± 4.5 para 69.0 ± 1.6 (p < 0,01), e aumento do pulso de O2 de repouso (3.7 ± 0.3 para 4.4 ± 0.3; p < 0,01) pós betab. Em relação ao pico do esforço, houve diminuição significativa da frequência cardíaca, de pico 144.0 ± 4.6 para 129.5 ± 4.2 (p < 0,05), aumento do pulso de O2 (11.9 ± 1.1 para 15.5 ± 0.8; p < 0,01), diminuição do VE/VCO2 slope 29.4(25.8-36.2) para 24.6 (22.5-27.5); p=0,03) e aumento do tempo de exercício (12.3 ± 1.3 para 16.1 ± 1.2; p=0,01), sem, entretanto, aumento do consumo de oxigênio. Houve diferença significativa em relação à distância percorrida no T6M entre os dois momentos (pré e pós) em todas as análises, tanto controle (AA) quanto para a sensibilização dos quimiorreceptores centrais e periféricos, além de diminuição da resposta ventilatória nas sensibilizações dos quimiorreflexos quando comparados com o controle. A otimização da terapêutica medicamentosa na IC, especialmente com betab, promove melhora hemodinâmica, metabólica e neurohormonal. O presente estudo, que examinou os efeitos da terapêutica com betab na resposta dos quimiorreflexos e ergorreflexo em pacientes com IC, documentou que o betab diminui a resposta dos quimiorreflexos durante o exercício em hipóxia e hipercapnia sem, entretanto, alterar a resposta dos ergorreflexos. Essa modulação reflexa pode ser responsável pelo aumento da tolerância ao esforço sem o aumento do consumo de oxigênio / In heart failure (HF), exercise intolerance is related to hemodynamic and neurohumoral alterations by the complex interaction of cardiovascular reflexes. The central and peripheral chemoreflex and the ergoreflex are involved in hyperventilation at rest and during exercise, contributing to exercise intolerance. The aims of the study were to assess the effect of beta-blocker (betab) therapy on the central and peripheral chemoreflexes and ergoreflex responses through ventilatory changes during the six-minute walk test (6MWT), and to assess the effect of betab optimized therapy on plasma catecholamines and B-type natriuretic peptide (BNP). We studied 15 male patients, 49.5 ± 2.5 years, diagnosed with HF for more than three months, never-treated with ßb, ejection fraction (LVEF) 25.9 ± 2.5%, functional class I-III (NYHA). These patients could be in use of angiotensin-converting enzyme inhibitors, angiotensin receptor blockers and aldosterone antagonists. All subjects underwent the following tests: cardiopulmonary exercise treadmill test according to the Naughton protocol, three randomized treadmill 6MWT with speed controlled by the patient (one with sensitization of central chemoreceptors, one with an awareness of peripheral chemoreceptors and another control in ambiental air - AA). Also all subjects underwent 6MWT with and without regional circulatory occlusion on the lower limb. Regarding laboratory tests, plasma catecholamines concentration at rest and BNP were also analyzed. Patients were then submitted to the institution standard drug therapy, with introduction and optimization of betab and were reassessed six months later. After optimization, there was a significant improvement in LVEF from 26 ± 2.5 to 33 ± 2.6 (p < 0.05); and a decrease in BNP levels (775 ± 163 to 257 ± 75, p < 0.01) and plasma catecholamines (598 ± 104 to 343 ± 40, p < 0.05). There was also a significant decrease in resting heart rate from 95.6 ± 4.5 to 69.0 ± 1.6 (p < 0.01) but O2 pulse at rest increased post optimization (3.7 ± 0.3 to 4.4 ± 0.3, p < 0.01). Regarding the peak exercise, there was a significant decrease in peak heart rate 144.0 ± 4.6 to 129.5 ± 4.2 (p < 0,05) and VE/VCO2 slope 29.4(25.8-36.2) to 24.6(22.5-27.5), p=0.03); and an increase in O2 pulse (11.9 ± 1.1 to 15.5 ± 0.8, p < 0.01), and exercise time (12.3 ± 1.3 to 16.1 ± 1.2, p=0.01), without, however, increasing oxygen consumption. There was significant difference in walked distance during the 6MWT between the two time points (before and after) in all analyzes, both control (AA) and for the sensitization of central and peripheral chemoreceptors. Also, there was a decreased ventilatory response in sensitization of chemoreflexes when compared with the control. The optimization of drug therapy in HF, especially with ßb, promotes hemodynamic, metabolic and neurohormonal improvements. This study, which examined the effect of therapy with betab on the response of the chemoreflexes and ergoreflex in HF patients, documented that ßb decreases the response of chemoreflexes during exercise in hypoxia and hypercapnia without, however, altering the ergoreflex response. This reflex modulation may be responsible for the increased exercise tolerance without increasing oxygen consumption
|
567 |
Desenvolvimento de modelos preditores de óbito cardíaco na terapia de ressincronização / Development of predictive models of cardiac mortality in resynchronization therapyRocha, Eduardo Arrais 28 February 2014 (has links)
Introdução: A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) é um tratamento recomendado pelas principais diretrizes mundiais para pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC), disfunção ventricular esquerda (FE <= 35%), com tratamento otimizado e distúrbio da condução intraventricular, principalmente pelo ramo esquerdo. Entretanto, 30%-40% dos pacientes selecionados não respondem ao tratamento. As razões desse insucesso não são completamente conhecidas. Existe, portanto, necessidade de desenvolvimento de índices multifatoriais para melhor selecionar e acompanhar a evolução e o prognóstico destes pacientes. Objetivo: Elaborar modelos preditores de risco de óbito cardíaco ou transplante (Tx), em diferentes fases da TRC. Métodos e Casuística: Estudo observacional, prospectivo e analítico, com inclusão de 116 pacientes, entre 01/2008 a 03/2013, sendo 69,8% do sexo masculino, com CF III (68,1%) e IV ambulatorial (31,9%), com BRE em 71,55% e com idade de 64,89 ± 11,18 anos e fração de ejeção (FE) de 29%. Avaliações foram feitas no período pré-implante (tempo 1), 6-12 meses (tempo 2) e 18-24 meses (tempo 3) e correlacionadas com a mortalidade cardíaca/Tx no final do seguimento. Foram estudadas variáveis clínicas, eletrocardiográficas e ecocardiográficas e realizadas análises de regressão de Cox e regressão logística, com a construção da curva ROC. As curvas de sobrevidas foram realizadas pelo método de Kaplan-Meier e comparadas pelo log-rank. Modelos e escores foram elaborados pelas pontuações do \"hazard ratio\", utilizado como variável independente no modelo de regressão logística. Resultados: Ocorreram 29 (25%) óbitos/Tx durante o seguimento de 34,09 ± 17,9 meses. A mortalidade cardíaca/Tx foi de 16,3 % (19 pacientes). Seis pacientes foram transplantados durante o tempo do estudo. No período préimplante (tempo 1), a presença de disfunção de ventrículo direito (VD), FE < 25% e o uso de altas doses de diuréticos (dois ou mais comprimidos de furosemida) mostraram-se com valor independente, com aumento de risco de óbito cardíaco/Tx de 3,9; 4,8 e 5,9 vezes, respectivamente. No tempo 2 (1° ano), as variáveis disfunção de VD, altas doses de diuréticos e internações por ICC foram as variáveis significativas, com aumento de risco 3,5; 5,3 e 12,5 respectivamente. No tempo 3 (2° ano), as variáveis disfunção de VD e classe funcional III/IV foram significativas no modelo multivariado de Cox, com aumento de risco de 12,1 e 7,7. As acurácias dos modelos foram 84,6%; 93% e 90,5%, respectivamente. Conclusão: Os modelos preditores de óbito cardíaco desenvolvidos a partir de variáveis clínicas e ecocardiográficas, obtidas em diferentes fases da TRC, mostraram boa acurácia e podem ajudar na seleção, seguimento, definição de resposta e aconselhamento destes pacientes / Introduction: Cardiac resynchronization therapy (CRT) is indicated for patients with congestive heart failure (CHF), ejection fraction (EF) <= 35%, and bundle branch block. However, 30%-40% do not respond to CRT. Therefore, there is a need to develop multifactorial indexes to better select and follow these patients. Objective: This work aims to develop predictive models for the risk of cardiac death or transplantation (Tx) at different stages of CRT. Methods: We performed a prospective observational study of 116 patients, 69.8% males, functional class (FC) III (68.1%) and IV (31.9%), LBBB in 71.55%, age 64.89 ± 11.18 years. We studied clinical, electrocardiographic, and echocardiographic variables and performed Cox and logistic regression with ROC and Kaplan- Meier curves. Results: The cardiac mortality was 16.3% (19 patients) in the 34.09 ± 17.9 follow-up months. Pre-implantation, the right ventricular dysfunction (RVD), EF <25%, and the use of high doses of diuretics (HDD) increased risk of cardiac death or Tx of 3.9, 4.8, and 5.9 fold, respectively, and in the first year, the variables RVD, HDD, and hospitalizations for CHF increased risk of death of 3.5, 5.3, and 12.5, respectively. In the 2nd year, the variables RVD and FC III / IV (NYHA) were significant in the multivariate Cox model. The accuracies of the models were 84.6%, 93%, and 90.5%, respectively. Conclusions: Cardiac death predictive models were developed in different stages of CRT, and were based on the analysis of simple clinical and echocardiographic variables. The models showed good accuracy and can help in the selection and follow-up of these patients
|
568 |
Efeito do tratamento com benazepril e carvedilol administrado de forma isolada e em associação com treinamento físico supervisionado sobre a evolução clínica de cães com insuficiência mitral crônica naturalmente adquirida / Effect of benazepril and carvedilol treatment alone and in association with a supervised physical training in the development of naturally acquired chronic mitral valve regurgitation in dogsSantos, Mario Marcondes dos 21 November 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: Pacientes com insuficiência mitral crônica apresentam aumento da atividade simpática mesmo quando assintomáticos. Contudo, pouco se sabe sobre o efeito de drogas beta bloqueadoras ou de um programa de treinamento físico supervisionado como moduladores desta atividade simpática durante a evolução da doença. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do carvedilol e de um programa de treinamento físico aeróbico regular sobre a evolução da insuficiência mitral crônica num modelo da doença em cães. Além disso, objetivou-se analisar as principais variáveis que atuam como preditoras de óbito. MÉTODOS: Foram selecionados 10 cães hígidos para padronização dos parâmetros normais. Outros 36 cães com diagnóstico de insuficiência mitral crônica foram divididos em 3 subgrupos (I, II e III). Do início do estudo (T0) até os 6 meses (T2), todos receberam tratamento clínico convencional (benazepril e digoxina, codeína, diurético quando necessário), sendo que no II (n=10) e III (n=13) associou-se o carvedilol durante todo o período, e no I (n=13) e II, após os 3 meses iniciais (T1), associou-se o treinamento físico supervisionado. As principais variáveis clínicas (número de intercorrências, peso, qualidade de vida avaliada pelo questionário FETCH, freqüência e ritmo cardíacos, classe funcional de insuficiência cardíaca e pressão arterial sistólica e diastólica); laboratoriais (norepinefrina, troponina I, sódio, uréia e creatinina) e ecodopplercardiográficas foram avaliadas. RESULTADOS: Não houve diferença de sobrevida entre os 3 subgrupos. Em relação às variáveis clínicas, observou-se melhora da qualidade de vida (FETCH) nos três subgrupos: I (T0= 5,56±4,67 vs T2=2,67±3,12; p<0,05), II (T0= 11,29±5,12 vs T2= 3± 3,32; p,0,05); III (T0= 15,50±9,94 vs T1=5 ±3,21 e T0 vs T2=4,25± 2,82; p<0,05). Quanto à freqüência cardíaca (em bpm) observaram-se diferenças (p=0,023) nos subgrupos: I (T0=139,44±22,97 vs T2=126,67±12,25), II (T0=128,57±31,32 vs T2=117,14± 25,63) e III (T0=142,50±53,39 vs T2=117,75±28,92). As demais variáveis clínicas, laboratoriais e ecodopplercardiográficas não apresentaram alterações. O grupo de animais que vieram a óbito apresentaram valores maiores para algumas variáveis em relação ao grupo não óbito, a saber: FETCH (23,67±9,66 vs 10,54±7,93; p<0,001), norepinefrina (684±378,12 vs 456,54±439,16 pg/ml; p=0,018) , troponina I (0,37 ±0,39 vs 0,09±0,14 ng/ml; p=0,007), freqüência cardíaca (158,33 ±22,5 vs 137,29 ±36,62 bpm; p=0,041), diâmetro diastólico (4,06±1,26 vs 3,06±0,78 cm; p=0,024) e sistólico (2,19± 0,84 vs 1,60±0,51 cm; p= 0,041) ventricular esquerdo e relação do diâmetro atrial esquerdo pela raiz da aorta (2,04± 0,39 vs 1,52±0,25; p<0,001) , além de ser composto majoritariamente por machos, em classe funcional III-IV e com ritmo cardíaco simpático. Foram selecionadas como preditores de óbito as variáveis: relação do diâmetro atrial esquerdo pela raiz da aorta, FETCH e ritmo cardíaco simpático. CONCLUSÕES: A associação do carvedilol e do programa de treinamento físico supervisionado ao tratamento convencional promoveu melhora da qualidade de vida e diminuição da FC mas não melhorou a sobrevida dos cães avaliados. As variáveis selecionadas como preditores de óbito foram: relação do diâmetro atrial esquerdo pela raiz da aorta, FETCH e ritmo cardíaco simpático. / INTRODUCTION: Sympathetic activation is present in patients having chronic mitral valve regurgitation even in asymptomatic ones. However, the effect of beta- blockers and a physical training program to modulate this sympathetic activation during this valve disease is unknown. The objective of this study has been to evaluate the effect of carvedilol and a physical aerobic training in the development of chronic mitral valve regurgitation in an experimental model of the disease in dogs. Moreover, the objective sought for some death predict variables in these dogs. METHODS: 10 healthy dogs were selected to evaluate the normal parameters. The other 36 chronic valve mitral regurgitation dogs were divided into 3 sub-groups (I, II e III). From the beginning of the study (T0) to 6 months (T2) all of them received the conventional treatment (Benazepril and Digoxine, codeine, diuretic when necessary). In the sub-group II (n=10) and III (n=13) the carvedilol was added to the treatment during all the study. In the sub-group I (n=13) and II, after the first 3 months (T1) the physical supervised training was added. The main clinical variables (number of interoccurrences, body weight, quality of life estimated by FETCH questionnaire, heart rate, cardiac rhythm, functional classification of heart failure, systolic and diastolic blood pressure), laboratory variables (norepinephrine, troponin I, sodium, urea, creatinine) and echodopplercardiographic variables were evaluated. RESULTS: The analyzes of the clinic variables showed an improvement in the quality of life (FETCH) in all the sub-groups: (T0= 5,56±4,67 vs T2=2,67±3,12; p<0,05), II (T0= 11,29±5,12 vs T2= 3± 3,32; p,0,05); III (T0= 15,50±9,94 vs T1=5 ±3,21 e T0 vs T2=4,25± 2,82; p<0,05). The heart rate (beats/min) results showed differences (p=0,023) in the sub-groups I (T0=139,44±22,97 vs T2=126,67±12,25), II (T0=128,57±31,32 vs T2=117,14± 25,63) and III (T0=142,50±53,39 vs T2=117,75±28,92). However, the other clinic, laboratory and echodopplercardiographic variables did not show any differences. The group of animals that died in comparison with the survivor group showed high values in some variables, as follows: FETCH (23,67±9,66 vs 10,54±7,93; p<0,001), norepinephrine (684±378,12 vs 456,54±439,16 pg/ml; p=0,018) , troponin I (0,37 ±0,39 vs 0,09±0,14 ng/ml; p=0,007), heart rate (158,33 ±22,5 vs 137,29 ±36,62 beats/min; p=0,041), diastolic left ventricular dimension (4,06±1,26 vs 3,06±0,78 cm; p=0,024), systolic left ventricular dimension (2,19± 0,84 vs 1,60±0,51 cm; p= 0,041) and left atrium to aortic root ratio (2,04± 0,39 vs 1,52±0,25; p<0,001). The death group in its majority comprehended male dogs in functional classification III-IV having sympathetic cardiac rhythm. The selected death predict variables were: left atrium to aortic root ratio, FETCH and sympathetic cardiac rhythm. CONCLUSION: The association of carvedilol as well as supervised physical training with the conventional treatment in dogs having chronic mitral valve regurgitation provided the improvement in quality of life but not in survival time and a decrease in the heart rate. The selected death predict variables were: left atrium to aortic root ratio, FETCH and sympathetic cardiac rhythm.
|
569 |
Avaliação do emprego clínico do dispositivo de assistência ventricular InCor como ponte para o transplante cardíaco / Evaluation of the clinical application of the ventricular assist device type Incor as a bridge to cardiac transplantationGalantier, João 13 September 2007 (has links)
Apesar dos crescentes avanços no controle e tratamento da insuficiência cardíaca, sejam eles na área clinica ou cirúrgica, o tratamento definitivo permanece sendo o transplante cardíaco. No entanto, o transplante cardíaco tem enfrentado o grave problema da escassez de doadores. Atualmente, estima-se que entre 20% e 40% dos pacientes selecionados falecem na fila de espera em todo o mundo sendo que a maioria, por falência circulatória progressiva. Para esses pacientes, a utilização de dispositivos de assistência circulatória mecânica é, muitas vezes, a única possibilidade de sobrevivência durante a espera do doador. No Brasil, a experiência com o emprego de métodos de assistência circulatória mecânica no tratamento do choque cardiogênico é pequena. Paralelamente, a expectativa de vida dos pacientes nesta situação, em particular os de etiologia chagásica, é muito limitada, e nenhum programa regular foi ainda introduzido com a finalidade de utilizar estes dispositivos no tratamento do choque cardiogênico refratário, especialmente como ponte para o transplante cardíaco. Objetivos: O objetivo deste estudo é determinar a viabilidade e segurança do implante do DAV-InCor como ponte para o transplante cardíaco, avaliando o seu desempenho hemodinâmico, a evolução clínica e as alterações da resposta inflamatória dos pacientes submetidos a este procedimento. Métodos: Este estudo foi realizado em pacientes que estavam na fila de espera para o transplante cardíaco, no período de outubro de 2003 a abril de 2006, e se apresentavam em quadro clínico de choque cardiogênico refratário. Durante os primeiros dias, foram analisadas as medidas de pressão capilar pulmonar (PCP), pressão de artéria pulmonar (PAP), pressão venosa central (PVC), débito cardíaco e índice cardíaco (IC). O cálculo do fluxo indexado era obtido pela divisão entre o fluxo do dispositivo pela superfície corpórea. Durante o seguimento pós-operatório imediato, a saturação venosa central de oxigênio (SVO2), os níveis de lactato sérico, uréia, creatinina, bilirrubinas e desidrogenase lática foram dosados diariamente. Os níveis séricos do peptídeo natriurético central (BNP), das interleucinas (IL6 e IL8), do fator de necrose tumoral alfa (TNF alfa) e da proteína C reativa (PCR) foram dosados nos três primeiros dias de seguimento e posteriormente a cada semana. Resultados: No período do estudo, 29 pacientes foram indicados em caráter de prioridade para o transplante cardíaco. Destes pacientes, 11 evoluíram em choque cardiogênico refratário à terapêutica farmacológica e ao implante de balão intra-aórtico. O implante do DAV-Incor foi realizado em sete destes pacientes. O diagnóstico etiológico foi cardiopatia chagásica em cinco (71%) e cardiomiopatia dilatada idiopática em dois (29%) dos sete pacientes estudados. Cinco pacientes eram do sexo masculino. A idade variou entre 34 e 54 anos (média de 39,5 anos). A assistência circulatória mecânica ao ventrículo esquerdo foi mantida nos 7 pacientes por períodos que variaram de 14 a 42 dias, com média de 26,2 dias. Neste período, o desempenho hemodinâmico foi adequado, sendo observada a normalização do índice cardíaco, das pressões em território pulmonar, da SVO2 e do lactato sérico. A avaliação da resposta inflamatória sistêmica demonstrou a elevação do TNF e das interleucinas, principalmente nos pacientes que evoluíram com alterações infecciosas. O transplante cardíaco foi realizado em 2 pacientes e os outros 5 faleceram em uso do DAV Incor por infecção sistêmica ou falência de múltiplos órgãos. Não ocorreram complicações relacionadas ao DAV em 6 pacientes nos primeiros 30 dias de seguimento. Um paciente apresentou episódio de acidente vascular cerebral extenso aos 26 dias de pós-operatório. Conclusões: Os resultados deste estudo demonstram que, apesar do alto índice de complicações apresentado pelos pacientes, a assistência circulatória mecânica ao ventrículo esquerdo pode ser realizada como ponte para transplante cardíaco em nosso meio. / Cardiac transplantation faces a serious problem of lack of donation. Between 20 and 40% of the listed patients died while waiting for heart transplantation, most of them because of progressive heart failure. For these patients, the use of mechanical circulatory assist devices is the only choice of surviving during that time. In Brazil, the experience with mechanical circulatory support is limited and there is no regular program of the use of these devices as bridge to heart transplantation. Objectives: To evaluate the hemodynamic performance and the systemic inflammatory response during the clinical application of the ventricular assist device type InCor (DAV-InCor) as bridge to heart transplantation. Methods: Between October 2003 and April 2006, 11 patients on the waiting list for heart transplantation have hemodynamic deterioration to refractory cardiogenic shock. Hemodinamic profile (cardiac index, capilar pressure, pulmonary artery pressure and central venous pressure) was analised during early post-operative days. Serum levels of central venous saturation, lactate, urea, creatinin, bilirrubin and lacti desidrogenase were measured every day Blood drawn from patients for 3 days and once a week was assayed for levels of BNP, interleukin 6, interleukin 8, and tumor necrosis factor-alfa. Results: During the study, 11 patients listed for cardiac transplantation as urgent status have deteriorated to refractory cardiogenic shock. Seven of these patients were submitted to DAV-InCor implantation for left ventricular assistance. The etiologic diagnosis was Chagas\' disease in 5 patients (71%) and idiopathic dilated cardiomyopathy in 2 (29%). There were 5 male and 2 female. The age ranged from 34 and 54 years (mean 39,5). Duration of left ventricular assistance ranged from 14 to 42 days (mean 26.2 days). During this period, the hemodynamic performance of the DAV-InCor was adequate to support a normal hemodynamic condition. There was normalization of cardiac index, central venous oxygen saturation and serum lactate. The systemic inflammatory response showed elevated TNF-alfa, Interleukin-6 and interleukin-8 concentrations. Two patients were submitted to heart transplantation, while the other 5 patients died under assistance due to infection and multiple organ failure. There were no complications related to the device in 6 patients. One patient had a stroke by the 26st day Conclusions: Mechanical circulatory support can be performed as bridge to heart transplantation with the DAV-InCor, in spite of the high incidence of complications.
|
570 |
Vasodilatação induzida pelo calor através de dispositivo portátil no leito na insuficiência cardíaca descompensada / Thermal vasodilation using a portable infrared thermal blanket in decompensated heart failureLima, Marcelo Villaça 24 March 2014 (has links)
Fundamento: medidas adjuvantes têm sido propostas para o tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca, algumas não farmacológicas, como o uso do calor. Apesar dos resultados positivos para pacientes clinicamente estáveis, não existem trabalhos relacionados ao tratamento com calor na fase descompensada da insuficiência cardíaca em pacientes em uso de drogas vasoativas. Objetivos: avaliar os efeitos hemodinâmicos agudos do calor aplicado através da manta térmica em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada (ICD) refratária. Para isso foi estabelecido como desfechos o aumento do índice cardíaco e a redução da resistência vascular sistêmica no primeiro dia de seguimento. Como objetivo secundário, avaliar se sessões repetidas de calor por cinco dias consecutivos promoveria ou sustentaria os efeitos hemodinâmicos obtidos agudamente e, se reduziria os níveis de BNP ao longo do seguimento. Métodos: ensaio clínico randomizado aberto, prospectivo, com grupo controle em pacientes portadores de ICD. O estudo foi dividido em duas fases. Na primeira fase foram estudados pacientes em um único dia e foi avaliado o efeito agudo do calor antes e após a intervenção. Na segunda fase o calor foi avaliado através de sessões diárias por cinco dias consecutivos. Foi utilizada a manta térmica por radiação infravermelha para o aquecimento dos pacientes. As medidas hemodinâmicas foram avaliadas por método invasivo através do cateter de Swan-Ganz e de maneira não invasiva pelo método de modelflow. Os pacientes estavam em uso de inotrópico endovenoso contínuo, no perfil hemodinâmico C segundo a classificação clínico-hemodinâmica de Stevenson e foram considerados refratários após tentativa de retirada da droga vasoativa sem sucesso. A população do estudo foi dividida em 2 grupos: grupo T (termoterapia) e grupo C (controle). O grupo T foi submetido à vasodilatação térmica através da manta térmica na temperatura de 50°C por 40 minutos adicionalmente ao tratamento medicamentoso. Os pacientes do grupo C mantiveram o tratamento medicamentoso e a manta térmica foi posicionada da mesma maneira por 40 minutos, porém desligada. Análise estatística: as variáveis foram analisadas pelo teste exato de Fisher ou razão de verossimilhança. A normalidade foi avaliada com o teste de Komogorov-Smirnov. As variáveis quantitativas foram apresentadas por média e desvio padrão. As médias foram avaliadas com análise de variância para medidas repetidas (ANOVA). Quando significante, utilizou-se contrastes para discriminar as diferenças entre os momentos. As medidas avaliadas em um único momento foram comparadas com teste t-Student. Foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson para a análise da correlação entre as medidas. Foram considerados estatisticamente significantes os valores de p < 0,05. Resultados: entre outubro de 2007 e abril de 2013, 165 pacientes foram avaliados para possível elegibilidade. Destes, 12 pacientes recusaram participar do estudo e 105 foram excluídos pelos critérios de exclusão. Foram incluídos 48 pacientes, entretanto, 10 pacientes foram excluídos prérandomização. Foram avaliados inicialmente 8 pacientes que foram submetidos a sessões de calor para segurança e validação do método e 30 pacientes foram randomizados até o término do estudo. No total, 38 pacientes foram estudados. Não houve diferença nas características basais entre os grupos estudados. Na primeira fase foram avaliados 38 pacientes, pré e pós-intervenção. A vasodilatação térmica foi capaz de aumentar o índice cardíaco em 24,1% e de reduzir a resistência vascular sistêmica em 16%. Na segunda fase os pacientes foram seguidos por 5 dias consecutivos conforme randomização e apresentaram melhora hemodinâmica significativa somente nos primeiros dois dias. O maior aumento do índice cardíaco foi de 23,3% e a maior redução da resistência vascular sistêmica foi de 19,3% no grupo tratado com calor. A partir do terceiro dia não houve mais benefício da termoterapia. Da mesma forma, não verificamos diferença entre os níveis de BNP dosados entre o primeiro e quinto dias de seguimento entre os grupos. Conclusões: o calor como vasodilatador foi capaz de aumentar o índice cardíaco e diminuir a resistência vascular sistêmica nos primeiros dias de tratamento na ICD. Entretanto, não houve benefício adicional em sessões repetidas por cinco dias consecutivos ou melhora dos níveis de BNP. Os dados sugerem que a termoterapia pode vir a representar uma abordagem terapêutica adjuvante para o tratamento dos pacientes com ICD. No entanto, um ensaio clínico randomizado com número maior de pacientes é necessário para explorar sua potencial efetividade clínica / Background: adjuvant measures have been proposed for the treatment of heart failure patients, some non-pharmacological, such as the use of heat. Despite the positive results for clinically stable patients, there are no studies related to use thermal therapy in patients with decompensated heart failure (DHF) and in use of vasoactive drugs. Objectives: To evaluate the acute hemodynamic effects of heat applied through the thermal blanket in patients with refractory decompensated heart failure. It was established as outcomes the increase of cardiac index and decrease of systemic vascular resistance on the first day of follow-up. Secondary objective was to evaluate whether repeated sessions of heat for five consecutive days would promote or sustain the hemodynamic effects obtained acutely, and if it would reduce BNP levels during the follow-up. Methods: open label randomized clinical trial, with control group, in patients with DHF. The study was divided into two phases. In the first phase, patients were studied in a single day and the acute effects of heat were evaluated before and after intervention. In the second phase, the effects of heat were evaluated by daily sessions for five consecutive days. An infrared thermal blanket was used to heating the patients. Hemodynamic measurements were assessed through invasive Swan-Ganz catheter and noninvasively by the method of modelflow. The patients were receiving continuous intravenous inotropic therapy and were classified in the profile C according to Stevenson´s clinical and hemodynamic classification and were considered refractory after failure in the attempted of withdraw the vasoactive drugs. The study population was divided into 2 groups: group T (thermal therapy) and group C (control). Group T was submitted to vasodilation through the thermal blanket at 50 °C for 40 minutes in addition to drug treatment. Patients in group C maintained the drug treatment and the thermal blanket was positioned in the same way for 40 minutes, but turned off. Statistical analysis: The variables were analyzed by Fisher\'s exact test or likelihood ratio. Normality was assessed with Komogorov-Smirnov test. Quantitative variables were presented as mean and standard deviation. Means were evaluated using analysis of variance for repeated measures (ANOVA). When significant, contrasts were used to discriminate the differences between times. Measurements evaluated at a single time were compared with Student\'s t test. We used the Pearson correlation coefficient to analyze the correlation between the measurements. A p-value < 0.05 was considered statistically significant. Results: Between October 2007 and April 2013, 165 patients were evaluated for possible eligibility. Of these, 12 patients refused to participate in the study and 105 were excluded by the exclusion criteria. There were included 48 patients, however, 10 patients were excluded in the pre-randomization. Eight patients were initially evaluated and were submitted to heart sessions for security and validation of the method and 30 patients were randomized until the end of the study. In total, 38 patients were studied. There were no differences in the baseline characteristics between the study groups. In the first phase, 38 patients were analyzed pre and post-intervention. The thermal vasodilation was able to increase the cardiac index by 24.1% and to reduce the systemic vascular resistance by 16%. In the second phase, patients were followed up for 5 consecutive days according to randomization and showed significant hemodynamic improvement only in the first two days. The largest increase in cardiac index was 23.3 % and the greatest reduction in systemic vascular resistance was 19.3 % in the group treated with heat. From the third day there was no benefit of thermal therapy. Likewise, there was no difference in the levels of BNP measured in the first and fifth day of follow-up between groups. Conclusions: heat as a vasodilator was able to increase the cardiac index and lower the systemic vascular resistance in the first days of treatment in the DHF. However, there was no additional benefit in repeated sessions for five consecutive days or improvement in the BNP levels. The data suggest that thermal therapy may come to represent a therapeutic approach for the adjuvant treatment of patients with DHF. Nonetheless, a randomized clinical trial with a larger number of patients is needed to explore its potential clinical effectiveness
|
Page generated in 0.0647 seconds