• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 144
  • Tagged with
  • 144
  • 67
  • 36
  • 32
  • 30
  • 28
  • 19
  • 16
  • 16
  • 15
  • 15
  • 15
  • 15
  • 14
  • 14
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
111

"Conhecimentos, atitudes e práticas dos médicos ginecologistas e obstetras em relação à saúde bucal e ao tratamento odontológico de pacientes gestantes" / The gynecologists and obsetrics phisicians’ knowledge and behavior about oral health and dental treatment in pregnant patients

Marcia Cristina Tirelli 24 September 2004 (has links)
A proposta deste estudo foi investigar os conhecimentos, atitudes e práticas dos médicos ginecologistas e obstetras em relação à saúde bucal e ao tratamento odontológico de pacientes gestantes. Foram entrevistados, através de questionários padronizados, 204 médicos ginecologistas e obstetras associados à Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) e que atuam no Município de São Paulo. Os resultados mostraram que 94,12% dos entrevistados possuem informações sobre os fatores etiológicos da cárie dental e 82,36% possuem informações sobre os fatores etiológicos das alterações gengivais e periodontais que ocorrem no período gestacional. Dos que possuem informações sobre os fatores etiológicos da cárie dental e/ou das alterações gengivais e periodontais que acontecem na gravidez, 96,97% repassam essas informações às pacientes gestantes. Em relação ao nível de informações sobre saúde bucal, 32,35% consideram satisfatório o próprio nível de conhecimentos sobre saúde bucal, enquanto 47,06% julgam relativamente satisfatório e 20,59% acreditam ser insatisfatórios seus conhecimentos sobre esse tema. 94,12% dos entrevistados acreditam que cabe tanto ao cirurgião dentista quanto ao médico orientar as pacientes grávidas em relação à prevenção em saúde bucal na gestação, mas 5,88% acreditam que a orientação às gestantes, no que diz respeito à saúde bucal, cabe apenas ao cirurgião dentista. 97,06% dos pesquisados consideram segura a realização de um tratamento odontológico durante a gravidez, 85,29% consideram segura a realização do exame radiográfico odontológico nesse período e 97,06% recomendam às gestantes procurar atendimento odontológico durante o pré-natal. O segundo trimestre da gravidez é considerado o período mais indicado para o atendimento odontológico programado de pacientes gestantes por 64,71% dos entrevistados. O relacionamento cirurgião dentista-médico, no que diz respeito aos cuidados com a saúde da paciente gestante é satisfatório para 23,53% dos pesquisados, relativamente satisfatório para 35,29% e não satisfatório para 41,18%. Somente 5,88% dos ginecologistas e obstetras realizam um exame bucal das gestantes durante as consultas do pré-natal, mas 100,00% consideram importante a integridade da saúde bucal das pacientes grávidas em relação ao desenvolvimento normal da gestação e orientam-nas sobre a importância da saúde bucal durante o pré-natal. / The propose of the present study was to investigate the gynecologists and obstretrics phisicians’ knowledge and behavior about the oral health and dental treatment in the pregnant patients. Standardized questionaries was used to interview 204 gynecologists and obstetrics physicians associates to the Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP) and they act in the São Paulo city. The results showed that 94,12% possess information about etiology of the gengival and periodontal deseases that occur during the pregnancy. Among these professionals, 96,97% repass these information to the pregnant patients. 32,35% consider satisfactory the own knowledge about oral health while 47,06% judge relatively satisfactory and 20,59% believe to be unsatisfactory the own knowledge about the subject. 94,12% believe that dentists and physicians to guide the pregnant patients in oral health in the pregnancy, but 5,88% believe that the the dentists are responsible for this task. 97,06% consider insurance the accomplishment of dental treatment during the pregnancy. 85,29% consider insurance the accomplishment of the radiographic dental examination in this period and 97,06% recommend to the pregnant patients to look dental treatment during the prenatal. The second trimester of pregnancy is considered the most indicated period to realize a planned dental treatment in pregnant patients by 64,71%. The relationship dentist / physician in whom it says respect to the cares with oral health of the pregnant patients is satisfactory for 23,53% of the searched ones, relatively satisfactory for 35,29% and unsatisfactory for 41,18%. 5,88% only carry through oral examination of the pregnant patients during the prenatal, but 100,00% consider important the integrity of oral health during the pregnancy in relation of the normal development of the pregnancy and guide the pregnant patients on the importance of the oral health during the prenatal.
112

Auditoria e feedback : efeitos sobre a pratica obstetrica e os resultados da atenção a saude / Audit and feedback : effects on professional obstetrical practice and health care outcomes

Nascimento, Maria Laura Costa do, 1979- 12 August 2018 (has links)
Orientadores: Jose Guilherme Cecatti, Helaine Maria Besteti Pires Milanez / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-12T04:53:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Nascimento_MariaLauraCostado_M.pdf: 1430969 bytes, checksum: d6876f4a7fd820af8e7cd1d6109e0303 (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: Introdução: Auditoria e Feedback, estratégia de intervenção na prática médica, sendo um resumo da atuação durante certo período, com posterior formulação de recomendações para a melhoria do serviço estudado. Sua efetividade ainda é incerta em Obstetrícia. Objetivo: Estudar o processo de Auditoria e Feedback em Obstetrícia e implementar o uso do material da Reproductive Health Library. Avaliar o possível efeito da intervenção sobre as taxas de parto por cesárea, com a utilização da classificação de Robson. Métodos: coleta prospectiva de dados sobre os seis parâmetros obstétricos selecionados segundo publicações baseadas em evidência, antes e depois de um período de intervenção, preparado após análise dos índices de prevalência de cada prática: episiotomia seletiva, cardiotocografia contínua durante o trabalho de parto em gestações de baixo risco, antibioticoprofilaxia no parto por cesárea, uterotônico no terceiro período do parto, indução de parto às 41 semanas em gestações de baixo risco e suporte contínuo durante o trabalho de parto. Realizado agrupamento de todos os partos segundo a classificação de Robson, em 10 grupos, levando em conta o antecedente obstétrico, tipo de gestação, curso do trabalho de parto e idade gestacional. Resultados: os dois períodos foram similares quanto às características obstétricas gerais. Com relação aos parâmetros selecionados, foi observada redução significativa do uso de episiotomia seletiva (RR 0.84 IC95% 0.73-0.97), embora o mesmo não tenha ocorrido entre as primigestas (p=0,315), aumento na presença de acompanhante durante o trabalho de parto (RR 1.42; 1.24-1.63) e adequação de uso de uterotônico (ocitocina 10UI) no terceiro período (p<0,0001). Segundo a classificação de Robson, não ocorreu alteração no índice global de partos cesárea nos dois períodos estudados (respectivamente 45.5% e 43.3%). Houve predomínio do Grupo 3 (multipara sem cesárea anterior, feto único, cefálico, de termo, trabalho de parto espontâneo) com índices de 28.5 e 26.8% respectivamente. O segundo mais prevalente foi o Grupo 1 (nulípara, feto único, cefálico, termo e trabalho de parto espontâneo), com 25.5 e 22.6% do total de partos, seguido pelo Grupo 5 (multípara com cesárea prévia, feto único, cefálico, gestação de termo), com taxas de 22.9 e 21.3% respectivamente. O Grupo 5 foi também responsável pela maior contribuição ao número total de cesáreas (36.4 e 34.6% nos dois períodos). Os Grupos 2 (nulípara, feto único, cefálico, de termo, em trabalho de parto induzido ou cesárea antes de trabalho de parto) e 4 (multípara, feto único, cefálico, de termo, em trabalho de parto induzido ou cesárea antes de trabalho de parto), embora tenham pouca contribuição ao número total de partos, demonstraram altos índices de cesárea dentro do seus grupos. O grupo 10, composto por prematuros, foi o quarto mais prevalente, também com altos índices de cesárea no seu grupo, porém com redução significativa entre os períodos pré e pós-intervenção (p=0.0058). Conclusão: o processo de Auditoria e feedback pode ser utilizado como mecanismo de implementação em obstetrícia, sobretudo quando a equipe é receptiva a mudanças. / Abstract: Background: Audit and feedback is a widely used strategy to improve professional practice and can be defined as any summary of clinical performance of health care over a period of time, which may include recommendations for clinical action. Its effectiveness is still uncertain in Obstetrics. Objectives: to assess the effects of audit and feedback on the practice of healthcare professionals and patient outcomes and to implement the use of RHL material as a routine in medical practice; to evaluate the effect of the intervention over the incidence of caesarean sections, according to the Robson's classification, in 10 groups. Methods: The study proposed has an audit and feedback design and was conducted in the obstetric Unit of the University of Campinas, Brazil, between the years 2007- 2008. It started by providing up to date estimates of prevalence rates of six audit standards underwritten by evidence-based recommendations: selective episiotomy; continuous electronic fetal monitoring during uncomplicated labour of low risk pregnant women; antibiotic prophylaxis for women undergoing caesarean section; use of oxytocin after delivery as one of the procedures of active management of third stage of labour; routine induction of labour at 41 weeks for uncomplicated pregnancies and continuous support for women during childbirth. The results were then analyzed and presented as feedback to clinical practice. Active information based on the WHO Reproductive Health Library (RHL) was prepared to remind important and reliable health care interventions during meetings with the whole maternity staff. After four months, the same practices were again measured and analyzed to compare data and assess if the intervention was effective. All caesarean sections were evaluated according to Robson's Classification to study a possible effect of the intervention on caesarean rates. Results: both periods studied showed equivalency in the total number of deliveries, vaginal and caesarean births, forceps and deliveries in nulliparous. Considering the obstetric practices evaluated, there was a significant reduction in selective episiotomy (RR 0.84 95%CI 0.73-0.97), but not in nulliparous (p=0.315); an increase in continuous support for women during childbirth (RR 1.42; 1.24-1.63). There was also a change in the institution protocol for the use of uterotonic (oxitocyn) during third stage of labor, with a shift to the WHO recommended dosage of 10UI (p<0.0001). There was no change observed in the use of continuous electronic fetal monitoring, routine induction of labour at 41 weeks for uncomplicated pregnancies and antibiotic prophylaxis in caesarean sections. Considering caesarean sections, there was no prevalence change after intervention. Robson's classification was applied and Group 3 (multiparous excluding previous CS, single, cephalic, =37 weeks, spontaneous labour) accounted for the largest proportion of deliveries, 28.5% and 26.8% in both periods. Group 1 (nulliparous, single, cephalic, =37 weeks, spontaneous labour) was the second largest one, with 25.5% and 22.6% respectively, while Group 5 (previous caesarean section, single, cephalic, =37 weeks) was the third, with percentages of 22.9% and 21.3% respectively. Group 5 also represented the most prevalent when considering only caesarean sections, accounting for 36.4% and 34.6% in both periods. Groups 2 (nulliparous, single, cephalic, =37 weeks, induction or CS before labour) and 4 (multiparous excluding previous CS, single, cephalic, =37 weeks, induction or CS before labour) had low contribution for the total number of deliveries, however they had higher rates of caesarean sections within each group. Group 10 (all single, cephalic, = 36 weeks, including previous CS) represented the fourth largest among all deliveries, with respectively 6.6% and 8.6%. Within its group, the rate of caesarean section was high, with a significant decrease from 70.5% to 42.6%, from pre to post intervention period (p=0.0058). Conclusion: Audit and feedback can be used as a successful implementation tool in obstetrics, especially when the medical staff is open and receptive to change. / Mestrado / Tocoginecologia / Mestre em Tocoginecologia
113

Nascer na região metropolitana de Campinas = avanços e desafios = Be born in the metropolitan region of Campinas : progress and challenges / Be born in the metropolitan region of Campinas : progress and challenges

Christoforo, Fatima, 1964- 31 July 2015 (has links)
Orientador: Eliana Martorano Amaral / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-27T18:20:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Christoforo_Fatima_D.pdf: 2258975 bytes, checksum: 26eb43ac3e7fb395496704555db4a6f1 (MD5) Previous issue date: 2015 / Resumo: Objetivos: Estudar os indicadores de saúde materna e perinatal, e socioeconômicos de 19 municípios e avaliar as rotinas da assistência aos partos da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Sujeitos e Métodos: Trata-se de estudo transversal, associado a um estudo de casos de rotinas do cuidado na assistência ao parto em 16 maternidades públicas. Coletaram-se as informações referentes aos indicadores municipais a partir do DATASUS, da Fundação Seade e do censo de 2010. Para conhecer as intervenções realizadas nas 16 maternidades em entrevistas com médicos ou enfermeiros responsáveis, utilizaram-se o "Instrumento de avaliação de implantação das boas práticas na atenção à mulher e ao recém-nascido no parto" (Ministério da Saúde) e um questionário complementar próprio para o estudo. A coleta de dados ocorreu de dezembro de 2013 a outubro/2014. Utilizou-se análise descritiva para as práticas hospitalares e coeficientes de correlação de Pearson e Spearman para avaliar possíveis associações entre características socioeconômicos e demográficas e resultados obstétricos e perinatais. Resultados: As porcentagens de mães adolescentes, de renda ? 1 salário-mínimo (SM) e a taxa de analfabetismo se correlacionaram positivamente com a número de consultas pré-natais e com a taxa de mortalidade perinatal, porém inversamente com partos cesáreos. A renda média domiciliar per capita e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal foram correlacionados diretamente com partos cesáreos e inversamente com número de consultas pré-natais e com a taxa de mortalidade perinatal. A porcentagem de mães adolescentes e de escolaridade ? 8 anos e a taxa de analfabetismo se correlacionaram positivamente com a taxa de mortalidade neonatal precoce, taxa de prematuridade e baixo peso ao nascer. Em relação às rotinas das 16 maternidades públicas da RMC, treze hospitais utilizavam partograma, 10 utilizavam frequentemente a ocitocina para a condução do trabalho de parto, nove executavam a episiotomia frequentemente e 14 realizavam o manejo ativo do terceiro período do parto. A presença de acompanhante durante o trabalho de parto e parto foi rotineira para 9 e 14 hospitais, respectivamente. Todos os hospitais forneceram rastreamento para HIV e sífilis. Doze hospitais realizavam indução em gestação prolongada e 13 em ruptura prematura de membranas, enquanto 15 tinham protocolos de conduta para hipertensão arterial severa e profilaxia de sepse neonatal precoce por Streptococcus do grupo B. Cinco hospitais não utilizavam antibióticos para cesarianas. Produtos derivados de sangue não estavam disponíveis em quatro hospitais e oito não poderiam cuidar de gestantes em situação clínica grave. Quinze hospitais relataram ter profissional treinado para atendimento neonatal. Conclusão: A taxa de mortalidade perinatal foi o indicador que melhor refletiu os indicadores socioeconômicos na região. A adolescência foi um indicador social de grande risco perinatal, frequentemente associada com ausência de parceiro. A taxa de cesárea retratou os municípios com maior poder aquisitivo na região. As práticas qualificadas de assistência ao parto estavam disponíveis em quase todos os hospitais. No entanto, algumas delas parecem excessivas, como condução de parto e episiotomia, enquanto outras precisam ser melhoradas, como uso de antibióticos para todos os partos cesáreos e disponibilidade de sangue e cuidado de emergência. Os resultados destacam a inequidade da assistência e a importância de rever as rotinas hospitalares, mesmo em uma região com amplo acesso a recursos materiais e humanos e oportunidades de educação continuada / Abstract: Objectives: To study maternal and perinatal health, and socioeconomic indicators of 19 municipalities, and assess the routines of care during childbirth in the metropolitan region of Campinas (RMC). Subjects and Methods: Cross-sectional study, coupled with a case study of 16 public hospitals on clinical routines applied for labour and delivery. The information on health and socioeconomic indicators derived from the DATASUS, the Seade Foundation and 2010 census. Routines were assessed by through the "Assessment Tool of Good Practice Caring for Women and Newborns during Childbirth" (Ministry of Health) and a complementary questionnaire, for interviews with responsible doctors or nurses in 16 hospitals. Data collection occurred from December / 2013 to October / 2014. Descriptive analysis was applied to report routine practices in hospitals, and Pearson and Spearman correlation coefficients were used to evaluate possible associations between socioeconomic, obstetric, and perinatal outcomes. Results: The proportion of teenage mothers and income ? 1SM, and the illiteracy rate were positively correlated with number of prenatal visits and perinatal mortality rate, and inversely with caesarean deliveries. The average household income per capita and the Municipal Human Development Index (MHDI) correlated directly with caesarean deliveries and inversely with number of prenatal consultations and perinatal mortality rate. The percentages of teenage mothers and education ? 8 years, and the illiteracy rate correlated positively with the early neonatal mortality rate, prematurity and low birth weight. Regarding routine practices during deliveries into 16 public maternities, thirteen hospitals used partograph, 10 frequently used oxytocin for labour augmentation, nine frequently performed episiotomy and 14 informed active management of the third stage of labour. The presence of a companion during labour and delivery was a routine for nine and 14 hospitals, respectively. All hospitals provided screening for HIV and syphilis. Twelve hospitals performed induction in prolonged gestation and 13 in premature rupture of membranes. Fifteen had clinical protocol for severe hypertension and for group B Streptococcus early neonatal sepsis prophylaxis. Five hospitals did not use antibiotics for caesarean sections. Blood products were not available in four hospitals and eight could not take emergency care for severe ill women. Fifteen hospitals reported trained professional providing neonatal care. Conclusion: The perinatal mortality rate proved to best indicator reflecting socioeconomic indicators in the region. The caesarean rate pictured the municipalities with higher income. Qualified health practices were available in most hospitals. However, augmentation with oxytocin and episiotomy sounded excessive, while others need improvement, as antibiotics for all C-sections and availability of blood and emergency care. The results highlight the health care inequity and the importance of reviewing hospital care routines, even in a region with ample access to material and human resources, and continuing education opportunities / Doutorado / Saúde Materna e Perinatal / Doutora em Ciências da Saúde
114

O desafio do direito à autonomia: uma experiência de Plano de Parto no SUS / The challenge of the right to autonomy: an experience of birth plan in the health public sector

Halana Faria de Aguiar Andrezzo 04 October 2016 (has links)
Na assistência ao parto no Brasil, predominam intervenções desnecessárias em detrimento de valores como o cuidado. Algumas políticas públicas têm sido desenvolvidas com o intuito de alterar tal cenário, porém, com lentos resultados. Há também algumas estratégias e ferramentas desenvolvidas e difundidas entre as próprias mulheres. Uma destas é a construção do plano de parto, que objetiva informar e promover uma maior participação durante o parto. Apesar de mais difundida entre camadas médias, tal ferramenta tem sido utilizada em alguns serviços de atenção primária do país como a UBS Thérsio Ventura/São Paulo, campo de estágio para o curso de Obstetrícia EACH/USP. Este estudo objetivou descrever e analisar o uso de plano de parto entre usuárias do SUS e médicos/gestores. De metodologia qualitativa, os dados empíricos foram produzidos a partir de entrevistas com mulheres que vivenciaram a experiência de plano de parto no SUS; entrevistas com médicos/gestores; observação de uma consulta de orientação para o plano e parto; observação de dois grupos de apoio à gestação e ao parto realizados na UBS, e análise documental de material educativo, e de documentos referentes às políticas de saúde materna municipal e nacional. O material foi submetido à análise de conteúdo, da qual emergiram as seguintes categorias: (a) Não é uma incapacidade sua, e sim do sistema; (b) De coitada a poderosa; (c) Intervenção que era ajuda; (d) Resistência e negociação do encontro; (e) Plano de parto como mobilizador do cuidado como valor; (f) A segurança do bebê como chantagem; (g) Sobre comandantes, aviões e a necessidade de novas analogias; (h) Plano de parto como provocação: negligência e retaliação; (i) Limites para a decisão informada no SUS. O plano de parto funciona como uma ferramenta educativa que provoca rupturas simbólicas na relação hierárquica das mulheres com os profissionais. Como não há uma cultura que promova a tomada conjunta de decisões e porque há uma clara contradição entre o tipo de cuidado que as mulheres demandam e a atenção que os profissionais estão preparados e dispostos a oferecer, o plano de parto pode resultar em negligência e retaliação. Pode ser útil na construção de linhas de cuidado entre as instituições. Um modelo a ser discutido deveria garantir espaço para singularidades socioculturais, para a explicação dos momentos em que procedimentos podem ser necessários e também espaço para divulgação de locais de assistência mais amigáveis às mulheres e aos quais a mulher pode recorrer no caso de violação de direitos. / Birth care in Brazil is marked by strong predominance of unnecessary interventions at the expense of values such as care. Some policies have been developed in order to change such a scenario but with slow results. There are also some strategies and tools developed and disseminated among women themselves. One of those is the construction of the birth plan, which aims to inform and expand participation and decision making during childbirth. Widespread among middle class women, this tool has been used in some primary care services in the country such as UBS Thérsio Ventura/São Paulo, a training field for the course of Midwifery EACH/USP. This study aimed to understand and analyse the use of birth plan between women who use the public health system and doctors/managers. Using qualitative methodology, empirical data was produced from interviews with women who experienced birth plan in the public system; interviews with doctors/managers; observation of a guidance for the birth plan construction; observation of two support groups at the studied health center, and document analysis of educational materials and documents relating to municipal and national maternal health policies. The material was subjected to content analysis of which the following categories emerged: (a) It is not your disability, but the systems; (b) From poor thing to powerful; (c) Intervention that once was \'help\'; (d) Resistance and negotiation of the encounter; (e) Birth Plan as a mobilizer of care as a value; (e) The safety of the baby as blackmail; (f) About commanders, airplanes and the need for new analogies; (g) Birth plan as defiance: negligence and retaliation; (h) Limits for \'informed decision\' in the public health system. Birth plan functions as an educational tool that causes fissures in the symbolic hierarchical relationship of women in relation to professionals. As there isnt a culture that promotes joint decision-making and because there is a clear contradiction between the type of care women require and what professionals are ready and willing to offer, birth plan can end in neglect and retaliation. It could be useful in building protocols and care between the institutions. A model to be discussed should ensure space for socio-cultural singularities, to the explanation of times that procedures may be required and also space for disclosure of sites to which woman can turn in case of violation of rights.
115

A mulher brasileira contemporânea e a maternidade da culpa / The contemporary Brazilian woman and the maternity of the guilt

Halasi, Fabiana de Souza 18 October 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-12-04T11:46:06Z No. of bitstreams: 1 Fabiana de Souza Halasi.pdf: 1113289 bytes, checksum: 9760a7b0d311815d6ca30a81605853b0 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-12-04T11:46:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fabiana de Souza Halasi.pdf: 1113289 bytes, checksum: 9760a7b0d311815d6ca30a81605853b0 (MD5) Previous issue date: 2018-10-18 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / In this study I propose a psychoanalytic reading about motherhood, questioning whether all mothers correspond to social expectations about it. Based on a literature review, I did a deepening in some aspects such as childbirth and breastfeeding, idealization and romanticism and also on the question of guilt. Motherhood as a psychic operation, also implies an option that, in the contemporaneity, suffers social pressure and charges through a pre-established ideal of mother. This makes many women to initiate this process with anticipated guilt. Illustrating this question, I used the free-speech of five celebrities, who have just given birth, points out the super mother must be the full identity of the woman, refractory or not to the ideal of mother. Psychoanalysis places the determinants of the subject beyond the order of the natural, breaking with an instinctive maternal love from the creation of the concept of drive. However this maternal ideal ends up facilitating the guilt and with her, depression. In that process must have a careful look at the woman, because this psychic frame with guilt as background reinforces an ambivalent and alienating behavior. The mother may disinvest in the child by glimpsing other libidinal investments. This kind of attitude alleviates her guilt because a displacement for herself or for what motherhood represents does not mean abandonment or absence of child care. Relativize motherhood with fewer manuals, advice and more respect for individualities and possible mothering is necessary / Neste estudo proponho uma leitura psicanalítica sobre a maternidade, problematizando se todas as mães correspondem às expectativas sociais sobre ela. Apoiada numa revisão de literatura, fiz um aprofundamento em alguns aspectos como parto e amamentação; idealização e romantismo e ainda sobre a questão da culpa. A maternidade configurando-se como uma operação psíquica, também implica numa opção que, na contemporaneidade brasileira, sofre pressões e cobranças sociais mediante um ideal de mãe preestabelecido, fazendo com que muitas mulheres iniciem esse processo com uma culpa antecipada. Ilustrando esta questão, utilizei-me da fala livre de cinco celebridades, que acabaram de dar à luz, refratárias ou não ao ideal de mãe, capturando que a supermãe deve ser a identidade plena da mulher. A Psicanálise, rompendo com um amor materno instintivo, a partir da criação do conceito de pulsão, coloca os determinantes do sujeito para além da ordem do natural, porém esse ideal materno que preconiza a total satisfação e realização da mãe com o bebê, acaba por facilitar a culpa e com ela a depressão. Nesse processo deve-se ter um olhar cuidadoso para com a mulher, pois este quadro psíquico tendo a culpa como pano de fundo reforça um comportamento ambivalente e alienante. Ao vislumbrar outros investimentos libidinais, a mãe pode desinvestir na criança, amenizando sua culpa, que não deve ser confundida com abandono ou ausência de olhar, mas como um deslocamento para ela mesma e para o que representa. É preciso relativizar a maternidade, com menos manuais, aconselhamentos e mais respeito às individualidades e às maternagens possíveis
116

O desafio do direito à autonomia: uma experiência de Plano de Parto no SUS / The challenge of the right to autonomy: an experience of birth plan in the health public sector

Andrezzo, Halana Faria de Aguiar 04 October 2016 (has links)
Na assistência ao parto no Brasil, predominam intervenções desnecessárias em detrimento de valores como o cuidado. Algumas políticas públicas têm sido desenvolvidas com o intuito de alterar tal cenário, porém, com lentos resultados. Há também algumas estratégias e ferramentas desenvolvidas e difundidas entre as próprias mulheres. Uma destas é a construção do plano de parto, que objetiva informar e promover uma maior participação durante o parto. Apesar de mais difundida entre camadas médias, tal ferramenta tem sido utilizada em alguns serviços de atenção primária do país como a UBS Thérsio Ventura/São Paulo, campo de estágio para o curso de Obstetrícia EACH/USP. Este estudo objetivou descrever e analisar o uso de plano de parto entre usuárias do SUS e médicos/gestores. De metodologia qualitativa, os dados empíricos foram produzidos a partir de entrevistas com mulheres que vivenciaram a experiência de plano de parto no SUS; entrevistas com médicos/gestores; observação de uma consulta de orientação para o plano e parto; observação de dois grupos de apoio à gestação e ao parto realizados na UBS, e análise documental de material educativo, e de documentos referentes às políticas de saúde materna municipal e nacional. O material foi submetido à análise de conteúdo, da qual emergiram as seguintes categorias: (a) Não é uma incapacidade sua, e sim do sistema; (b) De coitada a poderosa; (c) Intervenção que era ajuda; (d) Resistência e negociação do encontro; (e) Plano de parto como mobilizador do cuidado como valor; (f) A segurança do bebê como chantagem; (g) Sobre comandantes, aviões e a necessidade de novas analogias; (h) Plano de parto como provocação: negligência e retaliação; (i) Limites para a decisão informada no SUS. O plano de parto funciona como uma ferramenta educativa que provoca rupturas simbólicas na relação hierárquica das mulheres com os profissionais. Como não há uma cultura que promova a tomada conjunta de decisões e porque há uma clara contradição entre o tipo de cuidado que as mulheres demandam e a atenção que os profissionais estão preparados e dispostos a oferecer, o plano de parto pode resultar em negligência e retaliação. Pode ser útil na construção de linhas de cuidado entre as instituições. Um modelo a ser discutido deveria garantir espaço para singularidades socioculturais, para a explicação dos momentos em que procedimentos podem ser necessários e também espaço para divulgação de locais de assistência mais amigáveis às mulheres e aos quais a mulher pode recorrer no caso de violação de direitos. / Birth care in Brazil is marked by strong predominance of unnecessary interventions at the expense of values such as care. Some policies have been developed in order to change such a scenario but with slow results. There are also some strategies and tools developed and disseminated among women themselves. One of those is the construction of the birth plan, which aims to inform and expand participation and decision making during childbirth. Widespread among middle class women, this tool has been used in some primary care services in the country such as UBS Thérsio Ventura/São Paulo, a training field for the course of Midwifery EACH/USP. This study aimed to understand and analyse the use of birth plan between women who use the public health system and doctors/managers. Using qualitative methodology, empirical data was produced from interviews with women who experienced birth plan in the public system; interviews with doctors/managers; observation of a guidance for the birth plan construction; observation of two support groups at the studied health center, and document analysis of educational materials and documents relating to municipal and national maternal health policies. The material was subjected to content analysis of which the following categories emerged: (a) It is not your disability, but the systems; (b) From poor thing to powerful; (c) Intervention that once was \'help\'; (d) Resistance and negotiation of the encounter; (e) Birth Plan as a mobilizer of care as a value; (e) The safety of the baby as blackmail; (f) About commanders, airplanes and the need for new analogies; (g) Birth plan as defiance: negligence and retaliation; (h) Limits for \'informed decision\' in the public health system. Birth plan functions as an educational tool that causes fissures in the symbolic hierarchical relationship of women in relation to professionals. As there isnt a culture that promotes joint decision-making and because there is a clear contradiction between the type of care women require and what professionals are ready and willing to offer, birth plan can end in neglect and retaliation. It could be useful in building protocols and care between the institutions. A model to be discussed should ensure space for socio-cultural singularities, to the explanation of times that procedures may be required and also space for disclosure of sites to which woman can turn in case of violation of rights.
117

Significados da maternidade para mulheres que vivenciaram a violência obstétrica

Ribeiro, Patrícia Brito 30 March 2017 (has links)
Submitted by Patrícia Ribeiro (patriciabrito.r@gmail.com) on 2017-06-01T03:51:06Z No. of bitstreams: 1 Dissertação versão final.pdf: 1547456 bytes, checksum: 3d0d37a8d8e7dd290bddc21c22005903 (MD5) / Approved for entry into archive by Hozana Azevedo (hazevedo@ufba.br) on 2017-08-21T11:52:06Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação versão final.pdf: 1547456 bytes, checksum: 3d0d37a8d8e7dd290bddc21c22005903 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-21T11:52:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação versão final.pdf: 1547456 bytes, checksum: 3d0d37a8d8e7dd290bddc21c22005903 (MD5) / A violência obstétrica é uma forma de violência de gênero, entendida como ações realizadas pelos profissionais de saúde, sejam elas físicas ou verbais, que anulam a autonomia da mulher nas decisões sobre o seu corpo e seu processo reprodutivo, através de uma assistência desumanizadora, do abuso da medicalização e da patologização dos processos naturais. No contexto de uma atenção obstétrica marcada por atos de violência, cabe uma reflexão sobre as emoções e as particularidades de cada vítima. A partir da perspectiva semiótica da Psicologia Cultural este estudo tem como objetivo geral compreender como as mulheres que vivenciaram a violência obstétrica constroem os significados da maternidade. Trata-se de um estudo de caráter qualitativo e exploratório, que utilizou como delineamento o estudo de casos múltiplos. Participaram do estudo quatro mulheres com idades de 28 a 34 anos, escolaridade da alfabetização ao ensino superior incompleto. Residentes e naturais da cidade do Salvador, três das participantes vivenciaram a experiência do parto em instituições públicas de Salvador e apenas uma participante experienciou o parto em uma instituição pública na cidade de São Paulo. Os instrumentos utilizados na pesquisa foram uma ficha de dados sociodemográficos e uma entrevista narrativa sobre violência obstétrica. Os dados foram analisados na perspectiva categorial baseada em conteúdo. Os resultados mostraram narrativas contrastantes e foram apresentados em duas subseções: (a) narrativas marcadas pela presença do discurso de violência obstétrica e (b) narrativas marcadas pela ausência do discurso de violência obstétrica. Os resultados, de modo geral, mostraram que todas as participantes foram afetadas pela violência obstétrica. Apesar de terem vivenciado a experiência de violência obstétrica de formas distintas, todas as participantes utilizaram o apoio familiar e a crença religiosa para lidar com a experiência do parto. Em relação as condições de emergência semiótica, os resultados sugerem que a tensão e a ambivalência parecem não ser constantes, pressupõe-se que flutuam entre período de baixa, média e alta tensão e ambivalência. A experiência da violência obstétrica contribuiu para emergência de novos significados da maternidade como força e plenitude. / Obstetric violence is a form of gender violence, understood as actions carried out by health professionals, whether physical or verbal, that annul the autonomy of women in decisions about their body and their reproductive process, through dehumanizing assistance, Abuse of medicalization and the pathologization of natural processes. In the context of obstetric attention marked by acts of violence, it is necessary to reflect on the emotions and particularities of each victim. From the semiotic perspective of Cultural Psychology this study has the general objective to understand how women who have experienced obstetric violence construct the meanings of motherhood. This is a qualitative and exploratory study, which used as a study the multiple case study. Four women aged 28 to 34 years, literacy level in incomplete higher education participated in the study. Residents and natives of the city of Salvador, three of the participants experienced the experience of childbirth in public institutions in Salvador and only one participant experienced delivery in a public institution in the city of São Paulo. The instruments used in the research were a socio-demographic data sheet and a narrative interview on obstetric violence. Data were analyzed from a content-based categorical perspective. The results showed conflicting narratives and were presented in two subsections: (a) narratives marked by the presence of obstetric violence discourse and (b) narratives marked by the absence of obstetric violence discourse. The results, in general, showed that all participants were affected by obstetric violence. Although they experienced the experience of obstetric violence in different ways, all participants used family support and religious belief to deal with the experience of childbirth. Regarding the conditions of semiotic emergence, the results suggest that tension and ambivalence do not seem to be constant, they are assumed to fluctuate between low, medium and high voltage periods and ambivalence. The experience of obstetric violence contributed to the emergence of new meanings of motherhood as strength and fullness.
118

Violência obstétrica à luz da declaração universal sobre bioética e direitos humanos : percepção dos estudantes da área da saúde

Silva, Raylla Albuquerque 13 February 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Bioética, 2017. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-03-22T19:17:59Z No. of bitstreams: 1 2017_RayllaAlbuquerqueSilva.pdf: 1594134 bytes, checksum: 531e61b99ba77caf3cd8d0686bb947f3 (MD5) / Approved for entry into archive by Ruthléa Nascimento(ruthleanascimento@bce.unb.br) on 2017-03-28T12:26:40Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_RayllaAlbuquerqueSilva.pdf: 1594134 bytes, checksum: 531e61b99ba77caf3cd8d0686bb947f3 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-28T12:26:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_RayllaAlbuquerqueSilva.pdf: 1594134 bytes, checksum: 531e61b99ba77caf3cd8d0686bb947f3 (MD5) / Pesquisas em todo o mundo demonstram que mulheres têm sido vítimas de negligência, violência física, violência verbal e violência sexual dentro das instituições de saúde – em especial ao dar à luz. Considerando o papel dos profissionais no que se refere a esse cenário, o presente estudo teve como objetivo conhecer a percepção dos estudantes da área da saúde sobre a violência obstétrica e sua relação com a Bioética, conforme princípios previstos na Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. Realizou-se pesquisa exploratória de abordagem mista, com 102 estudantes em todos os níveis de formação. O instrumento utilizado foi o questionário estruturado, disponibilizado por meio eletrônico, composto por questões abertas e fechadas. A análise de dados incluiu técnicas de estatística descritiva para os dados quantitativos e análise de conteúdo para os qualitativos, à luz da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. A violação aos princípios do “Respeito à Vulnerabilidade Humana e pela Integridade Individual” e “Dignidade Humana e Direitos Humanos” foram indicados por aproximadamente 80% dos participantes como relacionados com a ocorrência de Violência Obstétrica. A vulnerabilidade da mulher no processo de parto está relacionada, principalmente, ao desconhecimento sobre seus direitos, seu corpo e sobre os tipos de assistência. A adoção de condutas desnecessárias e sem respaldo científico configuram violações à integridade corporal da mulher, à sua dignidade e aos direitos humanos. Embora a ocorrência de violência obstétrica seja multifatorial, as principais práticas caracterizadas pelos participantes como violência referem-se a condutas não éticas. Os achados da pesquisa evidenciaram a importância da utilização de referenciais bioéticos para o enfrentamento da violência obstétrica. / The researches around the world show that women have been victims of negligence, physical violence, verbal violence and sexual violence in health institutions - especially when giving birth. Whereas the role of professionals in this scenario, this present study aims to know the students’ perception in the field of health on the obstetric violence and its relation with bioethics, accordingly with principles referred to in the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights. An exploratory research of mixed approach was conducted with 102 students at all levels of training. The instrument used was a structured questionnaire made available by electronic means and it was composed by open and closed questions. The data analysis included descriptive statistics techniques for quantitative data and content analysis for qualitative data in the light of the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights. The infringements of the principles of "respect for human vulnerability and individual integrity" and "human dignity and human rights" were indicated by about 80% of the participants as related to an occurrence of obstetric violence. The woman vulnerability when giving a birth is mainly related to the lack of knowledge about her rights, her body and types of assistance. The adoption of unnecessary conducts and without scientific support constitutes violations of women's bodily integrity, dignity and human rights. Although the occurrence of obstetric violence is multifactorial, the most practices described by the participants as violence refer to unethical behavior. The research findings highlight the relevance of the use of bioethical references to combat obstetric violence.
119

Saberes e práticas de enfermeiras acerca do acolhimento com classificação de risco em centro obstétrico / Nurses' knowledge and practices about user embracement with risk assessment in a labor ward

Ilha, Caroline Bolzan 15 March 2017 (has links)
It`s a qualitative descriptive field research performed with 11 labor ward nurses in a teaching hospital. The question that guided this study was: What is the knowledge and the practices of the nurses about user embracement with risk assessment in a labor ward. The objective was to understand the knowledge and the practices of the nurses about user embracement with risk assessment. The data production happened between May and June, 2016 through a focus group. The data were submitted to the operative proposal. The project was approved by the Research Ethics Committee under the CAAE number 53781516.0.0000.5346. Three categories emerged from the results: conceptualizing user embracement with risk assessment: a group construction; easiness and difficulties experienced by nurses on user embracement with risk assessment; the user embracement with risk assessment as a path. The findings indicate that the nurse`s knowledge is related to the main recommended instructions by Brazil`s women`s health care policies and programs. Furthermore, facilitating and complicating aspects have arisen, which pointed to some challenges to be overcome during the practice of care, like overcrowding, disjointed work, conflicts and disparities of power, disorganization of the gateway and the risk assessment, disrespect to the nurses' autonomy and the lack of articulation with the rest of the health network. It's necessary to rethink and also to create new ways of acting in healthcare so as to reflect on a humanizing, effective and welcoming treatment by understanding the importance of the alliance between the services available in the local network, bond strengthening and the proximity between the involved individuals. / Estudo qualitativo, de campo, do tipo descritivo, realizado com 11 enfermeiras do centro obstétrico de um hospital de ensino do interior do Rio Grande do Sul. O estudo teve como questão de pesquisa: quais os saberes e práticas das enfermeiras acerca do dispositivo Acolhimento Com Classificação de Risco em um Centro Obstétrico, e como objetivo: compreender os saberes e práticas das enfermeiras acerca do Acolhimento com Classificação de Risco em um Centro Obstétrico. A produção dos dados aconteceu nos meses de maio a julho de 2016, por meio da técnica do grupo focal. Os dados foram submetidos à proposta operativa. O projeto de pesquisa foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa, sob CAAE número 53781516.0.0000.5346. Os resultados foram organizados em três unidades de sentido: conceituando Acolhimento com Classificação de Risco: uma construção coletiva; facilidades e dificuldades vivenciadas por enfermeiras frente ao Acolhimento com Classificação de Risco; o Acolhimento com Classificação de Risco como um caminho. Os achados indicaram que os saberes das enfermeiras estão atrelados aos principais preceitos preconizados pelas políticas e programas de atenção à saúde da mulher no Brasil. Surgiram aspectos facilitadores e dificultadores, que evidenciaram alguns desafios a serem superados no atendimento, como a superlotação, o trabalho fragmentado, os conflitos e assimetrias de poder, a desorganização da porta de entrada e da classificação de risco, o desrespeito a autonomia da enfermeira e a pouca articulação com o restante da rede de saúde. É preciso, repensar e criar novas formas de agir em saúde que levem a uma atenção resolutiva, humanizada e acolhedora a partir da compreensão da importância de laços fortes entre os serviços disponíveis na rede local, do fortalecimento dos vínculos e da aproximação dos sujeitos envolvidos.
120

A experiência da participação de mulheres em grupos de apoio na vivência do parto

Ferreira, Graziani Izidoro 27 February 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:48:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6748.pdf: 1441265 bytes, checksum: 7b407c0ef082bf8df16512586993b748 (MD5) Previous issue date: 2015-02-27 / Universidade Federal de Sao Carlos / Historically, delivery care was practiced by midwives. However, from the 40's, childbirth has become institutionalized in an attempt to contain the high levels of maternal and child mortality. These transformations away from the birth process family, subjecting women to institutionalists and interventionist practices. Social movements in favor of the physiological birth rescue have struggled to reverse this reality. This research was conducted in São Paulo in the period from 2012 to 2014 and used the Communicative Methodology as a methodological plan that aims not only to describe or explain the reality, but to understand it and interpret it to transform it according to the needs identified. Participants were women who had lived the experience of childbirth, after participating in support groups. The objective was to analyze the satisfaction or not the women who participated in support groups during pregnancy with the birth experience, birth and care received. The data collection instrument was the communicative and report on an analysis of the data was carried out together with the participants, following the methodological rigor. The main elements transformers and obstaculizadores, related to the world of life and the system, guided by the theoretical and methodological framework were identified. The highlight of transforming elements were: feelings and sensations during pregnancy and family support, preparation for delivery and support group as a source of knowledge. The obstaculizadores elements highlighted were: lack of family support, the normal delivery idealization and frustration for the realization of CS and support group focused on the perfect delivery. Therefore, we noted that the system has contributed little to social change, and also has served as hinders element for social transformation birth culture in our country. Therefore, we conclude that feelings and sensations that women face during pregnancy need to be explored and shared to enable the overcoming of those who are negative. Family support is of fundamental importance, as well as the preparation for delivery and support group during pregnancy, as they provide knowledge and security to women regarding birth. We believe that support groups can be mobilized by the experiences of women with their deliveries, acquired in the world of life. This mobilization permeates the interaction and performance of all the experiences in order to make the not successful fuel to overcome the obstacles. / Historicamente, a assistência ao parto era praticada pelas parteiras. No entanto, a partir da década de 40, o parto passou a ser institucionalizado, na tentativa de conter os altos índices de mortalidade maternoinfantil. Essas transformações afastaram a família do processo do nascimento, submetendo a mulher a práticas institucionalistas e intervencionistas. Movimentos sociais em prol do resgate do parto fisiológico têm lutado para reverter essa realidade. Esta pesquisa foi realizada no interior de São Paulo no período de 2012 a 2014 e utilizou a Metodologia Comunicativa Crítica (MCC) como plano metodológico que pretende não apenas descrever ou explicar a realidade, mas compreendêla e interpretá-la para transformá-la de acordo com as necessidades identificadas. A MCC busca identificar os elementos transformadores, ou seja, aquelas que promoveram, neste caso, uma vivência prazerosa do parto e os elementos obstacularizadores, ou seja, aqueles que representam uma barreira à esta vivência, relacionando ambas às categorias mundo da vida e sistema. As participantes foram mulheres que haviam vivido a experiência do parto, após a participação em grupos de apoio. O objetivo foi analisar a satisfação ou não das mulheres que participaram de grupos de apoio durante a gestação com a experiência do parto, nascimento e cuidados recebidos. O instrumento de coleta de dados foi o relato comunicativo e assim como na análise dos dados foram realizados em conjunto com os participantes, seguindo os pressupostos da MCC. Os resultados apontaram que os elementos transformadores, de destaque, foram: sentimentos e sensações durante a gestação, apoio familiar, preparo para o parto e grupo de apoio como fonte de conhecimento. Os elementos obstaculizadores, em destaque, foram: falta de apoio familiar, idealização do parto normal, frustação pela realização da cesárea e grupo de apoio focado no parto perfeito. Observou-se que o sistema pouco tem contribuído para a transformação social e, ainda, tem atuado como elemento obstaculizador para transformação social da cultura do parto em nosso país. Concluiu-se que sentimentos e sensações vivenciados durante a gestação precisam ser explorados e compartilhados para superação daqueles que são negativos. O apoio familiar é de importância fundamental, assim como o preparo para o parto e o grupo de apoio durante a gestação, pois proporcionam conhecimento e segurança para mulher, com relação ao parto. Acreditamos que os grupos de apoio podem ser mobilizados pelas experiências das mulheres com seus partos, adquiridas no mundo da vida. Essa mobilização perpassa a interação e valorização de todas as experiências, de forma a fazer das não exitosas o combustível para a superação dos obstáculos.

Page generated in 0.0378 seconds