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O curso de Pedagogia da UFES sob os olhares das/os alunas/os concluintes: processos de subjetivação produzidos num coletivo de intensidadesBASTOS, C. M. C. 18 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-18 / Analisa o curso de Pedagogia pela perspectiva das/os alunas/os concluintes, tomando a produção de subjetividades como eixo central. Potencializa os discursos pelas narrativas das/os alunas/os, a forma como se constituíram como professoras/es e pedagogas/os no decorrer do curso, fazendo as correlações com as normatizações curriculares e as dimensões vivenciadas por elas/es. Toma o currículo como um conjunto de elementos discursivos, normativos, de conversas, de compartilhamento de experiências, e potencializa-o através dos encontros, de uma formação para o outro, das lacunas prescritivas, formando assim uma complexa produção de subjetividades, sempre coletiva, que se esforça para abandonar os clichês dos significados e as molaridades da prescrição curricular. Tem como principais intercessores teóricos ao problematizar as produções subjetivas no que tange ao currículo, Gilles Deleuze, Félix Guattari e Janete Magalhães Carvalho. Utiliza a cartografia como acompanhamento de processos em que não há uma coleta de dados, mas uma produção desses, pautada no recurso metodológico das narrativas formas de conversações em que há o principal recurso na produção dos dados. Assim, o processo tornou-se intenso e delicado, mas muito feliz, por ter priorizado as muitas formas de vivenciar esse currículo, sem uma individualização dos sujeitos, mas sempre a partir da perspectiva de uma subjetividade a-centrada, sem rostidade.
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O curso de Pedagogia da UFES sob os olhares das/os alunas/os concluintes: processos de subjetivação produzidos num coletivo de intensidadesBastos, Clara Mello Casotti 18 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Analisa o curso de Pedagogia pela perspectiva das/os alunas/os concluintes,
tomando a produção de subjetividades como eixo central. Potencializa os discursos
pelas narrativas das/os alunas/os, a forma como se constituíram como professoras/es e pedagogas/os no decorrer do curso, fazendo as correlações com as normatizações curriculares e as dimensões vivenciadas por elas/es. Toma o currículo como um conjunto de elementos discursivos, normativos, de conversas, de compartilhamento de experiências, e potencializa-o através dos encontros, de uma formação para o outro, das lacunas prescritivas, formando assim uma complexa
produção de subjetividades, sempre coletiva, que se esforça para abandonar os
clichês dos significados e as molaridades da prescrição curricular. Tem como
principais intercessores teóricos ao problematizar as produções subjetivas no que tange ao currículo, Gilles Deleuze, Félix Guattari e Janete Magalhães Carvalho. Utiliza a cartografia como acompanhamento de processos em que não há uma coleta de dados, mas uma produção desses, pautada no recurso metodológico das narrativas – formas de conversações em que há o principal recurso na produção dos
dados. Assim, o processo tornou-se intenso e delicado, mas muito feliz, por ter
priorizado as muitas formas de vivenciar esse currículo, sem uma individualização
dos sujeitos, mas sempre a partir da perspectiva de uma subjetividade a-centrada, sem rostidade. / This thesis analyses the Pedagogy graduation course through the senior students’ perspective, approaching the subjectivities’ production as the central topic. It empowers the discourses through the undergraduates’ narratives on how they became teaches and pedagogues along the course, relating them to the curriculum prescriptions and the dimensions lived by them. It considers the curriculum a set of discursive and normative elements, conversations, and experiences sharing, and potentializes that through meetings, a formation to the other, and prescriptive gaps, as it forms a complex production of subjectivities, always collective, which struggles to abandon the clichés of meanings and the molarities of curriculum prescription. The main theoretical intercessors as we problematize the subjective productions on curriculum were Gilles Deleuze, Félix Guattari and Janete Magalhães Carvalho. This research used the cartography as a means to follow processes in which there is not any data collecting, but data production based on narratives, which are forms of conversations, as methodological sources. Therefore, the process became intense and delicate, but very happy, for having prioritized the many ways of living this curriculum, without an individualization of subjects, on the contrary, focusing on a decentered subjectivity’s perspective, without faces.
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O corpo e o silêncio nos processos educacionais / El cuerpo y el silencio en los procesos educativosPrado, Rafael Iri Martins [UNESP] 10 June 2016 (has links)
Submitted by RAFAEL IRI MARTINS PRADO null (rafaelchum@hotmail.com) on 2016-06-18T18:12:18Z
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Agradecemos a compreensão. on 2016-06-21T20:09:57Z (GMT) / Submitted by RAFAEL IRI MARTINS PRADO null (rafaelchum@hotmail.com) on 2016-06-23T16:29:35Z
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Previous issue date: 2016-06-10 / Nesta pesquisa estudamos os limites e as possibilidades de uma educação para o silêncio. Trazendo as questões que envolvem o corpo e a linguagem, situamos o tema do silêncio no âmbito da cultura, na articulação específica em que participa dos processos de produção do sentido e dos processos de subjetivação. No campo da linguagem, o silêncio é estudado em sua matéria constitutiva dos sentidos e em sua dinâmica, está compreendida como sendo determinada pela tensão entre a paráfrase e a polissemia. Na perspectiva do corpo, o silêncio é estudado nos aspectos que implicam uma formação de hábito assentada em uma atitude do sujeito diante do mundo. A educação para o silêncio, em nossa proposta, requer uma ação corporal e política da atenção que se afirma e se engaja como resistência aos processos de produção de sentido nos contextos sociais de prática de dispersão. Pretendemos discutir uma educação para o silêncio na perspectiva da produção do sujeito, com o intuito de subsidiá-lo, nos moldes do intensivo e do intempestivo em suas relações com a alteridade e encontro com a multiplicidade. E pelo modo específico com que o silêncio se envolve na produção do corpo e da linguagem, concluímos que há a necessidade de uma educação para o silêncio. / En esta investigación estudiamos los límites y las posibilidades de una educación para el silencio. Trayendo las preguntas que rodean el cuerpo y el lenguaje, situamos el tema del silencio en el ámbito de la cultura, en particular la participación con los procesos de producción de sentido y de los procesos de subjetivación. En el campo del lenguaje, el silencio se estudia en su materia constitutiva de los sentidos y en su dinámica, se marca por la tensión entre la paráfrasis y la polisemia. En la perspectiva del cuerpo, el silencio es estudiado en los aspectos que implican la formación de hábitos y una actitud del sujeto ante el mundo. La educación para el silencio, en nuestra propuesta, se requiere de una acción política del cuerpo por la atención, que se ha comprometido como resistencia a los procesos de producción de sentido en contextos sociales de práctica de dispersión. Tenemos la intención de discutir una educación para el silencio en la perspectiva de la producción del sujeto, con el fin de ayudarle en su relacción con la alteridad y encuentro con la multiplicidad. Y por la forma específica con que el silencio participa de la producción del cuerpo y de la lenguaje, concluímos que hay la necesidad de una educación para el silencio.
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Experiência, processos de subjetivação e formação humana na Rede Coque VivePeixoto, Maria do Socorro Liberal 31 January 2012 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-04-10T14:14:46Z
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Previous issue date: 2012 / Essa pesquisa abordou uma experiência formativa denominada Rede Coque Vive, uma articulação sinérgica formada por três atores coletivos: o NEIMFA (Núcleo Educacional Irmãos Menores de Francisco de Assis), associação que atua há 25 anos na comunidade do Coque - área central de Recife/PE; o MABI (Movimento Arrebentando Barreiras Invisíveis), grupo de jovens moradores da comunidade que busca através da música quebrar os estigmas que aprisionam sua comunidade; e o projeto de extensão Coque Vive realizado com jovens universitários do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O foco mais estrito dessa experiência consiste em abrir um diálogo na cidade em torno da estigmatização dos sujeitos e dos espaços periféricos, problematizando, por um lado, o modo como a mídia produz e socializa olhares estereotipados, e, por outro, analisando o potencial da comunicação comunitária na construção de outras formas de olhar a vida dos sujeitos dos espaços periféricos. Nesse contexto, a finalidade mais ampla desse trabalho consistiu em apreender traços da dinâmica formativa vivenciada pelos sujeitos integrantes da Rede Coque Vive. Mais especificamente, a ideia era identificar indícios dos processos de subjetivação experienciados pelos formadores dessa Rede; processos apreendidos a partir da estética da existência delineada no pensamento tardio de Michel Foucault e materializada, nesse estudo, através da construção de narrativas de si. Assim, o dispositivo teórico-metodológico construído não procurou recompor o passado vivido pelos sujeitos da Rede Coque Vive, mas ressaltar as possíveis relações entre narração de si e a experiência formativa desencadeada. Os resultados mais amplos indicaram que os processos de subjetivação, desencadeados a partir da participação na Rede Coque Vive, são incitados fundamentalmente pelo fato de se atuar em grupo; grupo esse constituído por atores que se encontram apesar de ocuparem diferentes lugares e papeis sociais. O elemento chave do processo parece ser uma experiência radical do encontro. Fato que pôde ser observado quando no ato mesmo de narrar as histórias vividas, as identidades dos atores parecem se desprender; como se aquilo que é contado/narrado permitisse uma troca das lentes, alterando não apenas o modo como se olha para os espaços periféricos, mas sobretudo como se olha para si mesmo. A análise das narrativas dos atores entrevistados desvelou que, por alguns instantes, as histórias vividas adquirem um caráter de universalidade, ou seja, tornam-se capazes de gerar identificação mesmo entre aqueles que não participam diretamente da experiência, mas se veem sensibilizados, afetados com as ações produzidas e desencadeadas. Foi justamente no ato de narrar, em primeira pessoa, essa descoberta que observamos os efeitos e os deslocamentos formativos impulsionados pela Rede Coque Vive, o que nos permite concluir que os atores se envolvem de forma tão intensa com suas ações e com os produtos construídos, nesse âmbito, que passam, na verdade, a produzirem a si mesmos nesse processo. Desse modo, as intervenções ético-estéticas da Rede podem repercutir ativamente tanto no campo da política quanto no campo das reflexões pedagógicas.
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A educação na fronteira entre o desejo e a autonomia: dos percursos (im)possíveisFazilari, Fernanda [UNESP] 31 August 2010 (has links) (PDF)
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fazilari_f_me_rcla.pdf: 245505 bytes, checksum: cd7878f9e546f07ec3626ed206f28c38 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Vivemos numa era marcada pelas práticas adaptacionistas e submissão total do Homem, as quais não possibilitam ao indivíduo sua autonomia. Assim, cada vez mais, a capacidade pensante do indivíduo - provida de desejo -, encontra-se dilacerada. Entende-se que a Educação deveria assumir um papel fundamental para reverter este quadro, uma vez que seu principal sentido seria o de, justamente, possibilitar aos educandos espaços diferenciados nos quais seus desejos pudessem florescer e a alienação não encontrasse lugar. Infelizmente, não é isso que acontece e a própria Educação foi capturada por um sistema que não valoriza as singularidades dos sujeitos. Deste modo, pretende-se pensar a Educação a partir da Psicanálise e da Teoria Crítica, a fim de que esta se modifique recuperando seu lugar da crítica social e tornando-se ela própria uma importante ferramenta contra a barbárie. Contribui-se, assim, na desconstrução dos discursos prontos, tidos como únicos e verdadeiros que nos impedem de pensar e numa formação não ‘para’ o sujeito, mas ‘do’ sujeito, que considera os aspectos críticos, reflexivos e desejantes, pois só este indivíduo teria força para atuar contra o status quo. Nosso marco teórico se constitui da releitura de alguns textos clássicos da Teoria Crítica e da Psicanálise nos quais a tensão entre o “desejo” e a “autonomia” está colocada como tema desafiante para a construção de processos educacionais em suas relações com a modernidade / We live in an era marked by practices adaptations and total submission of man, which does not enable the individual to autonomy. So, increasingly, the thinking ability of the individual - constituted by desire - is torn apart. It is understood that education should play a key role to change this situation, since its main effect would be to precisely allowing learners to different spaces in which their wishes could flourish and the alienation did not find a place. Unfortunately, this is not the case and the Education itself was captured by a system that does not value the uniqueness of individuals. Thus, we intend to think about Education through Psycoanalysis and Critical Theory, so that this change is recovering its place of social criticism and becoming itself an important tool against barbarism. Contributing is thus in deconstructing the speeches ready, taken as only true that prevent us from thinking and not in formation 'to' man, but 'of' man, that considers the aspects critical, reflective and of desire, as only this individual have the strength to act against the status quo. Our theoretical framework constitutes the re-reading of some classic texts of Critical Theory and Psychoanalysis in which the tension between the desire and autonomy is quoted as challenging issue for the construction of educational processes in their relationship with modernity
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Silenciosos gritos por entre as grades e as ruas: escrita e invenções de si no centro de ressocialização masculino de Rio Claro / Silenciosos gritos por entre las rejas y las calles: escrita e invenciones de sí en el centro de resocialización masculino de Río ClaroNascimento, Rafael Caetano do [UNESP] 22 August 2017 (has links)
Submitted by Rafael Caetano do Nascimento null (racanascimento@gmail.com) on 2017-09-25T17:45:03Z
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Previous issue date: 2017-08-22 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / A presente pesquisa investiga as possibilidades e potências da prática da escrita realizada em um contexto de privação da liberdade. Entende-se essa escrita como um modo de produção de si mesmo por entre os poderes institucionais, portanto, na experiência do escrever, uma subjetividade em formação constante que produz sentidos enquanto narra a vida. O objetivo é acompanhar, fazer aparecer e apresentar movimentos de singularidades, resistência e formação de subjetividades pela experiência da escrita com reeducandos do Centro de Ressocialização Masculino de Rio Claro (CR). Para isso são utilizados os procedimentos metodológicos da cartografia. Tendo como horizonte teórico as contribuições de Baratta, Bauman, Foucault e Wacquant, é feita uma contextualização do sistema prisional como local de aprisionamento da pobreza, da disciplina ostensiva e reformativa sobre o indivíduo, em um cenário marcado pela globalização, assim como o lugar que o CR ocupa em tudo isso. Para uma perspectiva da escrita há contribuições teóricas na linha de autores como Deleuze e Foucault. Para produção e captação do material de pesquisa, foram realizadas oficinas com encontros semanais de duas horas de duração dentro do CR de modo a permitir um momento de troca de escritas, experiências e pensamentos em torno da vida encarcerada e da escrita. As oficinas se constituiram como momentos de conversa onde o mundo de fora e o de dentro estabeleceram interlocuções e momentos de criações. A escrita aparece como uma prática que abre a vida sufocada pelo poder institucional. Em seu fazer, cria momentos de invenção consigo por entre o tempo gradeado da prisão e permite, por vezes, a fuga ao poder disciplinar e, quase sempre, a resistência. / This research investigates the possibilities and potencies of the writing practice in a context of liberty deprivation. This writing is understood as a way of self-production throughout the institutional powers, therefore, in the writing experience, a subjectivity in constant formation that produces meanings while narrating life. The objective is to perceive, accompany and make appear movements of singularities, resistance and subjectivity formation by the writing experience with prisioners of the Center of Masculine Resocialization of Rio Claro (CR). For this, the methodological procedures of cartography are used. Taking as a theoretical horizon the contributions of Baratta, Bauman, Foucault and Wacquant, a contextualisation of the prison system is made as a place of imprisonment of poverty and of ostensive and reformative discipline over the individual, in a scenario marked by globalization, as well as the place where the CR occupies in all of this. For a perspective of writing there are theoretical contributions in the line of authors as Deleuze and Foucault. For the production and capitation of the research material, workshops were held with weekly meetings of two hours duration within the CR to allow a moment of exchange of writings, experiences and thoughts around the imprisionment life and writing. The workshops constituted moments of conversation where the outside and the inside world established interlocutions and moments of creation. Writing appears as a practice that opens up life stifled by institutional power. In its doing, it creates moments of invention with itself through the barred time of the prison.
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Governo ético-político de usuários de maconhaRibeiro, Tiago Magalhães 29 February 2016 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2016-04-18T17:43:22Z
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Previous issue date: 2016-02-29 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta tese teve por objetivo deslindar aspectos de uma história da subjetividade de usuários de maconha no Brasil mediante descrições e análises de racionalidades e de tecnologias de governo ético e de governo político que conformam diferentes processos de educação mediante a formação de sujeitos. Para tal, realizou-se uma pesquisa empírica que buscou compreender, de um lado, como o uso de maconha foi constituído, no Brasil de início a meados do século XX, enquanto problema pensável e administrável, com a produção, principalmente na psiquiatria e na medicina, de saberes sobre essa droga, seus usos e usuários, o que permitiu um avanço dos controles sociais sobre as práticas de alteração de consciência por meio do uso dessa substância. De outro lado, esta pesquisa visou compreender como esse processo de objetivação de sujeitos e de suas práticas em discursos de verdade se relaciona com os modos pelos quais, neste início de século XXI, consumidores de maconha problematizam e atuam sobre si mesmos e sobre os outros, procurando se constituir como sujeitos de suas práticas de alteração de consciência. A partir de fontes de pesquisa que vão de estudos médicos e psiquiátricos a interações entre usuários de maconha em um fórum virtual na internet, e fazendo uso de ferramentas analíticas elaboradas por Michel Foucault, notadamente a noção de “governamentalidade” entendida como superfície de contato entre o governo de si e o governo dos outros, analisou-se discursos e práticas de controle e autocontrole, identificando-se como racionalidades e tecnologias de governo policial e de governo liberal das condutas de usuários dessa droga incidiram e incidem diferencialmente sobre sujeitos usuários de maconha, tendo em vista, sobretudo, suas posições de “classe” e de “raça”. Os resultados da investigação apontaram, ainda, para uma coexistência de governamentalidades nas formas de gestão do uso de maconha no Brasil: de um lado, problematização e governo policial das condutas de traficantes e usuários pobres; de outro, possibilidades de resistência liberal, de estilização de autocontroles e propugnação de formas de autogoverno por usuários de classes médias e altas. Concluiu-se que o sujeito usuário de maconha foi construído historicamente, no Brasil, entre o início e o meado do século XX, como um sujeito patológico e criminógeno. Tal subjetividade tem sido contestada e reelaborada, principalmente neste início de século XXI, em nosso país, no marco da emergência de racionalidades e tecnologias liberais e neoliberais de governo das condutas, de modo a conformar um sujeito usuário de maconha auto controlado e gestor de si. Essa produção de subjetividade, contudo, se encontra limitada: teoricamente, pela dificuldade de se fundar uma ética em uma ideia de autonomia como pleno controle de si, e, praticamente, pelos profundos recortes e divisões socioeconômicas que caracterizam a sociedade brasileira. / This thesis aims to investigate aspects of a history of subjectivity of marijuana users in Brazil by means of descriptions and analyses of rationalities and technologies of both ethical government and political government which ones conform different processes of education by means of formation of subjects. In order to do that, an empirical research was carried out to understand, on the one hand, how the use of marijuana was constituted in Brazil from the beginning to the middle of the 20th century as a thinkable and manageable problem, with the production of knowledges about this drug, particularly in the fields of psychiatry and medicine, thus leading to the advancement of social controls over the practices of alteration of consciousness with the use of that substance. On the other hand, this research aims to understand how such process of objectivation of subjects and their practices in discourses of truth is related to the ways through which, in the beginning of the 21st century, marijuana consumers problematize and act on themselves and the others in an attempt to constitute themselves as subjects of their practices of alteration of consciousness. From research sources ranging from medical and psychiatric studies to interactions between marijuana users in a virtual forum on internet, and by using analytical tools designed by Michel Foucault, particularly the notion of ‘governmentality’, understood as a surface of contact between the government of the self and the government of the others, discourses and practices of control and self-control have been analyzed, enabling the identification of the ways in which rationalities and technologies of police government and liberal government of the conducts of marijuana users differently affected and still affect those subjects, especially considering their class and race positions. The results of the investigation have also pointed out the coexistence of governmentalities in the form of management of marijuana use in Brazil: on the one hand, problematization and police government of the conducts of drug dealers and poor users; on the other hand, possibilities of liberal resistance, stylization of self-controls and defense of forms of self-government by middle and upper class users. It has been concluded that the marijuana user was historically produced in Brazil between the beginning and the middle of the 20th century as a pathological and criminal subject. Such subjectivity has been challenged and reconstructed in our country, especially in the beginning of the 21st century, with the emergence of liberal and neoliberal rationalities and technologies of government of conducts, thus modeling a self-controlled, self-manager marijuana user subject. This production of subjectivity, however, is limited: theoretically, due to the difficulty to found an ethics on the idea of autonomy as total control of the self and, in practice, because of the deep socioeconomic cuts and divisions that characterize the Brazilian society.
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A argumentação no Exame Nacional do Ensino Médio/2004: percursos discursivos seguidos por jovens em processo de formação / Argumentation in the National Medium Level Exam (ENEM): multiple reasoning paths chosen by undergraduate youthsAzevedo, Isabel Cristina Michelan de 14 August 2009 (has links)
Esta pesquisa tem por objetivo mais amplo investigar os recursos discursivo-argumentativos presentes nos textos produzidos no ENEM/2004, para identificar como as práticas discursivas se manifestam nas produções de jovens brasileiros que participam da última etapa da educação básica. Como o trabalho está baseado em uma teoria geral do discurso, o discurso é concebido como um produto subjetivo e também sócio-histórico, o que possibilita a integração de perspectivas teóricas diferentes, porém, a nosso ver, complementares. Pelo fato de o corpus ser constituído por textos produzidos em situação de exame, optamos por utilizar os estudos de Foucault (1969/2004a, 2004b, 1987, 1970/1996) para interpretar a situação de produção dos textos, bem como para entender os processos de subjetivação aos quais os participantes da prova estão submetidos. Para analisar as estratégias argumentativas e persuasivas presentes nos textos, como também as formas de organização e articulação das ideias apresentadas, recorremos aos estudos da Nova Retórica, segundo Perelman (1997, 1993), Perelman e Olbrechts-Tyteca (1996), de Meyer (2007, 1998, 1992), de Maingueneau (1997, 2001, 2005, 1995/2008), de Charolles (1978/2002) e de Koch (2002, 1993, 1992). As análises dos elementos de coerência e coesão possibilitaram mapear os recursos linguísticos utilizados, associar grupos de textos à avaliação realizada pelo INEP e definir o perfil do conjunto de textos que foi analisado sob perspectivas diversificadas. A análise discursivoargumentativa mostrou que, ao final do ensino médio, a maioria dos jovens domina os mesmos recursos já identificados em pesquisa anterior com textos infantis (AZEVEDO, 2002), revelando assim não haver evolução significativa na qualidade das produções textuais mesmo após um longo período de permanência em sala de aula. / The wider goal of this paper is to investigate the discursive-argumentative resources present in the texts produced for the ENEM 2004, in order to identify the discursive practices used in the texts written by Brazilian youths that take part in this last stage of basic education. As this paper is based on the general theory of discourse, discourse is seen as both a subjective and a social-historical outcome, which allows the integration of different theoretical perspectives that in our view are complementary. Due to the fact that the corpus is a set of texts produced in the situation of an exam, we chose to use Foucaults work (1969/2004a, 2004b, 1987, 1970/1996) to interpret the situation in which the texts were produced, and also to understand the subjectivation process that students taking the exam are going through. In order to analyze argumentative and persuasive strategies present in the texts, as well as the form in which the ideas presented are organized and articulated, we have resorted to the New Rethoric of Perelman (1997, 1993), according to Perelman and Olbrechts-Tyteca (1996), Meyer (2007, 1998, 1992), Maingueneau (1997, 2001, 2005, 1995/2008), Charolles (1978/2002), and Koch (2002, 1993, 1992). The analysis of elements indicating coherence and cohesion have allowed us to map the linguistic resources employed, to associate groups of texts to the evaluation conducted by INEP, and to define the profile of the group of texts that were analyzed under different perspectives. The analysis of discourse/argumentation has revealed that by the end of the 9th grade most youths master the resources previously identified in a former study of texts produced by children (AZEVEDO, 2002), thus revealing that there was no significant evolution in the quality of text production, even after several additional years of schooling.
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Práticas educacionais e processos de subjetivação em meio a propostas de desescolarização: Tensões, potências e perigos / Unschooling, Educational practices, Subjectivation processes, Governamentality, FreedomGonçalves, Marcela Peters Cremasco 10 October 2016 (has links)
Vivemos numa sociedade constituída e constituinte de relações marcadas por desigualdades econômicas, sociais, de classe, de raça, de gênero, etc. e produtora de opressões, dominações e assujeitamentos. A educação é um campo atravessado pelas correlações de força, pelos dispositivos de poder vigentes e por tais desigualdades; nesse campo se coloca em disputa práticas que podem servir à manutenção da opressão, da dominação e do assujeitamento ou que se produzem como resistência. A presente dissertação aborda questões relativas a práticas educacionais nomeadas por desescolarização adentrando na experiência de um grupo específico, o Barro Molhado buscando evidenciar tensões, potências e perigos que as compõem. Tendo como embasamento produções de pensadores da Filosofia da Diferença, sobretudo, Deleuze, Guattari, Foucault e foucaultianos, procuramos discorrer sobre as formas e relações de poder que estão em jogo na constituição das práticas educacionais, tanto dentro da escola, como nos formatos que prescindem do sistema regular de ensino, e realizar uma crítica em relação aos processos de subjetivação forjados na atualidade. Procuramos afirmar as lutas que culminaram na instituição da educação como direito e em sua efetivação através da escolarização, assim como, os esgotamentos presentes no sistema regular de ensino e as potências de propostas alternativas que buscam se configurar como educação formal. Não-diretividade e não-intervenção tornaram-se princípios centrais na discussão sobre das maneiras de pensar e de agir dos adultos em relação às crianças. Retomamos pensamentos de Hannah Arendt sobre o campo da educação, sua relação com o domínio da política e sua dimensão pública, buscando problematizar tais princípios e discutí-los na contraposição entre autoritarismo e autoridade. Em nosso tempo, atravessado por ideia de liberdade e autonomia, as formas de aprisionamento, dominação e assujeitamento se tornam veladas, dando margem para o enrijecimento do controle através de aparências libertárias. A noção de governamentalidade, forjada por Foucault, se constitui como uma ferramenta analítica que nos permite adentrar na agonística presente na relação entre governo e liberdade, potencializando rupturas com as naturalizações vigentes e a criação de novos possíveis. Retomamos a afirmação de Foucault (1995b): Minha opinião é que nem tudo é ruim, mas tudo é perigoso, o que não significa exatamente o mesmo que ruim. Se tudo é perigoso, então temos sempre algo a fazer (p.256). Se tudo é perigoso, qualquer uma das formas das práticas educacionais escolhidas, estejam elas dentro ou fora do sistema regular de ensino, envolvem riscos. Se há sempre algo a ser feito, apoiamo-nos no pensamento de Deleuze (1992b) para criar estratégias de enfrentamento no tempo que habitamos. Não basta estar fora da escola para romper com as amarras de nosso tempo; ao mesmo tempo, inventar maneiras de viver e educar que rompam com o que domina no cenário escolar é expressão da potência de criação, resistência, e pode se constituir como máquina de guerra / We live in a society constituted and constituent relations marked by inequalities - economic, social, class, race, gender, etc. - and producer of oppression, domination and subjection. Education is a field crossed by the force relations, the actual power devices and these inequalities; in this field arises in dispute practices that can serve to the maintenance of oppression, domination and subjection or that occur as resistance. The present dissertation addresses questions related to educational practices named by unschooling - entering the experience of a particular group, the Barro Molhado - seeking evidence tensions, potencies and dangers that make them up. With the basement productions philosophy of difference thinkers, above all, Deleuze, Guattari, Foucault and foucaultians, we seek to discuss the forms and power relations that are at stake in the constitution of educational practices, both within the school, as in formats that dispenses with the regular education system, and conduct a review in relation to subjectivation processes forged today. We seek to affirm the struggles that culminated in the institution of education as a right and its effectiveness through schooling, as well as the exhaustion present in the regular school system and the potencies of alternative proposals who seeking to set up as formal education. Non-directivity and nonintervention became central principles in the discussion on the ways of thinking and acting of adults towards children. Resumed thoughts of Hannah Arendt on the field of education, their relationship with the domain of politics and its public dimension, seeking to question these principles and discuss them on the contrast between authoritarianism and authority. In our time, crossed by the idea of freedom and autonomy, forms of imprisonment, domination and subjection become veiled, giving rise to stiffening of the control through libertarian appearances. The notion of governmentality, forged by Foucault, is constituted as an analytical tool that allows us to enter the agonistic present in the relationship between government and freedom, increasing disruptions to current naturalizations and the creation of new possible. We resumed Foucault (1984) statement: \"My point is not that everything is bad, but that everything is dangerous, which is not exactly the same as bad. If everything is dangerous, then we always have something to do\" (p.343). If everything is dangerous, any of the forms of the chosen educational practices, whether they are inside or outside the regular school system, involve risks. If there is always something to be done, we rely on the thought of Deleuze (1992b) to create coping strategies in time we inhabit. Is not enough be out of school to break the bonds of our time; at the same time, inventing ways to live and educate that break with the dominating in the school setting is expression of creating power, resistance, and may constitute as war machine
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Narcisismo e Sacrifício: modo de subjetivação e religiosidade contemporâneaMary Rute Gomes Esperandio 24 February 2006 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo tem por objetivo evidenciar a articulação entre produção de subjetividade e religiosidade contemporânea. Especificamente, pretende-se colocar em relevo a prática do sacrifício tal como proposta pela Igreja Universal do Reino de Deus e como esta prática sacrificial se articula com o modo de existência (subjetivação) que se produz na contemporaneidade. A metodologia que dá suporte ao estudo baseia-se na genealogia de Foucault/Deleuze. A pesquisa genealógica permite-nos (des)construir o sentido do sacrifício levando-nos a perceber que o mesmo resulta de uma composição de forças que entram em relação. Ou seja, as transformações de sentido que se dão na noção de sacrifício guardam implicação íntima com os diversos processos de subjetivação que são produzidos em diferentes configurações sociais. Neste sentido, a pesquisa genealógica permite-nos ver, também, que a lógica sacrificial em que se assenta o modo de subjetivação, próprio da configuração social capitalista (e globalizada) é o que dá condições de possibilidade para uma experiência religiosa tal como a proposta pela Igreja Universal do Reino de Deus. A mesma força motora que impulsiona e reforça a economia capitalista, a cupidez (entendida como ambição, voracidade e cobiça), sustenta também a sua lógica sacrificial e legitima a proposta iurdiana de sacrifício que se oferece como remédio para lidar com a experiência contemporânea da vergonha. A vergonha é uma das manifestações mais bem acabadas do narcisismo reativo. Não alcançar o padrão ideal, socialmente produzido de sucesso econômico, felicidade, poder e bem-estar físico e emocional faz a subjetividade sentir-se envergonhada. Em função disto, podemos afirmar que a subjetividade hoje, experimenta muito menos culpa e muito mais vergonha. Por essa razão defendemos a tese de que a prática do sacrifício (como proposta pela IURD) encontra-se estreitamente vinculada ao narcisismo no modo como este é experienciado na contemporaneidade. E a experiência de narcisação reativa, própria da contemporaneidade, é condição e essência da prática do sacrifício iurdiano. O estudo do narcisismo e sacrifício contribui com a reflexão teológica atual porque, ao colocar em relevo as forças de narcisação que compõem o modo de subjetivação e as práticas sacrificiais na contemporaneidade, denuncia o triunfo das forças reativas. O narcisismo reativo expressa-se pelo fechamento do indivíduo à alteridade e pela busca de seus próprios interesses, efetivando-se, desse modo, a conservação, adaptação e reprodução da pobreza mesma de existência. Assim, um desafio que se coloca à teologia contemporânea, e que emerge do presente estudo, diz respeito à necessidade de uma reflexão teológica que contemple as forças ativas de narcisação, pois nelas encontramos o gérmem da criação e da afirmação da vida. A potência de criação é ativada quando o cuidado de si não se desvincula do cuidado do outro. As forças reativas empobrecem a vida e podem até mesmo destruí-la, pois capturam o desejo e se voltam para si mesmas e para o próprio interesse. Mas as forças ativas afirmam a diferença (não a desigualdade), o cuidado de si e do outro e fazem da diferença um objeto de alegria e de afirmação. / The subject of this study concerns the relationship between the production of subjectivity and contemporary religiosity. More precisely the study focuses the sacrificial proposal offered by Universal Church of the Kingdom of God (UCKG) and how this sacrificial practice is related to the mode of existence (subjectivation) produced in our contemporary society. The methodology of the study is based on the genealogy of Foucault/Deleuze. The genealogical approach enables the (de)construction of the meaning of sacrifice and makes possible to conceive it as the result of a composition of interacting forces. In other words, the transformations of meaning, carried by the notion of sacrifice, have an intimate implication with the different processes of subjectivation which are produced in different social configurations. In this sense, a genealogical research enables us to see that a sacrificial logic, where the mode of subjectivation takes place in the capitalist (and globalized) configuration, presents conditions of possibility for a religious experience such as it is offered by UCKG. The cupidity, as a driving force that strengthen the capitalist economy, understood as ambition, voracity and avariciousness, animates the sacrificial logic which supports the capitalist structure and at the same time legitimize the proposal of sacrifice offered by UCKG. Such proposal presents itself as a remedy to deal with the contemporary experience of shame. The shame is one of the manifestations mostly inherited in reactive narcissism. The ideal pattern socially produced expressed by economic success, felicity, power and physically and emotionally wellbeing, is far away to be fully obtained and makes the subjectivity feeling ashamed. Therefore, the subjectivity today develops much less guilt and much more shame. For this reason, I defend the thesis that the practice of sacrifice (as presented by UCKG) fits itself directly to the narcissism as experienced in our contemporary society. And this experience of reactive narcissism, produced nowadays, is the condition and essence of the praxis of the UCKG. The study of narcissism and sacrifice contributes to an actual theological reflection. Since it gives attention to the forces which composes the mode of subjectivation and the sacrificial practice in the contemporary society, this study makes a denouncement of the triumph of reactive forces. The reactive narcissism expresses itself in a closure of the individual to the alterity and to the seeking of its selfish interests and produces, in this way, the conservation, adaptation and the reproduction of the same poorness way of existence. Thus, a challenge for contemporary theology points to a necessity to develop a reflection which considers the active forces of narcissism as the seed of creation and the affirmation of life. The potential of creation is activated when the care of the self does not deviate from the care of the other. The reactive forces of narcissism make life poorer and could destroy life, because they turn themselves to themselves and to their self interest. But the active forces affirm the difference (not inequality), and the care of the self and the care of the other, and make from the affirmed difference an object of joy and affirmation.
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