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Sob o peso dos grilhões : um estudo sobre a psicodinâmica do trabalho em um hospital psiquiátrico público

Magnus, Cláudia de Negreiros January 2009 (has links)
Cette thèse vise à comprendre la dynamique du travail effectué par des professionnels de la santé mentale dans un hôpital psychiatrique public de Rio Grande do Sul, Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP), et ses implications par rapport à la douleur et le plaisir. Les objectifs spécifiques sont: d'analyser l'organisation du travail, la détermination des relations de douleur et de plaisir, et connaître les stratégies de défense collective et de la santé, produites par ces travailleurs. La contribution théorique et méthodologique sont la psychodynamique du travail, de Christophe Dejours, appliquée strictu sensu, dans ses stades de développement. Nous avons utilisé les auteurs cités par leur liaison avec les thèmes: le travail: Marx, Dejours, Nardi, Lancman et Pitta, la folie et la santé mentale: Amarante, Magnolia Mendes, hôpital psychiatrique: Foucault et Dias, le service public: Rollo, Antunes, Castel, entre autres. Le sondage a une approche qualitative, qui est conforme au désir de comprendre les implications des travaux d'une institution marquée par la folie et la sphère publique par rapport à la subjectivité de leurs employés. Les données ont été recueillies au moyen de pré-recherche et des réunions avec le groupe des travailleurs, formé par des professionnels travaillant dans des unités d'hospitalisation pour malades aigus, dont le profil évolue pour les usagers de drogues, plus précisément le Crack. Il a été estimé que ces travailleurs sont dans un espace «entre», c'est à dire dans un espace de transition, qui aura des implications dans le processus de travail et de santé. Il a été constaté qu'ils utilisent des stratégies collectives de défense, comme l'éloignement, le durcissement et les plaintes et les stratégies collectives de la santé, exprimées à travers le commerce et l'aide, “l'oxygénation” et de changements possibles. Ces stratégies, cependant, sont en fait très conservatrices, n'ont pas changé la façon dont le travail est organisé. D'autre part, ces strategies aident à minimiser la douleur et d'obtenir un certain plaisir. L'étude constate l'existence de «chaînes», qui aggravent la souffrance au travail: le poids de la folie, l´ingérence politique, l´appauvrissement des ressources, les conditions et l´organisation du travail, où la précarité des liens relationnels avec les collègues est identifiée comme la plus grande charge. Un autre aspect souligné dans la recherche est le fait que les politiques publiques pour l'employé n'atteint pas les besoins internes, agissent pour surveiller les institutions. Les résultats ont montré l'importance de la construction d'un espace de discussion légitime dans l'hôpital São Pedro, qui permet de provoquer la force collective du groupe. Ainsi, il est possible de promouvoir la reconnaissance et la construction d'un sens pour le travail, fournissant plus de plaisir pour les travailleurs et pour donner la santé à ceux qui travaillent avec la santé. / Esta dissertação busca compreender a dinâmica do trabalho realizado por profissionais de saúde mental, de um hospital psiquiátrico público do Estado do Rio Grande do Sul, Hospital Psiquiátrico São Pedro,(HPSP), e suas implicações em relação ao sofrimento e ao prazer. Os objetivos específicos são: analisar a organização do trabalho, identificar a relação de sofrimento e prazer; e, conhecer as estratégias coletivas de defesa e de saúde, produzidas por estes trabalhadores. O aporte teórico metodológico utilizado foi a Psicodinâmica do Trabalho, de Christophe Dejours, aplicado de forma strictu sensu, em suas etapas de desenvolvimento. Para dialogar com esse referencial, recorreu-se a autores vinculados à temática do trabalho: como Marx, Dejours,Nardi, Lancman, e Pitta; loucura e saúde mental, Amarante, Magnólia Mendes; hospital psiquiátrico, como Foucaut e Dias; serviço público, Rollo, Antunes, Castel, dentre outros. A pesquisa possui abordagem qualitativa, o que é coerente com à intenção de entender as implicações do processo de trabalho em uma instituição, marcada pela loucura e pela esfera pública, em relação à subjetividade dos seus trabalhadores. Os dados foram obtidos através da pré-pesquisa e dos encontros realizados com o grupo de trabalhadores, formado por profissionais que atuam em unidades de internação de pacientes agudos, cujo perfil está se modificando para usuários de drogas, mais especificamente, de crack. Percebe-se que esses trabalhadores se encontram em um espaço do “entre”, ou seja, em um espaço de transição, que vai trazer implicações no processo de trabalho e de saúde. Constatou-se que eles utilizam estratégias coletivas de defesa, tais como: afastamento, endurecimento e reclamação; e estratégias coletivas de saúde, manifestadas através de trocas e ajuda, oxigenação e mudanças possíveis. Essas estratégias, no entanto, operam de forma conservadora, pois não alteram o modo pelo qual o trabalho está organizado. Permitem, por outro lado, minimizar o sofrimento e obter algum prazer. O estudo constata a existência de “grilhões” que exacerbam o sofrimento no trabalho: o peso da loucura, os atravessamentos políticos, o sucateamento dos recursos, as condições e a forma de organização do trabalho, em que a precariedade dos vínculos relacionais com os colegas é apontado como a maior carga. Outro aspecto ressaltado na pesquisa é o fato de que as políticas públicas existentes, voltadas ao trabalhador, não dão conta, na prática, da demanda interna, pois são ações que atuam, em sua maioria, no sentido de fiscalizar as instituições. Fica evidenciada a importância de se construir, no Hospital Psiquiátrico São Pedro, um espaço de discussão legítimo, que possibilite instigar a força coletiva do grupo. Assim, acredita-se ser possível fomentar o reconhecimento e a construção de um significado para o trabalho que proporcione mais prazer aos trabalhadores e que viabilize saúde a quem trata da saúde. / This essay searches for the understanding of the dynamics of the work made by mental health professionals of one psychiatric public hospital in the state of Rio Grande do Sul named Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP) and its implications related to suffering and pleasure. The specific objectives are: to analyze the organization of the work; to identify the relation between suffering and pleasure and to know common strategies of defense and health produced by these workers. The theoretical-methodological subsidy used was Christopher Dejours’ Psychodynamics at Work applied in a strictu sensu pattern during its development stage. To work with such reference we looked for authors linked to the theme work such as Marx, Dejours, Nardi, Lancman and Pitta; madness and mental health, Amarante, Magnólia Mendes; psychiatric hospital, such as Foucault and Dias: public service, Rollo, Antunes, Castel, among others. The research is qualitative-based which is coherent to the intention of understanding the implications of the working process inside an institution surrounded by insanity and by the public domain in relation to the subjectivity of its employees. Data were obtained through a beforehand research and from the meetings held with the group of workers composed by the professionals who act in units of the asylum with seriously insane patients whose profile has changed to drug addicts, more specifically, crack. We came to the conclusion that these workers are found in a space “in between”, that is, in a transition space which will bring implications in the labor and health process. We also noticed that they use common health defense strategies manifested through the exchanges and help, oxygenation and possible changes. But these strategies work in a conservative model because they don’t alter the way the work is organized in itself. They allow, on the other hand, to minimize the suffering and to get some kind of pleasure. The study suggests the existence of mental links or mental chains which increase the suffering at work: the burden of madness, the political obstructions, the resources defraying, the conditions and the organization of the work where the poor relationship entailment among the workmates is appointed as the biggest burden. Another point to be considered in the research is the fact that the existing public politics made for the workers are not sufficient in practice to fulfill the internal demand due to the fact that they are actions that happen, in its majority, to control the institution. It is made clear the importance of making at Hospital Psiquiátrico São Pedro a real discussion scene that will promote the investigation of the common strength of such group. Therefore, we believe that it is possible to foment the acknowledgement and the making of a meaning to work that will bring pleasure for the employees and promote health to the ones that treat it.
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Sob o peso dos grilhões : um estudo sobre a psicodinâmica do trabalho em um hospital psiquiátrico público

Magnus, Cláudia de Negreiros January 2009 (has links)
Cette thèse vise à comprendre la dynamique du travail effectué par des professionnels de la santé mentale dans un hôpital psychiatrique public de Rio Grande do Sul, Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP), et ses implications par rapport à la douleur et le plaisir. Les objectifs spécifiques sont: d'analyser l'organisation du travail, la détermination des relations de douleur et de plaisir, et connaître les stratégies de défense collective et de la santé, produites par ces travailleurs. La contribution théorique et méthodologique sont la psychodynamique du travail, de Christophe Dejours, appliquée strictu sensu, dans ses stades de développement. Nous avons utilisé les auteurs cités par leur liaison avec les thèmes: le travail: Marx, Dejours, Nardi, Lancman et Pitta, la folie et la santé mentale: Amarante, Magnolia Mendes, hôpital psychiatrique: Foucault et Dias, le service public: Rollo, Antunes, Castel, entre autres. Le sondage a une approche qualitative, qui est conforme au désir de comprendre les implications des travaux d'une institution marquée par la folie et la sphère publique par rapport à la subjectivité de leurs employés. Les données ont été recueillies au moyen de pré-recherche et des réunions avec le groupe des travailleurs, formé par des professionnels travaillant dans des unités d'hospitalisation pour malades aigus, dont le profil évolue pour les usagers de drogues, plus précisément le Crack. Il a été estimé que ces travailleurs sont dans un espace «entre», c'est à dire dans un espace de transition, qui aura des implications dans le processus de travail et de santé. Il a été constaté qu'ils utilisent des stratégies collectives de défense, comme l'éloignement, le durcissement et les plaintes et les stratégies collectives de la santé, exprimées à travers le commerce et l'aide, “l'oxygénation” et de changements possibles. Ces stratégies, cependant, sont en fait très conservatrices, n'ont pas changé la façon dont le travail est organisé. D'autre part, ces strategies aident à minimiser la douleur et d'obtenir un certain plaisir. L'étude constate l'existence de «chaînes», qui aggravent la souffrance au travail: le poids de la folie, l´ingérence politique, l´appauvrissement des ressources, les conditions et l´organisation du travail, où la précarité des liens relationnels avec les collègues est identifiée comme la plus grande charge. Un autre aspect souligné dans la recherche est le fait que les politiques publiques pour l'employé n'atteint pas les besoins internes, agissent pour surveiller les institutions. Les résultats ont montré l'importance de la construction d'un espace de discussion légitime dans l'hôpital São Pedro, qui permet de provoquer la force collective du groupe. Ainsi, il est possible de promouvoir la reconnaissance et la construction d'un sens pour le travail, fournissant plus de plaisir pour les travailleurs et pour donner la santé à ceux qui travaillent avec la santé. / Esta dissertação busca compreender a dinâmica do trabalho realizado por profissionais de saúde mental, de um hospital psiquiátrico público do Estado do Rio Grande do Sul, Hospital Psiquiátrico São Pedro,(HPSP), e suas implicações em relação ao sofrimento e ao prazer. Os objetivos específicos são: analisar a organização do trabalho, identificar a relação de sofrimento e prazer; e, conhecer as estratégias coletivas de defesa e de saúde, produzidas por estes trabalhadores. O aporte teórico metodológico utilizado foi a Psicodinâmica do Trabalho, de Christophe Dejours, aplicado de forma strictu sensu, em suas etapas de desenvolvimento. Para dialogar com esse referencial, recorreu-se a autores vinculados à temática do trabalho: como Marx, Dejours,Nardi, Lancman, e Pitta; loucura e saúde mental, Amarante, Magnólia Mendes; hospital psiquiátrico, como Foucaut e Dias; serviço público, Rollo, Antunes, Castel, dentre outros. A pesquisa possui abordagem qualitativa, o que é coerente com à intenção de entender as implicações do processo de trabalho em uma instituição, marcada pela loucura e pela esfera pública, em relação à subjetividade dos seus trabalhadores. Os dados foram obtidos através da pré-pesquisa e dos encontros realizados com o grupo de trabalhadores, formado por profissionais que atuam em unidades de internação de pacientes agudos, cujo perfil está se modificando para usuários de drogas, mais especificamente, de crack. Percebe-se que esses trabalhadores se encontram em um espaço do “entre”, ou seja, em um espaço de transição, que vai trazer implicações no processo de trabalho e de saúde. Constatou-se que eles utilizam estratégias coletivas de defesa, tais como: afastamento, endurecimento e reclamação; e estratégias coletivas de saúde, manifestadas através de trocas e ajuda, oxigenação e mudanças possíveis. Essas estratégias, no entanto, operam de forma conservadora, pois não alteram o modo pelo qual o trabalho está organizado. Permitem, por outro lado, minimizar o sofrimento e obter algum prazer. O estudo constata a existência de “grilhões” que exacerbam o sofrimento no trabalho: o peso da loucura, os atravessamentos políticos, o sucateamento dos recursos, as condições e a forma de organização do trabalho, em que a precariedade dos vínculos relacionais com os colegas é apontado como a maior carga. Outro aspecto ressaltado na pesquisa é o fato de que as políticas públicas existentes, voltadas ao trabalhador, não dão conta, na prática, da demanda interna, pois são ações que atuam, em sua maioria, no sentido de fiscalizar as instituições. Fica evidenciada a importância de se construir, no Hospital Psiquiátrico São Pedro, um espaço de discussão legítimo, que possibilite instigar a força coletiva do grupo. Assim, acredita-se ser possível fomentar o reconhecimento e a construção de um significado para o trabalho que proporcione mais prazer aos trabalhadores e que viabilize saúde a quem trata da saúde. / This essay searches for the understanding of the dynamics of the work made by mental health professionals of one psychiatric public hospital in the state of Rio Grande do Sul named Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP) and its implications related to suffering and pleasure. The specific objectives are: to analyze the organization of the work; to identify the relation between suffering and pleasure and to know common strategies of defense and health produced by these workers. The theoretical-methodological subsidy used was Christopher Dejours’ Psychodynamics at Work applied in a strictu sensu pattern during its development stage. To work with such reference we looked for authors linked to the theme work such as Marx, Dejours, Nardi, Lancman and Pitta; madness and mental health, Amarante, Magnólia Mendes; psychiatric hospital, such as Foucault and Dias: public service, Rollo, Antunes, Castel, among others. The research is qualitative-based which is coherent to the intention of understanding the implications of the working process inside an institution surrounded by insanity and by the public domain in relation to the subjectivity of its employees. Data were obtained through a beforehand research and from the meetings held with the group of workers composed by the professionals who act in units of the asylum with seriously insane patients whose profile has changed to drug addicts, more specifically, crack. We came to the conclusion that these workers are found in a space “in between”, that is, in a transition space which will bring implications in the labor and health process. We also noticed that they use common health defense strategies manifested through the exchanges and help, oxygenation and possible changes. But these strategies work in a conservative model because they don’t alter the way the work is organized in itself. They allow, on the other hand, to minimize the suffering and to get some kind of pleasure. The study suggests the existence of mental links or mental chains which increase the suffering at work: the burden of madness, the political obstructions, the resources defraying, the conditions and the organization of the work where the poor relationship entailment among the workmates is appointed as the biggest burden. Another point to be considered in the research is the fact that the existing public politics made for the workers are not sufficient in practice to fulfill the internal demand due to the fact that they are actions that happen, in its majority, to control the institution. It is made clear the importance of making at Hospital Psiquiátrico São Pedro a real discussion scene that will promote the investigation of the common strength of such group. Therefore, we believe that it is possible to foment the acknowledgement and the making of a meaning to work that will bring pleasure for the employees and promote health to the ones that treat it.
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L'autonomie médicale des personnes en situation d'incapacité : contribution à une analyse rénovée de la décision médicale / The autonomy of people medical disability : contibution to a renewed analysis of medical decision

El Rhrib-Louh, Hanane 29 June 2012 (has links)
Mineur, majeur sous sauvegarde de justice, sous curatelle ou encore sous tutelle, malade mental admis en soins psychiatriques libres ou sous contrainte, le patient doit pouvoir, dans un contexte de démocratie sanitaire, aspirer à un irréductible respect de son autonomie. Situées aux confins de la médecine, de l’éthique et du droit, l’opportunité et la part d’autonomie à concéder à ces personnes au discernement diminué procèdent néanmoins d’une décision médicale devant tantôt privilégier la volonté du patient vulnérable, tantôt préserver ses intérêts. Parce que le rejet de la légendaire figure juridique du contrat médical est, à n’en pas douter, définitivement acquis, le colloque singulier appelle, en ces temps modernes, l’édification d’un nouveau modèle, celui de la décision médicale. Pour l’heure, la situation d’incapacité de ces patients fait, dans une large mesure, l’objet d’une approche cloisonnée entre d’un côté les prescriptions du Code civil et de l’autre, celles du Code de la santé publique. Il s’agit donc, à travers la présente analyse, de relever et de mettre en exergue les faiblesses du système juridique actuel. Les causes de dysfonctionnements qui se trouvent à l’origine d’une instrumentalisation de l’autonomie de ces patients mentalement affaiblis ou encore qui se dressent comme des obstacles structurels à leur autonomie invitent à proposer des pistes de réflexion en faveur de l’élaboration d’une théorie de la décision médicale / Minor, major under protection of law, under guardianship or trusteeship, mentally ill person admitted to psychiatric care free or constrained, the patient must be able, in a context of health democracy, aspire to an irreducible respect for her autonomy. Located on the borders of medicine, ethics and law, timeliness and the degree of autonomy to be granted to such persons shall nevertheless declined to discernment of medical decision making in favor sometimes the will of the patient vulnerable, sometimes preserve its interests. Because the rejection of the legendary figure of the medical contract is legal, to no doubt, definitely acquired, the conference called singular, in these modern times, building a new model, that of the medical decision. For now, the situation of disability of these patients is, in large measure, the subject of a compartmentalized approach from one side to the rules of the Civil Code and the other, those of the Health Code public. It is therefore, through this analysis, to identify and highlight the weaknesses of the current legal system. The causes of failures that are the source of an instrumentalisation of autonomy of mentally impaired patients or that stand as obstacles to their structural autonomy invited to offer food for thought for the development of a theory of medical decision making
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Humour pervers, prison et écriture. Une analyse psychobiographique de l'œuvre romanesque du marquis de Sade / Perverse humour, prison, writing. A psychobiographical analysis of marquis de Sade novels

Mazières, Frédéric 25 June 2015 (has links)
Notre thèse de doctorat propose une analyse d’inspiration freudienne des œuvres romanesques du marquis de Sade. Elle relève, plus précisément, de la psychobiographie en ce qu’elle privilégie l’analyse des conflits des écrivains avec leurs parents, et les traumatismes psychiques subséquents. L’œuvre et l’écriture de Sade sont les résultats de nombreux facteurs : enfance multi-pathogène, personnalité borderline multi-pathologique (perverse et psychopathique), multi-récidiviste, incarcérations ou internements dans des asiles. Parmi tous ces paramètres psycho-socio-pathologiques, la prison est celui qui a aggravé, sous la forme d’une psychose carcérale réactionnelle, ses tendances morbides et la violence de son écriture. Se sentant menacé par une évolution de sa personnalité vers une psychose structurelle, Sade tente de prendre ses distances, en les rendant absurdes, avec les représentations pulsionnelles délirantes qu’il obtient grâce à ses rêves et à ses rêveries. C’est à ce moment-là qu’interviennent les procédés cathartiques et thérapeutiques de l’humour et/ou du comique pervers. Grâce à ces procédés symboliques, qu’il a mis au point dans sa correspondance avec sa femme et avec « Milly », l’une de ses amies, Sade se met en scène, lui et ses objets sexuels, dans des fantasmatiques pré-œdipiennes. Plus les décalages avec l’esthétique des réalités sexuelles œdipiennes (ou génitales) sont importants, plus l’humour pervers peut surgir. Grâce à l’humour pervers, Sade peut mimer une victoire narcissique illusoire. L’humour pervers facilite l’assassinat psychique, affectif et moral des lecteurs. Nous avons terminé notre étude en proposant l’analyse d’une forme extrême d’humour pervers, l’humour pervers nécrophile. / Our doctoral thesis suggests a Freudian analysis of Marquis de Sade novels. Our analysis is more precisely a work of psychobiography, which favours writers’ conflicts with their parents, and the subsequent psychological traumas. Sade novels and writing are the results of many parameters : a multi-pathogen childhood, a multi-pathological borderline personality (psychopathic and perverse), being a multi-recidivist, imprisonment or internment in asylums. Among all those psycho-socio-pathological parameters, prison, is the one that worsened his morbid tendencies and the violence of his writing, thus creating a prison psychosis. Threatened by the development of his personality towards a structural psychosis, Sade attempts to distance himself from those parameters, making them absurd, crazy instinctual representations coming from his dreams and reveries. The cathartic and therapeutic methods of humour and/or perverse comic played a part at that very moment. Owing to these symbolic methods he has developed in his correspondence with his wife and with « Milly », one of his friends, Sade stages himself and his sexual objects in pre-Oedipal fantasies. The stranger the aesthetics of Oedipal (or genital) sexuality are, the funnier it becomes. By means of perverse humour, Sade manages to mimic an illusory narcissistic victory. The perverse humour facilitates the psychic, emotional and moral murders of his readers. We completed our study by providing an analysis of an extreme form of perverse humour, necrophiliac perverse humour.
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La médicalisation de la sanction pénale / The medicalisation of criminal sanctions

Kazanchi, Caroline 19 June 2015 (has links)
La pathologisation du criminel n’est pas un fait nouveau, pas plus que ne l’est la tendance latente à considérer le délinquant comme un malade. Pourtant, la sanction pénale semble avoir dépassé progressivement l’association symbolique en distillant progressivement au cœur de son fonctionnement le principe d’une réponse médicale à l’acte infractionnel. Ce faisant elle s’inscrit progressivement dans un mouvement plus vaste, celui décrit par les sociologues du milieu du XXème siècle : le processus de médicalisation. L’étude de la médicalisation de la sanction pénale démontre d’une mutation inédite prenant appui sur une catégorie à définir, celle des soins pénalement ordonnés. Elle tend alors à mesurer les différentes mutations opérées par une série de législations marquée par l’accélération et l’expansion d’un processus longtemps associé à des problématiques addictives. Le soin a t-il vocation à se substituer à la sanction, à devenir sanction ? Telles sont désormais les nouvelles problématiques qui innervent la matière. Dans ce qui se profile comme une redéfinition de l’architecture de la sanction pénale, pour les responsables comme les irresponsables pénaux le système pénal n’admet plus de culpabilité sans sanction, ni de sanction sans traitement. La tangibilité du processus de médicalisation de la sanction pénale naît alors du déplacement progressif et à dessein des fondements traditionnels de la sanction pénale tandis que, dans un mouvement inverse, ses finalités se resserrent, depuis leur réception théorique jusque dans leur mise en œuvre, autour d’un objectif thérapeutique / Pathologising the criminal is nothing new, no more than is the latent trend to consider the offender as a patient. Yet criminal sanction appears to have gradually exceeded this symbolic association, progressively distilling the principle of a medical response to the unlawful act into the core of its operation. In doing so it gradually falls within a broader movement, that described by sociologists from the middle of the twentieth century: the medicalisation process.The study of the medicalisation of criminal punishments demonstrates an unprecedented mutation based on taking a class yet to be defined, that of care as a criminal punishment. It tends to measure different mutations carried by a series of laws marked by the acceleration and expansion of a process long associated with addictive problems. Has care become a substitute for punishment, or even a punishment in itself ? These are now the new problems that are stirring things up. In what is emerging as a redefinition of the architecture of punishment, for those responsible just like those who are criminally irresponsible, the penal system no longer recognises guilt without punishment, nor punishment without treatment. The tangibility of the process of medicalisation of criminal punishment was born of the progressive and intentional movement away from the traditional foundations of criminal punishment while, in a reverse movement, tightening its purposes, hence their theoretical reception right through to its implementation, around a therapeutic target
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Les décisions d'hospitalisation et de soins psychiatriques sans le consentement des patients dans des contextes clinique et judiciaire: une étude du pluralisme normatif appliqué

Bernheim, Emmanuelle 03 1900 (has links)
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Patientez en prison. La construction des itinéraires carcéraux en centre de détention. / Route of sentencing reductions in prison.

Leroy, Aude 18 November 2016 (has links)
Selon le droit de l'exécution des peines, un éventail de mesures judiciaires permet de déplacer un détenu vers l’extérieur des murs, de manière temporaire ou pérenne. Il s’agit d’un ensemble assez flou, appelé aménagements de peine. Un paradigme dominant des politiques publiques enjoint à favoriser les demandes de ces mesures de la part des détenus condamnés. L’idée est d’organiser des voies progressives de sortie. Les acteurs professionnels de la prison et de la justice s’accordent à considérer qu’il s’agit de la meilleure transition entre le dedans et le dehors. Pourtant, l’obtention d’une mesure telle que la libération conditionnelle ou la semi-liberté relève d’un processus très sélectif. Les professionnels enrôlés dans ces activités décisionnelles tiennent compte d’ordres de considérations contradictoires polarisées par, d’un côté, l’idéal de la réhabilitation du condamné, et, d’un autre côté, les préoccupations concernant la récidive. Il en résulte des dilemmes, et un chemin exigeant pour le condamné. Ces exigences, les professionnels leur donnent un sens, ils les transforment en épreuve traversée par un détenu singulier. Cette thèse prend pour objet la manière dont le justiciable, candidat à un aménagement de peine, se voit engagé à suivre un programme institutionnel, un curriculum de la réinsertion. Au cours de cette épreuve, le détenu est conduit à se rapprocher des attentes qui s’expriment à son égard, d’un schéma du bon candidat à ’aménagement de peine. Les gages qu’il doit présenter « enveloppent » tout ce qui fait une personne : gages d’insertion socio-économique, mais aussi gages d’une amélioration de son for intérieur, de son intimité psychique. Ces critères sont objectivés, notamment, par les expertises psychiatriques. Or, d’une manière ou d’une autre, l’ensemble des acteurs professionnels en prison, et même les bénévoles, sont mis à contribution dans ce projet institutionnel, qui prétend considérer comment le détenu a “évolué” en tant que personne. La thèse décrit cette économie morale : les relations de travail sous-tendues, en prison, par une politique pénale qui tend à gouverner les détenus en les enrôlant dans un programme dont on considère qu’il doit être voulu par le justiciable. / According to the law, a range of judicial measures allows to move a prisoner towards the outside of walls, in a temporary or long-lasting way. It is called sentencing reductions. One paradigm dominating public policies orders to favor the requests of these measures on behalf of the condemned prisoners. The idea is to organize progressive ways of release. The professional actors of the prison and the justice agree to consider that it is about the best transition between inside and the outside. Nevertheless, the obtaining of a measure such as the release on parole or the relative freedom is a matter of a very selective process. The professionals enlisted in these decision-making activities take into account orders of contradictory considerations polarized by, on one side, the ideal of the rehabilitation of the condemned person, and, on the other hand, the concerns concerning the recidivism. It results from it dilemmae, and demanding path for the condemned person. These requirements, the professionals give them a sense. They transform them into an meaningfull experience crossed by a singular prisoner. This dissertation takes for object the way the citizen, who applies to a sentencing reduction, get committed to follow an institutional program, a curriculum of the reintegration. During these hardships, the prisoner is driven to get closer to expectations which express themselves towards him/her. He is led into a plan of the good candidate for the sentencing reduction. The wages which he has to present "wrap" all which makes a person: wages of socioeconomic insertion, but also wages of an improvement of its heart of hearts, its psychic intimacy. These criteria are objectified, in particular, by psychiatric examinations. Yet, somehow or other, all the professional actors in prison, and even the volunteers, are put in contribution in this institutional project, which claims to consider how the prisoner "evolved". The dissertation describes this moral economy: the tend to govern the prisoners by enlisting them in a program of which we consider that they must desire to get hired into the programm.
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La santé génito-urinaire des jeunes victimes d'agression sexuelle

Vézina-Gagnon, Pascale 07 1900 (has links)
Les objectifs généraux de cette thèse visaient d'une part à déterminer si les enfants et adolescents abusés sexuellement consultaient et étaient davantage hospitalisés pour des problèmes de santé génito-urinaire que la population pédiatrique générale et d'autre part, à explorer ce qui pouvait expliquer cette différence le cas échéant. La thèse visait également à pallier les lacunes des études antérieures pour la plupart rétrospectives, transversales et conduites principalement auprès de filles, grâce à une méthodologie prospective et de cas-contrôle apparié en ayant recours aux diagnostics médicaux documentés dans les banques administratives publiques du Québec (RAMQ, MSSS) entre les années 1996 et 2013. Dans le premier article, à partir d'un échantillon de 882 enfants (1-18 ans) dont l'agression sexuelle a été corroborée et 882 enfants de la population générale appariés selon l'âge, le sexe et la région sociosanitaire, les résultats du modèle linéaire généralisé indiquent que les filles victimes d'agression sexuelle recevaient plus de diagnostics pour des problèmes de santé urinaire (RR: 2,1) et génitale (RR: 1,4), mais qu'aucune différence n'a été décelée pour les infections transmises sexuellement (ITS). Chez les garçons, ceux ayant été victimes d'agression sexuelle recevaient un nombre équivalent de diagnostics pour les problèmes de santé génitale et urinaire et les données étaient insuffisantes pour conduire des analyses et comparer les taux d'ITS. Selon le type de problèmes de santé analysé (santé génitale, urinaire ou ITS), les filles victimes d'agression sexuelle et celles de la population générale consultaient entre 2,5 et 11 fois en lien avec des diagnostics de troubles génito-urinaires comparativement aux garçons victimes ou ceux de la population générale. Les résultats de cette étude démontrent que l'agression sexuelle à l'enfance est associée à davantage de problèmes de santé urinaire et génitale chez les filles, mais pas chez les garçons. Des efforts de prévention et d'intervention précoce pour une bonne santé génito-urinaire chez les filles victimes d'agression sexuelle pourraient prévenir l'aggravation et la chronicisation de ces problèmes de santé à l'âge adulte. Le deuxième article quant à lui testait un modèle théorique biopsychologique selon lequel une plus grande détresse psychologique (mesurée par la comorbidité des troubles psychiatriques) expliquerait en partie l'effet de l'agression sexuelle sur le nombre accru de diagnostics génito-urinaires chez les filles. Les résultats issus des analyses de médiation conduites auprès de 661 filles victimes d'agression sexuelle et 661 filles de la population générale indiquent qu'après avoir contrôlé le statut socio-économique, le nombre d'années de données médicales et le nombre de diagnostics génito-urinaires/psychiatriques reçus avant la date de signalement de l'agression sexuelle, une plus grande comorbidité psychiatrique expliquait 23% de la relation entre l'agression sexuelle à l'enfance et le nombre de diagnostics urinaires et 62% de la relation entre l'agression sexuelle à l'enfance et le nombre de diagnostics génitaux. Ces résultats indiquent que plus les filles consultent après le signalement de l’agression sexuelle pour un grand nombre de troubles psychiatriques distincts (comorbidité) et plus leur risque de consulter ultérieurement pour des problèmes génito-urinaires est augmenté. Ainsi, cette conclusion suggère que l'émergence de problèmes de santé génito-urinaire des années après l'agression sexuelle pourrait être prévenue chez les filles en prenant soin directement de leur détresse psychologique. / The general objectives of this thesis were first, to determine whether children and adolescents who were sexually abused consulted or were hospitalized more often for genitourinary health problems than the general pediatric population and second, to explore what could explain this difference if any. This thesis also aimed to overcome limitations of previous studies who were retrospective, cross-sectionnal and conducted among girls for the majority, via a prospective matched-cohort design and medical diagnoses documented in Quebec's public administrative banks (RAMQ, MSSS) between 1996 and 2013. In the first article, using a sample of 882 children (1-18 years) with a substantiated report of sexual abuse and 882 children from the general population matched by age, sex and geographic area, the results of the generalized linear mixed model indicated that abused girls received more diagnoses for urinary (RR: 2.1) and genital (RR: 1.4) health problems, but no difference was found for sexually transmitted infections (STIs). Among the boys, those who have been sexually abused received an equivalent number of diagnoses for genital or urinary health problems and there were insufficient data to conduct analyses and compare STIs rates. Depending on the genitourinary health problem, sexually abused girls and those from the general population received between 2.5 and 11 times more diagnoses than abused boys or those from the general population. The results of this study indicate that childhood sexual abuse is associated with more urinary and genital health problems in girls, but not in boys. Prevention and early intervention efforts for a good genitourinary health among girls victim of sexual abuse could prevent the aggravation and chronicisation of these health problems in adulthood. The second article tested a theoretical psychobiological model according to which greater psychological distress (as measured by psychiatric comorbidity) would partly explain the effect of sexual abuse on the increased number of genitourinary diagnoses among girls. Results form mediation analyses conducted with 661 sexually abused girls and 661 girls from the general population indicated that after controlling for socio-economic level, number of years of medical data and genitourinary/psychiatric diagnostics prior sexual abuse report date, greater psychiatric comorbidity explained 23% of the relationship between child sexual abuse and the number of urinary diagnoses and 62% of the relationship between child sexual abuse and the number of genital diagnoses. These results indicate that the more girls consult after the report of sexual abuse for a large number of distinct psychiatric conditions (comorbidity), the greater their risk to consult later for genitourinary health problems. Thus, this conclusion suggests that the emergence of genitourinary health problems years after the sexual abuse could be prevented among girls by taking direct care of their psychological distress.
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S'adapter lors du premier épisode psychotique d'un jeune adulte : perspectives nouvelles pour l'intervention familiale et les pratiques collaboratives dans le domaine social en santé mentale

Morin, Marie-Hélène 23 April 2018 (has links)
Il est désormais bien documenté qu’un trouble mental, comme les troubles psychotiques, a des impacts importants sur la famille de la personne atteinte. Lors d’un premier épisode psychotique (PEP), ce sont plus particulièrement les parents qui sont sollicités pour exercer un rôle de soutien pour leur jeune adulte et contribuer aux interventions précoces favorisant la réadaptation et le rétablissement. Les programmes d’intervention précoce basés sur les bonnes pratiques de traitement de la schizophrénie incluent également de l’intervention auprès des familles. Si des interventions familiales tendent à être offertes, on en connait peu sur les facteurs qui prédisent l’adaptation des parents lorsqu’ils exercent un rôle de soutien dans ce contexte particulier. Dans le cadre de la présente recherche, un modèle d’adaptation a été testé sur un échantillon de 58 parents et beaux-parents qui ont reçu des services d’une clinique spécialisée dans le traitement des troubles psychotiques en début d’évolution. La posture initiale qui a guidé le choix des variables était que de s’adapter dans le contexte d’un PEP peut être une occasion de développement, voire même de croissance personnelle. Les résultats obtenus aux analyses statistiques permettent de comprendre l’adaptation de manière systémique en tenant compte de l’interinfluence des facteurs personnels (certaines caractéristiques des parents) et des facteurs environnementaux (caractéristiques liées à l’intervention). Le modèle d’adaptation final invite à dégager des cibles d’interventions qui peuvent entraîner le développement d’un pouvoir d’agir plus grand chez les parents, de même que le maintien de leur fonctionnement social. La participation à des stratégies actives d’adaptation comme celle de s’engager dans l’intervention familiale et de développer une relation de collaboration avec les travailleuses sociales sont des contributions nouvelles au phénomène de l’adaptation chez des parents. Miser sur l’intervention précoce, favoriser la participation active des parents et des personnes atteintes d’un trouble psychotique à des rôles sociaux valorisants et encourager le recours à une gamme de services offerts en partenariat font partie des recommandations formulées à la lumière des résultats obtenus dans cette thèse. / It has now been well-documented that mental disorders, like psychotic disorders, carry significant impacts for the family of the person afflicted. During a first-episode psychosis (FEP), the parents are the ones who are specifically sought to play a supportive role for their young adult and to contribute to the early interventions that promote rehabilitation and recovery. Early intervention programs based on schizophrenia treatment good practices also include family interventions. Despite the tendency to offer family interventions, we know little about the factors that can predict the parent’s ability to cope with their supportive role in this particular context. For the present research, a coping model was tested with a sample of 58 parents and in-laws who received services from a clinic specializing in the treatment of psychotic disorders in the early stages. The initial stance guiding the selection of variables claimed that coping in a context of FEP provides an opportunity for development, and even personal growth. The results obtained from the statistical analyses provide a systematic approach to understanding coping while considering the interinfluence of personal factors (certain characteristics of the parents), along with environmental factors (characteristics linked to the intervention). The final coping model invites parents to identify intervention targets that can help develop empowerment without compromising their ability to function socially. Participating in active coping strategies, such as committing to a family intervention and developing a collaborative relationship with social workers, represents a new avenue for the parental coping phenomenon. Focusing on early interventions, promoting active participation in rewarding social roles for parents and for those living with psychotic disorders, and encouraging the use of the many services offered in partnership are all part of the recommendations that have been issued in light of the results obtained under this thesis.
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L’utilisation des urgences en santé mentale : déterminants, profils et innovations associés

Gabet, Morgane 04 1900 (has links)
Contexte. Un nombre important de patients souffrant de troubles mentaux reçoivent des soins ambulatoires insuffisants ou inadéquats, les conduisant à visiter régulièrement les urgences. L’accès aux soins et la continuité du suivi offert à ces patients après une visite aux urgences, régulièrement rapportés comme étant faibles, sont des indicateurs clés de la qualité des soins de santé dans une optique de rétablissement. Il semble donc nécessaire d’évaluer l’accès et la continuité du suivi après une visite aux urgences pour ces patients, d’en cerner les déterminants ainsi que les profils de patients les plus susceptibles d’en bénéficier. De plus, pour renforcer l’amélioration de l’organisation des services en santé mentale à partir des urgences pour ces patients, il serait pertinent de développer des interventions innovantes à la lumière d’une meilleure connaissance des conditions qui en facilitent ou limitent l’implantation et l’efficacité. Objectifs et méthodes. Cette étude a, dans un premier temps, utilisé des données extraites de bases de données administratives de patients ayant visité les urgences au Québec (Canada) en 2014-2015 (visite index) et ayant un trouble mental. Les caractéristiques cliniques et sociodémographiques des patients de 2012-2013 à 2014-2015 ainsi que l’utilisation des services 12 mois avant la visite index ont été étudiées en tant que déterminants pour les patients avec ou sans suivi rapide, et ce, à l’aide d’une régression logistique hiérarchique. Une analyse de classes latentes a également été réalisée pour identifier les profils des patients en fonction du suivi ambulatoire qu’ils ont reçu après leur visite à l’urgence. Des analyses bivariées ont examiné les associations entre les variables sociodémographiques et cliniques, les profils des patients ainsi que le suivi ambulatoire que ceux-ci ont reçu après la visite à l’urgence. Plus spécifiquement, notre premier article portait sur l’identification des caractéristiques cliniques, sociodémographiques et d’utilisation des services des patients associées à l’accès à un suivi rapide (≤ 30 jours) pour les patients ayant visité les urgences et ayant un trouble mental. Dans le deuxième article, il s’agissait d’identifier : les profils des patients ayant un trouble mental incident selon un suivi ambulatoire accessible et continu après une visite aux urgences sur une période de 12 mois (à 30, 90 et 365 jours) ; les variables sociodémographiques et cliniques associées ; et les résultats de santé de ces patients à long terme (24 mois). Par la suite, deux recensions de la littérature ont été menées. Dans le troisième article, une recension narrative des innovations organisationnelles destinées à améliorer la qualité des soins offerts aux patients ayant des troubles de santé mentale et visitant les urgences, en particulier à partir de leurs conditions d’implantation, a été menée. Enfin, pour le quatrième article, nous avons réalisé une recension systématique sur l’efficacité des innovations aux urgences étant destinées à améliorer la qualité des soins offerts aux grands utilisateurs en santé mentale. Résultats. Moins d’un tiers des patients ayant des troubles mentaux ont expérimenté un accès et une continuité de suivi adéquats après leur visite aux urgences. Globalement, ce sont les patients peu connus du système de santé, ceux avec des troubles liés à l’usage de substances qui connaissent une faible priorité au triage lors de la visite aux urgences, mais aussi les patients plus jeunes, résidant en milieux ruraux et les hommes qui ont été identifiés comme ayant bénéficié d’un accès et d’une continuité du suivi moindres après leur visite aux urgences. L’accès et la continuité du suivi restent donc à être grandement améliorés pour les patients ayant des TM, une population aux besoins importants qui fréquente régulièrement les urgences du Québec. Conclusions. Malgré de nombreuses réformes, trop peu d’efforts semblent avoir été investis dans les services en santé mentale en regard des besoins des patients et du fait que les urgences restent une porte d’entrée aux soins peu adaptée et très coûteuse pour les patients ayant des TM. De plus, l’organisation actuelle du système répond mieux aux patients déjà desservis par le système, ce qui démontre une capacité réactive ; en revanche, peu d’activités ou d’interventions proactives ont été relevées malgré l’importance du dépistage et de l’intervention précoce. Ce constat est en cohérence avec les dernières priorités ministérielles (PQPTM, 2020 et PAISM, 2022) qui visent à renforcer la prévention-promotion ainsi que certaines interventions, notamment à l’urgence, comme celles liées aux plans de soins et à la gestion de cas. Néanmoins, il sera important de considérer les nombreux défis limitant l’implantation de ces innovations, sans quoi leur efficacité pourrait être limitée. / Context. Some patients with mental disorders receive insufficient or inadequate outpatient care, leading to frequent visits to emergencies. Access to and continuity of follow-up care for these patients after an emergency department visit, regularly reported as poor, is a key indicator of the quality of care they received and ultimately their recovery. It therefore seems necessary to evaluate access and continuity of follow-up care after an emergency department visit for these patients, and to better identify determinants of these quality-of-care indicators and patient profiles most likely to benefit from better care. In addition, to improve the organization of mental health services for these patients in the emergency departments, it would be relevant to develop innovative interventions with a better understanding of the conditions that facilitate or limit their implementation and effectiveness. Objectives and methods. This study initially used data extracted from administrative databases of patients who visited emergency departments in Quebec (Canada) in 2014-2015 (index visit) and had a mental health disorder. Clinical and sociodemographic characteristics of patients from 2012-2013 to 2014-2015, as well as service utilization 12 months before the index visit, were studied as determinants for patients with and without prompt follow-up care, using hierarchical logistic regression. Latent class analysis was also performed to identify patient profiles based on an outpatient follow-up received after their ED visit. Bivariate analyses examined associations between sociodemographic and clinical variables and each of the patient profiles, as well as the ambulatory follow-up received after the ED visit. Specifically, our first article focused on identifying patient characteristics (clinical, sociodemographic, service utilization) associated with access to prompt follow-up care (≤30 days) for patients after they visited the ED for mental health reasons. The second article aimed to identify profiles of patients with incident mental disorder based on accessible and continuous ambulatory follow-up care after an ED visit over a 12-month period (at 30, 90, and 365 days), associated sociodemographic and clinical variables, and long-term (24 months) health outcomes for these patients. Subsequently, two literature reviews were conducted. The third article, based on a narrative review, identified organizational innovations designed to improve quality of care for patients visiting emergency departments for mental health reasons, particularly in terms of their implementation. For the fourth article, a systematic review of the effectiveness of innovations in emergency departments to improve quality of care for high users of mental healthcare was conducted. Results. Less than one third of patients with mental health issues experienced adequate access and continuous follow-up care after their emergency department visit. Overall, patients with little knowledge of the healthcare system, with substance use disorder, experiencing low triage priority at their emergency department visit, but also younger patients, residing in rural areas, and men, were found to experience the least access and continuity of follow-up care after their emergency department visit. Access and continuity of follow-up care therefore remain to be improved for patients with MD, a high-need population that regularly visits Quebec emergency departments. Conclusions. Despite numerous reforms, insufficient effort seems to have been invested in mental health services compared to the needs of patients and the fact that emergency departments remain an ill-adapted and very costly gateway to care for patients with MD. In addition, the current organization of the system is more responsive to patients already served by the system, demonstrating a reactive capacity. In contrast, few proactive activities or interventions were identified, despite the importance of early detected and deployed interventions in this area. These findings are consistent with the latest Quebec policy orientations (PQPTM, 2020 and PAISM, 2022), which aimed to strengthen prevention and deploy new interventions including in the ED, such as those related to care plans and case management. Nevertheless, it will be important to consider the many persistent implementation challenges, that may limit efficiency of those innovations.

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