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A unidade de perspectivas entre a geografia e a cartografia medievais: paralelos com as artes visuais / The unity of outlook between the geography and the medieval cartography: parallel with the visual artsColaço, Douglas 15 July 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-07-15 / This paper seeks to recognize, understand and systematize the geographic and cartographic knowledge produced in the Middle Ages. But also sought to relate this knowledge with the visual arts, especially the medieval painting. Thus, the guiding element research has been focused on trying to find and display the similarities and congruences in the production process and construction of the knowledge mentioned hours. Notably by studying the production of medieval knowledge, it is observed that geography was aimed at describing places, spaces and unreal and fanciful beings who existed only in the imagination of the Christian and medieval man, and Cartography was used to represent and locate these places and utopian spaces. This is because the design and representation of space by the medieval scholar were far from scientific accuracy of the classical period as well as the artistic and cultural effervescence lived, especially at the dawn of modernity. Clearly, the great technical and conceptual changes occurred in painting from the XIII century seem to decisively influence the development of modern design and representation of space, characterized mainly by the geometrization of form and movement, but also by the technique of creation the perspective is born originally in the sphere of Renaissance painting to then be appropriated by the Geography and Cartography. / Neste trabalho procurou-se conhecer, compreender e sistematizar o conhecimento geográfico e cartográfico produzidos na Idade Média. Mas também se buscou relacionar tais conhecimentos com as artes visuais, especialmente a pintura medieval. Desse modo, o elemento norteador da pesquisa esteve centrado na tentativa de encontrar e apresentar as congruências e similitudes no processo de produção e construção dos conhecimentos hora citados. Notadamente, ao estudar a produção do conhecimento medieval, observa-se que a Geografia esteve voltada a descrever lugares, espaços e seres irreais e fantasiosos que só existiram no imaginário do homem cristão e medieval, e a Cartografia foi utilizada para representar e localizar esses lugares e espaços utópicos. Isso porque a concepção e a representação do espaço pelo erudito medieval estavam distante da acurácia científica do período clássico, assim como da efervescência artística e cultural vivida, sobretudo, na aurora da modernidade. É evidente que as grandes transformações técnicas e conceituais ocorridas no campo da pintura a partir do século XIII parecem influenciar decisivamente o desenvolvimento da moderna concepção e representação do espaço, caracterizada, sobretudo, pela geometrização da forma e do movimento, mas também pela criação da técnica da perspectiva que nasce, originalmente, na esfera da pintura renascentista para, depois, ser apropriada pela Geografia e pela Cartografia.
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O homem que cai: o \'Carro de feno\' de Bosch em \'Procissão ao cálvaro\' de Bruegel / The Man Who Falls: the Bosch´s Haywain in Bruegel\'s Way to CalvaryLaura Pinca da Palma 26 March 2015 (has links)
A presente tese versa a respeito das correspondências existentes entre a obra de dois dos mais importantes pintores flamengos, Hieronymus Bosch e Petrus Bruegel. A influência que Bosch (145?-1516) exerceu em Bruegel (15??-1569) é conhecida e mencionada, ainda que em termos gerais, por quase todos seus estudiosos. Este trabalho procura precisar alguns de seus aspectos. A influência de Bosch na obra de Bruegel apresenta-se não como algo fortuito ou resultante de meros traços de estilo, mas materializado em uma linguagem simbólica comum construída por suas figuras. Bruegel se apropria da linguagem pictórica de Bosch, desenvolve-a e com ela desenha várias de suas obras. É com essa mesma linguagem que Bruegel dá expressão a seu anticlericalismo. Em épocas de perseguição à heresia, o símbolo pictórico constitui um conveniente esconderijo para o ataque à Igreja e parece ter sido refúgio comum dos dois pintores. Existe entretanto uma obra de Bruegel em que a influência de Bosch parece estar ausente, trata-se de seu Procissão ao Calvário (Viena, 1564). Todavia, como se procurará apontar, há grande influência do famoso tríptico de Bosch Carro de Feno (1490, Escorial) nessa obra. Bruegel fez em seu Procissão ao Calvário uma espécie de releitura da pintura de Bosch, apesar de acrescentar novos significados. Desvendando um pouco da linguagem bruegueliana encontramos na Procissão ao Calvário uma alusão precisa e ampla ao Carro de Feno de Bosch. A obra de Bruegel parece comportar uma paráfrase velada do quadro de seu antecessor, além dar expressão às mesmas críticas. A temática de ambas as obras também é comum: a queda do homem, tema muito recorrente na arte renascentista. / This thesis deals with the connections between the work of two of the most important Flemish painters, Hieronymus Bosch and Petrus Bruegel. The influence Bosch (145 ? - 1516) exercised on Bruegel (15 ?? - 1569) is acknowledged and mentioned, even if only in general terms, by almost all scholars who study the authors. This work attempts to further analyze certain aspects of these connections. We are going to argue that the influence of Bosch on Bruegels work is not accidental or the result of mere traces of style; it is, in fact, materialized in a common symbolic language built by the figures he painted. Bruegel appropriated Boschs pictorial language, developed it and incorporated it in several of his paintings. Bruegel used this same language in order to express his anticlericalism. In times of persecution against heresy, the pictorial symbol was a convenient hiding place for the attack of the Church, and it seems to be, for both painters, a common place of refuge. There is one of Bruegels work in which the influence of Bosch seems to be absent, though: the \"Way to Calvary\" (Vienna, 1564). We are going to state, however, that there is a great influence of the famous triptych of Bosch \"Haywain\" (1490, Escorial) on this work. There is evidence to suggest that Bruegel, in his \"Way to Calvary\", carried out a kind of reinterpretation of Bosch\'s painting, although he also added new meanings. Unveiling a little Bruegels language, it is possible to find in \"Way to Calvary\" a specific and broad allusion to Boschs \"Haywain\". Bruegels work seems, thus, not only to contain a paraphrase of his predecessors triptych, but also to be an expression of the same criticism. This is further suggested by the fact that the theme of both works is common: the fall of man, which was a very recurrent theme in Renaissance art.
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A unidade de perspectivas entre a geografia e a cartografia medievais: paralelos com as artes visuais / The unity of outlook between the geography and the medieval cartography: parallel with the visual artsColaço, Douglas 15 July 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-07-15 / This paper seeks to recognize, understand and systematize the geographic and cartographic knowledge produced in the Middle Ages. But also sought to relate this knowledge with the visual arts, especially the medieval painting. Thus, the guiding element research has been focused on trying to find and display the similarities and congruences in the production process and construction of the knowledge mentioned hours. Notably by studying the production of medieval knowledge, it is observed that geography was aimed at describing places, spaces and unreal and fanciful beings who existed only in the imagination of the Christian and medieval man, and Cartography was used to represent and locate these places and utopian spaces. This is because the design and representation of space by the medieval scholar were far from scientific accuracy of the classical period as well as the artistic and cultural effervescence lived, especially at the dawn of modernity. Clearly, the great technical and conceptual changes occurred in painting from the XIII century seem to decisively influence the development of modern design and representation of space, characterized mainly by the geometrization of form and movement, but also by the technique of creation the perspective is born originally in the sphere of Renaissance painting to then be appropriated by the Geography and Cartography. / Neste trabalho procurou-se conhecer, compreender e sistematizar o conhecimento geográfico e cartográfico produzidos na Idade Média. Mas também se buscou relacionar tais conhecimentos com as artes visuais, especialmente a pintura medieval. Desse modo, o elemento norteador da pesquisa esteve centrado na tentativa de encontrar e apresentar as congruências e similitudes no processo de produção e construção dos conhecimentos hora citados. Notadamente, ao estudar a produção do conhecimento medieval, observa-se que a Geografia esteve voltada a descrever lugares, espaços e seres irreais e fantasiosos que só existiram no imaginário do homem cristão e medieval, e a Cartografia foi utilizada para representar e localizar esses lugares e espaços utópicos. Isso porque a concepção e a representação do espaço pelo erudito medieval estavam distante da acurácia científica do período clássico, assim como da efervescência artística e cultural vivida, sobretudo, na aurora da modernidade. É evidente que as grandes transformações técnicas e conceituais ocorridas no campo da pintura a partir do século XIII parecem influenciar decisivamente o desenvolvimento da moderna concepção e representação do espaço, caracterizada, sobretudo, pela geometrização da forma e do movimento, mas também pela criação da técnica da perspectiva que nasce, originalmente, na esfera da pintura renascentista para, depois, ser apropriada pela Geografia e pela Cartografia.
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O tempo da Utopia / The Time of UtopiaPedroso, Sandra Pires de Toledo 09 August 2017 (has links)
A tese visa compreender a Utopia como uma obra política moderna de caráter literário e filosófico. A abordagem do aspecto literário é feita no primeiro capítulo e retomada no final, e busca em, primeiro lugar, estabelecer as diferenças fundamentais entre a Utopia e alguns dos constructos ideais que a precederam e com os quais ela é recorrentemente identificada, tais como a Era de Ouro, o paraíso e a Atlântida; em segundo lugar, ela procura também verificar a proximidade e a distancia da Utopia em relação à sátira, gênero literário com o qual a obra passou a ser identificado mais recentemente por uma parcela dos comentadores, mudando-se o seu registro do apologético para o crítico. O aspecto filosófico é tratado no segundo e no terceiro capítulos. No segundo se procura mapear as relações da Utopia com a filosofia política clássica, sobretudo no que respeita aos constructos filosóficos ideais, enquanto que o capítulo três discute a vinculação da Utopia com o humanismo erasmiano, do qual ela é, ao mesmo tempo, devedora e crítica. O quarto capítulo apresenta as considerações finais, procurando caracterizar a obra como um produto do renascimento inglês, produto este que combina literatura e filosofia de uma maneira singular, ambas se mesclando para compor o sentido político da obra, ambas com igual direito de cidadania em Utopia. / The thesis aims to understand Utopia as a modern political work of literary and philosophical character. The approach to the literary aspect is made in the first chapter and resumed at the end, and seeks first to establish the fundamental differences between Utopia and some of the ideal constructs that preceded it and with which it is recurrently identified, such as Age Of Gold, paradise and Atlantis; secondly, it also seeks to verify the proximity and distance of Utopia in relation to satire, a literary genre with which the work has been identified more recently by a portion of the commentators. The philosophical aspect is dealt with in the second and third chapters. In the second, we try to map the relations of Utopia with classical political philosophy, especially with regard to ideal philosophical constructs, while chapter three discusses the connection of Utopia with Erasmian humanism, of which it is at once debtor and critical. The fourth chapter presents the final considerations, seeking to characterize the Utopia as a product of the English Renaissance, a product that combines literature and philosophy in a unique way, both merging to compose the political sense of the work, both with equal citizenship rights in Utopia.
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A ética do prazer de Lorenzo Valla / The Ethics of Pleasure of Lorenzo VallaAdami, Ana Letícia 02 July 2019 (has links)
O presente trabalho de doutorado tem por objetivo expor e comentar a tese do prazer (voluptas, em latim, edoné, em grego) como o sumo bem (summum bonum), conforme a defesa do humanista romano Lorenzo Valla (1407-1457), inscrita no seu diálogo De Voluptate (Do Prazer), publicado pela primeira vez em 1431. Nesta obra, que foi alvo de inúmeras polêmicas entre pensadores humanistas e escolásticos de seu tempo, a Europa do Renascimento, Valla propõe um debate entre um representante estoico e um epicurista acerca da questão sobre o fim último que dirige nossas ações, dito também o sumo bem. Como representante do partido da virtude ou do honesto (o honestum ou a honestas), o estoico, Valla escolhe ninguém menos do que um dos maiores representantes do republicanismo italiano do renascimento, o chanceler de Florença Leonardo Bruni (1370-1444). Do lado oposto, como representante do partido do prazer (a voluptas), isto é, o epicurista, ele escolhe ninguém menos do que o autor do primeiro volume de epigramas satíricos da Renascença, o poeta panormitano Antonio Beccadelli (1394-1471). Através desse debate, Valla procura rebater as críticas feitas por escolásticos e humanistas ao modelo de vida epicurista, pejorativamente chamado por seus detratores de vida dos agricultores ou rústicos, por oposição ao modelo de vida estoico do homem de negócios públicos, compromissado com deveres (officia) muito elevados, pois que visam a proteção e glória de sua cidade. / The purpose of this dissertation is to expose and comment on the thesis of pleasure (voluptas, in Latin, edoné, in Greek) as the highest good (summum bonum), according to the Roman humanist Lorenzo Valla\' defense (1407-1457) inscribed in his dialogue De Voluptate (On Pleasure), published for the first time in 1431. In this work, which was the subject of numerous controversies between humanists and other scholastics of his time in Renaissance Europe, Valla proposes a debate between a Stoic representative and an Epicurean on the question about the ultimate end that directs our actions, also said the highest good. As a representative of the party of virtue or of the honest (honestum or honestas), that is to say, the Stoic, he chooses no one but one of the greatest representatives of the Italian republicanism of the Renaissance, the chancellor of Florence, Leonardo Bruni (1370-1444). On the opposite side, as the representative of the pleasure party (voluptas), that is, the Epicurean, he chooses no one but the author of the first volume of satirical epigrams of the Renaissance, the panormitan poet, Antonio Beccadelli (1394-1471). Through this debate, Valla seeks to counter scholastic and humanist criticisms of the \"epicurean\" model of life, pejoratively called life of \"farmers or rustics\" by his detractors, as opposed to the \"stoic\" model of public business man, committed to very high duties (officia), as they seek the protection and glory to his city.
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Explorando as Villas de Palladio uma leitura contemporânea sobre composição arquitetônicaBarbosa, Rinaldo Ferreira January 2005 (has links)
O Renascimento é um período de mudança no pensamento da civilização ocidental, principalmente no campo das artes e da ciência. A partir de Brunelleschi a arquitetura se estabelece como profissão tal como hoje é conhecida, dotada do status de ciência, isto é, passível de registro, sistematização, publicação e crítica. Para isto, o tratado de Vitrúvio serve de base de pesquisa para a fundamentação intelectual da arquitetura do Renascimento e na elaboração dos tratados deste período, elaborados por Alberti, Serlio e Palladio, entre outros. Palladio, através de seu tratado, I Quattro Libri di Architettura, nos deixa seu legado teórico e profissional, diferenciado dos demais na medida em que é exemplificado através de seus projetos. Neste legado, as villas palladianas constituem um referencial tipológico da arquitetura ocidental, que se difunde através dos séculos seguintes e que revela princípios e métodos de projeto que são independentes da questão estilística do Renascimento. O presente trabalho aborda as questões de entendimento da mudança do pensamento arquitetônico no Renascimento; suas referências na formação de Palladio; e a influência deste processo na elaboração e sistematização de projeto através das villas. Os projetos das villas palladianas são explorados através de sua reconstrução a partir da computação gráfica, apresentados no final deste trabalho. Sob esta ótica a dissertação estuda a presença destes modelos tipológicos e explora as operações de projeto elaboradas por Palladio no conjunto das villas representadas no tratado O manuseio destes projetos permitiu consolidar a análise do conjunto destas obras, permitindo o seu agrupamento segundo operações de projeto identificadas na análise e apresentados a seguir, interpretando as villas palladianas sob uma ótica contemporânea de representação e análise, extraindo seus valores como sistematização do conhecimento arquitetônico e referência de metodologia projetual.
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Lições Albertianas : para a teoria e a prática da arquitetura contemporâneaStroher, Ronaldo de Azambuja January 2006 (has links)
Este trabalho se fundamenta na constatação da importância que os aspectos artísticos desempenham na produção e na apreciação da arquitetura, qualificando-a ao mesmo tempo em que problematizam seu ensino e sua avaliação. Considerando essa ambivalência como um traço distintivo que resiste há muito tempo à tentativa de objetivar a disciplina, o processo da subjetividade na arquitetura é aqui abordado a partir de um personagem do Renascimento, época em que efetivamente se estabelece e se consolida a crítica arquitetônica. Leon Battista Alberti, na condição de autor do primeiro tratado de arquitetura do período e de obras que contribuíram para as transformações estéticas de seu tempo, nos mostra, através da teoria e da prática profissional, a atualidade de uma postura que assume as incertezas que caracterizam a disciplina. / This work relies on the assumption that artistic aspects play a fundamental role in the production and appreciation of architecture, both qualifying and questioning its teaching and evaluation. Considering this ambivalence as a distinctive feature that for a long time has resisted the efforts in making the discipline an objective field, the subjective character in architecture is here approached having a Renaissance thinker as a reference, in a period when architectural criticism was established and consolidated. Leon Battista Alberti, as the writer of the first architectural treatise and the author of projects that express the aesthetic changes of his time, displays an attitude that remains pertinent today, embracing in theory and practice the uncertainties that are distinctive of the discipline.
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Giordano Vasari por ele mesmo : a construção da imagem de si na obra de um artista e historiador entre a virtude e a inveja no renascimento (1511-1574)Alvez, Pedro Henrique de Moraes January 2015 (has links)
Giorgio Vasari nasceu em 1511, na cidade de Arezzo, Itália. Em 1574, quando morreu, deixou atrás de si uma enorme quantidade de pinturas por toda a Toscana, uma série de empreendimentos arquitetônicos em Florença que realizou para o duque, bem como a obra pela qual talvez seja mais conhecido: o livro das Vite de’più eccelenti architetti, pittori e scultori italiani da Cimabue insino a tempi nostri descritte in lingua toscana da Giorgio Vasari pittore Aretino con una sua utile e necessaria introduzione a le arti loro (As vidas dos mais excelentes arquitetos, pintores e escultores italianos de Cimabue até os nossos tempos descritas em língua toscana por Giorgio Vasari pintor aretino com uma introdução útil e indispensável para as diferentes artes). Tão impressionante quanto o sucesso de sua carreira, são a quantidade e a variedade de registros sobre si mesmo que Giorgio Vasari foi capaz de produzir. Hábil também como escritor, registrou uma autobiografia como pintor e arquiteto, que julgou pertinente inserir na segunda edição de seu livro, além de um diálogo em que explica a decoração do Palazzo Vecchio. Também guardou cuidadosamente o registro de boa parte de suas encomendas, e deixou uma série de papéis esparsos que seus descendentes reuniriam com orgulho no chamado Zibaldone, em que estariam preservadas as invenzione do cavaliere Giorgio Vasari. Conhecedor e amante das artes, como se apresenta não apenas em sua autobiografia, mas ao longo de todas as Vite, detinha os meios técnicos necessários para realizar os ciclos decorativos internos das duas casas que adquiriu com o sucesso de sua carreira. Uma em Arezzo, sua cidade natal, a outra em Florença, local de sua realização profissional. Nesses ciclos expressou, ainda que de forma menos evidente do que os padrões contemporâneos exigem, e sempre limitado pelas convenções de sua época, o entendimento que tinha de si mesmo e de sua trajetória. Nesse trabalho, dedico-me a analisar essa documentação deixada por Vasari, procurando os traços de sua descrição de si mesmo, e tentando entender seus limites, suas possibilidades, suas inovações e suas motivações. Procuro compreender esse material a partir de um horizonte de expectativas individual do próprio Vasari, relacionando-o ao contexto de possibilidades que se abriam ao artistas durante esse período do qual ele não apenas fez parte, mas também ajudou a construir conceitualmente para a disciplina histórica: o Renascimento. No primeiro capítulo tento entender os limites dentro dos quais operava sua autorrepresentação escrita recorrendo a fontes mais antigas. A análise dessa figuração retórica através do texto aparece no segundo capítulo, em que realizo o comentário mais extenso de seus escritos. Essa tarefa bipartida é condensada no terceiro capítulo, em que procuro delimitar sua representação pictórica através de exemplos anteriores e contemporâneos, antes de realizar a análise do material vasariano propriamente dito. / Giorgio Vasari was born in 1511 in the town of Arezzo, Italy. In 1574, when he died, he left behind a huge amount of paintings throughout Tuscany, a series of architectural projects in Florence wich he performed for the Duke, and the work for which is perhaps best known: the book of the Vite de’più eccelenti architetti, pittori e scultori italiani da Cimabue insino a tempi nostri descritte in lingua toscana da Giorgio Vasari pittore Aretino con una sua utile e necessaria introduzione a le arti loro (The lives of the most excellent italian architects, painters and sculptors from Cimabue to our times described in the Tuscan language by Giorgio Vasari aretine painter with a useful and indispensable introduction to the different arts). As impressive as the success of his career, is the quantity and the variety of records about himself that Giorgio Vasari was able to produce. Also skilled as a writer, he recorded an autobiography as a painter and architect, wich he judged appropriate to insert in the second edition of his book, as well as a dialogue in which explains the decoration of the Palazzo Vecchio. He also kept carefully the record of most of his works, and left a number of scattered papers that his descendants proudly gathered in the so-called Zibaldone, in wich would be preserved the invenzione of Cavaliere Giorgio Vasari. Connoisseur and lover of the arts, as he presents himself not only in his autobiography, but all over the Vite, he held the technical means to carry out the internal decorative cycles of the two houses he acquired with the success of his career. One in Arezzo, his hometown, the other in Florence, site of his professional achievement. These cycles expressed, albeit in a less obvious way than contemporary standards require, and always limited by the conventions of his time, his understanding of himself and his career. In this work, I dedicate myself to examine this documentation left by Vasari, looking for traces of his description of himself, and trying to understand its limits, possibilities, innovations and motivations. I try to understand this material from a perspective of Vasari‟s individual expectations, but also relating it to the context of possibilities that opened to artists during this period in which not only he took part, but also helped to form conceptually for the historical discipline: the Renaissance. In the first chapter I try to understand the limits within which Vasari operated his written self-representation using older sources. The analysis of this rhetoric figuration through the text appears in the second chapter, in which I render the more extensive review of his writings. This bipartisan task is condensed in the third chapter, in which I try to delineate his pictorial representation through previous and contemporary examples before performing the analysis of Vasari material itself.
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Nietzsche e a sombra de Aristófanes / Nietzsche et la ombre d'AristophaneMarcio Rony Queiroz de Oliveira 18 August 2008 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Lobjectif de cette dissertation ne sagit que de la recherche à propos de la relation Aristophane/Nietzsche dans le période pre-bayreuthienne qui comprendre Socrate et la Tragédie, La Naissance de la Tragédie et Wagner à Bayreuth. Alors, au lieu décrire un texte prolixe, jai choisi dexposer cette relation en nemployent que de trois problèmes assez célèbres dans La Naissance de la Tragédie cest à dire: Le Problème du Choeur Tragique; La Tschandalisation du Esprit et Le Socratisme dArte. Jai conçu que dans ces trois problèmes puisse se manifester laquelle ascendénce spirituelle de Aristophane sur Nietzsche et quelle ne deviendrait encore plus claire sétaite présentée aux méthodes traditionnels. Cette dissertation encore explore le mystère qui reside caché à la disparition de Aristophane du sein de la literature nietzschienne on doit regarder que tout sest passé justaprès du scandale de Bayreuth. / O objetivo dessa dissertação não poderia ser outro senão aquele de investigar a relação Aristófanes/Nietzsche no período pré-bayreuthiano que compreende Os Escritos Preparatórios, O Nascimento da Tragédia e Wagner em Bayreuth. Eis que, ao invés de expor essa relação através dum texto prolixo, optei por selecionar apenas três problemas presentes em O Nascimento da Tragédia: O Problema do Coro Trágico; A Tschandalização do Espírito e O Socratismo da Arte. Concebo que nessa tríade de problemas aquela ascendência de Aristófanes sobre Nietzsche se mostre bem mais cintilante do que se fosse apresentada por vias normais. Essa dissertação também explora o mistério que reside detrás do desaparecimento de Aristófanes da literatura nietzschiana isso justo depois do escândalo de Bayreuth.
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O risco do século XVI: a corte manoelina e o teatro de Gil Vicente / The risk of the Sixteenth Century: D. Manoels court and the Gil Vicentes theaterRogério Reis Carvalho Mattos 15 May 2015 (has links)
Trabalho de pesquisa que pretende retirar o teatro de Gil Vicente de um possível período mais obscurantista, tardo-gótico, para colocá-lo em meio às grandes transformações ocorridas na Europa durante o século XVI, mais propriamente o Renascimento artístico e cultural. A partir de uma crítica textual de autores contemporâneos como Nicolau de Cusa e Martinho Lutero, ou da literatura da Grécia clássica como Platão e Ésquilo, aproximamos o teatro vicentino das fontes clássicas da literatura, ao mesmo tempo em que, por uma crítica de determinadas correntes hegemônicas na análise da literatura como as que vêm do existencialismo e da psicanálise, afastamos seu teatro dessa crítica que antes obscurece do que propriamente o coloca à plena luz. Posto na luz correta, vemos um Gil Vicente em meio aos grandes movimentos de transformação da civilização mediterrânica do século XVI. / Research that want to remove Gil Vicentes theater from a more obscurantist period, "late Gothic", to put it among the great changes occurred in Europe during the sixteenth century, more specifically, the artistic and cultural Renaissance. From a textual criticism of contemporary authors such as Nicholas of Cusa and Martin Luther, or literature of classical Greece as Plato and Aeschylus, we can approache the Vincentian theater and the classical sources of literature at the same time, for a review of certain currents hegemonic analysis in literature, as the current existentialism and psychoanalysis. This move away his theater from the obscur criticism actually and puts it on light. With the correct approach, we can see Gil Vicente in the midst of the great movements of change in the Mediterranean civilization in the sixteenth century.
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