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Caracterização molecular e determinação da suscetibilidade de micobactérias de crescimento rápido no Rio Grande do SulNunes, Luciana de Souza January 2014 (has links)
Surtos associados às micobactérias de crescimento rápido (MCR) têm sido cada vez mais relatados em todo o mundo, inclusive no Brasil. Entre as MCR, o complexo M. abscessus é o mais patogênico e relacionado a multirresistência. Considerando a importância de investigar as cepas de MCR presentes em nosso Estado, este estudo teve como objetivos avaliar o perfil molecular e de suscetibilidade caracterizando os isolados de MCR encaminhados para o Centro de Referência em Micobactérias do Estado (Instituto de Pesquisas Biológicas - Laboratório Central de Saúde Pública, IPB-LACEN/RS). Além disso, foram avaliados os mecanismos de resistência à FQ conferido pelos genes gyrA e gyrB. Foram encaminhadas para o IPB-LACEN/RS, entre 2007 a 2012, 74 isolados clínicos. No total, 43 isolados relacionados a surto e 31 isolados de MCR não relacionados a surtos foram analisados. Pela técnica de PRA-hsp65 foi possivel identificar 43 isolados como M. abscessus tipo 2, 21 isolados como M. fortuitum tipo 1 e 10 isolados como M. abscessus tipo 1. Através do sequenciamento parcial do gene rpoB, foi confirmada a identificação de M. abscessus tipo 2 como M. abscessus subsp. bolletii, M. abscessus tipo 1 como M. abscessus subsp. abscessus e M. fortuitum tipo 1 como M. fortuitum subsp. fortuitum. Pela técnica de tipagem PFGE todos os isolados de M. abscessus subsp. bolletii apresentaram o mesmo perfil clonal o qual pertence ao clone BRA100, já descrito mundialmente. Os isolados de M. abscessus subsp. abscessus e M. fortuitum subsp. fortuitum apresentaram perfis distintos de PFGE. O perfil de suscetibilidade aos antibióticos foi avaliado por microdiluição em caldo de acordo com CLSI (2011) e, todos os isolados foram sensíveis a amicacina e todos foram resistentes a doxiciclina e sulfametoxazol-trimetoprima. Para M. abscessus subsp. bolletii todos os isolados foram resistentes à ciprofloxacino, moxifloxacino e tobramicina e um padrão de susceptibilidade variável foi observado para cefoxitina (Sensível - 28%, Intermediário - 72%) e claritromicina (Sensível - 86%, Resistentes - 14%). Cabe mencionar que este é o primeiro relato de resistência a claritromicina para o clone BRA100. Para M. abscessus subsp. abscessus e M. fortuitum subsp. fortuitum todos os isolados foram resistentes a claritromicina; já para a cefoxitina e tobramicina um padrão de susceptibilidade variável foi observado. Todos os isolados de M. fortuitum subsp. fortuitum foram sensíveis à ciprofloxacino, em contraste aos isolados de M. abscessus subsp. abscessus que apresentaram 70% de resistência. Todas MCR, resistentes (ou intermediárias) para ciprofloxacino apresentaram uma Ala-83 em GyrA, em contraste com uma Ser-83 em todos os isolados de M. fortuitum subsp. fortuitum sensíveis a ciprofloxacino, mas com perfil de resistência variável a moxifloxacino. Nenhuma diferença foi encontrada em GyrB independentemente do perfil de sensibilidade de MCR. Em conclusão, nosso estudo relata a persistência de um único clone M. abscessus subsp. bolletii BRA100 relacionado aos surtos, altamente resistente, mesmo após a implementação nacional das medidas de controle de infecção para contenção de surtos por MNTs. Também foi possível correlacionar que mutações no aminoácido Ala-83 de GyrA estão diretamente relacionados com a resistência à ciprofloxacino em M. abscessus subsp. abscessus e M. abscessus subsp. bolletii. / Outbreaks associated with rapidly growing mycobacteria (RGM) have been increasingly reported worldwide, including in Brazil. Among RGM, the M. abscessus complex is consider the most pathogenic, besides being related to multidrug resistance. Considering the importance of investigating the RGM strains present in our state, this study aimed to characterize the molecular and susceptibility profile of RGM isolates referred to the Reference Center for Mycobacteria State (Instituto de Pesquisas Biológicas - Laboratório Central de Saúde Pública, IPB-LACEN/RS). Furthermore, the mechanisms of quinolone resistance conferred by gyrA and gyrB genes were evaluated. A total of 74 isolates was sent to IPB-LACEN/RS between 2007 and 2012. Forty-three of the analyzed isolates were related to outbreak and 31 isolates of RGM were unrelated to outbreaks. The technique of PRA- hsp65 identified 43 isolates as M. abscessus type 2, 21 isolates as M. fortuitum type 1 and 10 isolates as M. abscessus type 1. The partial sequencing of the rpoB gene confirmed the identification of M. abscessus type 2 as M. abscessus subsp. bolletii, M. abscessus type 1 as M. abscessus subsp. abscessus and M. fortuitum type 1 and M. fortuitum subsp. fortuitum. PFGE typing technique showed the same clonal profile for all isolates of M. abscessus subsp. bolletii which belongs to clone BRA100, already described worldwide. Isolates of M. abscessus subsp. abscessus and M. fortuitum subsp. fortuitum showed distinct PFGE profiles. The antibiotic susceptibility profile was evaluated by broth microdilution according to CLSI (2011), and all isolates were susceptible to amikacin and resistant to doxycycline and trimethoprimsulfamethoxazole. All isolates of M. abscessus subsp. bolletii were resistant to ciprofloxacin, moxifloxacin and tobramycin and presented variable susceptibility pattern to cefoxitin (Susceptible - 28%, Intermediate - 72%) and clarithromycin (Susceptible - 86%, Resistant - 14%). It is important to mention that this is the first report of clarithromycin resistance for clone BRA100. Strains of M. abscessus subsp. abscessus and M. fortuitum subsp. fortuitum were all resistant to clarithromycin, and presented a variable susceptibility profile to cefoxitin and tobramycin. All isolates of M. fortuitum subsp. fortuitum were susceptible to ciprofloxacin, in contrast to isolates of M. abscessus subsp. abscessus that showed a resistance rate of 70%. All RGM ciprofloxacin non-susceptible presented an Ala-83 in GyrA, contrasting to a Ser-83 in all isolates of M. fortuitum subsp. fortuitum susceptible to ciprofloxacin, however, with a variable resistance profile to moxifloxacin. No difference was found in GyrB, regardless of the RGM susceptible profile. In conclusion, our study reports the persistence of a single clone of M. abscessus subsp. bolletii BRA100 related to outbreak, highly resistant, even after national implementation of infection control measures to contain outbreaks by NTM. It was also possible to correlate that mutations in the amino acid Ala-83 of GyrA are directly related to ciprofloxacin and moxifloxacin resistance in M. abscessus subsp. abscessus and M. abscessus subsp. bolletii.
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Contribuição da expressão de c-kit na aquisição de quimiorresistência ao docetaxel no câncer de próstata / Contribution of expression of c-KIT in the aquisition of chemoresistance to docetaxel in prostate cancerAzevedo, Marcelo Quintanilha January 2013 (has links)
Introdução: após os tumores de pele não - melanoma o câncer de próstata é o tumor maligno mais comumente diagnosticado e a segunda causa de morte relacionada ao câncer na população masculina. A maioria dos pacientes que morrem por câncer de próstata possuem metástases ósseas e esta doença é pouco responsiva ao tratamento quimioterápico. O microambiente ósseo, através de uma interação bidirecional com as células cancerígenas prostáticas provoca, nessas células, alterações fenotípicas. Uma dessas alterações é a expressão das células cancerígenas metastáticas anteriormente c-KIT negativas de receptores c- KIT. Hipotetizamos, aqui, que essas alterações poderiam contribuir para a quimiorresistência desses tumores. Objetivo: avaliar a hipótese de que a expressão de c-KIT pelas células de câncer de próstata contribui para a reduzida sensibilidade dessa neoplasia ao agente quimioterápico Docetaxel. Métodos: estudo experimental, utilizando células PC3, derivadas de metástases de câncer de próstata humano andrógeno-independente e C42b derivadas de metástases ósseas de câncer de próstata de coluna lombar de ratos atímicos . Ambas linhagens celulares c-KIT negativas foram tratadas em meio celular adequado e, sempre que atingiram a confluência de 90 %, foram isoladas para experimento ou expansão celular. Com o objetivo de mimetizar a expressão de c-KIT in vitro, parte das células foram submetidas a transfecção celular estável de c-KIT. Para isso foi utilizada uma formulação para transfecção de ácidos nucleicos em células eucarióticas (LIPOFECTAMINE 2000, Invitrogen) e, após isso, foi realizada a seleção de clones transfectantes estáveis. Os grupos foram divididos em c-KIT positivo, com ou sem o tratamento de SCF e c- KIT negativo com ou sem o tratamento de SCF, submetidos a doses crescentes do quimioterápico Docetaxel. Resultados: utilizando-se o índice da metade da concentração de inibição máxima (IC50), foi observado que nos experimentos com tratamento com Docetaxel por 2 dias os IC50 dos grupos C42b c-KIT e PC3 c-KIT, na presença ou não do ligante SCF, foram bastante superiores aos IC50 dos grupos C42b e PC3 que não sofreram a transfecção estável do c-KIT, na presença ou não do ligante SCF (p<0,001 grupoxdose). Nos experimentos com tratamento de Docetaxel por 3 dias, não foi observada diferença com significância estatística dos IC50 entre os grupos das células C42b transfectadas ou não com c-KIT e PC3 transfectadas ou não com c-KIT, na presença ou não do ligante SCF, principalmente quando foram usadas doses de Docetaxel mais próximas aos IC50 encontrados nos experimentos precedentes (tratamento com Docetaxel por 2 dias, doses inferiores a 10 nM de Docetaxel). Na tentativa de entender o aumento da quimiorresistência ao tratamento do Docetaxel por 3 dias aos grupos sem a transfecção de c-KIT, realizou-se o tempo de duplicação celular (TD) nos grupos C42b e PC3, o qual também não demonstrou diferença entre os grupos (PC3 EV TD = 40 horas, PC3 c-KIT TD 32 horas, C42b EV TD = 12 horas, C42b c-KIT TD = 14 horas). Conclusões: o presente estudo não demonstrou aumento da quimiorresistência das células C42b e PC3 ao quimioterápico Docetaxel quando transfectadas com c-KIT. / Introduction: after non-melanoma skin tumors, prostate cancer is the most commonly diagnosed malignant tumor and the second greatest cancer-related cause of death among men. Most patients who die of prostate cancer have bone metastases. This disease does not respond well to chemotherapy. The bone microenvironment, through a bidirectional interaction with prostatic cancerous cells, causes phenotypic alterations in these cells. One of these alterations is the expression of previously c-KIT negative metastatic cancerous cells of c-KIT receptors. Here we hypothesize that these alterations might contribute to the chemoresistance of such tumors. Objective: evaluating the hypothesis that the c-KIT expression by prostate cancer cells contributes to the reduced sensibility of this neoplasia to chemotherapeutic agent Docetaxel. Methods: experimental study, using PC3 cells derived from metastases of androgen-independent human prostate cancer and C42b cells derived from prostate cancer bone metastases from the lumbar spine of athymic mice. Both c-KIT negative cell lines were treated in the proper cellular medium and isolated for experiment or cellular expansion whenever they reached 90% confluence. Aiming at mimicking the c-KIT expression in vitro, part of the cells was submitted to stable c-KIT cell transfection. In order to do so, we used a formulation for the transfection of nucleic acids into eukaryotic cells (LIPOFECTAMINE 2000, Invitrogen). Following, the selection of stable transfectant clones was made. The groups were divided into c-KIT positive, with or without SCF treatment, and c-KIT negative, with or without SCF treatment, receiving increasing doses of the chemotherapeutic agent Docetaxel. Results: using the half maximal inhibitory concentration index (IC50), we observed that in the experiments treated with Docetaxel for 2 days, the IC50 values of the groups C42b c-KIT and PC3 c-KIT, in the presence or absence of the ligand SCF, were very superior to the IC50 values of the groups C42b and PC3 that had not undergone the stable c-KIT transfection, in the presence or absence of the ligand SCF (p<0.001 groupxdose). In experiments treated with Docetaxel for 3 days, we did not observe any statistically significant difference of IC50 values between the groups of C42b cells transfected or not transfected with c-KIT and PC3 cells transfected or not transfected with c-KIT, in the presence or absence of the ligand SCF, especially when using doses of Docetaxel that were more similar to the IC50 values found in previous experiments (treatment with Docetaxel for 2 days, doses below 10 nM of Docetaxel). In an attempt to understand the increased chemoresistance to the treatment with Docetaxel for 3 days in the groups without c-KIT transfection, we performed the cell doubling time (DT) in the groups C42b and PC3, which also showed no difference between groups (PC3 EV DT = 40 hours, PC3 c-KIT DT = 32 hours, C42b EV DT = 12 hours, C42b c-KIT DT = 14 hours). Conclusions: the present study showed no increased chemoresistance of C42b and PC3 cells to the chemotherapeutic agent Docetaxel when they are transfected with c-KIT.
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Presença de genes de resistência a agentes antimicrobianos em saliva, biofilme supragengival e canais radiculares infectados / Presence of antimicrobial resistance genes in saliva, supragingival biofilm and infected root canalsMoraes, Ludmila Coutinho January 2013 (has links)
Embora diferentes estudos indiquem que há um aumento da resistência dos microrganismos aos agentes antimicrobianos prescritos, pouco se sabe a respeito da sua distribuição na cavidade oral. A presente dissertação está dividida em dois capítulos, representados por dois diferentes manuscritos. No manuscrito I, uma revisão sistemática foi realizada e teve como objetivo determinar quais genes de resistência a antimicrobianos foram pesquisados em saliva (S), no biofilme supragengival (SB) e canal radicular (RC). Os termos foram usados em várias combinações nas seguintes bases de dados eletrônicas (MEDLINE, EMBASE, ISI, SCOPUS e OPENGREY). Após seleção dos títulos e análise dos resumos, o texto integral de cada estudo foi obtido. Foram estabelecidos critérios de inclusão e exclusão. Dados epidemiológicos, características metodológicas e os resultados foram obtidos a partir dos estudos. Devido à falta de padronização da metodologia entre os trabalhos, não foi possível realizar uma meta-análise. Realizou-se análise descritiva dos dados. Um total de 151 títulos foram identificados para análise preliminar. Quarenta e nove resumos foram selecionados e 22 textos completos foram obtidos. Sete artigos contemplavam aos critérios de inclusão (S = 2; SB = 0 , e RC = 5). Vinte e seis diferentes genes-alvo foram avaliados. Os genes de resistência mais frequentemente descritos foram os relacionados às tetraciclinas e lactâmicos (5/7). Observa-se que poucos artigos foram selecionados pela estratégia de busca adotada para esta revisão sistemática. Este fato demonstra a falta de padronização nas metodologias dos estudos que utilizam técnicas moleculares para a detecção de genes de resistência bacteriana, tanto em condições de saúde ou doença. No manuscrito II, um estudo de observação clínica e laboratorial foi desenvolvido para detectar a presença de espécies-alvo de Prevotella e o gene cfxA/cfxA2 em amostras de saliva (S), biofilme supragengival (SB) e canais radiculares infectados (RC). Amostras pareadas de S, SB e RC foram coletadas de 42 indivíduos. Os pacientes foram divididos em três grupos: Grupo I - sem infecção aguda/crônica primária do canal radicular (n = 15), Grupo II - presença de infecção aguda primária no canal radicular (n = 12 ) e Grupo III - presença de infecção crônica no canal radicular (n = 15). Foram coletadas amostras de RC apenas para os Grupos II e III. Após o isolamento do DNA, a presença de Prevotella intermedia, Prevotella nigrescens, Prevotella tannerae e do gene cfxA/cfxA2 foi detectada através de PCR. Comparou-se a frequência das espécies e do gene de resistência, considerando diferentes ambientes e condições clínicas. A análise estatística foi realizada. Todas as amostras de S, SB e RC foram positivos para a detecção de DNA bacteriano. As taxas de detecção para espécies de Prevotella foram: S= 53,97%; SB=47,62%, e RC=34,56%. O gene cfxA não foi detectado simultaneamente em três ambientes do mesmo paciente. A presença ou ausência de sintomas espontâneos não influenciou as taxas de detecção para as espécies-alvo e para o gene cfxA/A2 em amostras de RC (teste exato de Fisher , P> 0,05). Espécies de Prevotella e o gene cfxA/cfxA2 foram frequentemente detectados na saliva, placa dental e amostras de canais radiculares. / Although different studies indicate that there is an increased resistance of microorganisms to antimicrobial agents prescribed in Endodontics, little is known about their distribution in the oral cavity. The present dissertation was divided into two chapters, represented by two different manuscripts. In manuscript I, a systematic review was conducted and aimed to determine which antimicrobial resistance genes were investigated in saliva (S), the supragingival biofilm (SB) and root canal (RC). The terms were used in various combinations in the following electronic databases (MEDLINE, EMBASE, ISI, SCOPUS and OPENGREY). After title screening and abstract analysis, the full text of each study was obtained. The relevance of each study to the question of interest was determined through inclusion and exclusion criteria. Epidemiologic data, methodological characteristics and results were collected from the studies. Due to lack of methodology standardization among the papers, it was not possible to perform a meta-analysis. Descriptive data analysis was performed. A total of 151 titles were identified for preliminary analysis. Forty-nine abstracts were selected, and full texts of 22 studies were obtained. Seven articles matched the inclusion criteria (S=2; SB= 0; and, RC=5). Twenty-six different targeted genes have been evaluated. The most frequently investigated groups of resistance genes were related to tetracycline and lactamics (5/7). Few articles in the literature fit in the search strategy adopted by this systematic review, demonstrating the lack of standardization in the methodologies of studies using molecular techniques for the detection of bacterial resistance genes to antibiotics in oral cavity, either in health or disease conditions. In the manuscript II, an observational clinical and laboratorial study was developed to identify the presence of targeted Prevotella species and the cfxA/cfxA2 gene in samples from saliva (S), supragingival biofilm (SB) and infected root canals (RC). Paired samples of S, SB and RC were collected from 42 subjects. Patients were divided into three groups: Group I - no acute or chronic root canal infection (n = 15); Group II - presence of acute root canal infection (n = 12), and Group III - presence of chronic root canal infection (n=15). RC samples were collected for Groups II and III. After DNA isolation, the presence of Prevotella intermedia, Prevotella nigrescens, Prevotella tannerae and the cfxA/cfxA2 gene was detected through gene-specific PCR. The frequency of the species and of the resistance was compared, considering different environments and clinical conditions. Statistical analysis was carried out. All samples from S, SB and RC were positive for the presence of bacteria. The overall detection rates for Prevotella species were: S = 53.97%; SB = 47.62%; and, RC = 34.56%. The cfxA gene was not detected simultaneously in the three environments from the same patient. The presence of absence of spontaneous symptoms had not influenced the detection rates for the targeted species and for the cfxA/A2 gene in RC samples (Fisher Exact Test, P>.05). Prevotella species and the gene cfxA/cfxA2 were frequently detected in saliva, dental plaque and root canal samples.
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Resistência aos fármacos e os resultados evolutivos clínico-laboratoriais observados em pacientes com tuberculose participantes do inquérito nacional de resistência em Porto Alegre no período de 2006 - 2007Micheletti, Vania Celina Dezoti January 2012 (has links)
Tuberculose droga resistente (TBDR) e Tuberculose multidroga resistente (TBMDR) constituem preocupação mundial, usualmente associadas com abandono do tratamento e aumento da mortalidade. Em 2009 a incidência de tuberculose (TB) em Porto Alegre foi de 116/100.000 habitantes, e a taxa de abandono do tratamento anti-TB foi de 15,0%. Objetivo: Conhecer o comportamento epidemiológico da tuberculose resistente em Porto Alegre. Métodos: Estudo transversal e de coorte histórica não concorrente. Incluiu 299 pacientes procedentes de hospitais e unidades básicas de saúde, participantes do II Inquérito Nacional de Resistência as Drogas em Tuberculose (INRDT) realizado em Porto Alegre, em 2006 e 2007. Os pacientes apresentaram amostras com cultura positiva, teste de sensibilidade e espécie da micobactéria confirmada. Os dados foram coletados de entrevistas com os pacientes, dos prontuários, e de sistemas outros de informação. Resultados: Observou-se uma prevalência global de TBDR e TBMDR, respectivamente, de 14,4% e 4,7%. Em pacientes virgens de tratamento, a prevalência de TBDR e de TBMDR foi, respectivamente, de 8,5% e 2,2%; e, em pacientes com tratamento anti-TB prévio, foi de 68,0% para a TBDR e de 12,0) para a TBMDR. Por meio de modelos multivariados, as variáveis independentemente associadas à TBDR foram retratamento e duração de sinais e sintomas respiratórios, enquanto que na TBMDR, somente sintomas respiratórios mantiveram-se associados. Os pacientes com TBDR apresentaram menor negativação da baciloscopia durante o tratamento, menor proporção de cura, maior tendência a referir hemoptise e recidiva, e os com TBMDR apresentaram mais vezes doença renal crônica. Conclusão: Os resultados obtidos em Porto Alegre sinalizam a necessidade de estratégias que efetivem a detecção precoce de TBDR e monitoramento da qualidade da assistência terapêutica. / Resistant tuberculosis (DRTB) and multidrug resistant TB (MDR-TB) is a global concern usually associated with the occurrence of abandonment and mortality. In 2009 the incidence of TB in Porto Alegre was 116/100.000 inhabitants, abandonment of anti-TB treatment was 15.0%. Objective: To understand the epidemiological behavior of drug-resistant tuberculosis. Methods: Cross-sectional and non-concurrent cohort study. There have been included 299 patients from hospitals and basic health units participating in the Second National Survey about Drug Resistance in Tuberculosis (INRDT) held in Porto Alegre city in 2006 and 2007. Patients showed samples with positive culture, sensitivity test and mycobacterium species confirmed. Data were collected by patient interviews, secondary data from medical records, information systems and others. Results: There was an overall prevalence of MDR-TB and DRTB respectively 14.4% and 4.7%. In treatment-virgin patients DRTB and MDR-TB was respectively 8.5% and 2.2% and patients with prior anti-TB treatment DRTB and MDR-TB was 68.0% and 12.0%. Through multivariate models, associated independent variables with DRTB were retreatment and duration of respiratory signs and respiratory symptoms. Regarding to the MDR-TB only respiratory signs and respiratory symptoms remained associated. Patients with DRTB presented smaller parasite smear during treatment, lower cure rates, greater tendency to refer hemoptysis and relapse, MDR-TB cases had more chronic renal disease. Conclusion: The results obtained in Porto Alegre city indicate the need for strategies that enforce DRTB early detection and monitoring quality of care therapy.
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Influência da seleção do grupo controle na análise de fatores de risco para infecções hospitalares por Klebsiella pneumoniae produtora de B-lactamase de espectro estendidoBehar, Paulo Renato Petersen January 2004 (has links)
Resumo não disponível.
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Prevalencia e fatores associados a colonização retal e vaginal pelo Estreptococo do grupo B em parturientes e suas caracteristicas fenotipicasAlves, Valeria Moraes Neder 13 April 2005 (has links)
Orientador: Jose Antonio Simões / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T04:28:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: Introdução - A colonização pelo estreptococo do Grupo B (EGB) é, em nível mundial, altamente prevalente entre as gestantes, variando de 4% a 30%. Estes microorganismos podem ser transmitidos verticalmente e causar sérias conseqüências neonatais. No Brasil ainda não foram adotadas estratégias de prevenção e tratamento para reduzir a incidência de infecção neonatal pelo EGB, as quais, para serem efetivas, devem ser elaboradas com base em conhecimentos sobre a prevalência, aos fatores associados ao maior risco de colonização e às características fenotípicas do estreptococo do Grupo B. Objetivo: estabelecer a prevalência da colonização pelo EGB no trato genital de parturientes, identificar os fatores associados à essa colonização e as características fenotípicas destes estreptococos. Método: foi realizado um estudo de corte transversal, no período de 11 de novembro de 2003 a 14 de maio de 2004. No momento da admissão para o parto, uma amostra de 316 parturientes do Hospital Universitário de Jundiaí foi submetida à coleta, com swab estéril, de material das regiões retal e vaginal, para detecção do EGB, por cultura seletiva no meio de Todd-Hewitt. Dados referentes aos fatores associados à colonização foram obtidos dos prontuários rotineiramente preenchidos, ou perguntados às parturientes e transcritos para a ficha de dados. A susceptibilidade a sete antimicrobianos (penicilina, ampicilina, eritromicina, nitrofurantoina, clindamicina, cefalotina e gentamicina) foi obtida através da técnica de disco difusão dos antibióticos. As amostras foram diferenciadas pela tipagem sorológica e anti-soros específicos para os tipos sorológicos Ia, Ib, II, III, IV, V). Resultados: A prevalência da colonização pelo EGB na amostra estudada foi de 14,6%. Trabalhar fora de casa foi um fator significativamente associado à colonização. Nenhuma cepa foi resistente à penicilina, ampicilina, eritromicina e nitrofurantoína. A maior resistência foi para a gentamicina (76,1%), seguida pela clindamicina (17,4%). O sorotipo mais freqüente foi o Ib (23,9%), seguido pelos sorotipos II e Ia (19,6% e 17,4%, respectivamente). Não houve correlação entre o sorotipo e a maior resistência antimicrobiana. CONCLUSÃO: a prevalência da colonização pelo EGB em parturientes do Hospital Universitário de Jundiaí foi alta. Não houve fatores associados à colonização, exceto ao que se refere ao fato de trabalhar fora de casa. A penicilina continua sendo a droga de escolha para a profilaxia intraparto, porém a clindamicina como alternativa em mulheres alérgicas à penicilina deverá ser melhor avaliada por antibiograma ou substituída pela cefalotina. O sorotipo mais freqüente (Ib) diferiu da maioria dos estudos em outros países, demonstrando a necessidade da identificação da sorotipagem em cada região, a fim de uma futura elaboração de vacinas específicas para as gestantes brasileiras / Abstract: Introduction - Genital colonization with Group B Streptococcus(GBS) occurs in 4% to 30% of pregnant women. GBS can be vertically transmitted and cause significant morbidity and mortality in newborns. Strategies for prevention and treatment to reduce the incidence of the newborn infection have not been established yet in Brazil. In order to be effective, these strategies must be made based on the knowledge on prevalence, risk factors for GBS colonization and on GBS phenotypic characteristics. Objectives: To establish the prevalence of GBS genital colonization, to identify the factors associated with this colonization and the GBS phenotypic characteristics (antibiotic susceptibility and serotypes). Methodology: The study was carried out from November 11, 2003 to May 14, 2004. A total of 316 pregnant women of the University Hospital of Jundiaí was sampled for GBS cultures at the admission for delivery. Samples were collected using sterile swab from the vagina and rectum, which were immediately inoculated onto Todd Hewitt¿s selective medium. Data regarding to the factors associated with the colonization were obtained from patient¿s clinical record files. GBS antibiotic susceptibilities were determined using disk diffusion to seven antibiotics (penicillin, ampicillin, erythromycin, clindamycin, cefalotin, gentamycin and nitrofurantoin) according to the guidelines of the National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). Serotypes were determined using specific anti-serum Ia, Ib, II, III, IV and V. Results: GBS colonization rate was 14.6%. The only factor significantly associated with GBS colonization was to have a job out of home. None isolate was resistant to penicillin, ampicillin, erythromycin or nitrofurantoin. The highest resistance rate was to gentamycin (76.1%), followed by clindamycin (17.4%). The most frequent serotype was Ib (23.9%) followed by serotypes II and Ia (19.6% and 17.4%, respectively). No correlations were found between serotype and antibiotic resistance. Conclusion: GBS colonization rate was high in pregnant women attending the University Hospital of Jundiaí for delivery. No risk factors were associated with the colonization except to have a job out of home. Penicillin continues to be the drug of choice for intrapartum antibiotic prophylaxis. However, clindamycin as an alternative in women allergic to penicillin should be better evaluated using antibiotic sensitivity tests. The most frequent serotype found in this study (Ib) was not the same found in most of studies from another countries. This result highlights the importance of the knowledge of the most prevalent serotypes in each region to further development of an appropriate vaccine for GBS / Mestrado / Tocoginecologia / Mestre em Tocoginecologia
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Caracterização fenotípica de Leishmania infantum obtidas de pacientes refratários ao tratamento com antimonial / Phenotypic characterization of Leishmania infatum isolated from antimony-refractory patientsMagalhães, Lucas Sousa 02 March 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Visceral leishmaniasis (VL) is a serious infectious disease that if left untreated can lead to death. Chemotherapy is the main form of treatment and antimony are the drugs of first choice. Treatment efficacy is a consequence of the immunological profile of the patient, the pharmacokinetic properties of the drug and the inherent differences in each strain. The resistance of parasites to the antimonial and resistance to treatment is emerging worldwide. Few studies using clinical isolates of patients refractory to treatment seeking to understand the machinery of resistance. Thus, the present study aimed to characterize phenotypic components of clinical isolates of Leishmania (L.) infantum obtained from patients with LV refractory to treatment with Glucantime®. changes were evaluated ultrastructural front of the trivalent antimony (SbIII) and Action transport pumps related to drug efflux. In total, four strains were used: Two isolates treatment refractory patients and two isolates from patients responsive to treatment with antimony. The susceptibility of these strains was evaluated in vitro exposure to increasing concentrations of promastigotes SbIII and determination of median inhibitory concentration (IC50). In comparison, the IC50s of separate refractory patients are significantly greater than the IC50 of patients responsive isolated, showing an in vitro drug resistance profile. From these results, the concentration of 615 μM of SbIII was chosen to perform the experiments. This concentration proved to be toxic, but fully compatible with survival in all isolates. Then the isolates were subjected to transmission electron microscopy (TEM) after being exposed to 615 μM of SbIII for 48 hours. The two isolates from patients responsive to treatment demonstrated significant ultrastructural changes, with the presence of vacuolization, disorganization and cytoplasmic compression with increased eletrodensidade, and the strong presence of cells with intense loss eletrodense the cytoplasm, indicating incompatibility with life. While the two isolates from treatment refractory patients had preserved ultrastructure, with the presence of morphologically altered, compressed and electrodense cells, indicating the stress response. Finally, to assess the presence of transmembrane transport mechanisms related to drug efflux, the isolates were subjected to two protocols: using the fluorescent probe Rhodamine 123 with the channel blocker, verapamil hydrochloride, and the exposure to SbIII plus verapamil hydrochloride The results showed that MDR-1 type pumps are not related to the different in vitro resistance profiles to antimony in isolates from antimony-refractory patients. Together, the results of this study show that clinical refractory patients isolates have phenotypic characteristics that make her different behavior of isolates from patients responsive when exposed to antimony in vitro. / A leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa grave que se não tratada pode levar a morte. A quimioterapia é a principal forma de tratamento e os antimoniais são as drogas de primeira escolha. A eficácia do tratamento é uma consequência do perfil imunológico do paciente, das propriedades farmacocinéticas da droga e das diferenças intrínsecas de cada cepa. A resistência dos parasitos aos antimoniais e a refratariedade ao tratamento é mundialmente emergente. Poucos estudos utilizam isolados clínicos de pacientes refratários ao tratamento buscando compreender as maquinarias de resistência. Dessa forma o presente estudo teve como objetivo caracterizar componentes fenotípicos de isolados clínicos de Leishmania (L.) infantum obtidos de pacientes com LV refratários ao tratamento com Glucantime®. Foram avaliadas alterações ultraestruturais frente ao antimonial trivalente (SbIII) e ação de bombas de transporte relacionadas ao efluxo de droga. No total, foram utilizados quatro isolados: dois isolados de pacientes refratários ao tratamento e dois isolados de pacientes responsivos ao tratamento com antimonial. A susceptibilidade desses isolados foi avaliada in vitro com a exposição de promastigotas a concentrações crescentes de SbIII e determinação da concentração inibitória média (IC50). Quando comparadas, as IC50s dos isolados de pacientes refratários são significativamente maiores que as IC50s dos isolados de pacientes responsivos, mostrando um perfil de resistência a droga in vitro. A partir desses resultados, a concentração de 615 μM de SbIII foi escolhida para a execução dos experimentos. Essa concentração demonstrou ser tóxica, mas compatível com a sobrevivência em todos os isolados. Em seguida, os isolados foram submetidos a microscopia eletrônica de transmissão (MET) após serem expostos a 615 μM de SbIII por 48h. Os dois isolados de pacientes responsivos ao tratamento demonstraram alterações ultraestruturais significativas, com a presença de vacuolização, desorganização e compactação citoplasmática, com aumento da eletrodensidade, e a presença marcante de células com intensa perda de conteúdo eletrodenso do citoplasma, indicando incompatibilidade com a vida. Enquanto os dois isolados obtidos de pacientes refratários ao tratamento apresentaram algumas células morfologicamente alteradas, compactadas e eletrodensas, indicando resposta ao estresse. Por fim, para avaliar a presença de mecanismos de transporte transmembrana relacionados ao efluxo de droga, os isolados foram submetidos a dois protocolos: o uso da sonda fluorescente Rodamina 123 junto ao bloqueador de canais, cloridrato de verapamil, além do uso direto do verapamil na reversão da resistência durante a exposição ao SbIII in vitro. Os resultados obtidos demonstraram que bombas do tipo MDR-1 não estão relacionados aos diferentes perfis de resistência in vitro ao antimonial nos isolados de pacientes refratários. Juntos, os resultados encontrados no presente trabalho demonstram que isolados clínicos de pacientes refratários possuem características fenotípicas que tornam seu comportamento diferenciado dos isolados de pacientes responsivos quando expostos ao antimonial in vitro. / São Cristóvão, SE
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Estudo-piloto randomizado, controlado com placebo, duplo-cego, para avaliar a eficácia da eletroconvulsoterapia como potencializador da clozapina na esquizofrenia super-refratária / Pilot double-blind, placebo-controlled and randomized pilot study to assess electroconvulsive therapy efficacy as augmenting strategy to clozapine in super-refractory schizophreniaMelzer Ribeiro, Débora Luciana 29 July 2014 (has links)
Introdução: A literatura mostra que cerca de 30% dos pacientes com esquizofrenia não respondem de forma completa ao tratamento com os antipsicóticos convencionais. Tais pacientes são chamados de refratários, e a medicação de eleição é a clozapina, porém, entre os pacientes refratários e em uso de clozapina na dose e tempo adequados, ainda existe uma parcela, também de 30%, que mantém prejuízo funcional e sintomatologia psicótica incapacitante. Estes pacientes são conhecidos como respondedores parciais à clozapina ou super-refratários, sem suporte na literatura a alternativas realmente eficazes por meio de ensaios clínicos randomizados. Objetivos: Avaliar a eficácia da eletroconvulsoterapia (ECT) como potencializador da clozapina na esquizofrenia super-refratária (ESR) comparada ao placebo do ECT, conhecido como sham ECT. Método: Foram selecionados 20 pacientes em uso de clozapina por tempo e dose adequados que apresentavam ainda prejuízo funcional e sintomas psicóticos. As medidas de desfecho primário seriam a diminuição da pontuação na escala da PANSS (Positive and Negative Syndrome Scale) e CGI (Clinical Global Impression) com base no índice acima de 60 na PANSS e de 4 na CGI. Todos pacientes realizaram a dosagem do nível sérico de clozapina para conferência de nível terapêutico, bateria de testes neuropsicológicos para avaliação da cognição pré-intervenção, avaliação clínica/pré-anestésica, psiquiátrica e odontológica pré-ECT. Após isso, foram randomizados em dois grupos (ECT e sham ECT), sendo encaminhados para o respectivo grupo sem o conhecimento do avaliador final, que permaneceu cego. Ao término das 12 sessões de ECT ou sham ECT, feitas 3 vezes na semana por 4 semanas, os pacientes foram reavaliados por meio da PANSS e da CGI. Resultados: Foram tratados dez pacientes no grupo ECT, seis no grupo sham ECT, e houve quatro drop-outs. Na análise estatística, foi verificado que os grupos eram comparáveis no baseline, exceto para as variáveis de desfecho: o grupo sham ECT apresentou scores médios significativamente maiores na PANSS total e subescalas positiva e geral, além da CGI. Apesar das significativas reduções nas variáveis de desfecho depois da intervenção em ambos os grupos, não houve diferença estatística entre os grupos, mesmo quando a diferença foi estatisticamente corrigida para um nível de significância p<= 0,05. Recomenda-se cautela na interpretação dos resultados, levando-se em consideração o pequeno tamanho da amostra e as limitações da PANSS como medida de desfecho do tratamento da esquizofrenia com ECT, bem como os possíveis efeitos a longo prazo não medidos pelo estudo. O ideal é que este estudo seja replicado com um número maior de pacientes e de medidas de desfecho / Introduction: About 30% of schizophrenic patients, according to the literature, do not respond properly to therapy and these patients are defined as having treatment resistant or refractory schizophrenia. Clozapine is the medication of choice for such condition. However, about 30% of patients with refractory schizophrenia do not respond to clozapine satisfactorily and remain with functional impairment and disabling psychotic symptoms. These patients are termed incomplete responders, partial responders or super-refractory patients, with still no reliable randomized controlled trials to support their treatment options. Objectives: To assess the efficacy of electroconvulsive therapy (ECT) as an augmenting strategy to clozapine in super- refractory schizophrenia (ESR) as compared to placebo ECT, known as sham ECT. Methods: 20 patients on adequate clozapine therapy, but still presenting functional impairment and psychotic symptoms were selected. The primary outcome measures would be reducing scores on PANSS scale (Positive and Negative Syndrome Scale) and CGI (Clinical Global Impression) respectively from above 60 and 4. Before treatment, all patients underwent clozapine drug level monitoring, neuropsychological cognitive assessment, clinical/preanaesthetic assessment, odontology assessment and psychiatric assessment. The patients were randomized into 2 groups (ECT and sham ECT), referred to the respective treatment group without the knowledge of the responsible researcher, who remained blind. After 12 treatment sessions, performed 3 times a week for 4 weeks, the patients were reassessed using PANSS and CGI. Results: Ten patients on ECT group and six on sham ECT group were treated, being reported 4 dropouts. Statistical analysis have shown comparable groups, except for outcome variables: on baseline sham ECT group had significant higher mean scores on PANSS total and subscales positive and general, besides CGI. Albeit significant reductions on the outcome variables after intervention in both groups, there was no statistical difference between them, even when the baseline differences were controlled, to a significance level p<= 0,05. Caution is advised in interpreting these results, considering the small sample size, PANSS limitations to measure outcomes on ECT treatment for schizophrenia, as well as possible long-term effects not measured by this study. The ideal would be to replicate this trial with a greater number of patients and outcome measures
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Estudo-piloto randomizado, controlado com placebo, duplo-cego, para avaliar a eficácia da eletroconvulsoterapia como potencializador da clozapina na esquizofrenia super-refratária / Pilot double-blind, placebo-controlled and randomized pilot study to assess electroconvulsive therapy efficacy as augmenting strategy to clozapine in super-refractory schizophreniaDébora Luciana Melzer Ribeiro 29 July 2014 (has links)
Introdução: A literatura mostra que cerca de 30% dos pacientes com esquizofrenia não respondem de forma completa ao tratamento com os antipsicóticos convencionais. Tais pacientes são chamados de refratários, e a medicação de eleição é a clozapina, porém, entre os pacientes refratários e em uso de clozapina na dose e tempo adequados, ainda existe uma parcela, também de 30%, que mantém prejuízo funcional e sintomatologia psicótica incapacitante. Estes pacientes são conhecidos como respondedores parciais à clozapina ou super-refratários, sem suporte na literatura a alternativas realmente eficazes por meio de ensaios clínicos randomizados. Objetivos: Avaliar a eficácia da eletroconvulsoterapia (ECT) como potencializador da clozapina na esquizofrenia super-refratária (ESR) comparada ao placebo do ECT, conhecido como sham ECT. Método: Foram selecionados 20 pacientes em uso de clozapina por tempo e dose adequados que apresentavam ainda prejuízo funcional e sintomas psicóticos. As medidas de desfecho primário seriam a diminuição da pontuação na escala da PANSS (Positive and Negative Syndrome Scale) e CGI (Clinical Global Impression) com base no índice acima de 60 na PANSS e de 4 na CGI. Todos pacientes realizaram a dosagem do nível sérico de clozapina para conferência de nível terapêutico, bateria de testes neuropsicológicos para avaliação da cognição pré-intervenção, avaliação clínica/pré-anestésica, psiquiátrica e odontológica pré-ECT. Após isso, foram randomizados em dois grupos (ECT e sham ECT), sendo encaminhados para o respectivo grupo sem o conhecimento do avaliador final, que permaneceu cego. Ao término das 12 sessões de ECT ou sham ECT, feitas 3 vezes na semana por 4 semanas, os pacientes foram reavaliados por meio da PANSS e da CGI. Resultados: Foram tratados dez pacientes no grupo ECT, seis no grupo sham ECT, e houve quatro drop-outs. Na análise estatística, foi verificado que os grupos eram comparáveis no baseline, exceto para as variáveis de desfecho: o grupo sham ECT apresentou scores médios significativamente maiores na PANSS total e subescalas positiva e geral, além da CGI. Apesar das significativas reduções nas variáveis de desfecho depois da intervenção em ambos os grupos, não houve diferença estatística entre os grupos, mesmo quando a diferença foi estatisticamente corrigida para um nível de significância p<= 0,05. Recomenda-se cautela na interpretação dos resultados, levando-se em consideração o pequeno tamanho da amostra e as limitações da PANSS como medida de desfecho do tratamento da esquizofrenia com ECT, bem como os possíveis efeitos a longo prazo não medidos pelo estudo. O ideal é que este estudo seja replicado com um número maior de pacientes e de medidas de desfecho / Introduction: About 30% of schizophrenic patients, according to the literature, do not respond properly to therapy and these patients are defined as having treatment resistant or refractory schizophrenia. Clozapine is the medication of choice for such condition. However, about 30% of patients with refractory schizophrenia do not respond to clozapine satisfactorily and remain with functional impairment and disabling psychotic symptoms. These patients are termed incomplete responders, partial responders or super-refractory patients, with still no reliable randomized controlled trials to support their treatment options. Objectives: To assess the efficacy of electroconvulsive therapy (ECT) as an augmenting strategy to clozapine in super- refractory schizophrenia (ESR) as compared to placebo ECT, known as sham ECT. Methods: 20 patients on adequate clozapine therapy, but still presenting functional impairment and psychotic symptoms were selected. The primary outcome measures would be reducing scores on PANSS scale (Positive and Negative Syndrome Scale) and CGI (Clinical Global Impression) respectively from above 60 and 4. Before treatment, all patients underwent clozapine drug level monitoring, neuropsychological cognitive assessment, clinical/preanaesthetic assessment, odontology assessment and psychiatric assessment. The patients were randomized into 2 groups (ECT and sham ECT), referred to the respective treatment group without the knowledge of the responsible researcher, who remained blind. After 12 treatment sessions, performed 3 times a week for 4 weeks, the patients were reassessed using PANSS and CGI. Results: Ten patients on ECT group and six on sham ECT group were treated, being reported 4 dropouts. Statistical analysis have shown comparable groups, except for outcome variables: on baseline sham ECT group had significant higher mean scores on PANSS total and subscales positive and general, besides CGI. Albeit significant reductions on the outcome variables after intervention in both groups, there was no statistical difference between them, even when the baseline differences were controlled, to a significance level p<= 0,05. Caution is advised in interpreting these results, considering the small sample size, PANSS limitations to measure outcomes on ECT treatment for schizophrenia, as well as possible long-term effects not measured by this study. The ideal would be to replicate this trial with a greater number of patients and outcome measures
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Marcadores moleculares para análise do polimorfismo genético relacionado à resposta de Plasmodium falciparum aos antimaláricos / Molecular markers for analysis of genetic polymorphism related to the response of Plasmodium falciparum to antimalarialsInoue, Juliana 30 April 2014 (has links)
A malária é responsável por cerca de 207 milhões de casos e 627 mil óbitos em todo o mundo. No Brasil, em 2013, foram registrados mais de 167 mil casos. Um dos grandes desafios para o controle da doença é o desenvolvimento de resistência aos antimaláricos. Dentre as cinco espécies que podem causar malária em seres humanos, Plasmodium falciparum é a que apresenta maior habilidade de desenvolver resistência a quase todas as classes de medicamentos utilizados no tratamento. Estudos com marcadores moleculares têm associado mutações em diversos genes à resistência aos antimaláricos. A mutação K76T no gene pfcrt é relacionada à resistência à cloroquina. Mutações em pfmdr1 e aumento de seu número de cópias foram associados à resistência a diversos antimaláricos, como quinino, mefloquina e derivados de artemisinina. A resistência aos antifolatos é associada a mutações nos genes pfdhfr e pfdhps. Mutações nos genes pfATPase6 e pfAP2-u têm sido relacionadas à diminuição de sensibilidade à artemisinina. O monitoramento dessas mutações e suas associações às respostas in vivo e in vitro aos antimaláricos pode contribuir para a escolha de terapêutica para o controle da doença. O objetivo deste estudo foi analisar o perfil genético relacionado à resistência em P. falciparum ao longo de 27 anos. Foram analisadas amostras de P. falciparum coletadas no período entre 1984 e 2011, de pacientes atendidos em serviços de saúde nos estados do Pará e São Paulo, com infecções provenientes principalmente de países da América do Sul e África. A análise do gene pfcrt mostrou frequência de 100% da mutação K76T nas amostras de países da América do Sul ao longo das décadas analisadas. Este resultado é concordante com o fenótipo de resistência à cloroquina observado em 100% das amostras testadas in vitro para sensibilidade a este antimalárico. Amostras de países africanos apresentaram o genótipo selvagem em infecções únicas ou mistas. Com relação ao gene pfmdr1, a análise do códon 86 mostrou surgimento do mutante 86Y na última década em amostras da América do Sul e ocorrência de alelos selvagens e mutantes em amostras da África. Na análise do códon 1246 foi observada predominância do mutante 1246Y nas amostras sul-americanas e do selvagem D1246 nas africanas. Com relação ao gene pfdhfr, as amostras brasileiras apresentaram frequência de 100% dos mutantes 51I e 108N. O mutante 59R não foi observado no período 1980-1990, mas estava presente em 22,6% das amostras de 2000-2010. A análise do gene pfdhps das amostras brasileiras mostrou frequência de 100% do mutante 437G em todas as décadas e diminuição da frequência de 540E no período 2000-2010 em relação aos anteriores. O sequenciamento do gene pfATPase6 revelou a ocorrência de mutações que já haviam sido relatadas anteriormente, porém seu papel na resistência aos derivados de artemisinina ainda não foi elucidado. Na análise do gene pfAP2-? foram observadas duas novas mutações. Não foram observadas associações entre as mutações estudadas e a resposta in vivo e in vitro à mefloquina, quinino e derivados de artemisinina. Este estudo permitiu a avaliação do perfil genético de P. falciparum, com análise de marcadores moleculares relacionados à resistência a diversos antimaláricos, em amostras coletadas ao longo de 27 anos em que o parasito foi submetido à pressão de diferentes esquemas terapêuticos adotados no Brasil / Malaria is responsible for 207 million cases and 627 thousand deaths worldwide. In Brazil, in 2013, more than 167 thousand cases were reported. The major challenge for malaria control is the emergence and spread of resistance to antimalarials. Among the five species able to cause malaria in humans, Plasmodium falciparum presents ability to develop resistance to almost all classes of drugs for malaria treatment. Studies with molecular markers have associated mutations in several genes to antimalarial resistance. The mutation K76T in pfcrt is related to chloroquine resistance. Polymorphisms in pfmdr1 and increased copy number were associated to several antimalarials resistance, such as quinine, mefloquine and artemisinin derivatives. Resistance to antifolates is associated to mutations in pfdhfr and pfdhps genes. Mutations in pfATPase6 and pfAP2-u were linked to decreased sensibility to artemisinins. The monitoring of these mutations and their association with in vivo and in vitro responses may contribute to the choice of therapeutics for malaria control. The aim of the present study was to analyze the genetic profile related to resistance in P. falciparum over twenty-seven years. Samples collected from 1984 to 2011 from patients enrolled at health facilities in Para and Sao Paulo States were assessed. The origin of infections was mainly from South America and Africa countries. Pfcrt analysis showed that all samples from South America countries harbored the K76T mutation over the four decades, in agreement with the resistant phenotypic response of samples tested in vitro for chloroquine. African samples presented the wild type in mixed or single infections. Regarding to the pfmdr1 gene, the emergence of the mutant 86Y was observed in the last decade in South American samples and occurrence of both, mutant and wild type, in African ones. The analysis of 1246 showed only the mutant 1246Y in South American samples and the wild type D1246 in samples from Africa. Regarding to pfdhfr gene, the frequency of mutants 51I and 108N was 100% in Brazilian samples. The mutant 59R was not observed in the period 1980-1990 and it was present in 22.6% in samples from 2000-2010. The mutant 437G of pfdhps gene was observed in 100% of Brazilian samples in all decades and the frequency of mutant 540E decreased in the period 2000-2010 when compared to 1980-1990. The sequence analysis of pfATPase6 gene showed mutations previous described, but their role in artemisinin resistance is not well defined. Two novel mutations were observed in pfAP2-? gene. No association between the polymorphisms studied and in vivo or in vitro responses to mefloquine, quinine and artemisinin derivatives was observed. This study enabled the knowledge of P. falciparum genetic profile regarding to mutations related to resistance in samples collected over twenty-seven years, when the parasite was exposed to selective pressure of several therapeutic schemes adopted in Brazil
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