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O treinamento por meio de realidade virtual melhora a funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico de mulheres na pós-menopausa? Estudo controlado randomizadoMARTINHO, Natalia Miguel 12 March 2014 (has links)
Introdução e objetivos: O treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) tem sido valorizado como meio de prevenir e tratar as disfunções uroginecológicas. Neste contexto, a realidade virtual parece ser uma ferramenta interessante na prevenção e tratamento de tais disfunções, por sua capacidade de simular atividades realizadas no mundo real, promovendo treinamento muscular de forma global e lúdica, que pode ser adequada de acordo com a condição desejada. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi investigar o efeito do TMAP por meio da realidade virtual sobre a funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico (MAP), quando comparado a um protocolo de TMAP por meio de cinesioterapia. Material e Métodos: Participaram do estudo 47 mulheres com idade a partir de 50 anos e em fase de pós-menopausa, divididas de forma randomizada em dois grupos: (G1) TMAP por meio de cinesioterapia (n=20) e (G2) TMAP por meio de realidade virtual (n=27). As participantes foram avaliadas antes e cinco semanas após a realização dos protocolos, quanto à funcionalidade dos MAP: força muscular do assoalho pélvico (por meio de palpação digital e dinamometria vaginal), presença de prolapsos dos órgãos pélvicos (por meio do Pelvic Organ Prolapse Quantification), sintomas miccionais, sexuais e qualidade de vida (por meio de instrumentos validados). Resultados: Verificou-se melhora significativa (p<0,05) da força muscular, com concomitante melhora dos prolapsos de parede anterior e dos sintomas miccionais, em ambos os grupos. A qualidade de vida apresentou melhora significativa na maioria dos domínios em ambos os grupos; enquanto que a função sexual demonstrou melhora no escore total e no domínio lubrificação apenas no grupo de TMAP por meio de cinesioterapia. Conclusão: O TMAP por meio da realidade virtual se equipara ao TMAP por meio de cinesioterapia quanto à melhora da força dos músculos do assoalho pélvico, dos sintomas miccionais, dos prolapsos de parede anterior e da maioria dos domínios de qualidade de vida, demonstrando ser efetivo para mulheres na pós menopausa. / Introduction and aims: The pelvic floor muscle training (PFMT) has been highly valued as means to prevent and treat urogynecological dysfunction. At this context, virtual reality seems to be an interesting tool in prevent and treat such disorders, by its ability to simulate real-world activities, promote globally muscle training and playful activities, which can be tailored to the desired condition. Given the above, the aim of this study was to investigate the effect of PFMT through virtual reality on the functionality of the pelvic floor muscles (PFM), when compared to a PFMT through kinesiotherapy protocol. Materials and Methods: The study included 47 women aged over 50 years and in post-menopausal period divided randomly into two groups: (G1) PFMT through kinesiotherapy (n=20) and (G2) PFMT through virtual reality (n=27). Participants were assessed before and five weeks after to the implementation of protocols as the functionality of PFM: PFM strength (by digital palpation and vaginal dynamometry), presence of pelvic organ prolapse (using Pelvic Organ Prolapse Quantification), voiding and sexual symptoms and quality of life (by validated instruments). Results: There was significant improvement (p<0,05) in muscle strength, with concomitant improvement in anterior wall prolapse and urinary symptoms in both groups. Quality of life improved significantly in most areas in both groups; whereas sexual function, improved in total score and in the lubrication, only at PFMT through kinesiotherapy group. Conclusion: PFMT through virtual reality equates to PFMT through kinesiotherapy regarding the improvement of pelvic floor muscle strength, voiding symptoms, anterior wall prolapse and quality of life; proving to be effective for postmenopausal women. / Programa Institucional de Bolsas de Pós-Graduação - PIB-PÓS
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Medição minimamente invasiva da pressão vesical no homem : instrumentação e aplicação clínica / Minimally invasive measurement of vesical pressure in men : instrumentation and clinical applicationAlmeida, João Carlos Martins de, 1987- 26 August 2018 (has links)
Orientador: José Wilson Magalhães Bassani / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação / Made available in DSpace on 2018-08-26T12:41:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: O estudo urodinâmico tem importante papel na determinação da necessidade de pacientes portadores de sintomas do trato urinário inferior (STUI) se submeterem à cirurgia da próstata. O estudo pressão-fluxo pode contribuir muito para a quantificação dos STUI, porém é invasivo, demorado e de custo elevado. Métodos alternativos têm sido desenvolvidos procurando minimizar o procedimento invasivo necessário para medição da pressão vesical. Um método alternativo foi desenvolvido no Centro de Engenharia Biomédica da UNICAMP e consiste num dispositivo denominado conector uretral (Pat. N. PI 0502171-5). Trata-se de um dispositivo cilíndrico e vazado, que permite o escoamento de urina por seu interior. O paciente é orientado a introduzir o conector na uretra antes de iniciar a micção e, ao urinar, solicitado a ocluir a saída do dispositivo, interrompendo o fluxo urinário por um curto intervalo e permitindo o registro da pressão dentro da bexiga urinária. Neste trabalho, uma instrumentação e uma nova versão do conector uretral foram desenvolvidas para medir a pressão vesical em homens. Aplicado em testes clínicos em indivíduos com sintomas de obstrução infravesical decorrente de hiperplasia benigna da próstata, o conjunto demonstrou capacidade de diferenciar indivíduos com obstrução de indivíduos não obstruídos sem diferença significativa do que se obtém no estudo pressão-fluxo (p > 0,05). O conector apresentou sensibilidade e especificidade de 66,7%, valores similares aos dos métodos alternativos descritos na literatura. Além disso, 88,5% dos indivíduos relataram preferir o conector uretral ao estudo pressão-fluxo, indicando a importância do conector como método alternativo minimamente invasivo ao estudo urodinâmico convencional / Abstract: Urodynamic assessment has an important role in the decision of patients complaining of lower urinary tract symptoms (LUTS) to undergo prostate surgery. Pressure-flow study may contribute to the evaluation of LUTS, but its procedure is invasive, time-consuming and expensive. Alternative methods have been developed aiming at measuring vesical pressure in a less invasive manner. An alternative method was developed in the Center for Biomedical Engineering at UNICAMP and consists of a device named urethral connector (Pat. N. PI 0502171-5). The device has a cylindrical shape and an internal longitudinal hole that permits urine to pass through it. The patient is instructed to insert the urethral connector into his urethra before starting to urinate. During micturition, he is instructed to occlude the urine outlet of the device for a short period of time so that vesical pressure may be measured. In this work, an instrumentation and a new version of the urethral connector were developed to measure vesical pressure in men. The device and instrumentation were applied in clinical tests in individuals reporting LUTS secondary to infravesical obstruction due to benign prostatic hyperplasia. It was shown that this new method is capable of differentiating obstructed individuals from nonobstructed ones. Results were not significantly different from those obtained when conventional pressure-flow study was applied (p > 0.05). The urethral connector had a sensibility and specificity of 66.7%, values similar to those found by the alternative methods described in the literature. About 88.5% of the individuals evaluated reported to prefer the new method instead of the conventional assessment which reinforces the importance of the urethral connector as a less invasive and alternative method to the conventional urodynamic study / Mestrado / Engenharia Biomedica / Mestre em Engenharia Elétrica
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Alterações clínicas, laboratoriais e eletrocardiográficas em gatos com obstrução uretral / Clinical, laboratorial, and electrocardiographyc abnormalities in cats with urethral obstructionHorta, Pedro Villela Pedroso 14 July 2006 (has links)
Obstruções uretrais em felinos geralmente são secundárias à doença do trato urinário inferior felino (DTUIF), afecção comum em gatos. A doença pode ser auto-limitante, mas a obstrução uretral leva à parada da função renal, gerando uma série de distúrbios no organismo, que necessitam tratamento imediato. A maioria dos estudos sobre as alterações decorrentes da obstrução foi feito em animais em estado crítico ou experimentalmente. O objetivo do presente estudo foi descrever as principais alterações observadas em gatos obstruídos atendidos na rotina clínica e correlacioná-las. Foram avaliados 32 gatos machos com obstrução uretral e sem tratamento prévio. A avaliação constou de exame clínico, hemograma, bioquímica sérica (uréia, creatinina, proteína total, ALT, AST, fosfatase alcalina, sódio, potássio, cálcio, fósforo, magnésio, glicemia e lactato), gasometria venosa, exame e cultura de urina e eletrocardiograma (ECG). Os animais foram agrupados conforme o tempo de obstrução (mais e menos de 36 horas). As alterações mais comuns no histórico foram disúria (100% dos animais), disorexia (84,4%), apatia (71,8%), vocalização (68,7%) e oligodipsia (68,7%); no exame físico, desidratação (71,8%), taquipnéia (53,1%) e hipotermia (53,1%). As alterações laboratoriais mais freqüentes foram hipermagnesemia (100%), acidose metabólica (89,6%), hiperglicemia (88,9%), hiperazotemia (84,4%) e hiperpotassemia (80,6%). Vinte por cento dos gatos tinham infecção urinária. Alterações no ECG foram evidenciadas em 39,3% dos casos, sendo a parada atrial com ritmo sinoventricular a mais freqüente. Não houve relação entre as alterações no ECG e os níveis de potássio sérico. A análise dos grupos sugere agravamento da hiperazotemia, hiperpotassemia, hipermagnesemia e do estado geral com a evolução do processo. Nas correlações, a temperatura e a freqüência cardíaca apresentaram relação direta com pH sanguíneo, excesso de base e bicarbonato, e relação inversa com uréia, creatinina, potássio e fósforo. A uréia e creatinina se correlacionaram inversamente com sódio, pH sanguíneo, excesso de base e bicarbonato, e diretamente com potássio e fósforo. O estado geral correlacionou-se com a temperatura, uréia, creatinina, potássio, pH sanguíneo, excesso de base e bicarbonato. / Urethral obstruction is a frequent complication in cats with feline lower urinary tract disease (FLUTD), considered a common disease in cats. Most cases are self-limiting, but the urethral obstruction causes renal failure and metabolic alterations which needs immediate treatment. Previous reports selected cats that were critically ill or had a experimental induction of the disease. The goal of this study was to describe the clinical signs, laboratory and electrocardiographyc abnormalities in cats with urethral obstruction and to correlate these results. Thirty-two male cats with natural urethral obstruction and without previous therapy were studied. Complete blood count, serum chemistry profile (urea, creatinine, plasma protein, alanine transferase, aspartate transferase, alkaline phosphatase, sodium, potassium, calcium, phosphorus, magnesium, glucose and lactate), venous blood gas, urinalysis, urine culture and electrocardiogram (ECG) were performed. Two groups of 16 cats were composed (animals under and over 36 hours of obstruction). The most frequent abnormalities described were dysuria (100%), anorexia (84,4%), lethargy (71,8%), vocalization (68,7%), hypodipsia (68,7%), and dehydration (71,8%), tachypnea (53,1%) and hypothermia (53,1%) in physical evaluation. The laboratorial abnormalities most frequently observed were hypermagnesemia (100%), metabolic acidosis (89,6%), hyperglicemia (88,9%), azotemia (84,4%) and hyperkalemia (80,6%). Twenty per cent of cats had urinary infections. Abnormalities in ECG, such as atrial standstill with sinoventricular rhythm, were seen in 39,3% of cases, and there were no correlation with hyperkalemia. The analyses of the groups suggest worsening of azotemia, hyperkalemia, hypermagnesemia and lethargy with evolution of obstruction. Temperature and heart rate were positively correlated with blood pH, base excess and bicarbonate, and inversely correlated with urea, creatinine, potassium and phosphorus. Lethargy was correlated with temperature, blood pH, base excess and bicarbonate.
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Análise retrospectiva do tratamento de crianças e adolescentes com disfunções do trato urinário inferior associadas ao refluxo vesico ureteral pela terapia comportamental / Retrospective analysis of the treatment of children and adolescents with lower urinary tract dysfunction associated with vesicoureteral reflux using behavioral therapyLeite, Raquel Freire 21 September 2018 (has links)
As Disfunções do Trato Urinário Inferior (DTUI) é um termo amplo que descreve todo o espectro de distúrbios em qualquer uma das fases da micção, de causas neurogênicas, anatômicas e funcionais. A Terapia Comportamental é um método que permite acompanhar o desenvolvimento físico e emocional da criança e do adolescente. Objetivo: Analisar os resultados obtidos com a Terapia Comportamental em crianças e adolescentes portadores de disfunções do trato urinário inferior associada ao refluxo vesico- ureteral. Materiais e Métodos: A população foi composta por 109 crianças e adolescentes, 60% do sexo feminino e 40% do sexo masculino, entre 3 e 16 anos de idade. O tratamento aconteceu no período de 2007 a 2014, sendo realizado por 3 anos, com seguimento mensal por 1 ano. Foi realizada avaliação dos exames laboratoriais e de diagnóstico de imagem: Ultrassom Dinâmico da Micção e Uretrocistografia. A avaliação dos sintomas e o acompanhamento dos Hábitos por meio dos Diários da micção, das noites secas, do funcionamento intestinal, da Ingesta hídrica, dos alimentos, do café da manhã e do sono. A Identificação dos Transtornos de Comportamentos Externalizantes dos Pacientes com DTUI foi realizada por intermédio das Escala de Avaliação do Comportamento Infantil. A Terapia Comportamental baseou-se em: educação do corpo humano, conscientização do treinamento vesical, hidratação, dieta e organização do sono. Resultados: Quando a capacidade vesical atingiu a esperada, as crianças não apresentaram contrações do detrusor e a média de contrações do assoalho pélvico foi de 0,25. Apenas 0,005% das crianças apresentaram resíduo pós miccional. Entre 18 e 24 meses, os episódios de infecção do trato urinário desapareceram. A média da frequência miccional foi de 7 a 8x/dia e da ingesta hídrica de 1500ml/dia. 95% dos pacientes ingeriram média de 8 verduras e frutas/semana e apresentaram funcionamento intestinal >3x/semana. As perdas urinárias diurnas e noturnas desapareceram. Houve melhora da inatenção e socialização negativa que apresentou diferença estatisticamente significativa na avaliação inicial do tratamento. Conclusão: A Terapia Comportamental, por si só, é um método eficaz para melhorar e, até mesmo, curar os sintomas das Disfunções do Trato Urinário Inferior, prevenindo complicações futuras para o Trato Urinário Superior. / Lower urinary tract dysfunction (LUTD) is a broad term that describes the entire spectrum of disorders in any of the stages of urination with neurogenic, anatomical and functional causes. Behavioral Therapy is a method that allows monitoring the physical and emotional development of children and adolescents. Objective: To analyze the results obtained with Behavioral Therapy in children and adolescents with LUTD associated with vesicoureteral reflux. Materials and Methods: The study population consisted of 109 children and adolescents, 60% female and 40% male, aged 3 to 16 years old. The treatment occurred between 2007 and 2014, within a period of 3 years, with monthly follow-up for 1 year. Laboratory tests and diagnostic imaging by dynamic urinary ultrasound and urethrocystography were carried out. It was also performed evaluation of symptoms and monitoring of habits through diaries of urination, dry nights, intestinal functioning, water intake, food ingestion, breakfast and sleep. The identification of externalizing behavioral disorders of patients with LUTD was performed using the Child Behavior Assessment Scale. Behavioral Therapy was based on: education of the human body, awareness of bladder training, hydration, diet and sleep organization. Results: When the bladder capacity reached the expected level, the children did not present detrusor contractions and the mean number of contractions of the pelvic floor was 0.25. Only 0.005% of the children had post-urination residue. Urinary tract infection episodes disappeared between 18 and 24 months. The mean urination frequency was 7-8 times/day and the water intake was 1500 mL/day. As much as 95% of the patients ingested on average 8 vegetables and fruits per week and presented intestinal functioning >3x/week. Daytime and nighttime urine losses disappeared. There was an improvement of the inattention and negative socialization, with statistically significant difference from the initial evaluation of the treatment. Conclusion: Behavioral Therapy, by itself, is an effective method to improve and even resolve the LUTD symptoms, preventing future complications for the upper urinary tract.
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Caracterização das disfunções miccionais em pacientes portadores do espectro da neuromielite óptica e suas associações com o comprometimento neurológico e a qualidade de vida / Voiding dysfunction in patients with neuromyelitis optica spectrum disorder and its association with neurological impairment and quality of lifeCarvalho, Fabricio Leite de 14 March 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Neuromielite óptica (NMO) e suas formas limitadas são doenças desmielinizantes autoimunes do sistema nervoso central que acometem preferencialmente a medula espinhal e o nervo óptico. Várias formas clínicas do espectro da NMO (NMO-SD) tem sido descritas e incluem desde um evento único de mielite transversa longitudinalmente extensa (MTLE) à NMO recorrente. O comprometimento neurológico destes pacientes pode levar a diversas disfunções autonômicas, incluindo disfunção miccional. OBJETIVOS: Determinar a prevalência e as características dos sintomas do trato urinário inferior (STUI) e dos achados urodinâmicos em pacientes portadores de NMO-SD, e analisar suas associações com o grau de comprometimento neurológico e qualidade de vida (QV). MÉTODOS: Avaliamos 30 pacientes (23 mulheres e 7 homens) com diagnóstico estabelecido de NMO-SD, que foram convidados a participar do estudo a despeito de apresentarem ou não STUI. A avaliação neurológica foi realizada por meio da Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS), ressonância magnética de crânio e coluna vertebral, e dosagem de NMOIgG. Os STUI foram avaliados pelo Questionário de Avaliação da Bexiga Hiperativa (OAB-V8) e pelo Escore Internacional de Sintomas Prostáticos (IPSS). A qualidade de vida de forma geral foi avaliada pelo questionário de Satisfação com a Vida (LiSat-9). Todos os pacientes foram submetidos ao estudo videourodinâmico. RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 41,1 ± 13,5 anos (intervalo de 13 a 70) e o tempo médio de duração da doença neurológica foi de 33,8 ± 30,8 meses (intervalo de 3 a 135). A avaliação neurológica mostrou pacientes com EDSS médio de 5,3 ± 1,8 (intervalo de 1 a 8,5). O escore médio do OAB-V8 foi de 17,5 ± 14,0 (intervalo de 0 a 40) e de 14,3 ± 10,6 (intervalo de 0 a 35) para o I-PSS. A média da QV geral medida pelo Lisat-9 foi de 38,9 ± 6,8 (intervalo de 26 a 49). Os STUI mais comuns foram urgência em 15 (50%) pacientes, noctúria em 15 (50%), jato urinário fraco em 15 (50%), intermitência em 14 (46,6%), esvaziamento incompleto em 13 (43,3%), hesitação em 13 (43,3%), aumento da frequência urinária em 13 (43,3%) e urge-incontinência em 5 (16%). Os achados urodinâmicos mais comuns foram hiperatividade detrusora (HD) com dissinergia detrusor-esfincteriana (DDE) em 11 (36,6%) pacientes, DDE sem HD em 7 (23,3%), HD sem DDE em 6 (20%), e incontinência urinária de esforço em 1 (3,3%). Cinco (16,6%) pacientes apresentaram estudo videourodinâmico sem anormalidades. Sintomas urinários medidos pelo IPSS e pelo OAB-V8 correlacionaram-se com maior comprometimento neurológico (r=0,42; p=0,018 e r=0,48; p=0,006 respectivamente). Pacientes portadores de DDE foram aqueles que mostraram maior comprometimento neurológico (p=0,027). Da mesma forma, pacientes dissinérgicos apresentaram maiores escores ao I-PSS (p=0,029) e ao OAB-V8 (p=0,008). Pacientes com maior comprometimento neurológico foram aqueles que apresentaram pior QV (r=-0,410; p=0,022). CONCLUSÃO: Encontramos alta prevalência de STUI e disfunção miccional em portadores de NMO, sendo DDE e a HD as anormalidades urodinâmicas mais frequentes. Dissinergia detrusor-esfincteriana e STUI se correlacionam com a gravidade da doença neurológica. A severidade da doença neurológica correlaciona-se com a qualidade de vida geral / INTRODUCTION: Neuromyelitis optica (NMO) and its limited forms are demyelinating autoimmune diseases of the central nervous system that preferentially affects the spinal cord and optic nerve. Several clinical forms of NMO spectrum disorders (NMO-SD) have been described and range from a limited event of longitudinally extensive transverse myelitis (LETM) to relapsing NMO. The neurological damage in these patients may lead to a range of autonomic dysfunctions, including voiding dysfunction. OBJECTIVES: To determine the prevalence and characteristics of the lower urinary tract symptoms (LUTS) and the urodynamic findings in patients with NMO-SD and analyze their correlations with the level of neurological damage and quality of life (QoL). METHODS: We evaluated 30 patients (23 women and 7 men) with an established diagnosis of NMO-SD based on stringent criteria. All patients were invited to participate irrespective of the presence of LUTS. Neurological impairment was assessed with the Expanded Disability Status Scale (EDSS), magnetic resonance imaging of the brain and spinal cord and NMO-IgG status. LUTS were evaluated with the Overactive Bladder V8 (OAB-V8) questionnaire and by the International Prostate Symptom Score (I-PSS). Quality of Life was evaluated using the Life Satisfaction questionnaire (LiSat-9). All patients underwent videourodynamics, transabdominal urinary tract sonography, urine culture and serum creatinine levels. RESULTS: The mean age of the patients was 41.1 ± 13.5 years (range 13 to 70) and the mean time of neurological disease duration was 33.8 ± 30.8 months (range 3 to 135). Neurological evaluation showed a mean EDSS score of 5.3 ± 1.8 (range 1 to 8.5). The mean OAB-V8 score was 17.5 ± 14.0 (range 0 to 40) and the mean I-PSS score was 14.3 ± 10.6 (range of 0 to 35). Mean general QoL measured by the Lisat-9 was 38.9 ± 6.8 (range 26 to 49). The most common urinary symptoms were urgency in 15 (50%) patients, nocturia in 15 (50%), weak urinary stream in 15 (50%), intermittence in 14 (46.6%), incomplete emptying in 13 (43.3%), hesitation in 13 (43.3%), increased urinary frequency in 13 (43.3%) and urge-incontinence in 5 (16,6%). The most frequent urodynamic findings were detrusor overactivity (DO) with sphincter dyssinergia (DSD) in 11 (36.6%) patients, DSD alone in 7 (23.3%), DO without DSD in 6 (20%) and stress urinary incontinence (SUI) in 1 (3.3%). Five (16.6%) patients had normal findings. Voiding dysfunction assessed by I-PSS and OAB-V8 increased with the degree of neurological impairment (r=0.42; p=0.018 and r=0.48; p=0.006 respectively). Patients with DSD had significantly higher symptoms based in the I-PSS (p=0.029) as well as the OAB- V8 scores (p=0.008) and greater neurological impairment (p=0.027). Patients with more severe neurological impairment were associated with worse Qol (r=-0.410; p=0.022). CONCLUSION: We have shown a high prevalence of LUTS and voiding dysfunction, with DSD and DO as the main urodynamic findings. Detrusor-sphincter dyssinergia and LUTS correlates with more severe neurological impairment. The severity of neurological impairment correlates with QoL
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Análise retrospectiva do tratamento de crianças e adolescentes com disfunções do trato urinário inferior associadas ao refluxo vesico ureteral pela terapia comportamental / Retrospective analysis of the treatment of children and adolescents with lower urinary tract dysfunction associated with vesicoureteral reflux using behavioral therapyRaquel Freire Leite 21 September 2018 (has links)
As Disfunções do Trato Urinário Inferior (DTUI) é um termo amplo que descreve todo o espectro de distúrbios em qualquer uma das fases da micção, de causas neurogênicas, anatômicas e funcionais. A Terapia Comportamental é um método que permite acompanhar o desenvolvimento físico e emocional da criança e do adolescente. Objetivo: Analisar os resultados obtidos com a Terapia Comportamental em crianças e adolescentes portadores de disfunções do trato urinário inferior associada ao refluxo vesico- ureteral. Materiais e Métodos: A população foi composta por 109 crianças e adolescentes, 60% do sexo feminino e 40% do sexo masculino, entre 3 e 16 anos de idade. O tratamento aconteceu no período de 2007 a 2014, sendo realizado por 3 anos, com seguimento mensal por 1 ano. Foi realizada avaliação dos exames laboratoriais e de diagnóstico de imagem: Ultrassom Dinâmico da Micção e Uretrocistografia. A avaliação dos sintomas e o acompanhamento dos Hábitos por meio dos Diários da micção, das noites secas, do funcionamento intestinal, da Ingesta hídrica, dos alimentos, do café da manhã e do sono. A Identificação dos Transtornos de Comportamentos Externalizantes dos Pacientes com DTUI foi realizada por intermédio das Escala de Avaliação do Comportamento Infantil. A Terapia Comportamental baseou-se em: educação do corpo humano, conscientização do treinamento vesical, hidratação, dieta e organização do sono. Resultados: Quando a capacidade vesical atingiu a esperada, as crianças não apresentaram contrações do detrusor e a média de contrações do assoalho pélvico foi de 0,25. Apenas 0,005% das crianças apresentaram resíduo pós miccional. Entre 18 e 24 meses, os episódios de infecção do trato urinário desapareceram. A média da frequência miccional foi de 7 a 8x/dia e da ingesta hídrica de 1500ml/dia. 95% dos pacientes ingeriram média de 8 verduras e frutas/semana e apresentaram funcionamento intestinal >3x/semana. As perdas urinárias diurnas e noturnas desapareceram. Houve melhora da inatenção e socialização negativa que apresentou diferença estatisticamente significativa na avaliação inicial do tratamento. Conclusão: A Terapia Comportamental, por si só, é um método eficaz para melhorar e, até mesmo, curar os sintomas das Disfunções do Trato Urinário Inferior, prevenindo complicações futuras para o Trato Urinário Superior. / Lower urinary tract dysfunction (LUTD) is a broad term that describes the entire spectrum of disorders in any of the stages of urination with neurogenic, anatomical and functional causes. Behavioral Therapy is a method that allows monitoring the physical and emotional development of children and adolescents. Objective: To analyze the results obtained with Behavioral Therapy in children and adolescents with LUTD associated with vesicoureteral reflux. Materials and Methods: The study population consisted of 109 children and adolescents, 60% female and 40% male, aged 3 to 16 years old. The treatment occurred between 2007 and 2014, within a period of 3 years, with monthly follow-up for 1 year. Laboratory tests and diagnostic imaging by dynamic urinary ultrasound and urethrocystography were carried out. It was also performed evaluation of symptoms and monitoring of habits through diaries of urination, dry nights, intestinal functioning, water intake, food ingestion, breakfast and sleep. The identification of externalizing behavioral disorders of patients with LUTD was performed using the Child Behavior Assessment Scale. Behavioral Therapy was based on: education of the human body, awareness of bladder training, hydration, diet and sleep organization. Results: When the bladder capacity reached the expected level, the children did not present detrusor contractions and the mean number of contractions of the pelvic floor was 0.25. Only 0.005% of the children had post-urination residue. Urinary tract infection episodes disappeared between 18 and 24 months. The mean urination frequency was 7-8 times/day and the water intake was 1500 mL/day. As much as 95% of the patients ingested on average 8 vegetables and fruits per week and presented intestinal functioning >3x/week. Daytime and nighttime urine losses disappeared. There was an improvement of the inattention and negative socialization, with statistically significant difference from the initial evaluation of the treatment. Conclusion: Behavioral Therapy, by itself, is an effective method to improve and even resolve the LUTD symptoms, preventing future complications for the upper urinary tract.
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Perfil da sexualidade e dos sintomas do trato urinário inferior em idosos não institucionalizados / Profile of sexuality and symptoms of lower urinary tract in non-institutionalized elderlyTaha Neto, Khaled Ahmed 25 July 2016 (has links)
As disfunções urinárias ou sexuais do idoso são subnotificadas. Porém, são de alta prevalência e associadas a diversos prejuízos psicossociais. O presente estudo visa à identificação da prevalência dessas condições por meio de questionários. Utilizou-se o Androgen Deficiency in Aging Male (ADAM) para avaliação de função sexual do homem, questões sobre função sexual feminina e masculina e, o International Prostate Symptom Score (IPSS) para avaliação de função urinária masculina e feminina. Temos o objetivo de realizar uma investigação nos indivíduos não institucionalizados, acima de 60 anos de idade, para obtermos dados referentes à sua saúde sexual e urinária nas cidades: São Paulo, Campinas, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e Londrina. Foram distribuídos cerca de 6000 questionários, sendo utilizados para estudo 3425, com 1575 homens e 1850 mulheres. Em relação ao ADAM, obtivemos 92,49% dos 1385 avaliados com suspeita de apresentarem distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (DAEM). Quanto à função sexual masculina, evidenciamos que 383 (32,19%) apresentavam queixas eretivas, 458 (37,54%) de ejaculação precoce e 790 (59,13%) admitiram a necessidade de tratamento para melhorar o desempenho sexual. Quanto à função sexual feminina, 1300 (74,07%) não praticam relação sexual e os principais motivos foram: falta de parceiro, falta de desejo sexual e problema de saúde do parceiro. Além disso, 988 (78,41%) das mulheres que não têm relação sexual admitem estar bem assim e não querem sexo e mais importante: aproximadamente 21% dessas gostariam de ter relação sexual. Quanto à qualidade da relação sexual feminina, 272 (64,92%) acham a relação boa para ambos, 105 (25,06%) boa só para o parceiro e 33 (7,88%) ruim para ambos. Em relação ao IPSS masculino, observamos piora gradual no padrão miccional com o aumento da idade, dos sintomas moderados e graves, principalmente após os 75 anos, sendo os mais prevalentes: nictúria, urgência miccional e aumento da frequência urinária. Quanto ao IPSS feminino, notamos que, mesmo após os 80 anos, a maioria das mulheres (53,37%) apresenta sintomas leves relacionados à disfunção miccional; com o aumento da idade, ocorre um aumento gradual do resultado do IPSS, relacionado com os sintomas moderados e graves, sendo que o pico ocorre após os oitenta anos. Sendo assim, devido ao grande número de distúrbios sexuais e urinários encontrados, deixamos um alerta para que um maior número de medidas de Saúde Pública sejam implantadas, melhorando promover uma melhor qualidade de vida nessa população idosa / Urinary or sexual dysfunction in the elderly are underreported. However, are highly prevalent and associated with various psychosocial damage. This study aims to identify the prevalence of these conditions. We used the Androgen Deficiency in Aging Male (ADAM) to assess sexual function of men, questions of male and female sexual function, and the International Prostate Symptom Score (IPSS) for evaluation the urinary function. The aim is to carry out an investigation in non-institutionalized individuals over 60 years of age, to obtain data on its sexual and urinary health in: São Paulo, Campinas, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano and Londrina. They were distributed about 6,000 questionnaires being used to study 3425, with 1575 men and 1850 women. Compared to ADAM, obtained 92.49% of the 1385 evaluated suspected of presenting androgen disorder of aging male (ADAM). As for the male sexual function, we showed that 383 (32.19%) had erective complaints, 458 (37.54%) of premature ejaculation and 790 (59.13%) admitted the need for treatment to improve sexual performance. As for the female sexual function, 1300 (74.07%) did not practice sexual intercourse and the main reasons were: lack of partner, lack of sexual desire and partner health problem. In addition, 988 (78.41%) of women who haven\'t sexual intercourse admit to being like that and not want sex and, more importantly, about 21% of them would like to have sexual intercourse. As for the quality of the female sex, 272 (64.92%) think the relation is good for both, 105 (25.06%) only good for the partner and 33 (7.88%) bad for both. IPSS when compared to males, we see gradual worsening of urinary pattern with increasing age, related with the moderate and severe symptoms, especially after 75 years, being the most prevalents: nocturia, urinary urgency and urinary frequency. As for the female IPSS, we note that even after 80 years, the majority of women (53.37%) have mild symptoms related to voiding dysfunction; with increasing age there is a gradual increase in the result of the IPSS, associated with moderate and severe symptoms, where the peak occurs after the age of eighty. Thus, due to the large number of sexual and urinary disorders found, left a warning to a greater number of public health measures are implemented, improving promote a better quality of life in this elderly population
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Prevalência e grau de desconforto de bexiga hiperativa numa área urbana no nordeste brasileiro / Prevalência e grau de desconforto de bexiga hiperativa numa área urbana no nordeste brasileiroNeves, Raimundo Celestino Silva January 2008 (has links)
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Raimundo Celestino Silva Neves. Prevalência e grau de desconforto de bexiga hiperativa numa área urbana no Nordeste brasileiro - CPqGM - Dissertação de Mestrado - 2008.pdf: 741822 bytes, checksum: 52611300a032353b413d569d677cd039 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-08-02T21:38:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Raimundo Celestino Silva Neves. Prevalência e grau de desconforto de bexiga hiperativa numa área urbana no Nordeste brasileiro - CPqGM - Dissertação de Mestrado - 2008.pdf: 741822 bytes, checksum: 52611300a032353b413d569d677cd039 (MD5)
Previous issue date: 2008 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, Bahia, Brasil / Estimar a prevalência da síndrome de bexiga hiperativa (BH) e de outros sintomas
referentes ao trato urinário inferior em uma amostra com base populacional de um grande
centro urbano do nordeste brasileiro. Adicionalmente, pretendeu-se avaliar o impacto desses
sintomas na qualidade de vida dos participantes, investigar possíveis fatores associados à
prevalência de BH e descrever a busca por tratamento para essa síndrome. Métodos: A
prevalência de BH foi avaliada segundo sua definição mais recente, estabelecida em 2002
,pela Sociedade Internacional de Continência (SIC) e o inquérito domiciliar utilizou o método
de amostragem estratificado em três estágios, abrangendo 17 regiões administrativas da
cidade de Salvador. Os resultados são apresentados de acordo o sexo e a faixa etária.
Resultados: Três mil indivíduos com idade ≥ 30 anos foram incluídos no estudo, sendo 1.500
homens e 1.500 mulheres (taxa de resposta de 82,9%). A prevalência de BH foi de 5,1% em
homens e 10% em mulheres. Nicturia (≥ 1 por noite) esteve presente em 64,4% dos homens e
71,2% das mulheres, enquanto que a prevalência de nictúria (≥2 por noite) foi de 33,3% e
36,5%, respectivamente. Já a freqüência urinária aumentada foi descrita por 15,4% dos
homens e 23,7% das mulheres. A maioria das pessoas com urgência, 80% dos homens e 78%
das mulheres, relatou algum grau de desconforto em possuir esse sintoma e indivíduos com
BH tiveram alto grau de depressão e ansiedade (p<0,001). Conclusão: Esse é o maior estudo
epidemiológico com base populacional no Brasil e que utiliza as novas definições referentes
ao trato urinário inferior, recomendadas pela SIC em 2002. O incômodo provocado nos
indivíduos, o impacto na qualidade de vida e a prevalência dos sintomas de BH destacam a
gravidade dessa síndrome. / To estimate the prevalence of overactive bladder syndrome (OAB) and the other
lower urinary tract symptoms (LUTS) in a sample of the big urban center in the Brazilian
Northeastern. Additionally, to evaluate the impact of these symptoms in quality of life of
participants, to investigate possible factors associates to the prevalence of OAB and to
describe help seeking behaviors for urinary problems. Methods: The prevalence of OAB was
evaluated according to your more recent definition established in 2002 for the International
Continence Society (ICS) and the domiciliary inquiry used a three-step sampling method,
enclosing 17 administrative regions of the city of Salvador. The results are presented
according to gender and age cohort. Results: A total of three thousand individuals aged ≥ 30
years were analyzed in the study, (1,500 men and 1,500 women) with response rate of 82.9%.
The prevalence of BH was 5.1% in men and 10% in women. Nocturia (≥ 1 time/ night) was
present in 64.4% of men and 71.2% of the women, while that the prevalence of nocturia (≥ 2
time/ night) was 33.3% and 36.5%, respectively. However the increased frequency was
described for 15,4% of men and 23.7% of the women. The majority of the people with
urgency, 80% of men and 78% of the women, report any bother with symptom and OAB
subjects had high level of depression and anxiety. Conclusion: This is the largest
epidemiologic study with population-based in Brazil and that it uses the new definitions of the
ICS of 2002. The bother provoked in the individuals, the impact in the quality of life and the
prevalence of the LUTS salient the gravity of this syndrome.
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Caracterização das disfunções miccionais em pacientes portadores do espectro da neuromielite óptica e suas associações com o comprometimento neurológico e a qualidade de vida / Voiding dysfunction in patients with neuromyelitis optica spectrum disorder and its association with neurological impairment and quality of lifeFabricio Leite de Carvalho 14 March 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Neuromielite óptica (NMO) e suas formas limitadas são doenças desmielinizantes autoimunes do sistema nervoso central que acometem preferencialmente a medula espinhal e o nervo óptico. Várias formas clínicas do espectro da NMO (NMO-SD) tem sido descritas e incluem desde um evento único de mielite transversa longitudinalmente extensa (MTLE) à NMO recorrente. O comprometimento neurológico destes pacientes pode levar a diversas disfunções autonômicas, incluindo disfunção miccional. OBJETIVOS: Determinar a prevalência e as características dos sintomas do trato urinário inferior (STUI) e dos achados urodinâmicos em pacientes portadores de NMO-SD, e analisar suas associações com o grau de comprometimento neurológico e qualidade de vida (QV). MÉTODOS: Avaliamos 30 pacientes (23 mulheres e 7 homens) com diagnóstico estabelecido de NMO-SD, que foram convidados a participar do estudo a despeito de apresentarem ou não STUI. A avaliação neurológica foi realizada por meio da Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS), ressonância magnética de crânio e coluna vertebral, e dosagem de NMOIgG. Os STUI foram avaliados pelo Questionário de Avaliação da Bexiga Hiperativa (OAB-V8) e pelo Escore Internacional de Sintomas Prostáticos (IPSS). A qualidade de vida de forma geral foi avaliada pelo questionário de Satisfação com a Vida (LiSat-9). Todos os pacientes foram submetidos ao estudo videourodinâmico. RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 41,1 ± 13,5 anos (intervalo de 13 a 70) e o tempo médio de duração da doença neurológica foi de 33,8 ± 30,8 meses (intervalo de 3 a 135). A avaliação neurológica mostrou pacientes com EDSS médio de 5,3 ± 1,8 (intervalo de 1 a 8,5). O escore médio do OAB-V8 foi de 17,5 ± 14,0 (intervalo de 0 a 40) e de 14,3 ± 10,6 (intervalo de 0 a 35) para o I-PSS. A média da QV geral medida pelo Lisat-9 foi de 38,9 ± 6,8 (intervalo de 26 a 49). Os STUI mais comuns foram urgência em 15 (50%) pacientes, noctúria em 15 (50%), jato urinário fraco em 15 (50%), intermitência em 14 (46,6%), esvaziamento incompleto em 13 (43,3%), hesitação em 13 (43,3%), aumento da frequência urinária em 13 (43,3%) e urge-incontinência em 5 (16%). Os achados urodinâmicos mais comuns foram hiperatividade detrusora (HD) com dissinergia detrusor-esfincteriana (DDE) em 11 (36,6%) pacientes, DDE sem HD em 7 (23,3%), HD sem DDE em 6 (20%), e incontinência urinária de esforço em 1 (3,3%). Cinco (16,6%) pacientes apresentaram estudo videourodinâmico sem anormalidades. Sintomas urinários medidos pelo IPSS e pelo OAB-V8 correlacionaram-se com maior comprometimento neurológico (r=0,42; p=0,018 e r=0,48; p=0,006 respectivamente). Pacientes portadores de DDE foram aqueles que mostraram maior comprometimento neurológico (p=0,027). Da mesma forma, pacientes dissinérgicos apresentaram maiores escores ao I-PSS (p=0,029) e ao OAB-V8 (p=0,008). Pacientes com maior comprometimento neurológico foram aqueles que apresentaram pior QV (r=-0,410; p=0,022). CONCLUSÃO: Encontramos alta prevalência de STUI e disfunção miccional em portadores de NMO, sendo DDE e a HD as anormalidades urodinâmicas mais frequentes. Dissinergia detrusor-esfincteriana e STUI se correlacionam com a gravidade da doença neurológica. A severidade da doença neurológica correlaciona-se com a qualidade de vida geral / INTRODUCTION: Neuromyelitis optica (NMO) and its limited forms are demyelinating autoimmune diseases of the central nervous system that preferentially affects the spinal cord and optic nerve. Several clinical forms of NMO spectrum disorders (NMO-SD) have been described and range from a limited event of longitudinally extensive transverse myelitis (LETM) to relapsing NMO. The neurological damage in these patients may lead to a range of autonomic dysfunctions, including voiding dysfunction. OBJECTIVES: To determine the prevalence and characteristics of the lower urinary tract symptoms (LUTS) and the urodynamic findings in patients with NMO-SD and analyze their correlations with the level of neurological damage and quality of life (QoL). METHODS: We evaluated 30 patients (23 women and 7 men) with an established diagnosis of NMO-SD based on stringent criteria. All patients were invited to participate irrespective of the presence of LUTS. Neurological impairment was assessed with the Expanded Disability Status Scale (EDSS), magnetic resonance imaging of the brain and spinal cord and NMO-IgG status. LUTS were evaluated with the Overactive Bladder V8 (OAB-V8) questionnaire and by the International Prostate Symptom Score (I-PSS). Quality of Life was evaluated using the Life Satisfaction questionnaire (LiSat-9). All patients underwent videourodynamics, transabdominal urinary tract sonography, urine culture and serum creatinine levels. RESULTS: The mean age of the patients was 41.1 ± 13.5 years (range 13 to 70) and the mean time of neurological disease duration was 33.8 ± 30.8 months (range 3 to 135). Neurological evaluation showed a mean EDSS score of 5.3 ± 1.8 (range 1 to 8.5). The mean OAB-V8 score was 17.5 ± 14.0 (range 0 to 40) and the mean I-PSS score was 14.3 ± 10.6 (range of 0 to 35). Mean general QoL measured by the Lisat-9 was 38.9 ± 6.8 (range 26 to 49). The most common urinary symptoms were urgency in 15 (50%) patients, nocturia in 15 (50%), weak urinary stream in 15 (50%), intermittence in 14 (46.6%), incomplete emptying in 13 (43.3%), hesitation in 13 (43.3%), increased urinary frequency in 13 (43.3%) and urge-incontinence in 5 (16,6%). The most frequent urodynamic findings were detrusor overactivity (DO) with sphincter dyssinergia (DSD) in 11 (36.6%) patients, DSD alone in 7 (23.3%), DO without DSD in 6 (20%) and stress urinary incontinence (SUI) in 1 (3.3%). Five (16.6%) patients had normal findings. Voiding dysfunction assessed by I-PSS and OAB-V8 increased with the degree of neurological impairment (r=0.42; p=0.018 and r=0.48; p=0.006 respectively). Patients with DSD had significantly higher symptoms based in the I-PSS (p=0.029) as well as the OAB- V8 scores (p=0.008) and greater neurological impairment (p=0.027). Patients with more severe neurological impairment were associated with worse Qol (r=-0.410; p=0.022). CONCLUSION: We have shown a high prevalence of LUTS and voiding dysfunction, with DSD and DO as the main urodynamic findings. Detrusor-sphincter dyssinergia and LUTS correlates with more severe neurological impairment. The severity of neurological impairment correlates with QoL
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Alterações clínicas, laboratoriais e eletrocardiográficas em gatos com obstrução uretral / Clinical, laboratorial, and electrocardiographyc abnormalities in cats with urethral obstructionPedro Villela Pedroso Horta 14 July 2006 (has links)
Obstruções uretrais em felinos geralmente são secundárias à doença do trato urinário inferior felino (DTUIF), afecção comum em gatos. A doença pode ser auto-limitante, mas a obstrução uretral leva à parada da função renal, gerando uma série de distúrbios no organismo, que necessitam tratamento imediato. A maioria dos estudos sobre as alterações decorrentes da obstrução foi feito em animais em estado crítico ou experimentalmente. O objetivo do presente estudo foi descrever as principais alterações observadas em gatos obstruídos atendidos na rotina clínica e correlacioná-las. Foram avaliados 32 gatos machos com obstrução uretral e sem tratamento prévio. A avaliação constou de exame clínico, hemograma, bioquímica sérica (uréia, creatinina, proteína total, ALT, AST, fosfatase alcalina, sódio, potássio, cálcio, fósforo, magnésio, glicemia e lactato), gasometria venosa, exame e cultura de urina e eletrocardiograma (ECG). Os animais foram agrupados conforme o tempo de obstrução (mais e menos de 36 horas). As alterações mais comuns no histórico foram disúria (100% dos animais), disorexia (84,4%), apatia (71,8%), vocalização (68,7%) e oligodipsia (68,7%); no exame físico, desidratação (71,8%), taquipnéia (53,1%) e hipotermia (53,1%). As alterações laboratoriais mais freqüentes foram hipermagnesemia (100%), acidose metabólica (89,6%), hiperglicemia (88,9%), hiperazotemia (84,4%) e hiperpotassemia (80,6%). Vinte por cento dos gatos tinham infecção urinária. Alterações no ECG foram evidenciadas em 39,3% dos casos, sendo a parada atrial com ritmo sinoventricular a mais freqüente. Não houve relação entre as alterações no ECG e os níveis de potássio sérico. A análise dos grupos sugere agravamento da hiperazotemia, hiperpotassemia, hipermagnesemia e do estado geral com a evolução do processo. Nas correlações, a temperatura e a freqüência cardíaca apresentaram relação direta com pH sanguíneo, excesso de base e bicarbonato, e relação inversa com uréia, creatinina, potássio e fósforo. A uréia e creatinina se correlacionaram inversamente com sódio, pH sanguíneo, excesso de base e bicarbonato, e diretamente com potássio e fósforo. O estado geral correlacionou-se com a temperatura, uréia, creatinina, potássio, pH sanguíneo, excesso de base e bicarbonato. / Urethral obstruction is a frequent complication in cats with feline lower urinary tract disease (FLUTD), considered a common disease in cats. Most cases are self-limiting, but the urethral obstruction causes renal failure and metabolic alterations which needs immediate treatment. Previous reports selected cats that were critically ill or had a experimental induction of the disease. The goal of this study was to describe the clinical signs, laboratory and electrocardiographyc abnormalities in cats with urethral obstruction and to correlate these results. Thirty-two male cats with natural urethral obstruction and without previous therapy were studied. Complete blood count, serum chemistry profile (urea, creatinine, plasma protein, alanine transferase, aspartate transferase, alkaline phosphatase, sodium, potassium, calcium, phosphorus, magnesium, glucose and lactate), venous blood gas, urinalysis, urine culture and electrocardiogram (ECG) were performed. Two groups of 16 cats were composed (animals under and over 36 hours of obstruction). The most frequent abnormalities described were dysuria (100%), anorexia (84,4%), lethargy (71,8%), vocalization (68,7%), hypodipsia (68,7%), and dehydration (71,8%), tachypnea (53,1%) and hypothermia (53,1%) in physical evaluation. The laboratorial abnormalities most frequently observed were hypermagnesemia (100%), metabolic acidosis (89,6%), hyperglicemia (88,9%), azotemia (84,4%) and hyperkalemia (80,6%). Twenty per cent of cats had urinary infections. Abnormalities in ECG, such as atrial standstill with sinoventricular rhythm, were seen in 39,3% of cases, and there were no correlation with hyperkalemia. The analyses of the groups suggest worsening of azotemia, hyperkalemia, hypermagnesemia and lethargy with evolution of obstruction. Temperature and heart rate were positively correlated with blood pH, base excess and bicarbonate, and inversely correlated with urea, creatinine, potassium and phosphorus. Lethargy was correlated with temperature, blood pH, base excess and bicarbonate.
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