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A duloxetina como analgésico reduz o consumo de opioides após cirurgia de coluna, estudo duplo encoberto, aleatório e controlado / Duloxetine as an analgesic reduces opioid consumption after spine surgery: a randomized, double-blind, controlled studyAntonio Bedin 16 October 2017 (has links)
Introdução: a analgesia multimodal é amplamente usada para o controle da dor perioperatória em um esforço para reduzir o uso de opioides. A duloxetina é um inibidor seletivo da recaptação da serotonina e noradrenalina com eficácia para estados de dor crônica. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a eficácia de duas doses orais de 60 mg de duloxetina em termos de consumo de fentanil durante o período pós-operatório em pacientes submetidos à cirurgia eletiva de artrodese de coluna lombar. Método: este estudo foi um ensaio clínico prospectivo, duplo encoberto, aleatório e controlado com placebo. Os pacientes receberam 60 mg de duloxetina ou placebo idêntico uma hora antes da cirurgia e 24 horas depois. Os sujeitos do estudo foram divididos em dois grupos: grupo C (controle) de indivíduos que receberam o placebo; e grupo D (duloxetina) de indivíduos que receberam 60 mg de duloxetina. O consumo total de fentanil administrado pelo próprio paciente em 24 e 48 horas após a cirurgia foi mensurado. Os desfechos secundários foram os escores de dor e a presença ou ausência de efeitos adversos, tais como cefaleia, náuseas, vômitos, prurido, tonturas e sonolência. Resultados: as características demográficas não diferiram entre os grupos. Houve uma diferença significativa no consumo de fentanil nas primeiras 24 horas entre os grupos C e D (diferença média, 223,11 ± 39,32 ?g; p < 0,001). O consumo de fentanil também diferiu entre os grupos C e D após 48 horas (diferença média, 179,35 ± 32,55 ug; p < 0,00). Os escores de dor em mais de 48 horas não diferiram significativamente entre os grupos. A incidência de efeitos colaterais foi semelhante nos dois grupos. Conclusão: a duloxetina foi associada à redução do consumo de fentanil no pós-operatório de cirurgias sobre a coluna lombar, portanto, sendo eficaz como adjuvante para a analgesia pós-operatória e redução do consumo de opioides / Background: Multimodal analgesia is widely advocated for the control of perioperative pain in an effort to reduce the use of opioids. Duloxetine is a selective serotonin and noradrenaline reuptake inhibitor with efficacy for chronic pain states. The main objective of this study was to evaluate the efficacy of two oral doses of 60 mg duloxetine in terms of fentanyl submitted to elective lumbar spine arthrodesis surgery. Method: This study was prospective, double blind, randomized, and placebo controlled clinical trial. Patients received duloxetine 60 mg or identical placebo one hour before surgery and 24 hours later. The study subjects were divided into two groups: group C (control) of subjects who received placebo; and group D (duloxetine) from subjects received 60 mg. The total fentanyl consumption by the patient himself at 24 and 48 hours after surgery was measured. Secondary outcomes were pain scores and the presence or absence of adverse effects such as headache, nausea, vomiting, pruritus, dizziness and drowsiness. Results: Demographic characteristics did not differ between groups. There was a significant difference in fentanyl consumption in the first 24 hours between groups C and D (mean difference, 223.11 ± 39.32 ?g; p < 0.001). Fentanyl consumption also differed between groups C and D after 48 hours (mean difference, 179.35 ± 32.55 ?g; p < 0.00). Pain scores in more than 48 hours did not differ significantly between groups. The incidence of side effects was similar in both groups. Conclusion: Duloxetine was associated with reduction of fentanyl consumption in the postoperative period of surgeries on the lumbar spine, therefore, it was effective as adjuvant for postoperative analgesia and reduction of opioid consumption
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Efeito da bupivacaína racêmica e da mistura enantiomérica de bupivacaína associadas ou não com a clonidina, para anestesia caudal em crianças / Effect of racemic bupivacaine and enantiomeric mixture of bupivacaine associated or not with clonidine on caudal anesthesia in childrenEmilia Aparecida Valinétti 31 May 2005 (has links)
Este é um estudo clínico, prospectivo, aleatório, e duplamente encoberto realizado em 40 crianças submetidas a cirurgia infra-umbilical de pequeno porte, sob anestesia epidural sacra realizada com a mistura enantiomérica de bupivacaína (S75R25) comparada com a bupivacaína racêmica (SR50) isoladas ou em associação com a clonidina. O objetivo foi avaliar a duração do bloqueio motor e sensitivo, o consumo de sevoflurano e as variações da pressão arterial sistólica (PAS) e freqüência cardíaca (FC). O bloqueio motor foi avaliado pela escala de Bromage, durante o período de oito horas de observação no pós-operatório. A analgesia foi avaliada pelos escores obtidos com escala objetiva para análise da dor e a duração da analgesia foi considerada como o tempo entre a administração do anestésico local no espaço epidural sacro e a primeira dose de analgésico administrado. Os resultados obtidos foram submetidos à análise estatística onde p< 0,05 foi considerado significante. Os resultados mostraram que houve aumento significativo do bloqueio motor somente na primeira hora quando a bupivacaína SR50 foi associada a clonidina, mas não ocorreu o mesmo com a bupivacaína S75R25. Em relação a analgesia não houve diferença significante entre a bupivacaína SR50 e a bupivacaína S75R25 associadas ou não à clonidina. Não houve diferença significativa no consumo de sevoflurano entre os grupos estudados quando a clonidina foi associada aos anestésicos. Os valores da PAS e FC no pós-operatório, nos grupos onde a clonidina foi associada com ambos anestésicos locais, foram inferiores em todos os momentos de avaliação, porém sem significância estatística / This is a prospective, randomized double-blind clinical trial performed in 40 children using an enantiomeric mixture of bupivacaine (S75R25) compared to racemic bupivacaine SR50 plain or associated with clonidine, to caudal blockade. The aim of this study was to investigate the motor and sensitive block, sevoflurane requirement, blood pressure (PAS) and heart rate (FC) in children scheduled to sub-umbelical surgeries. The motor block was evaluated by Bromage scale for eight hours during the postoperative period. The analgesia was evaluated postoperatively for eight hours by an objective pain scale and the analgesia duration was taken as the time between the local anesthetic administration into epidural space and the first analgesic rescue. The results obtained were submitted to statistical analysis test where p< 0,05 was considered significant. There was a significant increase in the motor block at first hour on postoperative period when bupivacaine SR50 was associated to clonidine, but it did not occurr with the enantiomeric mixture of bupivacaine S75R25. There was no difference between bupivacaine SR50 and bupivacaine S75R25 associated or not to clonidine regarding to analgesia duration. There was no difference in the requirement of sevoflurane between groups in spite of the clonidine admixture to the local anesthetics. There was an absolut decrease in the PAS and FC values on the postoperative evaluation, but it was not statistically significant
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Morfina subaracnóidea associada à anestesia geral para revascularização miocárdica: efeitos sobre a função respiratória, a analgesia, o consumo de morfina e seus níveis plasmáticos no pós-operatório / Intrathecal morphine plus general anesthesia in cardiac surgery: effects on pulmonary function, postoperative analgesia, morphine consumption and plasma morphine levelsLuciana Moraes dos Santos 23 March 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: Existem poucas evidências de benefícios da analgesia regional na disfunção respiratória observada no pós-operatório (PO) de cirurgia cardíaca. Os objetivos deste estudo foram avaliar os efeitos da morfina intratecal sobre a função respiratória, a analgesia, o consumo de morfina e seus níveis plasmáticos no PO de pacientes submetidos à anestesia geral para revascularização do miocárdio (RM). MÉTODOS: Foram estudados 42 pacientes submetidos à RM com circulação extracorpórea e randomizados para receberem anestesia geral associada ou não a morfina intratecal na dose de 400 g (grupo controle, n=22 e grupo morfina, n=20). A anestesia geral foi padronizada com sufentanil e isoflurano e no PO imediato, instalou-se dispositivo de analgesia controlada pelo paciente, com bolus de 1 mg, em livre demanda e dipirona se necessário. Com espirômetro digital, avaliou-se a capacidade vital forçada (CVF), o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), a relação VEF1/CVF e, pela análise da gasometria artérial, calculou-se a relação PaO2/FIO2 no pré-operatório, primeiro e segundo dias de PO. A intensidade da dor, avaliada com escala visual numérica (0-10), o número de solicitações e o consumo de morfina venosa, assim como seus níveis plasmáticos, foram avaliados até 36 horas de PO. A análise estatística consistiu de análise de variância para medidas repetidas e teste de Mann-Whitney, considerando-se significativo p<0,05. RESULTADOS: Em ambos os grupos houve redução da CVF (grupo controle=1,45 L e 1,38 L, grupo morfina= 1,18 L e 1,26 L no primeiro e segundo dias de PO, respectivamente), sem diferença entre os mesmos (p=0,06). Não foram observadas diferenças entre os grupos no VEF1 (p=0,085), nas relações VEF1/CVF (p=0,68) e PaO2/FiO2 (p=0,08) nos tempos avaliados. O grupo morfina apresentou valores significativamente menores de dor no repouso e inspiração profunda e, principalmente, durante a tosse após 18 horas (grupo controle=4,73 e grupo morfina=1,80, p=0,001), 24 horas (grupo controle=4,41 e grupo morfina=1,40, p=0,022) e 36 horas (grupo controle=3,09 e grupo morfina=1,55, p=0,015) de PO. Observou-se redução do consumo cumulativo de morfina venosa após 18 horas (grupo controle=20,14 mg e grupo morfina=14,10 mg, p=0,037) e 24 horas de PO (grupo controle= 27,8 mg e grupo morfina= 13,55 mg, p=0,028). Após 24 horas de PO, o grupo que recebeu opióide intratecal apresentou menores níveis plasmáticos de morfina (grupo controle=16,41 ng/mL e grupo morfina=4,08 ng/mL, p=0,029). CONCLUSÕES: O efeito central da morfina intratecal não minimizou a disfunção respiratória mas promoveu redução da intensidade da dor, com diminuição do consumo venoso e menores níveis plasmáticos de morfina no PO de pacientes submetidos à cirurgia de RM. / BACKGROUNDS: Few evidence exists on beneficial effects of intrathecal analgesia in lung dysfunction observed in postoperative (PO) of cardiac surgery. The objective of this study was to evaluate the effects of intrathecal morphine on pulmonary function, analgesia, morphine consumption and plasma morphine levels in PO of patients undergoing coronary artery bypass graft surgery (CABG). METHODS: Were studied 42 patients undergoing on-pump CABG randomized (control group, n=22 and morphine group, n=20) to receive general anesthesia with or not 400 g of intrathecal morphine. Anesthesia was standardized and in immediate PO, patients received a patient controlled-analgesia pump, 1 mg bolus of morphine, free demand and dipirone if necessary. Forced vital capacity (CVF), expiratory forced volume in first second (EFV1) and EFV1/FVC ratio were measured using spirometry and arterial blood samples obtained preoperatively, in first and second PO days. Intensity of pain, evaluated using visual numeric scale (0-10), morphine solicitation and consumption and plasma morphine levels were evaluated until 36 hours of PO. Statistical analysis was done with repeated measures analysis of variance and Mann-Whiney test (*p<0.05). RESULTS: Both groups had reduction of FVC in PO (control group=1.45 L and 1.38 L, and morphine group=1.18 L and 1.26 L, respectively in first and second PO (p= 0.06) without differences between them. There were no differences in EFV1 (p=0.085), VEF1/CVF (p=0.68) and PaO2/FiO2 ratio between groups (p=0.08). In morphine group was observed reduction in intensity of pain at rest and profound inspiration but most significatively at cough after 18 hours PO (control group=4.73 and morphine group=1.80, p=0.001), 24 hours (control group=4.41 and morphine group=1.40, p=0.022) and 36 hours (control group=3.09 and morphine group=1.55, p=0.015). Was observed reduction in morphine consumption after 18 hours PO (control group=20.14 mg and morphine group=14.10 mg, p=0.037) and after 24 hours (control group=27.8 mg and morphine group= 13.55, p=0.028). After 24 hours of PO, morphine group has reduced plasma morphine levels (control group=16,41 ng/mL and morphine group=4.08 ng/mL, p=0.029). CONCLUSIONS: Central neuraxial effect of morphine did not reduced postoperative pulmonary dysfunction but promoted better postoperative analgesia, reducing pain scores, venous morphine consumption and lower plasma morphine levels in CABG.
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Dor aguda no pós-operatório de craniotomia eletiva : características e manejo do fenômeno dolorosoRibeiro, Maria do Carmo de Oliveira 06 December 2012 (has links)
Introduction: pain is a symptom that commonly occurs in post-operative craniotomy, which compromises the neurological evaluation and surgical recovery. Objectives: identify the
acute pain in the craniotomy postoperative period in relation to variables: location, intensity, duration and aggravating factors; examine the pain register carried out by the health team; check the prevalence of pain during the first week after craniotomy and its consequences and characterize the factors involved in the occurrence of postoperative pain. Material and Method: this is an observational, longitudinal study with a quantitative approach. Developed in the Intensive Care Unit and department of Neurosurgery at the Foundation of Beneficência Hospital of Surgery, Aracaju/IF. The sample was probabilistic, consecutive convenience,
consisted of 100 patients undergoing elective craniotomy. Data collection occurred from September 2010 until October 2011. The variables analyzed were gender, age, medical
history, indication of craniotomy, type of surgery, headache occurrence, register of pain in medical records, hospital stay, aggravating factors, intensity, consequences of pain and
analgesic use. Systematic data collection occurred through the selection of records followed by analysis and interviews with patients undergoing craniotomy. These patients were
evaluated from the first to the eighth postoperative day and/or until hospital discharge. A multiple logistic regression model was developed to determine the factors that could explain the presence of postoperative pain. The Chi-square test, Fisher's Exact Test and paired t-test were used. In the whole study a statistical significance level of 5 % was adopted. Results the data demonstrated that 59% were female, with an average age of 44.6 ± 14.5 years and 57%
were single. In 55% of cases, the diagnosis was a brain tumor, and 36% cerebral aneurysm. Headache was the main pain complaint, characterized as moderate, and its prevalence was 24.2 % in the 1st postoperative day (POD). The pain was mostly continuous type in 76.3% of patients and the bed position was the aggravating factor of the painful phenomenon in 10.9% of the cases. It was found that in 71%of the cases there was no record of pain by the health
team. The pain consequences reported by patients were: insomnia, the ability to cough and decreased appetite, and impaired ambulation. It was found that the analgesics used were the non-steroidal anti-inflammatory in 75% of the cases and that they were not sufficient for the pain relief, with a view that in 22% of patients, the pain remained after analgesia. The final logistic regression model indicated that the age < 45 years (OR=3.0, p=0,041 ) and the time of
surgery > 4 hours (OR=3.7, p=0.019) were predictive factors for the occurrence of headache immediately after the craniotomy. Conclusion: the data show that prevalent pain was the headache, characterized as moderate, continuous type, the painkillers were not effective for the pain relief and that there was a underreporting of the pain phenomenon. The main pain consequence was insomnia. The age < 45 years and surgery time > 4 hours are associated with the occurrence of post-surgery headache. / Introdução: a dor é um sintoma comum no pós-operatório de craniotomia, o qual compromete a avaliação neurológica e a recuperação cirúrgica. Objetivos: identificar a dor aguda no período pós-operatório de craniotomia em relação às variáveis: localização, intensidade, duração e fatores agravantes; analisar o registro da dor realizado pela equipe de
saúde; verificar a prevalência de dor durante a primeira semana pós-craniotomia e suas consequências e caracterizar os fatores envolvidos na ocorrência da dor pós-operatória.
Material e Método: trata-se de um estudo observacional, longitudinal com abordagem quantitativa. Desenvolvido na Unidade de Terapia Intensiva e no setor de Neurocirurgia da
Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia de Aracaju/SE. A amostra foi probabilística, consecutiva por conveniência, constituída por 100 pacientes submetidos à craniotomia
eletiva. A coleta de dados ocorreu entre setembro de 2010 a outubro de 2011. As variáveis analisadas foram sexo, idade, história médica pregressa, indicação da craniotomia, tipo de
cirurgia, ocorrência de cefaleia, registro da dor em prontuários, tempo de internamento, fatores agravantes, intensidade da dor, consequências da dor e uso de analgésicos. A sistemática da coleta de dados ocorreu por meio da seleção dos prontuários seguida de análise e entrevistas com pacientes submetidos à craniotomia. Esses pacientes foram avaliados do primeiro ao oitavo dia pós-operatório, e/ou até a alta hospitalar. Desenvolveu-se um modelo de regressão logística múltipla para determinar os fatores que poderiam explicar a presença de dor pós-operatória. Utilizaram-se os Teste Qui-Quadrado, Teste de Fisher e teste-t pareado. Em todo estudo adotou-se um nível de significância de 5%. Resultados: os dados demonstram que 59% dos pacientes eram do sexo feminino, com média de idade 44,6 ± 14,5 anos, 57% eram solteiros. Em 55% dos casos o diagnóstico foi de tumor cerebral e 36% de aneurisma cerebral. A cefaleia foi a principal queixa de dor, caracterizada como moderada e sua prevalência foi de 24,2% no 1º dia pós-operatório (DPO). A dor, na maioria, era do tipo contínua em 76,3% dos pacientes e a posição no leito foi o fator agravante do fenômeno doloroso em 10,9% dos casos. Verificou-se que em 71% dos casos não havia registro da dor
pela equipe de saúde. As consequências da dor relatadas pelos pacientes foram: insônia, a capacidade para tossir, apetite diminuído e a deambulação prejudicada. Constatou-se que os analgésicos utilizados foram os anti-inflamatórios não-esteroidais em 75% dos casos e que os mesmos não foram suficientes para o alívio da queixa de dor, tendo em vista que em 22% dos pacientes a dor continuava após analgesia. O modelo final de regressão logística indicou que a idade < 45 anos (OR=3.0, p=0.041) e o tempo de cirurgia > 4 horas (OR=3.7, p=0.019) foram fatores associados à ocorrência de cefaleia pós-craniotomia. Conclusão: os dados demonstram que a dor prevalente foi a cefaleia, caracterizada como moderada, tipo contínua, os analgésicos não foram eficazes para o alívio da dor e que havia uma subnotificação do
registro do fenômeno doloroso. A principal consequência da dor foi à insônia. A idade < 45 anos e tempo de cirurgia > 4 horas são fatores associados à ocorrência da cefaleia póscirurgia.
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Ativação de neurônios encefálicos pela estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) em ratos / Activation of encephalic neurons by transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) in ratsGuimarães, Elisama de Campos 30 August 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) has been widely used by physical therapists for pain management, though other non-analgesic properties have been cited. A series of studies have shown that TENS acts through both central and peripheral mechanisms. However, little is known about the mechanisms of action of TENS. So, in order to improve the research on such mechanisms, this work aimed to identify brain areas activated by different protocols of TENS stimulation in non-hyperalgesic rats. Fos protein expression in neurons has been used as a marker of neural activity. A total of 15 male Wistar rats weighing between 250 to 350 g received a single administration of TENS with low (4 Hz) or high (100 Hz) frequency and sensory (absence of muscle contraction) or motor (muscle contraction) intensity of stimulation. Ninety minutes after stimulation, the animals were euthanized under general anesthesia and their encephalons were perfused and sectioned to perform the immunofluorescence for Fos technique. Then images were captured and analyzed. The animals were split into five groups (n=3, per group): control, whose animals did not received electrical stimulation, low frequency TENS at sensory level, low-frequency TENS at motor level, high frequency TENS at sensory level and high frequency TENS at motor level. After analyzing the images, a significant higher c-Fos expression was found in the electrically stimulated animals when compared to the control group at the following brain areas: preoptic area (p=0.003), insular cortex (p=0.01), motor cortex (p=0.009), prefrontal cortex (p=0.003), thalamic paraventricular nucleus (p=0.003), endopiriform cortex (p=0.01), inferior colliculus (p<0.005), entorhinal cortex (p.0.0003), secondary somatosensory cortex (p.0.0003) and olfactory tract (p.0.0003) in a manner dependent from both frequency of stimulation and intensity of current. Thus, one suggest that TENS activated several important encephalon regions, which are involved in neural function such as cognition, memory, cardiovascular regulation and motor control; however, we cannot restrict these areas as the only ones that are influenced by TENS stimulation. These results are of great relevance, because it open perspectives on new and different neurobiological actions of TENS and its possible clinical applicability and therapeutic efficacy for addressing clinical situations unrelated to analgesia, allowing wider direction for further studies. / A estimulacao eletrica nervosa transcutanea (TENS) e bastante utilizada para o controle da dor; no entanto, outras propriedades nao analgesicas tem sido citadas. Uma serie de estudos tem demonstrado que a TENS atua atraves de mecanismos perifericos e centrais. A fim de aprimorar as pesquisas sobre esses mecanismos, esse trabalho teve o objetivo de verificar as areas encefalicas ativadas pelo uso de diferentes protocolos de eletroestimulacao com TENS em ratos nao-hiperalgesicos. A imunodeteccao da proteina Fos em neuronios tem sido utilizada como marcador de atividade neural. Logo, um total de 15 ratos Wistar, pesando entre 250 a 350 g, receberam uma unica aplicacao de TENS, sendo utilizada com baixa (4 Hz) ou alta (100 Hz) frequencia de estimulacao e com intensidade em nivel sensorial (ausencia de contracao muscular) e motor (presenca de contracao muscular). Noventa minutos apos a eletroestimulacao, os animais foram eutanasiados sob anestesia e seus encefalos foram perfundidos e seccionados para realizacao de imunofluorescencia para proteina Fos. Posteriormente, imagens foram capturadas e analisadas. Os animais foram divididos em cinco grupos (n=3, por grupo): controle, cujos animais nao receberam nenhuma estimulacao eletrica; TENS de baixa frequencia em nivel sensorial, TENS de baixa frequencia em nivel motor, TENS de alta frequencia em nivel sensorial e TENS de alta frequencia em nivel motor. Apos analise das imagens, verificou-se um numero de celulas Fos positivas significativamente maior nos grupos eletroestimulados em comparacao ao grupo controle nas seguintes areas encefalicas: area preoptica (p=0,003), cortex insular (p=0,01), cortex motor (p=0,009), cortex pre frontal (p=0,003), nucleo paraventricular talamico (p=0,003), nucleo endopiriforme (p=0,01), coliculo inferior (p<0,005), cortex entorrinal (p.0,0003), cortex somatossensorial 2 (p.0,0003), nucleo supraoptico (p.0,0003) e trato olfatorio (p.0,0003). Entretanto, esta ativacao neuronal ocorreu de forma dependente da frequencia de estimulacao e da intensidade da corrente nas diferentes regioes encefalicas. Assim, conclui-se que a TENS ativou diversas regioes encefalicas importantes, associadas a funcao de cognicao, memoria, regulacao cardiovascular e controle motor; no entanto, nao se pode restringir essas areas como as unicas cujos neuronios sao ativados pela TENS. Esses resultados sao relevantes uma vez que disparam perspectivas quanto a novas e diferentes acoes neurobiologicas da TENS e sua possivel aplicabilidade e eficacia terapeutica para a abordagem de situacoes clinicas que nao relacionadas a analgesia, possibilitando a ampliacao do direcionamento para a realizacao de novos estudos.
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Síntese do propionato de carvacrol e estudo de suas propriedades anti-hiperalgésica e anti-inflamatória em protocolosSouza, Marília Trindade de Santana 28 March 2014 (has links)
Terpenes are naturally occurring compounds obtained from the plants secondary metabolism. Despite presenting pharmacological effects, structural changes within their skeleton may increasing their pharmacological activity and attenuate the toxicological effects. Carvacrol is a phenolic monoterpene present in essential oils from plants belonging to the Labiatae family. Studies have demonstrated that carvacrol has anti-inflammatory activity. However, sctructural changes may reduce the effective dose of this monoterpene. Thus, in this study, we conducted an extensive systematic review evaluating the antiinflammatory activity of terpenes that suffered an alteration in its structure through synthesis and semi-synthesis, synthesize the carvacrol propionate (CP) from the carvacrol and evaluate its potential antinociceptive, anti-hyperalgesic and anti-inflammatory effects. To build the revision, it was made the search in Scopus, Embase and PubMed databases, using the descriptors anti-inflammatory agents, terpenes and structure activity relationship. In the experimental part, it was used Male Swiss mice (25-35 g) with 2 to 3 months age. The animals were divided in groups and were treated with CP (25, 50 and 100 mg/kg), vehicle (saline solution 0.9% + Tween 80 0.2%) or standard drug, intraperitoneally (i.p.). The antinociceptive effect was evaluated through the formalin (1%) protocol and the hot plate test. The mechanical hyperalgesia was evaluated through the algic agents injection: carragee nan (CG; 300 µg/paw), tumor necrosis factor-a (TNF-a; 100 pg/paw), prostaglandin E2 (PGE2; 100 ng/paw) or dopamine (DA; 30 µg/paw) using a digital analgesimeter (von Frey). To assess the anti-inflammatory effect, it was used the pleurisy and paw edema induced by GC (1 %) in digital plethysmometer. The cytotoxicity of CP was evaluated by the MTT colorimetric method. The experimental protocols were approved by the UFS ethics committee (CEPA/UFS: 35/12). The results are expressed as mean ± SEM and differences between groups were analyzed by one-way or two-way ANOVA test followed by Tukey or Bonferroni tests. Values of p < 0.05 were considered statistically significant. In systematic review, 27 papers were found concerning about terpenes structural modification and the evaluation of their anti-inflammatory activity. In the experimental part, the administration of CP produced a significant decrease (p < 0.01 and 0.001) in the test formalin-induced nociceptive in both phases of the test. In the hot plate test, the reaction time increased significantly at doses 50 and 100 mg/kg (p < 0.05, 0.01 and 0.001). CP inhibited the development of mechanical hyperalgesic induced by all agents tested (p < 0.05, 0.01 and 0.001). In the evaluation of anti-inflammatory activity, the treatment with CP was able to decrease significantly the leukocyte recruitment (p < 0.001), the TNF-a (p < 0.001), the IL-1ß (p < 0.05) and protein leakage (p < 0.01). In addition, the paw edema induced by CG in mice was inhibited significantly by CP (p < 0.05, 0.01 and 0.001). Thus, it is concluded that the CP attenuates nociception, mechanical hyperalgesia and inflammation, through an inhibition of cytokines. Therefore, structural modification terpene can be an interesting alternative for obtaining molecules with pharmacological properties. / Os terpenos sao compostos naturais obtidos do metabolismo secundario das plantas. Apesar de apresentar efeitos farmacologicos, modificacoes estruturais realizadas no seu esqueleto podem levar o aumentando de suas atividades farmacologicas e atenuar os efeitos toxicologicos. Neste contexto, insere-se o carvacrol, um monoterpeno fenolico, presente em oleos essenciais de plantas pertencentes a familia Labiatae. Estudos comprovam a atividade farmacologica deste monoterpeno. No entanto, modificacoes estruturais podem diminuir a dose efetiva deste composto. Desta forma, no presente estudo realizamos uma extensa revisao sistematica que avaliou a atividade anti-inflamatoria de
terpenos que sofreram modificacoes em sua estrutura, atraves de sintese. Adicionalmente, sintetizar o propionato de carvacrol (CP), a partir do carvacrol, e avaliar seus possiveis efeitos antinocicepivo, anti-hiperalgesico e anti-inflamatorio. Para construir a revisao, foi realizada a busca nas bases de dados Scopus, PubMed e Embase, utilizando os descritores agentes anti-inflamatorios, terpenos e relacao estrutura atividade. Ja para a parte experimental, foram utilizados camundongos Swiss machos (25-35 g) com 2 a 3 meses de idade. Os animais foram divididos em grupos e foram tratados com CP (25, 50 e 100 mg/kg), veiculo (solucao salina 0,9% + Tween 80 0,2%) ou droga padrao, por via intraperitoneal (i.p.). O efeito antinociceptivo foi avaliado utilizando o protocolo de formalina (1%) e o teste da placa quente. A hiperalgesia mecanica foi avaliada apos a administracao dos agentes algicos carragenina (CG; 300 Êg/pata), fator de necrose tumoral- ¿ (TNF- ¿; 100 pg/pata), prostaglandina E2 (PGE2; 100 .g/pata) ou dopamina (DA; 30 Êg/pata) utilizando o analgesimetro digital Von Frey. Na avaliacao do efeito antiinflamatorio utilizou-se o teste de pleurisia e edema de pata induzido por CG (1%) em
pletismometro digital. A citotoxicidade foi avaliada atraves do metodo colorimetrico MTT. Os protocolos experimentais foram aprovados pelo comite de etica da UFS (CEPA/UFS: 35/12). Os resultados foram expressos como media } erro padrao da media e as diferencas entre os grupos foram analisadas por meio do teste de variancia ANOVA, uma via ou duas vias, seguido pelo teste de Tukey ou Bonferroni. Valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Na revisao sistematica foram encontrados 27 artigos sobre modificacao estrutural de terpenos e atividade anti-inflamatoria. Na parte experimental, a administracao do CP produziu uma reducao significativa (p < 0,01 ou 0,001) no teste da
nocicepcao induzida por formalina, em ambas as fases do teste. No teste da placa quente, o tempo de reacao aumentou significativamente nas doses de 50 e 100 mg/kg (p < 0,05; 0,01 ou 0,001). O CP tambem foi capaz de inibir o desenvolvimento da hiperalgesia mecanica induzida por todos os agentes testados (p < 0,05; 0,01 ou 0,001). Na avaliacao da atividade anti-inflamatoria, o tratamento com CP causou uma diminuicao significativa (p < 0,001) no numero total de leucocitos, diminuindo os niveis de TNF- ¿ (p < 0,001), IL-1 À (p < 0,05) e extravasamento de proteinas (p < 0,01). Alem disso, o edema de pata induzido por CG tambem foi inibido pelo CP (p < 0,05; 0,01 ou 0,001). Desta forma, conclui-se que o CP possui atividade antinociceptiva, anti-hiperalgesica e anti-inflamatoria, provavelmente por
inibicao de citocinas. Dessa maneira, a modificacao estrutural em terpeno pode ser uma alternativa interessante para obtencao de moleculas com propriedades farmacologicas.
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Efeito hipoalgésico da corrente alternada de média frequência em quilohertz (Aussie) em indivíduos saudáveis: ensaio clínico randomizadoAgripino, Mayara Ellen de Jesus 03 March 2017 (has links)
Fundação de Apoio a Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe - FAPITEC/SE / Studies report that alternating current is more effective in promoting analgesia than low frequency pulsed currents. However, the hypoalgesic potential and the clinical use of the medium frequency alternating current in kHz (Aussie) are based on hypothetical mechanisms of action. The present study aimed to investigate the hypoalgesic potential of the Aussie Current (AC) in healthy individuals. Eighty-one healthy subjects underwent electrostimulation by using kilohertz-frequency alternating current for 20 minutes and were randomized into three distinct groups (1 kHz, 4 kHz or placebo). Pressure pain threshold (PPT, algometry), conditioned pain modulation (CPM, ischemic pain in the contralateral upper limb and algometry), temporal summation (TS, algometry) were measured before and after intervention, the level of anxiety (STAI-T and STAI-E), in turn, was measured only at the pre-intervention. At the end of the protocol, subjects were questioned regarding the treatment they received and the comfort during the stimulation (numerical scale) and, similarly, investigators were questioned about their expectation related to subject’s allocation groups. These responses were recorded and used to test the adequacy of the masking procedure regarding the subject and the investigator. The level of anxiety evaluated did not a statistically significant difference between the groups, who received the active AC (1 kHz / 4kHz) or placebo, (p> 0.05). Regarding PPT, there was no statistically significant difference in the active AC 1 kHz, active 4 kHz and placebo groups at any of the moments evaluated. The active group AC 4 kHz presented a statistically significant reduction in the amplification of pain intensity, verified by the reduction of perceived pain intensity, in the tenth (p = 0.02), twentieth (p = 0.01) and thirtieth second (p = 0.001) in the TS test. The active group AC 1 kHz, in turn, presented significant reduction of pain intensity only at the end of the measurement (thirty-second, p = 0.01). In the evaluation of the CPM, there was no significant difference of the PPT, during induction of ischemia, in the AC active groups 4 kHz and active AC 1 kHz, before and after intervention (p> 0.05). However, in the placebo group there was a significant reduction in PPT, only during induced ischemia, both before and after intervention (p = 0.01). Thus, our study provides evidence that kilohertz-frequency AC current, especially when used with an equivalent 4 kHz frequency, presents hypoalgesic effect, having having possible inhibitory action in the Central Nervous System (CNS). / Estudos relatam que a corrente alternada é mais eficaz em promover analgesia que as correntes pulsadas de baixa frequência. Porém, o potencial hipoalgésico e a utilização clínica da corrente alternada de média frequência em kHz (Aussie) são baseados em mecanismos de ação hipotéticos. O presente estudo teve, como objetivo, investigar o potencial hipoalgésico da corrente Aussie (CA) em indivíduos saudáveis. Oitenta e um sujeitos saudáveis foram submetidos à eletroestimulação com corrente alternada de média frequência em quilohertz durante 20 minutos, sendo randomizados em três grupos distintos (1 kHz, 4 kHz ou placebo). Limiar de dor por pressão (LDP, algometria), modulação condicionada da dor (MCD, dor isquêmica no membro superior contralateral e algometria), somação temporal (ST, algometria) foram mensurados antes e após intervenção, o nível de ansiedade (IDATE-T e IDATE-E), por sua vez, foi mensurado apenas no momento pré-intervenção. Ao final do protocolo, os sujeitos foram questionados com relação ao tratamento que receberam e o conforto durante a estimulação (escala numérica) e, similarmente, os avaliadores sobre sua expectativa relacionada ao grupo de alocação dos sujeitos. Estas respostas foram registradas e usadas para testar a adequação do procedimento de mascaramento referente ao sujeito e ao investigador. O nível ansiedade, avaliado no momento pré-intervenção, não diferiu entre os grupos que receberam a CA ativa (1 kHz/ 4 kHz) ou placebo, sendo p>0,05. Em relação ao LDP, não houve diferença estatisticamente significativa nos grupos de intervenção CA ativa 1kHz, ativa 4 kHz e placebo em nenhum dos momentos avaliados. O grupo ativo CA 4 kHz apresentou redução estatisticamente significativa da amplificação da intensidade da dor, verificada pela redução da intensidade de dor percebida, no décimo (p=0,02), vigésimo (p=0,01) e trigésimo segundos (p=0,001), no teste de ST. O grupo ativo CA 1 kHz, por sua vez, apresentou redução significativa da intensidade de dor apenas no final da mensuração (trigésimo segundo; p=0,01). Na avaliação da MCD, não houve diferença significativa do LDP, durante a indução de isquemia, nos grupos CA ativo 4 kHz e CA ativo 1 kHz, no momento antes e após intervenção (p>0,05). No entanto, no grupo placebo, houve redução significativa do LDP, apenas durante a isquemia induzida, comparando pré e pós-intervenção (p=0,01). Dessa forma, o nosso estudo, fornecem evidências de que a corrente aussie, principalmente, quando utilizada com frequência equivalente 4 kHz, apresenta resultados hipoalgésicos, tendo possível ação inibitória no sistema nervoso central (SNC).
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O efeito antinociceptivo da corrente interferencial não é mediado por receptores opioides mu e delta espinhais e supraespinhais em ratos artríticosCruz, Kamilla Mayara Lucas da 04 April 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Interferential Current therapy (IFC) has been widely used to manage different pain conditions in clinical practice. However, to this date, no studies have investigated the neurobiological mechanisms of action of this analgesic current. This study aimed to investigate the effects of IFC on hypernociception caused after joint inflammation induction and whether the opioid system is involved in the nociception produced at the rostral ventral medulla (RVM) and spinal cord. Were utilized 63 wistar rats, split into three experimental series: Behavioral serie: Interferential current; Morphine; Control. Spinal blockade serie: IFC+Naltrindole; IFC+Naloxone; IFC+Vehicle; Inactive IFC. Supraspinal blockade serie: IFC+Naltrindole; IFC+Naloxone; IFC+Vehicle; Inactive IFC. Intracerebral surgery was carried 3 to 5 days before joint inflammation induction. Injection of ì and ä opioid receptor antagonists intrathecally (naloxone 20 ìg/10 ìL; natrindole 5 ìg/10 ìL) and intracerebrally (naloxone 20 ìg/1 ìL; natrindole 5 ìg/1 ìL) was performed 15 minutes before treatment. Electrical stimulation was applied 24 hours after inflammation induction. Mechanical sensitivity (Von Frey) and grip strength (Grip Strengh Meter) Tests were performed before, 24 hours after inflammation induction and after IFC application. ANOVA test was used to analyze intergroup samples and two-way ANOVA test was used to evaluate repeated measures, followed by Bonferroni test for multiple comparisons. P values < 0,05 were considered significant. Animals treated with IFC showed significant greater mechanical threshold for paw withdrawal compared to pretreatment (p<0.001) and to control group (p<0.002). After pharmacological blockade of ì and ä opioid receptors either intrathecally and intracerebrally, IFC promoted significant increase in mechanical threshold (p<0.002), promoting antinociceptive effect without significant decrease in grip strength in any experimental group. IFC promoted antinociceptive effect in an animal model of inflammatory pain and its action was not mediated by spinal or supraespinal ì and ä opioid receptors. / A corrente interferencial (CI) tem sido amplamente utilizada para controle de diversas condicoes dolorosas na pratica clinica. Entretanto, nenhum estudo investigou o mecanismo de acao neurobiologica dessa corrente analgesica ate o momento. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da CI na hipernocicepcao causada apos inducao de inflamacao articular e se o sistema opioidergico esta envolvido no mecanismo de acao para producao de antinocicepcao na regiao rostoventromedial do bulbo (RVM) e na medula espinhal. Foram utilizados 63 ratos Wistar, divididos em tres series experimentais: Serie comportamental, subdivida nos grupos Interferencial, Morfina e Controle; Serie para bloqueio espinhal, subdivida em CI+Naltrindole, CI+Naloxona, CI+Salina e CI inativa; e a serie para bloqueio supraespinhal, subdivida em CI+Naltrindole, CI+Naloxona, CI+Salina e CI inativa. A cirurgia intracerebral foi realizada de 3 a 5 dias antes da inducao da inflamacao articular. A injecao de antagonistas dos receptores opioide mu e delta por via intratecal (naloxona 20 Êg/10 ÊL; natrindole 5 Êg/10 ÊL) e intracerebral (naloxona 20 Êg/1 ÊL; natrindole 5 Êg/1 ÊL) foi realizada 15 minutos antes da administracao do tratamento. A estimulacao eletrica foi aplicada 24 horas apos a inducao da inflamacao. Os testes de sensibilidade mecanica (von Frey) e forca de preensao (grip strengh meter) foram realizados antes, 24 horas apos a inducao da inflamacao e apos aplicacao da CI. Foi utilizado o teste ANOVA para avaliar as diferencas intergrupo e teste ANOVA bicaudal para analisar medidas repetidas, seguidos pelo teste de Bonferroni para multiplas comparacoes. Os valores de p<0,05 foram considerados significativos. Os animais tratados com CI apresentaram limiar mecanico de retirada da pata significativamente maior em relacao ao pre-tratamento (p<0,001) e ao grupo controle (p<0,002). Apos o bloqueio farmacologico dos receptores opioides mu e delta, tanto por via intratecal como intracerebral, a CI promoveu aumento significativo do limiar mecanico (p<0,002), promovendo efeito antinociceptivo sem que houvesse diminuicao significativa da forca de preensao em nenhum dos grupos estudados. A CI demonstrou efeito antinociceptivo em modelo animal de dor inflamatoria e sua acao nao foi mediada por receptores opioides mu e delta espinhais e supraespinhais.
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Estudo farmacolÃgico da fraÃÃo hexÃnica de Lonchocarpus sericeus (Poir) Kunth e seus constituintes quÃmicos, lonchocarpina e derricina / Pharmacologic study of the hexane fraction from Lonchocarpus sericeus (Poir) Kunth and from their chemical constituents, lonchocarpin and derricinJuvenia Bezerra Fontenele 01 October 2004 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O gÃnero Lonchocarpus à bastante conhecido e amplamente estudado, porÃm nÃo hà registros na literatura cientÃfica dos usos farmacolÃgicos da espÃcie Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth, (Leguminosae Papilionaceae). Estudos quÃmicos demonstraram que a fraÃÃo hexÃnica das cascas das raÃzes de L. sericeus (FLS) à rica nas chalconas: lonchocarpina (LCC) e derricina (DRC). O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos tÃxicos e as aÃÃes farmacolÃgicas da FLS e de sua chalconas LCC e DRC. A DL50 para FLS em camundongos foi de 781,5 mg/kg por v.o. e 446,2 mg/kg, por via i.p. A FLS e a DRC mostraram efeito inibitÃrio concentraÃÃo-dependente sobre o desenvolvimento embrionÃrio de ovos de ouriÃo-do-mar Lytechinus variegatus. A FLS, LCC e DRC apresentaram ainda atividade citotÃxica sobre cÃlulas de leucemia linfocÃtica de origem humana. A FLS, administrada por via sistÃmica, apresentou atividade antiedematogÃnica nos modelos de edema de pata induzidos por carragenina (Cg) e levedura de cerveja, mas nÃo sobre aqueles induzidos por dextrano ou bradicinina. O efeito da FLS no edema por Cg nÃo foi modificado pela associaÃÃo com a indometacina ou L-NAME, mostrando que a mesma parece nÃo interferir com a via da COX ou do sistema NO. Entretanto, este efeito da FLS foi potencializado pela pentoxifilina (PTX) evidenciando uma possÃvel inibiÃÃo da FDE e/ou da sÃntese de citocinas inflamatÃrias como o TNF-alfa. Apesar de ter inibido significativamente a migraÃÃo de neutrÃfilos na cavidade peritoneal de ratos induzida por Cg, a FLS apresentou um efeito inibitÃrio bem maior sobre Ãquela induzida por fMLP, demonstrando que a mesma alÃm de bloquear a sÃntese e/ou liberaÃÃo de mediadores inflamatÃrios como PGs, LTs e citocinas, pode tambÃm bloquear uma das etapas da migraÃÃo ou ainda, inibir alguma das molÃcula de adesÃo envolvidas neste processo. A FLS tambÃm reduziu o dano tissular induzido por Ãcido acÃtico em ratos, evidenciado atravÃs de seu efeito inibitÃrio sobre a atividade da MPO. Entretanto, a mesma nÃo foi capaz de suprimir a formaÃÃo do tecido de granulaÃÃo, induzida por pellet de algodÃo, onde as PGs desempenham um papel essencial. A atividade antinociceptiva da FLS tambÃm foi observada em modelos experimentais de dor como teste das contorÃÃes abdominais induzidas pelo Ãcido acÃtico e teste da formalina, em camundongos. Todavia, a FLS nÃo modificou a resposta nociceptiva ao estÃmulo tÃrmico no teste da placa quente. Este efeito antinociceptivo da FLS independe do sistema opiÃide e da via do NO, e tambÃm nÃo envolve a participaÃÃo do componente adrÃnergico, porÃm alÃm de outros mecanismos, a inibiÃÃo da FDE e/ou da sÃntese de citocinas como TNF-alfa parecem exercer um papel importante na antinocicepÃÃo da FLS. A atividade antiagregante plaquetÃra da FLS, LCC e DRC tambÃm foi estudada e os resultados demonstraram que as mesmas possuem efeito inibitÃrio da agregaÃÃo in vitro em plasma humano rico em plaquetas, frente aos agonistas ADP, colÃgeno, trombina, Ãcido araquidÃnico e adrenalina. O efeito antiagregante plaquetÃrio da FLS, LCC e DRC foi potencializado pela PTX, um inibidor da fosfodiesterase de AMPc, mas nÃo pela L-arginina ou pelo Ãcido acetilsalicÃlico. Desta forma, a FLS possui atividade citotÃxica, antiinflamatÃria, analgÃsica e antiagregante plaquetÃria. Estes efeitos parecem ser mediados pelas chalconas LCC e DRC, presentes na FLS. / The Lonchocarpus genus is well known and much studied though there is no record on scientific publications about the pharmacological properties of the species Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth, (Leguminosae Papilionaceae). Chemical research determined that the hexanic fraction from root bark of L. sericeus (FLS) is rich in two chalcones: lonchocarpin (LCC) and dericin (DRC). This workâs purpose was to investigate the toxical effects and the pharmacological actions of FLS and its chalcones LCC e DRC. The LD50 of FLS in mice was 781,5 mg/kg, p.o. and 446,2 mg/kg, i.p. FLS and DRC showed concentration-dependent inhibition on the development of the sea urchin Lytechinus variegatus eggs. Additionaly, FLS, LCC and DRC showed cytotoxic activity on human lymphocytic leukemia cells. Sistemically administered FLS demonstrated anti-edematogenic activity on carragenan (Cg)- and yeast-induced rat paw edema models, but did not show any effect on dextran- or bradikinin-induced rat paw edema models. The FLS effect on Cg model was not modified by treatment with indomethacin or L-NAME what implies that it seems not to affect COX or NO pathways. Notwithstanding, this FLS effect was indeed potentiated by pentoxifylline (PTX) suggesting a possible phosphodiesterase (PDE) or TNF-alfa like cytokines inhibition. Even though FLS significantly inhibited the Cg-induced neutrophil migration on peritoneal cavity of rats, it showed a even stronger inhibitory effect upon fMLP-induced neutrophil migration on peritoneal cavity. This demonstrates that FLS, besides blocking the synthesis or liberation of inflammation mediators such as PG, LT and cytokines can also block one of the migration steps or maybe some of the adhesion molecules involved. FLS also reduced tissue damage induced by acetic acid in rats, demonstrated by its ability to inhibit myeloperoxidase (MPO) activity. However, FLS was not capable of blocking cotton pellet induced granulation tissue formation, which is dependet on PG. FLS antinociceptive activity was observed in experimental pain models, such as the acetic acid-induced abdominal contractions and formalin test, both in mice. Nevertheless, FLS did not modify nociceptive response to thermic stimuli in the hot plate model. FLS antinociceptive effect does not depend on opioid or NO release, and equally is independent from adrenergic activity, though it seems to involve PDE and/or TNF-alfa and other cytokines inhibition. Anti-platelet activity of FLS, LCC and DRC was also studied and all of them showed in vitro platelet aggregation inhibition in platelet-rich human plasma, upon ADP, collagen, thrombin, arachidonic acid or adrenalin agonist addition. FLS, LCC and DRC anti-platelet effect was potentiated by PTX, a PDE inhibitor, but not by L-arginine or aspirin. In conclusion, FLS possess cytotoxic, anti-inflammatory, analgesic and anti-platelet activities. These effects seem to be mediated by the chalcones LCC e DRC, present in FLS.
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Potencial Antinocipcetivo Mecânico E Efeitos Sobre A Hiperalgesia Pós-Incisional Do Tramadol Em Equinos / Mechanical antinociceptive potential and effects in the post incisonal iperalgesia of tramadol in horsesFRANCO, Leandro Guimarães 25 March 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-03-25 / Tramadol is an analgesic with action of opioids and non-opioid receptors, which acts by promoting activation of central inhibitory mechanisms of pain. In the last decade, there was a significant advance in research related to the use of tramadol in horses. There is evidence that the drug has significant analgesic effect in horses through mechanisms unclear. The aim of this study was to evaluate clinical and cardiorrespiratory effects and mechanical nociceptive threshold of tramadol, administered intravenously in horses. Moreover, we assessed also the effects of preemptive administration of tramadol on the clinical effects and post-incisional mechanical hyperalgesia. In the first study, seven adult horses were used in a three-way crossover study design in which tramadol was intravenous administered at 1mg kg-1, 2mg kg-1 e 3mg kg-1. Heart rate, respiratory rate, rectal temperature, systolic arterial pressure, diastolic arterial pressure, mean arterial pressure, intestinal motility, head height and behavioral change were recorded before and during 180 minutes after treatment. Mechanical nociceptive threshold from these points were averaged to obtain mean values at each time with von Frey electronic analgesiometer, applying a force in a hoof. Compared to others treatments, the horses that received 3mg kg-1 showed significant increases in respiratory rate and more pronounced behavioral changes. In horses treated with 1mg kg-1, there was a significant decrease in respiratory rate and more pronounced behavioral changes. Motility scores showed transitory decreased in horses treated with 2 mg kg-1. The tramadol did not caused changes in mechanical nociceptive threshold regardless of treatment. In conclusion, the tramadol at doses evaluated produced minimal transient side effects or clinical changes. However has no antinociceptive effect in a model of mechanical stimulus. In a second study, ten horses were divided in two groups. The horses were treated IV with a single dose of 2 mg kg-1 of tramadol (TG) or with a similar volume of sterile water (SG). Heart rate, respiratory rate, rectal temperature, systolic arterial pressure, diastolic arterial pressure, mean arterial pressure, intestinal motility, and behavioral change were recorded before and during 48 hours after treatment. Mechanical nociceptive threshold was measured by von Frey electronic analgesiometer in post-incisional model. To study, a skin incision was made over the thigh region. Compare to saline, tramadol caused transitory increased in mean and diastolic arterial pressure in first hour after treatment. The tramadol was able to decrease a remained time of primary hyperalgesia, but not prevented its appearance in compared to SG. In the global range score no changes were observed between groups along the moments. / O tramadol é um fármaco analgésico com ação em receptores opioides e não opioides, que atua promovendo ativação central dos mecanismos inibitórios da dor. Na última década, houve significativo avanço em pesquisas relacionadas ao seu emprego em equinos. Há indícios de que o fármaco possua efeito analgésico considerável nessa espécie por mecanismos ainda não completamente esclarecidos. Diante disso, os objetivos deste trabalho foram: avaliar os efeitos clínicos e o potencial antinociceptivo mecânico de três diferentes doses de tramadol, administradas por via intravenosa em equinos e os efeitos da administração preemptiva do tramadol sobre as variáveis clínicas e hiperalgesia mecânica pós-incisional. No primeiro estudo sete equinos adultos foram tratados com 1mg/kg, 2mg/kg ou 3mg/kg de cloridrato de tramadol, via intravenosa em três ocasiões distintas. Os parâmetros avaliados foram frequência cardíaca (FC), frequência respiratória ( f ), temperatura retal (TR), pressões arteriais sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM), intensidade de sedação verificado pela medida de altura da cabeça (AC), motilidade intestinal (MI), alterações comportamentais e o limiar nociceptivo mecânico (LNM), empregando-se estímulo mecânico na coroa do casco, com analgesímetro digital de von Frey. Os animais tratados com 3mg/kg apresentaram aumento significativo na frequência respiratória, além de alterações comportamentais mais acentuadas em comparação aos demais tratamentos. Em relação à pressão arterial, houve aumento significativo no grupo tratado com 1mg/kg. Houve redução transitória nos escores de avaliação da MI, principalmente nos animais tratados com 2mg/kg. O tramadol, nas doses administradas, não apresentou potencial antinociceptivo capaz de desencadear mudanças no LNM em equinos. Diante dos resultados, conclui-se que as alterações clínicas observadas nas diferentes doses foram consideradas discretas e transitórias, especialmente na dose de 2mg/kg. No modelo de avaliação adotado, o tramadol não apresentou potencial antinociceptivo mecânico em nenhuma das doses avaliadas. No segundo estudo, dez equinos foram distribuídos em dois grupos, sendo o GT tratado com 2mg/kg de cloridrato de tramadol em solução a 1% e o GS tratado com solução salina, via intravenosa. Avaliaram-se FC, f, PAS, PAD, PAM, traçado eletrocardiográfico, TR, MI e LNM, empregando modelo incisional e analgesímetro digital de von Frey. Neste estudo, os animais do GT apresentaram aumento transitório na PAM e PAD, durante a primeira hora. Quanto ao LNM, o grupo GT apresentou redução no tempo de permanência de hiperalgesia primária quando comparado ao GS. Entretanto, a administração prévia não foi capaz de inibir seu desencadeamento. Ao comparar as médias globais do lado incisado entre o GS e o GT, não houve alteração significativa na força empregada em nenhum momento avaliado. Diante dos resultados, conclui-se que alterações clínicas observadas na dose de 2 mg/kg de tramadol foram consideradas transitórias e sem relevância clínica e que, no modelo de avaliação empregado, o tramadol não foi capaz de impedir o desencadeamento tanto de hiperalgesia primária quanto secundária.
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