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Papel do HLA-G na endometriose / Role of HLA-G in endometriosis

Rached, Marici Rached 27 June 2017 (has links)
A endometriose é uma doença inflamatória crônica, estrógeno-dependente e de etiologia multifatorial, caracterizada pela implantação e crescimento de tecido endometrial fora da cavidade uterina e associada à dor pélvica e infertilidade. A doença é classificada de acordo com os estádios e sítios de acometimento nos órgãos pélvicos. Variantes genéticas, endócrinas e ambientais podem contribuir para a geração de uma deficiência na resposta imune local permitindo a implantação das células ectópicas na cavidade pélvica. Alterações constatadas no padrão de citocinas presentes no microambiente pélvico poderiam promover um ambiente imunossupressor, justificando a diminuição da resposta imune efetora verificada na endometriose. Dentre os possíveis fatores imunomoduladores, está o antígeno leucocitário humano-G (HLA-G), cuja expressão se dá intensamente nas células trofoblásticas, sendo reconhecido por induzir a tolerância materno-fetal. A proteína HLA-G pode ser expressa na membrana celular ou ser secretada na forma solúvel. HLA-G encontra receptores inibitórios nas células do sistema imune inato e adaptativo e tem sua expressão induzida sob condições não fisiológicas, como em transplantes alogênicos, doenças inflamatórias ou neoplasias malignas. Assim, a hipótese deste estudo é a de que a proteína HLA-G seria produzida em níveis superiores nas mulheres com endometriose, o que poderia contribuir para a imunossupressão no microambiente da doença. Para testar esta hipótese, a proteína solúvel foi mensurada no soro e no fluido peritoneal de mulheres com e sem endometriose, por ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA). Além disto, a expressão gênica de HLA-G foi avaliada nos tecidos de endométrio, por qRT-PCR, bem como a expressão da proteína, avaliada por imunohistoquímica, nos tecidos de endométrio e de lesão de endometriose, em mulheres com e sem a doença. Como resultados, verificaram-se maiores níveis da proteína solúvel no soro de mulheres que apresentavam endometriose em estádios avançados, especialmente naquelas com endometriose ovariana. Entretanto, na comparação entre os fluidos peritoneais, não houve diferença significativa entre os grupos com e sem endometriose. A expressão do transcrito gênico (mRNA) se mostrou maior no endométrio de mulheres sem a doença, mas a presença da proteína foi semelhante entre os endométrios de mulheres com e sem endometriose. Por outro lado, a expressão da proteína HLA-G nos tecidos de lesão de endometriose avançada se mostrou superior à do endométrio de mulheres sem a doença, indicando que a expressão de HLA-G seria induzida ectopicamente, no microambiente pélvico da doença. Portanto, os resultados apontam para um aumento da expressão de HLA-G em endometriose avançada / Endometriosis is a chronic inflammatory, estrogen-dependent disease of multifactorial etiology characterized by implantation and growth of endometrial tissue outside the uterine cavity, and associated with pelvic pain and infertility. Endometriosis is classified according to the stages and sites of the disease. Genetic, endocrine and environmental factors may contribute to the deficit on local immune response, allowing ectopic implantation of endometrial cells into the pelvic cavity. Changes in cytokines pattern in the pelvic microenvironment might promote an immune suppressor environment and explain the decreased immune effector cells response verified in endometriosis. Among possible immunomodulatory factors is the human leucocytary antigen-G (HLA-G) which is intensively expressed in trophoblasts and recognized by inducing maternal-fetal tolerance. HLA-G protein is expressed in both membrane-bound and soluble forms. HLA-G binds inhibitory receptors on innate and adaptive immune cells surface and its expression is induced in non-physiological conditions, such as allogeneic transplants, inflammatory diseases or neoplastic malignancies. Thus, this study hypothesizes that the HLA-G protein would be overexpressed in women with endometriosis, and could contribute to the immunosuppression in the disease microenvironment. To test this hypothesis soluble HLA-G protein was measured in serum and peritoneal fluid of women with and without endometriosis. Moreover, HLA-G gene expression were evaluated on endometrial tissue using RT-qPCR, and HLA-G protein expression were evaluated in matched ectopic and eutopic endometrium of women with and without endometriosis. As results, higher levels of soluble HLA-G were found in serum of women with advanced endometriosis, especially in those with ovarian endometriosis. However, soluble HLA-G levels in peritoneal fluid did not show significant differences between women with and without endometriosis. HLA-G mRNA expression were higher in eutopic endometrium of women without endometriosis, but the HLA-G protein expression were similar in eutopic endometrium of women with and without endometriosis. On the other hand, HLA-G protein expression in ectopic endometrium of women with advanced endometriosis was higher than in eutopic endometrium of women without endometriosis, suggesting that HLA-G expression was induced ectopically, in the pelvic microenvironment of the disease. In conclusion, the results point to an upregulation of HLA-G expression in advanced endometriosis
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Identificação de genes diferencialmente expressos em linhagens de glioma de rato e sua potencialidade como novos alvos terapêuticos para gliomas humanos / Identification of genes differentially expressed in rat glloma lines and its potential as a novel therapeutic targets for human gllomas

Colin, Christian 06 February 2006 (has links)
Os gliomas estão entre os mais freqüentes e fatais tumores do sistema nervoso central. Apesar dos grandes avanços da Medicina nas áreas diagnósticas e terapêuticas, o tratamento desses tumores ainda é, na grande maioria dos casos, paliativo, sendo a extirpação cirúrgica do tumor o único recurso com potencial curativo e, ainda assim, apenas para os gliomas de baixo grau. Neste trabalho, foram analisados os perfis de expressão gênica diferencial entre linhagens de glioma de rato com diferentes graus de tumorigenicidade (linhagens ST1 e P7), visando identificar genes com potencial de aplicação na doença humana como marcadores moleculares e/ou novos alvos terapêuticos. Numa primeira abordagem, foi realizado um rastreamento de genes potencialmente diferencialmente expressos entre as linhagens ST1 e P7 de glioma de rato através da hibridização de macroarrays de cDNA comerciais. Um conjunto de três membranas comerciais foi hibridizado com alvos radioativos gerados a partir de mRNA obtido destas duas linhagens, totalizando aproximadamente 3.000 genes. Nestes experimentos, foram identificados aproximadamente 200 genes como sendo possivelmente diferencialmente expressos entre as linhagens ST1 e P7. Os níveis de expressão relativa de cerca de 40 destes genes foram analisados por Northern blot, sendo que seis deles foram confirmados como sendo mais expressos na linhagem ST1 enquanto que 4 foram confirmados como sendo mais expressos na linhagem P7. Num segundo momento, foi realizado um rastreamento de expressão gênica em larga escala, através do uso de microarrays de DNA contendo sondas que permitem a análise de expressão de aproximadamente 24.000 transcritos de rato. Esta análise levou à identificação de uma lista contendo aproximadamente 1.300 genes candidatos a diferencialmente expressos, que apresentaram razões de expressão relativa entre 2 e >3.000. Desta lista, -700 genes foram identificados como provavelmente mais expressos na linhagem ST1, e cerca de 500 genes com expressão maior na linhagem P7. A etapa de subseqüente de validação da expressão diferencial foi realizada através de PCR quantitativo em tempo real (Q-PCR). A expressão de 49 genes foi quantificada em quatro preparações independentes de RNA originárias das linhagens ST1 e P7, sendo que 27 destes genes foram identificados como possivelmente diferencialmente expressos através dos microarrays, 10 dos quais haviam sido previamente confirmados por Northern Blot e 12 genes diversos. Destes genes, 21 foram confirmados por Q-PCR como sendo diferencialmente expressos entre as linhagens ST1 e P7, além daqueles 10 genes cuja expressão diferencial havia sido anteriormente confirmada por Northern. Ao todo, oito genes foram confirmados como sendo mais expressos na linhagem ST1, e 23 genes o foram como sendo mais expressos na linhagem P7. Vários dos genes confirmados como sendo diferencialmente expressos na linhagem ST1 estão, direta ou indiretamente, relacionados a parada de crescimento e supressão de fenótipo tumoral. Em contrapartida, diversos dos genes confirmados como sendo diferencialmente expressos na linhagem P7 codificam para receptores de fatores de crescimento peptídicos e seus respectivos ligantes. Em particular, foi detectado maior expressão, na linhagem P7, de receptores e Iigantes relacionados ao fatores de crescimento derivados de plaquetas (PDGFs), fatores de crescimento para fibroblastos (FGFs) e, também, do fatores de crescimento da família de pleiotrofina/midquina (PTN/MDK), e seus respectivos receptores. Sabidamente, vários destes genes estão envolvidos na neoangiogênese e na fechamento de alças autócrinas/parácrinas de estímulo da proliferação tumoral, em particular de gliomas humanos. Além disso, estes achados foram coerentes com o maior potencial tumorigênico (-2,5x) apresentado pela linhagem P7, quando injetadas s.c. no dorso de animais imunocomprometidos (p<O,01). As linhagens ST1 e P7 foram originalmente isoladas como sendo sublinhagens derivadas da linhagem C6, cuja origem é donal. Assim, uma possível interpretação para as diferenças marcantes dos perfis de expressão detectadas entre as linhagens ST1 e P7, é de que estas diferenças sejam, mais provavelmente, a conseqüência de algumas poucas alterações moleculares em genes-chave, e não de alterações extensas do genoma celular, uma vez que as duas linhagens têm, a priorí, o mesmo \"background\" genético. Assim, um número limitado de aberrações genéticas adicionais, particulares de cada linhagem, seria suficiente para uma modificação substancial dos perfis de expressão gênica, se os genes alterados forem capazes de modular a expressão de vários outros genes. Na busca de indícios que fortalecessem esta hipótese, foi quantificado, em seis linhagens humanas de glioma, a expressão dos mesmos genes cuja expressão foi originalmente quantificada nas linhagens ST1 e P7. Em seguida, foram realizados testes de correlação em pares (Teste de Pearson) entre os níveis de expressão relativos destes genes para as seis linhagens, buscando identificar conjuntos de genes que apresentassem expressão coordenada, que, por sua vez, sugeririam a existência de possíveis relações regulatórias entre os mesmos. Foi possível observar expressão significativamente correlacionada de seis genes (CHD7, FGF1, PDGFRA, PTN, PTPRZ1 e SCG2), sugerindo uma possível co-regulação recíproca entre diferentes vias de fatores de crescimento e/ou um novo fator remodelador de cromatina (CHD7). Pararelamente, o gene CHD7 foi, por sua vez, identificado como um novo fator remodelador de cromatina putativo, cujo cDNA completo pode ser amplificado, com êxito, através de RT-PCR longo. A expressão destes mesmos seis genes foi quantificada, por Q-PCR, em 64 amostras clínicas de glioma e cérebro humano não-tumoral. Com exceção do gene SCG2, os demais cinco (CHD7, FGF1, PDGFRA, PTN e PTPRZ1) são significativamente mais expressos em todos os graus de glioma, quando comparados com cérebro humano não-tumoral (p<0,05). Foi possível verificar, inclusive, que os níveis de expressão de vários destes genes estão altamente correlacionados nessas amostras. Em particular, observou-se correlação com alta significância entre os genes CHD7xPDGFRA (p=4,7x10-17), FGF1 xPTN (p=1, 1x10-19), do receptor PTPRZ1 contra todos os demais genes (100-6<p<10-9) e, especificamente, contra seu Iigante PTN (p=1,6x10-14). Como os loci dos genes PTN e PTPRZ1 se encontram relativamente próximos (-15 Mb) numa região do cromossomo 7 humano, a qual frequentemente se encontra amplificada em gliomas humanos (7q), é possível que estes dois genes, codificantes para um fator de crescimento e seu respectivo receptor, façam parte de um novo amplicon em gliomas humanos. Além disso, vários genes com maior expressão na linhagem P7 (ALK, FGFR1, RNF130 e ROS01) estão, também, significativamente mais expressos em certos graus de gliomas humanos, quando comparados com tecido cerebral humano não-tumoral. De um modo geral, estes dados indicam que foi possível obter, a partir de linhagens de glioma de rato, incursões aplicáveis para um entendimento mais amplo da biologia que envolve a patogênese da doença humana. Um destes dados extrapoláveis entre diferentes modelos inter-espécies é que a co-expressão de múltiplas vias autócrinas de crescimento parece ser um achado comum tanto em modelos experimentais de glioma em rato quanto em linhagens e amostras clínicas de gliomas humanos, e que estas vias estão, potencialmente, interconectadas ao nível transcricional. Além disso, foi possível verificar que um novo gene codificante para um fator de remodelamento de cromatina (CHD7), apresenta níveis de expressão relativos muito aumentados em amostras clínicas de glioma, quando comparado com cérebro humano não-tumoral. Analisados em conjunto, os resultados obtidos aqui têm o potencial para conduzir ao desenvolvimento racional de novas estratégias terapêuticas e diagnósticas/prognósticas para gliomas humanos. A análise do papel funcional destes genes em glioma, e das vias moduladas por seus produtos, se constituirá de um passo fundamental para o estabelecimento destes genes como potenciais novos alvos terapêuticos e/ou marcadores moleculares. / Gliomas are among the most frequent and fatal tumors of the central nervous system. Despite the recent and important advances in the diagnostic and therapeutic fields, treatment of these tumors still is, in the vast majority of the cases, palliative. Surgical ressection of the tumor remains as the sole potentially curative resource, but only for the low grade gliomas. In the present work, differential gene expression profiles were analyzed between rat glioma cell lines differing in tumorigenic potential (ST1 and P7 cell lines), aimed at identifying genes with potential to become novel molecular markers and therapeutic targets for the human disease. As a first approach, a commercial macroarray-based screening was undertaken in order to identify differentially expressed genes between ST1 and P7 rat glioma cell lines. Three different sets of commercial membranes comprising 3,000 genes were hybridized against radiolabeled targets that were synthesized from mRNA extracted from both cell lines. As a result, near 2,000 genes were identified as being possibly differentially expressed between ST1 and P7 celllines. The relative expression levels of 40 genes from this list were analyzed by Northern blot, and six genes were successfully confirmed as being expressed at higher levels in the ST1 cell line, whereas four genes confirmed heightened expression in P7 cells. As a second approach, a large-scale, Affymetrix microarray-based screening was performed, which allowed measuring the relative expression levels of about 24,000 rat transcripts. This analysis led to the identification of 1,300 candidate differentially expressed genes, for which the differential expression ratios ranged from 2 up to >3,000. From these, -700 genes displayed preferential expression in the ST1 cell line, while around 500 genes were more expressed in P7 cells. The following step, namely, validation of the differential expression, was achieved through Real-Time PCR (Q-PCR). Expression levels of 49 genes were measured in four independent RNA preparations from ST1 and P7 cell lines. About 27 of these genes were identified as putative differentially expressed , 10 of which had previously been confirmed by Northern blot as differentially expressed and 12 additional genes were also included. From this list, 21 genes were confirmed by Q-PCR as being diferentially expressed between the ST1 and P7 cell lines, in addition to those 10 whose differential expression was confirmed by Northern Slol. In total, eight genes were confirmed as being differentially expressed in the ST1 cell line, and 23 genes were confirmed as being expressed at higher leveis in the P7 cells. Many of the genes confirmed as being differentially expressed genes in the ST1 cell line are, directly or indirectly, related to growth arrest and suppression of the malignant phenotype. On the other hand, several of the genes displaying elevated expression in the P7 cell line code for growth factor ligands and receptors related to the PDGFs (platelet-derived growth factors), FGFs (fibroblast growth factors) and PTN/MDK (pleiotrophin/midkine) growth factor families. Many of these genes are already known as being related to neoangiogenesis and to the establishment of autocrine/paracrine loops in human gliomas. In addition, these findings are in keeping with the significantly higher (p<O.01) tumorigenic potential displayed by the P7 cellline (-2,5x), when both cell lines are injected s.c. in the dorsal region of immunodeficient nude mice. Moreover, ST1 and P7 celllines were originally isolated as clonal celllines from the C6 cell line which, in turn, is also acionai cell line. Therefore, a possible interpretation for the remarkably different gene expression profiles between ST1 and P7 cell lines is that those differences are, most Iikely, a consequence of a few molecular defects in key/master genes, rather than extensive aberrations of the cellular genome, given that those celllines have, a priori, similar genetic backgrounds. Thus, a limited number of genetic aberrations, characterisitic of each cell line, would be sufficient for a substantial modification of the gene expression profiles, provided that the altered genes are able to modulate the expression of each other. In an attempt to investigate theis point, the relative expression levels of the same genes were analyzed by Q-PCR, and pairwise correlation tests (Pearson correlation tests) were performed using expression data from the six human glioma cell lines, aimed at identifying gene sets that displayed coordinate expression whichwould suggest the existence of putative regulatory loops among them. It was possible to identify a c1uster of six genes (CHD7, FGF1, PDGFRA, PTN, PTPRZ1, SCG2) that displays coregulated expression, thus suggesting a possible reciprocal co-regulation among distinct growth factor pathways and a putative chromatin remodeling factor (CHD7). Furthermore, the CHD7 gene was identified as a novel, putative chromatin remodeling factor, and its full-Iength cDNA could be successfully amplified by means of long RTPCR. The expression levels of the same genes was quantified, by Q-PCR, in 64 clinicai samples, comprising gliomas and non-tumoral human brain tissue samples. Except for the SCG2 gene, the remaining five genes (CHD7, FGF1, PDGFRA, PTN and PTPRZ1) were expressed at significantly higher levels in glioma samples of all grades, when compared to non-tumoral human brain tissue samples (p<O.05). Likewise, we were able to verify that expression levels for many of these genes are strictly correlated in those samples. A particularly high levei of significance was found for the correlation of expression levels between CHD7xPDGFRA (p=4.7x10-17) and also for the FGF1xPTN gene pair (p=1.1x10-19). A strikingly high level of significance (p=1.6x10-14) was also found for the expression levels between the PTPRZ1 receptor and its PTN ligand. Given that the PTN and PTPRZ1 loei are relatively close to each other (-15 Mb) on the long arm of human chromosome 7, which, in turn, is frequently amplified in human gliomas, the genomic region including these two genes may well constitute a novel amplicon in human gliomas. In addition, several other genes with higher expression in the P7 cell line (ALK, FGFR1, RNF130 and ROB01) are also expressed at significantly higher levels in certain glioma grades, when compared to non-tumoral human brain tissue samples. Overall, these data indicate that starting from the rat glioma cell lines model, it was possible to obtain, insights applicable to a better understanding of the biology underlying the pathogenesis of human gliomas. Thus, co-expression of multiple autocrine loops seems to be a commonplace in the rat experimental glioma models as well as in the human glioma cell lines and in clinicai samples, where these pathways are potentially interconnected at the transcriptional leveI. Furthermore, we were able to detect increased mRNA expression levels of a novel putative chromatin remodelling factor (CHD7) in human glioma tissue samples, when compared to non-tumoral human brain tissue samples. Taken together, the results obtained in this work may potentially lead to the rational development of novel therapeutic, diagnostic and prognostic strategies for human gliomas. Functional analysis of these genes in glioma, and the pathways modulated by their products, will be a fundamental step for the establishment of these genes as potentially novel therapeutic targets and/or molecular markers.
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Geração de células-tronco pluripotentes induzidas (hiPSCs) a partir de células somáticas de indivíduos com fenótipo de interesse para transfusões sanguíneas / Generation of induced pluripotent stem cells (hiPSCs) from somatic cells of individuals with interesting phenotypes for blood transfusion

Catelli, Lucas Ferioli 28 November 2016 (has links)
A demanda por transfusões sanguíneas tem aumentado no Brasil e o número de doações de sangue permanecem insuficientes. Há escassez de componentes de sangue para transfusão, principalmente de concentrados de células vermelhas do sangue. As células-tronco pluripotentes induzidas humanas (hiPSCs) possuem um grande potencial para se tornar uma fonte de CÉLULAS VERMELHAS DO SANGUE, pois podem se diferenciar em qualquer tipo celular, incluindo CÉLULAS VERMELHAS DO SANGUE de fenótipo específico. O objetivo deste trabalho é a geração de hiPSCs para partir de células mononucleares de sangue periférico (PBMCs) de candidatos a doação de sangue que possuem fenótipo eritrocitário de baixa imunogenicidade, bem como a diferenciação eritroide das hiPSCs geradas. As amostras de sangue periférico (PB) de 11 indivíduos foram coletadas e caracterizadas quanto ao genótipo para os seguintes antígenos eritrocitários: Sistema Rh (RHCE*01/RHCE*02/RHCE*03/RHCE*04/RHCE*05), Kell (KEL*01/KEL*02), Duffy (FY*01/FY*02 and FY*02N.01), Kidd (JK*01/JK*02) e MNS (GYPB*03/GYPB*04). Outros antígenos de grupos sanguíneos distintos foram determinados por meio de fenotipagem. Duas amostras (PBMCs PB02 e PB12) foram selecionadas para a reprogramação devido ausência de múltiplos antígenos eritrocitários e, portanto, considerados de baixa imunogenicidade. Os PBMCs foram enriquecidos em eritroblastos e em seguida, as células foram transfectadas com os vetores episomais pEB-C5 e pEB-Tg e então, co-cultivados sobre fibroblastos de embriões murinos (MEFs) até o surgimento de colônias semelhantes a hiPSCs (hiPSC PB02 e hiPSC PB12). Estas colônias foram transferidas para condições de cultivo próprias e posteriormente caracterizadas quanto à sua pluripotência. A expressão dos genes de pluripotência OCT4, SOX2 e NANOG demonstrou níveis de expressão maior em comparação às linhagens não pluripotentes. As análises de imunofenotipagem por citometria de fluxo revelaram que em torno de 86% das células expressaram Nanog, 88% Oct4 e 88% Sox2. Os níveis de expressão de genes de pluripotência e marcadores foram consistentes com o estado indiferenciado encontrado em células pluripotentes conhecidas. A análise funcional para avaliação da pluripotência foi realizado pela injeção das hiPScs em camundongos imunodeficientes, demonstrando a formação de teratoma nas linhagens geradas. A metodologia para diferenciação hematopoética das hiPSCs geradas a partir dos corpos embrioides estão em progresso. O potencial de diferenciação foi confirmado durante a padronização deste processo, utilizando ensaio de formação de colônias em metilcelulose. Uma média de 10,5 colônias de precursores eritroide foram obtidas a partir de 50x103 hiPSC PB02 em diferenciação e uma colônia mista (mieloide e linfoide) a partir de 15x103 hiPSC PB12 foram obtidas. Neste trabalho foi possível gerar duas linhagens de hiPSCs com fenótipos de antígenos eritrocitários de interesse que podem ser mantidas em cultura por um longo período (26 passagens) e demonstram um potencial de diferenciação hematopoética. / The demand for blood transfusion has increased in Brazil and the number of blood donations remains insufficient. Therefore, there is a shortage of blood components for transfusion, mainly concentrates of red blood cells (RBCs). Human induced pluripotent stem cells (hiPSCs) have great potential to become a source of RBCs, because they can differentiate into every cellular type, including RBCs of a particular phenotype. The objective of this work was to generate hiPSC from mononuclear cells of peripheral blood (PBMCs) from blood donors who presented low immunogenic phenotype for transfusion, and erythroid differentiation of the generated hiPSCs. Peripheral blood samples from 11 individuals were collected and characterized for the following erythrocyte antigens: Rh system (RHCE*01/RHCE*02/RHCE*03/RHCE*04/RHCE*05), Kell (KEL*01/KEL*02), Duffy (FY*01/FY*02 and FY*02N.01), Kidd (JK*01/JK*02), MNS (GYPB*03/GYPB*04). Additionally, other antigens of different blood groups were determined by phenotyping. The samples PBMC PB02 and PBMC PB12 were chosen for iPS generation due to their multiple negative erythrocyte antigens. They were isolated, expanded into erythroblasts, and transfected using the reprogramming episomal vectors PEB-C5 and PEB-Tg. This population was co-cultured on mouse embryonic fibroblasts (MEFs) until the appearance of hiPSC like colonies (hiPSC PB02 and hiPSC PB12). These colonies were transferred to human embryonic stem cells (hESCs) culture conditions and characterized regarding their pluripotency. The expression of OCT4, SOX2 and NANOG pluripotency genes demonstrated that the expression of both lineages was higher in comparison with non-pluripotent lineages. Immunophenotyping performed by flow cytometry revealed that 86% of cells expressed Nanog, 88% Oct4 and 88% Sox2. Expression levels of pluripotency genes and markers were consistent with undifferentiated state found in known pluripotent cells. Functional analysis for pluripotency was achieved by the hiPSC injection in immunodeficient mice showing that both hiPSC cell lines were able to induce teratoma tumor. The hematopoietic differentiation potential was confirmed using methylcellulose assay, with an average of 10.5 erythroid colonies from 50x103 single cells and a mixed colonies of myeloid and lymphoid cells) and finally a colony composed of white cells from 15x103 PB12 hiPSC. In conclusion, it was possible to generate a hiPSC from a red blood cell phenotype that are negative for multiple antigens, and this cell line can be maintained for a long period in culture (26 passages) and show potential for hematopoietic differentiation.
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Modulação da apresentação antigênica por células dendríticas derivadas de monócitos utilizando diferentes produtos virais do HIV: potencial de utilização em vacina terapêutica. / Modulation of monocyte-derived dendritic cell antigen presentation using different HIV antigenic: potential use in therapeutic vaccine.

Silveira, Guilherme Gomes 18 May 2010 (has links)
Apesar de mais de 20 anos de esforço, o design de uma vacina anti-HIV eficaz ainda constitui um enorme desafio. Neste cenário, novas abordagens imunológicas devem ser consideradas. Monócitos de pares discordantes e de indivíduos sadios não expostos ao HIV foram diferenciados in vitro em células dendríticas (DCs), pulsadas com diferentes antígenos do HIV e co-cultivadas com linfócitos autólogos. A resposta imunológica desenvolvida pelos linfócitos T e o perfil fenotípico e funcional das DCs foram avaliados. Todas as DCs utilizadas no co cultivo apresentavam-se maduras e ativadas. Linfócitos estimulados por DC pulsadas com HIV inativado ou proteína p55Gag apresentaram maior ativação, proliferação e produção de IFN<font face=\"Symbol\">&#947 em comparação a linfócitos estimulados por DCs não pulsadas. Entretanto, as células T do grupo controle apresentaram o mesmo padrão de resposta imunológica, com exceção da produção de IFN<font face=\"Symbol\">&#947. Este modelo vacinal pode representar uma alternativa viável e promissora de vacinação terapêutica contra o HIV. / Despite more than 20 years of effort, the design of an effective HIV-1 vaccine remains an enormous challenge. In this scenario, new immunological approaches must be considered. Monocytes from HIV-serodiscordant couples and non HIV exposed controls were differentiated in vitro into dendritic cells (MoDC), pulsed with different virus antigens and cultured with autologous lymphocytes. The T lymphocyte immunological response and the MoDC phenotype and function were determined. MoDCs were shown to be fully matured and activated in all antigen-pulsing protocols. Lymphocytes stimulated by DC pulsed with inactivated HIV or p55Gag protein showed greater activation, proliferation and IFN<font face=\"Symbol\">&#947 production in comparison to those stimulated by non pulsed MoDC. Nonetheless, T cells from non-exposed controls elicited the same response, except for the IFN<font face=\"Symbol\">&#947 production. This MoDC vaccine model may represent a viable and promising alternative of therapeutic vaccination against HIV.
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Aplicabilidade do antígeno tetânico conjugado com derivados do Monometoxi-polietilenoglicol. / Applicability of tetanus antigen conjugated to derivatives of Monometoxypolyethylene glycol.

Prado, Sally Müller Affonso 10 September 2008 (has links)
O Monometoxi-polietilenoglicol succinimidil ácido propiônico (mPEG-SPA 5 e 20 kDa) foi analisado como adjuvante e inibidor da atividade neurotóxica da toxina tetânica (TxT) adsorvida ou não em Al(OH)3, à qual o polímero foi conjugado. Avaliou-se a toxicidade das amostras por DL50, demonstrando que a atividade neurotóxica da TxT foi inibida. A via subcutânea foi mais efetiva na indução de resposta à TxT tratada pelo mPEG-SPA e o efeito adjuvante do Al(OH)3 se deu pela intramuscular. Trinta cavalos foram submetidos a esquema de imunização seletiva, dividindo-se os dezoito escolhidos em grupos para imunização com TxT conjugada ao mPEG-SPA 5.000 e 5.000(2X) e TxT adsorvida ou não. Os soros dos cavalos foram analisados por ToBI Teste, que avaliou a evolução da resposta imune. Os soros também foram analisados por imunodifusão, eletroforese e immunoblotting, tendo este indicado uma provável superioridade antigênica da TxT Fluida relativamente aos adjuvantes. A conjugação mPEG-SPA provou ser efetiva na produção do soro antitetânico terapêutico para uso humano. / Monometoxypolyethylene glycol succinimidyl propionic acid (SPA-mPEG 5 and 20 kDa) was analyzed as adjuvant and inhibitor of tetanus toxin neurotoxic activity (TxT) adsorbed or not by Al(OH)3, to which the polymer was conjugated. The samples toxicity was evaluated by DL50, disclosing that TxT neurotoxic activity was inhibited. The subcutaneous inoculation was more effective in induction of response to TxT treated with SPA-mPEG and the adjuvant effect of Al(OH)3 was evidenced by the intramuscular. Thirty horses were submitted to a selective scheme of immunization and eighteen were divided in groups to be immunized with TxT conjugated to SPA-mPEG 5,000 and 5,000(2X) and TxT adsorbed or not. The horses sera were analysed by ToBI Test, which evaluated the immune response development. The sera were also analysed through immunodifusion, electrophoresis and immunoblotting and the last one indicates a probable antigenic superiority of TxT fluid relatively to the adjuvants. The SPA-mPEG conjugation proved to be effective for anti-tetanus human therapeutic serum production.
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Associações dos anticorpos anti-HLA pré-formados e da compatibilidade HLA à rejeição celular aguda precoce no transplante hepático / Associations of preformed anti-HLA antibodies and HLA compatibility with early acute cellular rejection in liver transplantation

Pecora, Rafael Antonio Arruda 18 May 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: As moléculas HLA são os principais alvos da rejeição nos transplantes de órgãos sólidos. A influência dos anticorpos anti-HLA pré-formados e da compatibilidade HLA no transplante de fígado ainda não está bem definida. A maioria dos transplantes é realizada sem a pesquisa de anticorpos anti-HLA pré-formados e sem pareamento HLA. OBJETIVOS: Avaliar as associações dos anticorpos anti-HLA pré-formados e da compatibilidade HLA à rejeição celular aguda (RCA) em até 90 dias após o transplante. MÉTODOS: Coorte prospectiva de transplantes de fígado ABO compatíveis/idênticos realizados entre janeiro de 2012 e dezembro de 2013. Enxertos que sobreviveram além de 4 dias foram incluídos. A pesquisa de anticorpos anti-HLA classes I e II foram realizadas por meio de ensaios de fase sólida (LABScreen® Mixed e LABScreen® Single Antigen). MFI (Mean Fluorescence Intensity) >= 1.000 foi onsiderado omo positi o para anticorpos anti-HLA. Tipificação HLA-A, B e DR, de receptores e doadores foi feita por meio de PCR (Polymerase Chain Reaction). Conforme o número de alelos HLA incompatíveis, os transplantes foram classificados em compatíveis (0-3 incompatibilidades) e incompatíveis (4-6 incompatibilidades). Apenas episódios de RCA comprovados por biópsia, associados a alterações das provas hepáticas, foram considerados. O critério Banff foi utilizado para diagnóstico e os episódios foram estratificados em leves, moderados e graves. Modelos de regressão de Cox foram realizados e as razões de risco (RR) associadas foram determinadas. Sobrevidas livres de RCA foram obtidas por meio do estimador de Kaplan Meier e comparadas entre os grupos pelo teste log-rank. RESULTADOS: Cento e vinte e nove transplantes foram analisados. Incidência global de RCA em 90 dias foi de 14,7%. A pesquisa de anticorpos anti-HLA pré-formados foi considerada positiva em 35,6% dos transplantes. Em relação à compatibilidade HLA, 91,5% dos transplantes foram classificados como incompatíveis. A sensibilização para anticorpos anti-HLA foi associada a um risco aumentado de RCA (RR=4,3; IC 95%=1,3 - 13,5; p=0,012). De acordo com a classe do anticorpo, observamos que a classe II foi associada a um risco aumentado de RCA (RR=56,4; IC 95%= 4,5 - 709,6; p=0,002). Para anticorpos classe I, foi observada associação marginalmente significante (RR=2,77; IC 95%=0,8 - 8,8; p= 0,08). Uma melhor compatibilidade HLA não foi associada a um risco reduzido de RCA (RR= 0,9; IC 95%=0,2-4; p=0,89). CONCLUSÕES: O presente estudo mostrou que a sensibilização para anticorpos anti-HLA pré-formados om I >= 1.000 está asso iada a um risco aumentado de rejeição celular aguda precoce no transplante de fígado. Anticorpos classe II foram também associados a um risco aumentado de RCA e anticorpos classe I foram tendência. A melhor compatibilidade HLA não foi associada a um risco reduzido de RCA neste estudo. A presença de sensibilização para anticorpos anti-HLA pré-formados poderia servir como marcador de imunorreatividade aumentada contra os enxertos. Isso permitiria ajustes individualizados de imunossupressão / INTRODUCTION: Human leucocyte antigens (HLA) molecules are the main targets of rejection in solid organ transplantation. Significance of anti-HLA preformed antibodies and HLA compatibility remains unclear in liver transplantation. Majority of liver transplants are performed without assessment of preformed anti-HLA antibodies and HLA-matching. OBJECTIVES: Evaluate associations of preformed anti-HLA antibodies and HLA compatibility with acute cellular rejection (ACR) in the first 90 days after transplantation. METHODS: Prospective cohort of ABO-identical/compatible liver transplants between January 2012 and December 2013. Grafts that survived more than 4 days were included. Anti-HLA class I and II antibodies were determined by solid phase assays (LABScreen® Mixed and LABScreen® ingle Antigen). A mean fluores en e intensity ( I) >= 1.000 was considered as positive for anti-HLA antibodies. Recipients and donors HLA typing for HLA-A, B and DR were performed using polymerase chain reaction (PCR) assays. According to HLA mismatches (MM), transplants were divided in compatible (0-3 MM) and incompatible (4-6 MM). Only biopsy proven ACR episodes, associated with abnormal liver tests, were considered. Banff criteria was used for diagnosis of ACR and episodes were graded as mild, moderate and severe. Cox proportional hazards models were performed and associated hazard ratios (HR) were determined. Free ACR rates were estimated with Kaplan-Meier analysis and were compared between groups with the log-tank test. RESULTS: One hundred twenty nine transplants were analyzed. Overall incidence of ACR was 14.7% in 90 days. Assessment of anti-HLA pre-formed antibodies was considered positive in 35.6% of transplants. Regarding HLA compatibility, 91.5% were considered incompatible. Anti-HLA antibodies sensitization was associated with an increased risk of ACR (HR= 4.3; CI 95%=1,3 - 13,5; p=0.012). According to class of antibody, we could observe that class II was associated with an increased risk of ACR (HR=56.4; CI 95%= 4.5 - 709.6; p=0.002). Class I antibodies were considered tendency to increased risk of ACR (HR=2.7; CI 95%= 0.8 - 8.8; p=0,08). A better HLA compatibility was not associated with a lower risk of ACR (HR=0.9; CI 95%=0.2-3.8 p=0.89). CONCLUSIONS: The present study indicates that preformed anti-HLA antibodies with I >= 1.000 are associated with an increased risk of early ACR rejection in liver transplantation. Class II antibodies were also associated with an increased risk of ACR. Class I antibodies were considered tendency. HLA matching had no influence on early acute cellular rejection on this study. Anti-HLA antibodies sensitization could serve as a marker of increased immunoreactivity to the graft. It would serve for tailored immunosuppression
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Avaliação da resposta de anticorpos em indivíduos expostos ao Plasmodium vivax contra um antígeno recombinante correspondente a Proteína de Ligação ao grupo sanguíneo Duffy / Evaluation of antibody response in individuals exposed to Plasmodium vivax against a recombinant antigen corresponding to the duffy blood group binding protein

Rodrigues, Karina Martinelli 19 December 2005 (has links)
No presente estudo, avaliamos a resposta de anticorpos, por ELISA, contra um recombinante bacteriano baseado no domínio 11 da Proteína Ligação ao Duffy (DBP-RII) em indivíduos naturalmente expostos Plasmodium vivax. Amostras de soro de 160 pacientes com malária vivax, procedentes de duas áreas endêmicas do Estado do Pará (Belém e São Jorge), foram utilizadas neste estudo. Estes soros foram também testados contra outras duas proteínas recombinantes derivadas de merozoítas de P. vívax, para efeito de comparação da resposta de anticorpos: AMA-1 (Antígeno 1 Membrana Apical) e MSP119 (região C-terminal de 19 kDa da Proteína 1 Superfície do Merozoíta). A freqüência de indivíduos que apresentaram anticorpos IgG específicos contra as proteínas recombinantes DBP-RII, AMA-1 e MSP119 foi de 15,6% 50% e 93,1%, respectivamente. Observamos que a proporção de indivíduos que apresentaram anticorpos contra DBP-RII e AMA-1 aumentou de acordo com o maior número de exposições prévias ao P. vivax, enquanto que resposta de anticorpos contra a MSP119 desenvolveu-se rapidamente após uma única exposição ao parasita. A persistência da resposta de anticorpos contra DBP-RII, AMA-1 MSP119 foi avaliada em amostras de soro coletadas durante a infecção patente e dois ou nove meses após o tratamento. Observamos que, durante este período, não houve uma diminuição significativa das freqüências respondedores contra DBP-RII e AMA-1. Por outro lado, a freqüência respondedores contra a MSP119, diminuiu significativamente nove meses após o tratamento. Não observamos diferença significativa entre os títulos anticorpos obtidos contra DBP-RII e AMA-1, durante a infecção e dois ou nove meses após o tratamento, indicando que a resposta de anticorpos se manteve. Por outro lado, os títulos de anticorpos para MSP119 foram significativamente maiores durante a infecção patente do que nove meses após o tratamento. / In the present study, we evaluated by ELISA the antibody immune response to a recombinant protein based on the domain II of the Duffy Binding Protein (DBP-RII) in individuals naturally exposed to Plasmodium vivax. Serum samples from 160 patients with vivax malaria were collected in two endemic areas of State of Pará (Belém and São Jorge). For purposes of comparison, ELISA were also performed using two other recombinant proteins representing antigens derived from P. vivax merozoites: AMA-1 (Apical Membrane Antigen-1) and MSP119 (19kDa C-terminal region of Merozoite Surface Protein-1). The frequency of individuals who presented IgG antibodies specific to the recombinant proteins DBP-RII, AMA-1 or MSP119 were 15.6%, 50% or 93.1 respectively. We observed that the proportions of individuals who presented antibodies against DBP-RII or AMA-1 increased according to the number malaria episodes, while the antibodies response to MSP1 19 developed quickly after a single contact with the parasite. The persistence of antibodies response to DBP-RII, AMA-1 or MSP119 was compared in serum samples during patent infection or two and nine months following treatment. We observed that during this period the frequency responders to DBP-RII and AMA-1 remained similar. In contrast, the frequency of responders to MSP119 dropped significantly nine months after treatment. No difference was observed when we compared the antibody titers obtained DBP-RII or AMA-1 during the infection or after treatment. These results established that the antibodies response to DBP-RII or AMA-1 remained similar two or nine months after treatment. In contrast, the antibody titers to MSP119 were significantly lower nine months after treatment when compared to patent infection.
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Clonagem, purificação e caracterização de proteínas antigênicas recombinantes obtidas de Mycoplasma agalactiae. / Cloning, purification and characterization of recombinant antigenic protein of Mycoplasma agalactiae.

Maysa Santos Barbosa 26 September 2016 (has links)
A agalaxia contagiosa é uma doença de notificação obrigatória que causa severas perdas econômicas para produção de ovinos e caprinos mundialmente. Apesar de seu impacto na produção animal, pouco se sabe sobre os fatores de virulência e patogenicidade do M. agalactiae (principal agente etiológico). Desta maneira, o presente estudo possuiu como objetivo a identificação, purificação e caracterização de proteínas antigênicas de M. agalactiae. Para tanto, quatro proteínas de superfície com potencial antigênico (WP_011949419.1, WP_011949418.1 (P40), WP_011949336.1, WP_011949770.1) foram selecionadas. Essas proteínas foram expressas em Escherichia coli e purificadas em coluna de níquel. As proteínas purificadas foram avaliadas quanto a antigenicidade em Western blotting utilizando soros de caprinos naturalmente infectados com M. agalactiae. Todas as proteínas expressas foram imunorreativas aos soros de caprinos naturalmente infectados, demonstrando que as proteínas utilizadas nesse estudo são possivelmente antigênicas e possuem epítopos acessíveis. / The Contagious agalactia is a notifiable disease that causes severe economic losses to sheep and goats worldwide. Despite its impact on animal production, little is known about the virulence factors and pathogenicity of M. agalactiae (main etiological agent). Thus, the present study identified, purified and characterized antigenic proteins of M. agalactiae. Therefore, four surface proteins with antigenic potential (WP_011949419.1, WP_011949418.1 (P40), WP_011949336.1, WP_011949770.1) were selected. These proteins were expressed in Escherichia coli and purified on nickel column. The purified proteins were assayed for antigenicity by Western blotting using goat sera naturally infected with M. agalactiae. All expressed proteins were immunoreactive with sera from naturally infected goats, demonstrating that the proteins used in this study are possibly antigenics and it have acessible epitopes.
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Avaliação da população de células tronco tumorais nas neoplasias da glândula mamária em cadelas /

Gouveia, Gabriela Mayumi. January 2012 (has links)
Orientador: Maria cecilia Rui Luvizotto / Banca: Gisele Fabrino Machado / Banca: Sandra Helena Penha de Oliveira / Resumo: Os tumores mamários são as mais freqüentes neoplasias em cadelas, representando cerca de 50% dos tumores diagnosticadas nesta espécie e tem maior incidência em fêmeas de meia idade a idosas. Têm sido utilizadas como modelo de estudo para neoplasias mamárias de mulher devido às várias características comuns como as similaridades histológicas e imuno- histoquímicas. Na última década, estudos baseados nos perfis moleculares das neoplasias mamárias, tornaram possível a identificação de algumas células neoplásicas com características de células tronco - as células tronco tumorais (CTT). Uma das moléculas putativas para marcação das CTTs é o CD44. A telomerase, que vem sendo relatada como marcador tumoral, é potencialmente expressa também em CTTs. Estudos recentes estabeleceram um elo crucial entre a transição epitelial-mesenquimal (EMT) e a aquisição de propriedades moleculares e funcionais de células-tronco. Por este motivo analisamos a expressão das proteínas CD44, Citoqueratinas AE1/AE3 e Vimentina, e da enzima telomerase, em tumores mamários de cadelas a fim de investigar o potencial de marcação de CTTs e sua relação com a EMT. Para tal foram utilizados métodos de imuno-histoquímica em tecidos parafinizados tanto in vivo quanto in vitro, fazendo-se uso de técnicas como Tissue MicroArrays (TMA), citoinclusão de tecidos tumorais e cultivos celulares. A expressão da telomerase nas células de tumores mamários cultivadas foi analizada por PCR em tempo real. Nas amostras de tecido parafinizado in vivo, a imunomarcação da citoqueratina demonstrou diferença significativa entre tumores benignos e malignos (p˂0,05), mostrando-se mais intensa em tumores malignos. Já a vimentina apresentou maior intensidade de marcação em tumores benignos, porém não apresentando diferença significativa (p˂0,05)... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract:Mammary tumors are the most frequent cancers in dogs, representing about 50% of tumors, and have a higher incidence in females of middle aged and elderly. These tumors have been used as a model for breast cancer in women due to several common characteristics such as histological and immunohistochemical similarities. In the last decade, studies based on molecular profiles of breast cancer, made possible the identification of some neoplastic cells with characteristics of stem cells - cancer stem cells (CSC). One of the putative molecules of CSCs is CD44. Telomerase, which has been reported as a tumor marker, is potentially also expressed in CSCs. Recent studies have established a crucial link between the epithelial- mesenchymal transition (EMT) and the acquisition of molecular and functional properties of stem cells. For that reason we analyzed the expression of proteins CD44, Cytokeratins AE1/AE3 and Vimentin, and the telomerase enzyme, in dogs mammary tumors, to investigate the potencial for CSC markers, and its relation with the EMT using immunohistochemistry in paraffin embedded tissues in both in vivo and in vitro, making use of techniques such as Tissue MicroArrays (TMA), cell blocks from tumors and cell cultures. Besides that, we analyzed the telomerase expression in mammary tumor cultivated cells by quantitative real time PCR. Immunostaining of cytokeratin had no significant difference between benign and malignant tumors (p ˂ 0,05), being more intense in malignant tumors. However vimentina showed higher staining intensity in benign tumors, but with no significant difference (p ˂ 0,05). The expression of CD44 was higher in malignant tumors that have greater proliferative and metastatic potencial, however its relation with EMT was not detected in the analyzed tumors. Telomerase expression was positive in the neoplastic cultivated cells, however without significant difference... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Estudo da associação entre antígenos de histocompatibilidade leucocitária (HLA) e pênfigo vulgar em pacientes brasileiros / Study of the association between HLA antigens and Pemphigus Vulgaris in brazilian patients

Raimar Weber 09 December 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: O Pênfigo Vulgar é uma doença bolhosa crônica que acomente pele e mucosas. A perda de adesão epitelial ocorre por agressão autoimune às desmogleínas presentes nos desmossomos, mediada por anticorpos IgG. Estudos sobre a gênese da autoimunidade no pênfigo indicam associação entre alelos do sistema HLA, especialmente dos loci DR e DQ. A população brasileira apresenta características favoráveis a estudos exploratórios em genética decorrente de sua origem mista e intensa miscigenação. PACIENTES E MÉTODO: O grupo em estudo incluiu trinta e seis pacientes não consanguíneos com diagnóstico de Pênfigo Vulgar comprovado por imunopatologia provenientes do estado de São Paulo, Brasil. Foram tipados para os loci HLA-A, HLA-B e HLA-DR utilizando-se oligonucleotídeos sequência-específica (PCR-SSO). As frequências alélicas e fenotípicas encontradas foram comparadas com as de um grupo controle composto de dados de 712 indivíduos doadores voluntários cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) provenientes de São Paulo e tipados pelo mesmo método. O valor de P crítico foi corrigido utilizando-se o método False Discovery Rate. RESULTADOS: Os alelos HLA-DRB1*04:02, DRB1*08:04 e DRB1*14 estiveram associados à doença com riscos relativos de 44,6, 18,6 e 4,8, respectivamente (p<0,001). Não houve diferença estatisticamente significante entre as frequências de nenhum alelo dos loci HLA-A ou HLA-B entre os grupos. DISCUSSÃO: O alelo DRB1*04:02, diretamente, e o alelo DRB1*14, indiretamente por desequilíbrio de ligação com DQB1*05:03, estão associados com Pênfigo Vulgar em diversas populações ao redor do mundo, porém nenhum estudo semelhante observou associação com o alelo DRB1*08:04 em tamanha magnitude. Acreditamos que as associações encontradas em nosso estudo não sejam decorrentes de viés de estratificação populacional. É necessária, no entanto, a tipagem de loci adjascentes ao HLA-DR dos indivíduos do grupo em estudo para diferenciar se o risco à doença é inerente a estes alelos ou a algum outro nas proximidades, com o qual estariam em desequilíbrio de ligação. CONCLUSÕES: Os alelos HLA-DRB1*04:02, DRB1*08:04 e DRB1*14 estiveram associados ao Pênfigo Vulgar em pacientes brasileiros. / BACKGROUND: Pemphigus vulgaris is a chronic blistering disease affecting skin and mucous membranes. Autoimmune aggression to desmoglein in desmosomes, mediated by IgG antibodies, leads to loss of epithelial cell adhesion. Studies indicate association between some alleles of the HLA system and pemphigus vulgaris, mainly at the DR and DQ loci. Brazilian population characteristics are conducive to genetic exploratory studies because of its various origins and intense ethnically admixture. PATIENTS AND METHODS: The study group consisted of thirty-six unrelated patients with clinical and immunopathological diagnosis of pemphigus vulgaris from a tertiary hospital in Sao Paulo - Brazil. HLA allele typing at the A, B and DR loci was performed after DNA extraction using polymerase chain reaction and sequence-specific oligonucleotide probes (PCR-SSO). Allele and phenotypic frequencies were compared to those from a control group composed by 712 individuals volunteer donors registered in a national registry of bone marrow donors (REDOME) from Sao Paulo, typed using the same method. False Discovery Rate method was used to adjust level of critical P values. RESULTS: The HLADRB1* 04:02, DRB1*08:04 and DRB1*14 were associated with pemphigus vulgaris with relative risks of 44.6, 18.6 and 4.8, respectively (p <0.001). There was no significant difference between the frequencies of any allele of loci HLAA or HLA-B among the groups. DISCUSSION: The alleles DRB1*04:02 and DRB1*14 (indirectly through linkage disequilibrium with the DQB1*05:03) are associated with pemphigus vulgaris in several populations worldwide, however, no similar study reported such magnitude of association between pemphigus vulgaris and DRB1*08:04 allele. We consider that the association is not secondary to population stratification bias. HLA typing of nearby loci is required to differentiate if the association with pemphigus vulgaris is inherent to the HLA-DRB1*08:04 allele or to another gene which is in linkage disequilibrium. CONCLUSIONS: The HLA-DRB1*04:02, DRB1*08:04 and DRB1*14 were associated with pemphigus vulgaris in Brazilian patients

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