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As relações de gênero em Aristófanes : um estudo das esposas legítimas na sociedade ateniense (Sécs. V-IV a.C.) /

Aniceto, Bárbara Alexandre January 2017 (has links)
Orientador: Margarida Maria de Carvalho / Resumo: Tradicionalmente reduzida a um impulso exclusivo de comicidade, a inserção de personagens femininas nas comédias de Aristófanes foi lida por alguns historiadores como uma preocupação do teatrólogo em ridicularizar a imagem da mulher grega. Ao nos debruçarmos sobre a leitura das peças Lisístrata (411 a.C.), As Tesmoforiantes (411 a.C.) e Assembleia de Mulheres (392 a.C.), encenadas no contexto da Guerra do Peloponeso e posterior derrota de Atenas, formulamos a hipótese de que a esposa legítima foi representada como mantenedora da cidade ateniense, uma vez que percebemos a ênfase em sua importância cívica por ser considerada um veículo justo de crítica nas peças aristofânicas. Ao problematizar os acontecimentos e decisões políticas de seu período, o comediógrafo o fez inserindo mulheres ativas em suas obras, responsáveis por aconselhar seus maridos sobre aquilo que julgavam prejudicial à pólis. Pela lei de Péricles, vigente a partir de meados do V século a.C., eram essas mulheres ativas que carregavam o compromisso de reproduzir cidadãos atenienses, contribuindo para a manutenção da lógica democrática clássica. Em nossa visão, o poeta publicita a faceta atuante e interventora do feminino justamente porque ela estava calcada na legitimidade da transmissão da cidadania. Pautados na análise da documentação textual e na História de Gênero, pretendemos compreender a participação feminina, especificamente das esposas legítimas, na sociedade ateniense do V e início do IV séculos a.C.,... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Traditionally reduced to an exclusive comicality impulse, the insertion of female characters in the comedies of Aristophanes was read by some historians as a concern of the playwright in ridiculing the image of Greek woman. When we dive into the reading of Lysistrata (411 BC), Thesmophoriazusae (411 BC) and Assemblywomen (392 BC), staged in the context of the Peloponnesian War and subsequent defeat of Athens, we formulated the hypothesis that the legitimate wife was represented as maintainer of the Athenian city, since we perceive the emphasis in her civic importance as a righteous vehicle of criticism in Aristophanes‘ plots. In problematizing the occurrences and political decisions of his period, the playwright did it inserting active women in his plots; they were responsible for advising their husbands on what they judged to be harmful to the polis. By the law of Pericles, valid since the middle of the fifth century BC, these active women were committed to reproducing Athenian citizens, contributing to the maintenance of the classical democratic logic. In our view, the poet shows the acting and intervening facet of the feminine precisely because it was based on the legitimacy citizenship transmission. Based on the analysis of the textual documentation and on Gender History, we intend to understand the feminine participation, specifically of the legitimate wives, in the Athenian society of the fifth and beginning of the fourth centuries BC, by problematizing the relation bet... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Da apoteose à Damnatio Memoriae

Corrêa, Luciano Prado 14 December 2011 (has links)
Resumo: O sistema política romano transitou de um governo aristocrático, a república, para um governo monárquico, o principado. Otávio inaugurou o principado e a dinastia julio-claudiana. Gradativamente foram estabelecidos princípios que visavam promover a legitimação da figura central, o prínceps. Um dos mecanismos de fortalecimento imperial tinha cunho religioso, a divinização dos imperadores. O alvo de um imperador ao divinizar seu antecessor era tornar-se sucessor ou até filho de um deus. Cláudio foi imperador por quatorze anos e embora tenha feito um bom governo foi objeto de descrições depreciativas pela historiografia romana. Morreu envenenado e abriu caminho para que Nero se tornasse o novo imperador. Elevado por Nero à condição de divus, recebeu honrarias e discursos elogiosos em seu funeral. Posteriormente acabou sendo alvo de um tratado difamatório, a Apokolokintosis que visava satirizar a divinização do príncipe e colocá-lo na condição de uma abóbora. A Apokolokintosis, escrita pelo filósofo e professor de Nero, Sêneca, narra a viagem de Cláudio ao panteão para unir-se aos demais deuses. Num embate nos moldes de uma assembléia senatorial, Cláudio, após ser acusado de modo contundente, inclusive pelo divino Augusto, foi considerado indigno de ser um novo deus romano e finalmente condenado. Os festejos cívicos bem como a divinização foram ferramentas políticas utilizadas pelos imperadores. A discussão neste trabalho ultrapassa a linha do merecimento de Cláudio para tornarse um deus e objetiva compreender as motivações que fizeram Sêneca optar por difamar o imperador falecido.
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O problema dos futuros contingentes

Fleck, Fernando Pio de Almeida January 1991 (has links)
Resumo não disponível
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Mulheres deportadas na Assíria / Deported women in assyria

Silva, Simone da Silva January 2017 (has links)
Nesta dissertação são analisadas fontes iconográficas do I milênio a.C. na Assíria representando mulheres deportadas. Examinam-se representações de mulheres na arte assíria, resgatando-se a memória de sujeitos subalternos na historiografia e suas funções no cenário bélico. Realiza-se um catálogo temático das representações de mulheres deportadas na arte assíria, com uso de fontes editadas, contendo ficha técnica, com descrição iconográfica e interpretação. Além de se estudar como eram representadas as mulheres deportadas e quais funções os assírios davam para estas mulheres nas narrativas bélicas, vemos como se representava o outro, o estrangeiro inimigo, vencido e cativo. Nota-se, ademais, que os assírios ressaltavam aspectos da sua compreensão de feminilidade, assim como denotavam a distinção étnica e de gênero que marcava a identidade dessas mulheres, oriundas de diversas regiões sob domínio do impérioassírio (884-631 a.C.). / This work plan to do an analysis of iconographic sources from the I millennium B.C. in Assyria. The studies of these iconographic sources are widespread among Assyriologists and scholars of Assyrian art. However, little is attentive to the presence of women in Assyrian art. Besides being subaltern historiography subject as a whole, women and their role in war are poorly studied objects. In this paper, I intend to develop a critical and analytical view of how the deported women were represented, and what actions the Assyrians gave to these women in warlike narratives, besides representing the other, the stranger, the Assyrians were concerned to emphasize aspects of their understanding of femininity, as well as emphasized the gender distinction in aspects that marked the identity of these women, coming from different parts that were on the domain of the Assyrianempire.
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Ler os clássicos com 'olhos modernos' - ou como a história antiga deveria ser lida no século XVIII português : método e crítica em Verney (1713/1792)

Schwengber, Jacson January 2016 (has links)
A presente pesquisa propõe uma reflexão sobre a leitura da história no século XVIII português, em especial a leitura de autores clássicos, ou de autores modernos que escreveram sobre a Antiguidade. Como fundamentação teórica, propõe-se que: tanto as maneiras de escrever e os objetos de escrita, quanto as razões e as maneiras de se ler, são elementos constitutivos do conhecimento histórico. Através da análise das obras de Luís António Verney (1713/1792), busca-se, portanto, responder: como e por que a história antiga era lida? Este estudo, ainda que trate de um caso particular, pretende contribuir, mesmo que de forma provisória e limitada, para a compreensão da historiografia e das práticas letradas do período, pois, ao construir suas preceptivas de leitura, o autor lusitano fez uso de tópicas compartilhadas por diversos outros autores europeus. Como estratégia heurística fez-se uso das noções de método e crítica como ferramentas de leitura, conformando, assim, o que aqui se chamou de um olhar moderno sobre a história antiga. / This research proposes a reflection on the reading of history in the Portuguese eighteenth century, especially the reading of classical authors, or modern writers whose works talk about antiquity. As the theoretical basis, we propose that both ways to write and writing objects, as well as the reasons and ways to read, are elements that compose the historical knowledge. By analyzing the works of Luís António Verney (1713/1792), therefore, this research aim to elucidate: in which way and for what reason antique history was read? This study, although it covers a particular case, intends to contribute, even if in temporary and limited basis, for understanding the historiography and literacy practices of the period, because, by forming his reading preceptives, the Lusitanian author made use of some topical shared by many other European authors. As a heuristic strategy was employed notions of method and critic as reading tools; conforming, in this way, what is here called a modern look at antique history.
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O conceito de nous produtivo em Aristóteles / The concept of productive nous in Aristotle

Fernanda de Araujo Izidório 26 October 2017 (has links)
O volume de literatura secundária sobre o conceito aristotélico de noûs produtivo é proporcional à brevidade e à obscuridade com que ele é apresentado no quinto capítulo do terceiro livro do \"De Anima\". Esta dissertação visa investigar as razões que fazem deste texto terreno fértil para as mais diversas interpretações. Para tanto, este estudo parte do comentário analítico de DA III 4-5, destacando as possibilidades interpretativas de cada passagem e as variantes textuais mais significativas. Procurou-se explorar outras passagens do corpus aristotélico que podem ser utilizadas para elucidar o conteúdo desses capítulos, considerando as opções adotadas pelos principais comentadores antigos. Após mostrar que o texto comporta igualmente as leituras mais díspares, buscou-se evidenciar como elementos extratextuais, tais como a filosofia e o método exegético predominante no tempo de cada interprete podem ser identificados nas opções adotadas. Para tanto, adotou-se a obra de Alexandre de Afrodísia como objeto de exposição e análise, uma vez que sua identificação do nous produtivo à Causa Primeira de Met. XII 7-9 é a mais influente e polêmica das exegeses deste conceito. Para tanto, foram apresentadas suas principais teses e contrastadas com a base textual aristotélica, de modo pôr em relevo as características do método do Exegeta. / The amount of secondary literature on the Aristotelian concept of productive nous is proportional to the briefness and obscurity of its presentation in the fifth chapter of the Book Three of the De Anima. This thesis aims to investigate the reasons why this text offers a fertile ground for the most varied interpretations. Therefore, this text begins with an analytical commentary on DA III 4-5, highlighting the interpretative possibilities and the most significant textual variants of each passage. We searched for other passages of the Aristotelian corpus that could help us elucidate the content of these chapters, considering the options adopted by the main ancient commentators. After showing how the text equally accepts the most disparate readings, we tried to evidence how extra-textual elements, such as the philosophy and exegetical method predominant in the time of each interpreter can are present in the adopted options. For this, the work of Alexander of Aphrodisias was adopted as object of exposition and analysis, since its identification of the productive nous to the First Cause of Met. XII 7-9 is the most influential and polemical exegesis of this concept. His main arguments were presented and contrasted with the Aristotelian textual background, to highlight the characteristics of the Exegete\'s methods.
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[en] PLATO, READER OF ARISTOPHANES: ELEMENTS FOR AN INTERTEXTUAL AND PROLEPTIC READING OF THE APOLOGY OF SOCRATES / [pt] PLATÃO, LEITOR DE ARISTÓFANES: ELEMENTOS PARA UMA LEITURA INTERTEXTUAL E PROLÉPTICA DA APOLOGIA DE SÓCRATES

ANTONIO JOSE VIEIRA DE QUEIROS CAMPOS 15 August 2018 (has links)
[pt] Platão, Leitor de Aristófanes (Elementos para uma leitura intertextual e proléptica da Apologia de Sócrates) mostra a dívida platônica e suas consequências literário-político-filosóficas com a herança cultural e literária de seu tempo, sobretudo a proveniente da Comédia Antiga, ressaltando, muito especialmente, a contribuição de Aristófanes na configuração dramático-filosófica da obra inicial de Platão. Dá ênfase à dimensão de intertextualidade inerente ao corpus platonicum. Examina criticamente a tese hermenêutica de Charles Kahn, fundada em seu conceito de prolepse, tentando ampliar sua aplicação a um número maior de diálogos platônicos e incorporando a essa noção elementos literário-políticos. Finalmente, dá atenção especial à interpretação de três temas concebidos como cruciais para uma compreensão intertextual e proléptica da obra considerada como inaugural na carreira platônica de escritor e filósofo, a Apologia de Sócrates: o episódio do oráculo de Delfos, o significado do elenco socrático e de sua aplicação e a diferenciação entre a chamada ironia socrática e uma possível ironia platônica. / [en] Plato, Reader of Aristophanes (Elements for an intertextual and proleptic reading of The Apology of Socrates) shows the platonic debt to the cultural and literary heritage of his time, mostly to Ancient Comedy, highlighting Aristophanes contribution to the dramatic and philosophical configuration of Plato s initial work. It stresses the intertextual dimension inherent to the platonicum corpus. Another goal is a critical inquiry into the hermeneutic thesis by Kahn, founded on his concept of prolepsis, with the intention of broadening its appliccation to a larger number of platonic dialogues through incorporating literary and political elements to this notion. Finally, special attention is given to the interpretation of three crucial themes to an intertextual and proleptic comprehension of what is considered the first dialogue of the platonic career as writer and philosopher, the Apology of Socrates: the Delphi oracle episode, the socratic elenchus’ significance and application and the distinction between the so-called socratic irony and a possible platonic irony.
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As aporias do livro b da Metafísica de Aristóteles

Santos, Marina dos January 2006 (has links)
Resumo não disponível
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O sagrado na paisagem em Heródoto

Hecko, Leandro January 2006 (has links)
Aqui se explora a questão da apreensão do espaço do mundo conhecido no século V a.C, principalmente, a partir da obra do historiador grego Heródoto. Para isso parte-se da percepção do espaço do mundo, dividido em porções de acordo com uma cultura, a grega, para em seguida se estabelecer uma tipologia dos espaços do mundo, entendendo alguns momentos importantes da demarcação geográfica do planeta, dos povos e culturas. Num segundo momento a busca caminha para um tipo específico de espaço: aquele que é sacralizado pela cultura. Dessa forma entende-se que a cultura cria uma paisagem sagrada erigida a partir de lugares classificados através de uma tipologia que estabelecemos segundo a utilização do termo hieros e suas variantes, por Heródoto. Espaço sacralizado transformado em paisagem. No último momento, com base da tipologia do espaço sagrado, busca-se o sagrado entre Homero e Heródoto, entendendo as ligações como parte de um todo cultural de dois indivíduos que se preocupam em registrar o mundo, seus povos e culturas bem como as especificidades de suas relações com o meio em que vivem, mormente o sagrado. / Here the subject of the apprehension of the space of the known world is explored in the V century b.C., mainly, starting from the Greek historian's work Herodotus. For that begins of the perception of the space of the world, divided in portions in agreement with a culture, the Greek, for soon after to settle down a typology of the spaces of the world, understanding some important moments of the geographical demarcation of the planet, of the people and cultures. In a second moment the search bed for a specific type of space: that sacralizade for the culture. In that way understands each other that the culture creates a sacred landscape erected starting from places classified through of a typology that we established according to the use of the term hieros and your variants, by Herodotus. Sacred space transformed in sacred landscape. In the last moment, with base in the typology of the sacred space, the sacred is looked for between Homer and Herodotus, understanding the connections as part of an all cultural of two individuals that you/they worry in registering the world, our people and cultures as well as the specific details of your relationships with the sacred. (rever)
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A narrativa histórica de Tucídides e a Guerra do Peloponeso: verdade e ficção / The historical narrative of Thucydides and the Peloponnesian War: Truth and Fiction

Monteiro, Rafael Ferreira January 2014 (has links)
MONTEIRO, Rafael Ferreira. A narrativa histórica de Tucídides e a Guerra do Peloponeso: verdade e ficção. 2014. 87f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2014. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-09-22T16:06:22Z No. of bitstreams: 1 2014_dis_rfmonteiro.pdf: 528534 bytes, checksum: 3d8f897d3c2ab0870d566ac3becbef3f (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-09-22T17:09:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_dis_rfmonteiro.pdf: 528534 bytes, checksum: 3d8f897d3c2ab0870d566ac3becbef3f (MD5) / Made available in DSpace on 2014-09-22T17:09:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_dis_rfmonteiro.pdf: 528534 bytes, checksum: 3d8f897d3c2ab0870d566ac3becbef3f (MD5) Previous issue date: 2014 / The Greek historian Thucydides wrote his History of the Peloponnesian War because he realized that war would be big, the biggest one ever happened. His work marks a transition of narrative technique: if in Herodotus, the father of History, according to the Latin orator Cicero, the fable persists, in Thucydides there is a break with the mythos, that is, the narrative is constructed by concrete, researched and previously analyzed terms (logos). This removal is, however, seeming. In fact, the historian makes use of reason to make his narrative, as well as he sometimes uses a language “dry” and “rough” and he asserts to keep himself stick only to facts. Then how can we relate him to a literary world? We should analyze the picture of the historian from another perspective. Like asserts White (1994), the perspective of how an historical situation depends on the subtlety harmony between the structure of the plot and the group of actions that build, by way of this process, a literary operation, which creates the fiction. The author researches, gathers, analyzes, interprets and, finally, recreates the facts, rearranges and reconfigures them, in order to produce something concrete, impartial. However, the historical is not that simple: there are many possible interpretations, and there are many intersections with other genres (like epic, tragedy and comedy), and with other areas of knowledge (philosophy, politics, economy). Thus, the aim of this work is precisely to point out these characteristic of the text, proving the artistic value, the work with the Greek language and the constructive imagination of the Greek historian when he writes his work. / O historiador grego Tucídides escreveu a Guerra do Peloponeso porque percebeu que esta guerra seria grande, a maior guerra já acontecida. A obra marca uma transição de técnica narrativa: se, em Heródoto, o pai da História, segundo o orador latino Cícero, persiste a fábula, em Tucídides há o rompimento com o mythos, ou seja, a narrativa se constrói em termos concretos, pesquisados e analisados previamente (logos). Esse afastamento, contudo, é aparente. De fato, o historiador faz uso da razão ao compor sua narrativa, assim como utiliza uma linguagem por vezes “seca” e “áspera” e afirma manter-se fiel apenas aos fatos. Como relacioná-lo, então, com o mundo da literatura? Devemos analisar a figura do historiador a partir de outro viés. Segundo afirma White (1994), o viés do modo como uma situação histórica depende da sutileza e da harmonia entre a estrutura do enredo e o conjunto dos acontecimentos, formando, por meio desse processo, uma operação literária, criadora de ficção. O autor pesquisa, compila, analisa, interpreta e, por fim, recria os acontecimentos, reorganiza-os e reconfigura-os, com o intuito de produzir algo concreto, imparcial. A narrativa histórica, no entanto, está longe de ser tão simplória: há muitas interpretações possíveis, há muitas intersecções com outros gêneros (tais como o épico, o trágico e o cômico), e com outras áreas do conhecimento (a filosofia, a política, a economia). Assim, o objetivo deste trabalho é justamente apontar tais características no texto, evidenciando o labor artístico, o trabalho com a língua grega e a imaginação construtiva do historiador grego ao escrever sua obra.

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