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As amarras das políticas públicas : o impacto do programa de aquisição de alimentos no assentamento Nova Conquista/ES /Pereira, Maria Aliene de Jesus January 2017 (has links)
Orientador: Paulo Roberto Raposo Alentejano / Resumo: Este estudo faz uma relação entre os acontecimentos históricos, passando pelo processo migratório das famílias sem-terra capixabas, os projetos de modernização da agricultura no território norte do Espírito Santo e o estudo das políticas públicas, com o foco no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Para delimitação da pesquisa foram escolhidas as famílias do Assentamento Nova Conquista, no município de Pinheiros, no Espírito Santo. O trabalho teve como objetivo caracterizar as políticas públicas para o campo, avaliando os impactos do PAA, a partir do ponto de vista social e econômico, identificando os avanços, as amarras e as possibilidades de superação no processo de resistência, bem como a continuidade do programa dentro da conjuntura atual. Como metodologia, foram utilizadas algumas obras para subsidiar as fundamentações teóricas da elaboração, pesquisa documental e participante, utilizando entrevistas semiestruturadas, dados estatísticos, assim como, a coleta de dados e estudo de campo. Também, se somaram a este trabalho a elaboração de tabelas, planilhas e gráficos para melhor visualização e sistematização na análise da pesquisa. / Abstract: This research makes a relation among the historical events happening through the migratory process of the landless “capixaba” families, as well as the agricultural modernization projects in the north of Espírito Santo and the publ ic policies study focused on the PAA (Food Acquisition Program). The families from Nova Conquista settlement, in the municipality of Pinheiros, state of Espírito Santo, were choosen as a delimitation for this research. The objective of this study was to characterize the public policies for the field, evaluating the impacts of the PAA, from the social and economic point of view, identifying the advances, the moorings and the possibilities of overcoming in the resistance process, as well as the continuity of the within the current context. The methodology used some works to support the theoretical basis, documentary and participatory research according to semi-structured interviews, statistical data, data collect and field study. This work also adds tables, spreadsheets and graphics for analizing and organizing information to this research. / Mestre
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A questionável energia do desenvolvimento: a construção do parque gerador hidrelétrico brasileiro e a expropriação camponesa / The questionable development of energy: the construction of Brazilian hydroelectric generating facilities and the peasant expropriationNaves, Jaqueline de Cássia 23 August 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-08-23 / This study presents the dynamics of the disputed territories, using analysis as the conflict between the
model of the Brazilian electric power generation, focused on hydroelectric power source and peasant
dispossession caused by the construction of hydroelectric plants in Brazil. The text is organized by
presenting the relationship between the development model adopted by the Brazilian government and
its policies aimed at the electricity sector between the years 1945-1990, during which experiences the
largest buildings of hydroelectric and strengthens the option for hydroelectricity. Thus, the state in
Brazil has acted as administrator but as a producer of energy in this period. The measures imposed on
the peripheral capitalist countries during the restructuring of the capitalist mode of production in the
years 1980-1990 yielded a number of measures of fit for these economies, such as the
desancionalização the economy that led to the privatization of public enterprises and opening the
economy to international capital thereby aggravating the dependency of these economies to foreign
capital. The electrical sector in Brazil is among the sectors that has opened for denationalization, as the
privatization of several production units, state-owned generation and power trading. The lack of
investment in installed capacity due to the economic crisis of the 1980s, coupled with the growing
demand for electricity and the national electric system susceptibility to weather weather Brazil is
experiencing a crisis of energy supply in 2001. The Blackout of 2001 triggered the opening of the law
of power generation and environment for private sector participation intensifies the self-producers and
independent producers who have invested heavily in production facilities hydroelectric facilities. The
sector that has invested in increased production of hydroelectric power was the sector of electrointensive
industries, interested in getting cheap hydropower and private industries such as Alcoa
Aluminio SA and Votorantim Energia. Because of the blackout measures the government authorizes
the construction of new dams without proper environmental and social rigor, resulting in several cases
of irregularities in construction producing irreparable social and environmental impacts. UHE Serra
Facão in Catalão (GO) was approved without a criterion of these plants by IBAMA, resulting in this
way, the peasant expropriation and environmental damage, such as the death of part of icitiofauna. The
fourth chapter presents the relationship of peasant with its territory based on the inseparable triad of
ethics peasant: family, land and labor. The construction of the territory and territorialization of the
peasant resistance movement against expropriation produced by UHE Serra Facão and the effects on
the lives of some peasants who were deterritorialized / reterritorialized by UHE Serra Facão. / O presente trabalho busca apresentar a dinâmica dos territórios em disputa, usando como
análise o conflito entre o modelo de geração de energia elétrico brasileiro, concentrado na
fonte hidrelétrica e a expropriação camponesa causada pela construção de hidrelétricas no
Brasil. O texto se organiza apresentando a relação entre o modelo de desenvolvimento adotado
pelo Estado brasileiro e suas políticas direcionadas ao setor elétrico entre os anos de 1945-
1990, período onde ocorrem as maiores construções de usinas hidrelétricas e se fortalece a
opção pela hidroeletricidade. Desta forma, o Estado no Brasil desempenhou a função de
administrador, mas também de produtor de energia naquele período. As medidas impostas aos
países de capitalismo periférico no período da reestruturação do modo capitalista de produção
nos anos 1980-1990 produziu inúmeras medidas de ajuste à estas economias, tais como, a
desnacionalização da economia que implicou a privatização das empresas públicas e a
abertura da economia ao capital internacional, agravando, assim, a dependência destas
economias ao capital estrangeiro. O setor elétrico no Brasil foi um dos setores que mais se
abriu à desnacionalização, como a privatização de várias unidades produtoras, estatais de
geração e comercialização de energia. A falta de investimentos na potência instalada em razão
da crise econômica dos anos 1980, aliado ao crescimento da demanda por energia elétrica e
suscetibilidade do sistema elétrico nacional às intempéries metereológicas o Brasil vive a
crise do fornecimento de energia no ano de 2001. O Apagão de 2001 desencadeou a abertura
da legislação de geração elétrica e ambiental para o setor privado, intensifica-se a participação
dos autoprodutores e produtores independentes que investiram maciçamente em unidades de
produção hidrelétrica privada. O setor que mais investiu no crescimento da produção de
energia hidrelétrica foi o setor das indústrias eletrointensivas, interessados em conseguir
energia hidrelétrica barata e privada, como as indústrias Alcoa Alumínio S.A. e Votorantim
Energia. Em razão das medidas do apagão o governo autoriza a construção de novas
hidrelétricas sem o devido rigor ambiental e social, resultando assim, em vários casos de
irregularidades nas construções produzindo impactos socioambientais irreparáveis. A UHE
Serra do Facão no município de Catalão (GO) foi uma destas usinas aprovadas pelo IBAMA,
que apresentaram problemas no EIA/RIMA e no PBA, e que provocaram a expropriação
camponesa e prejuízos ambientais, tal como, a mortandade de parcela da icitiofauna. O quarto
capítulo apresenta-se a relação do camponês com seu território baseado na tríade indissociável
da ética camponesa: família, terra e trabalho. A construção do território camponês e a
territorialização do movimento de resistência contra a expropriação produzida por UHE Serra
do Facão, bem como os efeitos na vida de alguns camponeses que foram
desterritorializados/reterritorializados por UHE Serra do Facão.
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Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel: sujeição da renda da terra camponesa ao capital no Território de Identidade de Irecê - BA / National Program for Biodiesel Production and Use: Subjection of income on land to the peasant Capital Territory Identity Irecê - BAJosé Antonio Lobo dos Santos 03 July 2012 (has links)
A pesquisa analisou as implicações do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) no processo de subordinação da renda da terra camponesa no Território de Identidade de Irecê - BA. Para tanto, utilizamos técnicas de pesquisa qualitativa, por meio de entrevistas realizadas com os gestores locais do Programa, líderes sindicais, gestores de cooperativas, servidores técnicos administrativos de órgão públicos envolvidos, comerciantes atravessadores e camponeses produtores de mamona. Além das entrevistas, o estudo foi fundamentado em ampla análise bibliográfica e coleta de informações de dados secundários em instituições especializadas, tais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Os resultados mostraram que há um complexo jogo de forças que surge na estrutura de políticas públicas orquestradas pelo Estado para possibilitar a criação de novas dinâmicas socioeconômicas no seio da produção de riquezas por meio do trabalho de famílias camponesas. Constatamos que o PNPB está criando possibilidades para que o capital se renove em processos antigos de expropriação direta e indireta de renda no momento em que organiza um mercado nacional de biocombustíveis embasado numa normatização de atividades que coloca o capital agroquímico-financeiro, os comerciantes e os camponeses em uma negociação produtiva no mercado capitalista. No Território em análise, verificamos que a relação entre o PNPB e os camponeses se dá de forma estreita, pois as famílias camponesas inseridas no Programa estão produzindo para uma gama de atravessadores, integrados por meio de redes de drenagem da renda da terra camponesa. Questões como a organização dos atravessadores, a territorialização de políticas públicas, a articulação do capital agroquímico-financeiro com entidades de classe, entre outras, apontam para uma expressiva mudança nas regras do jogo capitalista, pois, no Território, saiu de cena a monocultura do feijão, para permitir a entrada de um novo conjunto de ações calcadas na integração do grande capital com camponeses, entidades de classe e políticas públicas, em um diferente formato de expropriação de trabalho. O contato direto com camponeses, atravessadores, gestores públicos, associações de produtores e entidades de classe, a exemplo dos sindicatos rurais, nos revelou a existência de um novo conjunto de relações de poder que está se materializando em estratégias voltadas para a criação de uma formatação socioprodutiva que envolve diferentes segmentos sociais. Esses vão se articulando de forma aparentemente oportuna e igualitária, porém, na essência, se territorializam basicamente numa urdidura capitalista, extremamente excludente e desigual. No Território de Identidade de Irecê, visualizamos claramente os efeitos dessa conjuntura organizacional, formada por complexos pilares de sustentação da acumulação de riqueza, em contradição com a exploração do trabalho camponês. / This study analyzed the implications of the Brazilian National Biodiesel Production and Use (Programa Nacional de Producao e Uso de Biodiesel/PNPB) subordinating the process of the income of peasant land in the Territory of Identity Irecê - BA. For this study, qualitative research techniques was used through interviews with local program managers, union leaders, cooperative managers, technical employees, technical administrative organs, traders and middlemen peasant producers of castor oil. Besides interviews, this study was based on an extensive literature review, data collection and secondary data with specialized institutions such as the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) and the Superintendency of Economic and Social Studies of Bahia (SEI). The results showed that there is a complex interplay of forces which arises in the structure of public policy orchestrated by the State that enables the creation of new socio-economic dynamics within the production of wealth through the work of small farmers. This research showed that the PNPB is creating opportunities for capital to be renewed in old cases of direct expropriation and indirect income when hosting a national market for biofuels grounded in regulation of activities that place the agrochemical and financial capital, traders and peasants in productive negotiations with the capitalist market. While analyzing the territory, we find that peasants and PNPB have a close relationship because rural families are included in the program for producing a range of intermediaries, integrated through the drainage network of the income of peasant land. Issues such as the organization of the middlemen, the territorialization of public policies, the joint capital agrochemical-finance entities, among others, point to a significant change in the rules of the capitalist game. Therefore in this territory a scene monoculture beans was left behind to allow the entry of a new set of actions gleaned from the integration of big business with farmers, associations and public policies in a different form of expropriation of work. Direct contact with farmers, middlemen, public managers, producers\' associations and unions, like the rural unions, has revealed the existence of a new set of power relations that is materializing in strategies aimed at creating a formatting socioprodutiva involving different segments of society. These will be articulated in a seemingly timely and equitable maner, but in essence, is basically a warp territorializam capitalist, highly exclusionary and unequal. In the Territory of Identity Irecê, we visualize clearly the effects of this complex organization, formed by complex pillars of wealth accumulation, at odds with the exploitation of peasant labor.
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Territórios em conflito: a comunidade Macaúba/Catalão (GO) e a territorialização da atividade mineradora / Territories in conflict: the community Macaúba/Catalão (GO) and to the territorialisation of mining activityFerreira, Ana Paula da Silva de Oliveira 09 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Peasant agriculture in Brazil has developed on the margins of the capitalist system. However,
even without being designed the necessary conditions for their reproduction, it has reinvented
itself in the everyday actions that articulate experiences, knowledge and social exchanges,
which has allowed it to continue. Between 1970 and 1980 the city of Catalão (GO) mining
companies received state capital and private territorializam in rural areas (where they live
predominantly peasant families) to exploit the mineral deposits of niobium and phosphate,
leading to a conflict over land use . Faced with this reality we set out to think about the
occupation of a territory from two different rationales. On the one hand, the objective is the
exploration of industrial minerals correspondent, and has another peasant families seeking
resources on earth to live. We defined the objective of the research to understand the
socioeconomic transformations, cultural and environmental factors that are occurring in the
Community Macaúba depending on the process of territorial expansion and mining
industries. The arrival of these companies has meant, for some, synonymous with economic
growth and "development" for the city. On the other hand, generated a series of negative
effects on the environment and the surrounding communities of the area occupied with the
destruction of areas of Cerrado. There is also noise pollution, air and water, which directly
affect the communities where these businesses are territorializaram like Macaúba
Communities, located in the Catalão (GO). Another effect that affects the Community refers
to the dispossession of peasant families who are forced to bear the effects, sometimes painful,
this process. The effects of mining in the Community are social, economic, environmental and
cultural. However, even with so many dead ends, the Community continues to exist, to
reproduce itself, reinventing itself daily, to creating strategies that underlie this work and ties
of solidarity, leisure and community life. There is an organization of the Community to
continue to exist in a form of silent resistance, where the Community significance to their
lives, their customs rescues as joint efforts, prayers, festivals, football, horseback riding. / A agricultura camponesa no Brasil tem se desenvolvido na marginalidade do sistema
capitalista. No entanto, mesmo sem lhes ser concebida as devidas condições para sua
reprodução, esta tem se reinventado em ações cotidianas que articulam experiências, saberes e
trocas sociais, que tem lhe permitido continuar a existir. No período entre 1970 e 1980 o
município de Catalão (GO) recebeu empresas mineradoras de capital estatal e privado que
territorializam em área rural (onde moram predominantemente famílias camponesas) para
explorar as jazidas minerais de nióbio e fosfato, ocasionando um conflito pelo uso do
território. Diante desta realidade nos propusemos a pensar sobre a ocupação de um território a
partir de duas racionalidades diferentes. De um lado, objetiva-se a exploração de minerais
para a indústria correspondente, e de outro se tem famílias camponesas que buscam na terra
os recursos para viverem. Delimitamos como objetivo geral da pesquisa compreender as
transformações socioeconômicas, culturais e ambientais que estão ocorrendo na Comunidade
Macaúba em função do processo de territorialização e expansão das indústrias mineradoras.
A vinda dessas empresas significou, para alguns, sinônimo de crescimento econômico e
“desenvolvimento” para a cidade. Por outro lado, gerou uma série de efeitos negativos para o
meio ambiente e para as comunidades do entorno da área ocupada, com a destruição de áreas
de Cerrado. Há também a poluição sonora, do ar e da água, que afetam diretamente as
comunidades onde essas empresas se territorializaram, como a Comunidades Macaúba,
localizada no município de Catalão (GO). Outro efeito que atinge a Comunidade refere-se à
desterritorialização de famílias camponesas que se vêem obrigadas a arcarem com os efeitos,
por vezes dolorosos, desse processo. Os efeitos das mineradoras na Comunidade são sociais,
econômicos, ambientais e culturais. No entanto, mesmo diante de tantos impasses, a
Comunidade continua a existir, a se reproduzir, se reinventando diariamente, criando para isso
estratégias que perpassam o trabalho, laços de solidariedade, o lazer, a vida em comunidade.
Há uma organização da Comunidade para continuar a existir, em uma forma de resistência
silenciosa, onde a Comunidade resignifica suas existências, resgata seus costumes como os mutirões, as rezas, as festas, o futebol, a cavalgada.
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Produção de subsistência/autoconsumo e resitência camponesa no assentamento Pedro Ramalho em Mundo Novo/MS / Subsistence production and consumption and peasant resistance in the settlement Pedro Ramalho in Mundo Novo/MSLima, Ivanildo Vieira 26 October 2009 (has links)
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Ivanildo Vieira Lima.pdf: 6405226 bytes, checksum: e5871974e7aeecf7fb31c1401e13e3db (MD5)
Previous issue date: 2009-10-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In that research we analyzed resistance peasant's forms, we left of the
presupposition that besides the fights in the social movements the peasants develop other
resistance forms to guarantee its existence in an adverse system as the capitalism. Resultant
of the experiences in the fight for the earth, the seated peasants have been trying to organize
the production in the establishments in mutirões, cooperatives, collective groups, etc. It has
also been trying to implement a subsistence agriculture and autoconsumo for warranty of its
own existence, looking for like this, to alleviate the subordination that the domain of the
capitalist rules imposes it. This production gone back to the autoconsumption and
subsistence is verified in the establishment Pedro Ramalho in Mundo Novo-MS as a
resistance strategy to guarantee its existence while class peasant. However, in that study we
tried to demonstrate that the peasants have been looking for to cultivate species that allow a
flexibility, that is to say, a production that can be destined to the market and still to be
addressed for the consumption. Being the autoconsumo production a genuine activity of the
peasant and it is part of the essence of this I subject. This autoconsumption production is
still today fundamental element in the reproduction and resistance peasant to the
impositions of the capitalist system. This flexibility between the autoconsumo and
subsistence is very strong in the rural establishments of agrarian reform, as it is the case of
the establishment Pedro Ramalho in Mundo Novo/MS. / Nessa pesquisa analisamos as formas de resistência camponesa, partimos do
pressuposto que além das lutas nos movimentos sociais, os camponeses desenvolvem
outras formas de resistência para garantir a sua existência num sistema adverso como o
capitalismo. Resultante das experiências na luta pela terra, os camponeses assentados têm
procurado organizar a produção nos assentamentos em mutirões, cooperativas, grupos
coletivos, etc. Tem também procurado implementar uma agricultura de subsistência e
autoconsumo para garantia de sua existência, buscando assim, aliviar a subordinação que o
domínio das regras capitalistas lhe impõe. Esta produção voltada para o autoconsumo e
subsistência é verificada no assentamento Pedro Ramalho em Mundo Novo - MS como
uma estratégia de resistência para garantir a sua existência enquanto classe camponesa.
Nesse estudo procuramos demonstrar que os camponeses têm buscado cultivar espécies que
permitem uma flexibilidade, ou seja, uma produção que pode ser destinada ao mercado e
ainda ser direcionada para o consumo, sendo a produção de autoconsumo uma atividade
genuína do campesinato e fazendo parte da essência deste sujeito. Ainda hoje esta produção
de autoconsumo é elemento fundamental na reprodução e resistência camponesa às
imposições do sistema capitalista. Esta flexibilidade entre o autoconsumo e subsistência é
muito forte nos assentamentos rurais de reforma agrária, como é o caso do assentamento
Pedro Ramalho em Mundo Novo/MS.
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Produção de subsistência/autoconsumo e resitÊncia camponesa no assentamento Pedro Ramalho em Mundo Novo/MS / Subsistence production and consumption and peasant resistance in the settlement Pedro Ramalho in Mundo Novo/MSLima, Ivanildo Vieira 26 October 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-10-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In that research we analyzed resistance peasant's forms, we left of the
presupposition that besides the fights in the social movements the peasants develop other
resistance forms to guarantee its existence in an adverse system as the capitalism. Resultant
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the production in the establishments in mutirões, cooperatives, collective groups, etc. It has
also been trying to implement a subsistence agriculture and autoconsumo for warranty of its
own existence, looking for like this, to alleviate the subordination that the domain of the
capitalist rules imposes it. This production gone back to the autoconsumption and
subsistence is verified in the establishment Pedro Ramalho in Mundo Novo-MS as a
resistance strategy to guarantee its existence while class peasant. However, in that study we
tried to demonstrate that the peasants have been looking for to cultivate species that allow a
flexibility, that is to say, a production that can be destined to the market and still to be
addressed for the consumption. Being the autoconsumo production a genuine activity of the
peasant and it is part of the essence of this I subject. This autoconsumption production is
still today fundamental element in the reproduction and resistance peasant to the
impositions of the capitalist system. This flexibility between the autoconsumo and
subsistence is very strong in the rural establishments of agrarian reform, as it is the case of
the establishment Pedro Ramalho in Mundo Novo/MS. / Nessa pesquisa analisamos as formas de resistência camponesa, partimos do
pressuposto que além das lutas nos movimentos sociais, os camponeses desenvolvem
outras formas de resistência para garantir a sua existência num sistema adverso como o
capitalismo. Resultante das experiências na luta pela terra, os camponeses assentados têm
procurado organizar a produção nos assentamentos em mutirões, cooperativas, grupos
coletivos, etc. Tem também procurado implementar uma agricultura de subsistência e
autoconsumo para garantia de sua existência, buscando assim, aliviar a subordinação que o
domínio das regras capitalistas lhe impõe. Esta produção voltada para o autoconsumo e
subsistência é verificada no assentamento Pedro Ramalho em Mundo Novo - MS como
uma estratégia de resistência para garantir a sua existência enquanto classe camponesa.
Nesse estudo procuramos demonstrar que os camponeses têm buscado cultivar espécies que
permitem uma flexibilidade, ou seja, uma produção que pode ser destinada ao mercado e
ainda ser direcionada para o consumo, sendo a produção de autoconsumo uma atividade
genuína do campesinato e fazendo parte da essência deste sujeito. Ainda hoje esta produção
de autoconsumo é elemento fundamental na reprodução e resistência camponesa às
imposições do sistema capitalista. Esta flexibilidade entre o autoconsumo e subsistência é
muito forte nos assentamentos rurais de reforma agrária, como é o caso do assentamento
Pedro Ramalho em Mundo Novo/MS.
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Narrativa histórica, etnografia e reforma agrária em um assentamento ruralSilveira, Diego Soares da January 2005 (has links)
Este trabalho tem como tema a reforma agrária, entendida aqui enquanto uma política pública implementada pelo estado; e como objeto de reflexão um processo de assentamento que teve início na década de 1990, e dura até os dias de hoje. O assentamento 19 de Setembro fica em Guaíba, uma pequena cidade localizada nos arredores de Porto Alegre/RS. São vinte e cinco famílias de agricultores provenientes da região norte do estado, cujo ingresso nas mobilizações políticas do MST se deu no final dos anos oitenta, em um período de transição democrática. Desde o momento em que foram assentados, os agricultores passaram a ser alvo de um conjunto de projetos de “mudança social”, tendo como objetivo a concretização de ideais políticos diferenciados: de um lado o MST, com sua proposta de transformação do camponês em um trabalhador rural consciente dos seus interesses de classe; do outro lado, os agentes governamentais, com seus ideais de agroindústria e inserção do camponês no mercado mundial. Entretanto, a análise da experiência cooperativista implementada no 19 de Setembro demonstra que na prática, pelo menos na década de 1990, essas oposições não eram tão claras assim. Além disso, a análise da ruptura do projeto cooperativista revela o “sujeito oculto” da reforma agrária, aquele que não aparece na mídia, e que se constitui a partir de um projeto camponês: família, trabalho e terra. Diferente do que alguns estudos de caso têm apontado, a organização e o valor família, no caso aqui analisado, convivem perfeitamente com um imaginário político constituído simbolicamente na luta. A análise das narrativas dos assentados mostra que, ao invés de uma introjecção da resignação, os assentados constroem uma imagem de si positiva, tendo como elemento fundamental a simbologia épica do herói, que vence os obstáculos com fé, esperança e bravura.
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Gritos, silêncios e sementes: as repercussões do processo de des-reterritorialização empreendido pela modernização agrícola sobre o ambiente, o trabalho e a saúde de mulheres camponesas na Chapada do Apodi/CE / Outcries, silence and seeds: the repercussions of re-deterritorialization due to modernization of agriculture on the environment, work and health of peasant women in the Chapada do Apodi/CESilva, Maria de Lourdes Vicente da January 2014 (has links)
SILVA, Maria de Lourdes Vicente da. Gritos, silêncios e sementes: as repercussões do processo de des-reterritorialização empreendido pela modernização agrícola sobre o ambiente, o trabalho e a saúde de mulheres camponesas na Chapada do Apodi/CE. 2014. 364 f. : Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA, Fortaleza-CE, 2014. / Submitted by guaracy araujo (guaraa3355@gmail.com) on 2016-05-17T19:06:46Z
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Previous issue date: 2014 / The study on the life trajectories of female peasants that live in Chapada do Apodi, CE is focused on the analysis of the repercussions of the process of deterritorialization by the modernization of agriculture on the environment, health, and the labor of peasant women. It describes aspects of work trajectories of women inserted in agribusiness companies of irrigated fruit production, familiar/peasant agriculture, and domestic labor, and go deeper into the repercussions of the social transformations and the environmental conflict in the ways of living and producing of these women. Besides, this paper discusses the meanings and perspective of field/farm work for peasant women in the dialectic between (agri)culture and (agri)business. Starting from the feminist criticism on the role of Science, and of women as subjects of knowledge, it utilizes the approach of the feminist methodologies to go deeper into the different looks and experiences of women as from life stories of 11 women and 04 communities, done through interviews and participant observation, having as a focus the category of work. It results the description of the peasant ways of life and work threatened by the modernization of agriculture where are exposed the results of the field research about land, production and peasant culture, the environmental issue, the meanings of work and work conditions, social and health changes. For that, we problematize aspects that analyze health among wealth and illness through territory transformations with the use of pesticide and its consequences to labor and production. From the experience of these women, the research points to a few basis for the analysis of a new feminism – the environmental-peasant. Mediated by the being/doing of the peasant women, in the confrontation between contradictions and their culture, it stands on the following characteristics: As an expression of the women in defense of the natural resources; of the recognition of nature as carrier of rights and of the defense of diversity and productive dynamics as common goods. It results from an everyday movement, guided by a political insertion in the community, home, kitchen, yard, farm, etc. Spaces in which knowledge, information and different forms of power instituted by the own women circulate. It stands on the struggle for food sovereignty and for the maintenance of bonds of solidarity and labor socialization. It has its culture grounded on peasant ethics and on the values of solidarity, with the experience marked by the notions of justice, right, honesty and equity. It makes a relation of the healthy being with the access to the common resources (such as land, water, food, and biodiversity) and the appreciation of the meanings of labor. It makes an articulation of several -inseparabledimensions that exist among environment, work, family relations, social living and health. They carry a systemic vision of care, understanding it in relation to the planet, to labor and to the human being in his entireness. The dimensions also carry the experience of the economy as production of life, recognizing the important and determinant role of women in the dispute for land and territory and in the affirmation of the peasant culture. / O estudo sobre as trajetórias de vida de mulheres camponesas que vivem na Chapada do Apodi, CE está voltado para a análise das repercussões do processo de des-reterritorialização empreendido pela modernização da agricultura sobre o ambiente, a saúde e o trabalho de mulheres camponesas. Descreve aspectos das trajetórias de trabalho de mulheres inseridas nas empresas do agronegócio da fruticultura irrigada, na agricultura camponesa/familiar, e no trabalho doméstico e aprofunda as repercussões das transformações sociais e do conflito ambiental nos modos de viver e produzir dessas mulheres. Além de discutir os sentidos e perspectiva do trabalho no campo para as mulheres camponesas na dialética entre (agri)cultura e (agro)negócio. Partindo da crítica feminista ao papel da ciência, e das mulheres como sujeitos do conhecimento, utiliza-se a abordagem das metodologias feministas para aprofundar os diferentes olhares e experiências das mulheres a partir das histórias de vida de 11 mulheres de 04 comunidades, feita através de entrevistas e observação participante e tendo como foco a categoria do trabalho. Resulta daí a descrição sobre as formas camponesas de vida e trabalho ameaçados pela modernização agrícola onde estão expostos os resultados da pesquisa de campo sobre terra, produção e cultura camponesa, a questão ambiental, os sentidos e condições de trabalho, as transformações sociais e de saúde. São problematizados aspectos que analisam a saúde entre a riqueza e o adoecimento através das transformações do território com o uso de agrotóxicos e suas consequências ao trabalho e à produção. A partir da experiência dessas mulheres, a pesquisa aponta algumas bases para a análise de um novo feminismo - o camponês-ambiental. Mediado pelo ser/fazer das mulheres camponesas, no confronto entre as contradições e sua cultura, ele está calcado nas seguintes características: Como expressão das mulheres em defesa dos bens naturais; do reconhecimento da natureza como portadora de direitos e da defesa da diversidade e da dinâmica produtiva como bens comuns. Resulta de um movimento do cotidiano, pautado por uma inserção política dentro da comunidade, da casa, da cozinha, do quintal, da roça etc. Espaços por onde circulam saberes, informações e diferentes formas de poder instituído pelas próprias mulheres. Está calcado na luta pela soberania alimentar e pela manutenção de laços de solidariedade e de socialização do trabalho. Tem sua cultura fundamentada na ética camponesa e nos valores de solidariedade, com a vivência marcada pelas noções de justiça, direito, honestidade e equidade. Faz uma relação do ser saudável com o acesso aos bens comuns (como a terra, à água, ao alimento e à biodiversidade) e à valorização dos sentidos do trabalho. Faz a articulação das diversas dimensões – indissociáveis – que existem entre ambiente, trabalho, relações familiares, convivência social e saúde das pessoas. Portam uma visão sistêmica do cuidado, interpretando-o em relação ao planeta, ao trabalho e ao ser humano em sua totalidade. E também a vivência da economia como produção de vida, reconhecendo o importante e determinante papel das mulheres na disputa pela terra e pelo território e na afirmação da cultura camponesa.
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Narrativa histórica, etnografia e reforma agrária em um assentamento ruralSilveira, Diego Soares da January 2005 (has links)
Este trabalho tem como tema a reforma agrária, entendida aqui enquanto uma política pública implementada pelo estado; e como objeto de reflexão um processo de assentamento que teve início na década de 1990, e dura até os dias de hoje. O assentamento 19 de Setembro fica em Guaíba, uma pequena cidade localizada nos arredores de Porto Alegre/RS. São vinte e cinco famílias de agricultores provenientes da região norte do estado, cujo ingresso nas mobilizações políticas do MST se deu no final dos anos oitenta, em um período de transição democrática. Desde o momento em que foram assentados, os agricultores passaram a ser alvo de um conjunto de projetos de “mudança social”, tendo como objetivo a concretização de ideais políticos diferenciados: de um lado o MST, com sua proposta de transformação do camponês em um trabalhador rural consciente dos seus interesses de classe; do outro lado, os agentes governamentais, com seus ideais de agroindústria e inserção do camponês no mercado mundial. Entretanto, a análise da experiência cooperativista implementada no 19 de Setembro demonstra que na prática, pelo menos na década de 1990, essas oposições não eram tão claras assim. Além disso, a análise da ruptura do projeto cooperativista revela o “sujeito oculto” da reforma agrária, aquele que não aparece na mídia, e que se constitui a partir de um projeto camponês: família, trabalho e terra. Diferente do que alguns estudos de caso têm apontado, a organização e o valor família, no caso aqui analisado, convivem perfeitamente com um imaginário político constituído simbolicamente na luta. A análise das narrativas dos assentados mostra que, ao invés de uma introjecção da resignação, os assentados constroem uma imagem de si positiva, tendo como elemento fundamental a simbologia épica do herói, que vence os obstáculos com fé, esperança e bravura.
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Identidades, diferenças e tenções: Um estudo sobre o campesinato em contextos sociais rurais do Sul e no Nordeste Brasileiro.SCHENATO, Vilson Cesar 30 November 2017 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Esta pesquisa ora apresentada tem como tema mais geral o estudo do campesinato em
duas regiões distintas do Brasil. Buscou-se conhecer como se processam as relações
sociais e identitárias entre os assentados do Assentamento Bela Vista, com seus
vizinhos e demais agentes sociais não-assentados do município de Esperança, no
Agreste da Paraíba, fazendo um paralelo com as relações sociais e identitárias
envolvendo os assentados do Assentamento Colônia Esperança e os colonos da Linha
São Roque, no município de Cascavel, no Oeste do Paraná. Para tanto, num primeiro
momento, discutiu-se sobre campesinato e identidades, em seguida os processos sóciohistóricos
mais amplos, e em um segundo momento, buscou-se ressaltar a capacidade de
agência e resistência dos que lutam pela terra e para continuar nela, ao operarem com a
dialética entre a moral camponesa e as escolhas futuras, entre os iguais e os desiguais,
entre coletivos e individuais, entre identidades e diferenças estabelecidas com os
“outros” e entre eles mesmos. Em síntese, o estudo teve como objetivo principal
compreender o processo de construção de identidades sociais e as relações que se
estabelecem entre os assentados, com os seus diversos “outros”. As hipóteses iniciais
deram conta de que as identidades de colonos e assentados, construídas historicamente,
são as chaves para o entendimento das relações sociais e identitárias do presente no Sul
do país. No Agreste paraibano a identidade sociopolítica dos assentados, está atrelada
às relações de patronagem e dependência de um passado recente, com suas
continuidades e rupturas no presente. Mesmo entre distintas regiões, existem
aproximações entre os contextos sociais a que estão referidos os distintos camponeses,
capazes de resistir e agir em meio a limites, possibilidades e nas relações com seus
diversos “outros”. O caminho metodológico conjugou a observação participante,
entrevistas orais e o diário de campo. Nos dois casos de assentamentos estudados, por
meio do recurso à memória, foi possível analisar as identidades reconstruídas e (re)
significadas de acordo com as “lutas” do presente. Os assentamentos rurais foram aqui
entendidos enquanto espaços sociais e simbólicos que geram novas dinâmicas, alterando
os territórios e suas teias de relações sociais. Entre os resultados obtidos, destacam-se o
conhecimento das diferenças dos dois campesinatos específicos no tocante as suas lutas,
conquistas, projetos, realizações diversas, nas formas de acessar e usar a terra, no acesso
às políticas públicas, nas dificuldades enfrentadas para a reprodução social e na
construção social das suas identidades e diferenças. Apesar de partilharem uma
identidade camponesa mais geral, com referências aos valores morais e sociais (terra,
trabalho, família e autonomia), esta se concretiza de maneira diversa e com referência às
especificidades dos contextos locais de interação onde se desenrolam os jogos sociais. / The research presented here is the study of the peasantry into two distinct regions of
Brazil. We attempted to understand how himself process social identity and relations
between assentados Bela Vista settlement with its neighbors and other social agents
non-assentados of the city of Esperança, in the Agreste of Paraiba, drawing a parallel
with social identity and relationships involving assentados Settlement of the Colonia
Esperança and colonos from Linha São Roque, of the city of Cascavel in western
Paraná. For this, at first it was discussed peasantry and identities, then the wider sociohistorical
processes, and in a second time, we sought to highlight the capacity of the
agency and resistance of those who fight for land and to keep her, to operate with the
dialectic between the moral peasant and future choices between equal and unequal,
between collective and individual, between identities and differences established with
the "other" and among themselves. In summary, the study aimed to understand the
process of constructing social identities and relationships that are established between
the assentados, with their various "others". Initial hypotheses realized that the identities
of colonos and assentados, historically constructed, are the keys to understanding the
social relations and identity of the present in the South the contry. In Paraiba Agreste
the sociopolitical identity of the assentados, is linked to the relations of patronage and
dependence of the one recent past, with its continuities and ruptures in the present. Even
among different regions, there are similarities between the social contexts to which they
are referred to the various peasants, able to resist and act amid limits and possibilities
and relations with their various "other".The methodological approach has combined
participant observation, oral interviews and the field diary. In both cases the settlements
studied, via resort to memory was analyzed the reconstructed identities and (re)
signified according to the "struggles" of the present. The rural settlements were here
understood as social and symbolic spaces that generate new dynamics by altering
territories and their webs of social relations. Among the results, stands out the
knowledge of the differences of the two specific peasantries regarding their struggles,
achievements, projects, various achievements, ways to access and use land, access to
public policy, the difficulties for reproduction social and the social construction of their
identities and differences. Despite sharing a peasant identity more general with
references to moral and social values (land, labor, family and autonomy), this is done in
different ways and with reference to the specifics of local contexts of interaction where
social games unfold.
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