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Conselhos Comunitários de Segurança: a violência em diálogo políticas governamentais e suas práticas / Community Safety Councils: violence in dialogue government policies and their practicesInês Santos Nogueira 10 September 2010 (has links)
Os conselhos comunitários de segurança pública do Rio de Janeiro representam uma mudança institucional na área das políticas públicas de segurança. Trata-se de um canal de abertura que permite a participação no plano local, caracterizado pela busca da instauração de diferentes padrões de interação entre governo e sociedade em torno do tema segurança. Baseado nas recentes análises acerca da sociedade civil, em que esta vem sendo tratada cada vez mais como instância aproximada da esfera governamental. O trabalho propõe expor uma análise político-social do conselho comunitário do bairro Méier e suas adjacências, localizados na Zona Norte do Rio de Janeiro. Esta região é conhecida pelos contrastes sociais e elevados índices de violência, por concentrar, de uma só vez, um comércio próspero, grande número de habitantes e diversas comunidades carentes dominadas pelo tráfico de drogas e de armas. A experiência deste conselho permite conhecer que a consolidação desta arena depende não só da presença de organizações e representantes sociais aptos a reivindicar múltiplos interesses, mas também do comprometimento do governo em reconhecer essas arenas como canais privilegiados na relação entre poder público e sociedade. O conselho caracteriza-se como uma ferramenta inovadora à medida que trata de um tema conflituoso como a segurança pública. Esta arena permite a aproximação entre comunidade e instituições historicamente fechadas como as polícias militar e civil. O exercício dos conselhos comunitários de segurança pública pode colaborar para o aprofundamento de uma democracia brasileira mais participativa e de um Estado mais poroso, na medida em que aposta no envolvimento de uma sociedade civil mais organizada e atuante, de um Poder Executivo e órgãos governamentais mais dispostos ao diálogo. / The community councils of public security in Rio de Janeiro represent an institutional change in the area of public safety policies. This is an open channel that allows the participation at the local level, characterized by the pursuit of the establishment of different patterns of interaction between government and society around the theme of security. Based on the recent analysis of civil society, in which it is being treated increasingly as approximate instance of government. The paper proposes an analysis exposing political and social community council Meier neighborhood and its environs, located in the northern zone of Rio de Janeiro. This region is known for social contrasts and high levels of violence, by concentrating, at once, a prosperous trade, large numbers of people and various disadvantaged communities dominated by drug trafficking and weapons. The experience of this council will be known that the consolidation of this arena depends not only on the presence of social organizations and representatives are able to claim multiple interests, but also the commitment of the government to recognize these arenas as privileged channels in the relationship between government and society. The board is characterized as an innovative tool as it is a contentious issue as public safety. This arena allows closer ties between community and institutions historically closed as the military and civil police. The exercise of the community councils of public safety can contribute to furthering a more participatory democracy in Brazil and a more porous state, as it bets on the involvement of civil society a more organized and active, an Executive Branch and government agencies more willing to dialogue.
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O Programa de Agentes Comunitários de Saúde adaptado à cidade do Rio de Janeiro: uma análise das suas concepções / The Programme of Community Health Agents adapted to the city of Rio de Janeiro: an analysis of their conceptionsRita de Cássia dos Santos Moura 05 May 2009 (has links)
Este trabalho trata de um estudo sobre uma experiência de adaptação do modelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde, executado pela Coordenação de Saúde da Comunidade, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, no período de 2002 a 2005, que se coloca com certa divergência ao projeto político do Ministério da Saúde. Propõe-se a apresentar o contexto em que surge essa proposta e identificar e analisar as concepções da sua formulação. Poucos foram os documentos oficiais disponíveis para este estudo, transformando as entrevistas na técnica primordial para a realização do mesmo. Verificamos que havia um vazio de formulação de uma política de mudança da atenção básica para a cidade e, dessa forma, a oportunidade para formulações técnicas de modelos experimentais se colocou. Nesse cenário, surge a proposta da implantação de equipes de PACS,
como uma tentativa de dar resposta aos obstáculos colocados à expansão da ESF, sendo aproveitado para ser adaptado de forma a aumentar a oferta de ações da atenção básica, nas áreas consideradas estratégicas pela NOAS 01/01. / This work is about a study on an adaptation experience of the model Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Health Community Agents Program), conducted by the Community Health Coordination, at Rio de Janeiro Municipal Health Secretary, from 2002 to 2005, that is presented with a certain anachronism to the political project of the Health Ministry. It proposes to present the context in which this proposition arises, and to identify and analyze the concepts of its formulation. Few were the official documents available for this study, what made the interviews the primordial technique able to carry out the study. We observed that there was avoid in the formulation of the policy of change from the basic health care for the city and, therefore, the opportunity for technical formulations of experimental models were
opened. In this scenario arises the proposal of implantation of the PACS groups, as an attempt to refute the obstacles posed to the expansion of the ESF, used to be adapted so as to increase the offer of actions of the basic health care, in areas considered strategic by the NOAS 01/01.
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Práticas dos enfermeiros na estratégia de saúde da família sob a ótica do agente comunitário de saúde / Nursing practices in family health strategy from the perspective of health community agentsAna Carolina da Silva Cruz 08 March 2013 (has links)
Esta pesquisa provém da dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ENF/UERJ) e apresenta como objeto de estudo as práticas dos enfermeiros na Estratégia de Saúde da Família (ESF) sob a ótica do Agente Comunitário de Saúde (ACS). Este estudo está vinculado às pesquisas Práticas de cuidado no SUS: o papel do enfermeiro na Atenção Básica e Abordagem interdisciplinar das novas relações e processos de trabalho em saúde: o caso dos agentes comunitários de saúde. O interesse em estudar tais práticas decorreu da vivência como enfermeira de família, atuando com a assistência aos usuários e como chefe de equipe, surgindo reflexões e inquietações em torno das práticas de saúde realizadas pelo enfermeiro e como estas são vistas pelo agente de saúde. Sendo assim, surge o questionamento: Qual a visão dos agentes comunitários de saúde em relação às praticas de saúde desenvolvidas por enfermeiros na Estratégia de Saúde da Família? A fim de responder esta questão, definiu-se como objetivo geral: analisar as práticas dos enfermeiros da Estratégia Saúde-Família do município do Rio de Janeiro, sob a ótica dos Agentes Comunitários de Saúde e objetivos específicos: identificar as práticas de saúde desenvolvidas por enfermeiros na perspectiva do Agente Comunitário de saúde e conhecer os fatores determinantes destas práticas e sua correlação com o trabalho na Estratégia de Saúde da Família. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, tendo sido realizado no município do Rio de Janeiro, de 2008 a 2010. A fonte dados foi um conjunto de narrativas de ACS do estudo Abordagem Interdisciplinar dos Novos Processos e Condições de Trabalho em Saúde: o Caso dos Agentes Comunitários de Saúde do Rio de Janeiro. A seleção dos sujeitos foi realizada a partir de uma varredura do banco de narrativas, selecionando aquelas nas quais os ACS discorrem sobre as práticas dos enfermeiros. De um total de 60 ACS, foram selecionados 7 agentes. As narrativas analisadas formaram tres categorias: cuidados do enfermeiro na ESF; práticas do enfermeiro na ESF; fatores que influenciam a prática do enfermeiro na ESF. Com a análise foi possível identificar que o ACS enxerga o enfermeiro como cuidador, através do acolhimento, resolução de problemas e consultas de enfermagem. A prática do enfermeiro é vista pelo agente de saúde através da supervisão, como educador em saúde e através das visitas domiciliares. Entretanto, tais práticas são determinadas por fatores que as facilitam ou a dificultam. As facilidades de atuação do enfermeiro estão em gostar da profissão, a criação do vínculo entre o profissional e o usuário e a presença de uma equipe completa na ESF. Já as dificuldades são encontradas quando o enfermeiro não tem a equipe completa, falta de infraestrutura e recursos materiais no serviço. Ao olhar as práticas de saúde dos enfermeiros na ESF foi possível identificar como elas são desenvolvidas na visão de outros membros da equipe, neste caso os ACS, contribuindo na compreensão de como obter uma melhoria do cuidado à família, de forma qualitativa e humanizada. / This research comes from the dissertation of the Graduate Program in Nursing at the State University of Rio de Janeiro (ENF / UERJ) and has as its object of study the practices of nurses in the Family Health Strategy (FHS) from the viewpoint the Community Health Agent (CHA). This study is linked to the research "Care Practices in SUS: the role of nurses in Primary Care" and "Interdisciplinary approach new relationships and work processes in health: the case of community health workers." The interest in studying these practices resulted from the experience as a family nurse practitioner, acting with the assistance of users and as chief of staff, emerging thoughts and concerns about health practices performed by nurses and how they are seen by a health worker. Thus, the question arises: What is the vision of community health workers in relation to health practices developed by nurses in the Family Health Strategy? To answer this question, we defined general objective is to analyze the practices of nurses-Family Health Strategy of the municipality of Rio de Janeiro, from the perspective of Community Health Workers and specific objectives: to identify health practices developed by nurses from the perspective of Community Health Agent and know the determinants of these practices and their correlation with work in the Family Health Strategy. This is a descriptive study with a qualitative approach and was conducted in the municipality of Rio de Janeiro, 2008-2010. The data source was a series of narratives of the ACS study "Interdisciplinary Approach of New Processes and Working Conditions in Health: The Case of Community Health Workers of Rio de Janeiro." The selection of subjects was made from a scan of bank accounts, selecting those in which ACS discuss about the practices of nurses. From a total of 60 ACS were selected 7 agents. The narratives analyzed formed three categories: nursing care in the FHS; practices of nurses in the FHS; factors that influence the practice of nursing in the FHS. With the analysis, we found that the ACS sees the nurse as caregiver, through acceptance, problem solving and nursing consultations. The practice of nursing is seen by a health worker through supervision, as health educators and through home visits. However, such practices are determined by factors that facilitate or hinder. The facilities of the nurse are like the profession, creating the link between the professional and the user and the presence of a full team at FHS. Yet the difficulties are encountered when the nurse has a full staff, lack of infrastructure and material resources in the service. When looking at health practices of nurses in the FHS was possible to identify how they are developed in view of other team members, in this case the ACS, contributing to the understanding of how to achieve a better family care, both qualitatively and humanized.
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Quem conta um ponto, inventa um conto : sobre a fabricação de agentes, de saúde e de comunidades / Who tells somethings, invents a story: about the fabrication of workers, health and communitiesKreutz, Juliano André January 2012 (has links)
Esta dissertação parte da interrogação sobre os usos de registros, números, cálculos e medidas na configuração e no ordenamento do trabalho de Agentes Comunitários de Saúde – ACS, ao integrarem mecanismos, instâncias e técnicas que projetam e regulam a formação profissional e a conformação de “comunidades”. Na esteira da Saúde Comunitária/Medicina Comunitária, o trabalho de ACS ultrapassa o enfoque biológico e se ocupa de outras dimensões da vida das populações, ao buscar antecipar-se à necessidade de ações curativas e ao procurar soluções que tomam como base a atenção a grupos locais. A partir das noções de biopolítica (Michel Foucault), de epidemiopoder (Luís Castiel) e de numeramentalização (Samuel Bello), problematizouse a ocupação de ACS e analisou-se a ação de políticas da identidade em processos de falar sobre, recomendar ou investigar o trabalho e a comunidade. Para a consecução dessas políticas, fabrica-se uma população-corporação profissional e afirma-se "um papel" a ser desempenhado, assim como, em uma área territorial definida (um polígono que estabelece limites geográfico-censitários), cria-se um denominador (base populacional), que fabrica uma população-comunidade local. Um sistema identitário faz emergir trabalhadores médico-multiplicadores. Os compromissos do ACS com a dimensão social ou coletiva são recortados pelos números da saúde, em uma perspectiva epidemiologicamente informada, relativa ao governamento sanitário da população. O estudo situou-se como Análise do Discurso, com inspiração em Michel Foucault. Quarenta e nove textos acadêmicos (artigos, dissertações e teses), com referência aos ACS, foram objeto de análise, escolhidos no período de 1987 a 2011, considerada a disponibilidade nas bases da Biblioteca Virtual em Saúde. Normativas do trabalho (leis, portarias, guias, entre outros) foram lidas a partir de emergentes desse corpus acadêmico. Argumentando-se que “a escola é o trabalho”, a pesquisa verifica uma educação no trabalho não reduzida à escolarização formal. De um lado, a imbricação entre experiência do trabalho e ensino na conformação do olhar/sentir/querer no saber-fazer da saúde; de outro a impossibilidade (em regime escolar) de ensinar as sensações ou a escutar (a escuta ou sensibilidade são experimentação). As noções relativas à educação permanente em saúde coletiva, especialmente as leituras de Ricardo Ceccim, sustentam a potencial abertura às inventividades nos cotidianos de trabalho, uma disputa de políticas do trabalho, não de identidades. Discute-se, então, um retorno ao “dilema preventivista”, sob inspiração das análises de Sérgio Arouca. Talvez a ocupação de ACS se configure como “intervenção-tampão” em um projeto de mudança no setor da saúde que não se consuma. A origem “comunitária” dos trabalhadores não assegura a presença de novas práticas políticas no campo da saúde. A profissionalização engendra miradas para o social atreladas a regimes médicos/biopolíticos. Verifica-se a busca de resolução de problemas complexos pela ação profissionalizada com a centralidade da Epidemiologia e da Estatística como normatividades para o trabalho. Entretanto, destaca-se que, na rua e nas visitas domiciliares, atualiza-se também uma “tensão”, marcada pelo dualismo entre o mensurável-objetivável e o intangível, margem entre a multiplicação e as invenções, tensão entre a fabricação de identidade e a invenção de singularidades. / This dissertation begins by questioning the use of records, numbers, calculation and measurements in the configuration and organization of the work of Agentes Comunitários de Saúde – ACS (Community Health Workers), when they integrate mechanisms, instances and techniques that project and regulate professional formation and the configuration of “communities”. In the wake of Community Health/Community Medicine, the work of ACS goes beyond a merely biological focus, dealing with other aspects of population's lives, seeking to anticipate the need for curative actions and working towards solutions that are based on caring for local groups. Based on the notions of Biopolitics (Michel Focault), “epidemiopower” (Luís Castiel) and numeramentality (Samuel Bello), the job of ACS was problematized, while analyzing the action of identity policies in processes of speaking about, recommending or investigating work and the community. For these policies to materialize, a professional corporation-population is created with “a role” to be performed, while, within a defined territorial area (a polygon establishing geographical and census limits), a denominator is created (populational base), fostering a local population-community. An identity system leads to the emergence of medical-multiplier workers. The commitments of ACS within a social or collective scope are compiled based on health numbers, from an epidemiologically informed perspective, relative to healthy populational government. The study was based on Discourse Analysis, inspired by Michel Foucault. Forty-nine academic texts (articles, dissertations and theses), with references to ACS, were the focus of analysis, selected from between 1987 to 2011, considering availability from the Biblioteca Virtual em Saúde (Virtual Health Library). Labor regulations (laws, directives, and guidelines, among others) were studied based on the emergence of this academic corpus. Considering the argument that “school is work”, research shows that education at work is not restricted to formal schooling. On the one hand, there is an interconnection between work experience and education in the configuration of seeing/feeling/desiring in terms of health expertise and implementation; while on the other hand, there is the impossibility (within a school system) of teaching these sensations or how to listen (listening or sensitivity are part of experimentation). The ideas relative to permanent education in collective health, especially the interpretation of Ricardo Ceccim, sustain a potential opening to inventiveness in daily work, a dispute of work policies and not identities. A return to the “preventative dilemma” is discussed, inspired by the analyses of Sérgio Arouca. Perhaps the work of ACS figures as a “tampon-intervention” in a project of change in the health sector that does not materialize. The “community-based” origin of the workers does not guarantee the presence of new political practices in the area of health. Professionalization engenders a look to the social area linked to medical/biopolitical regimes. There is a search to solve complex problems through professionalized action centered on epidemiology and statistics as regulations for work. However, in the streets and through home visits, happens an acute sense of “tension”, marked by dualism between the measurable-objectifiable and the intangible, the margin between multiplication and the inventions, tension between creation of identity and the invention of singularities.
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Avaliação do Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas do Município de Botucatu / Evaluation of the psychosocial care center for alcohol and other drugs from the city of Botucatu - São Paulo 2013Guilherme Correa Barbosa 06 November 2013 (has links)
Introdução: Com o processo de desinstitucionalização psiquiátrica e a consequente reestruturação dos serviços de assistência em saúde mental, tem sido cada vez mais enfatizada a necessidade de avaliação dos equipamentos que compõem a Rede de Atenção Psicossocial. Diante da complexidade que envolve os sistemas de saúde e saúde mental, a avaliação é considerada como essencial para a garantia de qualidade dos serviços. A Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca a necessidade de incorporar a avaliação dos resultados do tratamento como prática contínua e permanente, utilizando os dados da avaliação para melhorar a qualidade da assistência prestada. Objetivo: Este estudo tem por objetivo avaliar quantitativamente a estrutura, o processo de trabalho, a organização da atenção em saúde mental e o resultado da atenção em saúde mental oferecida pelo Centro de Atenção Psicossocial II em álcool e outras drogas (CAPSad) do município de Botucatu. Método: O estudo foi realizado em um CAPSad do município de Botucatu. Para a coleta dos dados utilizou-se de quatro instrumentos (coordenador, trabalhador, usuário e familiar) compostos pela Escala de Satisfação SATIS-Br, Escala de Mudança Percebida (EMP) e Escala de Atitudes Frente ao Álcool, Alcoolismo e Alcoolista (EAFAAA) e questões sobre os dados sociodemográficos, estrutura do serviço, recursos humanos e materiais e uso de álcool e outras drogas. Os dados foram processados de forma descritiva pelo Programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20,0 para Windows®. Resultados: A amostra foi de 01 coordenador, 19 trabalhadores, 25 usuários e 15 familiares. Foram obtidos níveis elevados de satisfação para usuário e familiares, e níveis intermediários de satisfação para trabalhadores com relação aos aspectos avaliados no serviço. Em relação à percepção de mudança teve-se percentuais elevados tanto para usuários quanto para familiares. Na questão de melhora global, 100% dos familiares perceberam a melhora em geral na vida de seu familiar, desde o início do tratamento, sendo que para os usuários 88% perceberam a ocorrência de melhora em seu tratamento. Evidenciou-se atitudes negativas desses trabalhadores frente ao alcoolismo, ao alcoolista e à bebida alcoólica, pois a maioria das médias dos fatores permaneceu na zona intermediária. Os resultados apontam a necessidade de investimentos em capacitações e cursos de atualização para os profissionais e melhora de pontos específicos em relação a infraestrutura do serviço. Como este estudo foi realizado em um único serviço de saúde mental, não pode ser generalizado para outros serviços. / Introduction: With the psychiatric deinstitutionalization and consequent restructuring of the mental health services, it is increasingly emphasized the need for evaluating services from the Network for Psychosocial Care. Given the complexity involved in health systems and mental health, evaluation is considered essential for quality assurance of the services. The World Health Organization (WHO ) emphasizes the need to incorporate the assessment of treatment outcomes as a continuous and ongoing practice, using assessment data to improve quality of care. Objective: This study aims to evaluate quantitatively the structure, work process, the organization of mental health care and outcomes of mental health care provided by the Psychosocial Care Center II for alcohol and other drugs (CAPSad) from the city of Botucatu . Method: The study was conducted in a CAPSad in Botucatu . To collect the data four instruments (coordinator , worker, family and user) were administered to the participants. Those instruments were composed by \" Satisfaction Scale - SATIS - BR \" Perceived Change Scale (EMP) and the Scale of Attitudes Towards Alcohol , Alcoholism and alcoholic (EAFAAA). The instruments were also composed by sociodemographic data, service structure, human and material resources and the use of alcohol and other drugs. Descriptive analysis of the data was performed using the software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 20.0 for Windows® . Results: The sample consisted of 01 coordinator, 19 workers, 25 users and 15 relatives. We obtained high levels of users and family satisfaction, and intermediate levels of satisfaction for employees with respect to the evaluated service. Regarding the perceived change, the data showed high percentages of change for both users and for family. On a global question about improvements, 100% of the families noticed an improvement in the overall life of their relatives, when comparing to the beginning of treatment, and 88% of the users noticed the occurrence of improvement in their treatment. The data showed a tendency toward negative attitudes of these workers towards alcohol, alcoholism and alcoholics because for most means of factors remained in the intermediate zone. The results highlight the need for investment in training and extension courses for professionals and the need to improve specific points regarding the service infrastructure. As this study was conducted in a single mental health service, this results cannot be generalized to other services.
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Saúde mental na rede de atenção à saúde em um município do interior de São Paulo / Mental health in the health care network of an inner city of São PauloLoraine Vivian Gaino 04 December 2014 (has links)
Esse estudo teve como objetivo analisar o atendimento das demandas de saúde mental na rede de atenção à saúde no município de Cordeirópolis, interior de São Paulo. Tal análise compreendeu a descrição da estrutura desta rede e a percepção dos profissionais sobre a identificação e cuidado das demandas de saúde mental. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa, transversal do tipo descritivo-exploratória. Foram utilizados dados primários e secundários. Os dados foram coletados entre junho de 2013 e maio de 2014 através de análise documental e entrevistas semiestruturadas. Os dados secundários foram obtidos a partir de registros do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), dos documentos que embasam o funcionamento dos serviços estudados (planilhas com dados dos acolhimentos no ano de 2012, o projeto de implantação do Centro de Atenção Psicossocial - CAPS e o Plano de Funcionamento do serviço) além do Plano Municipal de Saúde \"2010- 2013\". Já os dados primários foram obtidos através de entrevistas com 20 profissionais de saúde de nível médio e superior que atuavam nos serviços estudados a saber, CAPS, Ambulatório de Saúde Mental, Pronto-Socorro e Estratégias de Saúde da Família. O referencial teórico adotado para análise foram os pressupostos de Bárbara Starfield em relação à organização dos sistemas de saúde sob a lógica da Atenção Primária a Saúde. Assim os dados foram analisados utilizando a análise documental e análise de conteúdo. Os resultados apontaram que a rede de atenção psicossocial do município estava estruturada com importantes pontos de atenção (CAPS, o Ambulatório de Saúde Mental, as Estratégias de Saúde da Família e Pronto-Socorro) e equipes com número e diversificação considerável de profissionais. Em relação à percepção dos participantes sobre a saúde mental, identificou-se uma justaposição de visões que ora corroboram o paradigma biomédico, ora o conceito ampliado de saúde. Esta diversidade de concepções ilustra o fato que saúde e saúde mental se entrecruzam e confundem-se dentro da história da humanidade, tendo sido tratadas como distintas apenas com o nascimento da psiquiatria, quando essa especialidade toma para si o objeto \"psíquico\", salientando a divisão mente-corpo. Essa diferença de concepções, pode também explicar as ações ora focadas na remissão de sintomas, tratamento medicamentoso e encaminhamento para internação, ora com vistas para aspectos psicossociais, como por exemplo, escuta, acompanhamento psicólogico, criação de vínculo, oficinas de geração de renda, passeios, dentre outras. Dessa forma, o presente estudo permitiu demarcar uma série de potencialidades da rede de saúde do município em questão no atendimento a demanda de saúde mental, no entanto foram também destacadas algumas recomendações importantes para sua melhoria / This study aimed to analyze the treatment for mental health demands in the health care network in Cordeirópolis, São Paulo. This analysis included the description of the network\'s structure and the perception of the professionals about the identification and care of the mental health\'s demands. For this, we used a cross-sectional, qualitative and descriptive- exploratory survey. We used primary and secondary data. Data were collected between June 2013 and May 2014 through semi-structured interviews and documentary analysis. The theoretical framework adopted for analysis were the assumptions of Barbara Starfield in relation to the organization of health systems under the logic of Primary Health Care. Secondary data were obtained from the Unified Health System database (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS), data of the respective services and the Municipal Health Plan \"2010-2013\". For document analysis, we selected the documents that support the service operation: spreadsheets with data screening of 2012, the implementation project of the Community Health Center (Centro de Atenção Psicossocial - CAPS) and this Service Operation Plan. For the primary data, we selected 20 health professionals at middle and senior levels who worked in the these services: CAPS, Outpatient Mental Health Clinic, First Aid Station and Family Health Program. Thus the data were analyzed using document analysis and content analysis. The results showed that the psychosocial care\'s network of the council was structured with important services (CAPS, the Outpacient Mental Health Clinic, Family Health Program and First Aid Station) and teams with considerable diversity and number of professionals. Regarding the participants\' perceptions about mental health, we identified a juxtaposition of views that either corroborates the biomedical paradigm and the wider concept of health at other times. The diversity of views presented by participants illustrates the fact that health and mental health are intertwined and confused in the history of mankind and have been treated as distinct, only with the birth of psychiatry, when this specialty takes on the \'psychic\' object, emphasizing the mind-body division. This difference of views, can also explain the actions focused on remission of symptoms, drug treatment and referral for hospitalization, sometimes overlooking psychosocial aspects, such as listening, psychological counseling, bond\'s creation, CAPS\'s patients in workshops for income, tours, among others. Thus, the present study allows demarcate a series of network capabilities of the studied municipal health service in the demand for mental health, however were also highlighted some important recommendations for improvement
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Quem conta um ponto, inventa um conto : sobre a fabricação de agentes, de saúde e de comunidades / Who tells somethings, invents a story: about the fabrication of workers, health and communitiesKreutz, Juliano André January 2012 (has links)
Esta dissertação parte da interrogação sobre os usos de registros, números, cálculos e medidas na configuração e no ordenamento do trabalho de Agentes Comunitários de Saúde – ACS, ao integrarem mecanismos, instâncias e técnicas que projetam e regulam a formação profissional e a conformação de “comunidades”. Na esteira da Saúde Comunitária/Medicina Comunitária, o trabalho de ACS ultrapassa o enfoque biológico e se ocupa de outras dimensões da vida das populações, ao buscar antecipar-se à necessidade de ações curativas e ao procurar soluções que tomam como base a atenção a grupos locais. A partir das noções de biopolítica (Michel Foucault), de epidemiopoder (Luís Castiel) e de numeramentalização (Samuel Bello), problematizouse a ocupação de ACS e analisou-se a ação de políticas da identidade em processos de falar sobre, recomendar ou investigar o trabalho e a comunidade. Para a consecução dessas políticas, fabrica-se uma população-corporação profissional e afirma-se "um papel" a ser desempenhado, assim como, em uma área territorial definida (um polígono que estabelece limites geográfico-censitários), cria-se um denominador (base populacional), que fabrica uma população-comunidade local. Um sistema identitário faz emergir trabalhadores médico-multiplicadores. Os compromissos do ACS com a dimensão social ou coletiva são recortados pelos números da saúde, em uma perspectiva epidemiologicamente informada, relativa ao governamento sanitário da população. O estudo situou-se como Análise do Discurso, com inspiração em Michel Foucault. Quarenta e nove textos acadêmicos (artigos, dissertações e teses), com referência aos ACS, foram objeto de análise, escolhidos no período de 1987 a 2011, considerada a disponibilidade nas bases da Biblioteca Virtual em Saúde. Normativas do trabalho (leis, portarias, guias, entre outros) foram lidas a partir de emergentes desse corpus acadêmico. Argumentando-se que “a escola é o trabalho”, a pesquisa verifica uma educação no trabalho não reduzida à escolarização formal. De um lado, a imbricação entre experiência do trabalho e ensino na conformação do olhar/sentir/querer no saber-fazer da saúde; de outro a impossibilidade (em regime escolar) de ensinar as sensações ou a escutar (a escuta ou sensibilidade são experimentação). As noções relativas à educação permanente em saúde coletiva, especialmente as leituras de Ricardo Ceccim, sustentam a potencial abertura às inventividades nos cotidianos de trabalho, uma disputa de políticas do trabalho, não de identidades. Discute-se, então, um retorno ao “dilema preventivista”, sob inspiração das análises de Sérgio Arouca. Talvez a ocupação de ACS se configure como “intervenção-tampão” em um projeto de mudança no setor da saúde que não se consuma. A origem “comunitária” dos trabalhadores não assegura a presença de novas práticas políticas no campo da saúde. A profissionalização engendra miradas para o social atreladas a regimes médicos/biopolíticos. Verifica-se a busca de resolução de problemas complexos pela ação profissionalizada com a centralidade da Epidemiologia e da Estatística como normatividades para o trabalho. Entretanto, destaca-se que, na rua e nas visitas domiciliares, atualiza-se também uma “tensão”, marcada pelo dualismo entre o mensurável-objetivável e o intangível, margem entre a multiplicação e as invenções, tensão entre a fabricação de identidade e a invenção de singularidades. / This dissertation begins by questioning the use of records, numbers, calculation and measurements in the configuration and organization of the work of Agentes Comunitários de Saúde – ACS (Community Health Workers), when they integrate mechanisms, instances and techniques that project and regulate professional formation and the configuration of “communities”. In the wake of Community Health/Community Medicine, the work of ACS goes beyond a merely biological focus, dealing with other aspects of population's lives, seeking to anticipate the need for curative actions and working towards solutions that are based on caring for local groups. Based on the notions of Biopolitics (Michel Focault), “epidemiopower” (Luís Castiel) and numeramentality (Samuel Bello), the job of ACS was problematized, while analyzing the action of identity policies in processes of speaking about, recommending or investigating work and the community. For these policies to materialize, a professional corporation-population is created with “a role” to be performed, while, within a defined territorial area (a polygon establishing geographical and census limits), a denominator is created (populational base), fostering a local population-community. An identity system leads to the emergence of medical-multiplier workers. The commitments of ACS within a social or collective scope are compiled based on health numbers, from an epidemiologically informed perspective, relative to healthy populational government. The study was based on Discourse Analysis, inspired by Michel Foucault. Forty-nine academic texts (articles, dissertations and theses), with references to ACS, were the focus of analysis, selected from between 1987 to 2011, considering availability from the Biblioteca Virtual em Saúde (Virtual Health Library). Labor regulations (laws, directives, and guidelines, among others) were studied based on the emergence of this academic corpus. Considering the argument that “school is work”, research shows that education at work is not restricted to formal schooling. On the one hand, there is an interconnection between work experience and education in the configuration of seeing/feeling/desiring in terms of health expertise and implementation; while on the other hand, there is the impossibility (within a school system) of teaching these sensations or how to listen (listening or sensitivity are part of experimentation). The ideas relative to permanent education in collective health, especially the interpretation of Ricardo Ceccim, sustain a potential opening to inventiveness in daily work, a dispute of work policies and not identities. A return to the “preventative dilemma” is discussed, inspired by the analyses of Sérgio Arouca. Perhaps the work of ACS figures as a “tampon-intervention” in a project of change in the health sector that does not materialize. The “community-based” origin of the workers does not guarantee the presence of new political practices in the area of health. Professionalization engenders a look to the social area linked to medical/biopolitical regimes. There is a search to solve complex problems through professionalized action centered on epidemiology and statistics as regulations for work. However, in the streets and through home visits, happens an acute sense of “tension”, marked by dualism between the measurable-objectifiable and the intangible, the margin between multiplication and the inventions, tension between creation of identity and the invention of singularities.
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Distúrbios da voz relacionados ao trabalho e qualidade de vida em agentes comunitários de saúde / Voice disorders related to work and quality of life in community health agentsMota, Camila Silva Oliveira da 27 July 2017 (has links)
The Work-related Voice Disorder (WRVD) is defined as any vocal deviation directly associated with professional activity. Studies point to the relationship between some work activities attributed to Community Health Agents (CHA) and the susceptibility to the impairment of vocal well-being, since they deal with the users and other members of the Basic Health Unit. In this perspective, the study aimed to evaluate vocal self - perception and quality of life in the voice of CHA in the urban area of Lagarto. It is a quantitative and cross-sectional study, with a descriptive and analytical approach, performed through the application of self-filling questionnaires with 47 CHA. The majority of participants were female (85.1%), married (a) (46.8%), high school (66%) and working time = 10 years (66%). Voice self-perception and voice-related quality of life assessment were performed using the instruments: Voice Disorder Screening Index (VDSI), Glottic Function Index (GFI) and voice-related quality of life (VR-QOL). For the statistical analysis, the univariate and bivariate techniques and the Spearman test were used. Of the CHA participants, 57.4% reported voice disorders with the VDSI instrument, with the most frequent symptoms being dry throat, hoarseness, throat clearing, dry cough, throat secretion and Tiredness when speaking. Through the GFI questionnaire, 37% of the sample fulfilled the criteria that characterized them with a voice disorder, the most frequently mentioned symptoms being vocal fatigue and voice loss. The VR-QOL scores indicated low voice impact on the quality of life of these professionals. The most evident complaints through the VR-QOL in a higher and lower frequency were "the air ends quickly and I need to breathe many times while I speak", "I do not know how the voice will come out when I start to speak", "I have to repeat what I say to Be understood, "" I have difficulty speaking loudly or being heard in noisy environments, "and" I become anxious or frustrated (because of my voice)." In addition, statistically significant associations were found between dry throat symptoms, voice failure and tiredness when speaking with complaints related to quality of life in the CHA voice (p <0.05). It was concluded that there was a high reference to voice disorders among CHA, but with a low impact on voice quality of life. / O Distúrbio de Voz Relacionado ao Trabalho (DVRT) é definido como qualquer desvio vocal diretamente associado à atividade profissional. Estudos apontam para a relação entre algumas atividades laborais atribuídas aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e a susceptibilidade ao comprometimento do bem-estar vocal, pois lidam por meio da interlocução com os usuários e demais membros da Unidade Básica de Saúde. Nesta perspectiva, o estudo objetivou avaliar a autopercepção vocal e a qualidade de vida em voz de ACS da zona urbana de Lagarto. Trata-se de um estudo quantitativo e transversal, com abordagem descritiva e analítica, realizado por meio da aplicação de questionários autopreenchíveis com 47 ACS. A maioria dos participantes foi do gênero feminino (85,1%), situação conjugal casado (a) (46,8%), com ensino médio completo (66%) e tempo de trabalho = 10 anos (66%). A autopercepção vocal e avaliação da qualidade de vida relacionada à voz foram realizadas respectivamente por meio dos instrumentos: Índice de Triagem para Distúrbio de Voz (ITDV), Índice de Função Glótica (IFG) e o Questionário de Qualidade de Vida em Voz (QVV). Para a análise estatística foram utilizadas as técnicas univariada e bivariada e o teste de Spearman. Dos ACS participantes, 57,4% relataram distúrbios da voz por meio do instrumento ITDV, sendo os sintomas mais referidos garganta seca, rouquidão, pigarro, tosse seca, secreção na garganta e cansaço ao falar. Através do questionário IFG, 37% da amostra preencheram os critérios que os caracterizam portador de um distúrbio de voz, sendo os sintomas mais referidos fadiga vocal e quebra na voz. Os escores do QVV indicaram baixo impacto da voz sobre a qualidade de vida desses profissionais. As queixas mais evidentes através do QVV em maior e menor frequência foram “o ar acaba rápido e preciso respirar muitas vezes enquanto eu falo”, “não sei como a voz vai sair quando começo a falar”, “tenho que repetir o que falo para ser compreendido”, “tenho dificuldade em falar forte (alto) ou ser ouvido em ambientes ruidosos” e “fico ansioso ou frustrado (por causa da minha voz)”. Foram encontradas associações estatisticamente significativas entre os sintomas garganta seca, falha na voz e cansaço ao falar com queixas relacionadas à qualidade de vida em voz dos ACS (p < 0,05). Concluiu-se que houve representável índice de referência a distúrbios da voz entre os ACS, porém com baixo impacto na sua qualidade de vida em voz. / Lagarto, SE
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Medicina tradicional: as plantas medicinais no contexto de vida e trabalho dos agentes comunitários de saúde do município de Juiz de ForaAraújo, Juarez Silva 03 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-03 / A medicina tradicional brasileira advém dos povos indígenas, e a partir do encontro de diferentes etnias, ocorrido durante o período colonial, práticas e recursos terapêuticos oficiais e tradicionais passam a conviver de forma híbrida.Com o desenvolvimento e a institucionalização da biomedicina,a partir do século XIX, dá-se um processo de criminalização das práticas tradicionais em saúde, ao passo em que a construção de novos e mais eficazes recursos tecnológicos em saúde acarreta, ao mesmo tempo,um esvaziamento nas relações interpessoais e vinculares entre profissionais de saúde e usuários. A Atenção Primária à Saúde (APS) tem sido abordada como proposta a este esvaziamento e à fragmentação do sistema de saúde atual, tendo o Brasil, ao longo das duas últimas décadas, trabalhado através da Estratégia de Saúde da Família (ESF) como forma de organizar a APS, implementando a equipe multiprofissional e fortalecendo os vínculos com a comunidade, constituindo uma teia de relações que, por sua vez, fornece um rol de possibilidades tecnológicas para alcançar a maior efetividade no cuidado em saúde. Entre estas possibilidades estão a prática da medicina tradicional e o uso de plantas medicinais pelas comunidades locais, as quais também fazem parte da realidade do Agente Comunitário de Saúde (ACS), que, pertencendo à comunidade e sendo membro da equipe de saúde da família, torna-se um elo natural entre estes dois universos. O objetivo deste trabalho é analisar e discutir o uso e a indicação do uso de plantas medicinais por ACS’s do município de Juiz de Fora em seu processo de trabalho. Trata-se de uma revisão bibliográfica que identifica as características do ACS no tocante à sua construção como profissional de saúde e a seu ambiente de trabalho em relação à medicina tradicional. Foi realizado estudo transversal com amostra de ACS’s que trabalham no município de Juiz de Fora, buscando evidenciar o estado atual de seu conhecimento quanto às plantas medicinais e quanto ao uso das mesmas, tanto no âmbito familiar como no profissional. Conclui-se que o ACS é, hoje,o profissional mais bem capacitado, dentro da estratégia de saúde da família, a abordar recursos tradicionais e comunitários para o cuidado em saúde, mas cuja atividade prospectiva precisa ser inserida e trabalhada dentro da equipe de saúde, não apenas na perspectiva de agregar conhecimento, mas no sentido de transformação e mudança da própria equipe e de seu processo de trabalho com a medicina tradicional. / Brazilian traditional medicine has its origins on the native indigenous people, and after the coexistence of different ethnicities, during the Colonial period, therapeutic practices and resources considered official and traditional were used together in a hybrid form. Considering the development and institutionalization of biomedicine, after the 19thcentury, traditional methods in health care started to be criminalized. Meanwhile, the creation of newer and more effective technological resources in health systems led to an emptiness on interpersonal relationship between health care professionals and users. Primary Health Care (APS) has been studied as a proposal to this emptiness and fragmentation of current health care systems. In that terms, Brazil has been working on this method in the past two decades by using Family Health Strategy (ESF) as a way to organize APSs, by implementing a multi-professional team and strengthening bonds with local communities, which creates a network of correlations, providing more technological possibilities in order to increase the effectiveness of the health care system. Traditional medicine and use of medicinal plants from the local community are some of these possibilities, which are also part of the reality of the Community Health Care Agents (ACS), who belong to the local community and are members of the family health care team, making them a natural bond between these two worlds. Therefore, the aim of this work is to analyze and discuss the use and indication of use of medicinal plants by ACSs from the city of Juiz de Fora during their working process. Firstly, we made a comprehensive literature review in order to identify the main characteristics of the ACSs as a health care professional and their work environment, regarding traditional medicine. Then, we performed a cross-sectional study using a sample represented by the ACSs who work in Juiz de Fora, in order to evidence the current state of knowledge and use of medicinal plants, both in familiar and professional scopes. Finally, we conclude that in the current days, the ACS is the most skilled professional, inside the Family Health Strategy, to make use of traditional and community resources for health care purpose. However, their prospective activity needs to be included and executed inside the health care team, not only on the perspective of adding knowledge, but in the sense of transformation of the team and its working process with traditional medicine.
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Banco Palmas: uma abordagem sociológica de sua instituição e seus critérios de liberação de crédito / Palmas Bank: a sociological approach to its institution and its credit release criteriaCarvalho, Daniel dos Santos Simon de 27 October 2016 (has links)
Submitted by Cássia Santos (cassia.bcufg@gmail.com) on 2017-03-03T14:09:20Z
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Previous issue date: 2016-10-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This dissertation deals with a case study on the Palmas Bank, a pioneering exponent of a type of
institution called "Community Development Bank." The objective of this work is to advance the
discussion of economic sociology, on the matters of microcredit and solidarity economy. Given
that the Banco Palmas corresponds to an intersection of these two objects. For this, an analysis is
made of both the solidarity economy as microcredit for different interpretations, and how those
meaning disputes influence the direction of these two themes. Then a theoretical context of
Community Development Banks is done by grouping elements for the construction of a possible
"sociology of Community Banks of Development". Lastly, it describes the historical trajectory of
Banco Palmas and how this institution is situated and produces agencements in these disputes. / Esta dissertação aborda um estudo de caso sobre o Banco Palmas, expoente pioneiro de um tipo de instituição chamada “Banco Comunitário de Desenvolvimento”. O objetivo deste trabalho é avançar com a discussão da sociologia econômica, referente aos temas do microcrédito e da economia solidária. Já que o Banco Palmas corresponde a uma intersecção desses dois objetos. Para isso, é feita uma análise tanto da economia solidária como do microcrédito por diferentes interpretações, e como essas disputas de significado influenciam os rumos destas duas temáticas.
Em seguida, é feito uma contextualização teórica dos Bancos Comunitários de Desenvolvimento,
agrupando elementos para construção de uma possível “sociologia de Bancos Comunitários”. Por
último, é descrita a trajetória histórica do Banco Palmas e como esta instituição se situa e produz
agenciamentos dentro destas disputas.
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