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Papel clínico do enfermeiro: desenvolvimento do conceito / The clinical role of the nurse: concept developmentMendes, Maria Angélica 11 February 2010 (has links)
Recente profusão de novos papéis profissionais do enfermeiro e mudanças nas práticas da enfermagem têm sido descritas mundialmente e exercem impacto no tipo de cuidado provido e nas formas de sua provisão. O interesse deste estudo é a ideia de papel clínico, que, apesar de ser uma expressão comumente usada no cotidiano, é pouco explorada em termos conceituais. Este estudo teve como objetivo desenvolver o conceito de papel clínico do enfermeiro. A Metodologia de Análise Qualitativa de Conceito foi aplicada em suas três fases: Identificação dos Atributos, Verificação dos Atributos e Identificação das Manifestações do Conceito. Na primeira fase, os atributos abstratos e universais do conceito foram identificados, utilizando-se a Análise Crítica da Literatura, que resultou no estudo de 24 publicações. Na segunda fase, aplicou-se a Teoria Fundamentada nos Dados para verificar os atributos do papel clínico na experiência do enfermeiro. Nessa fase, realizou-se estudo com sete enfermeiros assistenciais do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Os dados foram coletados por entrevistas abertas, que foram analisadas e interpretadas em categorias inter-relacionadas, com a derivação de um modelo teórico da experiência do papel clínico do enfermeiro. Na terceira fase, os dados das fases anteriores foram comparados e integrados, possibilitando a proposição teórica do conceito. Os resultados da análise evidenciaram que papel clínico do enfermeiro é um processo psicossocial resultante da interação do enfermeiro com o paciente, com o contexto e consigo mesmo. Autonomia clínica configurou-se como elemento central da interação do enfermeiro com o paciente na experiência do papel clínico. O significado da experiência do papel clínico foi expresso no empoderamento do enfermeiro pelo exercício da autonomia clínica, que mostra o alcance de resultados manifestados na própria interação do enfermeiro com o paciente, consigo mesmo ou com o contexto. Os dados indicaram ter o paciente como o centro do cuidado, ter finalidades e intencionalidade como atributos principais do papel clínico. O desempenho do papel clínico requer que o enfermeiro tome posse da autonomia clínica, que a exerça nas interações e nas ações junto ao paciente e se perceba empoderado por esse exercício. Papel clínico é uma competência que se articula como uma forma de poder, mediado pela autonomia clínica. A autonomia clínica concede ao enfermeiro o poder de pensar, de imaginar, de planejar o cuidado e de influir na saúde do paciente. A análise do conceito do papel clínico contribuirá para reflexões sobre as dimensões envolvidas na prática e no ensino de enfermagem e para informar não só as políticas de ensino e de práticas profissionais, mas também as políticas de saúde. / Recent profusion of new professional roles of the nurse and changes in the practice of nursing have been worldwide described and have an impact on the type of care provided as well as on the forms of its provision. The interest of this study is the idea of the clinical role, which inspite of being a commonly used daily expression, is little explored in conceptual terms. This study has had as an objective the development of the concept of the clinical role of the nurse. The Methodology of Qualitative Analysis of Concept has been applied in its three phases: Identification of the Attributes, Verification of the Attributes and Identification of the Manifestations of the Concept. In the first phase, abstract and universal attributes of the concept have been identified using Critical Analysis of Literature, which resulted in the study of 24 publications. In the second phase, Grounded Theory has been applied to verify the attributes of the clinical role in the nurses experience. In this phase, a study has been carried out with seven assistential nurses from the São Paulo Universitys Hospital. Data has been collected by open interviews, which has been analysed and interpreted in interrelated categories, deriving to a theorical model of the nurses clinical roles experience. In the third phase, the data of the previous phases were compared and integrated, permitting the theorical proposition of the concept. The results of the analysis have proved that the nurses clinical role is a psychosocial process resulting from the interaction of the nurse with the patient, with the context and with himself. Clinical autonomy has configured as a central element in the interaction of the nurse with the patient in the clinical roles experience. The significance of the clinical roles experience has been expressed in the empowerment of the nurse through the exercise of clinical autonomy, which shows the range of achieved results shown in the nurses interaction with the patient, with himself or with the context. Data has indicated to have the patient as the center of attention, to have purposes and intentions as the main attributes of the clinical role. The performance of the clinical role requires that the nurse takes lead of the clinical autonomy, exercises it during interactions and actions with the patient and feels empowered by this exercise. The clinical role is an ability which, through clinical autonomy, is articulated as a form of power. Clinical autonomy concedes the nurse the power to think, to imagine, to make care plans and to influence the patients health. The analysis of the clinical roles concept will help to have reflections about the dimensions involved in the practice and teaching of nursing and to inform, not only the educational and professional practices politics, but health politics as well.
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O trabalho na Saúde da Família: a busca pela integralidade da atenção na perspectiva das enfermeiras / The work in Family Health: the search for care integrality from the nurses\' perspectiveRodriguez, Anna Maria Meyer Maciel 04 December 2018 (has links)
O objetivo deste estudo foi analisar se a enfermeira da Saúde da Família (SF), no atual modelo de atenção, encontra possibilidades (ou brechas) para identificar demandas, necessidades e expectativas dos usuários a fim de implementar uma assistência integral. Por meio do trabalho da enfermeira, buscou-se identificar e analisar as ferramentas utilizadas para reconhecer e atender as demandas, necessidades e expectativas dos usuários. Por ser abordado o trabalho em saúde, adotou-se o referencial teórico do processo de trabalho em sua vertente marxista. Para responder ao objetivo, lançou-se mão da abordagem qualitativa, triangulando a entrevista semiestruturada e a observação participante. As entrevistas foram realizadas com 31 enfermeiras de Unidades de Saúde da Família (USFs) de Ribeirão Preto-SP, seguindo um roteiro pré-elaborado com questões referentes ao trabalho na SF oriundas da revisão de literatura. As observações foram realizadas com sete enfermeiras em três USFs distintas do mesmo município, durante uma semana típica de trabalho, mediante um roteiro de observação. As entrevistas foram interpretadas por meio da análise temática compondo o corpus principal de análise que foram confrontadas com o conteúdo das observações. A análise das entrevistas produziu três grandes unidades temáticas: Falando do contexto onde as práticas de saúde se desenvolvem, O trabalho em equipe e O trabalho das enfermeiras. A primeira unidade temática foi dividida em outros três subtemas e, de modo geral, evidenciou a forte presença da lógica biomédica de atendimento, tanto nos usuários quanto nos trabalhadores. A maioria dos usuários busca atenção imediata para suas queixas/problemas de saúde para os quais os trabalhadores produzem cuidados individuais, curativos, fragmentados e pontuais. Porém, nos atendimentos, há oportunidades nem sempre aproveitadas, para o trabalhador escutar as subjetividades do usuário e reconhecer as necessidades trazidas e travestidas em demandas. A segunda unidade temática revelou que o trabalho na SF, sob a perspectiva das enfermeiras, é organizado, majoritariamente, segundo a modalidade de equipe agrupamento, embora haja situações em que se evidencie a modalidade integração que revela pistas e brechas para um cuidado mais integral e integrado. Finalmente, a terceira unidade temática, dividida em quatro subtemas, mostrou que as dimensões do trabalho \"cuidar\" e \"gerenciar o cuidado\" envolvem a educação em saúde e se desenvolvem com o auxílio de tecnologias, em especial das leves, que favorecem a operacionalização das dimensões do trabalho da enfermeira na direção da integralidade da atenção, sendo, portanto, consideradas importantes brechas no trabalho. As enfermeiras ainda trouxeram vários conceitos, sentidos e dimensões da integralidade, compartilhando várias possibilidades para a leitura ampliada das necessidades de saúde dos usuários. As considerações finais ressaltam que a partir do trabalho das enfermeiras é possível verificar a importância das tecnologias leves no cotidiano do trabalho em equipe integrado, dentro e fora do sistema de saúde, para identificar e atender as necessidades dos usuários na perspectiva da integralidade da atenção. Além disso, abre possibilidades para se investigar novas tendências relacionadas ao trabalho das enfermeiras na AB / The objective of this study was to analyze whether the Family Health (FH) nurse, in the current care model, finds possibilities (or gaps) to identify users\' demands, needs and expectations in order to implement comprehensive care. Through the nurse\'s work, we aimed to identify and analyze the tools used to recognize and meet the users\' demands, needs and expectations. Because health work was addressed, the theoretical framework adopted was the work process in its Marxist perspective. To respond to the objective, the qualitative approach was used, triangulating the semistructured interview and participant observation. The interviews were carried out with 31 nurses from the Family Health Units (USFs) of Ribeirão Preto-SP, following a pre-elaborated script with questions related to FH work deriving from the literature review. Observations took place with seven nurses in three distinct USFs of the same city, during a typical workweek, through an observation script. The interviews were interpreted using thematic analysis, composing the main corpus of analysis, which was confronted with the content of the observations. The analysis of the interviews produced three major thematic units: Talking about the context in which health practices take place, Teamwork and The nurse\'s work. The first thematic unit was divided into three other subthemes and, overall, showed the strong presence of the biomedical care logic, in users as well as workers. Most users seek immediate care for their health complaints/problems, for which workers produce individual, curative, fragmented and punctual care. During care, however, there are opportunities left unused for the worker to listen to the subjectivities of the user and recognize the needs brought and disguised as demands. The second thematic unit revealed that the work in FH, from the nurses\' perspective, is mainly organized according to the team cluster modality, although there are situations in which there is evidence of the integration modality, revealing clues and gaps for a more integral and integrated care. Finally, the third thematic unit, divided into four subthemes, showed that the dimensions of \"caring\" and \"managing care\" work involve health education and are developed with the aid of technologies, especially light technologies, which favor the operationalization of the nurse\'s work dimensions towards care integrality, being therefore considered important gaps in the work. The nurses also brought various concepts, meanings and dimensions of integrality, sharing several possibilities for the extended reading of the users\' health needs. The final considerations point out that, based on the nurse\'s work, the importance of light technologies in daily integrated team work can be verified, inside and beyond the health system, to identify and meet the users\' needs from the perspective of care integrality. In addition, it opens possibilities to investigate new trends related to the nurse\'s work in basic care
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Despertando a equipe de enfermagem e a família para a importância do cuidado-presença ao recém-nascido de alto risco, através de um processo de educar para o cuidadoCarvalho, Rejane Maria Agne de January 2000 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. / Made available in DSpace on 2012-10-17T23:19:53Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T18:23:56Z : No. of bitstreams: 1
172743.pdf: 11654641 bytes, checksum: 78d1eee5945f8dc9666670fdf3f858aa (MD5) / Trata-se este trabalho da dissertação de mestrado que tem como título: Despertando a equipe de enfermagem e a família para a importância do Cuidado-Presença do recém-nascido de alto risco, através de um Processo de Educar para o cuidado. Todo o recém-nascido necessita de alguém que se faça presente e que cuide dele, do mesmo modo que, não há formação de apego sem que as pessoas envolvidas se façam presentes. A presença é uma experiência interhumana que faz parte do ato de cuidar. Tendo em vista estes pressupostos foi desenvolvido este estudo, junto à equipe de enfermagem, familiares e recém-nascidos internados em uma CTI Pediátrica, de um hospital geral. O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de ampliar o estudo acerca da qualidade da presença da equipe de enfermagem e da família dos recém-nascidos de alto risco, na tentativa de buscar alternativas e respostas que venham consolidar um Cuidado-Presença a este bebê que necessita ficar internado numa CTI. Para tanto, foi utilizado técnicas de pesquisa qualitativa, desde o levantamento dos dados à análise, tendo sido realizado encontros individuais com equipe de enfermagem e pais de recém-nascidos e encontros grupais com a equipe. A análise reflexiva deste estudo mostrou que através de um Processo de Educar para o Cuidado, é possível promover uma forma de Presença Comprometida que leve a uma Presença-Cuidado, envolvendo a equipe de enfermagem e familiares dos recém-nascidos de alto risco internado na CTI.
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Cuidar/cuidado no centro cirurgico: uma esperança ou uma realidade na pratica da enfermagem?Zappas, Sueli January 1996 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciencias da Saude / Made available in DSpace on 2012-10-16T09:59:25Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2016-01-08T20:46:06Z : No. of bitstreams: 1
104200.pdf: 1833663 bytes, checksum: 5cbd569ed30a600c50bde155c7b0b529 (MD5) / Este estudo, de caráter exploratório, buscou junto aos pacientes o que os mesmos perceberam como cuidado em seu período de transoperatório. Como instrumento foi utilizada uma entrevista semi-estruturada. A análise das informações foi realizada através do método de Análise de Conteúdo, segundo Bardin (1977). As categorias iniciais deram origem a quatorze (14) categorias intermediárias, que originaram cinco (5) categorias finais relacionadas à classificação epistemológica do Cuidar/Cuidado de Morse et al. (1990) e uma anti-categoria, o não-cuidado. Dentre os resultados obtidos, temos que: todos os pacientes atribuíram nota dez (10) ao cuidado recebido; houve maior ênfase na área expressiva do cuidado evidenciadas através das categorias intermediárias, surgiram questionamentos sobre o papel e natureza do trabalho da enfermeira em relação ao cuidado.
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Resultado materno e perinatal de gestações de alto risco acompanhadas por enfermeiras obstetras, 2014-2015Coutinho, Karla Lauriane 18 August 2017 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-01-09T16:42:21Z
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Previous issue date: 2017-08-18 / O objetivo desta pesquisa consistiu em avaliar o resultado materno e perinatal de um serviço de pré-natal de alto risco com a participação da enfermeira obstetra como integrante da equipe multidisciplinar. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo, de abordagem quantitativa, realizado a partir do estudo de coorte não concorrente. A pesquisa foi desenvolvida no Hospital Sofia Feldman situado na cidade de Belo Horizonte/MG. Foram utilizados no estudo os prontuários de gestantes do pré-natal de alto risco, que tiveram atendimento prestado pela enfermeira obstetra por no mínimo três consultas, no período de 1º de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2015, com o desfecho da gestação no cenário da pesquisa. Após aprovação do comitê de ética em pesquisa, os dados foram obtidos por meio de um instrumento elaborado para análise dos prontuários, contendo as variáveis a serem estudadas. Este foi adaptado em uma planilha Microsoft Excel. As variáveis quantitativas foram descritas como mediana, 1º quartil (1ºQ) e 3º quartil (3ºQ), valor mínimo e valor máximo; já as variáveis qualitativas, pela frequência absoluta (n) e frequência relativa (%). Para testar a relação entre as variáveis qualitativas, utilizou-se o teste do Qui-Quadrado (X2), sendo calculada a razão de chances (OR) com intervalo de confiança de 95% (IC95%). O tamanho do efeito foi avaliado pelo V de Cramer, utilizando a classificação proposta por Cohen. Os resultados evidenciaram que as gestantes tinham idade média de 32 anos, a maioria se declarou parda, solteira e com ensino médio completo ou incompleto. Iniciaram o pré-natal em média com 16 semanas e três dias de gestação; 62,2% realizaram mais de sete consultas de pré-natal; a mediana foi de oito consultas, sendo a metade realizada pela enfermeira obstetra e a outra metade pelo médico. Os principais motivos de encaminhamento ao Pnar foram a hipertensão arterial (31%) e diabetes (19%). Foram observadas intercorrências em 25% das gestantes que resultaram em internação hospitalar, as mais frequentes foram pré-eclâmpsia (20,4%) e o descontrole glicêmico (14,8%). As intercorrências no puerpério ocorreram em 30 puérperas (14,2%), sendo a hemorragia responsável por 36,6% dos casos. O tipo de parto mais frequente foi o parto normal (54,6%), na posição semissentada em 59% dos casos, com a presença do acompanhante em 97,2% dos partos. Houve 3,5% de episiotomia e 60% de lacerações de 1º grau. Metade dos partos foram realizados exclusivamente pelo médico obstetra e observou-se associação significante entre o tipo de via de parto e o profissional que assistiu ao parto (X2 = 174,102; gL = 2; p<0,0001), em 100% dos casos em que a assistência ao parto é compartilhada entre a enfermeira obstetra e o médico obstetra, a via de parto é o normal. A média da idade gestacional no momento do parto foi de 39 semanas e três dias, a prematuridade aconteceu em 10% dos nascidos vivos, 20% apresentaram baixo peso e 3% Apgar<7 no 5º minuto. Dos recém-nascidos, 82,3% foram colocados pele a pele com a mãe e 64,7% iniciaram o aleitamento materno na sala de parto. Observou-se que a gravidez gemelar, a realização de menos de sete consultas de pré-natal e as intercorrências durante a gravidez aumentam a chance de prematuridade, com efeito de moderada magnitude. Não houve mortalidade materna nesta pesquisa; a taxa de mortalidade neonatal foi de nove por mil nascidos vivos e as mortes fetais 13/1.000 nascidos vivos. Conclui-se sobre a eficácia da cobertura pré-natal de gestantes com maior risco reprodutivo quando o início do acompanhamento ocorreu no primeiro trimestre gestacional. O número médio de consultas pré-natais foi de oito e a metade delas foi atendida pela enfermeira obstetra. Houve 54,6% de partos normais e correlação entre a via de parto e o profissional que o assistiu. A presente pesquisa traz subsídio para a formulação de políticas de saúde, para tomada de decisão por gestores e reflexões sobre a atuação da enfermeira obstetra/obstetriz no Pnar e na assistência ao parto no Brasil. / This research aimed to evaluate the maternal and perinatal results of a high-risk antenatal care (ANC) with the participation of the obstetrical nurse as a member of the multidisciplinary team. It is an observational, descriptive and retrospective study, with a quantitative approach, based on a non-concurrent cohort study. The research was developed at the Hospital Sofia Feldman located in the city of Belo Horizonte / MG. The medical records of high-risk prenatal pregnant women were used in the study, which were attended by the obstetrical nurse for at least 03 consultations, in the period from January 1, 2014 to December 31, 2015, with the outcome of gestation in the research scenario. After the approval of the Research Ethics Committee, the data were obtained by means of an instrument prepared to analyze the medical records containing the variables to be studied, which was adapted in a Microsoft Excel spreadsheet. Quantitative variables were described as the median, the 1st quartile (Q1) and the 3rd quartile (Q3), the minimum value and the maximum value; And the qualitative variables, by the absolute frequency (n) and the relative frequency (%). To test the relationship between the qualitative variables, the chi-square test (X2) was used, and the odds ratio (OR) with a 95% confidence interval (95% CI) was calculated. The size of the effect was evaluated by Cramer's V, when the scale Cohen is using. The results showed that the pregnant women had a mean age of 32 years old, most of them declared themselves to be pardo, single and with complete or incomplete secondary education. They started the High-risk ANC on average at 16 weeks and three days of gestation, 62.2% were submitted to more than seven prenatal visits, the median was eight visits, the first half performed by the obstetrical nurse and the other half by the doctor. The main reasons for the referral to the High-risk ANC were hypertension (31%) and diabetes (19%). Intercurrences were observed in 25% of the pregnant women that resulted in hospital admission; the most frequent being preeclampsia (20.4%) and glycemic control (14.8%). The intercurrences in the puerperium occurred in 30 puerperae (14.2%), with hemorrhage accounting for 36.6% of the cases. The most frequent type of delivery was normal delivery (54.6%), in the semi-sitting position in 59% of the cases, and the presence of an accompanying person was guaranteed in 97.2% of the deliveries. There was 3.5% of episiotomy and 60% of 1st degree tears. 50% of the deliveries were performed exclusively by the obstetrician and a significant association between the type of delivery and the professional who performed the delivery (X2 = 174,102; gl = 2; p <0,0001), in 100% of the cases in which the delivery care is shared with the obstetrician the birth route is the normal delivery. The mean gestational age at delivery was 39 weeks and three days; prematurity occurred in 10% of live births, 20% presented low birth weight and 3% Apgar <7 at the 5th minute. 82.3% of the newborns were placed skin to skin with their mother and 64.7% started breastfeeding in the delivery room. It has been observed that for the twin pregnancies, less than seven prenatal consultations and intercurrences during pregnancy increase the chance of prematurity with a moderate magnitude effect. There was no maternal mortality in this study. The neonatal mortality rate was 9 per thousand live births and the fetal deaths 13/1000 live births. It was possible to conclude on the efficacy of prenatal coverage of pregnant women with higher reproductive risk when the onset of follow-up occurred in the first trimester of pregnancy. The average number of prenatal visits was eight and the obstetrician nurse attended half of them. There were 54.6% of normal deliveries and a correlation between the delivery route and the attending professional. The present research provides support for the formulation of health policies, for decision making by managers and reflections on the work of the obstetrician / obstetrician nurse in the Pnar and the delivery assistance in Brazil.
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Papel clínico do enfermeiro: desenvolvimento do conceito / The clinical role of the nurse: concept developmentMaria Angélica Mendes 11 February 2010 (has links)
Recente profusão de novos papéis profissionais do enfermeiro e mudanças nas práticas da enfermagem têm sido descritas mundialmente e exercem impacto no tipo de cuidado provido e nas formas de sua provisão. O interesse deste estudo é a ideia de papel clínico, que, apesar de ser uma expressão comumente usada no cotidiano, é pouco explorada em termos conceituais. Este estudo teve como objetivo desenvolver o conceito de papel clínico do enfermeiro. A Metodologia de Análise Qualitativa de Conceito foi aplicada em suas três fases: Identificação dos Atributos, Verificação dos Atributos e Identificação das Manifestações do Conceito. Na primeira fase, os atributos abstratos e universais do conceito foram identificados, utilizando-se a Análise Crítica da Literatura, que resultou no estudo de 24 publicações. Na segunda fase, aplicou-se a Teoria Fundamentada nos Dados para verificar os atributos do papel clínico na experiência do enfermeiro. Nessa fase, realizou-se estudo com sete enfermeiros assistenciais do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Os dados foram coletados por entrevistas abertas, que foram analisadas e interpretadas em categorias inter-relacionadas, com a derivação de um modelo teórico da experiência do papel clínico do enfermeiro. Na terceira fase, os dados das fases anteriores foram comparados e integrados, possibilitando a proposição teórica do conceito. Os resultados da análise evidenciaram que papel clínico do enfermeiro é um processo psicossocial resultante da interação do enfermeiro com o paciente, com o contexto e consigo mesmo. Autonomia clínica configurou-se como elemento central da interação do enfermeiro com o paciente na experiência do papel clínico. O significado da experiência do papel clínico foi expresso no empoderamento do enfermeiro pelo exercício da autonomia clínica, que mostra o alcance de resultados manifestados na própria interação do enfermeiro com o paciente, consigo mesmo ou com o contexto. Os dados indicaram ter o paciente como o centro do cuidado, ter finalidades e intencionalidade como atributos principais do papel clínico. O desempenho do papel clínico requer que o enfermeiro tome posse da autonomia clínica, que a exerça nas interações e nas ações junto ao paciente e se perceba empoderado por esse exercício. Papel clínico é uma competência que se articula como uma forma de poder, mediado pela autonomia clínica. A autonomia clínica concede ao enfermeiro o poder de pensar, de imaginar, de planejar o cuidado e de influir na saúde do paciente. A análise do conceito do papel clínico contribuirá para reflexões sobre as dimensões envolvidas na prática e no ensino de enfermagem e para informar não só as políticas de ensino e de práticas profissionais, mas também as políticas de saúde. / Recent profusion of new professional roles of the nurse and changes in the practice of nursing have been worldwide described and have an impact on the type of care provided as well as on the forms of its provision. The interest of this study is the idea of the clinical role, which inspite of being a commonly used daily expression, is little explored in conceptual terms. This study has had as an objective the development of the concept of the clinical role of the nurse. The Methodology of Qualitative Analysis of Concept has been applied in its three phases: Identification of the Attributes, Verification of the Attributes and Identification of the Manifestations of the Concept. In the first phase, abstract and universal attributes of the concept have been identified using Critical Analysis of Literature, which resulted in the study of 24 publications. In the second phase, Grounded Theory has been applied to verify the attributes of the clinical role in the nurses experience. In this phase, a study has been carried out with seven assistential nurses from the São Paulo Universitys Hospital. Data has been collected by open interviews, which has been analysed and interpreted in interrelated categories, deriving to a theorical model of the nurses clinical roles experience. In the third phase, the data of the previous phases were compared and integrated, permitting the theorical proposition of the concept. The results of the analysis have proved that the nurses clinical role is a psychosocial process resulting from the interaction of the nurse with the patient, with the context and with himself. Clinical autonomy has configured as a central element in the interaction of the nurse with the patient in the clinical roles experience. The significance of the clinical roles experience has been expressed in the empowerment of the nurse through the exercise of clinical autonomy, which shows the range of achieved results shown in the nurses interaction with the patient, with himself or with the context. Data has indicated to have the patient as the center of attention, to have purposes and intentions as the main attributes of the clinical role. The performance of the clinical role requires that the nurse takes lead of the clinical autonomy, exercises it during interactions and actions with the patient and feels empowered by this exercise. The clinical role is an ability which, through clinical autonomy, is articulated as a form of power. Clinical autonomy concedes the nurse the power to think, to imagine, to make care plans and to influence the patients health. The analysis of the clinical roles concept will help to have reflections about the dimensions involved in the practice and teaching of nursing and to inform, not only the educational and professional practices politics, but health politics as well.
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Avaliação do Qualisus na BahiaSouza, Sandra Ely Barbosa de January 2009 (has links)
175f. / Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-04-05T10:59:43Z
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Previous issue date: 2009 / A presente dissertação tem como objeto de estudo a avaliação do Programa QualiSUS no Estado da Bahia, conforme seus pilares referenciados na Portaria 3.125 de 07 de dezembro de 2006, que institui o Programa. Está fundamentada na trilogia de Donabedian: Estrutura, Processo e Resultado. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, de caráter normativo e analítico, no qual partimos do pressuposto que a implantação do programa QualiSUS nas unidades de urgência / emergência dos hospitais pactuados e não pactuados entre o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia não está conforme preconizado na Portaria Ministerial que instituiu o programa. Descreve sobre o Sistema Único de Saúde, o Programa QualiSUS, o sistema de avaliação do QualiSUS e sobre o papel da enfermeira no Acolhimento com Classificação de Risco. A pesquisa foi realizada em duas unidades de urgências e emergências dos hospitais pactuados e não pactuados entre o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Seu objetivo geral foi avaliar a prática do QualiSUS, conforme a portaria que institui o programa e como objetivos específicos descrever o contexto no qual vem se dando sua implantação nas unidades urgências / emergências nos hospitais pactuados ou não entre o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia; identificar as bases de sustentação do Programa QualiSUS, para a sua Implantação nos hospitais pactuados ou não; caracterizar o papel da enfermeira no acolhimento com classificação de risco e identificar os fatores que influenciaram na implantação do programa QualiSUS nesses hospitais. A conclusão da pesquisa mostrou que, dos hospitais pactuados, apenas um deles tem o programa implantado, porém não conforme a portaria que institui o programa, revelando baixa adesão, desses hospitais, ao Programa e por outro lado outro hospital não pactuado tem implantado as ferramentas de acolhimento e de acolhimento com classificação de risco, mesmo sem pactuação, demonstrando que a pactuação não é condição para implantação do programa. Também foi concluído que a enfermeira tem papel singular no Acolhimento com classificação de risco, entretanto para que essa ferramenta seja implantada com qualidade torna-se imperativo a elaboração de protocolos de Acolhimento com Classificação de Risco e assistenciais. Uma das maiores dificuldades para a implantação do programa nas unidades pactuadas foi o quantitativo insuficiente de pessoal. Também se torna evidente na pesquisa que, mesmo sendo um programa verticalizado, que não dá conta de resolver os problemas de saúde da população brasileira, tem impacto importante nas unidades de urgência / emergência promovendo a organização e a sistematização dos processos de trabalho e, por conseguinte, humanização do atendimento. / Salvador
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Concordância entre a ingestão alimentar relatada pelo paciente cirúrgico e a registrada em prontuário pelos enfermeiros / Conformity between acceptance of oral intake referred by surgical patients and registered nurses in the medical records / Concordancia entre la aceptación de la dieta oral reportada por los pacientes quirúrgicos y reportados por enfermeras registradas en los registros médicosAzambuja, Fernanda Braga January 2013 (has links)
Introdução: Ainda que pacientes apresentem irregular aceitação da via oral, a avaliação sistemática e precisa sobre a ingestão não está incorporada às rotinas assistenciais de enfermagem. Objetivo: Avaliar a concordância entre a aceitação da alimentação por via oral referida por pacientes e os registros em prontuário desta aceitação, assim como os diagnósticos e cuidados de enfermagem prescritos. Método: Em uma coorte de adultos cirúrgicos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre agosto de 2011 e outubro de 2012, foram avaliados inquéritos de ingestão alimentar por meio de recordatório de 24 horas, registros nos prontuários da ingestão alimentar pelos enfermeiros, diagnósticos de enfermagem (DE) e prescrição de cuidados referentes à nutrição. Considerou-se “boa aceitação”: ingestão ≥75% das calorias totais prescritas no dia; “regular aceitação”: 50 a 74,9%; “pouca aceitação”: <50% e NPO (nada por via oral), conforme prescrição médica. Adotou-se Coeficiente de Kappa para avaliação da concordância. Resultados: A proporção de respostas coincidentes entre o relato do paciente e registro do enfermeiro foi de 91,3% nas situações de NPO, 87,1% para “boa aceitação”, 17,8% para “regular aceitação” e 16,5% para “pouca aceitação” (Kappa = 0,45). Dos 3259 pacientes/dia, encontrou-se pelo menos um DE em 277 (8,5%) (103 para “boa aceitação”; 52 para “aceitação “regular”; 45 para “pouca aceitação”; 77 para sujeitos em NPO) e pelo menos um cuidado de enfermagem em 316 (9,7%) (116 para “boa aceitação”; 62 para “aceitação regular”; 67 para “pouca aceitação”; 71 para sujeitos em NPO). Conclusão: A concordância entre os relatos dos pacientes cirúrgicos e registros dos enfermeiros foi de moderada a fraca. Observou-se maior proporção de respostas coincidentes quando os pacientes relataram “boa aceitação” ou quando havia prescrição de NPO. Os diagnósticos e cuidados de enfermagem relacionados à nutrição não documentam a elevada prevalência de desnutrição hospitalar e a adequada aceitação da alimentação por via oral em adultos cirúrgicos hospitalizados. / Introduction: Even though patients demonstrate irregular acceptance of oral intake, a systematic and accurate evaluation of the intake is not included in the routines of nursing care. Objective: Evaluate the conformity between acceptance of oral intake referred by patients and the records about this acceptance, as well as nursing diagnoses (ND) and interventions prescribed. Method: Assessment of food intake by 24-hour recall, food intake recorded by nurses, ND and prescribed care related to nutrition were evaluated in a cohort of adult and surgical patients of Hospital de Clinicas de Porto Alegre between August 2011 and October 2012. It was considered "high acceptance”: intake ≥ 75% of total amount prescribed per day; "medium acceptance": 50 to 74.9%; "low acceptance": < 50 % and NPO (nothing by mouth), according to medical prescription. The Kappa coefficient of agreement was used for evaluation of conformity. Results: The proportion of matching responses between patients’ reports and nursing records was 91.3 % in cases of NPO, 87.1 % for "high acceptance", 17.8% for "medium acceptance" and 16.5% for "low acceptance" (Kappa = 0,45). Of the 3259 patients/day , it was found at least one ND in 277 (8.5%) (103 for "high acceptance", 52 for "medium acceptance", 45 for "low acceptance"; 77 for patients in NPO) and at least one nursing care in 316 (9.7%) (116 for "high acceptance", 62 for "medium acceptance”; 67 for "low acceptance"; 71 for patients in NPO). Conclusion: The conformity between surgical patients' reports and nursing records was moderate to weak. There was a higher proportion of matching responses when patients reported "high acceptance" or when NPO was prescribed. The diagnoses and nursing care related to nutrition do not document the high prevalence of hospital malnutrition and adequate acceptance of oral intake in hospitalized surgical adults. / Introducción: Aunque los pacientes presenten aceptación irregular de la dieta oral, una evaluación sistemática y precisa de la ingestión no está incluida en las prácticas assistenciales de enfermería. Objetivo: Evaluar la concordancia entre la aceptación de la dieta oral reportada por los pacientes y los registros en prontuario desta aceptación, así como el diagnóstico y los cuidados de enfermería prescritos. Método: Fueron evaluados el consumo de alimentos mediante recuerdo de 24 horas, los registros de la ingestión en prontuario por las enfermeras, los diagnósticos de enfermería (DE) y la prescripción de cuidados relativa a la nutrición en una cohorte de adultos quirúrgica del Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre agosto de 2011 y octubre de 2012. Se consideró "buena aceptación": la ingesta de ≥ 75% de las calorías totales prescritas por día, "regular aceptación": de 50 a 74,9%; "baja aceptación": < 50 % y NPO (nada por la boca), de acuerdo com la prescripción médica. Para la evaluación de la concordância, fue utilizado el coeficiente Kappa. Resultados: La proporción de respuestas coincidentes entre el relato del paciente y el registro de las enfermeras fue 91,3% en casos de NPO, 87,1% para "buena aceptación", 17,8% para "regular aceptación" y 16.5% para "baja aceptación" (Kappa=0,45). De los 3.259 pacientes/día, fue encontrado al menos un DE en 277 (8,5%) (103 para "buena aceptación", 52 para "regular aceptación", 45 para "baja aceptación", 77 para pacientes en NPO) y al menos un cuidado de enfermería en 316 (9,7%) (116 para "buena aceptación", 62 para "regular aceptación", 67 para "baja aceptación", 71 para los pacientes en NPO). Conclusión: La concordancia entre los relatos de los pacientes quirúrgicos y los registros de las enfermeras fue de moderada a débil. Hubo una mayor proporción de respuestas coincidentes cuando los pacientes informaron "buena aceptación" o cuando había NPO prescrito. Los diagnósticos y los cuidados de enfermería relacionados con la nutrición no documentan la alta prevalencia de la desnutrición hospitalaria y la aceptación adecuada de la alimentación oral en adultos quirúrgicos hospitalizados.
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Concepções sobre desenvolvimento infantil de enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da FamíliaSilva, Maria de Fátima de Oliveira Coutinho 18 June 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-06-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The aim of this research was to analyze the conceptions of child development for nurses working in the Family Health Strategy. This study is anchored in Social-Historical Theory of Vigotski, on the understanding that human development departs from the concept that all human organism is active and establishes successive interactions between the social and the biological basis of human behavior and the approach of the Niche Development of Harkness and Super, which provides insight on the quality of care and possible influences on child development in a given context. We conducted a field study, in the Family Health Units belonging to the Sanitary District III and it was used for data collection a questionnaire that captured the socio-demographic data, and a semi-structured interview, which was analyzed according to Bardin s Thematic Content Analysis. Participants were 38 nurses aged between 41-50 years, 30 were married, with children, and had an average of 20 years graduated. Regarding graduated studies, 35 participants were experts in Public Health and related areas and 32 underwent a Training Development Surveillance. Regarding time of service, 25 had around six years of activity in the Family Health Strategy. Applied and analyzed the interviews emerged a thematic class, ten categories, 27 sub-categories and 1.367 units of analysis. The results showed that the conceptions of nurses on child development are guided by the assumptions of the maturationist theory, transpiring in their speeches the actual theoretical construction of Health Ministry s guidelines for monitoring child development. Apprehends that nurses follow the protocols provided by Health Ministry found in the records or the Child Health Card for the children care and it sustains clearly that among the aspects of development evaluated by nurses predominating maintenance of a natural development conception, based on the existence of an intrinsic force from the child. This study finds these professionals as inconsistent and limited to the ideas of mothers on child development, reports that the process of child development is influenced by the family context, affective and environmental and guides mothers to stimulate child development, according to the contents of the Child Health Card or the age and developmental milestones. The study also reveals that majority of nurses do not realize the systematic care for children up to two years of age, judge their own performance in a fragmented way but realize the need to improve the children care. Apprehends, generally, that there are contradictions in the nurses conceptions, it concludes the need to create spaces for the reflection of these professionals, so that they rethink their conceptions from the context of their work place, and take into account the multiple variables in the understanding of the child, family and development. / O objetivo desta pesquisa foi analisar as concepções sobre desenvolvimento infantil de enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da Família. O mesmo se ancorou na Teoria Sócio-Histórica de Vigotski, na compreensão de que o desenvolvimento humano parte da concepção que todo organismo humano é ativo e institui sucessivas interações entre as condições sociais e a base biológica do comportamento humano e na abordagem do Nicho do Desenvolvimento de Harkness e Super, na qual permite compreender sobre a qualidade do cuidado e possíveis influências no desenvolvimento infantil situado em um determinado contexto. Foi realizado um estudo de campo, nas Unidades de Saúde da Família pertencentes ao Distrito Sanitário III e utilizou-se para a coleta de dados um questionário que captava os dados sócio-demográficos e uma entrevista semi-estruturada, na qual foi analisada de acordo com Análise de Conteúdo Temática de Bardin. Participaram da pesquisa 38 enfermeiras com idades variando entre 41 a 50 anos, destas, 30 eram casadas, com filhos e apresentavam em média 20 anos de graduadas. Em relação à pós-graduação, 35 participantes eram especialistas em Saúde Coletiva e áreas a fins e 32 realizaram curso de Capacitação em Vigilância do Desenvolvimento. Quanto ao tempo de serviço, 25 apresentavam em torno de seis anos de atividades na Estratégia Saúde da Família. Das entrevistas aplicadas e analisadas, emergiram uma classe temática, dez categorias, 27 subcategorias e 1.367 unidades de análises. Os resultados apontaram que as concepções das enfermeiras sobre desenvolvimento infantil estão pautadas nos pressupostos da teoria maturacionista, transparecendo nos seus discursos a própria construção teórica das diretrizes de acompanhamento do desenvolvimento infantil do Ministério da Saúde. Apreende-se que as enfermeiras seguem os protocolos disponibilizados pelo Ministério da Saúde encontrados nos prontuários ou no Cartão de Saúde da Criança para o atendimento às crianças e percebe-se que dentre os aspectos do desenvolvimento avaliados pelas enfermeiras, predominam a manutenção de uma concepção de desenvolvimento natural, pautada na existência de uma força intrínseca à criança. Julgam ainda esses profissionais como inconsistentes e limitados às ideias das mães sobre desenvolvimento infantil, relatam que o processo de desenvolvimento infantil sofre influência do contexto familiar, afetivo e ambiental e orientam as mães para estimular o desenvolvimento infantil, de acordo com o conteúdo do Cartão de Saúde da Criança ou pela idade e marcos do desenvolvimento. Revela também o estudo, que a maioria das enfermeiras não realiza o atendimento sistemático à criança até aos dois anos de idade, julgam a sua própria atuação fragmentada, mas percebem a necessidade de melhorar o atendimento à criança. Apreende-se de um modo geral, que há contradições nas concepções dos enfermeiros, conclui-se a necessidade de criar espaços de reflexão para estes profissionais, a fim de que os mesmos repensem suas concepções a partir do contexto do seu lugar no trabalho, de modo que levem em consideração as múltiplas variáveis de entendimento sobre criança, família e desenvolvimento.
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Concordância entre a ingestão alimentar relatada pelo paciente cirúrgico e a registrada em prontuário pelos enfermeiros / Conformity between acceptance of oral intake referred by surgical patients and registered nurses in the medical records / Concordancia entre la aceptación de la dieta oral reportada por los pacientes quirúrgicos y reportados por enfermeras registradas en los registros médicosAzambuja, Fernanda Braga January 2013 (has links)
Introdução: Ainda que pacientes apresentem irregular aceitação da via oral, a avaliação sistemática e precisa sobre a ingestão não está incorporada às rotinas assistenciais de enfermagem. Objetivo: Avaliar a concordância entre a aceitação da alimentação por via oral referida por pacientes e os registros em prontuário desta aceitação, assim como os diagnósticos e cuidados de enfermagem prescritos. Método: Em uma coorte de adultos cirúrgicos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre agosto de 2011 e outubro de 2012, foram avaliados inquéritos de ingestão alimentar por meio de recordatório de 24 horas, registros nos prontuários da ingestão alimentar pelos enfermeiros, diagnósticos de enfermagem (DE) e prescrição de cuidados referentes à nutrição. Considerou-se “boa aceitação”: ingestão ≥75% das calorias totais prescritas no dia; “regular aceitação”: 50 a 74,9%; “pouca aceitação”: <50% e NPO (nada por via oral), conforme prescrição médica. Adotou-se Coeficiente de Kappa para avaliação da concordância. Resultados: A proporção de respostas coincidentes entre o relato do paciente e registro do enfermeiro foi de 91,3% nas situações de NPO, 87,1% para “boa aceitação”, 17,8% para “regular aceitação” e 16,5% para “pouca aceitação” (Kappa = 0,45). Dos 3259 pacientes/dia, encontrou-se pelo menos um DE em 277 (8,5%) (103 para “boa aceitação”; 52 para “aceitação “regular”; 45 para “pouca aceitação”; 77 para sujeitos em NPO) e pelo menos um cuidado de enfermagem em 316 (9,7%) (116 para “boa aceitação”; 62 para “aceitação regular”; 67 para “pouca aceitação”; 71 para sujeitos em NPO). Conclusão: A concordância entre os relatos dos pacientes cirúrgicos e registros dos enfermeiros foi de moderada a fraca. Observou-se maior proporção de respostas coincidentes quando os pacientes relataram “boa aceitação” ou quando havia prescrição de NPO. Os diagnósticos e cuidados de enfermagem relacionados à nutrição não documentam a elevada prevalência de desnutrição hospitalar e a adequada aceitação da alimentação por via oral em adultos cirúrgicos hospitalizados. / Introduction: Even though patients demonstrate irregular acceptance of oral intake, a systematic and accurate evaluation of the intake is not included in the routines of nursing care. Objective: Evaluate the conformity between acceptance of oral intake referred by patients and the records about this acceptance, as well as nursing diagnoses (ND) and interventions prescribed. Method: Assessment of food intake by 24-hour recall, food intake recorded by nurses, ND and prescribed care related to nutrition were evaluated in a cohort of adult and surgical patients of Hospital de Clinicas de Porto Alegre between August 2011 and October 2012. It was considered "high acceptance”: intake ≥ 75% of total amount prescribed per day; "medium acceptance": 50 to 74.9%; "low acceptance": < 50 % and NPO (nothing by mouth), according to medical prescription. The Kappa coefficient of agreement was used for evaluation of conformity. Results: The proportion of matching responses between patients’ reports and nursing records was 91.3 % in cases of NPO, 87.1 % for "high acceptance", 17.8% for "medium acceptance" and 16.5% for "low acceptance" (Kappa = 0,45). Of the 3259 patients/day , it was found at least one ND in 277 (8.5%) (103 for "high acceptance", 52 for "medium acceptance", 45 for "low acceptance"; 77 for patients in NPO) and at least one nursing care in 316 (9.7%) (116 for "high acceptance", 62 for "medium acceptance”; 67 for "low acceptance"; 71 for patients in NPO). Conclusion: The conformity between surgical patients' reports and nursing records was moderate to weak. There was a higher proportion of matching responses when patients reported "high acceptance" or when NPO was prescribed. The diagnoses and nursing care related to nutrition do not document the high prevalence of hospital malnutrition and adequate acceptance of oral intake in hospitalized surgical adults. / Introducción: Aunque los pacientes presenten aceptación irregular de la dieta oral, una evaluación sistemática y precisa de la ingestión no está incluida en las prácticas assistenciales de enfermería. Objetivo: Evaluar la concordancia entre la aceptación de la dieta oral reportada por los pacientes y los registros en prontuario desta aceptación, así como el diagnóstico y los cuidados de enfermería prescritos. Método: Fueron evaluados el consumo de alimentos mediante recuerdo de 24 horas, los registros de la ingestión en prontuario por las enfermeras, los diagnósticos de enfermería (DE) y la prescripción de cuidados relativa a la nutrición en una cohorte de adultos quirúrgica del Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre agosto de 2011 y octubre de 2012. Se consideró "buena aceptación": la ingesta de ≥ 75% de las calorías totales prescritas por día, "regular aceptación": de 50 a 74,9%; "baja aceptación": < 50 % y NPO (nada por la boca), de acuerdo com la prescripción médica. Para la evaluación de la concordância, fue utilizado el coeficiente Kappa. Resultados: La proporción de respuestas coincidentes entre el relato del paciente y el registro de las enfermeras fue 91,3% en casos de NPO, 87,1% para "buena aceptación", 17,8% para "regular aceptación" y 16.5% para "baja aceptación" (Kappa=0,45). De los 3.259 pacientes/día, fue encontrado al menos un DE en 277 (8,5%) (103 para "buena aceptación", 52 para "regular aceptación", 45 para "baja aceptación", 77 para pacientes en NPO) y al menos un cuidado de enfermería en 316 (9,7%) (116 para "buena aceptación", 62 para "regular aceptación", 67 para "baja aceptación", 71 para los pacientes en NPO). Conclusión: La concordancia entre los relatos de los pacientes quirúrgicos y los registros de las enfermeras fue de moderada a débil. Hubo una mayor proporción de respuestas coincidentes cuando los pacientes informaron "buena aceptación" o cuando había NPO prescrito. Los diagnósticos y los cuidados de enfermería relacionados con la nutrición no documentan la alta prevalencia de la desnutrición hospitalaria y la aceptación adecuada de la alimentación oral en adultos quirúrgicos hospitalizados.
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