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Avaliação transversal da qualidade de vida em portadores de esclerose múltipla por meio de um instrumento genérico (SF-36)Morales, Rogério de Rizo 05 July 2005 (has links)
Multiple sclerosis (MS) is a chronic disease which may exert significant effects on the
lives of patients. The Kurtzke Expanded Disability Status Scale (EDSS) remains the
most widely used outcome measure in MS, despite its limitations. The use of healthrelated
quality of life (HRQoL) as outcome measure has been increasing in the last
years, with development and utilization of several instruments. One of most utilized is
the Medical Outcome Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36), a generic
measure utilized for general population and for many diseases, including MS. The goals
of this study are to assess psychometric properties of SF-36 (Brazilian version) in MS
patients, and measure HRQoL in MS patients in the city of Uberlândia, state of Minas
Gerais, Brazil. HRQoL was measured in 23 MS patients and in 40 subjects of general
population (blood donors) in Uberlândia, using the Brazilian version of the SF-36.
EDSS score was assigned by neurologic examination at the time of interview.
Reliability and validity of SF-36 were assessed. Mean scores of SF-36 domains in
general and MS patient groups, general and MS patient subgroup with EDSS < 3.5, and
MS patients with EDSS < 3.5 e > 4.0 were compared. Correlations among clinical
aspects of disease and SF-36 scores were assessed. The Brazilian version of SF-36 is
reliable and valid for use in MS patients. MS patients show lower scores in all SF-36
scales than do the general population, principally in physical function domains
(p<0.05). Patients with EDSS scores < 3.5 also show lower scores in all SF-36 scales
than control group. The patients with EDSS scores < 3.5 have higher mean scores in
physical functioning, bodily pain, general health and energy/vitality domains than do
the patients with EDSS scores > 4.0 (p<0.05). There is no correlation among time of
disease and time since diagnosis with SF-36 scores. Depressive symptoms and heat
intolerance show correlation with SF-36 domains and components. In conclusion, the
Brasilian version of SF-36 is valid to measure HRQoL in MS patients. MS patients have
a significant negative impact on all HRQoL domains measured by SF-36, including
mental and social domains, compared with general population, even in the stages with
less disability. Physical SF-36 scales, but not mental and social scales, decrease with
EDSS progression. / A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica que pode ter efeitos profundos na vida
dos pacientes. O Expanded Disability Status Scale (EDSS) ainda é o instrumento mais
utilizado como medida de evolução de incapacidade na EM, mas não é capaz de
determinar outros efeitos da doença na qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS).
Um dos instrumentos mais usados para medir conceitos gerais de saúde é o Medical
Outcome Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36). Sua versão brasileira ainda
não foi utilizada em portadores de EM. Este estudo tem como objetivos verificar as
propriedades psicométricas da versão brasileira do SF-36 e avaliar a QVRS em
portadores de EM da cidade de Uberlândia por meio deste instrumento. O SF-36 foi
aplicado em 23 portadores de EM e em 69 doadores de sangue na cidade de Uberlândia.
O EDSS foi aplicado no grupo de portadores durante exame neurológico à entrevista.
Confiabilidade e validade do SF-36 foram determinadas. Foram comparados os escores
médios dos domínios do SF-36 entre os grupos de portadores e controle, entre os
portadores com EDSS < 3,5 e os controles, e os portadores com EDSS < 3,5 e > 4,0.
Correlações entre aspectos clínicos da doença e escores do SF-36 foram medidas. O SF-
36 se mostrou confiável e válido para a avaliação da QVRS em EM. Os portadores de
EM apresentaram escores mais baixos em todos os domínios do SF-36 que a população
geral, principalmente nos domínios de função física (p<0,05). Portadores com EDSS <
3,5 também pontuaram menos em todos os domínios que o grupo controle (p<0,05).
Pacientes com escores de EDSS ≤ 3,5 apresentaram maiores escores nos domínios
capacidade física, dor, estado geral da saúde e vitalidade que os pacientes com EDSS ≥
4,0 (p<0,05). Não houve correlação da duração da doença e do tempo de diagnóstico
com os domínios e componentes do SF-36. Sintomas depressivos e intolerância ao calor
mostraram correlação com domínios e componentes do SF-36. Concluindo, a versão
brasileira do SF-36 é válida para avaliar a QVRS em portadores de EM. A doença
provoca um impacto negativo significante em todos os domínios do SF-36, comparados
à população geral, mesmo nas fases de menor incapacidade. Escores físicos diminuem
com a progressão do EDSS, mas os escores mentais e sociais são baixos nos estágios
iniciais, refletindo o impacto psicológico do diagnóstico de EM, e se mantém
relativamente estáveis com a progressão da doença. / Mestre em Ciências da Saúde
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Influência do uso de estatinas sobre a estabilidade de membrana de eritrócitos em portadores de esclerose múltiplaFreitas, Mariana Vaini de 20 July 2009 (has links)
Multiple sclerosis (MS), degenerative disease characterized by defects in the myelin membrane of neural cells, takes place probably by oxidative, inflammatory and autoimmune mechanisms in genetically vulnerable individuals, under the influence of environmental factors associated with feeding. [Hypothesis] As the structural composition of biological membranes is largely affected by diet, physical activity and use of medicines, the interference of environmental factors in the homeostasis of structural membranes of neural cells in carriers of MS must also be shared by other post-mitotic cells of the body, such as erythrocytes. [Objective] This study aimed to investigate the influence of statin use on the stability of erythrocytes membranes against hypotonic shock and chaotropic action of ethanol in patients with MS. [Methods] The population was composed of 16 women suffering from MS (26-58 years) who were being monitored at the Clinical Hospital of the Federal University of Uberlândia. They were divided into two groups, one group treated with 20 mg/day of simvastatin for 2.66 ± 1.03 years (n = 6) and another group without the use of statin (n = 10). A control group consisted of 6 healthy women with BMI and age (28-56 years) similar to problem group, all without the use of medications and without chronic consumption of alcohol. We evaluated the scores of patients in the Expanded Disability Status Scale (EDSS), hematological and biochemical variables, in addition to the stability of erythrocytes against hypotonic shock and ethanol. The stability of erythrocytes was evaluated by the half-transition points, H50 and D50, obtained from the curves of hemolysis induced by hypotonic shock and chaotropic action of ethanol, respectively. Statistical comparisons of results between groups were made by ANOVA and Tukey post-hoc test. [Results] There were no statistically significant differences in EDSS scores or the hematological variables between groups, but the MS patients under use of statin showed levels of total cholesterol and LDL-cholesterol significantly lower than those without use of that drug. The values of H50 of the MS patients without use of statins (0.472 ± 0.013 g.dL-1 NaCl) were significantly higher than those of volunteers in the control group (0.427 ± 0.015 g.dL-1 NaCl). The H50 values of the carriers of MS with use of statins (0.457 ± 0.013 g.dL-1 NaCl) declined (although not in a statistically significant basis) compared to carriers of MS without the use of statins, but they were not equal to the values of H50 of volunteers in the control group. Moreover, the values of D50 of MS patients without use of statin (13.87 ± 0.74% v/v ethanol) were significantly lower than those of volunteers in the control group (15.38 ± 0.24 g.dL-1 NaCl), but the values of D50 in the MS patients under statin therapy (15.20 ± 0.15 g.dL-1 NaCl) were not significantly different from those of volunteers in the control group, although they had been significantly higher than those of MS patients without use of statins. [Conclusions] The carriers of MS without use of statin showed erythrocytes less stable against hypotonic chock and action of ethanol than the control group. The use of statins increased the stability of erythrocytes against ethanol in the MS patients, making it similar to the RBC stability of the volunteers without the disease. But the use of statins did not increase osmotic stability of the erythrocyte membrane against hypotonicity in such a way to make it similar to the membrane stability of the volunteers without the disease. These findings are important and reflect the homeostatic conditions in the erythrocytes membranes by the moment of their evaluation. This could be merely a consequence of changes in lifestyle associated with the development of the disease, but could also be associated with a lifestyle that may have implications in the development of MS. The reasons for believing in the validity of the last hypothesis are discussed. / A esclerose múltipla (EM), doença degenerativa caracterizada por defeitos na membrana de mielina das células neurais, desenvolve-se provavelmente por mecanismos oxidativos, inflamatórios e auto-imunes em indivíduos geneticamente vulneráveis, sob a influência de fatores ambientais associados à alimentação. [Hipótese] Como a composição estrutural das membranas biológicas é largamente afetada pela alimentação, padrão de atividade física e uso de medicamentos, se houver interferência de fatores ambientais na homeostase estrutural das membranas das células neurais em portadores de EM, ela deve ser também compartilhada por outras células pós-mitóticas do organismo, como os eritrócitos. [Objetivo] Este trabalho teve como objetivo estudar a influência do uso de estatina sobre estabilidade de membrana de eritrócitos contra choque hipotônico e ação caotrópica do etanol em portadores de esclerose múltipla. [Métodos] A população foi constituída por 16 mulheres portadoras de EM (26-58 anos), que estavam em acompanhamento no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Elas foram divididas em dois grupos, um grupo tratado com 20 mg/dia de sinvastatina durante 2,66 ± 1,03 anos (n = 6) e outro grupo sem uso de estatina (n = 10). Um grupo controle foi constituído por 6 mulheres saudáveis, com IMC e idades (28-56 anos) equiparáveis ao grupo problema, todas sem uso de medicações e sem consumo crônico de bebida alcoólica. Foram avaliados escores da escala expandida do estado de incapacidade (EDSS), variáveis hematológicas e bioquímicas, além da estabilidade de membrana de eritrócitos contra choque hipotônico e etanol. A estabilidade de eritrócitos foi avaliada pelas constantes de meia-transição de lise, H50 e D50, obtidas a partir das curvas de hemólise por choque hipotônico e ação caotrópica do etanol, respectivamente. Comparações estatísticas dos resultados entre os grupos foram feitas por ANOVA, utilizando pós-teste de Tukey. [Resultados] Não houve diferenças estatisticamente significantes nos escores de EDSS nem nas variáveis hematológicas entre os grupos, mas as portadoras de EM sob uso de estatina apresentaram níveis de colesterol total e LDL-colesterol significantemente menores do que aquelas sem uso daquela droga. Os valores de H50 das portadoras de EM sem uso de estatina (0,472 ± 0,013 g.dL-1 NaCl) foram significantemente maiores do que aqueles das voluntárias do grupo controle (0,427 ± 0,015 g.dL-1 NaCl). Os valores de H50 das portadoras de EM com uso de estatina (0,457 ± 0,013 g.dL-1 NaCl) declinaram (ainda que sem significância estatística) em relação à portadoras de EM sem uso de estatina, sem se igualar aos valores de H50 das voluntárias do grupo controle. Por outro lado, os valores de D50 das portadoras de EM sem uso de estatina (13,87 ± 0,74% v/v etanol) foram significantemente menores do que os das voluntárias do grupo controle (15,38 ± 0,24% v/v etanol), mas os valores de D50 das portadoras de EM sob uso de estatina (15,20 ± 0,15% v/v etanol) não foram significantemente diferentes daqueles das voluntárias do grupo controle, embora eles tenham sido significantemente maiores do que aqueles das portadoras de EM sem uso de estatina. [Conclusões] As portadoras de EM sem uso de estatina apresentaram eritrócitos menos estáveis contra hipotonicidade e contra a ação do etanol que as voluntárias do grupo controle. O uso de estatina aumentou a estabilidade de eritrócitos contra etanol nas portadoras de EM, tornando esta estabilidade semelhante àquela das voluntárias sem a doença. Porém o uso de estatina não aumentou a estabilidade de membrana dos eritrócitos contra hipotonicidade a ponto de torná-la semelhante à estabilidade de membrana das voluntárias sem a doença. Esses achados são importantes e refletem as condições da homeostase de membrana dos eritrócitos, no período de sua determinação. Eles poderiam ser mera conseqüência de mudanças no estilo de vida associadas ao desenvolvimento da doença, mas poderiam também estar associadas a um estilo de vida que possa ter tido implicações no desenvolvimento da EM. As razões para acreditar na validade desta última hipótese são discutidas. / Mestre em Genética e Bioquímica
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Comparação das características da disfagia em pacientes com dermatopolimiosite e esclerose sistêmica / Comparison of the characteristics of dysphagia in patients with systemic sclerosis and dermatomyositisMárcio José da Silva Moreira 20 August 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Comparar e caracterizar, por intermédio dos protocolos de avaliação da deglutição, os achados fonoaudiológicos na fase preparatória oral e oral da deglutição nos pacientes avaliados nos dois grupos de doenças (DM/PM e ES). Foram identificados 80 pacientes com diagnóstico de dermatopolimiosite e esclerose sistêmica, de ambos os sexos, atendidos no ambulatório de Colagenoses do serviço de Reumatologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ). Foram excluídos os indivíduos abaixo de 18 anos e acima de 60 anos (24) e com outras doenças e/ ou comorbidades. Dos 56 pacientes restantes, 73,2% (41) apresentavam ES e 26,8% (15) DM/PM. Após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, os indivíduos foram submetidos à avaliação clínica estrutural e funcional da deglutição pelo pesquisador, que é fonoaudiólogo. O estudo revelou elevada prevalência de alterações oromiofuncionais e da deglutição na fase preparatória oral e oral propriamente dita nos pacientes com ES para a consistência sólida, que geram disfagia oral e alta, e não somente uma disfagia baixa como tem sido apresentado na literatura médica. O estudo reforçou que as mulheres são as mais acometidas pelas doenças autoimunes e que os homens são em menor número. O fonoaudiólogo deve ser parte integrante da equipe interdisciplinar que atende esses pacientes. / Compare and Characterize by means of evaluation protocols of swallowing, speech-language findings in oral and oral preparatory phase of swallowing in patients evaluated in both groups of diseases (DM / PM and SS). We identified 80 patients with dermatomyositis and systemic sclerosis, of both sexes, Collagen outpatient clinic of the Rheumatology Service of Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ). We excluded individuals below 18 years and above 60 years (24) and other diseases and / or comorbidities. Of the 56 remaining patients, 73.2% (41) had SS and 26.8% (15) DM / PM. After signing an informed consent, subjects underwent structural and functional clinical assessment of swallowing, the researcher who is a speech and audiologist therapist. The study revealed high prevalence of oromiofunctionals and oral phase swallowing in patients with SS to solid food dysphagia and oral generating not only a high and low dysphagia as has been shown in medical literature. The study reinforced that women are more affected by autoimmune diseases, and that men are fewer. The speech and audiology therapist must be part of the interdisciplinary team that deals with these patients
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Os produtos dos genes Tsc1 e Tsc2 em processos neurodegenerativos / Tsc1 and Tsc2 gene products in neurodegenerative processesDeborah Azzi-Nogueira 04 August 2016 (has links)
O complexo da esclerose tuberosa (TSC) é uma doença genética que pode afetar órgãos específicos de qualquer sistema do organismo humano. Em geral, as lesões surgem pela inativação bialélica de um dos genes supressores tumorais Tuberous Sclerosis Complex 1 (TSC1) ou 2 (TSC2). Por outro lado, nas regiões corticais e subcorticais do cérebro, as lesões decorrentes de falhas de migração neuronal e sua arborização podem ser explicadas pela haploinsuficiência de TSC1 ou TSC2. As lesões do córtex cerebral apresentam-se comumente com epilepsia refratária, a qual, por sua vez, pode se associar a deficiência intelectual e transtornos do comportamento. Estes quadros clínicos podem estar presentes em pacientes com TSC sem lesão anatômica detectável à ressonância nuclear magnética do crânio. As proteínas hamartina ou tuberina, conhecidas também como TSC1 e TSC2, são codificadas respectivamente pelos genes TSC1 e TSC2. Elas agem juntas em um complexo molecular citosólico que inativa a pequena GTPase Rheb, a qual tem ação ativadora da cinase alvo da rapamicina em mamíferos (mTOR), regulando diversos processos celulares, como proliferação, diferenciação, crescimento, migração e metabolismo. Com a hipótese de que a quantidade de TSC1 ou TSC2 no neurônio pode alterar suas funções de forma dependente do estado metabólico, tivemos, neste trabalho, o objetivo geral de caracterizar os padrões de expressão e atividade de TSC1 e TSC2 em dois modelos de neurodegeneração induzida no camundongo adulto e verificar se a redução de quantidade de TSC1 tem efeito sobre a extensão da lesão de neurônios dopaminérgicos em modelo de hemiparkinsonismo. No primeiro modelo empregado, cinco estruturas encefálicas de camundongos submetidos a dieta hiperlipídica mostraram alteração da quantidade de RNAm de Tsc1 e/ou Tsc2 ou sinais de estresse oxidativo. A redução de transcritos de Tsc1 e Tsc2 no córtex cerebral foi dependente de jejum realizado imediatamente antes da eutanásia. No córtex cingulado, houve evidência de estresse oxidativo. O aumento específico de RNAm foi observado no hipocampo (Tsc1 e Tsc2) e no estriado e hipotálamo (Tsc1), embora de forma independente do jejum, sugerindo se tratar de alterações relacionadas à dieta hiperlipídica. No modelo de hemiparkinsonismo, camundongos adultos submetidos a injeção intracerebral de 6-hidroxidopamina apresentaram redução da quantidade total de proteína S6 no lado encefálico tratado quando comparado ao segmento contralateral (p =0,004, r=0,8795; teste de Pearson, IC: 95%), sem alteração de TSC1 ou TSC2. Em análises de imunoperoxidase do encéfalo, descrevemos, de forma independente da lesão, a expressão de TSC1 no estriado, núcleos entopeduncular e arqueado e de TSC2 no tálamo e hipotálamo. Com o objetivo de obter um modelo de camundongo sem expressão pós-natal de Tsc1 em várias regiões encefálicas, de forma independente do tipo celular, realizamos cruzamentos entre uma linhagem de camundongo transgênico em que o gene Tsc1 contém sequências lox nos íntrons 16 e 18 e outra linhagem com Tsc1 tipo-selvagem (WT) em homozigose e o transgene para expressão da recombinase Cre em fusão ao domínio de ligação ao ligante do receptor de estrógeno humano (ESR1) sob o controle de expressão do promotor de ubiquitina C (UBC). Em F1, obtivemos camundongos portadores do transgene UBC-CreESR1 e heterozigotos para Tsc1 (Tsc1WT/Flox). Em F2, entre os animais homozigotos Tsc1Flox/Flox (N = 153) gerados por retrocruzamento, nenhum era portador do transgene (Nesperado = 85; Nobservado = 0; X2 = 348,185; p < 0,0001) É possível que o segmento genômico em que houve inserção do vetor lentiviral que carrega o transgene UBC-CreESR1 esteja ligado ao loco de Tsc1 no cromossomo 2 do camundongo, segregando juntos. O tratamento com 4-hidroxitamoxifeno de animais heterozigotos e portadores do transgene aumentou a quantidade de TSC1 no estriado (p < 0,05) e o cerebelo não apresentou alteração. É possível que mecanismos transcricionais ou traducionais, funcionais no estriado, tenham favorecido o aumento de TSC1 de forma dependente de 4-hidroxitamoxifeno / Tuberous sclerosis complex (TSC) is a genetic disorder that can affect any specific organs. In general, lesions are caused by biallelic inactivation of the tumor suppressor genes Tuberous Sclerosis Complex 1 (TSC1) or 2 (TSC2). On the other hand, in cortical and subcortical brain regions, lesions associated with neuronal migration and arborization failures can be explained by TSC1 or TSC2 haploinsufficiency. Brain cortical lesions commonly cause refractory epilepsy, which, in turn, may be associated with intellectual disabilities and behavioral disorders. These medical conditions may be present in TSC patients without detectable anatomic lesion on magnetic resonance images. TSC1 and TSC2 genes encode hamartin and tuberin, also known as TSC1 and TSC2, respectively. They act together in a cytosolic molecular complex that inactivates small GTPase Rheb, which is a mammalian target of rapamycin (mTOR) activator, regulating diverse cellular processes such as proliferation, differentiation, growth, migration and metabolism. With the hypothesis that the amount of TSC1 or TSC2 in the neuron can change its function depending on the metabolic state, the overall objective of this study was to characterize TSC1 and TSC2 expression patterns and activity in two mice models of induced neurodegeneration; and check whether TSC1 reduction changes dopaminergic neurons damage extent in a hemiparkinsonins model. For the first model, five brain structures from mice fed with high fat diet showed alterations in Tsc1 and/or Tsc2 mRNA, or oxidative stress signals. Reduction of Tsc1 and Tsc2 transcripts in the cerebral cortex was dependent on fasting performed immediately prior to euthanasiaThere was evidence of oxidative stress in the cingulate cortex. Increase in mRNA was observed in the hippocampus (Tsc1 and Tsc2) and striatum and hypothalamus (Tsc1), although independent of the fasting, suggesting that this effect is related to the high fat diet. In hemiparkinsonism model, adult mice subjected to intracerebral injection of 6-hydroxydopamine had decreased levels of S6 in the brain treated side compared to the contralateral segment (p = 0.004, r = 0.8795; Pearson test, CI: 95 %), without alterations in TSC1 nor TSC2. Using imunoperoxidase analysis, we described TSC1 expression in the striatum, entopeduncular and arcuate nuclei, and TSC2 in the thalamus and hypothalamus, independently from the 6-OHDA lesion. To obtain a mouse model without TSC1 postnatal expression in different brain regions, independently of the cell type, we performed crosses between transgenic mouse strain in which the Tsc1 gene contains lox sequences in introns 16 and 18 and strain with Tsc1 wild-type (WT) and the transgene for expression of Cre recombinase fused to the binding domain of the human estrogen receptor (ESR1) ligand, controlled by ubiquitin C (UBC) promoter expression. In F1, we obtained mice carrying the transgene UBC-CreESR1 and heterozygous for Tsc1 (Tsc1WT/flox). In F2, among animals homozygous Tsc1Flox/Flox (N=153) generated by backcrossing, none was carrying the transgene (Nexpected = 85; Nobserved = 0; X2= 348.185, p <0.0001) It is possible that the genomic segment containing the lentiviral vector insertion bearing UBC-CreESR1 transgene is linked to the TSC1 region on mouse chromosome 2, and they segregate together. Treatment with 4-hydroxytamoxifen in animals heterozygous and positive for the transgene showed increased TSC1 in the striatum (p <0.05), while there was no change in the cerebellum. It is possible that transcriptional or translational functional striatum mechanisms favored TSC1 increasing, in a 4-hydroxytamoxifen-dependent manner
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Estudo mutacional em pacientes com o complexo da esclerose tuberosa / Mutational studies in patients with tuberous sclerosisLuiz Gustavo Dufner de Almeida 14 August 2014 (has links)
O complexo da esclerose tuberosa (TSC) é um transtorno genético, sistêmico, com expressividade variável e herança autossômica dominante. Clinicamente manifesta-se devido ao desenvolvimento de hamartomas e hamártias em diferentes tecidos, principalmente no cérebro, rins, coração, pele e pulmões, podendo causar disfunção do órgão. Mutação em um de dois genes supressores tumorais, TSC1 ou TSC2, são responsáveis pelo TSC. Os genes TSC1 e TSC2 codificam para hamartina e tuberina, respectivamente. Ambas as proteínas interagem fisicamente formando um complexo citosólico que inibe mTOR (mammalian target of rapamycin). Testes moleculares para TSC1 e TSC2 são úteis para auxiliar no diagnóstico de casos clínicos difíceis, em aconselhamento genético e estudos de associação genótipo-fenotípica, além de permitirem a caracterização molecular de mecanismos patogenéticos da formação dos hamartomas e análises funcionais de seus produtos gênicos. Apesar de o diagnóstico de TSC ser basicamente clínico, a partir da revisão de seus critérios em 2012 por um grupo de especialistas, o achado de uma mutação em TSC1 ou TSC2 passou a ser considerado suficiente para o diagnóstico definitivo da doença. O estudo apresentado aqui é parte de um projeto em andamento para estabelecer condições ao desenvolvimento de análise de mutações causadoras de TSC nos genes TSC1 e TSC2. Nosso objetivo neste trabalho foi avaliar por sequenciamento de Sanger o DNA genômico de 28 pacientes brasileiros com diagnóstico definitivo de TSC, procedentes dos estados de São Paulo ou Paraná, tendo como alvo a sequência codificadora do gene TSC1, parte de seus segmentos intrônicos, o promotor basal, bem como o segmento imediatamente a 5\' deste. Sete pacientes (25%) apresentaram mutações de sentido trocado (nonsense) ou com deslocamento da leitura à tradução (frameshift) no gene TSC1. Entre 31 outras variantes de DNA encontradas, 23 são polimorfismos conhecidos e oito apresentaram frequência inferior a 1%, como verificado in silico entre mais de mil sequências de genomas humanos. Entre essas oito variantes de DNA novas ou raras, quatro foram detectadas em pacientes para os quais uma mutação patogênica havia sido identificada e, por isso, foram reclassificadas como polimorfismos. Duas e uma variantes de DNA do mesmo paciente flanqueavam um sítio de ligação em potencial para um fator de transcrição específico, a 5\' do promotor basal de TSC1. Por fim, uma nova variante de DNA na região não codificadora do éxon 2 do gene TSC1 foi predita com potencial para alterar um elemento candidato a acentuador de splicing. Em resumo, como observado em estudos anteriores, descrevemos aqui 25% dos pacientes com TSC apresentando mutações patogênicas na sequência codificadora do gene TSC1. Nossos dados mostraram quatro novas variantes de DNA em regiões potencialmente reguladoras da expressão do gene TSC1, que podem revelar-se como mutações patogênicas e, portanto, necessitam ser testadas experimentalmente / Tuberous sclerosis complex (TSC) is a multisystem disorder, with variable expression and autosomal dominant inheritance. Clinically it is due to hamartia and hamartoma development in different tissues, notably in the brain, kidneys, heart, skin and lungs, causing organ dysfunction. Mutations in either tumor suppressor gene, TSC1 or TSC2, are responsible for TSC. TSC1 and TSC2 genes code for hamartin and tuberin, respectively. Both proteins physically interact forming a cytosolic complex that inhibits the mammalian target of rapamycin (mTOR). TSC1 and TSC2 molecular testing has been useful in diagnosing clinically challenging cases, in genetic counseling and genotype/phenotype association studies, besides evaluation of the molecular basis of hamartoma formation and functional analyses of both gene products. Although TSC diagnosis is basically clinical, since the 2012 specialist panel review the finding of a TSC1 or TSC2 mutation has been considered sufficient for the definite diagnosis of the disease. The results presented here are part of an ongoing project to establish conditions for TSC1 and TSC2 mutation studies. Our first aim is to evaluate by Sanger sequencing TSC1 coding sequence, and an average of 132 base pairs of intronic regions next to exon boundaries from TSC patients, in addition to the gene core promoter. We present preliminary results of a sample of 28 patients with definite TSC diagnosis, from São Paulo and Paraná states. Seven patients (25%) displayed TSC1 nonsense or frameshift mutations. Among 31 other DNA variants identified, 23 were known polymorphisms, and eight had frequencies below 1% as verified in silico among more than a thousand human genomes. Out of eight novel or rare DNA variants, four were detected in patients for whom a pathogenic mutation had been found. Two and one additional DNA point variants from the same patient flanked a putative transcription factor binding site. Finally, a novel DNA variant residing in the TSC1 noncoding exon 2 was predicted to change the sequence potential to behave as a splicing enhancer. In summary, similar to previous studies, we describe 25% of TSC patients with mutations in the TSC1 coding sequence. Differently from other reports, our data disclose four novel DNA variants in TSC1 potentially regulatory regions that are likely to unravel novel pathogenic mutations, and thus need to be experimentally tested
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Eventos redox na biologia dos lipídios: modificação de tióis e alterações do lipidoma em ALS / Redox-triggered events in lipid biology: thiol modification and lipidome alteration in ALSAdriano de Britto Chaves Filho 18 May 2018 (has links)
Os lipídeos abrangem uma ampla gama de moléculas hidrofóbicas presentes nas células. As características moleculares dos lipídios determinam sua localização celular e função biológica. Em geral, os lipídios são considerados componentes essenciais de membranas, reservatórios de energia e moduladores de vias de sinalização ligadas ao metabolismo celular, sobrevivência, entre outros. Em mamíferos, grande parte dos lipídios é esterificada em ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs), especialmente os ácidos docosahexaenóico (DHA) e araquidônico (ARA), essenciais para vários processos fisiológicos, incluindo o desenvolvimento normal do cérebro. No entanto, os PUFAs são muito suscetíveis à oxidação por espécies reativas de oxigênio (ROS) geradas endogenamente. Uma vez oxidados, lipídios são capazes de modificar grupos tióis de peptídeos e proteínas, levando à modulação das vias de sinalização e alterando o balanço redox celular. No capítulo 1, foram investigados os mecanismos envolvidos na modificação de grupos tióis de peptídeos e proteínas por produtos de auto-oxidação de PUFAs. Com as análises realizadas foi possível identificar vários adutos de glutationa (GSH) covalentemente modificados por endoperóxidos cíclicos derivados de DHA e ARA. Uma análise detalhada dos espectros de MS/MS dos adutos de GSH revelou que GSH e endoperóxidos cíclicos são provavelmente ligados através de uma ligação química de enxofre-oxigênio, em uma reação que envolve um ataque nucleofílico do ânion tiolato. Além disso, sugerimos que a eficiência da modificação do tiol por endoperóxidos cíclicos também é dependente da reatividade do tiol, como demonstrado pela modificação covalente do resíduo de cisteína mais reativo (Cys111) da enzima antioxidante superóxido dismutase 1(SOD1). Modificações químicas de tióis por endoperóxidos cíclicos podem modular a agregação proteica e o status redox celular, produzindo adutos de GSH capazes de modular a inflamação, como relatado para os conjugados de GSH gerados enzimaticamente. No capítulo 2, nós investigamos o papel dos lipídios na esclerose lateral amiotrófica (ALS), uma vez que a inflamação e o estresse oxidativo nos neurônios motores contribuem para o desenvolvimento desta doença neurodegenerativa. Usando uma abordagem lipidômica não direcionada baseada em espectrometria de massa acoplada à cromatografia líquida (UHPLC-MS/MS), nós investigamos o metabolismo lipídico no córtex motor e na medula espinhal de um modelo de ratos com ALS. A análise do córtex motor mostrou que as principais alterações lipídicas foram dependentes da idade e ligadas ao metabolismo dos esfingolipídios. Em contraste, as principais alterações lipídicas na medula espinhal foram encontradas no grupo sintomático da ALS, sendo o metabolismo de ceramidas, ésteres de colesterol e cardiolipinas os mais afetados. De acordo com os resultados obtidos e dados relatados na literatura, propusemos um mecanismo baseado em neuroproteção que envolve o acúmulo de ésteres de colesterol esterificados em PUFAs em astrócitos. Coletivamente, nossos achados sugerem que os lipídios desempenham um papel crucial na modulação de processos celulares ligado à oxidação de tióis e à neurodegeneração. / Lipids encompass a wide range of hydrophobic molecules present in cells. The molecular characteristics of lipids determine their cellular localization and biological function. In general, lipids are regarded as essential components of membranes, as energy reservoir and modulators of signaling pathways linked to cellular metabolism and survival, among others. In mammals, a large part of the lipids are esterified to polyunsaturated fatty acids (PUFAs), especially docosahexaenoic (DHA) and arachidonic (ARA) acids, essential for several physiological processes, including normal brain development. However, PUFAs are very susceptible to oxidation by reactive oxygen species (ROS) generated endogenously. Once oxidized, lipids are able to modify thiol groups of peptides and proteins leading to modulation of signaling pathways and cellular redox balance. In the chapter 1, we investigated the mechanisms involved in modification of thiol groups of peptides and protein by autoxidation products derived from PUFAs. Here, we identified several glutathione (GSH) adducts covalently modified by hydroxy-endoperoxides derived from both DHA and ARA. Detailed inspection of MS/MS spectra of GSH-adducts revealed that GSH and hydroxy-endoperoxides are likely bonded through a sulfur-oxygen chemical bond in a reaction which involves a nucleophilic attack by the thiolate anion. Also, we suggest that the efficiency of modification of thiol by hydroxy-endoperoxides are also dependent of the thiol reactivity, as demonstrated by covalent modification of the most reactive cysteine residue (Cys111) of the antioxidant enzyme Cu,Zn-superoxide dismutase (SOD1). Chemical modifications of thiol groups by hydroxy-endoperoxides may modulate protein aggregation and cellular redox status, yieldingGSH adducts capable to modulate inflammation, as reported for the enzymatically generated counterparts. In the chapter 2, we investigated the role of lipids in amyotrophic lateral sclerosis (ALS), since inflammation and oxidative stress in motor neurons are hallmarks of this neurodegenerative disease. Using an untargeted lipidomics approach based on mass spectrometry coupled to liquid chromatography (UHPLC-MS/MS), we investigated the lipid metabolism in motor cortex and spinal cord tissues of a rodent model of ALS. Analysis of the motor cortex showed that the main lipid alterations were age-dependent and linked to metabolism of sphingolipids. In contrast, the major lipid alterations in the spinal cord were found in ALS symptomatic group, being the metabolism of ceramides, cholesteryl esters and cardiolipin the most affected. According to our findings and data reported in the literature, we proposed a mechanism based on neuroprotection that involves accumulation of cholesteryl esters esterified to PUFAs in astrocytes. Collectively, our findings suggest that lipids play a crucial role in modulation of cellular process linked to thiol metabolism and neurodegeneration.
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Capacidade proliferativa in vitro de precursores neuro-gliais, telencefálicos e expressão dos genes 1 e 2 do Complexo da Esclerose Tuberosa (TSC1 e TSC2) / Proliferation capability of telencephalic neuroglial progenitors and expression of the Tuberous Sclerosis Complex 1 and 2 genes (TSC1 and TSC2)Alexandra Belén Saona Marín 10 December 2012 (has links)
O complexo da esclerose tuberosa (TSC) é um transtorno clínico, com expressividade variável, caracterizado por hamartomas que podem ocorrer em diferentes órgãos. Tem herança autossômica dominante e é devido a mutações em um de dois genes supressores de tumor, TSC1 ou TSC2. Estes codificam para as proteínas hamartina e tuberina, respectivamente, que se associam formando um complexo macromolecular que regula funções como proliferação, diferenciação, crescimento e migração celular. As lesões cerebrais podem ser muito graves em pacientes com TSC e caracterizam-se por nódulos subependimários (SEN), astrocitomas subependimários de células gigantes (SEGA), tuberosidades corticais e heterotopias neuronais, podendo relacionar-se clinicamente à epilepsia refratária à terapia medicamentosa, deficiência intelectual, desordens do comportamento e hidrocefalia. O potencial de crescimento de SEGA até os 21 anos de idade dos pacientes exige acompanhamento periódico por exame de imagem e condutas clínicas ou cirúrgicas, conforme indicação médica. As lesões subependimárias têm sido explicadas por déficits de controle da proliferação, crescimento e diferenciação de precursores neuro-gliais na zona subventricular telencefálica. Embora a capacidade da tuberina em inibir a proliferação celular pela repressão do alvo da rapamicina em mamíferos (mTOR) esteja bem documentada, outros aspectos celulares do desenvolvimento de SEGA ainda não foram examinados. Assim, é importante estabelecer um sistema in vitro para o estudo de células da zona subventricular e testá-lo na análise das proteínas hamartina e tuberina. Neste sentido, o cultivo de neuroesferas em suspensão é muito apropriado. Neste estudo, buscamos relacionar a expressão e distribuição subcelular da hamartina e tuberina à capacidade proliferativa e de diferenciação das células de neuroesferas cultivadas in vitro a partir da dissociação da vesícula telencefálica de embriões de ratos normais. Analisamos a expressão e distribuição subcelular da hamartina e tuberina por imunofluorescência indireta em células entre a primeira e a quarta passagens das neuroesferas, sincronizadas nas fases G1 ou S do ciclo celular e após a reentrada no ciclo celular, através da incorporação de 5-bromo-2\'-desoxiuridina (BrdU) e imunofluorescência com anticorpo anti-BrdU. Em geral, células de neuroesferas apresentaram baixa colocalização entre hamartina e tuberina in vitro. A expressão da tuberina foi elevada em basicamente todas as células das esferas e fases do ciclo celular; ao contrário, a hamartina apresentou-se principalmente nas células da periferia das esferas. A colocalização entre hamartina e tuberina foi observada em células mais periféricas das esferas, sobretudo no citoplasma e, em G1, no núcleo celular. A proteína rheb, que conhecidamente interage diretamente com a tuberina, apresentou distribuição subcelular muito semelhante à desta. Ao carenciamento das células visando à parada do ciclo celular na transição G1/S, tuberina distribuiu-se ao núcleo celular em quase todas as células avaliadas e, de forma menos frequente, a hamartina também. À reentrada no ciclo celular pelo reacréscimo dos fatores de crescimento, avaliaram-se células com incorporação de BrdU ao seu núcleo celular, após 72 e 96 horas. Nestas, tuberina mostrou-se novamente no citoplasma de forma preponderante e hamartina manteve-se citoplasmática, em geral subjacente à membrana plasmática, em níveis mais baixos. Os grupos cujas células reciclaram por 72 ou 96 horas diferiram quanto ao aumento significativo da expressão da hamartina em células proliferativas no último. À diferenciação neuronal, aumentaram-se os níveis de expressão de hamartina observáveis à imunofluorescência indireta, tornando-se equivalentes àqueles da tuberina. Concluímos que as células de neuroesferas cultivadas em suspensão apresentam-se como um sistema apropriado ao estudo da distribuição das proteínas hamartina e tuberina e sua relação com o ciclo celular / The tuberous sclerosis complex (TSC) is a clinical disorder with variable expressivity, characterized by hamartomas that can occur in different organs. It has autosomal dominant inheritance and is due to mutations in one of two tumor suppressor genes, TSC1 or TSC2. These encode for the proteins hamartin and tuberin, respectively, which are associated in a macromolecular complex which functions as a regulator of cell proliferation, differentiation, growth and migration. TSC brain lesions may be severe and are characterized by subependymal nodules (SEN), subependymal giant cell astrocytomas (SEGA), neuronal heterotopias and cortical tubers, and may be clinically related to refractory epilepsy, intellectual disability, behavioral disorders and hydrocephaly. The growth potential of SEGA up to 21 years of age in TSC patients requires regular monitoring by imaging. Clinical and surgical interventions may be medically indicated. Subependymal lesions have been explained by deficient control of proliferation, growth and differentiation of neuro-glial progenitors from the telencephalic subventricular zone. While tuberin ability to inhibit cell proliferation by repressing the mammalian target of rapamycin (mTOR) has been well documented, other cell aspects of SEGA development have not been thoroughly examined. Therefore, it is important to establish conditions for an in vitro system to study the cells from the subventricular zone and to test its suitability for the study of the TSC proteins. In this regard, the neurosphere suspension culture is very appropriate. We evaluated the expression and subcellular distribution of hamartin and tuberin in relation to the proliferation and differentiation capability of neurosphere cells derived in vitro from the dissociation of the telencephalic vesicle of normal E14 rat embryos. These analyses were performed by indirect immunofluorescence in cells from first through fourth passages of neurospheres, synchronized in G1 or S phases of the cell cycle, and after reentry into the cell cycle by the addition of 5-brome-2\'-desoxyuridine (BrdU) and immunolabeling with anti-BrdU antibody. In general, neurosphere cells presented low colocalization between hamartin and tuberin in vitro. Tuberin expression was relatively high in basically all neurosphere cells and cell cycle phases, whereas hamartin distributed mainly to cells from the periphery of the spheres. In these cells, hamartin and tuberin colocalization was evident mostly in the cytoplasm and, in G1, also in the cell nucleus. Rheb, which is known to interact directly with tuberin, had subcellular distribution very similar to tuberin. Cell starvation indicating cell cycle arrest at G1/S redistributed tuberin to the cell nucleus in virtually all cells examined, what was accompanied by nuclear location of hamartin in a small subset of cells. When cells were allowed to reenter cell cycle by adding growth factors, we evaluated BrdU-labeled nuclei 72 and 96 hours later. In the two groups, tuberin was shown to move back to the cytoplasm as well as hamartin, which apparently maintained its lower expression levels distribution underneath the plasma membrane. Group of cells that recycled for 96 hours had significantly more expression of hamartin than those cells that cycled for only 72 hours. After neuronal differentiation, hamartin expression levels observed by immunofluorescence were similar to those of tuberin. We conclude that neurosphere cells cultured in suspension showed to be an appropriate cell system to study hamartin and tuberin distribution in respect to the cell cycle
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Isolado proteico do soro de leite como perspectiva no cuidado nutricional de individuos com esclerose lateral amiotropica / Milk whey protein isolate as a perspective on nutritional care for amyotrophic lateral sclerosis patientsSilva, Luciano Bruno de Carvalho 15 January 2008 (has links)
Orientador: Jaime Amaya-Farfan / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-08-09T15:48:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença progressiva neurodegenerativa que envolve, neurônios motores do córtex cerebral, cérebro e medula espinhal. Em aproximadamente 50% dos pacientes, a doença afeta inicialmente os braços. Em 25%, a doença afeta as pernas e, em 25%, o início da doença é bulbar. Ocorre desnutrição em 16%- 50% dos pacientes com ELA, principalmente pela disfunção da deglutição. Para 50% dos casos, a ELA é comumente fatal dentro de 3-4 anos a partir da ocorrência de pneumonia. Muitas complicações nutricionais que acontecem com o paciente com ELA, geralmente se devem à viscosidade da dieta. Os líquidos de baixa viscosidade dificultam a deglutição de pacientes que apresentam controle laríngeo reduzido. O objetivo do presente trabalho foi diagnosticar o estado nutricional, bem como avaliar o efeito da suplementação com isolado protéico do soro de leite aglomerado com polissacarídeo no estado nutricional e condições gerais de pacientes com ELA. A investigação da ingestão alimentar se deu por meio da avaliação do consumo alimentar, qualitativo e quantitativo, de pacientes com ELA. Aplicou-se o questionário de freqüência de consumo alimentar e o recordatório de 24 horas. Todos os pacientes apresentaram inadequação para energia, fibras, cálcio e vitamina E. Considerando-se a predominância topográfica do comprometimento muscular na doença, foram observadas diferenças significativas entre pacientes predominantemente bulbares e de predomínio apendicular. Nos pacientes com maior envolvimento apendicular (GA) houve maior ingestão energética (p=0,02), de gordura saturada (p=0,03), monoinsaturada (p=0,04) e polinsaturada (p=0,001), além de colesterol (p=0,001) e fibras (p=0,001). Nos pacientes com predominância bulbar (GB) houve dificuldade no manejo da consistência da dieta. A partir daí, foram elaborados suplementos a base de proteínas do soro de leite e polissacarídeo. O aglomerado contendo 70% de isolado protéico do soro de leite e 30% de amido modificado (70%WPI:30%AM) na concentração de 28g em 250mL em todos os sistemas avaliados, suco de laranja e leite integral, exibiu viscosidade entre 2122,66 e 5110,60 centipoises, além de maior nota, nos testes sensoriais, 6,97 (± 0,15), quando comparado aos outros produtos, não diferindo (p=0,681) do espessante comercial, que obteve nota 6,91 (± 0,38). Baseando-se nestes resultados, sugeriu-se a utilização do aglomerado 70%WPI:30%AM para terapia nutricional de pacientes com ELA. Previamente à administração do suplemento, em função dos poucos dados sobre as técnicas de avaliação nutricional em ELA, foram correlacionados os indicadores mais comuns na avaliação nutricional, funcional e respiratória dos pacientes. No GA, observou-se correlação entre: Pressão inspiratória máxima (Pimax) e expiratória máxima (Pemax) (r=-0,76); Pemax e oximetria de pulso (r=0,58); Pimax e porcentagem de perda de peso (%PP) (r=0,59); e entre Pimax, escore total e subescala respiratória (ALSFRS) com %PP (r=0,59). No GB, houve correlação entre Pemáx e IMC (r=0,97). Em ambos GA e GB, observaram-se correlação entre índice de massa corporal (IMC) e as variáveis: massa (kg), gordura (%), circunferência braquial e punho (cm), pregas cutâneas tricipital, subescapular e supra-ilíaca (mm), circunferência muscular do braço (cm), área muscular e gordurosa do braço (mm2). Definidas as técnicas de avaliação, 16 pacientes foram divididos em dois grupos: suplementado (70%WPI:30%AM) e controle (maltodextrina) e submetidos a avaliação nutricional, respiratória e funcional durante 4 meses. No grupo suplementado verificou-se melhora do estado nutricional geral, aumento do peso e Índice de Massa Corporal-IMC, circunferência e área muscular do braço (CMB e AMB), albumina, linfócitos e leucócitos, diminuindo os marcadores do catabolismo muscular, creatina quinase, aspartato-aminotransferase e alanina-amino-transferase. No grupo controle, observou-se diminuição do peso, IMC, CMB e AMB e aumento da área gordurosa do braço, sem alterações significativas nos parâmetros bioquímicos. O presente estudo mostrou que o suplemento 70%WPI:30%AM melhorou o estado nutricional e condições gerais pacientes com ELA, podendo ser utilizado na prática clínica / Abstract: Amyotrophic lateral sclerosis (ALS) is a progressive neurodegenerative disorder that involves, motor neurons in the cerebral cortex, brainstem, and spinal cord. In approximately 50% of the patients, the disease first affects the arms, in 25% the legs and in 25% the onset is bulbar. Malnutrition occurs in 16%-50% of patients with ALS, mainly for swallowing difficulty. For 50% of the cases, ALS is frequently fatal inside of 3-4 years from the pneumonia occurrence. Many of the nutritional complications that occur with ALS sufferers are due to the low viscosity of the diet. Fluid liquids are difficult to swallow by patients with reduced deglutition control. The objective of the present work was to diagnosis the nutricional state as well as evaluating the effect of the supplementation with milk whey protein isolate agglomerated with modified starch in the nutricional state and general conditions of patients with ALS. The investigation of the alimentary intake was evaluate quantitatively and qualitatively food intake in patients with ALS. We employed the frequency questionnaire and the 24h-diet history. All patients presented inadequate energy, fibers, calcium and vitamin E intake. Taking into account predominantly affected muscle groups, we found significant differences between patients with bulbar or appendicular onset. Patients with appendicular ALS had higher intake of energy (p=0.02), saturated fat (p=0.03), monounsaturated fat (p=0.04), polyunsaturated fat (p=0.001), as well as cholesterol (p=0.001) and fibers (p=0.001). In the patients with predominance to bulbar (GB) had difficulty in the handling of the consistency of the diet. From there, supplements had been elaborated from protein base of whey milk and modified starch. The agglomerate contend 70% whey protein isolate and 30% modified starch (70%WPI:30%MS), in all the systems evaluated, at a concentration of 112g/L showed a viscosity between 2,122 and 5,110cP. In the sensory tests, the 70%WPI:30%MS in orange juice obtained the highest score, 6.97 (± 0.15), in relation to the other agglomerates, not differing (p=0.681) from the commercial thickener, 6.91 (p=0.380). Based on these results, the agglomerate 70%WPI:30%MS was suggested for use in the nutritional therapy of patients with ALS. Previously the administration of the supplement, in function of the few data on the techniques of nutricional evaluation in ALS, had been correlated the pointers most common in the nutricional, functional and respiratory evaluation of the patients. Among the GA type significant correlation was observed between maximal inspiratory (MIP) and expiratory (MEP) pressure (r=-0.76), MEP and pulse oxymetry (r=0.58), MIP and percent weight loss (%WL; r=0.59), and between MIP, total and subscale respiratory scores (ALSFRS-R) with %WL. With regard to the GB, correlation was found between MEP and BMI (r=0.97). In both GA and GB correlations were noticed between the BMI and the variables mass (kg), fat (%), arm and fist circumference (cm), and tricipital, subscapular and supra-iliac skinfolds (mm), as well as the arm muscle circumference (cm) and fatty arm muscular area (mm2). After defined the evaluation techniques, 16 patients were randomized to two groups, treatment (70%WPI:30%MS) and placebo (maltodextrin). They underwent prospective nutritional, respiratory and functional assessment for 4 months. Patients in the treatment group presented weight gain, increased BMI, increased arm muscle area and circumference, higher albumin, white blood cell and total lymphocyte counts, and reduced markers of skeletal muscle turnover (creatine-kinase, aspartate transferase and alanine transferase). In the placebo group, biochemical measures did not change, but weight and BMI declined. Our results indicate that the agglomerate 70%WPI:30%MS may be useful in the nutritional therapy of patients with ALS / Doutorado / Nutrição Experimental e Aplicada à Tecnologia de Alimentos / Doutor em Alimentos e Nutrição
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Análise cinética dos distúrbios de marcha nos pacientes com esclerose múltipla: proposta de categorização e suas possíveis repercussões no desempenho / Kinetics analysis of gait disturbances in patients with Multiple Sclerosis: Proposal of categorization and their repercussions in performanceCorrêa, Paulo Fernando Lôbo 10 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-10 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Background: Multiple sclerosis (MS) causes gait disturbances that interfere in the independence
and activities of daily living. For Understand the cause of these gait disturbances this study
focused on the kinetics analysis of these patients gait, more specifically in the analysis of the
vertical component of the ground reaction force (VCGRF). It permits estimate loss in the
capacity to accelerate or decelerate the body center of mass upwards and downwards during
gait. To make the analysis of this component more objective, the Ben Lomonding classification
has been proposed. However, so far, it has only been tested in children with cerebral palsy
(CP).
Objective: To analyze the kinetics of gait disorders in MS and its repercussions on
patient performance in different levels of impairment
Method: A cross-sectional Control case study was developed and evaluated the gait in selfselected
speed of 50 healthy adult (25 women and 25 men) and 49 adult patients (42
women and 7 men) with MS and EDSS between 1.5 and 6.0. Recruited at a Reference in
MS and accomplished the three-dimensional and instrumented evaluation of the gait in a
Movement Analysis laboratory of the Rehabilitation. In which, the data collection was
accomplished through the VICON® system and 4 force platforms of the brand AMTI®. The speed
fast analysis performed through the Timed 25-foot Walk (T25FW) test. Patients’ gait was
assessed by a single rater, always in the morning, in an air-conditioned room. The VCGRF
analysis was performed through Ben Lomonding’ s classification.
Results: Analyzing VCGRF and possible decrease in FZ2 using Ben Lomonding
classification permitted categorize VCGRF of patients with MS in five of its eight levels, since
types 0, 1, 2, 3, and A were found. Of the limbs assessed, 47.0% presented alteration in
VCGRF, and of these, 19.4% presented a decrease in FZ2. In patients with worse EDSS score,
decrease in FZ2 was more frequent. Patients with more severity types of Ben Lomonding had
higher depletion in the patient’ s performance measured by the test T25FW, cadence, speed,
step and stride length, double support time and stance time. Also they presented worse
performace cerebellar.
Conclusion: Ben Lomonding classification can be applied to adults with MS. Additionally, the
decrease in FZ2 was more frequent in patients with more severe MS, which suggests
influence of MS severity on decrease in FZ2. The FZ2 reductions seem to worsen the performance
of the patient gait. / A Esclerose Múltipla (EM) provoca distúrbios de marcha que interferem na independência
e no desempenho nas atividades de vida diária. Por isso, para compreender as suas
causas biomecânicas este estudo focou na análise Cinética da marcha, especificamente na
análise do componente vertical da força de reação ao solo (CVFRS). Pois, este permite estimar
os prejuízos na capacidade de impulsionar o centro de massa para cima, o que repercute na
capacidade de propulsão e estabilização do membro, e consequentemente no
desempenho da marcha como um todo. Componente que pode ser avaliado de forma mais
objetiva com o uso da classificação de Ben Lomonding, que a categoriza em níveis de
alterações. Porém, esta classificação foi testada apenas em crianças com Paralisa Cerebral.
Objetivos: Analisar a cinética dos distúrbios de marcha na EM e suas repercussões sobre o desempenho nos parâmetros temporais e espaciais da marcha, em pacientes com diferentes
níveis de comprometimento.
Métodos: Estudo transversal caso controle que avaliou a marcha em velocidade autoselecionada
de 50 adultos saudáveis (25 homens e 25 mulheres) e 49 pacientes
adultos (42 mulheres e 7 homens) com EM cuja nota na Expanded Disability Status
Scale (EDSS) variou entre 1.5 e 6.0. Recrutados no Centro de Referência e Investigação
em Esclerose Múltipla do serviço de neurologia do Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Goiás e avaliados no Laboratório de Análise do Movimento do Centro de
Reabilitação Dr.º Henrique Santillo. A análise instrumentada da marcha foi realizada pelo
sistema VICON® e 4 plataformas de força da marca AMTI®. A análise da “speed fast”
realizada por meio do teste Timed 25-foot Walk (T25FW). As avaliações ocorreram no
período matutino e foram executadas por apenas um avaliador durante todo o estudo. A
categorização do CVFRS adotou a Classificação de Ben Lomonding.
Resultados: Foi possível categorizar o CVFRS de todos os pacientes com EM de acordo
com a classificação de Ben Lomonding, pois as alterações encontradas estavam de
acordo com os tipos 0 a 3, e A. Observou-se que pacientes com maior gravidade da
doença apresentaram maior redução do segundo pico do CVFRS (FZ2). Pacientes com
maior redução de FZ2 apresentaram pior desempenho no teste T25FW, na cadência,
velocidade, comprimento de passo e passada, tempo de suporte duplo e tempo total de apoio.
Também, tiveram maior comprometimento cerebelar.
Conclusões: A classificação de Ben Lomonding pode ser aplicada em adultos com EM e
por meio dela foi possível verificar que quanto pior o nível de incapacidade da EM pior a
redução de FZ2. Na análise dos sistemas funcionais, quanto maior o comprometimento
cerebelar pior a redução de FZ2. Por sua vez os pacientes deste estudo tiveram pior
desempenho na marcha quando havia uma maior redução de FZ2.
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Profissionais de saúde na relação com os pacientes portadores de esclerose lateral amiotrófica: aspectos psicológicos e de qualidade de vida / Health Professionals and their relationship with ALS patients, Psychological aspects and Quality of LifeAna Luiza de Figueiredo Steiner 04 April 2008 (has links)
Esta pesquisa se desenvolveu a partir da parceria entre o Projeto APOIAR do Laboratório de Saúde Mental e Psicologia Clinica Social do Instituto de Psicologia da USP e a ABRELA (Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica). O estudo refere-se à investigação e compreensão de aspectos afetivos, emocionais e de qualidade de vida dos profissionais da área de saúde, enfocando sua relação com cuidadores e pacientes portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença degenerativa dos neurônios motores, sem prognóstico de cura, embora com a consciência mantida até a morte. Foi empregado o método clínico de pesquisa em onze profissionais, médicos, assistentes sociais, fisioterapeutas respiratórios e motor, nutricionista e terapeuta ocupacional, no setor da Neuromuscular da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina em parceria com a ABRELA. Foram empregados como instrumentos: Entrevista Psicológica Semi Estruturada, Método de Rorschach pelo Sistema de Avaliação Aníbal Silveira (sendo alguns índices selecionados) e o Questionário de Vida de McGill. Os dados foram tratados considerando o grupo de forma geral e não de modo individualizado. Principais resultados obtidos apontam para a maturidade do grupo de profissionais, a sensibilidade da maioria à dor e ao sofrimento dos pacientes, com respostas que denotam afetividade, frustração diante da falta de cura e sucesso no tratamento. Demonstram qualidade de vida preservada, e os dados sugerem que trabalham na área que escolheram apesar das dificuldades que sentem. Sugere-se que sejam implementados programas que possam dar aos profissionais de saúde o suporte necessário para que se mantenham como o grupo estudado nessa pesquisa, em condições de dar conta do contato com pacientes com enfermidades graves e crônicas como a ELA. / The actual research was possible due to the partnership between the Project APOIAR (SUPPORT) of the Laboratory of Mental Health and Clinical Psychology of the Institute of Psychology of USP University of Sao Paulo, and ABRELA ( Brazilian Association of Amyotrophic Lateral Sclerosis ( ALS ). This study intends to investigate and better understand the Quality of Life and emotional aspects of health professionals in their relationship with ALS patients and their carers. ALS is a degenerative illness which affects motor neurons causing severe physical impediments, even tough its patients continue lucid up to their death. This illness does not have a prognosis of cure. We have applied the Clinical Method of survey and research on eleven professionals physicians, social workers, motor and respiratory physiotherapists, nutritionist and occupational therapist from de Department of neuromuscular of UNIFESP/ Federal Paulista Medical School and partnership with ABRELA. The study Instruments used were the Semi- Structured psychological Interview, the Rorschach Method ( the Evaluation System by Anibal Silveira) and the Questionnaire of Quality of Life. The collected data considered the group as a whole and not individuals. The main results point towards the maturity of the group of health professionals and their sensitivity related to the pain and suffering of patients, with answers showing affection and frustration due to impossibility of cure and success of treatment. The results show preserved Quality of Life and suggest that those health professionals work within their chosen specialty despite their difficulties.The study suggests the need of implementing programs which give health professionals the necessary support, as shown in this study, so that they can deal with their patients with serious and chronic illnesses such ALS.
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