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Hemorragia digestiva alta no Hospital da Restauração em Recife

CavalcantI de Almeida, Thaís 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:51:33Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo2884_1.pdf: 777117 bytes, checksum: a97e5d3e36bed5105932075034fc7d40 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / A hemorragia digestiva alta (HDA) é uma grave e frequente complicação nas emergências dos hospitais cursando com elevada morbimortalidade. Sua ocorrência é maior em áreas de baixas condições socioeconômicas e acarreta um grande impacto econômico para os gestores de saúde. A maioria dos estudos relacionados ao tema evidencia as úlceras pépticas como a principal causa de sangramento, porém no Brasil há uma heterogeneidade em relação à causa da HDA, se varicosa ou não varicosa, tendo em vista que algumas regiões são endêmicas para esquistossomose, sendo nestes locais a ruptura de varizes esofágicas (VVEE) a principal etiologia. Dois estudos foram elaborados abordando o tema, em que os pacientes incluídos foram atendidos com HDA no setor de endoscopia do Hospital da Restauração, referência em hemorragia digestiva em Pernambuco, no período de outubro de 2008 a outubro de 2009. Foi preenchido formulário padronizado sobre antecedentes pessoais, dados demográficos, clínicos e realizado endoscopia digestiva alta para determinação do sítio de sangramento e terapêutica quando necessária. No primeiro estudo, foram analisadas as características demográficas e clínicas e as causas do sangramento de 385 pacientes com HDA. Observou-se média de idade de 55,9 anos, sendo 234 (60,8%) do sexo masculino e maior frequência da faixa etária de 50 a 59 anos (27,3%); 166 (43,1%) eram naturais da Região Metropolitana do Recife. O consumo de anti-inflamatórios não esteróides (AINES) foi relatado por 167 (43,4%) pacientes, história prévia de hemotransfusão por 182 (47,3%) e doença hepática crônica (DHC) em 112 (29,1%). Hematêmese esteve presente em 50,4% dos casos. A HDA foi classificada em não varicosa (41,3%) e varicosa (39,7%) e quanto à etiologia, foi secundária a VVEE em 38,1% dos casos, a úlcera péptica em 19,5% e não determinada em 19%. Foi observada uma relação entre o uso de AINES e HDA não varicosa (p<0,001). No segundo estudo, foram avaliados 178 pacientes portadores de varizes esofagogástricas com HDA. A média de idade foi 53,9 anos, sendo 115 (64,6%) do sexo masculino. A faixa etária mais frequente foi de 50 a 59 anos (31,5%) e 67 (37,7%) eram naturais de Zona da Mata. Ao exame físico, 58 (32,6%) pacientes apresentavam ascite. Observou-se que 177 pacientes tinham VVEE e 78 tinham varizes gástricas. Quanto aos exames solicitados para caracterizar a doença de base, evidenciou-se um valor médio de albumina de 2,8g/dl, de bilirrubina total 2,2mg/dl e de INR 1,4. A DHC foi definida pelo ultrassom em cirrose (38), esquistossomose (60) e doença mista (22). Após alta hospitalar, 45/174 pacientes (25,9%) ficaram em uso de propranolol e 57/174 (32,8%) conseguiram acompanhamento em ambulatório especializado. Após 3 meses do episódio de HDA, foi constatado relato de ressangramento em 92/161 (57,1%) pacientes e óbito em 44/161 (27,3%)
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Validação da razão contagem de plaquetas/diâmetro longitudinal do baço e de um sistema de pontos para predição da presença de varizes esofágicas em pacientes com a forama heoatoesplênica da equistossomose

LIMA, Glaydes Maria Torres de 24 February 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2017-05-30T13:47:23Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Colacao - GLEYDESZ.pdf: 1328379 bytes, checksum: bdbc54c225ef4bd1d59a4bd0b6bd2391 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-30T13:47:23Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Colacao - GLEYDESZ.pdf: 1328379 bytes, checksum: bdbc54c225ef4bd1d59a4bd0b6bd2391 (MD5) Previous issue date: 2016-02-24 / A razão contagem de plaquetas/diâmetro longitudinal do baço (CP/DB) é um teste não invasivo desenvolvido para identificar varizes esofágicas em cirróticos. Hipertensão portal ocorre na forma hepatoesplênica da esquistossomose (EHE). Estes pacientes apresentam varizes esofágicas com risco de sangramento. Este estudo, de validação fase III, teve como objetivos: validar (artigo 1) a razão CP/DB e (artigo 2) um sistema de pontos como testes não invasivos para predição de varizes esofágicas na EHE. Oitenta e um pacientes com EHE realizaram endoscopia digestiva (EDA) para verificar a presença de varizes. Também realizaram ultrassonografia abdominal para aferição do diâmetro do baço, além de hemograma e testes hepáticos. Calculou-se a razão CP/DB para todos os pacientes. Foram observadas varizes em 63 pacientes (77,8%). Idade e sexo não foram significativamente diferentes entre pacientes com e sem varizes. Naqueles com varizes, a mediana da contagem de plaquetas (64.000/µL versus 129.500/µL, p=0,002) e a razão CP/DB (414,46 versus 878,16, p=0,003) foram significativamente menores, enquanto o diâmetro do baço (153,9 versus 147,1, p=0,026) foi significativamente maior. Utilizou-se uma curva ROC para avaliar o valor do ponto de corte da razão CP/DB. A razão CP/DB abaixo de 683,9 teve sensibilidade igual a 75,8% (IC 95%: 64,8 – 86,8), especificidade igual a 76,5% (IC 95%: 56,3 – 96,6), VPP igual a 92,2% (IC 95%: 84,8 – 99,5) e VPN igual a 46,5% (28 – 64,9). A acurácia da razão CP/DB, avaliada pela área sob a curva, foi igual a 0,74 (IC 95%: 0,622 – 0,827). O estudo revelou uma boa acurácia, porém o baixo VPN encontrado limita seu uso na prática clínica. O segundo artigo estudou 81 indivíduos suspeitos de apresentarem varizes esofágicas. Destes, 63 apresentaram varizes pelo padrão-ouro (endoscopia digestiva). As variáveis (categorizadas em “acima” e “abaixo” do normal) que apresentaram uma associação significante com o diagnóstico de varizes na análise univariada foram: contagem de plaquetas, diâmetro da veia esplênica, razão CP/DB, AST, APRI e INR. Em seguida, construiu-se um modelo de regressão logística multivariada. Permaneceram no modelo: AST, diâmetro da veia esplênica, contagem de plaquetas e INR. Criou-se um sistema de pontos, baseado nas variáveis que mostraram associação mais forte com varizes, para verificar em caráter exploratório o poder de discriminação. Para isso utilizou-se o coeficiente de regressão β (logaritmo do OR da variável) obtido das variáveis constantes no modelo multivariado final. O coeficiente β foi multiplicado por dez para obter-se uma pontuação de maior valor. Após o cálculo do escore total para cada paciente, aplicou-se a curva ROC. Foram encontrados sensibilidade de 83,02%, especificidade de 50,00%, VPP de 84,61% e VPN de 47,06%. O sistema mostrou boa sensibilidade, porém um baixo VPN. Isso torna o teste não adequado para o diagnóstico não invasivo das varizes, uma vez que mais da metade dos indivíduos com pontuação ˂ 12 poderia ter varizes que não seriam identificadas. Concluindo, ambos os testes mostraram-se promissores, no entanto a amostra foi pequena. Consideramos que se faz necessário realizar novos estudos com maior amostra para posterior validação a fim de estabelecer a eficácia dos testes na EHE. / The platelet count/spleen longitudinal diameter (PC/SD) ratio is a noninvasive test designed to identify esophageal varices in cirrhotic patients. Portal hypertension occurs in the hepatosplenic form of schistosomiasis (HSS). These patients present esophageal varices, with the risk of bleeding. The objectives of this phase III validation study were: to validate (Article 1) the PC/SD ratio, and (Article 2) a point system, as noninvasive tests to identify esophageal varices in HSS. A total of 81 patients with HSS underwent gastrointestinal endoscopy (GIE) to verify the presence of varicose veins. They also performed abdominal ultrasound in order to measure the diameter of the spleen, as well as a blood count and liver tests. The PC/SD ratio was calculated for all patients. Varices were observed in 63 patients (77.8%). Age and sex were not significantly different between patients with and without varices. Of those with varices, the median platelet count (64,000 / uL vs. 129,500 / uL, p = 0.002) and the PC/SD ratio (414.46 vs. 878.16, p = 0.003) were significantly lower, while the diameter of the spleen (153.9 versus 147.1, p = 0.026) was significantly higher. The ROC curve was used to evaluate the value of the cutoff point of the PC/SD ratio. A PC/SD ratio under 683.9 presented a sensitivity of 75.8% (95% CI: 64.8 to 86.8), a specificity of 76.5% (95% CI: 56.3 to 96, 6) a PPV of 92.2% (95% CI: 84.8 to 99.5) and an NPV of 46.5% (28 to 64.9). The accuracy of the PC/SD ratio, measured by the area under the curve, was 0.74 (95% CI: 0.622 to 0.827). While the study presented a high level of accuracy, the low NPV encountered would be a limiting factor for its use in clinical practice. The second article studied 81 individuals with suspected esophageal varices. Of these, 63 presented with varices using the gold standard method (gastrointestinal endoscopy). The variables (categorized as "above" and "below" normal) that demonstrated a significant association with the diagnosis of varices in the univariate analysis were: platelet count, splenic vein diameter, PC/SD ratio, AST, APRI and INR. A multivariate logistic regression model was then constructed, and the following items remained in the model: AST, splenic vein diameter, platelet count and INR. A point system was created, based on the variables that demonstrated the strongest association with varices, so as to verify an exploratory measure of the power of discrimination. For this we used the regression coefficient β (OR logarithm of the variable) obtained from the variables in the final multivariate model. The coefficient β is multiplied by ten to obtaina higher point score value. After calculating the total score for each patient, the ROC curve was applied. We encountered a sensitivity of 83.02%, a specificity of 50.00%, a PPV of 84.61% and an NPV of 47.06%. The system demonstrated good sensitivity, but a low NPV, which makes the test unsuitable for a noninvasive diagnosis of varices, since over half of the individuals with a score ˂12 could have varices, which were not identified. In conclusion, both tests have shown to be promising. However, the sample size was small. We believe that it is necessary to undertake further studies with a larger sample for further validation, in order to establish the efficacy of the tests in HSS.
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Avaliação morfométrica e densimétrica através de assinatura nuclear digital em biópsias de esôfago

Meurer, Luíse January 2000 (has links)
Foram estudadas, pelo método da assinatura digital, 35 biópsias esofágicas provenientes de pacientes da província de Linxian, China, classificadas por dois observadores com ampla experiência em patologia gastrointestinal como normais, displasias ou carcinomas (8 casos normais, 6 displasias leves, 8 displasias moderadas, 4 displasias acentuadas, 4 carcinomas suspeitos de invasão e 5 carcinomas invasores). O objetivo do trabalho foi caracterizar os núcleos das populações celulares desses casos de forma que permitisse a derivação de informações diagnósticas e de possível implicação prognóstica a partir do estudo quantitativo das características nucleares de cada caso ou categoria diagnóstica. As biópsias foram coradas pelo método de Feulgen, sendo então selecionados e digitalizados 48 a 50 núcleos de cada uma delas. De cada núcleo foram extraídas 93 características cariométricas, arranjadas arbitrariamente em histograma designado como assinatura nuclear. Da média aritmética de cada característica dos núcleos de uma mesma biópsia resultou a assinatura digital do caso. A análise de funções discriminantes, baseada nas 15 características cariométricas que ofereceram melhor discriminação entre as categorias diagnósticas, mostrou que o grupo classificado como normal foi claramente distinto das demais categorias. A densidade óptica total aumentou progressivamente segundo a classificação das biópsias, do normal à displasia acentuada, sendo o valor do carcinoma semelhante ao da displasia moderada. A matriz de comprimento de seqüência apresentou o mesmo perfil, ou seja, ambas as características ofereceram discriminação clara entre as categorias diagnósticas, com exceção do carcinoma invasor, cujos valores foram superponíveis aos da displasia moderada. O estudo demonstrou a viabilidade da quantificação de características nucleares através das assinaturas nucleares digitais, que demonstraram diferenças estatisticamente significativas entre diferentes categorias diagnósticas e a elevação progressiva dos valores mensurados relacionados com o espectro das lesões, apresentando-as como um histograma (assinatura digital nuclear). / 35 esophageal biopsies of patients from the Linxian province in China, classified by two experienced gastrointestinal pathologists as normal, dysplasias or carcinomas ( 8 normal cases, 6 mild dysplasias, 8 moderate dysplasias, 4 severe dysplasias 4 carcinomas suspicious of invasion and 5 invasive carcinomas) were studied by the method of digital signature. The aim of this study was to characterize the nuclei of these cases cell populations in such a way that diagnostic and prognostic information could be derived from the nuclear quantitative features of each case or each diagnostic category. The biopsies were stained by the Feulgen method, a stechiometric reaction, 48 to 50 nuclei from each biopsy being selected and digitized. 93 kariometric features were obtained from each nucleus and placed arbitrarily in a histogram designated as nuclear signature. The nuclear signatures of a case resulted from the mean values of each nuclear feature of the same biopsy, divided by the standard deviation of the normal cell population. The analysis of discriminant functions, based on the 15 kariometric features with the best discrimination power among diagnostic categories, revealed that the group classified as normal was clearly distinct from the other groups. Optical density augmented progressively according to the biopsy classification from normal to severe dysplasia, the value for carcinoma being similar to that for moderate dysplasia. The run length matrix showed the same profile, that is, both features offered clear discrimination among diagnostic categories, except invasive carcinoma, whose values overlapped those for moderate dysplasia. The study demonstrated the feasibility of the examination of quantitative nuclear features, revealing statistically significant differences among the various diagnostic categories and the progressive elevation of measured values in relation to the increasing degree of the lesion, and demonstrating such differences as histograms (nuclear signatures).
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Valor prognóstico das expressões da proteína p53 e do fator de crescimento do endotélio vascular em pacientes com carcinoma epidermóide de esôfago submetidos a esofagectomia / Prognostic value of p53 protein expression and vascular endothelial growth factor expression in resected squamous cell carcinoma of the esophagus

Rosa, Andre Ricardo Pereira da January 2002 (has links)
As mutações no gene de supressão tumoral p53 estão entre as anormalidades genéticas mais comuns encontradas numa ampla variedade de tumores. Embora a função do gene p53 ainda não esteja completamente esclarecida, ele parece ser um fator de transcrição nuclear que controla a proliferação celular, a apoptose e a manutenção da estabilidade genética. A angiogênese é essencial para o crescimento e a metastatização de tumores sólidos. O Fator de Crescimento do Endotélio Vascular (VEGF, Vascular Endothelial Growth Factor), um fator de crescimento identificado recentemente com propriedades angiogênicas significativas, pode ser um importante regulador da angiogênese tumoral. A associação entre as expressões da proteína p53 e do VEGF e o prognóstico tem sido pouco estudada. Foram estudadas peças cirúrgicas de 47 pacientes com carcinoma epidermóide de esôfago (CEE) submetidos à esofagectomia em estágios II e III, utilizando-se coloração imuno-histoquímica. As expressões da proteína p53 e do VEGF foram observadas em 53% e 40% dos tumores, respectivamente. As expressões da proteína p53 e do VEGF coincidiram em somente 21% dos casos, e não foi encontrada correlação entre elas. Nenhum dos fatores clinicopatológicos se correlacionaram significativamente com as expressões da proteína p53 ou do VEGF. Em relação ao prognóstico, não havia associação significativa entre as expressões da proteína p53 e do VEGF e pior prognóstico. Os autores concluem que tanto a expressão da proteína p53 como a expressão do VEGF não se correlacionaram com o prognóstico em pacientes com CEE em estágios II e III. / p53 tumor suppressor gene mutations are the most common genetic alterations found in a wide variety of cancers. Although the function of the p53 gene has not been definitely established, p53 appears to be a nuclear transcription factor that plays a role in the control of cell proliferation, apoptosis, and the maintenance of genetic stability. Angiogenesis is a critical process in solid tumor growth and metastasis. Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF), a recently identified growth factor with significant angiogenic properties, may be a major tumor angiogenesis regulator. Few studies have investigated the association between p53 and VEGF expressions and prognosis in esophageal carcinoma. Forty-seven specimens resected from patients with stage II and III squamous cell carcinoma (SCC) of the esophagus were studied by means of immunohistochemical staining. p53 and VEGF expressions were observed in 53% and 40% of the tumors, respectively. p53 and VEGF staining statuses were coincident in only 21% of the tumors, and no significant correlation was found between p53 and VEGF statuses. No clinicopathologic factors were significantly correlated with p53 or VEGF expression. No significant association between p53 and VEGF expressions and poor prognosis was found. In conclusion, p53 and VEGF were not correlated with prognosis in patients with stage II and III SCC of the esophagus.
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Análise comparativa da qualidade de vida e do estado nutricional de doentes esofagectomizados por adenocarcinoma e carcinoma de células escamosas / Comparative analysis of quality of life and nutritional assessment of patients esofagectomizados for adenocarcinoma and squamous cell carcinoma

Pereira, Maricilda Regina, 1965- 20 August 2018 (has links)
Orientadores: Luiz Roberto Lopes, Nelson Adami Andreollo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-20T04:23:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pereira_MaricildaRegina_D.pdf: 5651954 bytes, checksum: 24a42e9163bce75ebfbe2412960e9f8f (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: O adenocarcinoma (Adenoca) possui etiologia diferente do carcinoma de células escamosas (CEC) e nenhum trabalho investigou se existe diferença na qualidade de vida (QV) e no estado nutricional no pós-operatório de doentes submetidos à esofagectomia por câncer ao comparar estes dois tipos histológicos. Os Objetivos deste estudo foram: 1) Avaliar e comparar a QV entre os doentes submetidos à esofagectomia por Adenoca e por CEC; 2) Avaliar e comparar o estado nutricional destes doentes e correlacionar com os resultados referentes à QV. Métodos: 24 doentes submetidos à esofagectomia, 10 por Adenoca e 14 devido ao CEC, no período de setembro de 2004 a agosto de 2008, foram avaliados com no mínimo cinco meses de pós-operatório por meio de questionário SF-36, da Avaliação Subjetiva Global (ASG), do Índice de Massa Corporal (IMC), da porcentagem de adequação do peso atual/habitual, do questionário de frequência alimentar qualitativo e de medidas bioquímicas. Também foi investigada a presença dos sintomas de disfagia, anorexia, dificuldade de mastigação, náuseas, vômitos, diarréia e constipação. Resultados: As avaliações aconteceram em média a 2 anos, 4 meses e 26 dias de pós-operatório, com a maioria do sexo masculino (91,6%), caucasiano (70,8%), casado (83,3%), média de idade de 58,79 anos (DP=10,3) e com média de estudo de 4,94 anos. O IMC médio para o grupo Adenoca foi 21,5 (DP=2,7) e para o CEC 21,0 (DP=2,8). Na avaliação do questionário SF- 36, a capacidade funcional destes doentes mostrou diferença significativa com um melhor resultado para o grupo Adenoca e nos demais domínios houve igualdade entre os grupos. Houve correlação entre a variável "saúde mental" e "limitação por aspectos emocionais" e entre "dor" e "limitação por aspectos físicos", em ambos os grupos. Estes doentes sofrem com sintomas clínicos de disfagia, anorexia, dificuldade de mastigação, náuseas, vômitos, diarréia e constipação, que não se relacionaram com a QV. Não houve diferença significativa entre o estado nutricional dos doentes ao se comparar os dados de IMC (p=0,6602), da ASG (p=0,9493), porcentagem de adequação do peso atual em relação ao habitual (p=0,1505) e presença de sintomas clínicos (p->0,05). No grupo Adenoca e no CEC, o estado nutricional segundo os aspectos dietéticos, a presença de sintomas clínicos e a contagem de linfócitos totais, mostrou-se comprometido. Houve associação significativa entre a ASG e o sintoma de disfagia (p=0,0232) e entre o IMC e o escore de dor (p=0,0361). Conclusão: O escore mais alto para capacidade funcional indicou que o doente com Adenoca foi capaz em um nível maior que o doente com CEC de realizar todo tipo de atividade física, incluindo as mais vigorosas. A disfagia mostrou-se como um importante sintoma clínico no pós-operatório e embora o estado nutricional destes doentes seja de eutrofia antropométrica, há risco nutricional em ambos os grupos / Abstract: Adenocarcinoma (AdenoCa) has different etiology when compared to squamous cell carcinoma (SCC), but no studies were found in the literature comparing these two histologic types of Ca regarding differences in quality of life (QOL) and nutritional status during the postoperative period of patients with esophagectomy for cancer. The Objectives of this study were twofold: 1) to evaluate and compare QOL among patients with esophagectomy for Adenoca and for SCC; and 2) to evaluate and compare patient's nutritional status against the results of their quality of life (QOL). Methods: 24 patients with esophagectomy, 10 for Adenoca and 14 for SCC, from September 2004 to August 2008 were evaluated after at least five months postoperatively using SF-36 Questionnaire, the Subjective Global Assessment (SGA), the Body Mass Index (BMI), percentage of adequacy between current and usual weight, the qualitative Food Frequency Questionnaire (FFQ) and biochemical test results. Also investigated were the presence of symptoms such as dysphagia, anorexia, difficulty chewing, nausea, vomiting, diarrhea and constipation. Results: The assessments took place at an average of 2 years, 4 months and 26 days postoperatively, being the patients mostly males (91.6%), Caucasian (70.8%), married (83.3%) and mean age of 58.79 years (SD=10.3), with an average of 4.94 years of study. The mean BMI for the Adenoca group was 21.5 (SD=2.7) and for SCC 21.0 (SD=2.8). The SF-36 results showed a significant difference in the "Functional Capacity" of these patients, with a better outcome for the Adenoca group while all other areas were equal for both groups. There was a correlation between the variables "Mental Health" and "Limitation on Emotional Aspects", as well as between "Pain" and "Limitation on Physical Aspects" in both groups. These patients suffered from clinical symptoms of dysphagia, anorexia, difficulty chewing, nausea, vomiting, diarrhea and constipation, which did not correlate with QOL. There was no significant difference between the nutritional status of patients when compared to the data for BMI (p=0.6602), the SGA (p=0.9493), percentage of adequacy between their current weight in relation to their usual weight (p=0.1505) and the presence of clinical symptoms (p>0.05). In both the Adenoca and SCC groups, nutritional status according to the nutritional value was compromised, as indicated by the total lymphocyte count and the presence of clinical symptoms. There was a significant correlation between SGA and dysphagia symptom (p=0.0232), as well as between BMI and the "Pain" score (p=0.0361). Conclusion: The higher score for "Functional Capacity" indicated that patients with Adenoca were able to perfom at a higher level all kinds of physical activity, including the most vigorous activities. Dysphagia appeared as an important clinical symptom in the postoperative period and, although the nutritional status of these patients is eutrophic anthropometric, there are nutritional risks for both groups / Doutorado / Fisiopatologia Cirúrgica / Doutor em Ciências
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Níveis séricos de 25 hidroxivitamina D em pacientes com câncer de esôfago, em alcoolistas/tabagistas sob risco para carcinoma epidermóide do esôfago e em indivíduos saudáveis residentes no rio grande do sul

Boneti, Rochele da Silva January 2013 (has links)
A vitamina D é um composto lipossolúvel de origem vegetal (vitamina D2 ou ergocalciferol) ou animal (vitamina D3 ou colecalciferol), responsável principalmente pela manutenção do equilíbrio no metabolismo ósseo, encontrada em alguns alimentos e suplementos alimentares, porém sua maior fonte é proveniente da síntese cutânea, a partir da exposição à radiação ultravioleta B (UVB) da luz solar. A vitamina D é absorvida no intestino delgado, mas é no fígado que ocorre sua metabolização tanto da vitamina ingerida ou daquela sintetizada pela pele, através da hidroxilação do carbono 25 pela enzima D325Hidroxilase (25-OHase), formando a 25-hidroxivitamina D (25HOVD) ou calcidiol. A 25HOVD é a forma mais abundante deste hormônio no organismo, e sofre uma nova hidroxilacão no rim que resulta na forma biologicamente ativa, a 1,25(OH)2D ou calcitriol. Esta por sua vez interfere de forma direta ou indireta no controle de mais de 200 genes envolvidos na regulação do ciclo celular, podendo determinar diminuição da proliferação de células normais ou neoplásicas. O status da vitamina D tem sido implicado como fator de risco no desenvolvimento de alguns tipos de câncer como o câncer de mama, câncer colo-retal, melanoma, câncer de ovário, câncer de próstata, e também com relação ao câncer de esôfago, porém os dados existentes são controversos. O Rio Grande do Sul apresenta as taxas mais elevadas de câncer esofágico no Brasil e os dados dos níveis de vitamina D em pacientes com câncer de esôfago e em indivíduos em risco para o carcinoma epidermóide do esôfago (CEE) são inexistentes. Desta forma os autores se propõem a descrever os níveis séricos da vitamina D em pacientes com carcinoma epidermóide do esôfago, em indivíduos em risco para câncer de esôfago (alcoolistas/tabagista), e em pessoas residentes no Rio Grande do Sul, presumidamente saudáveis, sem evidencias clínicas de doença. Foram incluídos 40 indivíduos com diagnóstico de CEE, virgens de tratamento, recrutados entre maio de 2012 e junho de 2013. O grupo com fatores de risco para CEE foi constituído por 53 pacientes alcoolistas/tabagistas com consumo diário de álcool superior a 40 g de etanol e 10 ou mais cigarros, por mais de 10 anos, que compunham um banco de dados montado em 2011 para o estudo de lesões precursoras do câncer esofágico e o terceiro grupo foi composto por 40 indivíduos sem fatores de risco (SFR), sem história prévia de doenças crônicas e sem evidencias clínicas de doença ativa, com idades entre 18 e 70 anos e IMC < 30, recrutados no banco de sangue do Hospital de Clinicas de Porto Alegre. Os dois últimos grupos tiveram sangue coletado na primavera para evitar a superestimação dos níveis séricos de vitamina D no verão e subestimá-los no inverno. Os critérios de exclusão foram: 1) Idade inferior a 18 anos, 2) não-voluntariedade 3) Doença renal crônica 4) IMC > 30 5) Hepatopatia crônica 6) Fibrose cística 7) Gestantes e nutrizes 8) Enteropatias disabsortivas. O status da vitamina D foi determinado pela mensuração sérica da 25(OH)D. A amostra global foi constituída de 133 pacientes que apresentaram 25(OH)D média igual a 24,03 ±8,9 ng/ml, classificada como insuficiente. O grupo com CEE (n=40) apresentou valores médios de 23 ± 9,0 ng/ml. O grupo FR (n=53) apresentou a média mais elevada dos três grupos (27,3 ±12 ng/ml) e os valores médios de 25(OH)D nos indivíduos saudáveis (n=40) foram os mais baixos (21,8 ±5,8 ng/ml). Em conclusão, os níveis séricos de Vitamina D, mensurados pela dosagem de 25(OH)D, apresentaram-se dentro de valores considerados insuficientes para toda a amostra. Dentro dos parâmetros de insuficiência, a média mais elevada foi encontrada no grupo com fatores de risco para CEE. Estudos adicionais são necessários para inferir se o status da Vitamina D determina risco para CEE. / Vitamin D is a fat-soluble compound of vegetable (vitamin D2 or ergocalciferol) or animal origin (vitamin D3 or cholecalciferol), responsible for bone metabolism balance. The vitamin D is found in some foods and dietary supplements, but its main source is the skin synthesis by ultraviolet B (UVB) radiation. Vitamin D from the diet or dermal synthesis is biologically inactive and requires enzymatic conversion to active metabolites. Vitamin D is converted to 25-hydroxyvitamin D (25HOVD) or calcidiol, the major circulating form of vitamin D, and then to 1,25-dihydroxyvitamin D, the active form of vitamin D, by enzymes in the liver and kidney. A new hydroxylation results in biologically active form of vitamin D, the 1,25( OH)2D or calcitriol. Calcitriol is involved in the control of more than 200 genes that regulate cellular differentiation, apoptosis and angiogenesis. Vitamin D deficiency is implicated as a risk factor in the development of some cancers such as breast cancer, colorectal cancer, melanoma, ovarian cancer, prostate cancer. Regarding esophageal cancer the existing data are controversial. There are evidences that inhabitants of Rio Grande do Sul (RS) have vitamin D deficiency and this state has the highest rates of esophageal cancer in Brazil. There are no data, from this area, relating vitamin D status in patients with esophageal cancer and in individuals at risk for squamous cell carcinoma of the esophagus (SCCE). In this sense, the authors propose to study the serum levels of vitamin D in SCCE, in individuals at risk for esophageal cancer (alcoholics/smokers), and in a group of healthy people. For the study were included 40 individuals with SCCE, with no treatment recruited between May 2012 and June 2013. The risk factors group comprised 53 alcoholics/smokers with daily consumption of more than 40g of ethanol and at least 10 cigarettes for over 10 years. They were part of a database assembled in 2011 for the study of precursor lesions of esophageal cancer. The third group consisted of 40 healthy blood donors, aged between 18 and 70 years, and Body Mass Index (BMI) < 30. We collected blood from the last two groups in the spring to avoid overestimation of serum vitamin D levels in summer and underestimate them in winter. Exclusion criteria were: 1) Age under 18 years; 2) non-voluntariness; 3) chronic kidney disease; 4 ) BMI > 30; 5 ) Cirrhosis; 6 ) Cystic Fibrosis; 7 ) Pregnancy and breastfeeding; 8) Malabsorption disease. Vitamina D status was measured by 25(OH)D in the serum. We studied 133 individuals. Overall, the mean of 25(OH)D was 24,03 ±8,9 ng/ml, classified as insufficient. SCCE group (n=40) presented intermediate mean (23 ± 9.0 ng / ml). The risk factor group (n=53) showed the highest mean (27.3 ± 12 ng/ml). The healthy subjects group (n=53) presented the lowest mean (21.8 ± 5.8 ng/ml). In conclusion, serum levels of vitamin D, measured by 25(OH)D were insufficient for all sample with the highest average in the group with risk factors for SCCE. Additional studies are necessary to explore the association between vitamin D status and SCCE risk.
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Influência dos parâmetros da coagulação no sangramento após ligadura elástica de varizes esofagianas em pacientes cirróticos / Influence of coagulation parameters in the blood after band ligation of esophageal varices in cirrhotic patients

Rocha, Evandra Cristina Vieira da 16 March 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: Estudos recentes têm demonstrado que ocorre geração normal de trombina na cirrose hepática mesmo nos pacientes com diminuição da atividade de protrombina e plaquetopenia, de forma que a utilidade dos testes convencionais de coagulação em predizer o risco de sangramento associado a procedimentos seria questionável. OBJETIVO: O objetivo principal deste estudo foi avaliar se as alterações dos parâmetros de coagulação influenciam a frequência e gravidade do sangramento por úlcera após ligadura elástica de varizes de esôfago. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Neste estudo prospectivo de coorte realizado no período de dois anos, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, foram incluídos 150 pacientes com o diagnóstico de cirrose hepática, encaminhados para realização de ligadura elástica como profilaxia primária (n=45) e secundária (n=105) de sangramento por varizes de esôfago. Os critérios de inclusão foram: a) presença de varizes de esôfago de médio ou grosso calibre; b) idade superior a 18 anos; c) concordância em participar do estudo. Os critérios de exclusão foram: a) doenças pulmonares e cardíacas graves ou síndrome hepatorrenal associada; b) carcinoma hepatocelular avançado; c) insuficiência renal com uremia; d) doenças ou uso de drogas que alteram a coagulação sanguínea. Foram analisados em todos os pacientes: International Normalized Ratio (INR), tempo de tromboplastina parcial ativada e contagem de plaquetas. Em 92 pacientes foram avaliados: atividade do fator V, fator de von Willebrand, fibrinogênio, proteínas C e S, dímero-D e tromboelastografia. Os pacientes foram estratificados de acordo com: a) grau de disfunção hepática, avaliado pela classificação de Child-Pugh [Child A, n=74 (49%); Child B, n=42 (28%); Child C, n=34 (23%)]; b) valores de corte de INR [>1,5 (n=28); 1,5 (n=122)]; e plaquetas [<50x103/mm3(n=18); 50x103/mm3 (n=132)]; c) padrões da tromboelastografia; d) valores e/ou atividade dos fatores pró-coagulantes e anticoagulantes naturais. As sessões de ligadura foram realizadas a cada 2 semanas. Os dados de cada paciente foram registrados até dois meses após erradicação das varizes. RESULTADOS: Onze pacientes apresentaram sangramento por úlcera após LE. Sangramento ocorreu em cinco pacientes com Child A/B (4,3%) e em 6 pacientes com Child C (17%) (p=0,0174 para Child A/B versus Child C). Oito pacientes (7,3%) apresentaram sangramento entre os 110 pacientes com valores de corte tradicionalmente considerados seguros para INR e plaquetas e apenas três (7,5%) entre os 40 pacientes com valores de risco (p=1,0). Dentre os 92 pacientes com testes expandidos de coagulação, o sangramento ocorreu em cinco. Não houve diferença em nenhum dos parâmetros de coagulação incluindo os padrões da tromboelastografia entre os pacientes com e sem sangramento. CONCLUSÕES: O sangramento por úlcera após ligadura elástica de varizes de esôfago foi associado com o grau de disfunção hepática (Child C), mas não com os fatores convencionais ou expandidos da coagulação em pacientes cirróticos sem insuficiência renal ou infecção submetidos à ligadura elástica eletiva. Estes resultados tornam discutível a necessidade de administração profilática de agentes pró-coagulantes previamente a procedimentos invasivos eletivos / BACKGROUND & AIMS. There is controversy over whether coagulation status predicts bleeding caused by ulceration after esophageal varices band ligation (EVL). METHODS: EVL was performed for primary (n=45) or secondary (n=105) prophylaxis in 150 patients with cirrhosis (Child A, n=74 [49%]; Child B, n=42 [28%]; Child C, n=34 [23%]). International Normalized Ratio (INR) and platelet counts (PC) were assessed in all. In 92 patients, levels of factor V, fibrinogen, D-dimer, protein C and protein S, von Willebrand factor and thromboelastography (TEG) were assessed. PC <50x103/mm3 and INR >1.5 were considered high-risk cutoffs for bleeding. Conversely, PC 50x103/mm3 with INR 1.5 were safe cutoffs. RESULTS: Overall, 11 patients (7.3%) had post-EVL ulcer bleeding. Bleeding occurred in 5 patients with Child A/B (4.3%) and 6 patients with Child C (17%) (p=0.0174 for Child A/B versus Child C). Eight patients with bleeding were among the 110 below the cutoff for INR and PC, whereas only 3 of the patients with bleeding were among the 40 patients with purported high-risk values (p=1.0). Among the 92 patients with expanded coagulation tests, bleeding occurred in 5. There was no difference in any of the coagulation parameters, including overall TEG patterns, between patients who did and did not bleed. CONCLUSION: Post-EVL ulcer bleeding was associated with Child C status but not with conventional or expanded coagulation indices in cirrhotic patients without renal failure or infection undergoing elective EVL. These results call into question the common use of prophylactic procoagulants in the elective setting. common use of prophylactic procoagulants in the elective setting
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Resultados a longo prazo da desconexão ázigo-portal e esplenectomia em portadores de esquistossomose hepato-esplênica: avaliação clínica, laboratorial, endoscópica e ultra-sonográfica com tempo de seguimento mínimo de 5 anos / Long term results of esophagogastric devascularization and splenectomy in schistosomotic portal hypertension: clinical, laboratorial, endoscopic and ultrasonographic evaluation with minimum 5 years of followup

Makdissi, Fabio Ferrari 08 September 2009 (has links)
A desconexão ázigo-portal e esplenectomia (DAPE) é a operação mais aceita e realizada em nosso meio para a profilaxia da recidiva hemorrágica por ruptura de varizes esofágicas ou gástricas em pacientes portadores de esquistossomose hepato-esplênica. Menores índices de ressangramento são obtidos através da associação da DAPE com escleroterapia ou ligadura elástica endoscópica das varizes esofágicas realizada no pós-operatório. Faltam trabalhos mostrando a evolução, a longo prazo, dos doentes esquistossomóticos submetidos a este tratamento. Este estudo retrospectivo tem como objetivo avaliar a evolução destes pacientes com tempo mínimo de seguimento de 5 anos. Foram analisados os prontuários dos pacientes operados no Serviço de Cirurgia de Fígado e Hipertensão Portal da Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período compreendido entre março de 1989 a março de 2001 e que foram acompanhados prospectivamente. Avaliamos dados clínicos, laboratoriais, endoscópicos e ultra-sonográficos de 97 pacientes com seguimento de 116,4 ± 46,7 meses. Nenhum paciente cursou com insuficiência hepática clínica ou laboratorial. Ocorreu, no pós-operatório tardio, correção da anemia, leucopenia e plaquetopenia, diminuição dos níveis de bilirrubinas total e indireta séricas e aumento do tempo de atividade da protrombina. Houve significativa redução do número e calibre das varizes esofágicas, assim como da presença de sinais de manchas vermelhas e de varizes gástricas. Houve aumento na freqüência de gastropatia congestiva, entretanto, sem repercussão clínica significativa. A recidiva hemorrágica xviii ocorreu em 24,7% dos pacientes, sendo em 14,6% quando considerada apenas por varizes esofágicas, gástricas ou duodenais. A probabilidade estimada de não ocorrer ressangramento em 20 anos é de 67,1%, sendo de 82,5% quando considerada recidiva por varizes. Em quatro pacientes a recidiva hemorrágica ocorreu por varizes, mesmo após o relato, em exame endoscópico prévio, de erradicação das varizes esofágicas. À avaliação ultrassonográfica observou-se redução do calibre da veia porta no pósoperatório tardio, em comparação ao pré-operatório. Concluímos que a desconexão ázigo-portal com esplenectomia, associada ao tratamento endoscópico de varizes esofágicas no pós-operatório, propicia bons resultados do ponto de vista clínico com baixa morbidade e mortalidade; permite melhora laboratorial da função hepática e correção do hiperesplenismo; determina a redução da incidência dos sinais endoscópicos preditivos de sangramento digestivo por hipertensão portal (varizes esofágicas de grosso calibre, sinais de manchas vermelhas e varizes de fundo gástrico), porém, a gastropatia congestiva é mais freqüente; permite adequada profilaxia da recidiva hemorrágica em 67% dos pacientes ao longo de 20 anos. A recidiva hemorrágica por varizes pode ocorrer mesmo após a erradicação das varizes esofágicas, tanto por recidiva de varizes como por varizes de outro sítio (gástrica ou duodenal). Ocorre redução do calibre da veia porta no pós-operatório tardio, observado em exame ultrassonográfico em comparação ao pré-operatório. / Esophagogastric devascularization and splenectomy (EGDS) is nowadays the most performed operation for esophageal varices bleeding recurrence prophylaxis in hepatosplenic schistosomiasis. Lower rebleeding rates are obtained through the association of EGDS with postoperative endoscopic sclerotherapy or elastic bandage of esophageal varices, however, there is a lack of studies showing long term results. The objectives of this study were to evaluate retrospectively EGDS results in patients with at least five years of follow-up. Clinical, laboratorial, endoscopic and ultrasonographic data of 97 patients submitted to EGDS from March 1989 to March 2001 were analyzed. The mean follow-up was 116.4 months. There was no postoperative clinical or laboratorial hepatic insufficiency. In the late follow-up we observed normalization of preexisting anemia, leucopenia, thrombocytopenia, hyperbilirubinemia, and a prothrombin activity time increase. There was a significant esophageal varices caliber and number reduction, cherry red spots signs and gastric varices decrease. Congestive gastropathy was observed more frequently but without clinical importance. Bleeding recurrence occurred in 24.7% of the patients, however, in 14.6% when esophageal varices hemorrhage was considered. Estimated probability of rebleeding prophylaxis over 20 years is 67.1% and 82.5% when variceal recurrence was considered. Bleeding recurrence occurred in four patients even after endoscopic evaluation showing esophageal varices eradication. There was a significant portal vein caliber reduction on late ultrasound assessment, compared to preoperative. We concluded that the EGDS with postoperative endoscopic treatment leads to good clinical results with low morbidity and mortality; provides laboratorial liver function improve and xx hypersplenism correction; determines endoscopic predictive signs of portal hypertension digestive bleeding decrease (large esophageal varices, cherry red spots signs and gastric varices), however congestive gastropathy is more frequent; allows appropriate bleeding prophylaxis in 67% of the patients over 20 years. Variceal hemorrhagic recurrence may occur even when esophageal varices eradication is reached suggesting the need of an endoscopic surveillance even in this group of patients.
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Identificação da tipologia psicológica em pacientes com câncer de esôfago / Identification of psychological type in patients with esophageal cancer

Pinto, Stela Duarte 29 November 2016 (has links)
O Câncer de Esôfago é uma das neoplasias mais agressivas do trato gastrointestinal; é considerado como a nona neoplasia mais comum no mundo, além de ter altas taxas de mortalidade. A doença pode ser desencadeada por hábitos de vida, tais como etilismo e tabagismo, e também por fatores intrínsecos ao indivíduo. De todo modo, interfere significativamente em vários setores da vida do sujeito. Uma doença como o câncer pode conter uma tentativa simbólica para compensar uma atitude unilateral do indivíduo, ao relacionar-se com o ambiente e consigo mesmo. Acredita-se que conhecer aspectos do funcionamento e da dinâmica psíquica do sujeito pode contribuir para o foco do tratamento psicológico, de forma a propiciar intervenções psicológicas precoces e a auxiliar as demais equipes assistenciais nos cuidados e no modo de interação com o paciente. Entre elementos da estrutura psíquica do sujeito, buscou-se a tipologia psicológica dos referidos pacientes; para tanto, foi utilizado o Questionário de avaliação tipológica - QUATI (Zacharias, 2003). Além disso, valemo-nos de aspectos contidos na avaliação psicológica, rotina da instituição, com a finalidade de acessarmos as particularidades de cada um dos pacientes, especialmente no que se refere à reação ao diagnóstico e ao significado atribuído à doença. O estudo pode ser considerado como transversal, exploratório e descritivo. Foram incluídos 90 pacientes, derivados de análise estatística. Foram sujeitos da pesquisa pacientes maiores de 18 anos com diagnóstico de câncer de esôfago; com ensino fundamental completo; virgens de tratamento; atendidos em primeira consulta, no ambulatório de cirurgia do aparelho digestivo, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP-HCFMUSP). Encontramos esses pacientes em sala de espera da consulta médica, onde foram informados sobre o objetivo da pesquisa; e, àqueles que aceitaram participar, foi aplicado o termo de consentimento livre e esclarecido, seguido da avaliação psicológica (rotina da instituição) e aplicação do instrumento. Os resultados indicaram que a maior parte da nossa amostra tem uma atitude introvertida. O tipo psicológico mais comum foi o introvertido sensação, com função auxiliar sentimento. A partir da avaliação psicológica, constatou-se uma variedade de mecanismos defensivos para minimização da angústia. A grande parte dos pacientes valeu-se de defesas adaptativas diante do processo de adoecimento. Conclui-se que, no atendimento com esses pacientes, torna-se necessária uma postura prática e objetiva dos profissionais de saúde, em que se busque fornecer orientações com base na realidade dos pacientes, assim como ter um modo de agir empático, com o estabelecimento de vínculo significativo, mas respeitando os limites dos pacientes, sobretudo ao que se refere à forma reservada e introspectiva de interagirem com o mundo e com as pessoas que os cercam / Esophageal cancer is one of the most aggressive neoplasms of the gastrointestinal tract, and can be triggered by life habits such as alcoholism and smoking and factors intrinsic to the individual. A disease such as cancer can hold a symbolic attempt to compensate for a onesided attitude of the individual. It is believed that knowing aspects of the psychic dynamics of the person, can contribute to the focus of a psychological treatment, in order to provide early psychological interventions, as well as assisting other attending teams in the care of and interaction with the patient. Among the psychic structure elements of a subject, we looked for the psychological typology of these patients. Typological Assessment Questionnaire was used to evaluate the psychological typology. In addition, we drew on aspects from within the psychological assessment, routine of the institution, in order to access the particularities of each one of the patients, especially concerning their reaction to the diagnosis and the meaning attributed to the disease. Ninety patients were included. They were over 18 years old, having completed middle-school education, diagnosed with esophageal cancer, and interviewed during their first medical appointment at the Digestive Surgery Clinic at the Cancer Institute of the State of São Paulo (ICESP-HCFMUSP). We met these patients in the waiting room, where they were informed of the purpose of the survey. Those who agreed to participate, were given the terms of free and informed consent, followed by a psychological evaluation and the application of the instrument used. The results indicated a predominant introverted attitude. The most common psychological type was the introverted feeling, with feeling as a secondary function. From this psychological evaluation, we found a variety of defensive mechanisms to minimize the anguish. Most of the patients made use of adaptive defenses when facing the illness process. Therefore, when attending these patients, health professionals must have a practical and objective posture, seeking to guide the patients according to their reality. In addition, they should be empathetic in their manner, establishing significant bond, but respecting the patients\' limits, especially when it comes to their reserved and introspective way of interacting with the world and the people around them
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Comparação da esclerose endoscópica com a ligadura elástica para o tratamento da fase aguda da hemorragia por ruptura de varizes de esôfago / Comparison of endoscopic sclerosis with endoscopic band ligation for hemostasis of acute hemorrhage elicited by rupture of esophageal varices

Luz, Gustavo de Oliveira 10 December 2008 (has links)
Embora esteja comprovada a superioridade da ligadura elástica sobre a esclerose endoscópica na profilaxia secundária da hemorragia varicosa, ainda há discussão se esta vantagem também é observada no tratamento da fase aguda do sangramento. O presente estudo tem como objetivo comparar os resultados da ligadura elástica com a esclerose endoscópica em pacientes admitidos no Pronto-Socorro (PS) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) por hemorragia digestiva alta provocada por rotura de varizes de esôfago. Tratase de estudo unicêntrico, prospectivo, com alocação aleatória dos pacientes sem crossover. A fim de se detectar diferença de 20% entre a capacidade de hemostasia de cada um dos métodos, cada grupo deveria ser constituído por 260 pacientes, considerando poder estatístico de 80% e nível de significância inferior a 5%. Após diagnóstico endoscópico de rotura de varizes de esôfago, foi realizado sorteio para inclusão dos pacientes em dois grupos: esclerose endoscópica (EE) x ligadura elástica (LE). A esclerose foi realizada através da injeção intravasal de oleato de etanolamina a 3%, em alíquotas de 5ml, acima e abaixo do ponto de ruptura, respeitando o valor máximo por sessão de 20ml. No grupo LE, procurou-se ligar a variz sobre o ponto de ruptura. Se isto não foi possível, procurou-se ligar todo o tecido varicoso dos 3cm finais do esôfago. Foi utilizado o kit de ligadura MBL-6 e cateter VINF 23 (Cook, E. Tamusssino). As variáveis estudadas foram: a taxa de hemostasia inicial (até 5 dias), recidiva hemorrágica precoce (5 dias a 6 semanas), complicações e mortalidade. De maio de 2005 a maio de 2007, foram admitidos, no PS do HCFMUSP, 480 pacientes com hemorragia digestiva alta (HDA) provocada por hemorragia varicosa esofágica. Destes, 380 foram excluídos pelos seguintes motivos: mais de um tratamento prévio com ligadura ou esclerose (n=180), não randomização (n=85), uso de outra técnica hemostática como adesivo tissular de cianoacrilato (n=62) ou tratamento clínico incompleto no momento do exame endoscópico (n=53). Cem pacientes, 50 no grupo EE e 50 no LE foram incluídos no estudo. Destes, 72 eram homens e 28 mulheres, média de idade 52 anos. Os grupos se mostraram homogêneos quanto ao sexo, idade, Child-Pugh, hemoglobinemia à admissão, presença de choque hipovolêmico e calibre das varizes. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos com relação ao controle inicial do sangramento (5 dias), ressangramento precoce (5 dias a 6 semanas), complicações e mortalidade (9 no grupo EE e 10 no grupo LE). Ao final de 6 semanas, 36 (80%) pacientes no grupo esclerose e 33 (77%) no grupo ligadura elástica estavam vivos e sem sinais de sangramento. Foi encontrada associação estatisticamente significante entre a classificação de Child-Pugh e mortalidade (p<0,001), que foi de 16% nos graus A ou B e 84% nos pacientes Child-Pugh C. Os resultados obtidos com esta casuística limitada sugerem que EE e a LE são igualmente eficazes no controle da hemorragia varicosa aguda. / Despite the superiority of banding over endoscopic sclerosis for secondary prophylaxis of variceal bleeding, there is still debate if this advantage is also observed for the acute bleeding setting. The study aims to compare band ligation (BL) with endoscopic sclerosis (SCL) in patients admitted to the emergency unit for rupture of esophageal varices. Prospective study carried out in a single center, with random allocation of the patients without crossover. In order to detect a 20% difference between the results of each method, each group should consist of 260 patients, considering an 80% statistical power and level of significance less than 5%. After an endoscopic diagnosis of rupture of esophageal varices, the patients were randomly allocated in two groups: SCL and BL. Sclerosis was performed by ethanolamine oleate intravascular injection, above and below the rupture point (maximum volume of 20 ml). In the BL group, banding was attempted at the point of rupture followed by ligation of the whole variceal tissue of the distal esophagus. Six-shooter® and VINF23® catheter (Cook, W. Salem, USA) were employed. Studied variables were initial failure in control bleeding (5 days), early rebleeding rates (5 days to 6 weeks), complications and mortality. From May 2005 to May 2007, 480 patients with an episode of variceal bleeding were admitted to the emergency room. From them, 380 were excluded because more than one previous treatment with SCL or BL (n=180), non-randomization (n=85), the use of another hemostatic technique such as cyanoacrylate tissular adhesive (n=62) and incomplete clinical treatment (n=53).One hundred patients, 50 in the SCL and 50 in the BL group were included in the study (72 male, 28 female, mean age 52 years). No differences between the groups were detected regarding gender, age, Child-Pugh status, the presence of shock at admission, mean hemoglobin levels and varices size. No statistically significant differences were found between the groups regarding control bleeding (5 days) and early rebleeding rates (5 days to 6 weeks), complications and mortality (9 in the SCL vs. 10 in the BL group). By the end of 6 weeks 36 (80%) patients in the SCL group and 33 (77%) in the EBL group were alive and free of bleeding. A statistically significant association was found between Child-Pugh status and mortality (p<0,001), which was 16% for A and B grades and 84% for grade C patients. The results obtained with this limited number of patients suggest that SCL and BL are equally efficient in the control of acute variceal bleeding.

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