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A vivência do processo de menopausa para mulheres: uma contribuição para a enfermagem / The process of menopause experience for women: a contribution to nursingAndréia Lara Lopatko Kantoviscki 12 March 2010 (has links)
Estima-se que, no ano de 2025, 23% da população total dos países desenvolvidos estarão com mais de 60 anos, evidenciando-se assim o envelhecimento gradativo do contingente populacional destes países. Deste modo, é perceptível o contingente de mulheres que estarão vivenciando a fase da menopausa com seus efeitos biológicos, psicológicos e sociais. As mudanças hormonais e fisiológicas que acontecem nas mulheres durante a fase da menopausa, acompanhadas pela desvalorização estética do corpo e por toda uma sintomatologia física e psíquica, têm sido interpretadas como perda da feminilidade, sinalizando o envelhecimento inevitável e a finitude. No entanto, muitos dos desconfortos que as mulheres vivenciam nesta fase não se devem às mudanças biológicas, mas ao seu processo de socialização, caracterizando a influência de gênero. Neste contexto, este trabalho teve como objeto o estudo da influência da relação de gênero na vivência e no significado do processo da menopausa, tendo como objetivos: descrever a vivência da menopausa a partir da perspectiva de mulheres que a vivenciam e identificar as particularidades relacionadas ao gênero diretamente envolvidas na experiência da menopausa a partir da perspectiva das mulheres. Para desenvolvimento do trabalho foi utilizada abordagem qualitativa de natureza descritiva com vinte mulheres de idade entre 45 e 55 anos que apresentavam menopausa espontânea e eram clientes das Unidades Básicas de Saúde da cidade de Curitibanos-SC, no período de 1 a 15 de outubro de 2009. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista semi-estruturada com uma questão norteadora: Fale-me como é para você estar vivenciando a menopausa. A interpretação e análise foram feitas através de análise de conteúdo do tipo temática descritas por Bardin. Nas narrativas, identificaram-se categorias que foram integradas em quatro temas principais: 1- Vivenciando a Menopausa, 2- Identificando Transformações no Corpo e na Vida, 3- Cuidando de Si, 4- Buscando Informações/Influências e Construindo Conhecimento. Foi possível identificar nessas categorias que as mulheres trazem o conceito de que a fase da menopausa é uma doença, e relacionam essa fase com envelhecimento e declínio físico, a qual traz grandes sofrimentos, o que demonstra a influência de gênero no vivenciar desta fase. As entrevistadas explicitaram em suas falas diversos sintomas que as incomodavam e interferiam em suas atividades diárias e na sua maneira de ser, repercutindo muitas vezes no seu comportamento familiar e profissional. O conhecimento sobre a menopausa, neste grupo de mulheres, foi construído ao longo de suas vidas e reflete as suas realidades culturais e sociais, deixando evidente a escassez de fontes de informação e os tabus relacionados com relação à fase da menopausa. Este estudo contribui com a geração de conhecimentos levando em consideração os efeitos que a influência de gênero pode ter na vivência e percepção da menopausa, desmistificando-a para que a vivência das mulheres durante esse período não seja condicionada por estereótipos e crenças relacionadas ao gênero. / They is esteem that, in the year of 2025, 23% of the total population of the developed countries will be with more than 60 years, what show the gradual aging of the population contingent of these countries. In this way, is perceivable the contingent of women who will be living deeply the phase of the menopause with its biological, psychological and social effects. The physiological and chemical changes that happen in the women during the menopauses phase, followed with the aesthetic depreciation of the body, have been interpreted as loss of the feminine characteristics, signaling the inevitable aging and the end of the life. However, many of the discomforts that the women live in this phase not must to the biological changes, but to its process of socialization, characterizing the genre influence. In this context, this work had as object the study of the influence of the relation of genre in the experience and meaning of the process of the menopause, having as objective: describes the experience of the menopause on the perspective of women and to identify the particularitities involved to the genre in the experience of the menopause on the perspective of the women. For development of the work, was done one research descriptive-qualitative with customers of the Basic Units of Health of the city of Curitibanos-SC, in the period of 1 to 15 of October of 2009. For the collect of data, one structured interview was used with an orienting question: It speaks to me, as are for you to be living the menopause. The interviews were done with 20 women, with ages between 45 and 55 years and that had presented spontaneous menopause. The interpretation and analysis was done by analysis of content of the thematic type described by Bardin. In the narratives, was done the identification of categories that was integrated in four main subjects: Living on the Menopause, Identifying Transformations in the Woman Body and in the Life, Cares Myself, Research Information/Influences and Building Knowledge. Was possible identify in these categories that the women bring the idea that the menopause phase is an illness, and relate this phase with aging and physical decline, which brings great sufferings, what it demonstrates to the influence of genre in this phase. The interviewed ones showed diverse symptoms in its words, this bother and intervene in the daily activities and its way to be, and this situation, influence many times in its familiar and professional behavior. The knowledge on the menopause, in this group of women, was constructed throughout its lives and reflects its cultural and social realities, leaving evident the scarcity of information sources and the taboos related with the subject. This work improve of knowledge in consideration the effect that the genre influence can have in the experience and perception of the menopause, demystifying the experience mode of the women during this period, not conditioning for stereotypes and beliefs related to the genre.
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Sentidos que norteiam a participação das torcedoras nos estádios de futebol / Senses that guide the participation of female fans in soccer stadiumsValdo Vieira 22 March 2010 (has links)
Entre as diversas manifestações esportivas, o futebol é o que apresenta maior popularidade no Brasil, sendo conhecido e reconhecido como o Esporte das Multidões. O futebol é um terreno fértil para estudos e reflexões, pois seus simbolismos permitem articulações com outras dimensões da vida social. Entre os atores sociais envolvidos no futebol, destacam-se os torcedores, essenciais para a existência do espetáculo esportivo. São os torcedores que vivenciam e partilham emoções, que percebem e internalizam toda natureza simbólica do futebol, revelando então sua própria natureza. Para os torcedores há um lugar sagrado: os estádios de futebol, verdadeiros santuários de culto a bola, que remetem o espetáculo esportivo a um rito mitificador. Os estádios de futebol estão presentes no imaginário como a casa dos homens. Entretanto cresce cotidianamente o número de mulheres que comparecem regularmente a esses templos do futebol. Empregando o método bola de neve foram selecionadas sete mulheres frequentadoras de estádios de futebol que responderam a uma entrevista semi-estruturada. Com uma abordagem qualitativa, utilizou-se a análise do discurso com o intuito de compreender e analisar a produção imaginária dessas mulheres. Foram encontradas as marcas estádio (com sentido imprevisibilidade, espaço de confraternização, espaço masculino e espaço democrático), gente (com sentido de grupo), homem (com sentido de preconceito e domínio), mulher (com sentido de conquista de espaço, torcedora, companheira e insegurança) e time (com sentido de paixão e zoeira). A interpretação dos dados remete a figura de Dionísio, pelos aspectos do êxtase, do entusiasmo, do prazer, da liberdade, da autonomia, por não se deixar dominar e pela quebra de tabus
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Uma leitura dos textos epistolares da Nancy Huston / Une lecture des textes épistolaires de Nancy HustonAndré Luís Vieira da Motta 05 July 2013 (has links)
Ce travail a le but de discuter et d'analyser les deux textes épistolaires de Nancy Huston: À l'amour comme à la guerre (1984) et Lettres parisiennes (1986). Les deux livres sont écrits dans des moments différents de la vie de l'auteure et présentent des thématiques différenciées. Les deux volumes se constituent en tant qu'un échange de lettres avec deux correspondants: Sam Kinser et Leïla Sebbar, respectivement. L'analyse présente dans ce mémoire est divisée en trois moments. Dans le premier, nous examinons l'évolution de la lettre le long du temps. Dans le deuxième, nous mettons en relief quelques-uns des thèmes traités dans le corpus, en essayant d'établir des rapports avec d'autres textes de l'auteure et mettre en évidence la place qu'ils occupent dans l'oeuvre de Nancy Huston. Dans le troisième moment, nous étudions les (in)définitions de genre littéraire et les caractéristiques de l'autobiographie et de l'essai en les confrontant avec les textes épistolaires du corpus afin d'analyser dans quelle mesure ces lettres se configurent comme une autobiographie ou un essai. Le parcours de recherche tente donc d'identifier la place des textes épistolaires dans la production critique et littéraire de Nancy Huston / Este trabalho tem como objetivo discutir e analisar os dois textos epistolares de Nancy Huston: À lAmour comme à la guerre (1984) e Lettres parisiennes (1986). Os dois livros são escritos em momentos diferentes da vida da autora e possuem temáticas diferenciadas. Os dois volumes se constituem como troca de cartas com dois correspondentes: Sam Kinser e Leïla Sebbar, respectivamente. A análise presente nesta dissertação se divide em três momentos. No primeiro, examinamos a evolução da carta ao longo do tempo. No segundo, destacamos alguns temas tratados no corpus, buscando estabelecer relações com outros textos da autora e evidenciar o espaço que ocupam na obra de Nancy Huston. No terceiro momento, estudamos as (in)definições de gênero literário e as características da autobiografia e do ensaio, cotejando-as com os textos epistolares do corpus a fim de analisarmos em que medida essas cartas se configuram como autobiografia e ensaio. O percurso de pesquisa busca, pois, localizar os textos epistolares na produção crítica e literária de Nancy Huston
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Trajetórias de mulheres bem sucedidas profissionalmente: uma análise antropológica a partir de padrões culturais de gêneroScherer, Aline Cristine Scotti January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / This research aimsat analyzing, by cultural patterns of gender, the trajectories of women who occupy important positions in organizatons in Rio Grande do Sul, Brazil. Arrangements and family mechanisms that underline feminine careers and their daily relationships experienced during the process of consolidation in the job are tied to this perspective. The study was developed with six women who integrate different organizations in the fields of business, Politics, Education, Army, Law and Health. Matters regarding the construction of women's image and organizational discourses in relation to gender were also considered in this study. / Esta pesquisa busca analisar, através dos padrões culturais de gênero, as trajetórias de mulheres que ocupam cargos de prestígio em organizações no estado do Rio Grande do Sul. Essa perspectiva estão vinculados os arranjos e/ou mecanismos familiares que permeiam as carreiras femininas e as relações cotidianas vivenciadas durante o processo de consolidação no trabalho. O estudo se desenvolveu a partir de entrevistas que focaram a história de vida de seis mulheres que integraram organizações distintas, abarcando as áreas: empresarial, política, educacional, militar, jurídica e da saúde. Atenta-se também para questões referente à construção da imagem feminina e os discursos organizacionais em relação às percepções de gênero.
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Perspectivas de participação feminina no consórcio de alumínio do Maranhão: uma análise a partir da compreensão de padrões culturais de gêneroCosta, Maria da Graça Abreu January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / From the interest of an aluminum production company intended to improve the female participation in its head count, this study analyses cultural gender patterns that can make women inclusion possible or difficult in the Company, mainly at positions traditionally considered belonging to men as the jobs in operational area. The survey was carried out amongst a group of families of the poor class in the City of São Luís, state of Maranhão that constitute the recruitment and selection process target of Consórcio de Alumínio do Maranhão (ALUMAR), multinational producer of primary aluminum. / A partir do interesse de uma indústria de alumínio em aumentar a participação feminina no seu quadro de pessoal, este estudo analisa os padrões culturais de gênero que podem facilitar ou dificultar a inclusão de mulheres na empresa, principalmente em cargos tradicionalmente considerados masculinos, como os da área de produção. A pesquisa desenvolveu-se junto a um grupo de famílias de classe popular residentes na cidade de São Luís do Maranhão, que constituem alvo do processo de recrutamento e seleção do Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar), indústria multinacional fabricante de alumínio primário.
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Discussões relacionadas a gênero nos planos de educação : o respeito à diversidade nas políticas públicas educacionaisNoro, Deisi January 2017 (has links)
Resumo não disponível
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Diferenças de gênero na insegurança alimentar domiciliar : prevalência e fatores associadosJung, Natália Miranda January 2017 (has links)
Introdução: O tema Segurança Alimentar é uma preocupação crescente para a saúde pública em todo o mundo, uma vez que as consequências da insegurança alimentar afetam os diversos setores da sociedade. A renda tem sido fortemente correlacionada com a insegurança alimentar. No entanto, renda e pobreza não são os únicos responsáveis por predizer situações de insegurança alimentar, sugerindo que outros fatores socioeconômicos e de composição da unidade domiciliar também são importantes na determinação desse desfecho. Estudos internacionais têm sugerido que domicílios chefiados por mulheres estão mais propensos à insegurança alimentar (IA) do que aqueles chefiados por homens. Considerando o crescente número de famílias onde a pessoa de referência é do sexo feminino e a desvantagem econômica decorrente do papel social da mulher, as questões de gênero merecem atenção especial nas discussões sobre insegurança alimentar. Objetivos: O objetivo geral foi avaliar as diferenças de gênero na prevalência de insegurança alimentar. Nesse sentido, a presente tese propôs os dois seguintes objetivos específicos: a) identificar, por meio de revisão sistemática e metanálise, as prevalências de insegurança alimentar em nível internacional segundo o gênero do responsável pelo domicílio (artigo 1); e b) estudar a influência de fatores individuais socioeconômicos e demográficos na prevalência domiciliar de insegurança alimentar, segundo gênero do responsável pelo domicílio, nas 27 unidades da federação do Brasil no ano de 2013 (artigo 2). Metodologia: Com o intuito de atender os objetivos acima citadas foram desenvolvidos dois estudos com metodologias diferentes, porém complementares. No artigo 1, realizou-se uma revisão sistemática de estudos de prevalência, seguida de metanálise, no período compreendido entre 28 de Agosto e 19 de Outubro de 2014. Foram pesquisadas sete base de dados. A busca foi atualizada em Abril de 2016. Os estudos incluídos fizeram uso de medidas diretas da experiência de insegurança alimentar. O desfecho foi dicotomizado. O odds ratio agrupado da prevalência domiciliar de insegurança alimentar em mulheres versus homens foi obtido através de modelo randômico. Foram realizadas análises da avaliação da qualidade, viés de publicação e análise de subgrupo. O artigo 2 trata-se de um estudo de base populacional cujos dados foram extraídos do suplemento de Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios, ano 2013. Foram estudados os domicílios particulares permanentes nos quais a EBIA havia sido 9 respondida por um morador do domicílio (n=110.750). A associação entre as variáveis de exposição e a variável dependente (insegurança alimentar domiciliar) foi verificada pelo teste do Qui-quadrado com nível de significância de 5%. Foram calculadas razões de prevalência brutas e intervalos de confiança de 95% e a análise ajustada foi conduzida por meio de regressão múltipla de Poisson Bruta, utilizando Stata 11.0, que incorpora as ponderações do desenho amostral com delineamento complexo. Resultados: No artigo 1, das 5.145 referências inicialmente identificadas, 42 artigos foram incluídos na metanálise, totalizando uma população de 233.153 indivíduos. Os resultados mostraram que a probabilidade de insegurança alimentar foi 40% maior naqueles estudos em que o entrevistado era a mulher (IC95%: 1.27-1.54; p<0.001). Além disso, a análise de subgrupo revelou que as mulheres responsáveis pelo domicílio estavam 75% mais propensas à insegurança alimentar do que os homens na mesma condição. No artigo 2, constatou-se que a prevalência global de insegurança alimentar, em 2013, foi de 7,9%, sendo maior em domicílios chefiados por mulheres (9,5%) do que naqueles chefiados por homens (7,0%). Constataram-se maiores prevalências de IA entre os domicílios chefiados por mulheres e um efeito menos intenso das variáveis independentes nesse gênero. Na análise ajustada verificou-se que a prevalência de insegurança alimentar permaneceu maior (RP=1.26, IC95% 1.20-1.33) entre domicílios chefiados por mulheres, independentemente do modelo de análise utilizado. Conclusão: Em ambos os artigos, foi possível confirmar a existência de diferenças de gênero na prevalência de insegurança alimentar em nível nacional e mundial. Ou seja, os resultados mostraram maiores prevalências de insegurança alimentar entre os domicílios chefiados por mulheres. / Introduction: Food security is a growing concern for public health around the world, once the consequences of food insecurity affects various sectors of society. Income has been strongly correlated with food insecurity. However, income and poverty are not exclusively responsible for predicting food insecurity, suggesting that other socioeconomic factors and household characteristics are also important in determining this outcome. International studies have suggested that households headed by women are more likely to be food insecurity (FI) than those headed by men. Considering the increasing number of families where the female reference person is a woman and the economic disadvantage due the social role of women, gender issues deserve special attention in the discussions on food insecurity. Objectives: To evaluate gender differences in the prevalence of food insecurity. In this sense, the present thesis proposes the following two specific objectives: a) to identify, through a systematic review and meta-analysis, the prevalence of food insecurity at the international level according to the gender of the head of household (article 1); and (b) to study the influence of individual socioeconomic and demographic factors on the household prevalence of food insecurity, according to the gender of the head of household, in the 27 units of the Brazilian federation in the year 2013 (article 2). Method: Two studies were developed with different but complementary methodologies. In article 1, a systematic review of prevalence studies, followed by meta-analysis, was conducted between August 28 and October 19, 2014. Seven databases were searched. The search was updated in April 2016. The included studies used experience-based measures to assess household food insecurity. Dichotomous measures of food insecurity were used. The pooled odds ratio of household prevalence of food insecurity in women versus men was obtained through a random model Quality assessment, publication bias diagnostics and subgroup analysis were also performed. Article 2 is a population-based study with data extracted from the Food Security Supplement of the National Survey of Household Samples (2013). We studied the households in which the EBIA had been answered by a resident of the household (n = 110.750). The association between the exposure variables and the dependent variable (household food insecurity) was verified by the chi-square test with a significance level of 5%. Unadjusted prevalence ratios and 95% confidence intervals were calculated and the adjusted analysis was conducted using Multiple 11 Poisson Regression, using Stata 11.0, which incorporates the weights of the sample design with a complex design. Results: In article 1, out of the 5.145 articles initially identified, 42 studies with a total population of 233.153 were included. In general, results showed that the odds for household food insecurity was 40% higher in studies where women were respondent (95%CI: 1.27-1.54; p<0.001). In addition, the subgroup analysis revealed that female heads of household were 75% more likely to be food insecure than male heads of households. In article 2, it was verified that the overall prevalence of food insecurity was 7.9% in 2013, higher in households headed by women (9.5%) than in those headed by men (7.0%), Higher prevalence of FI was found among women-headed households and a less intense effect of the independent variables in this gender was observed. In the adjusted analysis it was verified that the prevalence of food insecurity remained higher (RP = 1.26, 95% CI 1.20-1.33) among households headed by women, regardless of the analysis model used. Conclusion: It was possible to confirm the existence of gender differences in the prevalence of food insecurity at national and global levels. In others words, the results showed higher prevalence of food insecurity among households headed by women.
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Um ato de poder : narrativas das mulheres da química sobre suas experiênciasNunes, Paula January 2017 (has links)
A presente tese de doutorado foi desenvolvida junto ao Núcleo de Estudos sobre Currículo e Saberes (NECS/UFRGS) inserida no Programa de Pós Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde. Nesse trabalho algumas perguntas direcionaram nosso olhar para diferentes lugares e sob diferentes vieses: ―O que define as feminilidades e as masculinidades?, ―Como as questões de gênero marcam nosso papel na sociedade e as possibilidades que teremos?, ―Como o(s) gênero(s) marca(m) uma pessoa?, ―Como lugares de poder são alcançados por mulheres na química?, ―Como se narram essas mulheres?, ―Que papel temos, enquanto educadoras, nessa constituição? E, embora saibamos que esse não é um tema novo, é o seu (re) aparecimento como foco de pesquisa na ciência, no Brasil, que entendemos potente para a problematização dos discursos sobre a mulher e suas possibilidades no mundo do trabalho e, mais especificamente, na pesquisa científica com ênfase na química. Tomamos como técnica de pesquisa a análise de narrativas na perspectiva pós-estruturalista, indicando, primeiro, o universo narrativo da doutoranda enquanto mulher e sobre sua constituição enquanto profissional da química, seja como técnica, seja como docente. Nesse percurso, mapeamos no trajeto os pontos em que as práticas discursivas marcam a identidade de gênero de forma direta Depois, trabalhamos com as narrativas de pesquisadoras em química que conseguiram transpôr o "teto de vidro" para dar-lhes voz sobre as questões da pesquisa. Nesse mapa inicial conseguimos identificar algumas práticas discursivas como: i) a "essencialidade" feminina mantendo-se como a ordem do discurso; ii) a química, embora seja entendida como uma ciência feminina parece só o ser pela maioria numérica do gênero feminino nesse campo; iii) características atribuídas ao masculino nas nossas práticas cotidianas – competitividade, objetividade e racionalidade – ainda são marcas ‗desejáveis e necessárias‘ para a ascensão nessa área de conhecimento; características tidas como femininas como a maternidade e o cuidado com o lar - longe de ser compreendido como uma tarefa igualmente dividida entre todos os que dividem um lar (homens e mulheres) - são entendidas como entraves na profissão, iv) as pesquisadoras têm dificuldade em perceber as dinâmicas de poder enquanto produtoras de formas sujeitos. O que visibilizamos até aqui é que, enfim, as discussões de gênero são tão importantes e imediatas porque elas não são reconhecidas, ainda mais por mulheres da ciência que ocupam lugares de poder. O não reconhecimento impede uma inversão ou desestabilização da ordem discursiva. Por isso, o conceito em que investimos é mais fortemente a ferramenta "saber/poder". Há muito a ser feito para que os discursos sobre as mulheres, especificamente nas ciências, mudem. Entretanto, resistências às imposições do papel do gênero já são percebidas nos espaços de poder da química. / The present doctoral thesis was developed in the Core Curriculum Studies and Knowledge (NECS / UFRGS) inserted in the post-graduate program in Science Education: Chemistry of Life and Health (PPGQVS). In this work some questions directed our attention to different places and under different perspectives: ―What defines femininity and masculinity? ―How do gender issues determine our role in society and the possibilities we will have? ―How does gender mark an person?‖ ―How are positions of power reached by women in the area of Chemistry? How do we narrate these women? ―What role do we have as educators in this constitution? Although we know that this is not a new issue, we understand that its reappearance as a research focus on science in Brazil is strong enough for questioning the discourse on women and their possibilities in the labor market, more specifically, in the area of Chemistry. As a research technique, we analyzed narratives in a perspective of post-structuralism, first by showing the narrative universe of the PhD student as a woman and her constitution as a Chemistry professional, either as a chemist or as a professor. Besides, we mapped the points at which the discursive practices directly mark the identity of gender. After that, we also worked with narratives of chemistry researchers who managed to break through the glass ceiling to give them a voice on the research issues In this first mapping, we managed to identify some discursive practices: a) female essentiality remains as the order of discourse; b) although being understood as a female science, chemistry seems to be so only because women outnumber men in this field; c) characteristics attributed to men in our daily practices – such as competitiveness, objectivity and rationality - are still 'desirable and necessary' brands for professional growth in this area of knowledge and characteristics viewed as feminine, such as motherhood and homecare - far from being understood as an equally shared responsibility among all those who share a house (men and women), - are seen as obstacles in the profession; d) researchers have difficulty to understand the dynamics of power while producing subject forms. What we find so far is that, ultimately, gender discussion is so important and immediate because they are not recognized, especially women who occupy positions of power in science. The lack of recognition prevents an inversion or destabilization of the discursive order. Thus, the concept in which we invest is more strongly the "knowledge/power" tool. There is a lot to do so that women‘s discourse change, specifically in science. However, in positions of power in Chemistry, we already find resistance to the impositions on gender role.
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A construção da identidade de gênero na educação inclusiva : letramento e discursoSato, Denise Tamaê Borges January 2013 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas,
Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2014-06-02T13:23:33Z
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2013_DeniseTamaeBorgesSato.pdf: 3488594 bytes, checksum: 350bba7e3fce0509cd9cb0684e09ee17 (MD5) / A inclusão da pessoa com deficiência no contexto da educação gerou transformações na escola e nas pessoas que transitam por esse ambiente: pais/mães, alunos/as e professores/as. Altamente centrada na atuação docente, a inclusão tem sido sentida diferentemente por professores/ as, que ora a temem, ora se encantam. Ante as mudanças recentes, a identidade de professores e professoras no contexto da inclusão, inclusive a identidade de gênero, tem sido pouco investigada. Nesta tese buscaremos por meio da pesquisa etnográfica analisar as representações de gênero em quatro escolas públicas estaduais: duas em Goiás e duas em Brasília. O corpus foi constituído de transcrições de entrevistas desenvolvidas com professores/as que trabalham em sala comum, mas que possuem alunos/as com Síndrome de Down incluídos/as, de professores/as das salas de recurso e de duas famílias. Alicerçada teoricamente na Análise de Discurso Crítica (CHOULIARAKI e FAIRCLOUGH, 1999; FAIRCLOUGH, 2003; 2012) nos Novos Estudos do Letramento (BARTON, 1994; BARTON E HAMILTON, 1998; SOARES, 2008; STREET, 1984, 1995) e nos estudos sobre gênero social (BECKWITH, 2005; BURNS, 2005; LOURO, 2000; MAGALHÃES, 1995a), buscamos nos discursos e nas práticas de letramento identificar elementos que contribuem para elucidar a complexa teia que promoveu na educação e especificamente na educação especial inclusiva a atividade docente como gueto feminino moderno. Os resultados apontam que embora os discursos sobre a inclusão sejam veiculados ao lado de palavras como igualdade, justiça, cidadania, direito e autonomia, a prática educacional promovida pelas políticas educacionais tem consolidado um ambiente de desvalorização da docência, por meio da privação de meios, recursos, acanhamento das políticas intersetoriais de apoio às famílias e principalmente de formação docente, contribuindo para uma prática inclusiva não emancipatória. Também verificamos que em relação aos letramentos, as práticas pedagógicas não sofreram alterações significativas que alcancem a aprendizagem das pessoas incluídas, influindo, dessa forma, na formação de uma identidade docente e de gênero fragilizada. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The inclusion of the disabled person in the context of education has generated changes at school and at people that pass through this environment: parents, students and teachers. Highly concentrated in the docent performance, the inclusion has been felt differently by teachers that at times fear it, at times get charmed by it. Before the recent changes, the identity of teachers in the context of inclusion, including the gender identity, has been little researched. On this thesis we will seek through the ethnographic research to analyze the gender representations in four state public schools: two in Goiás and two in Brasília. The corpus was constituted of transcriptions of interviews developed with teachers who work in common class- rooms, but that have students who have the Down syndrome included, of the teachers of re- sources classrooms and of two families. Theoretically based in the Critical Analysis of Speech (CHOULIARAKI e FAIRCLOUGH, 1999; FAIRCLOUGH, 2003; 2012); on New Literacy Studies (BARTON, 1994; BARTON E HAMILTON, 1998; SOARES, 2008; STREET, 1984, 1995) and on the studies on social gender (BECKWITH, 2005; BURNS, 2005; LOURO, 2000; MAGALHÃES, 1995a), we searched in the speeches and in the practices of we searched in the speeches and in the practices of lettering to identify elements that contribute to elucidate the complex net that promoted in education and specifically in the especial inclusive education the docent activity as modern female ghetto. The results indicate that although the speeches about inclusion are transmitted beside words such equality, justice, citizenship, right and autonomy, the educational practice promoted by educational policies have been consolidating an environment of devaluation of teaching, through the deprivation of means resources, shyness of inter sectorial policies to support families and especially the docent formation, contributing to an inclusive practice which is not emancipatory, We have also verified that in relation to the letterings, the pedagogical practices have not suffered significant changes that reach the learning of included people, influencing, thus, in the formation of a fragile docent and gender identity.
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Na zona selvagem : relatos de mulheres sobre a experiência do aborto clandestinoRibeiro, Jullyane Carvalho 26 March 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2014. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2014-07-07T15:38:56Z
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2014_JullyaneCarvalhoRibeiro.pdf: 968761 bytes, checksum: 3b7409c6fe9ec6689a073c5611eed37a (MD5) / A necessidade de conhecer os relatos das mulheres que passaram pela experiência do aborto clandestinamente é o ponto de partida desta pesquisa. Busquei aqui verificar como as mulheres que realizaram o procedimento articulam seus relatos sobre a experiência vivida do aborto, as suas motivações e suas justificativas para a prática. Pretendi ainda observar como, e se, a ilegalidade do aborto atinge diferencialmente essas mulheres em suas especificidades de classe, raça, estado civil e geração, além de averiguar como se dá a relação dessas mulheres com seus corpos e com sua autonomia reprodutiva após o procedimento.
Para tanto, realizei um total de onze entrevistas em profundidade com mulheres que induziram o aborto, no Distrito Federal e na região do entorno de Brasília, as quais tiveram como fio condutor a vivência de sua sexualidade e suas trajetórias reprodutivas. Busquei ainda promover uma interação entre as formulações teóricas relativas à temática do aborto e dos direitos reprodutivos, as pesquisas empíricas já realizadas na área e o material resultante do trabalho de campo.
As particularidades de raça, condição socioeconômica e geração são marcadores importantes na maneira como é vivenciado o aborto, influindo em suas condições materiais e emocionais de realização. As particularidades dos casos apontam para inúmeras possibilidades de vivência, as quais terão forte influência no momento de narrar a experiência vivida. Inúmeras relações de poder e conflito se articulam nesse contexto, em que são decisivas para as mulheres as possibilidades materiais e emocionais, as expectativas com relação aos seus relacionamentos, os seus projetos de vida e perspectivas futuras. A experiência do aborto, desta forma, solidariza e aproxima essas mulheres ao mesmo tempo em que as afasta em suas especificidades. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The urge to know the stories of women who have experienced abortion clandestinely is the starting point for this research. I seek here to identify how women who underwent the procedure articulate their reports on the experience of abortion, their motivations and their justifications for the practice. I also intended to see how, and if, the illegality of abortion affects differentially these women in their specificities of race , socio economical status, and generation and to verify how is the relationship of these women with their bodies and their reproductive autonomy after the procedure.
To do so, I conducted a total of eleven in-depth interviews with women who had induced abortion in the Distrito Federal of Brasilia and surrounding areas, especially on the experience of their sexuality and their reproductive trajectories. Sought further to promote interaction between theoretical formulations relating to the topic of abortion and reproductive rights, empirical research already conducted in the area and the material resulting from fieldwork .
The particularities of race, socioeconomic status and generation are important markers on the way abortion is experienced, influencing the physical and emotional conditions of its realization. The particularities of the cases point to numerous possibilities of living the situation, which have strong influence when narrating the experience. Numerous power relations and conflict are articulated in this context, in which are decisive the material and emotional possibilities, expectations regarding their relationships, their life projects and future prospects. The experience of abortion, at the same time, brings solidarity and moves these women apart on their specificities.
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