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Validade e confiabilidade de \"Questionário de qualidade de vida de pessoas com Espinha Bífida / Validity and reliability of the Questionário de Qualidade de Vida para Pessoas com Espinha BífidaLundberg, Carolina 15 December 2011 (has links)
Objetivo: verificar a validade e a confiabilidade do Questionário de Qualidade de Vida para Pessoas com Espinha Bífida na língua Portuguesa, após tradução e adaptação cultural do Spina Bífida Health Related Quality of Life Questionnaire (HRQOL). Métodos: Dois professores de inglês realizaram a tradução literária e conceitual das versões para crianças (5-12 anos) e para adolescentes (13-20 anos) do HRQOL, chegando a uma versão inicial em português, denominada Questionário de Qualidade de Vida de Pessoas com Espinha Bífida (QQVEB). Após a tradução reversa por outros dois nativos de língua inglesa, um comitê revisou as versões. Após um pré-teste numa amostra de cinco sujeitos, a versão final do QQVEB foi aplicada em 51 crianças (7,7±2,1 anos) e 29 adolescentes (15,6±2,1 anos) com diagnóstico de mielomeningocele. Os sujeitos foram caracterizados quanto ao nível neurológico, controle motor grosseiro e classificação sócio-econômica. Para verificar a confiabilidade, foi analisada a consistência interna com o alpha de Cronbach e a reprodutibilidade com Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) para as duas aplicações do questionário num intervalo de sete dias. Para verificar a validade de constructo convergente usamos a correlação de Pearson e o teste t entre o QQVEB e um questionário genérico de qualidade de vida, e para a validade de constructo discriminante foi utilizado o teste de Kruskall-Wallis para o QQVEB e o nível de acometimento neurológico. Resultados: Apenas cinco questões no questionário dos adolescentes sofreram modificações culturais. A análise da confiabilidade revelou boa consistência interna nos questionários das crianças (=0,88) e dos adolescentes (=0,93), e boa reprodutibilidade no questionário das crianças (CCI=0,83) e dos adolescentes (CCI=0,88). Na análise da validade convergente observou-se correlação do questionário genérico com o QQVEB dos adolescentes (r=0,63; p=0,0002), mas não com o de crianças (r=0,17; p=0,2318). A análise da validade discriminante revelou que pacientes com acometimento neurológico em nível torácico apresentam pior pontuação de forma significativa no questionário das crianças (p=0,02) e marginalmente significativa no caso dos adolescentes (p=0,07). Conclusões: A tradução e adaptação cultural do QQVEB foram realizadas com êxito, sendo que as duas versões do QQVEB apresentam boa confiabilidade. Porém, a baixa validade convergente do QQVEB das crianças e discriminante do QQVEB dos adolescentes pode estar relacionada a algumas falhas do questionário original, como a falta de um manual e ausência da divisão em domínios. Estes problemas podem ser solucionados desenvolvendo-se uma nova versão no questionário, tanto na língua inglesa, quanto portuguesa / Objective: to verify the validity and reliability of the Questionário de Qualidade de Vida para Pessoas com Espinha Bífida, in portuguese, after the translation and cultural adaptation of the Spina Bifida Health Related Quality of Life Questionnaire (HRQOL).Method: Two English teachers performed the literal and conceptual translation of the HRQOL, which has the children (5-12 years) and the adolescents (13-20 years) version. The Portuguese version was called Questionário de Qualidade de Vida de Pessoas com Espinha Bífida (QQVEB). Two other native English teachers made the reversal translation, and a committee revised all versions. After a pre-test in a sample of 5 subjects, the final version of the QQVEB was applied in 51 children (7,7±2,1 years) and 29 adolescents (15,6±2,1 years) with medical diagnoses of meningomyelocele. The subjects were characterized in neurological level of the malformation, gross motor control and social and economical classification. To verify the reliability, the internal consistence was analyzed with the Cronbachs alpha, and the reproducibility with the Intraclass Correlation Coefficient (ICC) for the two applications of the questionnaire within one week. To verify the converging construction validity, we used the Pearsons correlation and t test between the QQVEB and a generic quality of life questionnaire. To the discriminating construction validity we used the Kruskall-Wallis test between the QQVEB and the neurological level of the malformation. Results: Only five questions from the adolescents questionnaire had cultural adaptation. The reliability analysis showed good internal consistence in the childrens (=0,88) and adolescents (=0,93) questionnaires, and good reproducibility in the childrens (ICC=0,83) and adolescents (ICC=0,88) questionnaires. The converging validity analysis showed good correlation between the generic questionnaire and the adolescents QQVEB (r=0,63; p=0,0002), but not with the childrens (r=0,17; p=0,2318). The discriminating validity analysis showed that patients with thoracic malformation had significant worse scores in the childrens questionnaire (p=0,02) and marginally significant in the adolescents questionnaire (p=0,07). Conclusions: The translation and cultural adaptation were successfull, once the two versions of the QQVEB had good reliability. Therefore, the reduced converging validity of the childrens QQVEB and reduced discriminating validity of the adolescents QQVEB may be related to some problems in the original questionnaire, such as the inexistence of a user manual and the division of the instrument in domains. These aspects can be solved by developing a new version of the questionnaire, both in English and Portuguese
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A utilização da tecnologia assistiva como um recurso para inclusão escolar de alunos com sequelas de mielomeningocele / Keywords-Myelomeningocele, School Inclusion and Assistive TechnologyAssis, Caroline Penteado de 26 February 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-02-26 / Financiadora de Estudos e Projetos / Research on the inclusion of students with myelomeningocele held in the country discuss only the access of students to the school context. Further research in this area of education has become necessary to investigate directly the reality of these students in the regular schools. As these students can develop various sequelae that interfere with school performance there is a need for the use of assistive technology to provide greater autonomy and independence in the school context. Therefore, the aim of this study was to identify, analyze and discuss the use of Assistive Technology, according to the consequences presented by the students with myelomeningocele included in regular schools. There were eleven participants, including four children with sequelae of myelomeningocele and seven teachers (four in the regular classroom and three from the specialized educational services). For data collection five instruments were used, built specifically for this study: two interview scripts, which described the inclusion of pupils, in the opinion of the teachers of regular classrooms and a Resource Scale of Teachers' Perception on Myelomeningocele which aimed to survey the academic performance of pupils and the level of aid of the technologies used by them in the school environment, the Script Observation of Student Performance with myelomeningocele used to describe the student achievement in the school context and finally Script Categorization of the Use of Assistive Technology in the School Context, which provided the guidance note on the use of technology in the school context. The results indicated that demand exists due to deployment of resources on school performance presented by students with myelomeningocele sequelae, but the unique features found to promote the participation of four students in the school context are two wheelchairs and an orthesis for positioning the ankle, ie, resources that the student brought to school. It was possible to see that there is little or no knowledge on the part of school personnel about the potential for practical implementation of technology resources, which are related to lack of training and identifying the real needs and potential of students. / As pesquisas sobre a inclusão de alunos com mielomeningocele realizadas no país discutem somente o acesso desses alunos ao contexto escolar. Para aprofundar os estudos nesta área educacional tornou-se necessário investigar diretamente a realidade desses alunos junto às escolas regulares. E como estes alunos podem desenvolver diversas sequelas que interferem no seu desempenho escolar existe a necessidade da utilização de recursos de tecnologia assistiva a fim de proporcionar uma maior autonomia e independência no contexto escolar. Assim o objetivo deste estudo foi identificar, analisar e discutir a utilização de recursos de Tecnologia Assistiva, em função das sequelas apresentadas pelos alunos com mielomeningocele incluídos no ensino regular. Participaram desta pesquisa onze pessoas, sendo quatro alunos com sequelas de mielomeningocele e sete professores (quatro da sala regular e três do atendimento educacional especializado). Para coleta de dados foram utilizados cinco instrumentos, construídos especificamente para este estudo: dois Roteiros de Entrevistas, os quais descreviam a inclusão escolar dos alunos, segundo a opinião dos professores da sala regular e de recursos; a Escala de Percepção dos Professores sobre a Mielomeningocele que tinha o objetivo de levantar o desempenho escolar dos alunos e o grau de auxílio das tecnologias utilizadas por eles no ambiente escolar; o Roteiro de Observação do Desempenho do Aluno com Sequela de Mielomeningocele utilizado para descrever o desempenho do aluno no contexto escolar e por fim o Roteiro de Categorização do Uso da Tecnologia Assistiva no Contexto Escolar que proporcionava a orientação da observação sobre o uso das tecnologias no contexto escolar. Os resultados indicaram que existe demanda para implementação dos recursos diante do desempenho escolar apresentado pelos alunos com sequelas de mielomeningocele, mas os únicos recursos encontrados para promover a participação dos quatro alunos no contexto escolar foram duas cadeiras de rodas e uma órtese de posicionamento do tornozelo, ou seja, recursos que o próprio aluno trazia para escola. Foi possível perceber que ainda há o desconhecimento por parte dos profissionais da escola sobre as possibilidades concretas de implementação dos recursos de tecnologia, as quais estão relacionadas à falta de capacitação e de identificação das reais necessidades e potencialidades dos alunos.
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Excreção urinária de glicosaminoglicanos em crianças com bexiga neurogênica secundária a mielomeningocele / Urinary glycosaminoglycan excretion in children with neurogenic bladder secondary to myelomeningoceleIsabel Cristina da Silva Soito 25 January 2011 (has links)
Urinary glycosaminoglycan (GAG) excretion is altered in a number of urinary tract disorders, and the excretion pattern may be associated with disease state and/or outcome. GAG excretion in children with neurogenic bladder secondary to myelomeningocele (MMC) may be affected, but existing data lack more detailed demographics and does not correlate excretion pattern with severity of bladder dysfunction. Here we analyzed GAG excretion in a well defined group of children with MMC and correlated the results with cystometric score. Urine specimens from 17 patients (10 boys, 7 girls) mean age SD, 4.6 2.9 years) were obtained during cystometry. Control specimens were from 18 normal children (13 boys, 5 girls) (6.9 2.2 years). All children were free from urinary infection, had normal renal function, and were not under pharmacological treatment. Total urinary GAG was assayed as μg hexuronic acid/mg urinary creatinine, and sulfated GAGs were determined by agarose gel electrophoresis. Cistometry was done using a Dynapack MPX816 (Dynamed, São Paulo, Brazil), from wich a cystometry score was calculated according to a recent procedure [14]. There were no significant differences in total GAG excretion between male and female individuals in the MMC (0.913 0.528 vs 0.867 0.434, p>0.05) and control (0.546 0.240 vs 0.699 0.296, p>0.05) groups. Also, urinary GAG did not correlated with age in the MMC (r = -0.28, p>0.05) and control (r= - 0.40, p>0.05) groups. However, MMC patients excreted 52% more GAG than controls (0.894 0.477 vs 0.588 0.257, P<0.04). In these patients, total GAG excretion was not associated with vesical compliance alone (r= - 0.18, p>0.05), but was significantly and negatively correlated (r= -0.56, p<0.05) with cystometric score. On average, MMC patients with worst scores (<9) excreted 81% more GAG than those with better scores (>9) (1.157 0.467 vs 0.639 0.133, p<0.04). Chondroitin sulfate prevailed in both groups, but there were no significant differences between them. GAG excretion in MMC patients is significantly greater than in normal children and higher values correlate with a more severely compromised bladder function. Evidences from animal models of MMC suggest that an altered detrusor is associated with higher vesical extracellular matrix turnover, wich might explain higher GAG excretion in MMC patients. In addition, these results indicate that urinary gAG excretion might be used as an adjuvant factor for the characterization of vesical dysfunction in patients with neurogenic bladder. / A excreção urinária de glicosaminoglicanos (GAG) está alterada em várias patologias do trato urinário; o padrão de excreção pode estar associado com o estado da doença. A excreção urinária de GAG em crianças com bexiga neurogênica (BN) secundária a mielomeningocele (MMC) pode também estar alterada, mas até a presente data não há detalhamento epidemiológico dos pacientes e não se correlacionou o padrão de excreção com grau de disfunção vesical. Analisamos a excreção urinária de um grupo bem definido de crianças com MMC e correlacionamos os resultados com escore cistométrico. As amostras de urina de 17 pacientes com MMC, 10 meninos e 7 meninas (média de idade DP de 4,6 2,9 anos) foram obtidas durante o exame cistométrico. As amostras do grupo controle foram obtidas de 18 crianças normais, 13 meninos e 5 meninas (6,9 2,2 anos). Todas as crianças não estavam com infecção urinária, tinham função renal normal e não estavam sob tratamento farmacológico. A quantificação do GAG urinário total foi expressa em μg de ácido hexurônico / mg de creatinina e a proporção dos diferentes tipos de GAGs sulfatados foi obtida por eletroforese em gel de agarose. A avaliação cistométrica foi realizada utilizando aparelho de urodinâmica Dynapack modelo MPX816 (Dynamed, São Paulo, Brasil), a partir da qual o escore cistométrico foi calculado de acordo com procedimento recente publicado. [14]. Não observamos diferença significativa na excreção urinária de GAG total entre meninos e meninas tanto no grupo com MMC ( 0,913 0,528 vs 0,867 0,434, p>0,05) como no grupo controle (0,546 0,240 vs 0,699 0,296, p>0,05). Os resultados mostraram também que a excreção de GAG urinário não se correlacionou com a idade tanto no grupo com MMC ( r = -0,28, p> 0,05) como no grupo controle (r = -0,40, p> 0,05). Entretanto, a comparação dos dois grupos mostrou que o grupo com MMC excretava 52% a mais de GAG total que o grupo controle (0,894 0,477 vs 0,588 0,257, p <0,04). Nesses pacientes a excreção de GAG total não se correlacionou com a complacência vesical isoladamente (r = -0,18, p> 0,05) mas foi significativa e negativamente correlacionada ao escore cistométrico (r= -0,56, p<0,05). Em média, os pacientes com piores escores (<9) excretaram 81% a mais de GAG que os pacientes com melhor escore (>9) (1,157 0,467 vs 0,639 0,133, p<0,04). O sulfato de condroitin foi o GAG sulfatado predominante nos grupos neurogênico e controles (92,5 7,6% vs 96,4 4,8%, respectivamente, p> 0,05), enquanto o sulfato do heparan estava presente em quantidades marcadamente menores; o dermatam sulfato não foi detectado. A excreção urinária de GAG em pacientes com MMC é significativamente maior que a excreção das crianças normais e os altos valores encontrados estão correlacionados a um maior compromentimento da função vesical. Evidências em modelos animais com MMC induzida sugerem que alterações no detrusor estão associadas a um elevado turnover da matriz extra celular (MEC) vesical, o que pode explicar a elevada excreção de GAG nos pacientes com MMC. Além disso, esses resultados indicam que a excreção urinária de GAG pode ser usada como fator adjuvante para a caracterização da disfunção vesical em pacientes com MMC.
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Análise do condicionamento cardiopulmonar e estudo comparativo entre métodos direto e indireto de predição do consumo de oxigênio em indivíduos cadeirantes com mielomeningocele / Cardiopulmonary analysis and a comparative study to predict maximum oxygen consumption in non-ambulatory children with myelomeningocele using direct and indirect tests.Marisa Maia Leonardi Figueiredo 14 August 2015 (has links)
Crianças com mielomeningocele (MMC) apresentam anormalidades primárias no fechamento do tubo neural com extrusão de tecido nervoso. Alterações secundárias, como a paraplegia, podem comprometer o desempenho cardiopulmonar e a função autonômica cardiovascular, sendo ainda maior, nos indivíduos que são dependentes exclusivamente de cadeira de rodas. Embora a literatura científica tenha amplamente estudado as manifestações clínicas dos diferentes níveis da MMC, pouca atenção tem sido dada à disfunção cardiopulmonar. A análise da função autonômica cardiovascular assim como a avaliação da capacidade cardiopulmonar, pelo consumo máximo de oxigênio (VO2max), tem sido utilizada como forma de predizer fatores de risco relacionados à saúde, mas o teste cardiopulmonar que é o padrão ouro, requer especificidades que limitam sua ampla utilização. Objetivos: Analisar a capacidade cardiopulmonar de crianças e adolescentes cadeirantes com mielomeningocele e comparar com a do seu respectivo controle, e aplicação de teste indireto a fim de estimar o VO2max nas crianças e adolescentes com MMC. Métodos: Participaram desse estudo transversal 22 crianças e adolescentes, de ambos os sexos, com idade entre 8 e 15 anos, separadas em dois grupos: Grupo Mielomeningocele (GM), composto por 11 crianças e adolescentes com mielomeningocele que não deambulam (estritamente usuários de cadeira de rodas); e Grupo Controle (GC), composto por 11 crianças e adolescentes saudáveis pareados por sexo, idade, massa corporal e/ou estatura. Foram obtidos dados antropométricos; composição corporal por bioimpedância elétrica; classificação do nível de maturação pelo índice de Tanner; nível de atividade física pelo Questionário Internacional de Nível de Atividade Física; avaliação da força muscular isométrica dos abdutores de ombro, flexores e extensores de cotovelo, pelo dinamômetro Handheld e força muscular de preensão palmar pelo dinamômetro de Bulbo; avaliação da Variabilidade da Frequência Cardíaca e da Pressão Arterial (VFC e VPA) e da Sensibilidade Barorreflexa Espontânea (SBRE); teste cardiopulmonar em cicloergômetro de membro superior (teste direto = TD); e, teste indireto (TI) seguindo método proposto por Franklin et al.,(1990) para estimar VO2max. Resultados: os grupos não apresentaram diferença estatística com relação à antropometria e força muscular (p > 0,05), porém o GM apresentou incremento de aproximadamente 6kg de massa gorda (p 0,05). No teste cardiopulmonar, o GM apresentou reduzido valor de VO2pico comparado ao seu controle indicando diferença significativa entre os grupos (p 0,05). O VO2pico correlacionou-se positivamente com dados antropométricos, massa magra e força muscular. Os valores de VO2max estimado pelo TI foram menores que os valores reais obtidos no TD, sofrendo uma variação de 24 à 56%; por outro lado, os dados de FCmax e FC de repouso não apresentaram diferença entre os testes. Com relação à função autonômica cardiovascular, os parâmetros espectrais da VFC não apresentaram diferença significativa entre os grupos, mas os valores de baixa frequência na VPA e a SBRE estavam reduzidos no GM (p < 0,05). Conclusão: crianças e adolescentes com MMC apresentam menor capacidade cardiopulmonar que seus controles saudáveis, e reduzida sensibilidade barorreflexa espontânea com baixo controle simpático na VPA, indicando predisposição a eventos cardíacos tardios. E ainda, o método indireto selecionado não se mostrou ideal para estimar o VO2max nos voluntários do presente estudo, subestimando os valores reais, mas permitiu alcançar valores de FCmax prevista. Este pode ser um modelo de teste de esforço máximo, que necessita ser explorado nessa população. Uma proposta de condicionamento cardiopulmonar necessita ser desenvolvida para esta população. / Children with myelomeningocele (MMC) present primary abnormalities in neural tube with nerve tissue extrusion. Secondary alterations, such as paraplegia, can compromise the cardiopulmonary performance and cardiac autonomic function, mainly in individuals who are exclusively dependent on a wheelchair. Although the scientific literature has extensively studied the clinical manifestations of MMC and their different neural lesion levels, poor attention has been addressed to cardiopulmonary dysfunction. Evaluation of cardiac autonomic function and cardiopulmonary capacity using maximum oxygen uptake (VO2max) has been used to predict risk factors related to health, but this gold standard technique requires specificities that limit its widespread use. Objectives: To analyze the difference cardiopulmonary capacity of children and adolescents with myelomeningocele unable to walk and his or her matched control by detecting data that predispose to cardiovascular risks, and using an indirect test in order to estimate the VO2max in children with MMC. Methods: Twenty two (n = 11) children and adolescents participated of this cross-sectional study, both sexes, aged 8 15 years, separated into two groups: Group Myelomeningocele (GM), with 11 children and adolescents with myelomeningocele unable to walk (wheelchair users); and Control Group (CG), with 11 healthy children and adolescents matched for sex, age, weight and/or height. The data obtained were: Anthropometric data; body composition by bioelectrical impedance analysis; index maturation classification by Taner; level of physical activity by IPAQ; isometric muscle strength of shoulder abductors, elbow flexors and extensors using Handheld dynamometer, and grip muscle strength using bulb dynamometer; Spontaneous baroreflex sensitivity (SBS) and heart rate and blood pressure variability (HRV and BPV) evaluation; cardiopulmonary exercise testing on a cycle ergometer of upper limb (direct test = DT); and indirect test following the method proposed by Franklin et al., (1990) to estimate VO2max. Results: Anthropometry data and muscle strength did not present significant difference between analyzed groups (p > 0.05). GM presented approximately 6kg increased fat mass than CG (p 0.05). By cardiopulmonary test, GM presented reduced VO2peak compared to GC, indicating a significant difference between groups (p 0.05). The VO2peak have positive correlation with anthropometric data and fat free mass and muscle strength. The VO2max in DT varied between 2456% higher than those on the IT, but rest and maximum HR mean value comparisons showed no statistical difference between the tests. Considering cardiac autonomic function, no difference was observed to spectral parameters of HRV, but low frequency of BPV and the SBS were significantly lower in GM (p < 0.05). Conclusion: Children with MMC present reduced cardiopulmonary capacity than their healthy peers and reduced spontaneous baroreflex sensitivity and sympathetic control on BPV, indicating some predisposition to risk of cardiovascular event. And yet, VO2max values estimated by the chosen IT underestimated the DT values and were not applicable to this population; however, they may represent a potential model to test maximal exercise and obtain maximal HR values, which need to be explored further in this population.
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Marcadores prognósticos em recém-nascidos portadores de mielomeningocele / Short-term prognostic factors in myelomeningocele patientsRodrigues, Andre Broggin Dutra 11 April 2016 (has links)
Introdução: Pacientes com mielomeningocele apresentam elevada mortalidade e desenvolvem déficits neurológicos que ocorrem, primariamente, pelo desenvolvimento anormal da medula e de raízes nervosas e, secundariamente, por complicações adquiridas no período pós-natal. O desafio no cuidado desses pacientes é o reconhecimento precoce dos recém-nascidos de risco para evolução desfavorável a fim de estabelecer estratégias terapêuticas individualizadas. Objetivo: Este estudo tem como objetivo identificar marcadores prognósticos de curto prazo para recém-nascidos com mielomeningocele. As características anatômicas do defeito medular e da sua correção neurocirúrgica foram analisadas para esta finalidade. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectiva com 70 pacientes com mielomeningocele em topografia torácica, lombar ou sacral nascidos entre janeiro de 2007 a dezembro de 2013 no Centro Neonatal do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pacientes com infecção congênita, anomalias cromossômicas e outras malformações maiores não relacionadas à mielomeningocele foram excluídos da análise. As características anatômicas da mielomeningocele e a sua correção neurocirúrgica foram analisadas quanto aos seguintes desfechos: reanimação neonatal, tempo de internação, necessidade de derivação ventricular, deiscência da ferida operatória, infecção da ferida operatória, infecção do sistema nervoso central e sepse. Para a análise bivariada dos desfechos qualitativos com os fatores de interesse foram empregados testes do qui-quadrado e exato de Fisher. Para a análise do desfecho quantitativo, tempo de internação hospitalar, foram empregados testes de Mann-Whitney. Foram estimados os riscos relativos e os respectivos intervalos com 95% de confiança. Foram desenvolvidos modelos de regressão linear múltipla para os desfechos quantitativos e regressão de Poisson para os desfechos qualitativos. Resultados: Durante o período do estudo 12.559 recém-nascidos foram admitidos no Centro Neonatal do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Oitenta pacientes foram diagnosticados com mielomeningocele, com incidência de 6,4 casos para cada 1.000 nascidos vivos. Dez pacientes foram excluídos da análise devido à mielomeningocele em topografia cervical (n = 1), à cardiopatia congênita (n = 4), à trissomia do cromossomo 13 (n = 1), à onfalocele (n = 3) e à encefalocele (n = 1). Ocorreram três óbitos (4,28%). Mielomeningocele extensa foi associada a infecção do sistema nervoso central, a complicação de ferida operatória e a maior tempo de internação hospitalar. Os pacientes com mielomeningocele em topografia torácica apresentaram tempo de internação, em média, 39 dias maior que aqueles com defeito em topografia lombar ou sacral. Houve maior necessidade de reanimação em sala de parto entre os pacientes com macrocrania ao nascer. A correção cirúrgica realizada após 48 horas de vida aumentou em 5,7 vezes o risco de infecção do sistema nervoso central. Entre os pacientes operados nas primeiras 48 horas de vida não foi observado benefício adicional na correção cirúrgica realizada em \"tempo zero\". A ausência de hidrocefalia antenatal foi um marcador de bom prognóstico. Nestes pacientes, a combinação dos desfechos necessidade de derivação ventricular, complicações infecciosas, complicações de ferida operatória e reanimação em sala de parto foi 70% menos frequente. Conclusão: Este estudo permitiu identificar marcadores prognósticos de curto prazo em recém-nascidos com mielomeningocele. Os defeitos medulares extensos e a correção cirúrgica após 48 horas de vida influenciaram negativamente na evolução de curto prazo. As lesões extensas foram associadas a maiores taxas de infecção do sistema nervoso central, a complicações de ferida operatória e a internação hospitalar prolongada. A correção cirúrgica realizada após 48 horas de vida aumentou significativamente a ocorrência de infecção do sistema nervoso central. Ausência de hidrocefalia antenatal foi associada a menor número de complicações nos primeiros dias de vida / Introduction: Patients with myelomeningocele have a high mortality and develop neurological disabilities that occur primarily by a defective spinal cord and nerve root development and, secondarily, by acquired post-natal complications. The challenge in the post-natal management of myelomeningocele is the early recognition of cases at risk for complications in order to establish individualized treatment strategies. Objective: This study aims to identify short-term prognostic markers for newborns with myelomeningocele. Anatomical characteristics of the spinal defect and technical aspects of the neurosurgical repair were analyzed for this purpose. Methods: A retrospective cohort study was conducted in 70 patients with thoracic, lumbar or sacral myelomeningocele born between January 2007 and December 2013 in the Centro Neonatal do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Patients with congenital infection, chromosomal abnormalities and other major malformations unrelated to myelomeningocele were excluded from our analysis. Features of myelomeningocele anatomy and neurosurgical treatment were analyzed for the following outcomes: neonatal resuscitation, length of hospital stay, need for ventricular shunt, wound dehiscence, wound infection, central nervous system infection and sepsis. Relationships between qualitative outcomes and factors of interest were examined using chi-square or Fisher\'s exact tests. The relationships with the quantitative outcome duration of hospital stay were evaluated using the Mann-Whitney tests. Relative risks were estimated with 95% confidence intervals. Multivariate linear regression was used to evaluate the quantitative outcomes and a Poisson regression model was used for the qualitative outcomes. Results: During the study period a total of 12,559 neonates were born in Centro Neonatal do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Eighty patients were diagnosed with myelomeningocele resulting in an incidence of 6.4 cases per 1000 live births. Ten patients were excluded from our analysis due to cervical myelomeningocele (n = 1), congenital heart disease (n = 4), trisomy 13 (n = 1), omphalocele (n = 3) and encephalocele (n = 1). Three deaths were observed in the study period (4,28%). Large myelomeningocele was associated with central nervous system infection, wound complications and longer hospital stay. Patients with thoracic myelomeningocele required longer hospital stay, on average 39 days longer when compared to patients with lumbar or sacral defects. There was a positive correlation between the need for resuscitation at the delivery room and the presence of macrocrania at birth. Late surgical repair performed after 48 hours of life increased in 5.7 times the risk of central nervous system infection. Among patients operated within the first 48 hours, no additional benefit in interventions held in \"time zero\" was observed. Absence of antenatal hydrocephalus was a favorable prognostic marker. In these cases, the combination of need for ventricular drainage, sepsis, central nervous system infection, complications of surgical site and intervention in the delivery room were 70% lower. Conclusion: This study allowed us to identify short-term prognostic markers for newborns with myelomeningocele. Extensive spinal cord defect and surgical repair after 48 hours of life negatively influenced short-term outcomes. Extensive lesions were associated with higher rates of central nervous system infections, surgical wound complications and prolonged hospital stay. Interventions performed 48 hours after birth significantly increased occurrence of central nervous system infections. Absence of antenatal hydrocephalus was associated with fewer complications in the first days of life
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Marcadores prognósticos em recém-nascidos portadores de mielomeningocele / Short-term prognostic factors in myelomeningocele patientsAndre Broggin Dutra Rodrigues 11 April 2016 (has links)
Introdução: Pacientes com mielomeningocele apresentam elevada mortalidade e desenvolvem déficits neurológicos que ocorrem, primariamente, pelo desenvolvimento anormal da medula e de raízes nervosas e, secundariamente, por complicações adquiridas no período pós-natal. O desafio no cuidado desses pacientes é o reconhecimento precoce dos recém-nascidos de risco para evolução desfavorável a fim de estabelecer estratégias terapêuticas individualizadas. Objetivo: Este estudo tem como objetivo identificar marcadores prognósticos de curto prazo para recém-nascidos com mielomeningocele. As características anatômicas do defeito medular e da sua correção neurocirúrgica foram analisadas para esta finalidade. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectiva com 70 pacientes com mielomeningocele em topografia torácica, lombar ou sacral nascidos entre janeiro de 2007 a dezembro de 2013 no Centro Neonatal do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pacientes com infecção congênita, anomalias cromossômicas e outras malformações maiores não relacionadas à mielomeningocele foram excluídos da análise. As características anatômicas da mielomeningocele e a sua correção neurocirúrgica foram analisadas quanto aos seguintes desfechos: reanimação neonatal, tempo de internação, necessidade de derivação ventricular, deiscência da ferida operatória, infecção da ferida operatória, infecção do sistema nervoso central e sepse. Para a análise bivariada dos desfechos qualitativos com os fatores de interesse foram empregados testes do qui-quadrado e exato de Fisher. Para a análise do desfecho quantitativo, tempo de internação hospitalar, foram empregados testes de Mann-Whitney. Foram estimados os riscos relativos e os respectivos intervalos com 95% de confiança. Foram desenvolvidos modelos de regressão linear múltipla para os desfechos quantitativos e regressão de Poisson para os desfechos qualitativos. Resultados: Durante o período do estudo 12.559 recém-nascidos foram admitidos no Centro Neonatal do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Oitenta pacientes foram diagnosticados com mielomeningocele, com incidência de 6,4 casos para cada 1.000 nascidos vivos. Dez pacientes foram excluídos da análise devido à mielomeningocele em topografia cervical (n = 1), à cardiopatia congênita (n = 4), à trissomia do cromossomo 13 (n = 1), à onfalocele (n = 3) e à encefalocele (n = 1). Ocorreram três óbitos (4,28%). Mielomeningocele extensa foi associada a infecção do sistema nervoso central, a complicação de ferida operatória e a maior tempo de internação hospitalar. Os pacientes com mielomeningocele em topografia torácica apresentaram tempo de internação, em média, 39 dias maior que aqueles com defeito em topografia lombar ou sacral. Houve maior necessidade de reanimação em sala de parto entre os pacientes com macrocrania ao nascer. A correção cirúrgica realizada após 48 horas de vida aumentou em 5,7 vezes o risco de infecção do sistema nervoso central. Entre os pacientes operados nas primeiras 48 horas de vida não foi observado benefício adicional na correção cirúrgica realizada em \"tempo zero\". A ausência de hidrocefalia antenatal foi um marcador de bom prognóstico. Nestes pacientes, a combinação dos desfechos necessidade de derivação ventricular, complicações infecciosas, complicações de ferida operatória e reanimação em sala de parto foi 70% menos frequente. Conclusão: Este estudo permitiu identificar marcadores prognósticos de curto prazo em recém-nascidos com mielomeningocele. Os defeitos medulares extensos e a correção cirúrgica após 48 horas de vida influenciaram negativamente na evolução de curto prazo. As lesões extensas foram associadas a maiores taxas de infecção do sistema nervoso central, a complicações de ferida operatória e a internação hospitalar prolongada. A correção cirúrgica realizada após 48 horas de vida aumentou significativamente a ocorrência de infecção do sistema nervoso central. Ausência de hidrocefalia antenatal foi associada a menor número de complicações nos primeiros dias de vida / Introduction: Patients with myelomeningocele have a high mortality and develop neurological disabilities that occur primarily by a defective spinal cord and nerve root development and, secondarily, by acquired post-natal complications. The challenge in the post-natal management of myelomeningocele is the early recognition of cases at risk for complications in order to establish individualized treatment strategies. Objective: This study aims to identify short-term prognostic markers for newborns with myelomeningocele. Anatomical characteristics of the spinal defect and technical aspects of the neurosurgical repair were analyzed for this purpose. Methods: A retrospective cohort study was conducted in 70 patients with thoracic, lumbar or sacral myelomeningocele born between January 2007 and December 2013 in the Centro Neonatal do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Patients with congenital infection, chromosomal abnormalities and other major malformations unrelated to myelomeningocele were excluded from our analysis. Features of myelomeningocele anatomy and neurosurgical treatment were analyzed for the following outcomes: neonatal resuscitation, length of hospital stay, need for ventricular shunt, wound dehiscence, wound infection, central nervous system infection and sepsis. Relationships between qualitative outcomes and factors of interest were examined using chi-square or Fisher\'s exact tests. The relationships with the quantitative outcome duration of hospital stay were evaluated using the Mann-Whitney tests. Relative risks were estimated with 95% confidence intervals. Multivariate linear regression was used to evaluate the quantitative outcomes and a Poisson regression model was used for the qualitative outcomes. Results: During the study period a total of 12,559 neonates were born in Centro Neonatal do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Eighty patients were diagnosed with myelomeningocele resulting in an incidence of 6.4 cases per 1000 live births. Ten patients were excluded from our analysis due to cervical myelomeningocele (n = 1), congenital heart disease (n = 4), trisomy 13 (n = 1), omphalocele (n = 3) and encephalocele (n = 1). Three deaths were observed in the study period (4,28%). Large myelomeningocele was associated with central nervous system infection, wound complications and longer hospital stay. Patients with thoracic myelomeningocele required longer hospital stay, on average 39 days longer when compared to patients with lumbar or sacral defects. There was a positive correlation between the need for resuscitation at the delivery room and the presence of macrocrania at birth. Late surgical repair performed after 48 hours of life increased in 5.7 times the risk of central nervous system infection. Among patients operated within the first 48 hours, no additional benefit in interventions held in \"time zero\" was observed. Absence of antenatal hydrocephalus was a favorable prognostic marker. In these cases, the combination of need for ventricular drainage, sepsis, central nervous system infection, complications of surgical site and intervention in the delivery room were 70% lower. Conclusion: This study allowed us to identify short-term prognostic markers for newborns with myelomeningocele. Extensive spinal cord defect and surgical repair after 48 hours of life negatively influenced short-term outcomes. Extensive lesions were associated with higher rates of central nervous system infections, surgical wound complications and prolonged hospital stay. Interventions performed 48 hours after birth significantly increased occurrence of central nervous system infections. Absence of antenatal hydrocephalus was associated with fewer complications in the first days of life
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Qualidade de vida relacionada à saúde em mães de crianças e adolescentes com mielomeningocele / Health-related quality of life of mothers of children and adolescents with myelomeningoceleMorais, Danielle Moretti 13 December 2010 (has links)
Myelomeningocele (MM) is a disease that causes motor and sensitive disabilities. Health problems associated to this condition may lead mothers the main caregivers to situations of stress, anxiety and depression that may impair their health-related quality of life (HRQL). The aim of this study was to assess the HRQL of mothers of children and adolescents with MM in comparison to mothers of healthy controls and to observe its association with clinical and demographic variables of patients and mothers. The study group consisted of 50 mothers of children and adolescents with MM under 18 years of age in treatment at the Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD-MG). Mothers of healthy controls were matched by patients gender and age in the proportion of 2:1. Patients were grouped by level of neurological lesion and status of functional ambulation. Clinical and demographic data were obtained by interview and medical records. The HRQL of mothers was assessed by interview through the Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey (SF-36). SF-36 reliability was evaluated by Cronbach s alpha coefficient. The Beck Depression Inventory (BDI) was self-applied to assess depressive symptoms. SF-36 scores were compared between groups of mothers of patients with MM and controls (Mann-Whitney test). Effect sizes (ES) were calculated to measure the m agnitude of significant differences. Clinical and demographic variables were compared (Mann-Whitney and Kruskal-Wallis tests) and correlated (Spearman correlation coefficient) with SF-36 scores. Mothers median age was 35.9 years (study group) and 33.5 years (control group). The median age of children with MM was 6.0 years. Most of the group consisted of children (90.0%), females (58.0%) and patients with lower lumbar neurological lesion (50.0%), non-ambulators (44.0%). Cronbach s alpha ranged from 0.6 to 0.8 for the SF-36 domains and components. In comparison to mothers of healthy controls, mothers of children/adolescents with MM had significantly lower scores in the physical component and in three SF-36 domains: role limitations due to physical problems, global health and role limitations due to social problems (p<0.05). Effect size was large (ES>0.8) in the following domains: role limitations due to physical problems and role limitations due to social problems. There was no difference in SF-36 scores according to patients level of neurological lesion and functional ambulation status (p>0.05). Among all patients and mothers clinical and demographic variables, patients gender (female), catheterization and presence of chronic disease in mothers were associated to impaired HRQL (p<0.05). The intensity of depressive symptoms was correlated to all domains and components of the SF-36 (p<0.05). In conclusion, mothers of children and adolescents with MM had a mental and mostly physical impairment in their HRQL in comparison to mothers of healthy controls. The impact was similar among the different levels of neurological lesion or functional ambulation status. Few associations were found among other clinical and demographic variables. / A Mielomeningocele (MM) ocasiona dificuldades motoras e sensitivas. Os diversos problemas de saúde associados a essa condição podem gerar na mãe, principal cuidador, estresse, ansiedade, preocupação excessiva, depressão e impactar sua qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). Diante disso, este estudo teve como objetivo avaliar a QVRS de mães de crianças/adolescentes com MM em relação às mães de crianças/adolescentes saudáveis, e verificar a sua associação com variáveis clínicas e demográficas dos pacientes e das mães. Participaram do estudo 50 mães de crianças e adolescentes até 18 anos de idade e diagnóstico de MM, em acompanhamento na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD-MG) e mães de crianças e adolescentes saudáveis, pareadas por sexo e idade dos pacientes na proporção de 2:1. Os pacientes foram classificados em grupos segundo o nível de lesão neurológica e padrão de deambulação. Os dados demográficos e clínicos foram obtidos por entrevista e completados com informações contidas no prontuário médico. A QVRS das mães foi avaliada por meio de entrevista pelo Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey (SF-36) e a confiabilidade foi verificada pelo coeficiente de alfa Cronbach. O Inventário de Depressão de Beck (IDB) foi respondido de maneira auto-aplicada para verificar os sintomas depressivos. Os escores do SF-36 foram comparados entre os grupos de mães de pacientes com MM e controle (teste de Mann-Whitney), o tamanho do efeito (T.E) foi calculado para medir a magnitude das diferenças significativas. As variáveis demográficas e clínicas foram comparadas (teste de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis) e correlacionadas (coeficiente de correlação de Spearman) com os escores do SF-36. A mediana de idade das mães de crianças/adolescentes com MM foi de 35,9 anos e no controle de 33,5 anos. Em relação às crianças/adolescentes com MM, a mediana das idades foi de 6,0 anos, com predomínio de crianças (90,0%) e do sexo feminino (58,0%). Houve predomínio do nível de lesão neurológica lombar baixo (50%) e não deambulador (44%). O coeficiente de alfa Cronbach.variou de 0,6 a 0,8 para os domínios e componentes do SF-36. As mães de crianças/adolescentes com MM obtiveram escores do SF-36 significativamente menores no componente físico e em 3 domínios: aspectos físicos, estado geral de saúde e aspectos sociais (p<0,05). O tamanho do efeito foi grande (T.E≥0,8) nos domínios aspectos físicos e aspectos sociais. Não ocorreu diferença entre os pacientes segundo o nível de lesão neurológica e o padrão de deambulação (p>0,05). Dentre as variáveis demográficas e clínicas das mães e pacientes avaliadas, houve associação com prejuízo na QVRS das mães segundo, sexo do paciente (feminino), realização do cateterismo e presença de doença crônica nas mães (p<0,05). A intensidade de sintomas depressivos correlacionou-se com todos os domínios e componentes do SF-36, sendo a variável que mais se associou com os escores do SF-36 (p<0,05). Concluiu-se que mães de crianças/adolescentes com MM apresentam prejuízo mental e principalmente físico na QVRS em comparação às mães de crianças/adolescentes saudáveis. O impacto foi semelhante entre os diferentes níveis de lesão ou padrões de deambulação. Poucas associações foram encontradas entre as outras variáveis demográficas e clínicas analisadas. / Mestre em Ciências da Saúde
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Desafios à inclusão de pessoas com deficiência: aspectos da trajetória escolar de crianças com lesão medular por mielomeningocele.Sousa, Nayara Alves de January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / O objetivo geral desse trabalho é descrever os aspectos da trajetória de escolarização de crianças com lesão medular por mielomeningocele segundo a percepção de seus pais e professoras. Esse objetivo desdobrou-se nos seguintes objetivos específicos: destacar as peculiaridades da deficiência física no que diz respeito ao encaminhamento para inclusão escolar /social, descrever suas tentativas de retorno/ingresso a escola e analisar as variáveis da ordem dos comportamentos das professoras e dos pais dos alunos. Para tanto, resgatou-se a história de vida de duas crianças a partir dos relatos orais de suas mães e professoras. Esta abordagem metodológica foi triangulada com observação participante e com aplicação de entrevistas semi-estruturadas. Desta forma, este estudo evidenciou o caráter problemático da inclusão escolar de crianças com deficiência física assim como possibilitou, do ponto de vista dos resultados, a identificação de alguns obstáculos que precisam ser transpostos para garantir a qualidade da inclusão, tais como: compreensão da mielomeningocele conceitualmente equivocada por parte das professoras e ausência da comunicação entre pais, professoras e profissionais da saúde, de modo que o turno da fisioterapia seja oposto ao da aula. Finalmente, essa pesquisa pretende colaborar com o desenvolvimento da Educação Inclusiva/ Educação Especial, o que representa uma iniciativa no sentido de mobilizar mais estudos que preencham a lacuna existente no tocante à investigação de um tipo específico de deficiência física. / Salvador
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Conhecimento de médicos e enfermeiros obstetras sobre a prevenção dos defeitos de fechamento do tubo neuralConceição, Ricardo Campelo da 17 December 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-12-17 / Os defeitos do fechamento do tubo neural (DFTN) figuram como a segunda maior causa de anomalias congênitas, e a sua incidência situa-se em torno de 1/1.000 nascidos vivos. Possui etiologia multifatorial, tendo na deficiência do ácido fólico seu principal fator de risco ambiental identificado. A suplementação de ácido fólico pré e pós-concepcional pode reduzir em até 70% o número de ocorrência e recorrência nos DFTN. O presente estudo tem o objetivo de avaliar o grau de conhecimento de médicos e enfermeiros obstetras sobre a prevenção dos DFTN. Foi realizado um estudo de natureza descritiva, do tipo transversal, em instituições públicas e privadas de saúde, maternidades e consultórios médicos da cidade de Juiz de Fora, MG, no período de dezembro de 2008 a junho de 2009. Participaram do estudo 118 voluntários (95 médicos obstetras e 23 enfermeiros obstetras), que responderam um questionário sem identificação, composto por 21 questões mistas, sobre a temática da prevenção dos DFTN. Foram analisadas as respostas em função das recomendações preconizadas pelo Ministério da Saúde em nosso país e das evidências científicas disponíveis. Verificou-se diferença entre as recomendações do Ministério da Saúde e o conhecimento baseado em evidências (p<0,001). Não foi encontrado nesse estudo, diferença entre o grau de conhecimento dos entrevistados quando comparado o nível de formação dos mesmos, o tempo que realizam atendimento pré-natal e entre as duas classes de profissionais avaliados. Houve diferença entre o grau de conhecimento relatado pelos profissionais e o grau de conhecimento avaliado pela pesquisa, baseado nas recomendações do Ministério da Saúde, e o que preconizam as evidências científicas (<0,001; p<0,001). Dos profissionais avaliados 94,1% relataram conhecer o papel do ácido fólico, embora apenas 11,9% afirmaram terem recebido capacitação sobre o assunto, e 64,2% relataram não saber ou erraram o período de início da suplementação do ácido fólico. Além disso, 68,6% responderam que a dose ideal deve ser de 5 mg/dia, e 68,6% também afirmaram que o período de suplementação deve ser o primeiro trimestre da gestação, conforme orientação do Ministério da Saúde. Os resultados
demonstraram claramente a necessidade de melhor capacitação dos profissionais na formação acadêmica e na pós-graduação, além da manutenção permanente de programas de atualização para os envolvidos no atendimento à mulher. / Neural tube defects (NTD) ranks as the second leading cause of congenital anomalies and its incidence is situated around 1/1000 live births. It has a multifactorial etiology and the lack of folic acid is the main identified environmental risk factor. Supplementation of folic acid pre-and post-conception can reduces by up to 70% the number of occurrence and recurrence of NTD. Our study aimed to evaluate the knowledge level of physicians and obstetric nurses on the use of folic acid in the prevention of neural tube defects. We conducted a cross-sectional descriptive study, in public and private health facilities, in the city of Juiz de Fora, MG, from December 2008 to June 2009. The study included 118 volunteers (95 obstetricians and 23 obstetric nurses) who answered an anonymous questionnaire composed of 21 questions about the folic acid use in the prevention of NTD. We analyzed the responses according to the recommendations issued by the Ministry of Health and available scientific evidence. We found no difference between the knowledge levels of respondents when comparing the level of their training, experience in prenatal care and between the two classes of professionals evaluated. There was a difference between the reported knowledge level and the knowledge assessed level, based on the recommendations of the Ministry of Health (MOH), and the scientific evidence (p <0.001, p <0.001), respectively. It was also noticed the difference between the level of knowledge based on the recommendations of the MOH and the level of knowledge based on scientific evidences (p <0.001). The great majority of the study population (94.1%) has reported know the role of folic acid, while only 11.9% said they received training on the subject, and 64.2% has reported not know or had a incorrect answered about the period of early supplementation of folic acid. In addition, 68.6% answered that the optimal dose should be 5 mg / day and 68.6% also said that the period of supplementation should be the first trimester of pregnancy, as directed by MOH. The results clearly demonstrated the need for better training for professionals in academic and during graduate school, as well as
ongoing maintenance of training programs for those involved in the women treatment.
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Sensibilização ao látex em pacientes com mielomeningocele na urologia do HC-FMUSP: prevalência e fatores associados / Latex sensitization in patients with myelomeningocele undergoing urological procedures: prevalence and associated factorsSoares, Iracy Silvia Corrêa 04 March 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A alergia ao látex é um importante problema de saúde pública, especialmente em grupos de risco que têm contato frequente com este potente alérgeno. Este estudo estimou a prevalência e os fatores de risco para sensibilização ao látex em pacientes com mielomeningocele (MMC) submetidos a procedimentos cirúrgicos urológicos no HC-FMUSP. MÉTODOS: Foram selecionados pacientes com MMC submetidos a pelo menos uma cirurgia urológica, entre 2009 e 2014.Todos foram entrevistados e seus prontuários revisados. Uma amostra de sangue permitiu que a IgE específica ao látex, a K82, e seus recombinantes fossem investigados pelo método lmmunoCAP100 (kUa/L -1). A associação entre a exposição e o desfecho foi avaliada por meio de regressão logística de Poisson, Quiquadrado ou o teste exato de Fischer, para variáveis categóricas. O teste t de Student foi utilizado para comparar variáveis contínuas (nível de significância de 5%). Foram calculados a razão de prevalência (RP) e o intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: Foram identificados Duzentos e doze pacientes (51% do sexo masculino, 20,4 ± 6,4 anos de idade), 68 foram submetidos a pelo menos um procedimento urológico e 51 aceitaram participar (87,9%). Vinte e nove pacientes foram considerados não-sensibilizados (IgE específica para o látex :: a 0,7 kUa/L) e 22 sensibilizados ao látex com IgE > 0,7 kUa/L. Quando comparados os dois grupos, o sensibilizado apresentou um número de procedimentos cirúrgicos maior (11,6 ± 5,9 vs 7,2 ± 5,6) e dentre eles 48,3% apresentaram alguma alergia anterior contra 27,6% no grupo não sensibilizado. A sensibilização ao látex foi independentemente associada com alergia a produtos de látex (p = 0,014) e com o número de cirurgias anteriores (p = 0,032). A alergia ao látex tinha uma razão de prevalência de 2,87 (95% Cl: 1,24 a 6,65) ajustado para o número de cirurgias. Para cada procedimento cirúrgico, ajustado à alergia a produtos que contém látex, aumentou o risco para sensibilização em 4% (PR = 1,04; 95% CI: 1,00-1,09). CONCLUSÕES: A história de alergia ao látex e o número de cirurgias foram fatores de risco independentes para sensibilização ao látex / BACKGROUND: Latex allergy is an important public health issue, particularly in well defined groups who have contact with this potent allergen. This study estimated the prevalence and risk factors of latex sensitization in patients with myelomeningocele (MMC) undergoing urologic surgical procedures. METHODS: Patients with MMC that underwent at least one urologic surgery between 2009 and 2014 were interviewed and their medical records reviewed. A blood sample allowed the latex-specific lgE and its recombinant allergens by lmmunoCAP100 (kUa/L -1) to be investigated. The association between exposure and outcome was assessed by Poisson regression logistics, Chi-square or Fisher\'s exact compared for categorical variables. Student\'s t test was used to compare continuous variables (level of significance at 5%). The prevalence ratio (PR) and 95% confidence interval were calculated. RESULTS: Two hundred and twelve patients were identified (51% male, 20.4 ± 6.4 years\' age), 68 had undergone urological procedures and 51 consented to participate (87.9%). Twenty-nine patients were considered non-sensitized (latex-specific lgE :: 0,7 kUa/L -:: 1) and 22 sensitized to latex with IgE > 0,7 kUa/L. The latter group had a higher number of cirurgical procedures (11.6 ± 5.9 vs 7.2 ± 5.6) and 48.3% referred some previous allergy when compared to the non-sensitized group (27.6%). Latex sensitization was independently associated with allergy to latex products (p = 0.014) and with the number of previous surgeries (p = 0.032). Latex allergy had a prevalence ratio of 2.87 (95% Cl: 1.24 to 6.65) adjusted to the to the number of surgeries. Each surgical procedure, adjusted to allergy to latex products, increased in 4% the risk for latex sensitization (PR = 1.04; 95% Cl: 1.00 to 1.09). CONCLUSIONS: The history of latex allergy and the number of surgeries were independent risk factors for sensitization to latex
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