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Síndrome dos ovários policísticos : aspectos nutricionaisToscani, Mariana Kirjner January 2009 (has links)
A Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS) é uma das doenças endocrinológicas mais comuns, afetando de 5-10% das mulheres em idade reprodutiva. Mulheres com PCOS, independentemente do peso corporal, têm predisposição à resistência insulínica (RI) e hiperinsulinemia, obesidade (predominantemente abdominal), alterações no perfil lipídico, além de um aumento na pressão arterial. O aumento de peso está associado com a piora dos sintomas associados à PCOS, enquanto que a redução melhora os sintomas e os perfis metabólico e endócrino. A relação entre consumo alimentar e PCOS ainda apresenta dados inconclusivos. Alguns estudos mostram que mulheres com PCOS apresentam menor consumo de carboidratos e fibras e maior consumo de gorduras e alimentos com elevado índice glicêmico. Em estudo comparando PCOS e controles pareados por IMC observamos, não haver diferença no valor calórico total e distribuição de macronutrientes comparando PCOS e controles. Entretanto, PCOS consumiam menor quantidade de proteína de elevado valor biológico, além de possuírem maior percentual de gordura corporal total, maior soma das dobras cutâneas do tronco e maior circunferência da cintura. Também encontramos menores níveis séricos da globulina carreadora dos hormônios sexuais e maiores valores de testosterona, índice de androgênios livres, glicose pós-prandial, insulina em jejum e pós-prandial, HOMA (Homeostasis Model Assessment), triglicerídeos, colesterol total e LDLcolesterol nessas pacientes. Assim, os resultados sugerem que pacientes com PCOS apresentam maior suscetibilidade à RI mas as preferências alimentares e a ingestão parecem não estar diretamente associadas com as anormalidades metabólicas em PCOS. Apesar da redução de peso ser benéfica no tratamento da PCOS, a definição de qual a composição mais adequada da dieta ainda é controversa. Há um aumento do interesse por dietas hiperproteicas no tratamento da PCOS, tendo sido observado em alguns estudos maior redução de peso e saciedade e melhora dos fatores de risco cardiometabólicos, perfil hormonal e função reprodutiva. Em nosso estudo, quando comparamos uma dieta hiperproteica versus normoproteica em PCOS e controles, ambos os grupos reduziram peso, índice de massa corporal, circunferência da cintura, percentual de gordura, soma das dobras cutâneas do tronco. Além disso, houve redução dos níveis de testosterona, independente da composição da dieta, pelo menos a curto prazo. Concluímos que a restrição calórica per se, parece estar mais relacionada com a melhora do perfil hormonal e da composição corporal do que a quantidade de proteína da dieta. Estudos de mais longo prazo e testando diferentes dietas são ainda necessários para definir o melhor manejo nutricional de pacientes com PCOS.
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Estudo de mutações pontuais de BRCA1, BRCA2, CHEK2 e TP53 em pacientes com alto risco para câncer de mama e ovário hereditárioFelix, Gabriela do Espirito Santo January 2014 (has links)
Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2014-05-22T11:53:53Z
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Gabriela do Espirito Santo Felix. Estudo...2014.pdf: 2020419 bytes, checksum: 9e1c45d01fa60a8783565057fa07fdc7 (MD5)
Previous issue date: 2014 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / INTRODUÇÃO: BRCA1, BRCA2, CHEK2 e TP53 são os principais genes supressores tumorais associados às síndromes de câncer de mama e ovário hereditário (HBOC) e Li-Fraumeni (LFS/LFL). Em cânceres hereditários, a frequência de mutações em genes de baixa penetrância, como CHEK2, está entre 1-10%, entretanto nos genes de alta penetrância, como BRCA1/2 e TP53, a frequência é <1%. Até o momento, estudos feitos no Brasil apenas descreveram apenas o perfil de susceptibilidade genética de populações das regiões sul/sudeste.
OBJETIVO: Analisar a ancestralidade e oito mutações dos genes BRCA1, BRCA2, CHEK2 e TP53 em 102 pacientes com alto risco para HBOC do Nordeste do Brasil.
MÉTODO: O DNA genômico foi extraído de sangue periférico. Todas as pacientes foram testadas para as seguintes mutações: BRCA1 (c.211A>G, c.66_67delAG e c.5266dupC), BRCA2 (c.5946_5946delT), CHEK2 (c.1100delC, c.444+1G>A e c.470T>C) e TP53 (c.1010G>A) por AS-PCR, PCR/RFLP ou sequenciamento. Um painel de nove AIMs (APO, AT3-I/D, CKMM, FY-NULL, GC*1S, GC*1F, LPL, PV92 e SB19.3) também foi utilizado para verificar a ancestralidade genética das pacientes. Todas pacientes assinaram o termo de consentimento. Os dados clínicos e epidemiológicos foram obtidos durante o aconselhamento genético ou nos prontuários médicos.
RESULTADO: A idade média ao diagnóstico foi 43,08 anos (±10,85). A neoplasia mais frequente foi o câncer de mama (91,2%), seguido do câncer de ovário (4,9%) e de ambos os cânceres (3,9%). Entre os casos de câncer de mama o tipo histológico mais frequente foi o carcinoma ductal infiltrante (70,1%), contudo entre os casos de câncer de ovário foi o carcinoma seroso (77,8%). Observou-se elevada contribuição europeia (62,2%), provavelmente devido ao fato da maioria ser natural do interior da Bahia (52%). A maioria das pacientes apresentava história familiar de câncer (83,3%). Duas mutações foram encontradas: BRCA1*c.211A>G (2,94%) e TP53*c.1010G>A (0,98%). Todas as pacientes com mutação tiveram tumores agressivos e história familiar sugestiva de HBOC. Não houve diferença entre as pacientes com e sem mutação para uso de anticoncepcional, paridade, idade da menarca e idade ao diagnóstico.
CONCLUSÕES: As mutações BRCA1*c.211A>G e TP53*c.1010G>A devem ser incluídas nos painéis de triagem mutacional usados em pacientes de alto risco para HBOC da Bahia. / INTRODUCTION: BRCA1, BRCA2, CHEK2 and TP53 are the mainly tumor suppressor genes associated with Hereditary Breast and Ovarian Cancer (HBOC) and Li-Fraumeni (LFS/LFL) syndromes. In hereditary cancers the frequency of mutations in susceptibility genes of low penetrance like CHEK2 is 1-10%, while in genes of high penetrance as BRCA1/2 and TP53 is <1%. Until now, the studies done in Brazil only described the susceptibility profile of populations from the south/southeast regions.
OBJECTIVE: To analyze the ancestry and eight mutations of BRCA1, BRCA2, CHEK2 and TP53 genes in 102 patients at high-risk for HBOC from the Northeast of Brazil.
METHOD: The genomic DNA was extracted from the peripheral blood. All patients were tested for the next mutations: BRCA1 (c.211A>G, c.66_67delAG and c.5266dupC), BRCA2 (c.5946_5946delT), CHEK2 (c.1100delC, c.444+1G>A and c.470T>C) and TP53 (c.1010G>A) by AS-PCR, PCR/RFLP or sequencing. A panel of nine AIMs (APO, AT3-I/D, CKMM, FY-NULL, GC*1S, GC*1F, LPL, PV92 and SB19.3) was also used to verify the genetic ancestry. All subjects signed the informed consent. The clinical and epidemiologic data were obtained during the genetic counseling or in the medical records.
RESULTS: The mean age at diagnostic was 43.08 yrs (±10.85). The most frequent neoplasia was breast cancer (91.2%), followed by ovarian cancer (4.9%) and both cancers (3.9%). Among the breast cancer cases the most common histological type was the invasive ductal carcinoma (70.1%), while among the ovarian cancer cases was the serous carcinoma (77.8%). The study population showed a higher European ancestry contribution (62.2%), probably because most subjects were from the countryside of Bahia (52%). Most of the patients had familial history of cancer (83.3%). Two mutations were found: BRCA1*c.211A>G (2.94%) and TP53*c.1010G>A (0.98%). All patients with mutations had aggressive tumors and family history suggestive of HBOC. No differences were observed between patients with and without mutation for the use of oral contraceptive, parity, and age of menarche and diagnostic.
CONCLUSION: The BRCA1*c.211A>G and TP53*c.1010G>A mutations should be included in mutational screening panel used in high-risk patients for HBOC from Bahia.
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Resposta do GH ao teste de estimulação com clonidina em pacientes com a síndrome dos ovários policísticosComim, Fabio Vasconcellos January 2003 (has links)
Resumo não disponível.
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Expressão da heparanase no epitélio ovariano normal e no de neoplasias benigna e maligna do ovário / Expression of heparanase in normal. benign and malignant ovarian neoplasmsMoura Junior, Joel Pereira de [UNIFESP] January 2007 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2007 / Introdução: Durante a progressão da neoplasia maligna, as células tumorais desenvolvem a habilidade de invadir 0 tecido normal adjacente e de formar novos focos à distância. Recentemente, pesquisas tem destacado as alterações que ocorrem no ambiente entre a célula e a matriz extracelular durante 0 processo de expansão neoplásica. A enzima heparanase-1 possui a capacidade de degradar 0 heparam sulfato, um importante polissacarídeo que participa da estrutura da matriz extracelular e da membrana basal. Diversos artigos associam 0 aumento de sua expressão ao potencial invasor, angiogênico e metastático de diversos tumores malignos. A heparanase-2, provavelmente, esta relacionada com a perda da adesividade celular. Objetivo: Associar novos conhecimentos a respeito desta isoforma poderá ser útil para esclarecer as inúmeras mudanças que ocorrem nas neoplasias. Métodos: Analisamos 75 espécimes de ovários de pacientes atendidas no Departamento de Ginecologia da Unifesp-EPM. Selecionamos 23 (30,66%) pacientes com neoplasia ovariana epitelial maligna; destas, cinco tinham neoplasia restrita aos ovários - estádios IA e 1B (FIGO) e 17 tinham neoplasia nos estádios IC ou superior. Outras 35 mulheres (46,66%) apresentavam neoplasia ovariana epitelial benigna e as 17 (22,66%) restantes, tinham 0 diagnóstico histológico de ovário não neoplásico. Utilizamos duas técnicas metodológicas para avaliar a imunoexpressão da heparanase¬2. A primeira, obedecendo ao critério qualitativo de positivo ou negativo em relação a expressão da enzima e, a segunda, realizando, nas mesmas laminas, quantificação computadorizada desta expressão. Resultados: Na análise quantitativa, encontramos índice de positividade (IP) de expressão de heparanase-2 de 72,24% e 87,34% nas amostras de neoplasias benigna e maligna, respectivamente. Nelas, a intensidade de expressão e 0 índice de expressão foram de, respectivamente, 147,24 e 121,29 para as neoplasias benignas e de 134,15 e 118,01 para as neoplasias malignas. Qualitativamente, a expressão da heparanase-2 foi de intensidade forte ou moderada em 44,2% dos tumores benignos e 78,2% dos malignos. Todas as amostras não neoplásicas foram negativas para a expressão da enzima, com exceção de uma amostra em que a análise qualitativa foi fracamente positiva. Conclusões: Pudemos observar a importância desta enzima na expansão tumoral, devido a evidente diferença entre os grupos de neoplasias comparados com 0 grupo de amostras de tecido ovariano não neoplásico. Entretanto, não verificamos variação significativa entre as neoplasias quanta à presença e intensidade de reação imunohistoquímica entre a neoplasia benigna e maligna, nas duas técnicas de análise.. / Introduction: During the progression of malignant neoplasia, the tumor cells develop the
ability to invade the adjacent normal tissue and form new foci at a distance. Recently,
studies have highlighted the changes that take place in the environment between the
cell and the extracellular matrix during the process of neoplastic expansion.
The enzyme heparanase-1 has the capacity to degrade heparan sulfate, which is an
important polysaccharide that participates in the structure of the extracellular matrix and
the basal membrane. Several papers have made an association between increased
expression of this enzyme and the invasive, angiogenic and metastatic potential of
various malignant tumors. Heparanase-2 is probably related to loss of cell adhesion.
Objective: Making associations with new knowledge on this isoform may be useful for
explaining the large number of changes that occur in neoplasia.
Methods: We analyzed 75 ovary specimens from patients attended at the Department of
Gynecology of Unifesp-EPM. We selected 23 patients (30.66%) with malignant epithelial
ovarian neoplasia. Of these, five had neoplasia that was restricted to the ovaries, in
FIGO stages IA and IB, and 17 had neoplasia in stages IC or higher. Another 35 women
(46.66%) presented benign epithelial ovarian neoplasia and the histological diagnosis
for the remaining 17 (22.66%) was that their ovaries were not neoplastic.
We used two methodological techniques for evaluating the immunoexpression of
heparanase-2. The first followed the qualitative criterion of positive or negative in
relation to expression of the enzyme, and the second involved computerized
quantification of this expression, performed on the same slides.
Results: In the quantitative analysis, we found positivity indices for heparanase-2
expression of 72.24% and 87.34% in the samples of benign and malignant neoplasias,
respectively. In these, the intensity of expression and the express index were,
respectively, 147.24 and 121.29 for the benign neoplasias and 134.15 and 118.01 for the
malignant neoplasias. Qualitatively, the expression of heparanase-2 was strong or moderate in
intensity in 44.2% of the benign tumors and 78.2% of the malignant tumors. All the nonneoplastic
samples were negative for the expression of this enzyme, with the exception of one
sample in which the qualitative analysis was weakly positive.
Conclusions: We were able to observe the importance of this enzyme in tumor
expansion because of the evident difference between the neoplastic groups and the
non-neoplastic group of ovarian tissue samples. However, we did not find any significant
variation among the neoplasias with regard to the presence and intensity of the
immunohistochemical reaction, between benign and malignant neoplasia, for either of
the analysis techniques. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Análise imuno-histoquímica da via WNT em neoplasias epiteliais ovarianas e ovários normais / Immuno-histochemical analysis of the WNT pathway in epithelial ovarian tumors and normal ovariesBadiglian Filho, Levon [UNIFESP] 27 February 2009 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2009-02-27. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:25:42Z : No. of bitstreams: 1
Publico-094.pdf: 903461 bytes, checksum: edf5b6e40862ad70fc99b723417b0669 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Objetivo: Analisar as vias canônica e não-canônicas da família Wnt no ovário normal e na neoplasia benigna e maligna do ovário. Métodos: Obtiveram-se tecidos ovarianos no período entre 1993 e 2004. As pacientes foram divididas em três grupos: Grupo A, neoplasia ovariana epitelial maligna (N = 38); Grupo B, neoplasia ovariana epitelial benigna (N = 28) e Grupo C, ovários normais (N = 26). A imunoexpressão para Wnt1, Frizzled-1 (FZD1), Wnt5a, Frizzled-5 (FZD5) e Betacatenina foi avaliada em cada grupo. Resultados: A proporção de pacientes Wnt1-positivas no grupo A (29,4%) foi significantemente maior do que nos grupos B (4,3%) e C (9,1%) (p = 0,020). A proporção de mulheres FZD1-positivas no grupo C (54,5%) foi significantemente menor do que nos grupos A (97,1%) e B (90,0%) (p < 0,001). A proporção de pacientes wnt5apositivas foi significantemente maior no grupo A (80,0%) comparado aos grupos B (25,0%) e C (27,3%) (p<0,001). A proporção de pacientes Beta-catenina-positivas no grupo C (95,8%) foi significantemente maior do que no grupo B (52,4%) (p = 0,004). A comparação nas curvas de sobrevida no grupo A relacionada à expressão de Wnt5a mostrou diferença significante entre as pacientes positivas e negativas, sendo que as pacientes Wnt5a-positivas apresentaram resultados piores (p=0,050). Conclusão: Os achados demonstram que as vias relacionadas ao Wnt5a têm papel relevante na neoplasia ovariana maligna. Outrossim, a imunoexpressão do Wnt5a revelou ser marcador de mau prognóstico para câncer de ovário. / Objectives: To analize the canonical and noncanonical Wnt pathway in normal ovary, benign ovarian tumor and ovarian cancer. Methods: Ovarian specimens were obtained from surgeries performed between 1993 and 2004. The patients were divided in three groups: Group A, epithelial ovarian cancer (N = 38); Group B, benign epithelial neoplasia (N = 27) and Group C, normal ovaries (N = 26). Immunoreactivity for Wnt1, FZD1, Wnt5a, FZD5 and -catenin was scored for each group. Results: The proportion of Wnt1 positive women at the group A (29.4%) was significantly higher than the group B (4.3%) and C (9.1%) (p = 0.020). The proportion of FZD1 positive patients in group C (54.5%) was significantly lower than the group A (97.1%) and B (90.0%) (p < 0.001). The proportion of Wnt5a positive women was significantly higher for group A (80.0%) compared to the group B (25.0%) and C (27.3%) (p<0.001). The proportion of ß-catenin positive patients in the group C (95.8%) was significantly higher than the group B (52.4%) (p = 0.004). Comparison of the survival curves in group A according to Wnt5a expression showed a significant difference between positive and negative patients, whereas the Wnt5a positive women showed worse results (p=0.050). Conclusion: Our findings suggest that the pathways related to Wnt5a have an important role in ovarian malignant neoplasia. Furthermore, Wnt5a was found to be a predictor of poor prognosis for ovarian cancer. / FAPESP: 06/51401-1 / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Efeito do precondicionamento isquêmico remoto no transplante autólogo de ovário fresco e criopreservado em ratas / Effect of remote ischemic preconditioning in fresh and cryopreserved ovarian autograft ratsDamous, Luciana Lamarão [UNIFESP] 28 January 2009 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2009-01-28 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Objetivo: Avaliar o efeito do precondicionamento isquêmico remoto (PCI-R) no transplante autólogo de ovário fresco e criopreservado em ratas. Métodos: Foram utilizadas 97 ratas Wistar EPM-1, adultas jovens, distribuídas em três Séries de estudo: Série 1: Determinar do melhor tempo de PCI-R; Série 2: Avaliar a repercussão precoce e tardia do PCI-R no transplante ovariano (após 4, 7, 14 e 21 dias); e, Série 3: Comparar o efeito do PCI-R no transplante ovariano a fresco e criopreservado, após 30 dias. Foram avaliados esfregaços vaginais, dosagem sérica de estradiol, morfologia, morfometria, estudo da neoangiogênese pelo VEGF, da atividade proliferativa pelo ki- 67 e apoptose pela caspase-3. O PCI-R foi realizado na artéria ilíaca comum. O tecido ovariano autólogo foi implantado íntegro e sem anastomose vascular em retroperitônio, fixado por meio de um ponto com fio inabsorvível. A eutanásia foi realizada por meio de dose letal dos anestésicos utilizados após coleta dos materiais para análise. Resultados: O melhor tempo estabelecido para o PCI-R foi de 15 minutos, em que houve preservação de maior número de folículos ovarianos viáveis, altas taxas de proliferação celular e neoangiogênese. Os animais transplantados apresentaram maior número de folículos ovarianos e de corpos lúteos do que os grupos ooforectomizados. O PCI-R interferiu na preservação folicular em longo prazo, induzindo maior resistência nos períodos mais tardios de avaliação. Após 30 dias de transplante, o PCI-R promoveu aumento dos folículos ovarianos totais (imaturos e maduros) e de corpos lúteos funcionantes, com tendência a aumento da vascularização, da atividade proliferativa e menor atividade apoptótica em fases tardias de avaliação. Todos os grupos transplantados apresentaram níveis hormonais mais elevados do que o grupo controle. O PCI-R promoveu retorno mais precoce da atividade ovariana e aumentou o número de ciclos no transplante a fresco enquanto que no criopreservado não houve interferência. Conclusões: O PCI-R de 15 minutos apresentou um efeito benéfico sobre o tecido ovariano transplantado, inclusive no restabelecimento funcional, com efeito maior nas fases mais tardias pós-transplante. O 14º dia foi um marco na recuperação do enxerto, a partir do qual o processo de recuperação se estabilizou. O PCI-R apresentou melhor efeito sobre o tecido transplantado a fresco enquanto que no criopreservado a evolução foi boa, independentemente do PCI-R. / Objective: To evaluate remote ischemic preconditioning effect (PCI-R) in autologous fresh ovarian transplant and cryopreserved transplant in female rats. Methods: 97 young female Wistar EPM-1 rats were used in the experiment. They were divided in three study groups: Group 1: To determine the best PCI-R timing; Group 2: To evaluate the precocious and late repercussion of PCI-R in ovarian transplants (after 4, 7, 14, and 21 days); Group 3: To compare PCI-R effect in fresh and cryopreserved ovarian transplant, after 30 days. Vaginal smears, estradiol serum dosage, morphology, morphometry, neoangiogenesis by VEGF, proliferative activity by-ki-67 and apoptosis by caspasis-3 were evaluated. PCI-R was performed in the common iliac artery. Autologous ovarian tissue was implanted integrally without vascular anastomosis in the retro peritoneum, fixed with a non- absorbable stitch. Euthanasia was performed with a lethal dose of anesthetics used after material collection for analysis. Results: The best established PCI-R timing was 15 minutes when there was preservation of a greater number of viable ovarian follicles, high rate of cellular proliferation and neoangiogenesis. The animals that received transplants presented a larger number of viable ovarian follicles and corpora lutea than the ooforectomized groups. PCI-R interfered with follicular preservation at long term, inducing greater resistance in the late evaluation periods. After 30 days of the transplant, PCI-R caused an increase in the total ovarian follicles (mature and immature) and in the functioning of corpora lutea, with a tendency to increase vascularity, proliferative activity and less apoptotic activity in the late periods of evaluation. All transplanted groups presented higher hormonal levels than the control group. PCI-R caused precocious ovarian activity and increased the number of cycles in fresh transplants while in the cryopreserved transplants there was no interference. Conclusions: The 15 minute PCI-R presented a benefic effect on the transplanted ovarian tissue, inclusive in functional recovery, with a greater effect in the late post-transplant phases. The 14th day was a landmark in graft recovery and, from then on, the process of recovery was stabilized. PCI-R presented a better effect on the fresh transplanted tissue while in the cryopreserved transplant the evolution was good, independently of PCI-R. / FAPESP: 2007/00107-9 / FAPESP: 2007/00394-8 / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Diagnóstico etiológico do hirsutismoOppermann, Karen January 1992 (has links)
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de se identificar e caracterizar a população de hir s utismo do nosso meio. Para este mulheres fim, foi investigada uma amostra de pacientes com esta queixa. O hirsutismo pode ser uma queixa freqüente, principalmente em regiões de colonização mediterrânea, sendo esta uma característica do nosso local de trabalho (RS). O hir s utismo pode estar relacio nado a graus variados de hiper androgenismo, e manifestar-se como queixa isolada, ou como parte de um quadro clínico mais florido. Quanto a sua etiologia, pode ser decorrente de um processo neoplásico e/ou por uma disfunção ovariana ou adrenal, ou mesmo por uma hiperutilização androgênica pelo folículo piloso. Partindo-se destes conceitos iniciais, formulou-s e um protocolo de pesqu isa para caracte ri zar e definir o diagnóstico etiológico em uma amostra de mulheres hirsutas. Esta pesquisa iniciou em maio/89, em um grupo de pacientes que procuraram espontãneamente a Unidade de Endocrinolog ia Ginecológica do Serviço de Endocrinilogia do HCPA, com esta queixa . Foram analisados dados clínicos e laboratoriais de 58 mulheres hirsutas e comparados aos resultados de um grupo controle. Os exames hormonais foram processados por RIE, no laboratório de radioimunoensaio do HCPA . Os resul tados foram anal isados estatisticamente através do teste "T" de Student ou ANOVA, e da análise discriminante nesta amostra de hirsutas e de mulheres controle. Com a avaliação dos dados coletados pode-se caracteri zar a amostra de mulheres hirsutas em mulheres com hirsutisrno por disfunção ovariana (ciclos menstruais disfuncionais, níveis de andrógenos elevados, níveis normais de 170HP), separadas em ovários policísticos tipo I ou tipo II (PCOI ou II) conforme a resposta do LH ao LHRH, mulheres tardio elevados), com hiperplasia adrenal congênita níveis de 170HP basais e/ou de início estimulados e mu lheres com hirsutismo idiopático (ciclos menstruais regulares e ovulatórios e exames hormo nais no rmais). Não foi detectado nenhum caso de hirsutismo de origem tumoral . A amostra geral de hirsutas caracterizo use por terníveis mais elevados de a ndr ógenos quando comparados ao grupo controle, por ter uma média de IMC > 25kg/m2 e por ter ciclos disfuncionais em 59% dos casos. Através deste estudo, pode-se identifi car os diferent es grupos e tiológicos conforme a seguin te class ificação: hirsutismo por hiperplasia adrenal congênita de início tardio em 8, 9% dos casos, por PCO tipo! em 30,3%, por PCO tipo II em 12, 5% e hirsutismo idiopático em 48 ,2% dos casos.
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Síndrome dos ovários policísticos e fatores de risco cardiovascularWiltgen, Denusa January 2009 (has links)
A Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS) é a endocrinopatia mais prevalente em mulheres em idade reprodutiva cuja as principais características clínicas são hiperandrogenismo e anovulação crônica. Apesar de jovens, as pacientes com PCOS apresentam freqüência elevada de alterações metabólicas como resistência insulínica, dislipidemia e maior risco para desenvolver diabete tipo 2. Evidências indicam uma maior prevalência de fatores de risco cardiovascular em pacientes com a Síndrome dos Ovários Policísticos, sugerindo uma maior chance de desenvolvimento prematuro de aterosclerose e, possivelmente, doença cardiovascular estabelecida. Contudo a associação entre PCOS e eventos cardiovasculares primários, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, ainda precisa ser confirmada. Os estudos publicados até o momento apresentam limitações metodológicas e resultados controversos. Novos estudos prospectivos são portanto necessários, com maior tempo de seguimento e delineados a partir de uma definição clara dos critérios diagnósticos de PCOS. Isto possibilitará uma melhor caracterização dos riscos associados à síndrome. A presença de resistência insulínica, independente do peso corporal parece ser o ponto central das alterações metabólicas encontradas nas pacientes com PCOS. A identificação da presença de resistência insulínica é importante pois o tratamento pode ser melhor individualizado Neste sentido, achados clínicos sugestivos de resistência insulínica, como acantose nigricans, hipertensão, bem como alterações no perfil lipídico devem ser valorizados. . Neste trabalho buscou-se avaliar a acurácia do índice LAP – lipid accumulation product -[cintura(cm) -58] x [triglicerídeos (mg/dl) x 0,01536], na identificação de pacientes PCOS em maior risco metabólico e cardiovascular, por estar associado à presença resistência insulínica. Observou-se uma correlação forte e positiva entre o índice HOMA e índice LAP. O valor de LAP 34,5 determinou sensibilidade de 84% e especificidade de 79% para identificar pacientes em maior risco metabólico. Esses resultados sugerem que o índice LAP pode ser uma ferramenta útil na identificação de pacientes PCOS com resistência insulínica e maior risco cardiovascular. Tendo em vista os critérios atuais para o diagnóstico da Síndrome dos Ovários Policísticos, com a recente valorização da aparência policística do ovário (PCO), novos fenótipos surgiram, em especial, aqueles associados com ovulação. No presente estudo, foram comparadas pacientes com PCOS típico, constituído por anovulação, hirsutismo e excesso de androgênios, e outros dois grupos de pacientes ovulatórias, um com hirsutismo e PCO e outro hirsutismo isolado. Foi incluído também um grupo controle de mulheres ovulatórias e não hirsutas. Verificou-se que o grupo de pacientes com PCOS típico apresentou alterações metabólicas e maior prevalência de fatores de risco CV do que os outros grupos, mesmo quando os dados foram ajustados pelo IMC, enquanto que as pacientes ovulatórias com hirsutismo e PCO não diferiram daquelas com hirsutismo isolado. Estes resultados sugerem que na ausência de anovulação e androgênios aumentados o risco metabólico e cardiovascular pode não diferir de mulheres normais.
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Avaliação de polimorfismos em genes relacionados à obesidade e diabetes em mulheres com a síndrome dos ovários policísticos e associação com variáveis metabólicas e hormonàisRamos, Ramon Bossardi January 2014 (has links)
A síndrome dos ovários policísticos (PCOS) representa uma das endocrinopatias mais frequentes em mulheres em idade reprodutiva, cujas principais características clínicas são anovulação crônica e manifestações de hiperandrogenismo. Em conjunto com os distúrbios reprodutivos, as pacientes com PCOS apresentam, frequentemente, obesidade e resistência insulínica (RI). Além disso, mulheres com PCOS apresentam maior risco para diabetes tipo 2, dislipidemia e hipertensão arterial e a presença da obesidade pode exacerbar os distúrbios metabólicos associados com a síndrome. A patogênese da PCOS está ligada a maior susceptibilidade ambiental bem como fatores genéticos e esses fatores podem influenciar a apresentação clínica da doença. Variantes genéticas, como polimorfismos de troca de um único nucleotídeo (SNP) vem sendo associadas com alterações metabólicas e clínicas. SNPs no gene TCF7L2 já foram descritos associados ao DM2 2 e RI. Estudos até o presente momento apresentam resultados controversos em relação a variáveis metabólicas e sua associação com os SNPs deste gene em pacientes com PCOS. Outros genes também vem sendo estudados e sabendo que a resistência à insulina e obesidade são característica frequentes de pacientes com a PCOS, o gene FTO surgiu como um possível locus a ser estudado, já que diversos estudos mostram uma associação com esses fatores em outras populações. Até o presente momento estudos mostram dados controversos, possivelmente associados a diferenças entre etnias. Além disso, estudos em uma população latino americana de mulheres com PCOS ainda não foram relatados na literatura. No presente estudo, observamos que os polimorfismos do gene do TCF7L2 rs7903146 e rs11196236 bem como seus haplótipos, não estão associados com a PCOS, mas que a paciente ser portadora de pelo menos um alelo de risco mostra uma variação positiva de 5,87 cm na cintura, 10,7 mg/dl no colesterol total e 10,3mg/dL no LDL-c. Além disso, para verificar a associação do polimorfismo rs7903146 com PCOS realizamos um meta análise, incluindo 1892 mulheres com PCOS e 2695 controles. Os resultados sugerem que o polimorfismo no gene do TCF7L2 não está associado com o risco aumentando de desenvolver PCOS em difefentes etnias (Asiáticas e não Asiáticas). No que se refere ao gene do FTO, os polimorfismos estudados também não foram associados com PCOS, mas os resultados mostram um aumento nos níveis de glicose nas pacientes que possuíam pelo menos um alelo de risco tanto para o polimorfismo rs9939609 quanto para o rs8050136. Estes resultados em conjunto sugerem que a PCOS por ser uma doença multifatorial e multigênica é difícil encontrar um único SNP responsável pelo fenótipo completo da PCOS, mas os estudos de associação em diferentes genes podem contribuir com o melhor entendimento dos diferentes fenótipos, principalmente nas características metabólicas destas pacientes. / The polycystic ovary syndrome (PCOS) is one of the most common endocrine disorders in reproductive age women, whose main clinical features are chronic anovulation and hyperandrogenism. Together with reproductive disorders, patients with PCOS frequently have obesity and insulin resistance (IR). In addition, women with PCOS have a higher risk for type 2 diabetes, dyslipidemia and hypertension and the presence of obesity may exacerbate the metabolic disturbances associated to the syndrome. The pathogenesis of PCOS is linked to greater environmental susceptibility and genetic factors and these aspects may influence the clinical presentation of the disease. Genetic variants as single nucleotide polymorphisms (SNPs) have been associated to metabolic and clinical changes. SNPs in the TCF7L2 gene have been described in association with DM2 2 and IR. Studies to date are controversial in relation to metabolic variables and their association with the SNPs of this gene in patients with PCOS. Other genes have also been studied and knowing that insulin resistance and obesity are common characteristic in patients with PCOS, the FTO gene has emerged as a possible locus to be studied. Several studies show an association with these factors in other populations. So far studies show controversial data, possibly associated to differences among ethnic groups. In addition, studies in a Latin American women population with PCOS have not been reported in the literature. We have found out that the gene TCF7L2, polymorphisms rs7903146 and rs11196236 and their haplotypes show no differences between genotypes and haplotypes for clinical and metabolic variables. However, for each T (rs7903146) and T (rs11196236) allele added to the haplotypes, a variation of 5.87 cm in waist (P trend=0.01), 10.7 mg/dl in total cholesterol (P trend=0.03), and 10.3 mg/dl in LDL-C (P trend=0.01) was recorded. Also, to verify the association of rs7903146 polymorphism with PCOS we conducted a metaanalysis including 1892 women with PCOS and 2695 controls. The results suggest that polymorphism in the gene TCF7L2 is not associated to the increased risk of developing PCOS in different ethnicities (Asian and non- Asian). As regards the FTO gene, the studied polymorphisms were not associated to PCOS, but the results show an increase in glucose levels in patients who had at least one risk allele for the polymorphism rs8050136 and rs9939609. These results together, suggest that PCOS being a multifactorial and multigenic disease is difficult to find a single SNP responsible for the complete phenotype of PCOS, but association studies in different genes can contribute to a better understanding of the different phenotypes, especially in metabolic characteristics of these patients.
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Polimorfismos do gene da adiponectina e variáveis clínicas, metabólicas e hormonais em mulheres com ou sem a síndrome dos ovários policísticos (PCOS) e investigação de um modelo animal para o estudo da PCOSBagatini, Simone Radavelli January 2010 (has links)
A Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS) é uma endocrinopatia freqüente em mulheres em idade reprodutiva, sendo caracterizada por uma variedade de manifestações clínicas, incluindo resistência à insulina (RI). A adiponectina está associada com a sensibilidade à insulina e as variantes do gene desta adipocina podem estar envolvidas com aspectos fisiopatológicos da RI. No estudo 1, o objetivo foi verificar possíveis associações entre polimorfismos de nucleotídeos únicos (SNPs) do gene da adiponectina (SNPs G276T, T45G, C11377G e G11391A) e a composição corporal, presença de comorbidades relacionadas à obesidade, bem como perfil hormonal e metabólico, em 80 mulheres com PCOS e 37 controles da região sul do Brasil. A análise genotípica foi avaliada por PCR convencional e digestão enzimática para os SNPs T45G e G276T, localizados no éxon 2 e íntron 2, respectivamente, e PCR em tempo real para os SNPs da região promotora, C11377G e G11391A. As pacientes com PCOS eram mais jovens do que as participantes do grupo controle (21,30 ± 6,01 e 29,86 ± 5,15 anos, p=0,0001). Pressão arterial sistólica e diastólica (p<0,03), escore de Ferriman para hirsutismo (p=0,0001) e relação cintura/quadril (p=0,002) foram mais elevados nas mulheres com PCOS, bem como triglicerídeos, colesterol total e LDLc comparado às controles (p<0,02). Os níveis de insulina em jejum, HOMA, testosterona e IAL foram também significativamente maiores em mulheres com PCOS e a concentração de SHBG mostrou-se significativamente menor do que nas controles (p=0,0001). A freqüência dos genótipos do SNP G276T para mulheres com PCOS foi de 52,6% G/G, 33,3% G/T, 14,1% T/T e para controles foi de 27% G/G, 62,2% G/T, 10,8% T/T. Para o SNP T45G a freqüência dos genótipos T/T, T/G e G/G foi de 79,5%, 17,9% e 2,6%, respectivamente, em mulheres com PCOS, e de 62,2%, 37,8% e 0%, respectivamente, nas controles. Ambos os SNPs foram associados à PCOS, sendo o genótipo polimórfico G/T+T/T do SNP G276T menos freqüente em mulheres com PCOS (p=0,010; Odds ratio: 2,992; 95% Intervalo de Confiança: 1,278-7,006) comparado a controles, enquanto que para o SNP T45G o genótipo selvagem mostrou-se mais freqüente em mulheres com PCOS (p=0,048). Na amostra estudada as freqüências dos SNPs foram similares às freqüências observadas em outras populações. Em relação aos polimorfismos da região promotora, para o SNP C11377G a freqüência genotípica foi de 52,2% para C/C, 36,2% para C/G e 11,6% para G/G em pacientes com PCOS, e em controles foi de 64,9% para C/C, 32,4 para C/G e 2,7% para G/G. A freqüência dos genótipos do SNP G11391A foi G/G 89%, G/A 9,6% e A/A 1,4% em mulheres com PCOS; e G/G 75,7%, G/A 24,3% e A/A 0% em mulheres sem a síndrome. Foram consideradas alterações polimórficas a presença de genótipos C/G+G/G para o SNP C11377G e o genótipo C/C como ausência de polimorfismo. Para o SNP G11391A considerou-se G/A+A/A a presença de polimorfismo e G/G a ausência de alteração polimórfica. Todos os SNPs estão em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Os SNPs da região promotora do gene da adiponectina não mostraram associação com a PCOS, e não houve diferença estatisticamente significativa entre os genótipos nas variáveis clínicas, antropométricas, metabólicas e hormonais em ambos os grupos. Para o estudo 2, foi utilizada uma linhagem de camundongos obesos Neo-Zelandeses (New Zealand Obese mouse ou NZO mouse), modelo poligênico de obesidade, RI e hiperinsulinemia. As fêmeas apresentam também fertilidade reduzida. Por apresentarem características similares às observadas em pacientes com PCOS, estabeleceu-se a hipótese que estes camundongos poderiam ser um modelo promissor para o estudo da síndrome, que pudesse expressar tanto as características reprodutivas quanto metabólicas da PCOS. Os objetivos deste estudo foram caracterizar as alterações metabólicas relacionadas com resistência insulínica, os aspectos morfológicos da estrutura ovariana e os níveis de hormônios reprodutivos em fêmeas de camundongos obesos, em três diferentes etapas da vida: jovens, adultos e de meia idade, e em animais controles. As fêmeas de camundongos foram pesadas e submetidas ao teste de tolerância à insulina, e à coleta de sangue para dosagens hormonais. Os ovários foram removidos para a análise histológica. Como esperado, as fêmeas NZO apresentaram maior peso corporal (p=0,001), aumento dos níveis de glicose (p=0,007) e insulina (p=0,001) basais, bem como RI, comparado a controles. Nas NZO observou-se também um aumento no volume ovariano, menor número de corpus lúteos e número mais elevados de folículos totais (p=0,0001), representados principalmente por folículos atrésicos (p=0,03), e associados com níveis diminuídos de LH e aumentados de Estradiol, em relação as controle. Concluímos que fêmeas de camundongos obesos apresentaram ambas as características, ovariana e metabólica da PCOS humana, sugerindo ser um modelo adequado na investigação de mecanismos patofisiológicos ligados a alterações metabólicas com anormalidades reprodutivas. / Polycystic ovary syndrome (PCOS) is the most common endocrine disorder in women of reproductive age. It is characterized by many clinic manifestations, including insulin resistance (IR). Adiponectin is associated to insulin sensitivity and adiponectin polymorphisms might be related to pathophysiological aspects of IR in PCOS. In study 1, we aimed to verify the association between Single Nucleotide Polymorphisms (SNPs) of the adiponectin gene (SNPs G276T, T45G, C11377G and G11391A) and the body composition, obesity-associated comorbities and the hormonal and clinical profile, in 80 women with PCOS and 37 controls from south of Brazil. Genotypic analyses were evaluated by Conventional PCR and Cleavage for the G276T and T45G polimorphisms and Real Time PCR for the SNPs C11377G and G11391A. PCOS patients were younger than controls (21.30 ± 6.01 and 29.86 ± 5.15 years old, p=0.0001). Systolic and diastolic blood pressure (p<0.03), Ferriman score for hirsutism (p=0.0001) and waist/hip ratio (p=0.002) were higher in PCOS group as well as TG, CT and LDLc compared to control group (p<0.02). Fasting insulin levels, HOMA-IR index, testosterone concentrations and FAI were also significantly greater in PCOS women, but SHBG concentration was lower (p=0.0001). Genotype frequency for SNP G276T in women with PCOS was 52.6% G/G, 33.3% G/T, 14.1% T/T and for controls was 27% G/G, 62.2% G/T, 10.8% T/T. In SNP T45G the frequency for genotypes T/T, T/G and G/G was 79.5%, 17.9% and 2.6%, respectively, in PCOS women, and 62.2%, 37.8% e 0%, respectively, in controls. Both SNPs G276T and T45G were associated to PCOS, being less frequent in this group compared to controls (p=0.010 and p=0.048, respectively). Our study showed similar genotypic frequency distribution compared to other populations. For the SNP C11377G, genotypic frequency distribution was 52.2% for C/C, 36.2% for C/G and 11.6% for G/G in women with PCOS, and in controls it was 64.9% for C/C, 32.4 for C/G and 2.7% for G/G. Genotypic frequency distribution of SNP G11391A was G/G 89%, G/A 9.6% and A/A 1.4% in women with PCOS; and G/G 75.7%, G/A 24.3% and A/A 0% in healthy women. Polymorphisms were in Hardy-Weinberg equilibrium. SNPs C11377G and G11391A of the adiponectin gene were not associated to PCOS or other clinical, anthropometric, metabolic and hormonal variables in both groups. In the study 2, we studied New Zealand Obese (NZO) mice, a polygenic model of obesity, IR and hyperinsulinemia. Importantly NZO mice are poor breeders; Since they display similar metabolic features of human PCOS we hypothesized they might be a suitable model to study PCOS further. The aim of this study was to assess sex hormone levels and ovarian structure in female NZO and lean C57BL/6J control mice in three different ages: young, adult and middle age. Twenty-five NZO and twenty female control mice at three different ages (young, adult and aged) were studied. The animals were weighed, an insulin tolerance test (ITT) was carried out and the blood was collected for hormonal level measurement. The ovaries were removed for histological analysis. As expected, NZO mice presented higher BW (p=0.001), increased basal plasma glucose (p=0.007) and insulin levels (p=0.001), as well as insulin resistance compared with control mice. NZO mice showed an increased ovarian volume, reduced numbers of corpora lutea, higher total follicles numbers (p=0.0001), but an increased amount of atretic follicles (p=0.03) associated with reduced plasma luteinising hormone levels and increased estradiol levels. In conclusion, NZO mice presented both the ovarian and metabolic features of human PCOS suggesting that they are suitable for investigating pathophysiological mechanisms linking metabolic alterations with reproductive defects.
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