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Avaliação da magnitude do transtorno de estresse em vítimas de sequestro / Evaluation of the magnitude of the stress disorder caused by the trauma of kiddnappingEduardo Ferreira Santos 10 November 2006 (has links)
Considerando que estamos vivendo em São Paulo e em todos os Estados do Brasil, um brutal estado de insegurança pública, vemos o crime de seqüestro (tanto na sua modalidade clássica de manter a vítima em cativeiro por período de tempo variável até o pagamento de resgate, quanto à modalidade conhecida como \"seqüestro-relâmpago\", no qual a vítima fica em poder dos criminosos por poucas horas, enquanto eles agem sobre caixas eletrônicos de bancos e as ameaçam de várias maneiras) atingir um grande número de pessoas com conseqüências graves para o desempenho de suas funções existenciais pós-seqüestro. Este trabalho mostra, através de Entrevistas Estruturadas e Escalas de Avaliação, que o grau de magnitude do Transtorno de Estresse Pós-Traumático que acomete vítimas de ambos os tipos de seqüestro atinge picos suficientemente elevados e que devem receber maior atenção tanto em nível de Saúde Pública quanto Segurança Pública. / Considering that we are living in Sao Paulo and all others States of Brazil, a brutal state of public unsafeness, we see the kidnapping crime (not only in its classical modality of keeping the victim in captivity for a variable period of time until the rescue payment, but also in the modality known as \"lightning-kidnapping\", in which the victim remains under the criminal´ s arrest for few hours, while they act on cash machines and threaten the victims) reaching a great number of people with serious consequences for the performance of their post-sequestration existential functions. This work shows that the magnitude level of the Post-Traumatic Stress Disorder that attacks kidnapping victims reaches sufficiently high peaks, that must receive more attention, not only in terms of Public Health but also Public Security.
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A saúde mental de mulheres com morbidade materna grave e near miss em Sergipe / The mental health of women with severe maternal morbidity and near miss in SergipeSilveira, Mônica Silva 11 May 2017 (has links)
Introduction: The severe maternal morbidity and near miss (MMG / NM) study refers to complications related to pregnancy, childbirth and the puerperium, and, in sequence, brings the discussion about the quality of involved maternal mental health. Objectives: To study the relationship between common mental disorders, adult attachment and maternal postnatal attachment presence and the perceived social support in women who experienced severe maternal morbidity and near miss. Method: Observational, prospective cohort study. It was carried out in two public reference maternity hospitals in Sergipe state. There were 549 participants, divided into two groups, exposed and not exposed to MMG / NM., the Beck inventory for BAI anxiety and the Beck inventory for BDI depression, the Edinburgh EDPS postpartum depression scale, the adult EVA binding scale, the AEAS postnatal attachment scale, the IES impact scale, and the SSQ-6 social support scale, The collection was performed in three distinct periods during 12 months, in sequence mothers and their respective controls. The data were analyzed with the software R version 3.3.2 (R CORE TEAM, 2016). A descriptive statistic was performed with the Mann-Whitney test, chi-square or Fisher's exact test for categorical variables and multivariate analysis to define possible associations. The significance of differences between groups was estimated (χ2) with level of Significance of 0.05. Results: Women exposed to MMG / NM were more frequently from inland districts, did not work, did not prenatal fallow up, and used alcohol. They were more likely to have anxiety disorders (OR 2.77 p <0.000), depression (OR 10.9 p <0.000), postpartum depression (OR 6.5, p <0.000), and post-traumatic stress disorder (RR 2.76 [95% CI 2.44-3.14]); and 20% of intrusion memory (RR 2.07; 95% CI: 1,89-2.26), The lowest social support (0.11, SD: 0.001, p <0.001), greater attachment style with an anxious adult 16,11% and lower comfort with proximity were observed in women exposed to MMG / NM.(p <0.001), and a lower presence of maternal attachment in the postpartum period 43,90 (<0.001). The women exposed to MMG/NM had statistically significant trend for the presence of symptoms for mental illness in the three collection periods (p <0.001). Conclusions: A situation of severe and near miss maternal morbidity has a negative impact on women's psychological health and affects psychosocial relationships. The results of this study aim to contribute to the implementation of specific protocols and practices, integrating mental health and psychosocial care to implement preventive and treatment actions to improve maternal health. / Introdução: O estudo da morbidade materna grave e near miss (MMG/NM) refere-se a complicações relacionadas à gravidez, parto e puerpério, e traz em sequência a discussão sobre a qualidade da saúde mental das mães acometidas Objetivos: Estudar a relação entre o transtorno mental comum, o tipo de vinculação adulto, a presença da vinculação materna no pós-natal e o suporte social percebido em mulheres que vivenciaram à morbidade materna grave e near miss. Método: Estudo observacional, de coorte prospectivo. Realizado em duas maternidades públicas de referência do estado de Sergipe, com 549 participantes, divididas em dois grupos, de expostas à MMG/NM e não expostas. Tipo de amostragem por conveniência. Foram utilizados questionário sociodemográfico, inventário de Beck para ansiedade BAI e inventário de Beck para depressão BDI, escala de depressão pós-parto de Edinburgh EDPS, escala de vinculação adulto EVA, escala de vinculação pós-natal AEAS, escala de impacto IES, e a escala de suporte social SSQ-6, A coleta foi realizado em três períodos distintos, no total de doze meses. Os dados foram analisados no software R versão 3.3.2 (R CORE TEAM, 2016). Foi realizada uma estatística descritiva, com o teste de Mann-Whitney, qui-quadrado ou Teste exato de Fisher para as variáveis categóricas e análise multivariada para definição das possíveis associações, A significância das diferenças entre os grupos foi estimada (χ2) com nível de significância de 0,05. Resultados: Pode-se observar que o maior número de mulheres expostas à MMG/NM era procedente do interior do estado, não trabalhavam (OR: 2,36; IC95%: 1,53-3,62), não fizeram o pré-natal (OR: 10,9; IC95%: 3,28-36,1), e faziam uso de bebida alcoólica (OR: 4,35; IC95%: 2,66-7,11), apresentaram maiores chances de sintomas de ansiedade (OR: 2,77; IC95%: 1,96-3,92), depressão (OR: 10,9; IC95%: 5,83-20,60), depressão pós-parto (OR: 6,5; IC95%: 4,37-9,69) e transtorno de estresse pós-traumático; com 44% de comportamento de esquiva (p<0,001), (RR 2,76; IC95%: 2,44-3,14) e 20% de intrusão (RR 2,07; IC95%: 1,89-2,26]). Foi constatado nas mulheres expostas à MMG/NM a menor quantidade de pessoas e fontes de suporte social SSQ-N (0,11; DP: 0,001; p<0,001; η²=0,151) e menor quantidade de pessoas referente ao suporte familiar SSQ-NF (0,11; DP: 0,001; p<0,001; η²=0,216) com tamanho de efeito mediano, e satisfação do suporte social (0,69; DP: 0,19; p=0,010; η²=0,014) com tamanho de efeito pequeno, maior estilo de vinculação adulto ansioso 16,11% e menor conforto com proximidade 14,50 % (<0,001), e menor vinculação materna no pós-natal 43,90 (<0,001), foi identificou-se a tendência estatisticamente significativa de sintomas para o adoecimento mental nos três períodos de coleta (p<0,001). Ao que refere-se à proporção dos resultados nas três etapas de coleta, as expostas à MMG/NM, apresentaram maior sintomatologia de transtorno mental (<0,001). Conclusão: Constata-se que situação de morbidade materna grave e near miss gera impacto negativo à saúde psicológica da mulher e afeta as relações psicossociais. Espera-se que os resultados deste estudo, possam contribuir para a implementação de protocolos e práticas específicas de integralidade do conhecimento no campo da saúde mental e da assistência psicossocial, ações preventivas e de tratamento voltados para a saúde materna.
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Validação da \"Burns Specific Pain Anxiety Scale - BSPAS\" e da \"Impact of Event Scale - IES\" para brasileiros que sofreram queimaduras / Validation of the Burns Specific Pain Anxiety Scale BSPAS and the Impact of Event Scale IES for Brazilians who suffered burns.Maria Elena Echevarría Guanilo 28 August 2009 (has links)
Estudo descritivo, correlacional e longitudinal que teve como objetivos estudar a validade e a confiabilidade da Burns Specific Pain Anxiety Scale-BSPAS que avalia ansiedade frente a procedimentos dolorosos e a Impact of Event Scale-IES que avalia o estresse pós-traumático. Participaram do estudo 91 indivíduos maiores de 15 anos de idade, internados na Unidade de Queimados do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Seguiramse as seguintes etapas: 1ª etapa: coleta de dados relacionados à internação e ao tratamento. 2ª etapa: seguimento de manifestações dolorosas, durante sete dias, com a aplicação da Escala Visual Analógica para Dor, em três momentos diferentes do dia: a) imediatamente antes do banho e curativo (DIABC); b) imediatamente depois do banho e curativo (DIDBC); e c) dor no período de descanso, por volta das 20 horas (DDPD). 3ª etapa: no oitavo dia, aplicação da BSPAS - Versão Português, da IES - Versão Português e do Inventário de Ansiedade-Estado de Spielberger (IDATE). 4ª etapa (composta por fases A e B): entre o 4º e o 6º meses (fase A) e entre o 9º e o 12º meses, após o acontecimento da queimadura (fase B), aplicação da IES-VP, da Escala de Autoestima de Rosenberg (EAER), do Inventário de Depressão de Beck (IDB) e do SF-36. Nas três primeiras etapas, participaram do estudo 91 pacientes (64 homens e 27 mulheres). A superfície corporal queimada (SCQ) média foi de 18% (1-60%), sendo os locais anatômicos mais atingidos membros superiores (66; 72,5%), tórax (61; 67%) e cabeça/face (43; 47,3%). Os agentes causadores de queimaduras mais comuns foram os líquidos quentes (15,4%) e os agentes inflamáveis, principalmente o álcool, (38,5%). Na 4ª etapa, participaram 77 pacientes, na fase A, e 76, na fase B. Na avaliação da validade de construto convergente, a BSPAS-VP apresentou correlações fortes e positivas com a IES-VP (0,52; p<0,01), fortes e moderadas com as subescalas que avaliam pensamentos intrusivos (0,54; p<0,01) e reações de evitação (0,37; p<0,01) e correlações moderadas com as avaliações de dor: DIABC (0,32; p<0,01), DIDBC (0,31; p<0,01) e DDPD (0,31; <0,01). A IES-VP total apresentou correlações moderadas e positivas com o IDB (0,63; p<0,01), moderadas e negativas com a EAER (-0,58; p<0,01) e moderadas a baixas e negativas com os domínios Dor (r=-0,24; p<0,05), Aspectos Sociais (r=-0,34;p<0,01) e Saúde Mental (r=-0,27; p<0,05), entre o 4º e o 6º meses e baixa e de pouca aplicabilidade para a prática com o domínio Estado Geral de Saúde (r=-0,24; p<0,05), entre o 9º e o 12º meses, do SF-36. Na aplicação da BSPAS-VP e da IES-VP, observaram-se valores médios mais altos para o sexo feminino (55,15 e 63,96, respectivamente), entre os indivíduos com SCQ maior que 20% (54,90 e 62,98, respectivamente) e para os indivíduos que referiam as cicatrizes visíveis (52,53 e 61,40, respectivamente), porém, quando testadas as diferenças por meio do Teste t de Student para amostras independentes, essas não foram estatisticamente significantes. Na análise dos componentes principais por meio da Matrix de Rotação Varimax, a IES-VP apresentou-se como uma escala bidimensional e a BSPAS-VP, unidimensional, conforme a proposta original de cada escala. O Alfa de Cronbach de ambas as escalas foi alto, 0,90 para a BSPAS-VP e 0,87 para a IES-VP, mostrando forte consistência interna entre seus itens. Quando aplicado o Teste t para amostras dependentes, a IES-VP apresentou-se sensível para detectar mudanças no tempo. Conclui-se que a BSPAS-VP e a IES-VP são instrumentos confiáveis e válidos para a avaliação de ansiedade-estado relacionada à dor no paciente queimado e para a avaliação do impacto do evento, respectivamente. / This descriptive, correlation and longitudinal study aimed to study the validity and reliability of the Burns Specific Pain Anxiety Scale-BSPAS, which assesses anxiety about painful procedures, and the Impact of Event Scale-IES, which assesses post-traumatic stress. Study participants were 91 individuals over 15 years of age, hospitalized at the Burns Unity of the Ribeirão Preto Medical School Hospital das Clínicas. The following steps were followed: 1st step: data collection about hospitalization and treatment. 2nd step: follow-up of painful manifestations for seven days, applying the Visual Analogue Scale for Pain at three different times each day: a) immediately before bathing and wound dressing (DIABC); b) immediately after bathing and wound dressing (DIDBC); and c) pain in the rest period, around 20:00h (DDPD). 3rd step: on the eighth day, application of the BSPAS Portuguese Version, IES Portuguese Version and Spielbergers State Anxiety Inventory (SAI). 4th step (including phases A and B): between the 4th and 6th month (phase A) and between the 9th and 12th month after the burn event (phase B), application of the IES-VP, Rosenbergs Self-Esteem Scale (RSES), the Beck Depression Inventory (BDI) and the SF-36. In the first three steps, study participants were 91 patients (64 men and 27 women). The mean burned body surface (BBS) was 18% (1-60%), with upper limbs (66; 72.5%), thorax (61; 67%) and head/face (43; 47.3%) as the most affected anatomical sites. The most common causal agents of the burns were hot fluids (15.4%) and inflammable agents, mainly alcohol (38.5%). In the 4th step, 77 patients participated in phase A and 76 in phase B. In convergent construct validity, the BSPAS-VP presented strong and positive correlations with the IES-VP (0.52; p<0.01), strong and moderate with the subscales that assess intrusive thoughts (0.54; p<0.01) and reactions of avoidance (0.37; p<0.01) and moderate correlations with the pain assessments: DIABC (0.32; p<0.01), DIDBC (0.31; p<0.01) and DDPD (0.31; <0.01). Total IES-VP presented moderate and positive correlations with the BDI (0.63; p<0.01), moderate and negative with the RSES (-0.58; p<0.01) and moderate to low and negative with the Pain (r=-0.24; p<0.05), Social Aspects (r=-0.34;p<0.01) and Mental Health (r=-0.27; p<0.05) domains between the 4th and 6th month, besides low correlation and little applicability to practice with the General Health State (r=-0.24; p<0.05) domain of the SF-36 between the 9th and 12th month. When applying the BSPAS-VP and IES-VP, higher mean scores were observed for women (55.15 and 63.96, respectively), among individuals with a BBS of more than 20% (54.90 and 62.98, respectively) and for people who mentioned visible scars (52.53 and 61.40, respectively). When differences were tested through Students t-test for independent samples, however, these were not statistically significant. In the main components analysis through the Varimax Rotation Matrix, IES-VP appeared as a bidimensional scale and BSPAS-VP as a unidimensional scale, in accordance with each scales original proposal. Both scales obtained a high Cronbachs Alpha, 0.90 for BSPAS-VP and 0.87 for IES-VP, showing strong internal consistency of its items. When the t-test for independent samples was applied, the IES-VP showed sensitivity to detect changes over time. It is concluded that the BSPAS-VP and the IES-VP are reliable and valid instrument to assess state-anxiety related to pain in burned patients and to assess the impact of the event, respectively.
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Violência na gestação e saúde mental de mulheres que são vítimas de seus parceiros / Violence during pregnancy and the mental health of women victims of their partnersMariana de Oliveira Fonseca-Machado 15 May 2014 (has links)
Este estudo teve como objetivo verificar as repercussões da violência por parceiro íntimo, ocorrida durante a atual gestação, na saúde mental de mulheres usuárias de um serviço de atendimento pré- natal. Trata-se de estudo observacional, com delineamento transversal, desenvolvido no Centro de Referência da Saúde da Mulher de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, com 358 gestantes, em acompanhamento pré-natal no serviço, entre maio de 2012 e maio de 2013. A coleta dos dados aconteceu no dia da primeira consulta de pré-natal das gestantes no serviço, por meio de sete instrumentos: i. instrumento de caracterização sociodemográfica, econômica e comportamental; ii. instrumento de caracterização obstétrica; iii. Edinburgh Postnatal Depression Scale; iv. Post-Traumatic Stress Disorder Checklist - Civilian Version; v. Escala de Ideação Suicida de Beck; vi. Inventário de Ansiedade Traço-Estado; vii. Instrumento de identificação e caracterização da violência. Os dados foram analisados no software Statistical Package for Social Sciences, versão 21.0. Utilizamos as análises univariada, bivariada e multivariada dos dados, por meio da distribuição de frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central e de variabilidade, os testes estatísticos Qui- quadrado e Teste t, razões de prevalência, razões de chances de prevalência, regressão logística múltipla e regressão linear múltipla. No momento da coleta dos dados, as participantes tinham, em média, 25 anos de idade e 9,5 anos de escolaridade formal. A maioria considerou-se não branca, era solteira, coabitava com o parceiro íntimo, possuía alguma religião, não exercia atividade remunerada e possuía renda familiar mensal média de 2,6 salários-mínimos, sendo o parceiro o principal provedor da família. A maioria não fumou, não consumiu bebidas alcoólicas e não fez uso de drogas ilícitas, durante a atual gestação. A amostra caracterizou-se por mulheres multigestas e nulíparas que, em sua maioria, possuíam filhos vivos e não haviam abortado. A prevalência da violência por parceiro íntimo, durante a atual gestação, foi de 17,6%. As prevalências dos indicativos das presenças de transtorno depressivo, do diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático e de ideação suicida foram de 28,2%, 17,0% e 7,8%, respectivamente. Os escores médios das gestantes nas escalas ansiedade-traço e ansiedade- estado foram de 39,1 e 42,5 pontos, respectivamente. Após se ajustar aos modelos de regressão logística múltipla, a violência por parceiro íntimo, durante a gestação, associou-se com o indicativo da presença de transtorno depressivo, com o indicativo do diagnóstico de transtorno de estresse pós- traumático e com o indicativo da presença de ideação suicida. Os modelos de regressão linear múltipla ajustados evidenciaram que as mulheres em situação de violência por parceiro íntimo, na atual gestação, apresentaram maiores escores dos sintomas de ansiedade-traço e estado do que aquelas que não sofreram esse tipo de violência. Portanto, reconhecer a violência como um fator de risco clinicamente relevante e identificável para a ocorrência de transtornos mentais, durante a gestação, pode ser um primeiro passo na prevenção destes problemas. Idealmente, as respostas devem incluir os setores da saúde, assistência social e justiça, no sentido de cumprir a obrigação do Estado para eliminar a violência contra a mulher / The objective of this study was to verify the repercussions of violence by the intimate partner during the present pregnancy on the mental health of women users of a prenatal care service. This is an observational study, performed with a cross-sectional design, at the Reference Center for Women\'s Health of Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil, with 358 pregnant women following prenatal care at the referred service between May 2012 and May 2013. Data collection was performed on the day of the women\'s first prenatal appointment at the service, using seven instruments: i. instrument for sociodemographic, economic and behavioral characteristics; ii. instrument for obstetrical characteristics; iii. Edinburgh Postnatal Depression Scale; iv. Post-Traumatic Stress Disorder Checklist - Civilian Version; v. Beck Scale for Suicidal Ideation; vi. State-Trait Anxiety Inventory; vii. instrument for violence identification and characterization. The data were analyzed using Statistical Package for Social Sciences, version 21.0. Furthermore, univariate, bivariate and multivariate analyses of the data were performed, by absolute and relative frequency distribution, central and variability tendency measures, the Chi-square and T-Test statistical tests, prevalence ratio, prevalence odds ratio, multiple logistic regression and multiple linear regression. At the moment of data collection, the participants\' mean age was 25 years, and they had a mean of 9.5 years of formal education. Most women reported having the following characteristics: skin color different from white; single; living with the intimate partner; having some kind of religion; unemployed; mean monthly family income of 2.6 Brazilian minimum wages; partner was the breadwinner. Most reported not having smoked, consumed alcohol or any illicit drugs during the present pregnancy. Moreover, the sample was characterized by multiparous and nulliparous women, most of whom had living children and without a history of miscarriages. The prevalence rate for intimate partner violence during the present pregnancy was 17.6%. The prevalence rates of probable antenatal depression, probable antenatal post-traumatic stress disorder and probable antenatal suicidal ideation were 28.2%, 17.0% and 7.8%, respectively. The women\'s mean scores on the trait-anxiety and state-anxiety scales were 39.1 and 42.5, respectively. After adjustment using multiple logistic regression models, associations were found between intimate partner violence during the pregnancy and probable antenatal depression, probable antenatal post-traumatic stress disorder and probable antenatal suicidal ideation. The adjusted multiple linear regression models showed that women victims of intimate partner violence in the present pregnancy had higher scores for trait-anxiety and state-anxiety symptoms compared to those who did not endure this type of violence. Therefore, recognizing violence as a clinically relevant and identifiable risk factor for the occurrence of mental disorders during pregnancy may be a first step to prevent these problems. Ideally, the answers should include the health, social work and justice domains so as to meet the duty of the Brazilian State of eliminating the violence against women
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Adaptação e validação de escalas de resiliência para o contexto cultural brasileiro: escala de resiliência disposicional e escala de Connor-Davidson / Cross-cultural adaptation and validation of resilience scales for Brazil: dispositional resilience scale and Connor-Davidson resilience scaleJoão Paulo Consentino Solano 02 June 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: a resiliência é um construto associado às características pessoais que permitem a um indivíduo adaptar-se e superar situações adversas. Uma pessoa mais resiliente é aquela com maiores habilidades de se adaptar sob estresse, a despeito da carga de dificuldades enfrentada e de um contexto desfavorável no entorno. A Dispositional Resilience Scale (DRS-15) e a Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC) tentam aferir a resiliência individual e já tiveram suas propriedades testadas em vários países da América do Norte, África, Europa e Ásia. OBJETIVO: traduzir, realizar a adaptação para o contexto cultural brasileiro e verificar a confiabilidade e a validade das escalas DRS-15 e CD-RISC. MÉTODO: uma metodologia com as etapas seqüenciais de tradução/retro-tradução/adaptação cultural/estudo de confiabilidade/estudo de validade foi utilizada. A adaptação cultural foi executada por um grupo de especialistas em epidemiologia, linguística, psiquiatria e tratamento da dor. A compreensão das versões culturalmente adaptadas foi testada com 65 pacientes adultos do grupo de avaliação pré-anestésica e do ambulatório geral de ansiedade do Hospital das Clínicas da FMUSP. Retro-traduções das versões finais foram aprovadas pelos autores principais das escalas originais. O estudo de validade foi conduzido pela aplicação conjunta de ambas as versões brasileiras das escalas, do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), do Self-report questionnaire (SRQ), da escala de incapacitação de Sheehan (SDS) e da Escala Graduada de Dor Crônica (CPG-Br) a 575 pacientes e acompanhantes adultos da mesma população. A confiabilidade teste-reteste foi avaliada por uma segunda aplicação das escalas de resiliência a 123 participantes, entre 7 e 14 dias após a entrevista inicial. RESULTADOS: entre os participantes da fase de validação, a idade média foi de 44 anos (amplitude de 18-93), com predomínio de mulheres (74%), e média de dez anos de estudo. A maioria dos entrevistados (93%) pertencia aos estratos socioeconômicos B e C. Três fatores e quatro fatores foram identificados por análise fatorial exploratória para as versões da DRS-15 e CD-RISC, respectivamente. O coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,71 para a DRS, e de 0,93 para a CD-RISC, indicando melhor consistência interna para a segunda. A confiabilidade teste-reteste retornou coeficientes de correlação intra-classe de 0,81 e 0,86 para a DRS e CD-RISC, respectivamente. A correlação entre as duas escalas foi de 0,52. Observaram-se correlações negativas significativas entre os escores das escalas de resiliência e os escores para cinco das seis dimensões do ISSL, assim como para com os escores do SRQ e SDS (p < 0,001). Não houve correlação entre as escalas de resiliência e a CPG-Br. A CD-RISC encontrou correlações mais fortes que a DRS para com as variáveis de comparação externa. As duas escalas discriminaram resiliência menor para os pacientes dos ambulatórios psiquiátricos, em comparação aos dos ambulatórios não-psiquiátricos. Entre os pacientes psiquiátricos, os escores de resiliência foram significativamente menores para os pacientes com transtorno Borderline de personalidade, em comparação aos pacientes com transtorno de estresse pós-traumático. CONCLUSÃO: propriedades de consistência interna, estabilidade temporal e validade foram satisfatoriamente demonstradas para as versões brasileiras da DRS e da CD-RISC em uma amostra de pacientes e acompanhantes adultos dos ambulatórios do Hospital das Clínicas de São Paulo / INTRODUCTION: Resilience is a construct related to the personal characteristics that allow an individual to adapt and overcome adversity. A more resilient person is the one that exhibits greater abilities to adapt under stress, despite the burden of difficulties and of an unfavorable context. The Dispositional Resilience Scale (DRS-15) and the Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC) are two scales to measure individual resilience, both of which have had psychometrics evaluated by researchers from the US, Africa, Europe and Asia. OBJECTIVE: To verify the reliability and validity of culturally adapted Brazilian Portuguese versions of the DRS-15 and CD-RISC. METHODS: The following stepwise methodology was used: translation / back translation / cultural adaptation / reliability study / validation study. Cultural adaptation was performed by an expert committee of epidemiologist, linguists, psychiatrist and pain specialists. Comprehension of the culturally adapted versions was tested through 65 interviews with adult patients from the pre-anesthetic consultation ambulatory and general ambulatory for anxiety disorders of Hospital das Clínicas of FMUSP. Back-translations of the culturally adapted versions were fully approved by the authors of the original scales. Validation studies were carried out by concurrent application of both the adapted versions of resilience scales, the Brazilian Stress Symptoms Inventory for Adults (ISSL), the Self-report Questionnaire (SRQ), the Sheehan Disability Scale (SDS) and the Chronic Pain Grade (CPG-Br) to 575 participants (outpatients and companions) from the same population. Test-retest reliability was studied by means of a second interview with 123 subjects, which took place between 7 and 14 days after the first one. RESULTS: Subjects of the validation phase were mostly women (74%), with an average of 44 years of age (18-93) and 10 years of formal schooling. There was a predominance of socioeconomic levels B or C (93%) on an A to E scale. Exploratory factor analyses resulted in a three-factor for the DRS and a four-factor solution for the CD-RISC. Alpha coefficients of 0.71 for the DRS and 0.93 for the CD-RISC indicated better internal consistency for the latter. Temporal stability was regarded as excellent, with intra-class correlation coefficients of 0.81 and 0.86 for the DRS and CD-RISC, respectively. Correlation coefficient between the two scales was 0.52. Significant negative correlations were observed between the scores of both resilience scales and five out of six dimensions of the ISSL, and so as between the resilience scales scores and those of the SRQ and SDS (p < 0.001). No correlation was observed between the resilience scales and the CPG-Br. The CD-RISC was more competent than DRS to depict such correlations. Both scales were able to discriminate differences in resilience scores of non-psychiatric and psychiatric patients, the latter presenting with lower scores. The group of borderline patients significantly presented with lower resilience scores in comparison with those of the post-traumatic stress disorder patients. CONCLUSION: Good reliability and validity were demonstrated with the Brazilian Portuguese versions of the DRS and CD-RISC as tested on a sample of adult ambulatory patients and their adult companions at Hospital das Clínicas, São Paulo
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A saúde mental de mulheres com morbidade materna grave e near miss em Sergipe / The mental health of women with severe maternal morbidity and near miss in SergipeSilveira, Mônica Silva 11 May 2017 (has links)
Introduction: The severe maternal morbidity and near miss (MMG / NM) study refers to complications related to pregnancy, childbirth and the puerperium, and, in sequence, brings the discussion about the quality of involved maternal mental health. Objectives: To study the relationship between common mental disorders, adult attachment and maternal postnatal attachment presence and the perceived social support in women who experienced severe maternal morbidity and near miss. Method: Observational, prospective cohort study. It was carried out in two public reference maternity hospitals in Sergipe state. There were 549 participants, divided into two groups, exposed and not exposed to MMG / NM., the Beck inventory for BAI anxiety and the Beck inventory for BDI depression, the Edinburgh EDPS postpartum depression scale, the adult EVA binding scale, the AEAS postnatal attachment scale, the IES impact scale, and the SSQ-6 social support scale, The collection was performed in three distinct periods during 12 months, in sequence mothers and their respective controls. The data were analyzed with the software R version 3.3.2 (R CORE TEAM, 2016). A descriptive statistic was performed with the Mann-Whitney test, chi-square or Fisher's exact test for categorical variables and multivariate analysis to define possible associations. The significance of differences between groups was estimated (χ2) with level of Significance of 0.05. Results: Women exposed to MMG / NM were more frequently from inland districts, did not work, did not prenatal fallow up, and used alcohol. They were more likely to have anxiety disorders (OR 2.77 p <0.000), depression (OR 10.9 p <0.000), postpartum depression (OR 6.5, p <0.000), and post-traumatic stress disorder (RR 2.76 [95% CI 2.44-3.14]); and 20% of intrusion memory (RR 2.07; 95% CI: 1,89-2.26), The lowest social support (0.11, SD: 0.001, p <0.001), greater attachment style with an anxious adult 16,11% and lower comfort with proximity were observed in women exposed to MMG / NM.(p <0.001), and a lower presence of maternal attachment in the postpartum period 43,90 (<0.001). The women exposed to MMG/NM had statistically significant trend for the presence of symptoms for mental illness in the three collection periods (p <0.001). Conclusions: A situation of severe and near miss maternal morbidity has a negative impact on women's psychological health and affects psychosocial relationships. The results of this study aim to contribute to the implementation of specific protocols and practices, integrating mental health and psychosocial care to implement preventive and treatment actions to improve maternal health. / Introdução: O estudo da morbidade materna grave e near miss (MMG/NM) refere-se a complicações relacionadas à gravidez, parto e puerpério, e traz em sequência a discussão sobre a qualidade da saúde mental das mães acometidas Objetivos: Estudar a relação entre o transtorno mental comum, o tipo de vinculação adulto, a presença da vinculação materna no pós-natal e o suporte social percebido em mulheres que vivenciaram à morbidade materna grave e near miss. Método: Estudo observacional, de coorte prospectivo. Realizado em duas maternidades públicas de referência do estado de Sergipe, com 549 participantes, divididas em dois grupos, de expostas à MMG/NM e não expostas. Tipo de amostragem por conveniência. Foram utilizados questionário sociodemográfico, inventário de Beck para ansiedade BAI e inventário de Beck para depressão BDI, escala de depressão pós-parto de Edinburgh EDPS, escala de vinculação adulto EVA, escala de vinculação pós-natal AEAS, escala de impacto IES, e a escala de suporte social SSQ-6, A coleta foi realizado em três períodos distintos, no total de doze meses. Os dados foram analisados no software R versão 3.3.2 (R CORE TEAM, 2016). Foi realizada uma estatística descritiva, com o teste de Mann-Whitney, qui-quadrado ou Teste exato de Fisher para as variáveis categóricas e análise multivariada para definição das possíveis associações, A significância das diferenças entre os grupos foi estimada (χ2) com nível de significância de 0,05. Resultados: Pode-se observar que o maior número de mulheres expostas à MMG/NM era procedente do interior do estado, não trabalhavam (OR: 2,36; IC95%: 1,53-3,62), não fizeram o pré-natal (OR: 10,9; IC95%: 3,28-36,1), e faziam uso de bebida alcoólica (OR: 4,35; IC95%: 2,66-7,11), apresentaram maiores chances de sintomas de ansiedade (OR: 2,77; IC95%: 1,96-3,92), depressão (OR: 10,9; IC95%: 5,83-20,60), depressão pós-parto (OR: 6,5; IC95%: 4,37-9,69) e transtorno de estresse pós-traumático; com 44% de comportamento de esquiva (p<0,001), (RR 2,76; IC95%: 2,44-3,14) e 20% de intrusão (RR 2,07; IC95%: 1,89-2,26]). Foi constatado nas mulheres expostas à MMG/NM a menor quantidade de pessoas e fontes de suporte social SSQ-N (0,11; DP: 0,001; p<0,001; η²=0,151) e menor quantidade de pessoas referente ao suporte familiar SSQ-NF (0,11; DP: 0,001; p<0,001; η²=0,216) com tamanho de efeito mediano, e satisfação do suporte social (0,69; DP: 0,19; p=0,010; η²=0,014) com tamanho de efeito pequeno, maior estilo de vinculação adulto ansioso 16,11% e menor conforto com proximidade 14,50 % (<0,001), e menor vinculação materna no pós-natal 43,90 (<0,001), foi identificou-se a tendência estatisticamente significativa de sintomas para o adoecimento mental nos três períodos de coleta (p<0,001). Ao que refere-se à proporção dos resultados nas três etapas de coleta, as expostas à MMG/NM, apresentaram maior sintomatologia de transtorno mental (<0,001). Conclusão: Constata-se que situação de morbidade materna grave e near miss gera impacto negativo à saúde psicológica da mulher e afeta as relações psicossociais. Espera-se que os resultados deste estudo, possam contribuir para a implementação de protocolos e práticas específicas de integralidade do conhecimento no campo da saúde mental e da assistência psicossocial, ações preventivas e de tratamento voltados para a saúde materna.
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Eficácia da Terapia Focada na Compaixão em grupo no transtorno de estresse pós-traumático / The Efficacy of group Compassion-Focused Therapy in Posttraumatic Stress DisorderLina Sue Matsumoto Videira 02 October 2018 (has links)
Objetivo: Avaliar a eficácia da Terapia Focada na Compaixão em grupo no transtorno de estresse pós-traumático. Desenho: Estudo randomizado controlado, cego, dois braços paralelos, no grupo controle a Terapia de Apoio em grupo (TA-G) e no grupo experimental a Terapia Focada na Compaixão em grupo (TFC-G). Duração e frequência: Os dois grupos receberam oito sessões semanais de 90 minutos e, caso necessário, tratamento psiquiátrico. Todos preencheram escalas de avaliação, antes (T-1), depois da terapia (T-2) e no seguimento de três meses (T-3). Oitenta e sete pacientes foram randomizados (TA-G=44 e TFC-G=43) e sessenta e um pacientes completadores foram analisados (TA-G=30 e TFC-G=31). Resultados: Os pacientes melhoraram significativamente e não houve efeito de interação entre os grupos e os tempos, exceto na escala de trauma CAPS-5, F (1, 171) = 4,35, p = 0,041. Houve uma diminuição expressiva, comparando a média do T-3 em relação ao T-1, nos dois grupos (TA-G e TFC-G, respectivamente) nas escalas: CAPS-5 de trauma (24,40 e 29,77), DTS de trauma (31,83 e 33,94), BDI de depressão (9,77 e 12,06), BAI de ansiedade (7,33 e 8,23), BHS de desesperança (3,53 e 3,55), ATQ-N de pensamentos automáticos negativos (15,67 e 14,90), OAS de vergonha (8,20 e 7,68), FSCS de autocrítica (9,07 e 6,71) e aumento na escala ATQ-P de pensamentos automáticos positivos (10,96 e 16,36) e SCS de autocompaixão (0,50 e 0,52). Conclusões: A significativa melhora dos pacientes comprova a importância da terapia em grupo no tratamento do TEPT. A redução de 30 pontos na escala de trauma CAPS-5, em apenas oito semanas, somente no grupo da Terapia Focada na Compaixão, é uma evidência robusta de que este modelo de tratamento focado na compaixão, vergonha, culpa e autocrítica, é seguro, eficaz e uma esperançosa opção no tratamento de pessoas que vivenciaram eventos traumáticos / Objective: To evaluate the efficacy of Group Compassion-Focused Therapy in posttraumatic stress disorder. Design: A randomized controlled trial, blind study, with two parallel arms, control group with Supportive Therapy Group (SUP-G) and experimental group with Compassion-Focused Therapy Group (CFT-G). Duration: The two groups received eight weekly sessions of 90 minutes and, if necessary, psychiatric treatment. All patients completed evaluation scales, before (T-1), after therapy (T-2) and in three months follow-up (T-3). Eighty-seven patients were randomized (SUP-G=44 and CFT-G=43) and sixty-one completers were analyzed (SUP-G=30 and CFT-G=31). Results: Patients improved significantly and there was no interaction effect between groups and times, except for the trauma scale CAPS-5, F (1, 171) = 4.35, p = 0.041. There was an expressive decrease, comparing the mean of T-3 in the relation to T-1, in both groups (SUP-G and CFT-G, respectively) in the scales: trauma CAPS-5 (24,40 and 29,77), trauma DTS (31,83 and 33,94), depression BDI (9,77 and 12,06), anxiety BAI (7,33 and 8,23), hopelessness BHS (3,53 and 3,55), automatic negative thoughts ATQ-N (15,67 and 14,90), shame OAS (8,20 and 7,68), self-critical FSCS (9,07 and 6,71) and an increase in the scales of automatic positive thoughts ATQ-P (10,96 and 16,36) and self-compassion SCS (0,50 and 0,52). Conclusions: Significant improvements in the patients confirm the importance of group therapy in PTSD treatment. The 30-point CAPS-5 trauma scale reduction, in eight weeks only, in the Compassion-Focused Therapy group alone, is robust evidence that this treatment model focused on compassion, shame, guilt and self-criticism, is safe, effective and a hopeful option in treating people who have experienced traumatic events
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Estimativa de prevalência de estresse emocional em uma amostra de policiais rodoviários federais do Estado de São Paulo / Estimation of the emotional stress prevalence in a sample of federal highway police officers of São Paulo StateLéa Pintor de Arruda Oliveira 07 June 2017 (has links)
No Brasil, o amplo escopo de responsabilidades e também a diversidade de situações que demandam ações da Polícia Rodoviária Federal contribuem para que agentes/eventos estressores façam parte da rotina diária de centenas de policiais. Contudo, ainda existem poucos estudos dedicados a identificar o estresse nesta população. Assim, o objetivo principal do presente estudo é identificar a prevalência do estresse neste grupo, além de identificar as prevalências de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), de estresse ocupacional e, finalmente, a prevalência dos sintomas de Síndrome de Burnout. Para tanto foi utilizado um desenho de estudo transversal com amostra probabilística (n = 202) de policiais rodoviários federais do Estado de São Paulo. Os instrumentos para obtenção dos dados da amostra foram: i) Questionário Geral (QG), para a caracterização da amostra e obtenção de dados sociodemográficos e profissionais; ii) Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), para sintomas de estresse; iii) Escala de Impacto do Evento - Revisada (IES-R), para sintomas de TEPT; iv) Escala de Vulnerabilidade do Estresse no Trabalho (EVENT), para estresse ocupacional; v) Inventário de Burnout de Maslach, versão HSS (MBI-HSS), para identificação dos sintomas pertinentes à Síndrome de Burnout. Os dados foram armazenados em planilhas excel e analisados com a utilização dos softwares Stata 8.0 for Windows e R3.3.2. A medida de associação escolhida foi o Odds Ratio (OR) e o seu intervalo de confiança (IC). Para testar a significância estatística foram utilizados o teste de qui quadrado o teste Exato de Fisher, para as variáveis nominais e, o teste Mann-Whitney-Wilcoxon foi utilizado para as variáveis com distribuição não paramétrica: idade (faixa etária) e tempo de carreira. O nível de significância adotado foi de 5%. A prevalência de sintomas de estresse na amostra representou 43,1% (IC95% = 36,2-50,0) com a seguinte distribuição por fase: 2,3% (IC95% = 0,2-8,0) em \"Alerta\"; 82,7% (IC95% = 73,2-90,0) em \"Resistência\"; 11,5% (IC95% = 5,7-20,1) em \"Quase Exaustão\"; e 3,5% (IC95% = 0,7-9,7) em \"Exaustão\". Ainda, 60,9% da amostra apresentaram sintomas psicológicos de estresse, 33,3% sintomas físicos e 5,8% ambos. A prevalência de TEPT ocorreu em 25,4% (IC95% = 19,3-31,4) da amostra, sem a predominância entre as subescalas. A prevalência de sintomas de estresse ocupacional afetou 35,2% (IC95% = 28,5-41,8) dos policiais participantes do presente estudo. Não houve registro na amostra referente à Síndrome de Burnout. As prevalências de estresse encontradas neste estudo apresentaram valores compatíveis com os valores de pesquisas semelhantes - elaboradas em outras categorias de policiais -, tanto no contexto nacional como no internacional. Há indícios que o tempo para práticas de lazer pode exercer influência como fator de proteção contra os sintomas de estresse; por outro lado, há indícios que processos penais e o longo tempo de carreira podem exercer influência como fatores de risco. Em última análise, a combinação dos resultados aqui apresentados sugerem indícios do adoecimento - em curso - desta população em função dos elevados índices de prevalência dos sintomas de estresse, sintomas de TEPT e estresse ocupacional / In Brazil, the wide scope of responsibilities and also the diversity of situations that demand actions from the Federal Highway Police sharply contribute to stressor agents/events make part of the daily routine of hundreds police officers. However, there are still few studies dedicated to identify the stress symptoms in this population. Thus, this study aims to identify the prevalence of stress in this group as well as to identify also the prevalences of post-traumatic stress disorder (PTSD), occupational stress, and finally the prevalence of Burnout Syndrome symptoms. On this way, a cross-sectional design study was applied with probabilistic sample of (n=202) Federal Highway Police Officers on State of São Paulo. The tools to pick up the sample data were: i) General Questionnaire, picking up the sample features and getting socio-demographic and professional data; ii) Adult Stress Symptom Inventory by Lipp (pt.: ISSL), for stress symptoms; iii) Scale of Reviewed Event Impact (pt.: IES-R), for PTSD symptoms; iv) Stress Vulnerability Scale at Work (pt.: EVENT), for occupational stress; v) Maslach Burnout Inventory, HSS version (MBI-HSS), identifying the Burnout Syndrome symptoms. The database were stored in the excel spreadsheets and they were analyzed through by Stata 8.0 for Windows and R3.3.2 software. The association measure was Odds Ratio (OR) and its confidence interval (CI). In order to test the statistical significance the chi-square test and the Fisher Exact test were applied to the nominal variables. The Mann-Whitney-Wilcoxon test was applied to the variables with non-parametric distribution: age (age group) and professional career time. The significance level defined was 5%. The prevalence of stress symptoms appeared to 43,1% (CI95% = 36,2-50,0) of the sample and they were split in each phase as follow: 2,3% (CI95% = 0,2-8,0) in \"Alert\"; 82,7% (CI95% = 73,2-90,0) in \"Resistance\"; 11,5% (CI95% = 5,7-20,1) in \"Close Exhaustion\"; and 3,5% (CI95% = 0,7-9,7) in \"Exhaustion\". In addition, 60,9% of the sample presented stress psychological symptoms, 33,3% stress physical symptoms and 5,8% both ones. The prevalence of PTSD occurred in 25,4% (CI95% = 19,3-31,4) of the sample and there was no predominance among the subscales. The prevalence of occupational stress symptoms affects 35,2% (CI95% = 28,5-41,8) of the police officers who made part of this study. There was no record in the sample regarding Burnout Syndrome. The prevalence of stress found out in this study had compatible values as the same values found out in other similar researches - issued with other police categories - on the national as well as international context. It seems that booking time for leisure practices might be related as a protection factor against stress symptoms. In other hand, it seems criminal procedures and a long professional career time might be related as a risk factor. At last, the set of presented results suggests sickness signs - ongoing - in this population due to the high prevalence rates of stress symptoms, PTSD symptoms and occupational stress
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Verlauf der Stressreagibilität bei Patientinnen mit komplexen Traumafolgestörungen / Course of stress responsiveness in patients with complex posttraumatic stress disordersSeutemann, Frauke 09 December 2020 (has links)
No description available.
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Rana prognoza kvaliteta života politraumatizovanih bolesnika sa prelomima dugih kostiju / Early estimate of quality of life in polytrauma patients with multiple fractures of the long bonesGvozdenović Nemanja 06 April 2016 (has links)
<p>Pod pojmom politraume se podrazumeva teška istovremena povreda najmanje dve regije tela sa anatomskom težinom povrede AIS koja je jednaka ili veća od tri kao i ukupna izračunata anatomska težina povreda izražena ISS zbirom mora da bude veća od 15. Cilj istraživanja je da se primenom upitnika (SF36, PTSD–testa i Glazgov skale ishoda) proceni kvalitet života između politraumatizovanih pacijenata sa prelomomima dugih kostiju i politraumatizovanih bez preloma duge kosti kao i da se uoče rani pokazatelji loše prognoze kvaliteta života nakon završetka lečenja. Istraživanje je prospektivnog karaktera i obuhvatilo je 202 politraumatizovana pacijenta koji su bili povređeni u periodu 2010-2014 godine i bili lečeni u Urgentnom Centu Kliničkog Centra Vojvodine. Od 202 politraumatizovana pacijenta na kontrolne preglede se odazvalo ukupno 72 pacijenta, 37 sa prelomima dugih kostiju - ispitivana grupa i 35 politraumatizovanih pacijenata bez preloma duge kosti koji su činili kontrolnu gupu. Godinu dana nakon završetka hospitalizacije svaki ispitanik je popunjavao upitnik( SF36, PTSD test i Glazgov skala ishoda ), načinjen je klinički pregled i standardna radiografija predela preloma duge kosti. Rezultati ukazuju da ukupni kvalitet života nakon završetka lečenja se ne razlikuje značajno između ispitivanih grupa, iako politraumatizovani sa prelomima dugih kostiju imaju niži kvalitet života, odnosno značajno lošije fizički funkcionišu i imaju značajno češće psihičke poremećaje (postraumatski stresni poremećaj, depresija) u odnosu na kontrolnu grupu. Tip preloma duge kosti nije uticao na krajnji kvalitet života politraumatizovanih, dok su oni sa dva i više preloma imali značajno lošiji kvalitet života. Na osnovu dobijenih rezultata konstatovali smo da veću šansu za bolji kvalitet života imaju pacijenti mlađi od 44 godine, ukoliko su inicjalno imali vrednost ISS skora manji od 30,5 bodova, vrednosti sistolnog i dijastolnog arterijskog pritiska u referentnim vrednostima, kao i broja eritrocita i trombocita, i ukoliko su primili manje od 4 jedinica transfuzije krvi u prva 24 časa.</p> / <p>The term of polytrauma means, a patient with multiple severe injuries in at least two regions of the body with anatomical severity of trauma AIS equal or greater than three and the total calculated weight anatomical injuries expressed by ISS score must be greater than 15. The aim of our study is early estimate of quality of life in polytrauma patients with multiple fractures of the long bones and polytrauma patients without fractures of long bones as well as to detect early indicators of poor prognosis of quality of life after treatment, using questionnaires (SF 36, PTSD test and Glasgow Outcome Scale). This was prospective study and included 202 polytrauma patients who were injured during the period 2010-2014 and were treated in the Emergency Center of Clinical Center of Vojvodina. From 202 polytrauma patients, on control examinations responded 72 patients, 37 with fractures of long bones - study group and 35 polytrauma patients without fractures of long bones and they were control group. One year after the end of hospitalization each patient filled out a questionnaire (SF36, PTSD test and Glasgow Outcome Scale), made a clinical examination and standard X-rays of long bone fractures. Our results indicate that the overall quality of life after treatment is not significantly different between the groups, although polytraumatized patients with fractures have a lower quality of life and significantly worse physical functioning and have significantly more mental disorders (post-traumatic stress disorder, depression) compared to the control group. Type of long bone fractures did not affect on the final quality of life, while those patients with two or more fractures had a significantly poorer quality of life. Based on these results we concluded that greater chance for a better quality of life have patients younger than 44 years, unless they had initially ISS score less than 30.5 points, systolic and diastolic blood pressure in the reference values as well as the number of red blood cells and platelets, and if they received less than 4 units of blood transfusions in the first 24 hours.</p>
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