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Correlação dos dados clínicos e métodos não invasivos na detecção da aterosclerose humana / Correlation of clinic evolution and non invasive methods in detection of human atherosclerosis

Angela Teresa Bacelar Albuquerque Bampi 23 January 2008 (has links)
A doença cardiovascular aterosclerótica é a principal causa de morte no hemisfério ocidental, portanto também no Brasil. A detecção não invasiva da aterosclerose é fundamental para prevenção. Objetivos: Correlacionar os fatores de risco (escore de Framingham), o perfil lipídico, a PCR-us, a espessura da íntima-média da carótida, a função endotelial, o índice tornozelo-braquial e o escore de cálcio pela tomografia computadorizada, com a extensão da doença coronariana determinada pelo índice de Friesinger, na cinecoronariografia. Casuística e métodos: Foram estudados 100 pacientes de ambos os sexos, com idade de 55,1±10,7 sendo 55% homens e 45% mulheres. Não foram incluídos pacientes com síndrome coronariana aguda, insuficiência renal dialítica, doença do colágeno e câncer. Todos se submeteram a avaliação clínica, laboratorial (glicemia, perfil lipídico e PCR-us), função endotelial da artéria braquial e ultrasonografia da artéria carótida por ultra-som de alta resolução, índice tornozelo-braquial e tomografia computadorizada coronária para determinação do escore de cálcio. Foram calculados o colesterol não HDL-c e a relação TG/HDL-c. Todos os pacientes foram submetidos à cinecoronariografia por indicação do médico assistente. Foram considerados normais pacientes sem lesão obstrutiva na cinecoronariografia. Resultados: Pela análise univariada, escore de cálcio (529,5 ± 930,9) um HDL-c (45,9±15,5), relação TG/HDL (5,5±9,2) e IMT (0,77±0,22) mostraram correlação significativa com o índice de Friesinger. Já por análise multivariada somente o escore de cálcio, relação TG/HDL-c aumentada e HDL-c baixo correlacionaram-se significativamente com a extensão da DAC. A PCR-s (3,4±3,5), LDL-c (122,8±51,5) e DMF (4,8±5,7) não se correlacionaram com o índice de Friensinger. Conclusão: Assim, é possível ter uma idéia aproximada da presença/extensão da DAC usando métodos não invasivos, especialmente escore de cálcio, relação TG/HDL-c e HDL-c baixo. / Background: Atherosclerotic cardiovascular disease is the leading cause of death in the western hemisphere including Brazil. Non-invasive detection of atherosclerosis is critical to prevention. Objectives: We correlated the risk factors (score of Framingham), lipid profile, PCR-us, carotid intima-media thickness, endothelial function, ankle-brachial index and calcium score by computed tomography with the extent of coronary disease determined by the Friesinger index, by coronary angiography. Methods: We studied 100 patients of both sexes, aged from 55.1 ± 10.7, 55% men and 45% women. Patients with acute coronary syndrome, renal dialitic, collagen disease and cancer were not included. All were submitted to clinical evaluation, laboratory (blood glucose, lipid profile and hs-CRP), endothelial function of brachial artery and ultra-sonography of carotid artery by high-resolution ultra-sound, ankle-brachial index and computed tomography for coronary determination of calcium score. We calculated the cholesterol not HDL-c and TG/HDL-c ratio. All patients were submitted to coronary angiography for indication by attending physician. We considered normal patients without obstructive lesion in coronary angiography. Results: By univariate analysis, calcium score, HDL-c, TG/HDL ratio and IMT showed significant correlation with Friesinger index. However, multivariate analysis only calcium score, increased TG/HDL-c and low HDL-c correlated significantly with the extension of the CAD. The hs-CRP, LDL-c and FMD, did not correlate Friensinger index. Conclusion: Thus, it is possible to have an approximate idea of the presence/extension of CAD by non-invasive methods, especially calcium score, TG/HDL-C ratio and HDL-c.
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Gestações gemelares com pesos discordantes: estudo da predição ultra-sonográfica e dos resultados neonatais / Twin growth discordance: sonographic prediction and factors related to perinatal outcome

Machado, Rita de Cassia Alam 01 November 2006 (has links)
A gemelaridade apresenta algumas intercorrências específicas, como a discordância de peso entre fetos e recém-nascidos (RNs). O objetivo do presente estudo foi predizer a discordância de peso do exame ultra-sonográfico comparada à do parto e avaliar a morbidade e a mortalidade neonatais nas gestações gemelares discordantes quanto ao peso. Este foi um estudo retrospectivo, com levantamento dos casos do período de 1998 a 2004, no Setor de Gestações Múltiplas da Clínica Obstétrica do HCFMUSP. Na avaliação da predição ultra-sonográfica, foram inseridas 221 gestações gemelares e, na avaliação da morbidade e da mortalidade, 151 gestações com partos nessa instituição. A discordância de peso foi definida como >= 20%, sendo excluídos os casos de malformações fetais (n=43) e da Síndrome da transfusão feto-fetal (n=24). Para análise da adequação do peso ao nascimento, utilizou-se a curva de Alexander et al., 1998, para gêmeos. No estudo da predição, foram utilizados quatro intervalos de tempo em relação ao parto (0 a 7 dias - n = 96; 8 a 14 dias - n = 66; 15 a 21 dias - n = 58; 22 a 28 dias - n = 59 gestações), somando 279 avaliações. No grupo de 0 a 7 dias, a estimativa da sensibilidade foi de 93,6%, especificidade de 79,4%, valor preditivo positivo de 89,2%, valor preditivo negativo de 87,1% e acurácia de 88,6%. Nos demais grupos, a sensibilidade e a acurácia foram de 95,8% e 84,9%, 95,6% e 84,5%, 90,9% e 84,8%, respectivamente. Em relação à morbidade, 111 gestações eram concordantes (73,5%) e 40 discordantes quanto ao peso. No grupo discordante, 75% das gestações gemelares apresentaram pelo menos um recém-nascido com Restrição de Crescimento Fetal (RCF). Nesta análise, as gestações gemelares concordantes monocoriônicas obtiveram menor média de idade gestacional no parto (34,3 versus 36,2 semanas, p=0,004), menor peso médio (2067 versus 2334 gramas, p=0,0016) e maior tempo de internação (10,6 versus 7,3 dias, p=0,0023) que as gestações concordantes dicoriônicas. Nas gestações discordantes, não houve diferença significativa em relação à corionicidade. As gestações discordantes, com pelo menos um RN abaixo do percentil 10, apresentaram menor média de idade gestacional (35,2 versus 36,8 semanas, p=0,009) e maior tempo de internação (17,5 versus 8,2 dias, p=0,026). Não foi observada diferença significativa de morbidade e mortalidade entre RNs concordantes e discordantes, com pesos entre os percentis 10 e 90. Os fetos menores das gestações discordantes demonstraram maior freqüência de índice de Apgar inferior a 7 (27,5% versus 7,5%, p=0,01). A avaliação da mortalidade não demonstrou diferença significativa em relação aos grupos concordantes (3,7%) e discordantes (4,5%; p = 1,00). No presente estudo, conclui-se que os quatro grupos apresentaram adequada correlação entre a discordância de peso à ultra-sonografia e no nascimento, porém com melhor predição até sete dias antes do parto. A morbidade neonatal esteve relacionada à RCF do menor feto. A discordância de peso e a corionicidade não interferiram na mortalidade neonatal. / The aim of this study was to evaluate the ability of prenatal ultrasound scans to predict fetal growth discordance in twin pregnancies and perinatal morbidity/mortality associated with these cases. This was a retrospective study (1998-2004) involving twin pregnancies that were scanned and had their delivery at our Institution (HCFMUSP). Cases with fetal malformations (n=43) or twin to twin transfusion syndrome (n=24) were excluded. The study of ultrasound scans consisted of 221 twin pregnancies. The final morbidity/mortality study group consisted of 151 twin pregnancies. Birth weight was evaluated based on twin growth charts published by Alexander et al (1998) and weight discordance as a difference >= 20%. Small for gestacional age (SGA) was defined as birth weight below the 10th centile. The study of ultrasonographic prediction of interwin discordance was made using four different intervals between ultrasound examination and delivery (0 to 7 days, n = 96; 8 to 14 days, n = 66; 15 to 21 days, n = 58; 22 to 28 days, n = 59 pregnancies), with a total of 279 ultrasound examinations. In group 0 to 7 days, the sensitivity was 93,6%, specificity was 79,4%, positive predicted values was 89,2%, negative predicted values was 87,1% and accuracy was 88,6%. In the groups 8 to 14 days, 15 to 21 days and 22 to 28 days the sensitivity and accuracy were 95,8% and 84,9%, 95,6% and 84,5%, 90,9% and 84,8%, respectively. Birthweight discordance was observed in 40 sets of twins (26.5%) and 12 cases were monochorionic MC (30%). Twenty five cases (22.5%) in the non discordant group were MC. In the non discordant group, monochorionic pregnancies showed lower gestational age at delivery (34.3 versus 36.2 wks, p=0.004), lower mean birth weight (2067g versus 2334g, p=0.0016) and longer length of stay in hospital (10.6 versus 7.3 days, p=0.0023) compared to dichorionic twins. In the group with twin birthweight discordance, there were no significant differences between MC and DC pregnancies and 75% of the cases had at least one newborn with SGA. These cases were showed lower gestational age at delivery (35.2 versus 36.8wks, p=0.009) and longer length of stay in hospital (17.5 versus 8.2 days, p=0.026). In the discordant group, the smaller twin had a higher frequency of first minute Apgar score < 7 (27.5% versus 7.5%, p=0.01). Perinatal mortality rate was similar in both groups (discordant 4.5% and concordant 3.7%, p=1.0). There were no significant differences in morbidity and mortality between concordant and discordant twins when birth weight was between the 10 th and 90 th centile. In conclusion, there was a good correlation between fetal growth discordance predicted by prenatal scan and actual birth weight discordance. Neonatal morbidity was related to SGA. Excluding fetal malformation and TTTS cases, birth weight discordance in twin pregnancies is not a significantly associated with neonatal mortality.
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Ciclo único de betametasona para maturação pulmonar fetal em casos com diástole zero ou reversa: impacto em resultados pós-natais / Single course of antenatal betamethasone therapy for the acceleration of fetal lung maturation in absent or reversed end-diastolic velocity in the umbilical arteries: impact on postnatal outcomes

Pereira, Luciana Carla Longo e 12 September 2007 (has links)
Para investigar o impacto em resultados pós-natais do uso de ciclo único de betametasona para maturação pulmonar em gestações (únicas, sem malformações fetais ou neonatais) com diástole zero ou diástole reversa à dopplervelocimetria das artérias umbilicais, foi conduzido estudo de coorte histórico com 62 recém-nascidos entre 26 e 34 semanas. Desses, 31 tinham uso antenatal do corticóide (nascidos entre maio de 2004 e julho de 2006) e 31 controles sem o uso da droga (nascidos entre janeiro de 2000 a março de 2004), pareados individualmente segundo índice de pulsatilidade para veias do ducto venoso (até 1,0 ou entre 1,01 e 1,50), idade gestacional ao nascimento (variação máxima de seis dias) e peso ao nascimento (variação máxima de 10%). Avaliaram-se: índice de Apgar de primeiro e quinto minutos, internação em unidade de terapia intensiva, uso de suporte respiratório (intubação orotraqueal, pressão positiva contínua nas vias aéreas, suplemento de oxigênio), tempo de internação, sobrevida, ocorrência de óbito (e causa principal), além da ocorrência de complicações (doença das membranas hialinas, displasia broncopulmonar, hemorragia intracraniana, retinopatia da prematuridade, persistência de canal arterial, enterocolite necrosante, sepse precoce e tardia). Fez-se análise estatística para os pares de recém-nascidos dos dois grupos, baseada na razão de pares discordantes e utilizaram-se os testes: t de Student para amostras pareadas, qui-quadrado de McNemar, de simetria assintótica, de Wilcoxon, de log-rank. No caso dos desfechos em que o uso de betametasona apresentou associação com ocorrência significativamente menor de complicações, foi calculado o número necessário para tratar para evitar o desfecho em um recém-nascido. Adotou-se significância de 5%. A média de idade gestacional foi de 29,4 semanas e, de peso, 794,2gramas. Os recém-nascidos cujas mães receberam betametasona apresentaram melhores índices de Apgar de primeiro minuto (p<0,001), uso de menos doses de surfactante exógeno (p=0,007), redução da freqüência de displasia broncopulmonar (p=0,02), persistência do canal arterial (p=0,002) e óbitos (p=0,008). As causas principais de óbito mais freqüentes foram hemorragia pulmonar e sepse, responsáveis por 64,5% do total dos óbitos. O número necessário para tratar relacionado à displasia broncopulmonar foi 3,2; à persistência do canal arterial, 2,4 e, ao óbito, de 2,8. O risco de óbito dos RN com uso antenatal de betametasona foi 60% menor do que aqueles sem essa terapia. A corticoterapia antenatal relacionou-se, de forma significativa, a melhores condições ao nascimento (com redução da freqüência de índices de Apgar de primeiro minuto inferiores a três); menos morbidade pós-natal (com uso de menor número de doses de surfactante exógeno, redução da ocorrência de displasia broncopulmonar e de persistência do canal arterial) e menor mortalidade. / A retrospective cohort study of 62 pregnancies with absent or reversed end-diastolic flow in the umbilical arteries was conducted in order to investigate the impact on postnatal outcome of a single course of antenatal betamethasone therapy for the acceleration of fetal lung maturation. Sixty-two singleton pregnancies, without fetal or neonatal anomalies, delivered during the period of January 2000 and July 2006 with a gestational age ranging from 26 to 34 weeks were included. The study included 31 newborns with the antenatal corticosteroid therapy and 31 nontreated, matched individually according to gestational age (within about six days), birth weight (within about 10%) and value of pulsatility index for veins in the ductus venosus (maximum of 1,0 or between 1,01 and 1,50). The outcomes assessed were: 1- and 5-minute Apgar scores, referral to the neonatal intensive care unit, need of tracheal intubation, use of continuous positive airway pressure, use of oxygen therapy, length of hospital stay, survival, in-hospital mortality (and main cause), use of surfactant, number of surfactant doses, and the occurrence of hyaline membrane disease, bronchopulmonary dysplasia, intracranial hemorrhage, retinopathy of prematurity, patent ductus arteriosus, necrotizing enterocolitis, early-onset and late-onset neonatal sepsis. Data from each matched-pair of infants were analyzed in terms of its discordance by the use of these tests: Student\'s t test for matched-pairs, McNemar´s chi-square test, symmetry test, Wilcoxon matched-pairs signed-ranks test, log-hank test. Numbers needed to treat in the case of beneficial effect were calculated for each outcome. A significance level of 5% was adopted for all tests. Mean of gestational age and birth weight were 29,4 weeks and 794,4grams. Infants whose mothers received antenatal betamethasone therapy had better 1-minute Apgar scores (p<0,001), use of fewer surfactant doses (p=0,007), reduction of the occurrence of bronchopulmonary dysplasia (p=0,02), patent ductus arteriosus (p=0,002) and in-hospital deaths (p=0,008). Pulmonary hemorrhage and sepsis were the two main causes of deaths (64,5% of the total of deaths). Number needed to treat related to bronchopulmonary dysplasia was 3,2; to patent ductus arteriosus was 2,4 and to in-hospital death was 2,8. The risk of death decreased of 60% by the use of antenatal steroid. Antenatal betamethasone therapy was significantly related to better birth conditions (reduction of 1-minute Apgar scores < 3), less morbidity (fewer surfactant doses and reduction on the occurrence of bronchopulmonary dysplasia and patent ductus arteriosus) and lower in-hospital mortality.
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Estudo comparativo entre ultra-sonografia com Doppler colorido, angiografia por ressonância magnética, por subtração digital 2D e 3D na doença dos vasos carotídeos cervicais / A comparative study of Doppler ultrasound, magnetic resonance angiography, 2D and 3D digital subtraction angiography in cervical carotid stenoocclusive disease

Barros, Cristiano Ventorim de 02 October 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: Os métodos diagnósticos não invasivos, como a ultra-sonografia com Doppler colorido (USDC) e a angiografia por ressonância magnética contrastada (ARMC) têm sido cada vez mais utilizados para o estudo da estenose das artérias carótidas internas (ACI). Nos testes comparativos a arteriografia por subtração digital bidimensional (ASD 2D) tem sido o padrão de referência, porém é um método caro, invasivo e com diversas complicações descritas, além disso, com a realização da arteriografia por subtração digital rotacional (ASD 3D), começou a se interrogar se a ASD 2D não estaria subestimando as estenoses. OBJETIVOS: Comparar as medidas de estenose obtidas pelos métodos não invasivos com a ASD 2D e 3D, utilizando o critério do North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial (NASCET), além de comparar os dois métodos invasivos entre si, tentando identificar se os métodos não invasivos podem substituir a ASD 2D na rotina e se a ASD 2D tende subestimar a estenose em relação a ASD 3D. MÉTODOS: 92 pacientes que haviam sido indicados de maneira prospectiva e consecutiva para realização da ASD 2D, foram selecionados para o estudo, sendo encaminhados para realizar também a ASD 3D, a ARMC e o USDC. Os resultados das medidas da maior estenose, realizadas através das imagens fonte em estação de trabalho, por dois observadores em consenso, obtidas em cada um dos testes (USDC, ARMC) e dos resultados concordantes dos dois, foi comparada com os exames de referência (ASD 2D e ASD 3D). Foi feita também uma avaliação dos resultados dos exames invasivos entre si. RESULTADOS: 98 ACI foram incluídas no trabalho. Os resultados obtidos pelo coeficiente de correlação de Pearson e pelo coeficiente de correlação intraclasse, que variaram de 0,91 a 0,96, demonstraram respectivamente uma excelente correlação entre as modalidades diagnósticas e que há uma forte concordância entre os seus resultados (ambos com p <0,001). Os valores de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia das diversas comparações variaram respectivamente de 76 a 100%, de 92 a 100%, 79 a 100%, 90 a 100% e 90 a 100%. DISCUSSÃO: As comparações com maior sensibilidade, especificidade e acurácia foram respectivamente a (USDC+ARMC) x ASD 3D com 100%, 100% e 100%; ARMC x ASD 3D com 100%, 96% e 97% e ASD 2D x ASD 3D, com 89%, 94% e 93%. A ASD 2D categorizou as estenoses em 11 casos (11,3%) uma classe abaixo das obtidas na ASD 3D, além de classificar 4 estenoses a menos que a ASD 3D na classe de 70-94%. CONCLUSÕES: Os métodos não invasivos principalmente se avaliados em conjunto podem substituir a ASD 2D na avaliação da estenose da ACI. A ASD 2D tendeu a subestimar levemente as estenoses quando comparada com a ASD 3D / INTRODUCTION: Noninvasive techniques such as Doppler ultrasound (DUS) and contrast enhanced magnetic resonance angiography (CEMRA) are each day more used in the evaluation of the internal carotid arteries (ICA). On comparison studies 2D digital subtraction angiography (2D DSA) has been considerate as the reference standard, however its an expensive and invasive method, with well known risks, besides the use of 3D digital subtraction angiography (3D DSA) showed that 2D DSA can potentially result in an underestimation of the stenosis. OBJECTIVES: Compare stenosis measurements of noninvasive methods with 2D and 3D DSA, using the North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial (NASCET) criteria, compare the two noninvasive methods with each other, trying to identify if they can substitute 2D DSA on the daily basis and if that 2D DSA tends to underestimate the stenosis compared with 3D DSA. METHODS: 92 patients that were prospective and consecutive scheduled for 2D DSA were selected to participate in the study which included perform also a 3D DSA, CEMRA and DUS. The measurements of the greatest stenosis, made with the raw images in a workstation, by two observers in consensus, obtained with each modality (DUS, CEMRA) and the concordant results of both, were compared with the reference standard (2D and 3D DSA). Also a comparison between the invasive methods was made. RESULTS: 98 ICA were included. The results obtained by Pearson correlation coefficient and intraclass correlation coefficient, that range from 0.91 and 0.96, showed respectively a excellent correlation between the diagnostic modalities and that there are a great agreement between them (both with p<0.001). Sensitivity, specificity, positive and negative predictive values, and accuracy values of the different comparisons range respectively from 76% to 100%, 92 to 100%, 79 to 100%, 90 to 100% and 90 to 100%. DISCUSSION: Comparisons with higher sensitivity, specificity and accuracy were respectively (DUS+CEMRA) x 3D DSA, with 100%, 100% and 100%; CEMRA x 3D DSA with 100%, 96% and 97% and 2D DSA x 3D DSA with 89%, 94% and 93%. 2D DSA categorized 11 cases (11,3%) of ICA stenosis as one category lower than 3D DSA, including 4 less cases of the 70-94% class. CONCLUSIONS: The noninvasive methods, especially if evaluated together, can replace 2D DSA in the study of cervical carotid steno-occlusive disease. 2D DSA tends to lightly underestimate carotid stenosis when compared to 3D DSA
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Ultra-sonografia transvaginal com dopplervelocimetria no estudo do volume, da espessura do estroma e da vascularização dos ovários na síndrome dos ovários policísticos / Transvaginal ultrasound with Doppler velocimetry to study stromal volume and thickness and vascularization of the ovaries in polycystic ovary syndrome

Gonçalves, Marcelo Afonso 04 September 2007 (has links)
INTRODUÇÃO - A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das mais controversas entidades da endocrinologia ginecológica. Após o simpósio de Rotterdam, em 2003, ficou evidente a importância da morfologia ovariana para o diagnóstico e para a composição dos fenótipos. A ultra-sonografia transvaginal com dopplervelocimetria pode ajudar a analisar as variáveis implicadas na vascularização e a monitorar os ovários. OBJETIVO - Avaliar o volume, a espessura do estroma e a vascularização dos ovários de mulheres com SOP. MÉTODO - Estudo prospectivo com cinqüenta mulheres que foram divididas em dois grupos (grupo SOP: n=30 e grupo Normal: n=20) e submetidas à ultra-sonografia transvaginal com Dopplervelocimetria, entre o terceiro e sexto dias do ciclo menstrual, para a avaliação do volume e da espessura do estroma do ovário e dos índices de resistência (IR) e pulsatilidade (IP) nas artérias uterinas, artérias ovarianas e vasos do estroma. RESULTADOS - No grupo SOP, o volume ovariano e a espessura do estroma ovariano foram significativamente maiores. Também o IR e o IP das artérias uterinas e ovarianas foram significativamente maiores. Já o IR e o IP dos vasos do estroma foram significativamente menores no grupo SOP, em comparação com o grupo Normal. CONCLUSÃO - As mulheres com SOP, em relação às mulheres normais, têm aumento do volume e da espessura do estroma dos ovários. Também apresentam diminuição do fluxo ovariano; porém, com aumento da vascularização do estroma. / INTRODUCTION: Polycystic ovary syndrome (PCOS) is one of the most controversial conditions in gynecological endocrinology. After the symposium in Rotterdam in 2003, the importance of ovary morphology has become evident for the diagnosis and the composition of phenotypes. Transvaginal ultrasound with Doppler velocimetry can help us analyze the variables implied in vascularization and monitor the ovaries of women with PCOS. METHOD: Prospective study with 50 women who were divided into 2 groups (PCOS group: n=30 and Normal group = 20), submitted to transvaginal ultrasound with doppler velocimetry between the third and sixth day of the monthly period to assess size and thickness of ovarian stroma and index of resistance (IR) and pulsatility (IP) of uterine arteries, ovarian arteries and stromal vessels. RESULTS: In the PCOS group, ovarian size and thickness of ovarian stroma were significantly greater. Uterine and ovarian arteries IR and IP were significantly higher. IR and IP of stromal vessels were significantly lower in the PCOS group relative to the Normal group. CONCLUSION: PCOS female patients compared to normal women have increase size and thickness of ovarian stroma. They also present reduced ovarian flow, but there is increased vascularization of the stroma.
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Avaliação de ateromatose subclínica em pacientes HIV/aids: determinação da velocidade de onda de pulso e da espessura média-íntima de carótidas / Evaluation of subclinical atheromatous disease in HIV/AIDS patients: assessment of pulse wave velocity (PWV) and carotid intimamedia thickness (IMT)

Eira, Margareth da 28 January 2010 (has links)
A terapia anti-retroviral altamente potente (HAART), determinou uma melhora significativa do prognóstico dos pacientes vivendo com HIV/aids. Contudo, a presença de toxicidades agudas e crônicas, incluindo risco aumentado de doenças cardiovasculares, acarretou novas implicações para a qualidade e expectativa de vida destes pacientes. O objetivo deste estudo foi determinar o risco cardiovascular de pacientes HIV/aids tratados e nãotratados com esquema HAART. De 02/2008 a 07/2009 foram incluídos 118 indivíduos entre 18 e 70 anos, procedentes do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e do Hospital Universitário da USP, além de voluntários saudáveis. Os indivíduos foram distribuídos em 4 grupos: (1) pacientes com infecção pelo HIV em uso de HAART; (2) pacientes com infecção pelo HIV sem tratamento (naïve); (3) pacientes diabéticos não insulino-dependentes (DM); (4) controle. Foram avaliados em todos os participantes: parâmetros bioquímicos, teste de tolerância oral à glicose, PCR ultra-sensível, microalbuminúria, sorologias para hepatite B e hepatite C, ECG, EMI, VOP, escore de risco de Framingham (ERF) e presença de síndrome metabólica (SM). Os pacientes DM tinham idade mais avançada (51,7 ± 9,7 anos) e 75, 8% eram do sexo feminino. Os dados foram ajustados para a idade (média ± erro-padrão). A relação cintura-quadril foi maior no grupo HAART que no controle (0,94 ± 0,01 vs. 0,88 ± 0,01, p< 0,0001); a pressão arterial sistólica média aferida no dia da visita foi maior no grupo HAART comparado ao grupo naive e controle (124,7 ± 2,3 vs. 118,1 ± 2,4 vs. 119,8 ± 2,2 mmHg, respectivamente; p= 0,001 e p= 0,005), e a pressão arterial diastólica média foi maior no grupo HAART que no naive (78,2 ± 1,8 vs. 75,9 ± 1,9 mmHg, respectivamente; p= 0,03); os níveis séricos de triglicérides estavam mais elevados no grupo HAART comparado aos grupos naive e controle (233,7 ± 193,4 vs. 137,3 ± 108,6 vs. 147,2 ± 87,3 mg/dL, respectivamente; p= 0,03 e p=0,04); microalbuminúria foi maior no grupo HAART que nos grupos naive e DM (86,2 ± 27,3 vs. 49,8 ± 30,5 vs. 30,8 ± 30,6 mg/dL, respectivamente; p= 0,01 e p= 0,009). A EMI da carótida direita foi maior no grupo naive comparado aos grupos HAART e controle (0,55 ± 0,02 vs. 0,52 ± 0,02 vs. 0,52 ± 0,02 mm, respectivamente; p< 0,0001), enquanto a EMI da carótida esquerda foi maior no grupo HAART comparado aos grupos naive e DM (0,64 ± 0,04 vs. 0,53 ± 0,04 vs. 0,52 ± 0,04, respectivamente; p< 0,0001). Houve diferença significativa em relação à VOP entre os grupos HAART e controle (9,7 ± 1,8 vs 8,7 ± 0,03 m/seg, p = 0,03). SM foi mais freqüente no grupo HAART que nos grupos naive e controle (41,4% vs. 25,0% vs. 28,1%, p= 0,0001). O ERF evidenciou risco alto em 27,6% dos pacientes do grupo HAART, o que foi significativo em relação aos grupos naive e controle (p=0,003). O nadir de CD4 foi menor nos pacientes do grupo HAART comparado ao grupo naive (208 ± 191 vs. 449 ± 176 células/L, p< 0,0001). A carga viral atual foi maior no grupo naive que no grupo HAART (13.633 ± 25.314 vs. 76 ± 61 cópias/ml, p= 0,005). Este estudo demonstra que pacientes com infecção pelo HIV em uso de HAART apresentam maior risco cardiovascular em relação aos pacientes não-tratados, evidenciado pela presença de maior freqüência de SM, maior ERF, maior rigidez arterial e presença de aterosclerose prematura mensurada pelo EMI da carótida esquerda. Isto ocorreu mesmo na ausência de viremia detectável, o que significa que devemos ter atenção para o risco de aterosclerose subclinica no seguimento de pacientes HIV/aids sob adequado tratamento antiretroviral, inclusive com eficaz controle imunológico e virológico. / The highly active antiretroviral therapy (HAART), led to a significant improvement in the prognosis of patients living with HIV/AIDS. However, the presence of acute and chronic toxicities, including increased risk of cardiovascular disease, yielded further implications for the quality and life expectancy of these patients. The aim of this study was to determine the cardiovascular risk of HIV/AIDS patients treated and untreated with HAART. From february/2008 to july/2009 we enrolled 118 subjects between 18 and 70 years, attending at the Institute of Infectious Diseases Emilio Ribas and the University Hospital from USP, as well as healthy volunteers. The subjects were divided into 4 groups: (1) patients with HIV-infection on HAART; (2) patients with untreated HIV-infection (ART-naive); (3) diabetic patients not insulin-dependent (DM); (4) controls. Were evaluated in all participants: biochemical parameters, oral glucose tolerance test, high-sensitivity Creactive protein, microalbuminuria, serologies for hepatitis B and hepatitis C, ECG, carotid IMT, PWV, Framingham risk score (FRE) and the presence of metabolic syndrome (MS). The DM patients were older (51.7 ± 9.7 years) and 75.8% were female. The data were adjusted for age (mean ± standard error). The waist-to-hip ratio was higher in the HAART-treated patients than in the controls (0.94 ± 0.01 vs. 0.88 ± 0.01, p< 0.0001), the mean systolic blood pressure measured on the day of the visit was higher in the HAARTtreated patients compared to the ART-naive and controls (124.7 ± 2.3 vs. 118.1 ± 2.4 vs. 119.8 ± 2.2 mmHg, respectively, p= 0.001 and p= 0.005), and the mean diastolic blood pressure was higher in the HAART-treated patients than in the ART-naive (78.2 ± 1.8 vs. 75.9 ± 1.9 mmHg, respectively, p= 0.03); serum triglycerides were higher in the HAART-treated patients compared to the ART-naive subjects and controls (233.7 ± 193.4 vs. 137.3 ± 108.6 vs. 147.2 ± 87.3 mg/dL, respectively, p= 0.03 and p= 0.04); microalbuminuria was higher in the HAART-treated patients than in the ARTnaive and DM (86.2 ± 27.3 vs. 49.8 ± 30.5 vs. 30.8 ± 30.6 mg/dL, respectively, p=0.01 and p=0.009). The right carotid IMT was increased in the ART-naive compared to HAART-treated patients and controls (0.55 ± 0.02 vs. 0.52 ± 0.02 vs. 0.52 ± 0.02 mm, respectively, p< 0.0001), while the left carotid IMT was increased in the HAART-treated patients compared to the ART-naive and DM (0.64 ± 0.04 vs. 0.53 ± 0.04 vs. 0.52 ± 0.04, respectively, p< 0.0001). There was significant difference in PWV between the HAART-treated patients and controls (9.7 ± 1.8 vs. 8.7 ± 0.03 m/s, p= 0.03). MS was more prevalent in the HAART-treated patients than in the ART-naive and controls (41.4% vs. 25.0% vs. 28.1%, p= 0.0001). The FRE showed high risk in 27.6% of HAART-treated patients, which was significant compared to ART-naive and controls (p= 0.003). The nadir CD4 count was lower in HAART-treated patients compared to the ART-naive (208 ± 191 vs. 449 ± 176 cells/L, p<0.0001). Current viral load was higher in the ART-naive than in the HAART-treated patients (13,633 ± 25,314 vs. 76 ± 61 copies/ml, p= 0.005). This study shows that patients with HIV infection receiving HAART have a higher cardiovascular risk compared to untreated patients, as evidenced by the presence of a higher frequency of MS, higher ERF, increased arterial stiffness and the presence of early atherosclerosis measured by left carotid IMT. These abnormalities occurred even in the absence of detectable viremia, which means that physicians must pay attention to the risk of subclinical atherosclerosis as a result of HIV-infected patients under appropriate antiretroviral treatment, including effective virological and immunological control.
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Acompanhamento pré e pós-natal dos casos com translucência nucal fetal aumentada / Prenatal and postnatal Follow-up of cases with increased fetal nuchal translucency thickness

Saldanha, Fatima Aparecida Targino 15 December 2004 (has links)
Objetivo: analisar o resultado das gestações e pós-natal dos fetos com translucência nucal (TN) aumentada. Método: Duzentos e setenta e cinco fetos com TN aumentada foram avaliados no setor de Medicina Fetal da Clínica Obstétrica do HC-FMUSP, com análise do cariótipo, ultra-sonografia seriada, ecocardiografias fetal e pós-natal e avaliação clinica genética pós-natal. Resultados: 14,2% apresentaram cariótipos alterados e 85,8% normais. A ultra-sonografia morfológica esteve alterada em 73,1% dos casos com cariótipo anormal e em 24,7% dos normais, destes, um terço apresentou malformações estruturais maiores, sendo 35,7% cardíacas. Resultados gestacionais adversos, como abortamento, óbitos intra-útero e neonatal ocorreram em 76,5% dos fetos com anomalias cromossômicas e em 10,2% com cariótipos normais. A avaliação pós-natal foi realizada em 72,7% das crianças, mostrando-se alterada em 14,8% dos casos. A freqüência de criança viva e saudável diminuiu com a medida da TN, que variou de 37,5%, nos casos com cariótipos normais, a 18,8% com cariótipos desconhecidos, quando a TN foi igual ou maior que 4,5 mm. Conclusão: Quanto maior a TN maior o risco de anomalias cromossômicas e, nos casos com cariótipos normais, maior a freqüência de malformações estruturais, em especial defeitos cardíacos, resultados gestacionais adversos e alterações à avaliação pós-natal / The aim of this study was to evaluate pregnancy and postnatal outcomes in fetuses with increased nuchal translucency thickness (NT). Two hundred seventy five fetuses with increased NT were examined with karyotyping analysys, serial ultrasound scans, ecocardiography and postnatal clinical and genetic evaluation at the Fetal Medicine Unit - Departament of Obstetrics - São Paulo University. The karyotype was abnormal in 14.2% of the cases and normal in 85.8%. At the anomaly scan, 73.1% of the abnormal karyotype and 24.7% of the normal fetuses presented structural abnormalities, one third of these were major malformations with 35.7% of cardiac defects. Adverse pregnancy outcome as miscarriages, intrauterine and neonatal deaths occurred in 76.5% of the abnormal karyotype group and in 10.2% of the normal. 72.7% of the infants with normal karyotype had postnatal examination with 14,8% presenting abnormalities. The chances of having a live and healthy child decreased with increased NT thickness. For NT above 4.5mm this varied from 18.8%, for an unknown karyotype result, to 37.5% for a normal karyotype. The chances of abnormal karyotype increased with NT thickness. In addition, when the karyotype was normal, the frequency of fetal malformations, specially heart defects, adverse pregnancy outcome and postnatal abnormalities increased with NT thickness
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Construção de curvas de normalidade dos índices dopplervelocimétricos das circulações uteroplacentária, fetoplacentária e fetal / Reference ranges for Doppler flow velocity indices of the uteroplacental, fetoplacental and fetal circulation in normal pregnancies

Kathia Sakamoto 04 April 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A dopplervelocimetria foi incorporada à propedêutica obstétrica por ser um método rotineiro e não-invasivo, que possibilita a avaliação da função placentária e da resposta fetal à hipoxia em gestações de alto risco. Várias curvas de valores de referência dos índices dopplervelocimétricos dos vasos de interesse na especialidade já foram publicados, porém os mais antigos utilizaram tecnologia ultra-sonográfica inferior à disponível atualmente; outros apresentaram falhas na execução do estudo (por ex. tamanho e seleção da amostra, número de exames; método estatística na análise dos dados). OBJETIVO: Este estudo tem como finalidade a confecção de curvas de normalidade dos índices dopplervelocimétricos das circulações uteroplacentária (artérias uterinas direita e esquerda maternas - AUT), fetoplacentária (artérias umbilicais - AU) e fetal (artéria cerebral média - ACM, aorta torácica descendente - ATD e ducto venoso - DV), da 14ª à 42ª semana de gestação, confeccionadas a partir de dados obtidos prospectivamente e longitudinalmente, de gestações normais cujos resultados de parto e neonatal não foram adversos. MÉTODOS: As gestantes foram recrutadas e avaliadas nas unidades de atendimento pré-natal de baixo risco da Clínica Obstétrica no Setor de Avaliação da Vitalidade Fetal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil; no período de abril de 2000 a maio de 2004. Das 294 pacientes que foram recrutadas, somente 154 foram selecionadas para fazer parte da amostra analisada. As 908 avaliações dopplervelocimétricas foram realizadas somente por um operador, com taxa de sucesso de exame maior que 94% para cada vaso estudado. Foram utilizados aparelhos de ultra-sonografia com Doppler pulsátil e imagem em tempo real com dispositivo de mapeamento colorido de fluxo. Na análise estatística, adotou-se método de efeitos aleatórios ou modelo de múltiplos níveis descrito por Royston (1995). A distribuição dos valores dos índices para cada idade gestacional (IG em semanas) foi estudada. Quando verificada distribuição não-normal dos valores, aplicou-se modelos de transformação, sendo escolhido o modelo mais simples. Os valores originais dos índices foram mantidos quando a transformação não surtiu melhora da distribuição dos dados. A variável tempo (IG em semanas) foi testada por modelos de transformação polinomial (polinômios fracionários), sendo escolhido aquele que apresentou melhor desempenho. RESULTADOS: Foram determinados os intervalos de referência condicional e não-condicional dos valores dos índices dopplervelocimétricos de cada vaso, utilizando-se intervalo de confiança de 90% (alfa = 0,10). Após comparação, por sobreposição das curvas obtidas, considerando-se os intervalos de referência condicional e não-condicional, optou-se pelo uso dos valores calculados a partir de intervalos de referência não-condicionais por apresentarem curvas mais suaves e os valores serem muito semelhantes. CONCLUSÃO: foram obtidas as curvas de normalidade dos índices dopplervelocimétricos das AUT, das AU, das ACM e ATD fetais (relação S/D, IP e IR); e do DV (relação S/a, IPV e IDV), da 14ª à 42ª semana de gestação, a partir de dados coletados longitudinalmente de população brasileira, apresentando os percentis 5, 50 e 95. / INTRODUCTION: The Doppler velocimetry is a non-invasive method that allows the evaluation of the placental function and the fetal response to hypoxia in high-risk pregnancies. Many publications have presented the Doppler velocimetric indices reference ranges of the vessels. However, the oldest ones used inferior Doppler ultrasound technology when compared to what is currently available. Others have shown flaws in the methods size and selection of the samples, number of exams performed, the use of inappropriate statistical method to analyze the obtained data. OBJECTIVE: The purpose of this study is to construct the normal Doppler velocimetric indices reference ranges of the uteroplacental (maternal right and left uterine arteries - UAT), fetoplacental (umbilical arteries - UA) and fetal (middle cerebral artery - MCA, descendent thoracic aorta - DTA, ductus venosus - DV) circulations. Prospective and longitudinal data was obtained from normal pregnancies from 14 to 42 gestational weeks with normal delivery and neonatal outcomes. METHODS: Pregnant women were recruited from low-risk prenatal care units, and examined in the Fetal Surveillance Unit at the Obstetric Clinic (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, SP, Brazil), between April 2000 and May 2004. Two-hundred ninety-four patients were recruited and 154 qualified to be part of the sample. A total of 908 Doppler velocimetric evaluations were performed by the same operator with a success rate of greater than 94% for each vessel studied, using ultrasound equipment with pulsatile Doppler and real-time color flow mapping technology. Random effects or multilevel models described by Royston (1995) were used in the analysis of the data obtained. The indices and the gestational age (in weeks) were tested for normal distribution by using fitted models and fractional polynomials transformation, respectively. When the transformed data did not show improvement in the normal distribution, the original values were used. RESULTS: The conditional and unconditional reference intervals for the 90% confidence interval were obtained for the indices of each vessel. Since the comparison between the unconditional and conditional reference intervals curves were very similar, the curves of the unconditional reference intervals were presented as they showed smoothed lines. CONCLUSION: The normal reference ranges of the Doppler velocimetric indices S/D ration, pulsatility index (PI) and resistance index (RI) of the UAT, UA, fetal MCA and DTA; and the S/a ratio, pulsatility index for veins (IPV) and DV index (IDV) of the DV were obtained from normal pregnancies between 14 and 42 weeks\' gestation, in a prospective and longitudinal study of the Brazilian population.
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Acompanhamento pré e pós-natal dos casos com translucência nucal fetal aumentada / Prenatal and postnatal Follow-up of cases with increased fetal nuchal translucency thickness

Fatima Aparecida Targino Saldanha 15 December 2004 (has links)
Objetivo: analisar o resultado das gestações e pós-natal dos fetos com translucência nucal (TN) aumentada. Método: Duzentos e setenta e cinco fetos com TN aumentada foram avaliados no setor de Medicina Fetal da Clínica Obstétrica do HC-FMUSP, com análise do cariótipo, ultra-sonografia seriada, ecocardiografias fetal e pós-natal e avaliação clinica genética pós-natal. Resultados: 14,2% apresentaram cariótipos alterados e 85,8% normais. A ultra-sonografia morfológica esteve alterada em 73,1% dos casos com cariótipo anormal e em 24,7% dos normais, destes, um terço apresentou malformações estruturais maiores, sendo 35,7% cardíacas. Resultados gestacionais adversos, como abortamento, óbitos intra-útero e neonatal ocorreram em 76,5% dos fetos com anomalias cromossômicas e em 10,2% com cariótipos normais. A avaliação pós-natal foi realizada em 72,7% das crianças, mostrando-se alterada em 14,8% dos casos. A freqüência de criança viva e saudável diminuiu com a medida da TN, que variou de 37,5%, nos casos com cariótipos normais, a 18,8% com cariótipos desconhecidos, quando a TN foi igual ou maior que 4,5 mm. Conclusão: Quanto maior a TN maior o risco de anomalias cromossômicas e, nos casos com cariótipos normais, maior a freqüência de malformações estruturais, em especial defeitos cardíacos, resultados gestacionais adversos e alterações à avaliação pós-natal / The aim of this study was to evaluate pregnancy and postnatal outcomes in fetuses with increased nuchal translucency thickness (NT). Two hundred seventy five fetuses with increased NT were examined with karyotyping analysys, serial ultrasound scans, ecocardiography and postnatal clinical and genetic evaluation at the Fetal Medicine Unit - Departament of Obstetrics - São Paulo University. The karyotype was abnormal in 14.2% of the cases and normal in 85.8%. At the anomaly scan, 73.1% of the abnormal karyotype and 24.7% of the normal fetuses presented structural abnormalities, one third of these were major malformations with 35.7% of cardiac defects. Adverse pregnancy outcome as miscarriages, intrauterine and neonatal deaths occurred in 76.5% of the abnormal karyotype group and in 10.2% of the normal. 72.7% of the infants with normal karyotype had postnatal examination with 14,8% presenting abnormalities. The chances of having a live and healthy child decreased with increased NT thickness. For NT above 4.5mm this varied from 18.8%, for an unknown karyotype result, to 37.5% for a normal karyotype. The chances of abnormal karyotype increased with NT thickness. In addition, when the karyotype was normal, the frequency of fetal malformations, specially heart defects, adverse pregnancy outcome and postnatal abnormalities increased with NT thickness
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Estimativa do peso do recem-nascido por meio de medidas ultrassonograficas bidimensionais e do volume da coxa fetal / Birth weight precition by two-dimensional ultrasound measurements and fetal thigh volume

Bennini Junior, João Renato, 1978- 27 November 2018 (has links)
Orientadores: Cleisson Fabio Andrioli Peralta, Ricardo Barini / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-11-27T11:44:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 BenniniJunior_JoaoRenato_M.pdf: 1809698 bytes, checksum: 399e6ab502353af527e35953428d5e09 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: Introdução: Alguns estudos demonstram que a predição do peso fetal usando a volumetria dos membros fetais é mais precisa do que quando se usam medidas bidimensionais (2D). Até hoje, somente o método multiplanar foi utilizado para a volumetria dos membros fetais. Desta forma, a utilidade do método rotacional (VOCAL®) para este fim nunca foi testada. Objetivos: Avaliar as variabilidades intra e interobservadores e a concordância entre as medidas do volume da coxa fetal realizadas com os métodos multiplanar e VOCAL®. Comparar as acurácias das fórmulas com medidas do volume da coxa fetal com as acurácias das fórmulas com medidas 2D. Comparar as acurácias das fórmulas deste estudo com as acurácias das fórmulas já publicadas. Métodos: 210 pacientes foram avaliadas, formando um grupo para gerar as fórmulas (n = 150) e um grupo para validá-las (n = 60). Os pacientes utilizados para gerar as fórmulas também foram utilizados para avaliar as variabilidades intra e interobservadores e a concordância entre as medidas realizadas pelos métodos multiplanar e VOCAL®. Foram utilizadas análises de regressão polinomial para criar uma equação com medidas 2D, uma com o volume da coxa fetal medido pelo método multiplanar (CoxaM) e uma com o volume da coxa fetal medido pelo método VOCAL® (CoxaV). Utilizaram-se testes t de Student pareados para comparar as acurácias das equações deste estudo com as acurácias das fórmulas já publicadas. Foram utilizadas análises proporcionais de Bland e Altman para avaliar as variabilidades intra e interobservadores e a concordância entre as medidas realizadas pelos métodos multiplanar e VOCAL®. Resultados: A diferença média percentual entre as medidas pelos métodos multiplanar e VOCAL® foi de -0,04 com limites de concordância de 95% de -8,17 e 8,09. A diferença média percentual e os limites de concordância de 95% entre as medidas na avaliação das variabilidades intra e interobservadores foram -1,10 (-7,67 to 5,47) e 0,61 (-7,68 to 8,91) para o método VOCAL® e 1,03 (-6,35 to 8,41) e -0,68 (-11,42 to 10,06) para o multiplanar. As melhores fórmulas para cálculo do peso fetal estimado (PFE) foram: PFE = -562.824 + 11.962 x CA x CF + 0,009 x DBP² x CA² (CA: circunferência abdominal; CF: comprimento femoral; DBP: diâmetro biparietal); PFE = 1033.286 + 12.733 x CoxaM; PFE = 1025.383 + 12.775 x CoxaV. Tanto no grupo que gerou as fórmulas como no grupo utilizado para validá-las não houve diferença significativa entre as acurácias das fórmulas com medidas 2D ou tridimensionais (3D). Quando aplicadas nas pacientes deste estudo, as acurácias das fórmulas 2D e 3D já publicadas foram significativamente piores dos que as das novas fórmulas. Conclusões: Os métodos VOCAL® e multiplanar são intercambiáveis para a volumetria da coxa fetal. Possivelmente as maiores fontes de discrepâncias na estimativa do peso fetal são as diferenças fenotípicas entre as pacientes utilizadas para criar as fórmulas. Os dados deste estudo reforçam a necessidade de fórmulas específicas para cada população, independentemente do uso de medidas 2D ou 3D. / Abstract: Introduction: Some authors have demonstrated that the prediction of birth weight using fetal limb volumetry is more precise than with two-dimensional ultrasound (2DUS). To date, only the multiplanar method has been used for fetal limb volumetry, so the usefulness of the rotational technique (VOCALTM - Virtual Organ Computer- aided AnaLysis) for this purpose has never been tested. Objectives: To evaluate the repeatability, reproducibility and agreement of measurements performed with multiplanar and VOCALTM techniques for total fetal thigh volumetry. To compare the accuracies of birth-weight-predicting models with total fetal thigh volumetry with models derived from 2DUS parameters. To compare the performances of our new formulas with those of previously published equations. Methods: 210 patients were prospectively evaluated to compose a formula-generating group (n = 150) and a prospective-validation group (n = 60). The patients of the formula-generating group were also used to evaluate the repeatability, reproducibility and the agreement of the measurements of multiplanar and VOCALTM techiniques for fetal thigh volumetry. Polynomial regression analysis was performed in the formula-generating group to generate one equation with 2DUS measurements, one with fetal thigh volume measured by the multiplanar technique (ThiM) and one with fetal thigh volume obtained by the VOCALTM method (ThiV). Paired samples t-tests were used to compare the accuracies of our equations with those of previously published 2D and three-dimensional (3D) equations. Proportionate Bland and Altman analyses were performed to determine the agreement between the two methods and to evaluate intra- and inter-observer variability. Results: The mean percentage difference between measurements performed with the VOCALTM and multiplanar techniques was -0.04 and the 95% limits of agreement were -8.17 and 8.09. The mean percentage difference and 95% limits of agreement between paired measurements in the assessment of intra- and inter-observer variability were -1.10 (-7.67 to 5.47) and 0.61 (-7.68 to 8.91) for the VOCALTM technique and 1.03 (-6.35 to 8.41) and -0.68 (-11.42 to 10.06) for the multiplanar method. The formulas with the best fit for the prediction of birth weight (EFW) were: EFW = -562.824 + 11.962 x AC x FL + 0.009 x BPD² x AC² (AC: abdominal circumference; FL: femur length; BPD: biparietal diameter); EFW = 1033.286 + 12.733 x ThiM; EFW = 1025.383 + 12.775 x ThiV. For both the formula-generating and the rospective-validation groups, there was no significant difference between the accuracies of the new 2DUS and 3DUS models. When applied to our population, the accuracies of previously published 2DUS and 3DUS formulas were significantly worse than our models. Conclusions: The VOCALTM and multiplanar techniques can be used interchangeably for total fetal thigh volumetry. We believe that the greatest sources of discrepancies in estimation of birth weight are the phenotypic differences among patients used to create each of the formulas mentioned in this study. Our data reinforce the need for customized birth weight prediction formulas, regardless of whether 2DUS or 3DUS measurements are employed. / Mestrado / Tocoginecologia / Mestre em Tocoginecologia

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