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[en] THE ETHICS OF DUTY IN KANT AND THE ETHICS OF DESIRE IN LACAN: COMMON ISSUES AND DIFFERENCES / [pt] A ÉTICA DO DEVER EM KANT E A ÉTICA DO DESEJO EM LACAN: APROXIMAÇÕES E DIFERENÇASMARICIA AGUIAR CISCATO 05 October 2007 (has links)
[pt] Na Crítica da Razão Prática (1788), Kant debruça-se sobre
o problema da
ética a fim de apresentar um enunciado capaz de
fundamentar e orientar a ação
humana. O imperativo categórico vem encarnar aquilo que é
o coração de uma
ética denominada por Kant de ética do dever, calcada na
razão e em uma vontade
dita pura, desvinculada de todas as inclinações chamadas
patológicas, ou seja,
desvinculada do prazer e da felicidade. Cerca de um século
depois, Freud, ao
afirmar que o eu não é senhor em sua própria morada, lança
o sujeito racional a
um lugar desconcertante, com um controle ínfimo sobre suas
ações e decisões.
Diferente de Kant, Freud não acredita que o sujeito está
inclinado ao prazer e à
felicidade. Aquilo que está além do Princípio do Prazer é
uma noção freudiana
fundamental, retomada por Lacan quando, em 1959, ele se
propõe a abordar, em
seu seminário de número sete, uma ética da psicanálise. A
vontade pura,
formulada por Kant para pensar a ética do dever, torna-se,
então, referência maior
para que Lacan aborde o que denomina de desejo puro.
Aproximando-se daquilo
que no sujeito aponta para além do princípio do prazer,
Lacan, em um movimento
inesperado, remete a proposta ética kantiana à filosofia
libertina de Sade, pois
acredita que Sade ajuda a explicitar a divisão do sujeito;
divisão presente, mas
velada em Kant. Aquilo que no sujeito aponta para além do
princípio do prazer é,
assim, fundamental para Lacan construir uma ética que
coloca o desejo em
primeiro plano. É também o que traz à ética da psicanálise
um sério problema,
uma vez que a remete a uma dimensão trágica. Antígona, de
Sófocles, serve a
Lacan para demonstrar aonde se pode chegar com o desejo
puro. / [en] In his Critique of Practical Reason (1788), Kant takes
onto himself the task of
working on the problem of ethics in order to present a
statement capable to base
and guide human action. The categorical imperative comes
to incarnate that which
is the heart of an ethics called by Kant the ethics of
duty, based on reason and on
an allegedly pure will, disentailed of all the so called
pathological inclinations, in
which the individual would find pleasure and happiness.
About a century later,
Freud, stating that the Ego is not the master of its own
house, throws the rational
subject in a baffling place, with very little control of
its action and decisions.
Unlike Kant, Freud does not believe that the subject is
inclined to pleasure and
happiness. That which is beyond the Pleasure Principle is
a basic Freudian notion,
retaken by Lacan in 1959, the seventh year of his
seminary, in order to deal with
the ethics of psychoanalysis. Pure will, formulated by
Kant to think the ethics of
duty, becomes, hence, a major reference in what Lacan
comes to call pure desire.
Coming close to that which in the subject seems to point
beyond the pleasure
principle, Lacan, in an unexpected movement, sends the
Kantian ethical
proposition to the libertine philosophy of Sade, believing
that Sade may help in
his attempt of explicitating the subject's division,
present yet veiled in Kant. That
which points beyond the pleasure principle is, thus,
fundamental for Lacan to
build an ethics that places desire in the foreground. It
is also what brings a serious
problem to the ethics of psychoanalysis: its tragic
dimension. Sophocles
Antigone helps Lacan to demonstrate what can one come to
when pure desire is
taken to its extreme.
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[en] MUSIC AS TONKUNST: ABOUT MUSIC AND BEAUTIFUL AS WRITTEN BY IMMANUEL KANT AND EDUARD HANSLICK / [pt] MÚSICA COMO TONKUNST: SOBRE O BELO MUSICAL DE IMMANUEL KANT E EDUARD HANSLICKVICTOR DI FRANCIA ALVES DE MELO 15 January 2016 (has links)
[pt] O presente trabalho discorre sobre o estatuto da música na terceira crítica de Immanuel Kant e no livro Do Belo Musical de Eduard Hanslick. A Crítica da Faculdade do Juízo trata da impossibilidade de um belo musical a partir dos conceitos de forma, reflexão, do belo como símbolo do moralmente bom e da relação entre música e afetos. Por outro lado, Hanslick confere à música o estatuto de bela arte ao desassociar o conteúdo afetivo subjetivo do próprio material constitutivo da obra musical, para ele, sons em movimento. Para atingir tal objetivo, Hanslick se utiliza do conceito de fantasia como uma contemplação com intelecto, anterior a qualquer interesse ou desinteresse. Assim, as duas concepções influenciam e refletem o pensamento filosófico sobre estética musical entre o século XVIII e o século XIX. O texto se estrutura em dois capítulos: o primeiro se volta para a Crítica da Faculdade do Juízo em sua segunda edição publicada em 1793, enquanto que o segundo aborda o livro de Eduard Hanslick publicado primeiramente em 1854. A conclusão do trabalho aponta para a influência das idéias discutidas pelos dois autores nas obras de Georg Wilhelm Friedrich Hegel e Arthur Schopenhauer, como também para um possível ajuizamento do belo musical a partir de um elemento desconsiderado tanto por Kant quanto por Hanslick: o tempo. / [en] This paper discusses the status of music in the third critique of Immanuel Kant and the book On the Beautiful in Music of Eduard Hanslick. The Critique of Judgment comes from the impossibility of a beautiful musical based on the concepts of shape, reflection, beautiful as a symbol of the morally good and the relation between music and affection. However, Hanslick gives the music the status of fine art to disassociate the subjective affective content of material used for the musical work itself, for him, sounds in movement. To achieve this objective, the author uses the concept of fantasy as a contemplation with intellect prior to any interest or disinterest. Thus, the two conceptions of music influence and reflect the philosophical thought on aesthetics between the eighteenth and the nineteenth century. The work is divided into two chapters: the first turns to the Critique of Judgment in its second edition published in 1793 while the second addresses Eduard Hanslick s book first published in 1854. Completion of this work points to the influence of ideas discussed by the authors in the works of Georg Wilhelm Friedrich Hegel and Arthur Schopenhauer, as well as for possible prosecution of the beautiful music from an element disregarded by Kant and by Hanslick: the time.
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[en] CONSTITUTIONAL JUSTICE: THE BASIS IN THE THEORIES OF KANT AND RAWLS / [pt] JUSTIÇA CONSTITUCIONAL: FUNDAMENTOS NAS TEORIAS DE KANT E DE RAWLSCARLOS ALBERTO PEREIRA DAS NEVES BOLONHA 01 October 2008 (has links)
[pt] Justiça Constitucional: fundamentos nas teorias de Kant e
de Rawls tem por objeto a investigação dos principais
elementos conceituais das teorias de Kant
e de Rawls e sua contribuição para uma proposta de justiça
em nível constitucional. Pretende-se a compreensão das
principais categorias moralfilosóficas destes pensadores de
maneira a se correlacionar as teses universalista e
procedimental em contextos da modernidade e da
contemporaneidade. Busca-se, pois, enfrentar as
perspectivas teóricas sobre justiça e constitucionalidade de
maneira complementar, enfocando a necessidade da teoria
constitucional discutir, precipuamente na visão do neo-
constitucionalismo, as teorias da moral, base para
a dimensão dos valores sócio-políticos. Destacam-se, em
especial, alguns valores, pré-normativos, que devem ser
apontados e difundidos como imperativos para
uma sociedade constitucionalmente organizada, de vias
democrática e cooperativa e moralmente sustentável. A
hipótese, ora pretendida, baseia-se na demonstração
teórica de que a justiça, conceitualmente compreendida, se
funda numa dimensão de valores categóricos, moralmente
aceita pelos agentes sociais, e possibilita a
fundamentação de um Estado constitucional. Este é o ponto
central da pesquisa ora desenvolvida. / [en] A doctorate thesis proposal about the basis of
constitutional justice in Kant
and Rawls demands one investigation of the basilar premises
and concepts of the
theories of the philosophies of Kant and Rawls and its
contribution to justice in
constitutional level. This research intend to comprehend
the main moral and
philosophical concepts of these philosophers in the way of
their universalistic and
procedural theories in the contemporary constitutional
context. We try to focus on
the necessity of the constitutional theory discuss, as the
new proposal of the neoconstitutionalism,
the moral theories as a social and political values. The
hypothesis is based on the theoretical demonstration that
justice has its foundation
in categorical values, morally accepted by the social
agents, and assure the
possibility of a constitutional state, in fair terms of
social cooperation and moral
values.
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[pt] A NOÇÃO DE SUBLIME EM KANT E A QUESTÃO DA COMOÇÃO NA ARTE / [en] THE SUBLIME IN KANT’S THEORY AND THE ISSUE OF EMOTION IN ARTALEXANDRA DE ALMEIDA 07 October 2009 (has links)
[pt] Em que medida a arte, hoje, nos aproximaria da experiência da comoção
como experiência de limites? É a partir desta primeira grande questão que se
constrói esta dissertação. Aqui, é proposta uma reflexão filosófica sobre o sublime
kantiano como categoria estética, cujo deslocamento, da esfera da natureza para a
da arte, nos permitiria cogitar o acesso a um espectador, penso, cada vez mais
dominado pela apatia. Trata-se de uma interrogação destinada à produção de arte
na atualidade, em especial, às artes visuais, a partir do sublime kantiano. / [en] To what extent would art, in our days, bring us closer to the experience of
emotion as an experience of limits? It is upon this first important question that this
dissertation is built. Proposed herein is a philosophical reflection on Kant’s
sublime as an aesthetic category whose shift from nature’s to art’s sphere would
allow us to consider the possibility of getting access to a spectator seemingly
increasingly dominated by apathy, a characteristic aspect of the mass culture he is
inserted into. An interrogation directed towards art’s production in present times,
in particular in the visual arts, from the perspective of Kant’s sublime.
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[en] AESTHET-ICS AND MORALITY IN KANT: THE RELATIONSHIP BETWEEN THE SUBLIME AND MORAL SENTIMENT IN THE CRITIQUE OF THE FACULTY OF JUDGMENT / [pt] ESTÉTICA E MORALIDADE EM KANT: A RELAÇÃO ENTRE O SUBLIME E O SENTIMENTO MORAL NA CRÍTICA DA FACULDADE DO JUÍZOALEXANDRE MEDEIROS DE ARAUJO 11 June 2012 (has links)
[pt] O objetivo da dissertação é relacionar estética e moralidade a partir do ajuizamento estético do sublime, em Kant. Levando-se em conta que na Analítica do Sublime da Crítica da faculdade do juízo, Kant inúmeras vezes se refere ao sentimento ou ajuizamento do sublime como tendo uma relação com a moralidade a partir do sentimento moral ou o sentimento de respeito, sem, contudo, explicitar de que modo se daria essa relação, a hipótese que norteia a presente dissertação consiste na afirmação de uma ligação significativa entre sentimento estético e moralidade, argumentando que o ajuizamento do sublime atende a uma necessidade no inteiro sistema da filosofia kantiana, a saber, o estabelecimento da primazia do prático, sem que, contudo, seja ao preço da perda da autonomia do ajuizamento estético. / [en] The scope of this dissertation is to relate aesthetics and morality based on the aes-thetic judgment of the sublime in Kant. Taking into consideration that in the Analytic of the Sublime from the Critique of the Power of Judgment, Kant repeatedly refers to the sentiment or judgment of the sublime as being related to morality based on the moral sen-timent or feeling of respect, without however explaining how this relationship might work in practice, the hypothesis that underpins this dissertation consists of the affirmation of a significant link between aesthetic sentiment and morality, arguing that the judgment of the sublime fulfills a need in the entire structure of Kantian philosophy, namely establishing the primacy of the practical, however without involving the loss of autonomy of aesthetic judgment.
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[en] THE INFINITE JUDGMENTS: THEIR FUNCTION AND THEIR NATURE - SOME ASPECTS OF THE PREDICATIVE NEGATION IN THE CRITIQUE OF PURE REASON / [pt] FUNÇÃO E NATUREZA DOS JUÍZOS INFINITOS: ASPECTOS DA NEGAÇÃO PREDICATIVA NA CRÍTICA DA RAZÃO PURAFABIO FRANCOIS MENDONCA DA FONSECA 03 March 2008 (has links)
[pt] O trabalho se destina a elucidar os motivos pelos quais
Kant postula, na
Crítica da Razão Pura, a tese de que os juízos infinitos
da forma S é não-P não se
reduzem aos afirmativos da forma S é P e nem aos negativos
da forma S não é
P. A distinção não parece se sustentar na abordagem
extensional que é própria da
Lógica Geral, uma vez que a equivalência entre juízos
infinitos e negativos se revela
incontornável. O método adotado segue as advertências
dadas pelo próprio Kant e
consiste em localizar algum passo da argumentação
desenvolvida na Dialética
Transcendental onde esta forma judicativa desempenhe um
papel exclusivo e
imprescindível. Duas hipóteses são examinadas. A primeira
é que os juízos infinitos
têm papel essencial na formulação e na solução da Primeira
Antinomia da Razão
Pura. A segunda é que têm função na formulação do
Princípio da Determinação
Completa, o qual é suscitado a pretexto de se elucidar o
Ideal Transcendental da
Razão Pura. Esta segunda hipótese se mostrará de fato a
solução do nosso
problema, mas terá repercussões sérias na interpretação de
toda Crítica da Razão
Pura, sobretudo ao pressupor um aspecto intensional da
predicação que, no geral,
tem sido desconsiderado e, por vezes, até mesmo recusado
pelo comentário da
filosofia de Kant. / [en] The task of this work is explaining why Kant claims in
Critique of Pure
Reason that infinite judgments of the form S is not-P are
not reducible to the
affirmative ones of the form S is P nor to the negative
ones of the form S is not
P The distinction does not seem justifiable in the
extensional approach that is
proper of General Logic, since the equivalence between
infinite and negative
judgments ends up to be inevitable. We adopt a method that
is suggested by Kant s
advices, which consists in looking for some moment in the
discussion of
Transcendental Dialectic where this form of judgment plays
an exclusive and
indispensable role. Two hypotheses are examined. The first
one is that infinite
judgments have an essential role in the formulation and in
the solution of the First
Antinomy of Pure Reason. The second one is that they have
function in the
formulation of the Principle of Complete Determination,
which is mentioned in
order to explain the Transcendental Ideal of Pure Reason.
Actually, this second
hypothesis will show up as the solution for our problem,
but also will have strong
repercussions at the interpretation of the whole Critique
of Pure Reason, especially
for presupposing an intensional aspect of predication that
generally has been ignored
and sometimes denied by Kantian philosophy s commentators.
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[en] SUBJECTIVITY, ETHICS, POLITICS: FROM THE LIMITS OF THE SUBJECT TO THE SUBJECT AT THE LIMITS / [pt] SUBJETIVIDADE, ÉTICA, POLÍTICA: DOS LIMITES DO SUJEITO AO SUJEITO NO LIMITENATALIA MARIA FELIX DE SOUZA 26 August 2011 (has links)
[pt] A dissertação se debruça sobre os pensamentos de Immanuel Kant e Michel
Foucault a fim de estabelecer uma compreensão sobre as relações que podem ser
traçadas entre o elemento da subjetividade e o da política. Tentar-se-á identificar,
através do trabalho de Kant, os termos pelos quais o sujeito moderno foi
assimilado a um modelo de autonomia que seria sua única garantia de realização
plena. Ele será visto como um teórico dos limites, autorizando as fronteiras que
separam o que é humano daquilo que não o é, e que o faz justamente ao minimizar
a política a uma instrumentalidade técnica a serviço de uma ética universal da lei.
Apontando para as impossibilidades constituintes desse modelo, bem como para a
insuficiência de uma política enquadrada nesses termos, o artigo passará, então, a
uma leitura da obra de Foucault. Nesta, o autor será encontrado negociando nas
fronteiras, mas, à diferença de Kant, irá recusar sua estabilização mediante apelos
a um universal. Nesse sentido, seu pensamento será investigado a fim de
compreender a partir de que chaves torna-se possível pensar a política a partir de
esquemas menos totalizantes, movendo-se para além do modelo de um sujeito
racional idêntico a si mesmo. / [en] The dissertation turns to the thoughts of Immanuel Kant and Michel
Foucault in order to establish a comprehension on the relations that could be
traced between the elements of subjectivity and politics. It will try to identify in
Kant’s work the terms through which the modern subject was assimilated to a
model of autonomy, which would be its only guarantee of fulfillment. He will be
seen as a theorist of limits, authorizing the frontiers that separate what is human
from what is not, doing it by minimizing politics to a technical instrumentality in
favour of a universal ethics of law. By pointing to the impossibilities of this
model, as well as to the insufficiency of a politics framed in these terms, the
article will move, then, to a reading of Foucault’s oeuvre. Its author will be found
negotiating at the frontiers, but, differently from Kant, refusing its stabilization
through appeals to a universality. In this sense, his thought will be investigated in
order to pin down which keys allow thinking about politics in less totalizing
schemes, moving beyond the model of a rational subject identical to itself.
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[en] TIME AND SPACE TO KANT: THE TIME AND SPACE REPRESENTATIONS IN THE CONTEXT OF KANT`S CRITICAL SYSTEM / [pt] TEMPO E ESPAÇO EM KANT: AS REPRESENTAÇÕES DO TEMPO E DO ESPAÇO DENTRO DO CONTEXTO DO SISTEMA CRÍTICO DE KANTTHOMAZ ESTRELLA DE BETTENCOURT 10 October 2008 (has links)
[pt] O objetivo desta dissertação é examinar o papel
desempenhado pelas representações do tempo e do espaço no
sistema crítico kantiano. Mas, diversas questões surgem a
partir desta pesquisa e se nos incumbimos de respeitar o
legado de Kant e o seu espírito metodológico não devemos
negligenciá-las. Assim, com o intuito de lançar luz sobre
um tema tão obscuro, o presente trabalho aceita o
desafio, e o estabelece como ponto de partida, de expor os
conceitos de tempo e de espaço por uma análise histórica. E
sobre o terreno seguro da tradição filosófica podemos
descansar e recobrar forças para continuar a seguir os
passos de Kant e encontrar as origens da Estética
Transcendental. Portanto, o centro desta investigação é
determinar de forma precisa o sentido das representações do
tempo e do espaço a suas implicações para a teoria do
conhecimento de Kant. Finalmente, ao término desta
tumultuada jornada teremos alcançado uma melhor
compreensão sobre a relação das intuições do tempo e do
espaço com a coisa em si mesma, e, a sua importância para o
idealismo transcendental. / [en] The task of this dissertation is to examine the role played
by the time and space representations in Kant`s critical
system. But, several questions emerge from this inquiry,
and if we are to respect Kant`s legacy and his
methodological spirit we shall not neglect them. Then, as
an effort to shed light over such an obscure matter the
present work accepts the challenge, and establishes it as a
starting point, of expounding time and space concepts
through a historical analysis. And on the solid grounds of
the philosophical tradition we can rest and regain strength
to continue following Kant`s steps and finding the origins
of the Transcendental Aesthetics. Therefore, the core of
this investigation is determining accurately the meaning of
time and space representations and its implications to
Kant`s theory of knowledge. Finally, at the end of this
troubled journey we will have reached a better
understanding of the relationship between the time and
space intuitions and the thing-in-itself and its
significance to the transcendental idealism.
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[pt] A FORÇA MOTRIZ E A COMOÇÃO DA LEI MORAL: UM ESTUDO CRÍTICO SOBRE O CHAMADO FORMALISMO DA PROPOSTA KANTIANA PARA A MORALIDADE / [en] THE VITAL FORCE AND COMMOTION OF THE MORAL LAW: A CRITICAL STUDY ON THE SO CALLED FORMALISM OF KANT S PROPOSAL OF MORALITYALEXANDRE MEDEIROS DE ARAUJO 27 June 2017 (has links)
[pt] A tese tem por objetivo argumentar que a proposta kantiana para a moralidade não consiste em um formalismo vazio, e, por isso, frio e sem vida como alguns de seus comentadores a interpretaram. Para esses
comentadores, a proposta kantiana para a moralidade não teria nenhuma conexão com a vida efetiva dos seres humanos devido ao fato de seu princípio, por estar fundado na razão pura, ser um princípio de natureza formal. Em relação a isso, a tese argumenta que a acusação de formalismo vazio, deu-se, sobretudo, em
função de uma leitura parcial, que deixa de lado os elementos constituidores da razão humana, razão na qual Kant fundamenta sua proposta para a moralidade. Nesse sentido, a tese defende que, se a totalidade da proposta kantiana para a moralidade for devidamente levada em conta, a acusação de essa ser uma
proposta fria e sem vida, não se sustenta. A tese apresenta os principais elementos que perfazem a totalidade dessa proposta, a saber: as faculdades da razão, seus poderes (conhecer, julgar e querer), a dinâmica existente entre eles, o sentimento gerado por essa dinâmica, o sentimento de respeito e de autocontentamento. De modo especial, a tese chama a atenção para a necessidade de uma maior consideração acerca do sentido e do valor que os conceitos de liberdade, de autonomia, de dignidade, de respeito e de humanidade representam para a vida humana. Nesse sentido, a tese considera esses conceitos tendo como pano de fundo a relação dinâmica que as faculdades e seus poderes mantêm entre si, de modo que essa relação possa ser vista como uma função do fim de todo ser racional. Viver como um ser que tem como fim honrar a razão em sua completude, nisso, consistiria a vida virtuosa, que gera os sentimentos de respeito e de autocontentamento no ânimo, vivificando-o. Ao levar em conta esses elementos, a tese argumenta que fica difícil aceitar, sem mais, que a proposta kantiana para a moralidade se constitua num mero formalismo vazio. / [en] The thesis aims at arguing that Kant s proposal to morality does not consist in an empty, and, therefore cold and without sentiment formalism as some of his commentators interpreted. According to these commentators, Kant s proposal of morality is seen as not having any connection to the real human life, given the fact that he grounds moral decision in a principle of pure reason. The thesis argues that the accusation made towards his proposal of a void formalism happened, mostly, because of a partial understanding of it, putting aside all elements which constitute reason for Kant. In this sense, the thesis defends that, if the totality of the Kant s proposal is properly taken into account, the accusation that it is a cold, and without
sentiment, theory doesn t sustain itself. The thesis presents the main elements that make up that totality of Kant s proposal of morality: the faculties of reason, its powers (to know, to judge and to will), the dynamics between them, the feelings generated by this dynamics, the feeling of respect and the satisfaction named of self-contentment. The thesis especially draws attention to the rescue and greater consideration about the sense and value that the concepts of freedom, autonomy, dignity, respect and humanity present to human life. Consequently, these concepts are taken into account in the dynamic relation between the faculties, in such a way that this relation is seen according to its end: the end of every rational being. This would consist the virtuous life, that generates the feeling of respect and the self-contentment in the soul of the human beings, vivifying them. By considering these elements, the thesis argues that it is hard to accept that Kant s proposal of morality constitutes itself in a mere empty formalism.
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[en] POLITICAL ART OR ART AND POLITICS: AN ANALYSIS OF THIS DISJUNCTION IN RANCIÈRE / [pt] ARTE POLÍTICA OU ARTE E POLÍTICA: UMA ANÁLISE DESTA DISJUNÇÃO EM RANCIÈREDANIEL CARDOSO DE OLIVEIRA 06 May 2013 (has links)
[pt] Nesta dissertação é apresentada uma alternativa para pensar a eficácia política da arte que se distingue do seu uso instrumental. Para isso, postula-se que a conexão entre os campos da arte e da política se estabelece sobre uma experiência dissensual. Ambas as atividades embaralham a trama da experiência sensível na qual um mundo em comum se estabelece; é fixado, designado e repartido. A argumentação se divide em duas partes. Primeiramente, busca recompor uma estética da política – o modo pelo qual se configura um espaço de visibilidade para a ação e a argumentação políticas a partir do dissenso. Trata-se de uma experiência imprevisível e contingente que desfaz as conexões usuais entre causas e efeitos, ações e consequências. Ainda na primeira parte, se discute qual é efetivamente a perspectiva de emancipação por meio desta compreensão do fenômeno político frente à pretensão totalizante que caracterizou a tradição da filosofia política. Na segunda parte, será delimitado o escopo das preocupações da estética, contrapondo-a enquanto disciplina filosófica com a compreensão de Rancière de um regime estético da arte. Isto implica apresentar os diversos regimes com que a arte foi compreendida na tradição em analogia com os regimes de regulação do campo da política. Por fim, será discutida uma alternativa crítica para se pensar a efetividade política intrínseca ao regime estético que não recaia na simples atribuição de culpas e responsabilidades que caracteriza a instrumentalização tanto da política quanto da arte. / [en] This dissertation presents an alternative to think about the political efficacy of art that is distinct from its instrumental use. For this, it is postulated that the connection between the fields of art and politics settles on the experience of the dissensus. Both activities shuffle the plot of sensory experience in which a common world is established, fixed, designed and distributed. The argument is divided into two parts. First, it seeks to recompose an aesthetics of politics – the way is established a space of visibility for the political action and argumentation from political dissent. This is an unpredictable and contingent experience that undoes the usual connections between causes and effects, actions and consequences. Even in the first part, we discuss what is effectively the prospect of emancipation through this understanding of the political phenomenon front totalizing pretensions that characterized the tradition of political philosophy. In the second part, shall be limited the escope of the concerns of aesthetic discipline set in contrast with the conception proposed by Rancière of an aesthetic regime of art. This involves presenting the various regimes that art has been understood in the tradition in analogy with the regulatory regimes of the field of politics. Finally, we discuss an alternative to think about the political effectiveness intrinsic to the aesthetic regime of art that does not lie in the simple attribution of guilt and responsibility that characterizes both the instrumentalization of politics and art.
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