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Caracterização farmacologica do sistema de calicreina tissular em corpo cavernoso de coelho : efeito do veneno de Phoneutria nigriventer

Martins, Rodrigo Alvaro Brandão Lopes 15 July 1994 (has links)
Orientador: Edson Antunes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-07-19T10:11:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Martins_RodrigoAlvaroBrandaoLopes_M.pdf: 956127 bytes, checksum: 79ba90f4a57e003faa26b44d93e90c3f (MD5) Previous issue date: 1994 / Resumo: O veneno de Phoneutría nígríventer causa formação de edema local em pele de coelho por um mecanismo que envolve a ativação do sistema de calicreína tissular. O veneno de Phoneutría nígríventer produz ainda ereções prolongadas em cães, coelhos, ratos e no homem. Visto que a calicreína tissular está envolvida no sistema reprodutor masculino, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do veneno de Phoneutría nígríventer sobre corpo cavernoso isolado de coelhos. Coelhos "New Zealand", machos, adultos (2-3 Kg) foram, anestesiados e exsanguinados Os pênis dos coelhos foram então retirados e os corpos cavernosos isolados e perfundidos em cascata (Vane, 1964). O veneno de Phoneutría nígríventer e demais agonistas foram administrados na forma de bolus; os antagonistas ou inibidores foram administrados continuamente por infusão. Veneno de Phoneutría nígríventer (3-1 00 µg), acetilcolina (0.1-100 nmol), bradicinina (1-3 nmol) e calicreína de pâncreas de porco (3-30 µg) induziram relaxamentos dose-dependentes da musculatura lisa cavernosa. O inibidor da síntese de EDRF N µ-nitro L- arginina metil ester (10 µM), mas não seu enantiômero D-NAME (10 µM), aboliu completamente os relaxamentos induzidos pela acetilcolina, bradicinina e Veneno de Phoneutría nígríventer sem afetar o relaxamento induzido pelo gliceriltrinitrato. O efeito inibitório do L-NAME foi parcialmente revertido pela infusão de L-Arginina (300 µM), mas não de D-Arginina (300 µM). O inibidor de protease aprotinina (10 µg/ml), conhecido por inibir a síntese de bradicinina, aboliu os relaxamentos da musculatura lisa cavernosa induzidos pelo veneno de Phoneutría nígríventer e calicreína tissular. O inibidor de cininase, II captopril (1-1 µM), potenciou os relaxamentos induzidos pelo Veneno de Phoneutría nígríventer, bradicinina e calicreína tissular. O inibidor de calicreína tissular Pro-Phe-Aph-Ser-Val-Gln-NH2 (KIZD-06, 1.3 µM) inibiu significativamente o relaxamento da musculatura lisa cavernosa induzido pelo veneno de Phoneutria nigriventer sem afetar aqueles induzidos por GTN e ACh. O inibidor de calicreína plasmática obtido do feijão de soja (soybean trypsin inhibitor; 10 µg/ml) não afetou os relaxamentos da musculatura lisa cavernosa inuzidos pelo veneno de Phoneutria nigriventer, bradicinina, acetilcolina ou calicreína. O antagonista de receptores B2 de bradicinina, HOE-140 (50nM) aboliu completamente os relaxamentos induzidos pelo veneno de Phoneutria nigriventer e bradicinina. Nossos resultados demonstram que o veneno de Phoneutria nigriventer ativa o sistema de calicreína tecidual levando à formação local de cininas e consequente liberação de EDRF (óxido nítrico) na musculatura lisa cavernosa de coelhos / Abstract: The roles of the tissue kallikrein-kinin system and nitric oxide (NO) release in Phoneutria nigriventer venom-induced relaxations of rabbit corpus cavernosum (RbCC) smooth muscle have been investigated using a bioassay cascade. Phoneutria nigriventer venom (10-30 µg), porcine pancreatic kallikrein (100 mU), rabbit urinary kallikrein (10 mU), bradykinin (BK, 0.3-3 nmol), acetylcholine (ACh, 0.3-30 nmol) and glyceryl trinitrate (GTN, 0.5-10 nmol) caused relaxations of the RbCC strips. Captopril (1 µ.M) substantially potentiated Phoneutria nigriventer venom- and BK-induced RbCC relaxations without affecting those elicited by GTN. The bradykinin B2 receptor antagonist Hoe 140 (D-Arg-[Hyp3,Thi5,Dtic7,Oic8]-BK, 50 nM), aprotinin (10 µg ml-1) and the tissue kallikrein inhibitor Pro-Phe-Aph-5er-Val-Gln-NH2 (KIZD-06, 1.3 µM) significantly inhibited Phoneutria nigriventer venom-induced RbCC relaxations, without affecting those provoked by GTN and ACh. The B1 receptor antagonist [Leu9]des Arg10BK (0.5 µM) and soybean trypsin inhibitor (SBTI, 10 µg ml-1) had no effect on Phoneutria nigriventer venom-induced RbCC relaxations. The relaxations induced by Phoneutria nigriventer venom, porcine pancreas kallikrein, BK and ACh were significantly inhibited by N µ-nitro-L-arginine methyl ester (L-NAME, 10 µM) but not by D-NAME (10 µM). L-NAME did not affect GTN-induced relaxations. L-arginine (300 µM), but not D-arginine (300 µM), significantly reversed the inhibitory effect of L-NAME. Our results indicate that Phoneutria nigriventer venom activates the tissue kallikrein-kininogen-kinin system in RbCC strips leading to NO release and suggest a functional role for this system in penile erection / Mestrado / Mestre em Farmacologia
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Estudo eletrofisiologico e morfologico da ação das toxinas do veneno da aranha Phoneutria nigriventer sobre musculo esqueletico de camundongos

Sverzut, Ana Claudia Mattiello 10 November 1994 (has links)
Orientador: Maria Alice da Cruz-Hofling / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-19T21:17:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sverzut_AnaClaudiaMattiello_M.pdf: 17220790 bytes, checksum: bc2809dadaabefe277949e1e63082318 (MD5) Previous issue date: 1994 / Resumo: Os tecidos muscular e nervoso têm sido objetos de estudo da ação de toxinas de vários animais venenosos. O veneno da aranha Phoneutria nigriventer é um exemplo deste fato. PhTx1 e PhTx2 são toxinas isoladas do veneno total da Phoneutria nigriventer. Seus efeitos foram estudados em preparações nervo frênicodiafragma de camundongos incubados em solução aerada de Tyrode à 37°C, contendo 1 ou 5 mg/ml de PhTx1 ou 1mg/ml de PhTx2. Estudos fisiológicos e morfológicos foram realizados com a PhTx1 e somente morfológicos com a PhTx2. As alterações foram analisadas 15, 30, 45 e 60 min após incubação com as toxinas. Os estudos miográficos, através de estimulação indireta, mostraram que a PhTx1 não modificou a tensão das fibras musculares esqueléticas. Além disso, os experimentos eletrofisiológicos não mostraram alteração na frequência e amplitude dos pptms, nem no potencial de repouso da membrana após 60 min da adição da toxina. O microscópio óptico (MO) revelou microvacuolização das fibras musculares na presença de PhTx1, assim como mionecrose, incluindo áreas de hipercontração, perda de miofibrilas, as quais foram instaladas logo após 15 min de contacto entre a toxina e o tecido. A toxina PhTx2 causou mionecrose e heterogeneidade no tamanho e cor da célula que progrediu dos 15 aos 60 minoAtravés de microscópio eletrônico de transmissão (MET) o músculo incubado com PhTx1 demonstrou tumefação do retículo sarcoplasmático, aumento do sarcoplasma celular, desorganização dos sarcômeros, membranas enoveladas e dano mitocondrial. O tecido muscular incubado com PhTx2, mostrou mudanças ultraestruturais similares, mas a mionecrose foi mais extensa e severa aos 60 minoPara ambas as toxinas, os fascículos intra-musculares do nervo frênico mostraram axônios mielinizados com vacúolos dentro da bainha de mielina, assim como, peri- e intra-axoplasmáticos. O citoplasma da célula de Schwann também mostrou vacuolização. Como resultado da vacuolização intramielínica, houve distorção e descompactação da bainha de mielina. As alterações das junções neuromusculares após PhTx1 foram suaves com pouca diminuição de vesículas sinápticas no interior do terminal nervoso o qual tornou-se alongado e fino. A goteira sináptica mostrou-se estreita. Após incubação com a PhTx2, as junções neuromusculares mostraram terminais nervosos depletados de vesículas sinápticas e mitocôndrias tumefeitas e rompidas. O axolema era freqüentemente visto invaginando-se ou seqüestrando porções do axoplasma, ou estava ausente em certas porções da goteira. As dobras pós-sinápticas eram estreitas e dispersas; algumas membranas enoveladas foram vistas entre estas dobras. As alterações morfológicas induzidas pela PhTx2 no músculo e nervo podem ser compatíveis com a ativação dos canais de sódio presentes nestas membranas excitáveis. O influxo de sódio foi provavelmente acompanhado por influxo e um aumento da concentração intracelular de cálcio. O cálcio intracelular (citosólico) pode ter sido liberado pelo retículo sarcoplasmático e/ou pela mitocôndria. A PhTx1 não teve ação despolarizante ou hiperpolarizante na junção neuromuscular, mas foi contudo tóxica para estruturas musculares e nervosas. O sítio de ação da PhTx1 não foi definido sobre as presentes condições experimentais, mas pode envolver o sarcolema e axolema como sugerido pelas anormalidades morfológicas as quais podem ter sido causadas por distúrbios hidroeletrolíticos / Mestrado / Fisiologia / Mestre em Ciências Biológicas
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Filogeografia de duas espécies neotropicais do gênero Araneus (Araneidae) = Phylogeography of two neotropical species of the genus Araneus (Araneidae) / Phylogeography of two neotropical species of the genus Araneus (Araneidae)

Peres, Elen Arroyo, 1985- 26 August 2018 (has links)
Orientador: Vera Nisaka Solferini / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-26T20:50:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Peres_ElenArroyo_D.pdf: 4419188 bytes, checksum: 1e99ff3fa29d44a021ecf49304ad863b (MD5) Previous issue date: 2015 / Resumo: Neste trabalho estudamos os padrões filogeográficos de duas espécies de aranhas do gênero Araneus (Araneidae) visando contribuir para o entendimento da biogeografia da região Neotropical. Para as duas espécies, realizamos estimativas de diversidade e estrutura genética, redes de haplótipos, inferências filogenéticas e análises demográficas utilizando um marcador mitocondrial (Citocromo Oxidase I, COI) e um nuclear (Internal Transcribed Subunit II, ITS2); e apresentamos os resultados em dois manuscritos. No primeiro, "Pleistocene niche stability and lineage diversification in the subtropical spider Araneus omnicolor", testamos a influência das oscilações climáticas do Quaternário sobre a demografia de A. omnicolor, uma espécie restrita à porção subtropical da América do Sul. Modelagens paleoclimáticas indicaram que a distribuição de A. omnicolor permaneceu estável ao longo do Pleistoceno tardio. Além disso, a comparação entre 14 modelos demográficos por meio de Approximate Bayesian Computation (ABC) apontou como mais provável o modelo de panmixia com estabilidade, embora as demais análises demográficas tenham indicado expansão recente, sugerindo um cenário complexo para a espécie. No segundo manuscrito, "Conexões entre Amazônia e Mata Atlântica reveladas por Araneus venatrix", analisamos os padrões filogeográficos de A. venatrix, que ocorre em ambientes úmidos em toda a região Neotropical (Amazônia, Mata Atlântica e matas de galeria localizadas na diagonal seca entre esses biomas). Detectamos uma profunda divergência entre um clado restrito ao sul da Mata Atlântica e outro distribuído em todo o restante do Brasil datada do Mioceno tardio. Os resultados indicam que a expansão do Cerrado e consequente separação das florestas úmidas coincidem com um progressivo esfriamento e ressecamento ao longo do Terciário, ainda que certa conectividade entre esses biomas tenha permanecido. As análises mostraram que as populações da porção norte na Mata Atlântica são geneticamente mais semelhantes às da Amazônia do que às da porção sul, indicando que os processos ligados à diversificação de linhagens desses dois biomas não são completamente independentes. Este trabalho mostrou que estudos com táxons de ampla ocorrência geográfica contribuem com informações importantes sobre a história das florestas úmidas Neotropicais. Os dois manuscritos sugeriram cenários intrigantes para a América do Sul e revelam a importância de mais trabalhos com organismos como as aranhas, muito abundantes e ainda pouco explorados nos Neotrópicos. Nossos resultados contribuem para o conhecimento geral do grupo e também a compreensão da história biogeográfica da região Neotropical / Abstract: In this work, we have studied the phylogeographic patterns of two spiders of the genus Araneus (Araneidae) to contribute to the knowledge about the biogeography of the Neotropical region. For both species, we estimated the genetic diversity, the population structure, haplotype networks, phylogenetic inferences and the demographic history using one mitochondrial (Cytochrome Oxidase I, COI) and one nuclear (Internal Transcribed Subunit II, ITS2) marker; and presented the results in two separate manuscripts. In the first, "Pleistocene niche stability and lineage diversification in the subtropical spider Araneus omnicolor", we have tested the influence of the Quaternary climatic oscillations on the demography of A. omnicolor, a species restricted to South American subtropical region. The paleoclimatic modeling indicated that A. omnicolor¿s distribution remained stable during the Late Pleistocene. Besides, the comparison among 14 demographic models through an Approximate Bayesian Computation (ABC) approach pointed to panmixia with stability as the most probable model, although the other demographic analyses had indicated recent expansion, suggesting a complex scenario for this species. In the second manuscript, "Conexões entre Amazônia e Mata Atlântica reveladas por Araneus venatrix", we have analyzed the patterns of A. venatrix, a species that occurs in humid Neotropical environments (Amazonia, Atlantic Forest and gallery forests located in the dry diagonal between these biomes). We have detected a deep divergence between a clade restricted to Southern Atlantic Forest and the other, distributed in all other Brazilian regions, on Late Miocene. These results suggest that the expansion of Cerrado biome and the consequent split of rainforests are coincident with a progressive cooling and dryness that occurred during the Tertiary, although some degree of connectivity between these biomes had remained until today. The analyses showed that the northern Atlantic Forest populations are genetically more similar to Amazonian populations than to the ones from southern Atlantic Forest, indicating that the processes related to the lineages diversification in these biomes are not completely independent. This work has showed that studies focused on widely distributed taxa contribute with important information regarding the history of Neotropical Rainforests. Both manuscripts suggest intriguing scenarios for South America and reveal the importance of more research with organisms as spiders, which are abundant but scarcely explored in Neotropics. Our results contribute to the general knowledge of the group and also to a better comprehension of the biogeographic history of Neotropical region / Doutorado / Genetica Animal e Evolução / Doutora em Genética e Biologia Molecular
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Interações de aranhas (Araneae) e artrópodes-praga (Acari e Hemiptera) em cultivos comerciais de seringueira (Hevea brasiliensis) no Noroeste do Estado de São Paulo /

Ferrari Filho, Paulo Eduardo Bedin. January 2006 (has links)
Resumo: Nos seringais do Brasil o percevejo-de-renda Leptopharsa heveae (Hemiptera: Tingidae), e os ácaros Tenuipalpus heveae (Tenuipalpidae) e Calacarus heveae (Eriophyidae) são as principais pragas, e Salticidae, Anyphaenidae e Theridiidae são as aranhas mais abundantes. Para avaliar as interações destes artrópodes, foram realizados experimentos laboratoriais de confronto de predadores (aranhas) e presas (ácaros e percevejos) e para estimar a co-ocorrência e densidade foram feitas amostragens nos seringais da região de São José do Rio Preto-SP. Comparativamente os maiores valores de predação, de imobilização de presas nas sedas e de dispersão, foram observados respectivamente para os seguintes tratamentos: a) Predação de L. heveae por Theridiidae (37%), b) imobilização de C. heveae (21,5%) e de L. heveae (14,5%) por sedas de Salticidae, c) dispersão de T. heveae por Salticidae (29,5%) e por Anyphaenidae (35%). A maior mortalidade total causada pelas aranhas nos percevejos-de-renda foi de 40% e nos ácaros, igual a 42% para T. heveae e 36% para C. heveae. A ocorrência simultânea dessas aranhas e fitófagos nos cultivos de seringueira predispõem confrontos, e estes causam algum tipo de prejuízo para as pragas, de forma que, medidas que favoreçam a presença das aranhas nos cultivos devem ser adotadas. / Abstract: In the rubber tree fields of Brazil the rubber tree lace bug Leptopharsa heveae (Hemiptera: Tingidae) and the mites Tenuipalpus heveae (Tenuipalpidae) and Calacarus heveae (Eriophyidae) are the main pests, and Salticidae, Anyphaenidae and Theridiidae are the most abundant spiders. To evaluate the interactions between these arthropods, laboratorial experiments by confrontation of predators (spiders) and preys (mites and tree lace bug) were carried out and to estimate the co-occurrence and density, samplings occur in rubber tree fields at São José do Rio Preto - SP. Comparatively, the highest values of predation, preys immobilization in the silks and dispersion had been observed respectively for the following treatments: a) L. heveae predation by Theridiidae (37%), b) C. heveae (21,5%) and L. heveae (14,5%) immobilization through silks by Salticidae, c) T. heveae dispersion by Salticidae (29,5%) and Anyphaenidae (35%). The highest overall mortality caused by the spiders in the tree lace bugs was 40% and for the mites, 42% for T. heveae and 36% for C. heveae. The simultaneous occurrence of these spiders and fitofagous in the rubber tree fields predicts confrontations that cause some kind of damage for the pests, so that, measures that favor the presence of spiders in the plantations must be adopted. / Orientador: Isabela Maria Piovesan Rinaldi / Coorientador: Reinaldo José Fazzio Feres / Banca: Marcel Ricardo Tanzini / Banca: Luiz Carlos Forti / Mestre
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Homens de letras, homens de ciÃncia: discurso raciolÃgico na literatura brasileira em CanaÃ, de GraÃa Aranha / Men of letters, men of science: raciolÃgico speech in Brazilian literature in Canaan, Aranha

Ryanne Freire Monteiro Bahia 30 March 2016 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A pergunta de partida que norteia esse estudo Ã: de que forma o(s) discurso(s) raciolÃgico(s) se expressa(m) na literatura brasileira por meio da obra Canaà (1902) de GraÃa Aranha? O objetivo geral da tese à perceber os modos de expressÃo do discurso raciolÃgico na obra supracitada e estabelecer a rede de relaÃÃes simbÃlicas e sociais que dialogam direta e indiretamente com sua postura em seu primeiro romance que trata sobre a imigraÃÃo. De modo mais especÃfico, buscamos: a) Analisar o modo pelo qual GraÃa Aranha apresenta e discute por meios de suas personagens os temas raÃa, progresso e civilizaÃÃo, termos-chave para o discurso raciolÃgico brasileiro; b)Perscrutar o lugar social de GraÃa Aranha, bem como as teorias raciais que influenciaram as "teses" apresentadas em CanaÃ; c) Explorar o caminho, pelo qual o ideÃrio racial pautou o debate sobre o projeto de Brasil e a identidade do brasileiro; d) Investigar os sentidos do processo de imigraÃÃo europeia (no caso de GraÃa Aranha, dos alemÃes) para o Brasil e a relaÃÃo entre negros e brancos no inÃcio do sÃculo XX e inÃcio da repÃblica da espada. Metodologicamente, realizou-se uma pesquisa documental que teve como instrumento de coleta de dados a anÃlise do discurso qualitativa, seguindo as orientaÃÃes elementares de Orladi (1988, 1992, 1993) e Foucault (2009). à guisa de conclusÃo, percebeu-se que a obra literÃria Canaà apresentou um caleidoscÃpio de ideias referentes ao discurso comum à Ãpoca, desde ao super-homem nietzscheniano de Lentz, perpassando Ãs referÃncias raciais da Escola do Recife para discutir, em Ãltima instÃncia, a identidade nacional e como esta ficaria afetada pelo fenÃmeno da imigraÃÃo estrangeira. / The starting question guiding this study is: how the races (s) discourse (s) is expressed (m) in Brazilian literature through the work Canaan (1902) Aranha? The overall aim of the thesis is to realize the racial speech modes of expression in the above work and establish the network of symbolic and social relations that dialogue directly and indirectly with his stance in his first novel which deals with immigration. More specifically, we seek to: a) analyze the way Aranha presented and discussed by means of their characters topics race, progress and civilization, key terms for the Brazilian racial speech; b) Peering social place Aranha and racial theories that influenced the "theses" presented in Canaan; c) Explore the way by which the racial ideology guided the debate on the bill of Brazil and the Brazilian identity; d) To investigate the senses of European immigration process (for Aranha, German) for Brazil and the relationship between blacks and whites in the early twentieth century and the beginning of the sword republic. Methodologically, there was a documentary research that had as data collection instrument to analyze the qualitative speech, following the basic guidelines of Orladi (1988, 1992, 1993) and Foucault (2009). In conclusion, it was realized that the literary work Canaan presented a kaleidoscope of related ideas to the common discourse at the time, since the nietzscheniano superman Lentz, passing to racial references Reef School to discuss, ultimately, the national identity and how this would be affected by foreign immigration phenomenon.
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Do Olímpico à Arena : elitização, racismo e heterossexismo no currículo de masculinidade dos torcedores de estádio

Bandeira, Gustavo Andrada January 2017 (has links)
Esta tese pretendeu discutir como o processo de elitização dos estádios de futebol, o chamado “caso Aranha” e certo retorno da Coligay atravessaram o currículo de masculinidade dos torcedores do Grêmio que frequentam estádio. Os estádios de futebol inserem os sujeitos torcedores em diferentes pedagogias culturais. A modernização dos espaços do torcer que vem ganhando andamento no Brasil, especialmente, a partir da década de 1990, foi catalisada com a realização da Copa do Mundo no País, em 2014. Com isso, diferentes olhares foram colocados para os estádios, os torcedores e suas práticas. Normativas vindas da FIFA e de federações nacionais têm colocado em questão práticas historicamente autorizadas nos estádios de futebol. Nessa investigação procurei observar como os torcedores do Grêmio foram interpelados por esses diferentes conteúdos ao realizarem um trânsito entre o estádio Olímpico Monumental e a Arena do Grêmio. Para a construção do material empírico realizei uma etnografia na Arena do Grêmio que me permitiu discutir como o sujeito coletivo ‘torcida do Grêmio’ recebeu esses diferentes movimentos. Além disso, observei alguns ditos individuais e de que maneira eles ressoaram ou não nesse espaço. Por fim, produzi um terceiro material através de diálogos com pequenos grupos de torcedores que me permitiram perguntar mais diretamente como estes indivíduos percebiam a elitização dos estádios, a interdição de cânticos e eventuais episódios de racismo e homofobia. Essa investigação dialoga com um vasto conjunto de trabalhos na área das Ciências Humanas e Sociais que problematizam diferentes aspectos do futebol como prática de lazer e esportiva, especialmente a partir da realização dos megaeventos esportivos no Brasil, Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016. Ao mesmo tempo inova ao analisar estes fenômenos a partir de categorias do campo da Educação, no viés dos Estudos Culturais, dos estudos de gênero e da sexualidade e numa perspectiva feminista e pós-estruturalista. Em minha dissertação de mestrado (2009) procurei olhar para um currículo de masculinidade nos estádios de futebol. Voltei a olhar para o mesmo fenômeno com um afastamento temporal e espacial, uma vez que o clube em que realizei minha inserção etnográfica mudou de estádio, tendo no conceito de currículo uma centralidade analítica para examinar novamente os fenômenos que ocorrem nos estádios e o que eles poderiam me dizer sobre essas masculinidades construídas através das narrativas que ali circulam e disputam significados. É possível apontar que os torcedores se entendem em trânsito e percebem certa diferença nas formas adequadas de ocuparem o novo estádio sendo necessário algum tipo de adaptação. O processo de elitização acaba produzindo certa dicotomia entre o torcedor, representado como autêntico e popular, e o consumidor que seria alguém estranho ao estádio. A esse consumidor podem se somar outras alteridades do torcedor que poderiam incluir mulheres, crianças e homens mais velhos. Na Arena é possível visualizar uma relação em tensionamento entre o torcedor e a torcida. Ora as ações do torcedor são narradas a partir da pertença ao coletivo, ora o sujeito pode ser individualizado e a coletividade se esvazia. Ainda é muito cedo para saber o que acontecerá com esse currículo de masculinidade dos torcedores de estádio a partir da desnaturalização de algumas práticas. Agora, mais do que antes, há um jogo a ser jogado sobre as construções das masculinidades torcedoras nos estádios de futebol. / This thesis intended to discuss how the elitization process of the football stadiums, the so called “Aranha Case” and a certain return of the Coligay crossed the Grêmio fans’ masculinity curriculum of those who go to the stadium. The football stadiums insert the fan individuals in different cultural pedagogies. The modernization of the fan’s spaces which has been getting progress in Brazil, especially from the 1990s, was catalyzed with the realization of the World Cup in the Country, in 2014. Hence, different viewpoints were placed for the stadiums, for the fans and their practices. Normative rulings coming from FIFA and from national federations have been calling into question practices historically authorized in the football stadiums. In this investigation, I tried to observe how the Grêmio fans were challenged for these different contents when they performed a transit from the Olímpico Monumental Stadium to the Grêmio Arena. For the construction of the empirical material, I have done ethnography at the Grêmio Arena which allowed me to discuss how the collective subject ‘Grêmio Crowd’ received these different movements. Besides, I observed some individual sayings and how they resounded, or not, in this space. At last, I produced a third material through dialogs with small groups of fans which allowed me to question more directly how these individuals perceived the elitization of the stadiums, the interdiction of singings and eventual episodes of racism and homophobia. This investigation dialogs with a vast set of works in the area of Human Sciences and Social Sciences which discuss different aspects of football as leisure and sportive practices, especially from the realization of the mega sports events in Brazil, the World Cup of 2014 and Olympic Games of 2016. At the same time it innovates as it analyzes these phenomena from categories of the Education field, within the Cultural Studies, the gender and sexuality studies under a feminist and post-structuralist perspective. In my MA dissertation (2009) I tried to look at a curriculum of masculinity in the football stadiums. I now look at the same phenomenon, but with a temporal and spatial estrangement, once the club when I realized my ethnographic insertion moved to another stadium, having in the curriculum concept an analytical centrality to again examine the phenomena which occur in the stadiums and what they could tell me about these masculinities constructed through the narratives that circulate in such spaces and how they dispute significance. It is possible to point out that the fans understand each other in transit and that they perceive certain difference in the adequate ways of occupying the new stadium which makes necessary some kind of adaptation. The process of elitization ends up producing certain dichotomy between the fan, represented as authentic and popular, and the consumer, who would be someone strange to the stadium. To this consumer other fan’s alterities can be added, which could include women, children and older men. At the Arena it is possible to visualize a relation in tensioning between the fan and the crowd. Sometimes the fan’s actions are narrated from the collective allegiance, sometimes the subject can be individualized and the collectiveness empties out. It is still too early to know what will happen with this stadium fan’s masculinity curriculum from the denaturalization of some practices. Now, more than ever, there is a game to be played about the constructions of the fan masculinities in the football stadiums.
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Metabolismo de fucose, alpha-L-fucosidases e fucosiltransferases: Caracterização enzimática, mecanismo de catálise e papel fisiológico. / Metabolism of fucose, alpha-L-fucosidases, and fucosyltransferases: Enzymatic characterization, mechanism of catalysis and physiological role.

Perrella, Natalia Nappi 03 May 2018 (has links)
Os carboidratos são moléculas diversas e complexas que são empregadas por organismos vivos em funções biológicas, como eventos energéticos, estruturais e de sinalização. L-Fucose é um monossacarídeo presente em diversos grupos biológicos, como mamíferos, insetos e plantas. Umas das modificações póstraducionais mais conhecidas contendo L-Fucose são os antígenos do sistema sanguíneo ABO e o leite humano. Alterações no padrão de fucosilação estão relacionadas a patologias como câncer e fucosidose. Essas alterações estão relacionadas ao balanço entre as atividades de α-L-fucosidases e fucosiltransferases. As -L-fucosidases são glicosídeo hidrolases que catalisam a hidrólise de ligações entre resíduos de L-Fucose ligados a outras moléculas. Fucosiltransferases são glicosiltransferases que transferem L-Fucose de GDPfucose para um substrato receptor específico. Embora a importância do metabolismo da fucose, existem poucas informações sobre este assunto em Arthropoda. A literatura indica que fucose, α-L-fucosidases e fucosiltransferases estão envolvidas na interação parasita-hospedeiro em carrapatos, sugerindo que o metabolismo da fucose é essencial para Arachnida. Nosso objetivo foi estudar o metabolismo de fucose em duas espécies de Arachnida: a aranha Nephilingis cruentata e o carrapato Amblyomma sculptum. Ele foi realizado através da caracterização das fucosidases nativas e recombinantes, estrutura e análise in silico, mutagênese sitio-dirigida, padrão de expressão, especificidade e efeito nas células tumorais. Além disso, analisamos as sequências de fucosiltransferases e a expressão por qPCR. As enzimas envolvidas em caminhos metabólicos de fucose também foram investigadas. NcFuc e AsFuc têm um pH ótimo de 5, são inibidas por fucose e fuconojirimicina e apresentam processo de oligomerização dependente de pH. Nós produzimos com sucesso as formas recombinantes dessas enzimas, e elas apresentam as mesmas propriedades cinéticas das formas nativas. A hidrólise de substratos naturais por NcFucr e AsFucr sugerem especificidades diferentes, e ambas conseguiram remover resíduos de fucose de celulares tumorais, reduzindo a invasão celular. Além disso, elas catalisaram reações de transfucosilação. A produção recombinante permitiu a identificação dos resíduos D214 e E59 como díade catalítica em NcFuc. As análises filogenéticas, os dados cinéticos, a modelagem molecular e a especificidade sugerem que os sítios ativos das α-Lfucosidases são diferentes em cada espécie de Arachnida e indicaram que o significado fisiológico da remoção de fucose é diferente entre os organismos. Os ensaios de qPCR evidenciaram que, embora as α-L-fucosidases possam ser enzimas lisossômicas, elas são principalmente expressas no sistema digestório em Arachnida e estão envolvidas na digestão. Representantes de todas as famílias conhecidas de fucosiltransferases foram identificados nos dados do transcriptoma de aranha. No entanto, POFUT1 também foi identificado no nível proteômico e sua análise de expressão indicou uma maior expressão no MG. Isso pode estar relacionado à regeneração de células após a secreção de enzimas digestivas. A análise transcriptômica e proteômica indica que o Arachnida usa vias salvage e de novo para a síntese de fucose. Considerando todos os dados obtidos, concluímos 11 que o metabolismo da fucose está relacionado à digestão em Arachnida, uma vez que eles podem obter a fucose da dieta devido à presença de α-L-fucosidases muito ativas. / Carbohydrates are diverse and complex molecules being employed by living organisms in biological functions such as energetic, structural and signalling events. L-Fucose is a monosaccharide component of many glycans present in a variety of biological groups, such as mammals, insects, and plants. Some of the best-known examples of post-translational modified molecules containing L-Fucose are the ABO blood antigen system and human milk. Changes in the fucosylation pattern are related to pathologies like cancer and fucosidosis. These changes are related to the balance between the activities of α-L-fucosidases and fucosyltransferases. α-Lfucosidases are glycoside hydrolases that catalyse the hydrolysis of glycosidic bonds between residues of L-Fucose to other molecules. Fucosyltransferases are glycosyltransferases which transfer L-Fucose from a GDP-fucose to a specific acceptor. Although the importance of fucose metabolism, there is few information about this subject in Arthropoda. Literature indicates that fucose, α-L-fucosidases and fucosyltransferases are involved in host-pathogen interaction in ticks, suggesting that fucose metabolism is essential to Arachnida. Our aim was to study the metabolism of fucose in two Arachnida species: the spider Nephilingis cruentata and the tick Amblyomma sculptum. This was accomplished through the characterization of native and recombinant fucosidases, structure and in silico analyses, site-directed mutagenesis, expression pattern, specificity and, effect on tumour cells. Besides that, we analysed fucosyltransferases sequences and expression by qPCR. The enzymes involved in fucose metabolic pathways were also investigated. NcFuc and AsFuc have a pH optimum of 5.0, are competitively inhibited by fucose and fuconojirimycin and present an oligomerisation process pH dependent. We successfully produced the recombinant form of these enzymes, and they have the same kinetic properties of native forms. Natural substrate hydrolysis by NcFucr and AsFucr suggest different specificities and they were able to remove fucose residues from tumour cell lines, reducing cell invasion. Moreover, they catalysed transfucosylation reactions. The recombinant production allowed the identification of the residues D214 and E59 as the catalytic dyad in NcFuc. Phylogenetic analysis, kinetic data, molecular modelling, and specificity assays suggest that α-L-fucosidase active sites are different to each Arachnida species and indicated that the physiological significance of fucose removal is different among organisms qPCR assays evidenced that although fucosidases might be lysosomal enzymes, they are mainly expressed at the digestive system in Arachnida and are involved in digestion. Representatives of all known families of fucosyltransferases were identified in the spider MG transcriptome data. However, POFUT1 was also identified at the proteomic level and its expression analysis indicated a higher expression at MG. This might be related to the regeneration of cells after secretion of digestive enzymes. Transcriptomic and proteomic analysis indicate that Arachnida uses both salvage and de novo pathways to fucose synthesis. Considering all the obtained data we concluded that fucose metabolism is related to digestion in Arachnida since they are able to salvage fucose from diet due to the presence of very active α-L-fucosidases.
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Taxonomic Revision and Cladistic Analysis of Psalistops Simon, 1889 and Trichopelma Simon, 1888 (Araneae, Barychelidae) / Revisão taxonômica e análise cladística de Psalistops Simon, 1889 e Trichopelma Simon, 1888 (Araneae, Barychelidae)

Stasi, Andre Mori di 23 May 2018 (has links)
Barychelidae is a family of mygalomorph spiders that has been typically considered as consisting of three subfamilies (Barychelinae, Sasoninae and Trichopelmatinae). The subfamily Trichopelmatinae, however, has also been considered as potentially belonging to Theraphosidae. Lack of information about this subfamily has compounded many problems in the understanding of its systematic standing. Therefore, a taxonomic revision and cladistics analysis of the subfamily is presented, vying to resolve the relationships within this group. The study also aims to: redescribe the type material, provide pictures for the type material, analyze specimens from several collections, and possibly describing new species and/or unknown male or female individuals, and develop a taxonomic key of Trichopelmatinae. A cladistics analysis was performed, including all the species of Trichopelmatinae, in addition to some species of Barychelidae, Theraphosidae, Paratropididae and Nemesiidae. The data matrix with 60 taxa and 95 characters was analyzed with implied character weighting, in which six different values of concavities (k) were used. The chosen cladogram was the one obtained with the values of k for 4, 5 and 6, as they showed the shortest cladogram length and highest fit number. The results presented show that Trichopelmatinae is a monophyletic group, which is now comprised of three genera (Psalistops Simon, 1889, Reichlingia (Rudloff, 2001) and Trichopelma Simon, 1888). Additionally, Trichopelmatinae are herein transferred to Theraphosidae. Several species are synonymized: P. montigena Simon, 1889, P. tigrinus Simon, 1889 and P. zonatus Simon, 1889 with P. melanopygius Simon, 1889; T. corozalis (Petrunkevitch, 1929) with T. insulanum (Petrunkevitch, 1926); P. maculosus Bryant, 1948 with P. fulvus Bryant, 1948; P. opifex (Simon, 1889) and P. solitarius (Simon, 1889) with Schismatothele lineata Karsch, 1879. The following transfers are also done: P. fulvus, P. hispaniolensis Wunderlich, 1988, P. venadensis Valerio, 1986 andP. steini (Simon, 1889) to Trichopelma; P. gasci Maréchal, 1996 to Hapalopus Ausserer, 1875; T. astutum Simon, 1889 to Euthycaelus Simon, 1889; T. maddeni Esposito & Agnarsson, 2014 to Holothele Karsch, 1879; T. flavicomum Simon, 1891 and T. illetabile Simon, 1888 to the subfamily Sasoninae. The species T. illetabile, P. nigrifemuratus Mello-Leitão, 1939, T. spinosum (Franganillo, 1926), T. scopulatum (Fischel, 1927) and T. eucubanum Özdikmen & Demir, 2012 are considered as nomina dubia. Moreover, 1 new species of Psalistops (P. sp. nov. 1) and 11 new species of Trichopelma (T. sp. nov. 1, T. sp. nov. 2, T. sp. nov. 3, T. sp. nov. 4, T. sp. nov. 5, T. sp. nov. 6, T. sp. nov. 7, T. sp. nov. 8, T. sp. nov. 9, T. sp. nov. 10 and T. sp. nov. 11) are described. Both genera have their distribution mapped and new occurrences documented. The results of the analysis showed that the revision of Trichopelmatinae allowed for a better understanding of its systematic standing and also provided with some important information about the families Barychelidae and Theraphosidae. This highlights that a more comprehensive cladistics analysis, with even more representatives from all the included families would potentially help resolve and define better the systematic standing of both families. / Barychelidae é uma família de aranhas migalomorfas que contém tipicamente três subfamílias (Barychelinae, Sasoninae e Trichopelmatinae). A subfamília Trichopelmatinae, entretanto, também já foi considerada como pertencendo à Theraphosidae. Falta de informações sobre essa subfamília acarreta em vários problemas no entendimento de sua posição sistemática. Para tentar resolver essa questão, a revisão taxonômica e análise cladística da subfamília são aqui apresentadas, de froma a colaborar no entendimento dos relacionamentos dentro desse grupo. O estudo também pretende: redescrever o material tipo, fornecer imagens do material tipo, analisar espécimes de diversas coleções, e possivelmente descrever novas espécies e/ou indivíduos machos ou fêmeas desconhecidos, assim como desenvolver chave taxonômica de Trichopelmatinae. Foi realizada análise cladística incluindo todas as espécies de Trichopelmatinae, além de algumas espécies de Barychelidae, Theraphosidae, Paratropididae e Nemesiidae. A matriz de dados com 60 táxons e 95 caracteres foi analisada com pesagem de caráter implícita, em que 6 diferentes valores de concavidades (k) foram utilizados. O cladograma escolhido foi aquele obtido com as concavidades 4, 5 e 6, pois eles demonstraram os cladogramas mais curtos e maior valor de fit. Os resultados aqui apresentados mostram que Trichopelmatinae é um grupo monofilético, que agora é composto por três gêneros, (Psalistops Simon, 1889, Reichlingia (Rudloff, 2001) e Trichopelma Simon, 1888). Adicionalmente, as espécies de Trichopelmatinae são transferidos para Theraphosidae. Várias espécies são sinonimizadas: P. montigena Simon, 1889, P. tigrinus Simon, 1889 e P. zonatus Simon, 1889 com P. melanopygius Simon, 1889; T. corozalis (Petrunkevitch, 1929) com T. insulanum (Petrunkevitch, 1926); P. maculosus Bryant, 1948 com P. fulvus Bryant, 1948; P. opifex (Simon, 1889) e P. solitarius (Simon, 1889) com Schismatothele lineata Karsch, 1879. As seguintes transferências também são feitas: P. fulvus, P. hispaniolensis Wunderlich, 1988, P. venadensis Valerio, 1986 e P. steini (Simon, 1889) para Trichopelma; P. gasci Maréchal, 1996 para Hapalopus Ausserer, 1875; T. astutum Simon, 1889 para Euthycaelus Simon, 1889; T. maddeni Esposito & Agnarsson, 2014 para Holothele Karsch, 1879; T. flavicomum Simon, 1891 e T. illetabile Simon, 1888 para a subfamília Sasoninae. As espécies T. illetabile, P. nigrifemuratus Mello-Leitão, 1939, T. spinosum (Franganillo, 1926), T. scopulatum (Fischel, 1927) e T. eucubanum Özdikmen & Demir, 2012 são consideradas como nomina dubia. Além disso, 1 nova espécie de Psalistops (P. sp. nov. 1) e 11 novas espécies de Trichopelma (T. sp. nov. 1, T. sp. nov. 2, T. sp. nov. 3, T. sp. nov. 4, T. sp. nov. 5, T. sp. nov. 6, T. sp. nov. 7, T. sp. nov. 8, T. sp. nov. 9, T. sp. nov. 10 and T. sp. nov. 11) são descritas. Espécies de ambos os gêneros têm suas distribuições mapeadas e novas ocorrências documentadas. Os resultados da análise demonstraram que a revisão de Trichopelmatinae permitiu um melhor entendimento de seu posicionamento sistemático e também forneceu algumas informações importantes sobre as famílias Barychelidae e Theraphosidae. Isso demonstra que uma análise cladística mais abrangente, com mais representantes de todas as famílias incluídas, poderia ajudar a resolver e definir melhor a sistemática de ambas as famílias.
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Relação de custo/benefício na interação entre a aranha Peucetia flava (Oxyopidae) e a planta Rhynchanthera dichotoma (Melastomataceae) /

Morais Filho, José Cesar de. January 2009 (has links)
Orientador: Gustavo Quevedo Romero / Banca: Adalberto José dos Santos / Banca: Maria Stela M. Castilho Noll / Resumo: Até dez espécies de aranhas do gênero Peucetia (Oxyopidae), incluindo duas espécies sul-americanas, P. flava e P. rubrolineata, vivem associadas a várias espécies de plantas com tricomas glandulares nas regiões Neotropical, Paleártica, Neártica e Afrotropical; estas associações provavelmente evoluíram porque insetos aderidos aos tricomas glandulares podem ser utilizados como fonte de alimento pelas aranhas. Na região noroeste do estado de São Paulo, indivíduos de P. flava ocorrem estritamente sobre a planta com tricomas glandulares Rhynchanthera dichotoma (Melastomataceae). Neste sistema nós desenvolvemos experimentos para testar quais os custos e benefícios de P. flava para R. dichotoma e se há condicionalidade nestas associações. Além disso, testamos o papel dos tricomas glandulares como mediadores destas associações aranhas-plantas. Nós observamos que estas aranhas atuam como guarda-costas das plantas e que este efeito é temporalmente condicional; forças base-topo minimizam os efeitos das aranhas durante o período chuvoso. Além disso, estas aranhas indiretamente aumentaram a aptidão da planta pela redução do número de botões inviáveis. Os tricomas glandulares podem ter uma função análoga ao de uma teia pela retenção de presas. As aranhas preferem plantas com tricomas glandulares intactos e permanecem mais tempo sobre estas do que em plantas com tricomas glandulares removidos. Análises isotópicas de 15N mostraram que estas aranhas podem se alimentar tanto de insetos vivos como de carcaças de insetos aderidos aos tricomas glandulares, exibindo hábitos carniceiros. Estes resultados demonstram que esta associação é um mutualismo facultativo. / Abstract: Up to ten species of the genus Peucetia (Oxyopidae), including two South American species, P. flava and P. rubrolineata, live strictly associated with many species of glandular plants in Neotropical, Palearctic, Afrotropical and Neartic regions; this associations probably evolved because insects adhered to these sticky structures may be used as prey by the spiders. In southeastern Brazil specimens of P. flava were reported to occur strictly on Rhynchanthera dichotoma (Melastomataceae), a glandular shrubby plant that typically inhabits swamps. In this system we used experiments to test the cost and benefit of these spiders to plants and also the role of glandular trichomes as mediators of this association. We found that these spiders act as plant body-guards and this function is temporally conditional; bottom-up forces mitigate the impact of spiders during the rainy season. Moreover, these spiders indirectly increase fitness of the host plant by reducing the number of unviable flower buds, without influence on the seed set. Glandular trichomes probably have an analogous function of a web by capture or prey retention. Spiders prefer plants with intact glandular trichomes, remaining much longer on these ones than on those with these structures removed. Isotopic analyses of 15N demonstrated that these spiders fed on live and dead prey adhered to glandular trichomes, exhibiting a scavenging behavior. These results demonstrate that this association is a facultative mutualism. / Mestre
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Influência da complexidade estrutural de bromélias-tanque sobre a composição de aranhas e formigas

Stabile, Leonardo 23 August 2013 (has links)
Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-08-16T21:17:13Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Leonardo Stabile Freire.pdf: 1603022 bytes, checksum: 9a9ffb9dd33f3b360349ea3c2316a42b (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-08-23T21:56:29Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Leonardo Stabile Freire.pdf: 1603022 bytes, checksum: 9a9ffb9dd33f3b360349ea3c2316a42b (MD5) / Made available in DSpace on 2013-08-23T21:56:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação Leonardo Stabile Freire.pdf: 1603022 bytes, checksum: 9a9ffb9dd33f3b360349ea3c2316a42b (MD5) / Fapesb / A hipótese da heterogeneidade do habitat assume que habitats estruturalmente complexos podem promover uma maior diversidade de nichos permitindo que os organismos explorem os recursos do ambiente de maneira diversificada, resultando no aumento da diversidade em espécies (Bazzaz 1975, Tews et al. 2004). Esse representa um conceito chave para ecologia, manejo e conservação de organismos (Morris 2000). Em muitos ambientes, as comunidades de plantas determinam a estrutura física desses e, portanto, promovem efeitos sobre a diversidade, distribuição e interações de espécies animais (Lawton 1983). O reflexo disso transparece em 85% dos estudos sobre esse tema, os quais mostram haver correlação positiva entre diversidade de espécies e variáveis estruturais da vegetação (Tews et al. 2004). Essas podem variar de acordo com os parâmetros analisados, o tipo de organismo avaliado, bem como em relação à escala espacial, que pode levar a utilização de parâmetros inconsistentes, dificultando as comparações entre os estudos (Tews et al. 2004, Riihimäki et al. 2006). Devido às dificuldades práticas de se trabalhar em ambiente natural, muitos estudos tendem a subestimar a complexidade da arquitetura da planta usando parâmetros secundários (Woodcock et al. 2007). Para avaliar os efeitos da estrutura do habitat sobre as comunidades biológicas é, então, fundamental a escolha de bons modelos (Tews et al. 2004). Assim estudos sobre microcosmos naturais são bons modelos de sistemas para experimentos em ecologia, uma vez que seus atributos são complexos e realísticos como os sistemas naturais e, ao mesmo tempo, tão versáteis quanto microcosmos artificiais (Srivastava et al. 2004). Outra característica desses microambientes naturais é que eles apresentam habitats naturalmente replicados, sendo possível medir de forma mais precisa tanto as características estruturais quanto todos os indivíduos que ocorrem nelas. Consequentemente acessar toda uma comunidade natural taxonomicamente diversa e bem definida, bem como seus fatores determinantes (Armbruster et al. 2002). Portanto, estudos sobre o microcosmo de bromélias podem ser utilizados a fim de responder questões ecológicas fundamentais, as quais seriam mais difíceis de responder em ecossistemas mais complexos como florestas tropicais (Richardson 1999). Bromélias epífitas são consideradas plantas chaves em ecossistemas tropicais (Nadkarni 1994). Essas são essenciais para a sobrevivência de muitas espécies de animais, bem como de outros organismos como plantas em ambientes xéricos. Nesses ambientes as bromélias são pioneiras e têm grande importância na sucessão ecológica devido aos processos de facilitação, promovendo a colonização de outras espécies de plantas formando moitas (Zaluar e Scarano 2000). Além disso, têm um importante papel na ciclagem de nutrientes em ambientes tropicais como a Floresta Atlântica brasileira (Oliveira 2004), Floresta Montana costa-riquenha (Nadkarni e Matelson 1991, 1992) e em ambientes oligotróficos como as restingas (Hay e Lacerda 1984). A importância ecológica das bromélias é resultado das interações que essas plantas apresentam com diferentes tipos de organismos. Essas interações podem ocorrer em diferentes níveis tróficos (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002), no nível populacional ou de comunidades (hierarquia ecológica), de forma direta ou indireta (Srivastava 2006), obrigatórias ou facultativas (Romero e Vasconcellos-Neto 2006, Romero et al. 2006, 2007, 2008b), positivas ou negativas (Armbruster et al. 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2005b). Muitos estudos indicam que a arquitetura em roseta das bromélias fornece micro habitats para diversos tipos de organismos, desde protozoários (Foissner 2003, Foissner et al. 2003) até animais, que as utilizam como abrigo contra predação e dessecação, para reprodução e forrageamento (Cotgreave et al. 1993, Oliveira et al. 1994, Peixoto 1995, Richardson 1999, Mestre et al. 2001, Juncá et al. 2002, Stuntz et al. 2002, Armbruster et al. 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2004a, 2005 a, b). Variáveis estruturais tais como número de folhas, água e detritos acumulados, são os que mais explicam a variação da fauna associada (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002), com efeitos tanto diretos quanto indiretos (Srivastava 2006). Esses efeitos podem ocorrer devido a forte influência que a complexidade estrutural da arquitetura de bromélias exerce nas comunidades faunísticas associadas (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2005b, Srivastava 2006), onde a capacidade-suporte desses microcosmos pode estar relacionada à estrutura das plantas (Zotz e Thomas 1999, Romero e Vasconcellos-Neto 2004a). A família Bromeliaceae divide-se em três subfamílias, Bromelioideae, Pitcairnioideae e Tillandsioideae (Benzing 2000), e agrupa algumas espécies que têm grande capacidade de acúmulo de água, e que são denominadas bromélias tanque (Smith e Downs 1974, Hay e Lacerda 1982, Oliveira et al. 1994). Essa capacidade decorre da disposição das folhas em roseta, permitindo o acúmulo de água em suas bainhas (axilas das folhas) e na porção central (Zotz e Thomas 1999, Medina 1990). Essa água acumulada possibilita a manutenção e colonização por animais aquáticos ou que desenvolvem parte do seu ciclo de vida na água dessas plantas. Além do mais, essa característica exerce grande influência sobre essas espécies animais (Armbruster et al. 2002). As bromélias-tanque podem conter uma quantidade variável de nutrientes em suspensão ou dissolução na água acumulada, oriundos da decomposição de materiais orgânicos (folhas caídas, frutos, restos de animais mortos, excretas, etc.) depositados em suas rosetas. Esse material é utilizado pela planta como recurso nutricional através de absorção pelos tricomas especializados localizados na base das folhas (Nadkarni e Primack 1989, Medina 1990, Martin 1994, Oliveira et al. 1994). Isso permite a essas plantas a conquista de certa independência em relação aos recursos de água e nutrientes do solo (Zotz e Thomas 1999). Os detritos acumulados nas rosetas exercem uma forte influência sobre a riqueza de espécies associadas às bromélias-tanque (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002), devido a sua posição basal na cadeia alimentar e da sua participação no processo de ciclagem. Esses recursos podem gerar efeitos tanto diretos quanto indiretos na fauna associada e dependente da complexidade estrutural dessas plantas (Srivastava 2006). Uma vez que, devido ao aporte maior de detritos, conseguem suportar uma maior quantidade de predadores de topo (Armbruster et al. 2002, Srivastava 2006). Dentre os animais encontrados em bromélias em florestas neotropicais, aproximadamente 25% são predadores (Armbruster et al. 2002). As aranhas (Arachnida: Araneae) formam o grupo de predadores terrestres com maior riqueza de espécies nessas plantas (Cotgreave et al. 1993, Richardson 1999, Mestre et al. 2001, Armbruster et al. 2002, Stuntz et al. 2002). Estes animais são distribuídos por todo o mundo, exceto nas regiões polares, sendo mais abundantes em áreas tropicais (Foelix 1996). Até o momento foram descritas 40.998 espécies, agrupadas em 3.747 gêneros e 109 famílias (Platnick 2009). As aranhas são habitantes típicos de bromeliáceas (Frank et al. 2004) e objeto de numerosos estudos envolvendo as interações com essas plantas devido a sua freqüente associação (Barth et al. 1988, Dias et al. 2000, Rossa-Feres et al. 2000, Santos et al. 2002, Dias e Brescovit 2003, 2004, Romero e Vasconcellos-Neto 2004a, 2005a, b, Romero et al. 2006, 2007, 2008b, Omena e Romero 2008). São predadores frequentes em ecossistemas terrestres, de hábito alimentar quase que estritamente carnívoro generalista. Primariamente se alimentam de insetos, mas também podem capturar outros invertebrados, incluindo outras aranhas e até mesmo vertebrados (Wise 1993, Foelix 1996). Em razão da sua capacidade predatória, as aranhas podem afetar profundamente a dinâmica das populações, como também a estrutura de comunidades de suas presas, além de servir de recurso para demais animais, inclusive outras aranhas (Wise 1993). A heterogeneidade do habitat é bastante importante para a diversidade e distribuição de aranhas (Colebourn 1974, Uetz 1975, Herberstein 1997) e está fortemente relacionada à estrutura vegetal (Gunnarsson 1990, Gunnarsson et al. 2004, Halaj et al. 2008). Adicionalmente outros fatores podem definir as comunidades de aranhas, tais como fatores abióticos: temperatura, umidade, vento, luminosidade, e fatores bióticos: disponibilidade de presas e interações, como competição e predação (Wise 1993, Foelix 1996, Halaj et al 1998). As interações entre as aranhas e plantas são, na sua maioria, positivas, pois as aranhas, além de não se alimentarem de plantas, podem diminuir as taxas de herbivoria nessas através da predação de insetos herbívoros (Carter e Rypstra 1995, Snyder e Wise 2001, Denno et al. 2002, Moran e Scheidler 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2004b, Sanders e Platner 2007, Sanders et al 2008, Romero et al. 2008a). Essas também podem exercer efeitos negativos devido a seu comportamento de forrageio em flores, predando visitantes florais, emboscando-os ou mesmo interferindo na funcionalidade dos polinizadores através da diminuição da frequência e duração das visitas, que pode levar à diminuição do sucesso reprodutivo de plantas (Morse 1981, 1983, 1987, Dukas 2001, Dukas e Morse 2003, 2005, Suttle 2003, Heiling e Herberstein 2004a, b, Gonçalves-Souza et al. 2008). Algumas espécies de aranhas possuem relações estritas e até mesmo mutualísticas (Romero et al. 2006, 2008b) com bromélias, sendo afetadas pelo tamanho e pela densidade dessas plantas (Romero e Vasconcellos-Neto 2004a). Essas aranhas são capazes de avaliar o micro habitat em fina escala e selecionar o ambiente através das características da arquitetura da planta (Romero e Vasconcellos-Neto 2005b, Omena e Romero 2008). Os principais fatores que influenciam a colonização e densidade de algumas aranhas nas bromélias são a presença de folhas secas na roseta, inflorescência ou infrutescência e o tamanho das bromélias. Logo, mudanças na arquitetura da planta tais como tamanho e morfologia, podem gerar instabilidade em associações de algumas aranhas com bromeliáceas (Romero e Vasconcellos-Neto 2005b). Há estudos com diversas espécies de aranhas indicando que, apesar de existir uma forte associação entre esses animais e bromeliáceas, elas não demonstram uma preferência por determinada espécie de planta hospedeira. As diferenças entre arquitetura, número de folhas e superfície foliar não afetam nem a abundância de aranhas nem a seleção do micro habitat por essas (Dias e Brescovit 2004). Além disso, é possível que outros fatores, tais como disponibilidade de presas, exerçam efeitos simultâneos concomitantemente à complexidade do habitat (Romero e Vasconcellos-Neto 2005b). Além das aranhas, as bromélias-tanque são frequentemente habitadas por colônias de formigas (Hymenoptera: Formicidae) (Blüthgen et al. 2000, Cogni e Oliveira 2004). Esse é o grupo animal encontrado em maior abundância nessas plantas, com aproximadamente 11% de toda a fauna associada em floresta neotropical (Armbruster et al. 2002), e até centenas de indivíduos em uma única bromélia. Isso se dá em razão da sua organização social, além das formigas serem também altamente diversificadas (Oliveira et al. 1994, Richardson 1999, Mestre et al. 2001, Armbruster et al. 2002, Stuntz et al. 2002). Existem atualmente 12.473 espécies de formigas descritas (Agosti e Johnson 2009), reunidas em uma única família (Formicidae) de insetos da ordem Hymenoptera, sendo todas eusociais ou secundariamente parasitas sociais. Mantêm relações simbióticas com bactérias, fungos, plantas superiores e diversos animais (Brandão 2003), participando de processos ecológicos fundamentais como ciclagem de energia e nutrientes em nível ecossistêmico, além de ser o grupo animal dominante na maioria dos ecossistemas terrestres (Fowler et al. 1991). As formigas podem apresentar associações positivas com plantas mirmecófitas oferecendo proteção contra herbívoros em associações mutualísticas obrigatórias ou facultativas (Freitas e Oliveira, 1996, Heil e McKey 2003, Quek et al. 2004, Frederickson 2005, Moreira e Del-Klaro 2005). Afetam ainda positivamente as plantas através da dispersão de suas sementes (Passos e Oliveira 2002), porém podem afetar negativamente através da herbivoria como ocorre com formigas cortadeiras (Fowler et al. 1991). As formigas possuem hábitos alimentares bastante variados. E existem certos grupos que possuem esses hábitos bem definidos, sendo predadoras, granívoras, cortadeiras, etc. Outras são amplamente generalistas classificadas como onívoras, possuindo uma alta plasticidade na exploração dos recursos, desde herbivoria a predação e até mesmo a necrofagia, buscando o recurso alimentar como proteína e carboidratos independentemente da fonte para satisfazer as necessidades da colônia, desde que os atributos digestivos permitam (Fowler et al. 1991). Variações abióticas como temperatura e umidade ou bióticas como competição e predação, bem como a complexidade do habitat, podem determinar os padrões de forrageamento das formigas (Cogni e Oliveira 2004). Estudos indicam que esses organismos, apesar de serem abundantes, não são considerados exclusivos de bromeliáceas apesar de poderem ser afetados por parâmetros estruturais dessas plantas (Blüthgen et al. 2000, Mestre et al. 2001, Cogni e Oliveira 2004). A elevada frequência desses insetos nas bromélias pode ser produto de seu comportamento de forrageio em que operárias visitam as plantas vizinhas de onde está instalada a colônia (Oliveira et al. 1994). Porém a ocorrência de formigueiros nas bromélias e o comportamento dessas indicam que as formigas não utilizam as bromélias de maneira fortuita (Mestre et al. 2001, Cogni e Oliveira 2004), porém isso deve ser analisado (Blüthgen et al. 2000). Entender os fatores que influenciam a diversidade e estrutura de comunidades narurais é fundamental em estudos ecológicos (Armbruster et al. 2002). Os efeitos da complexidade estrutural do habitat sobre predadores terrestres, tais como aranhas e formigas, foram amplamente discutidos na literatura com diversos tipos de abordagens e em diferentes tipos de ecossistemas, sendo esses fatores cruciais tanto para herbívoros quanto para seus predadores (Colerbourn 1974, Uetz 1975, Uetz et al. 1978, Bultman & Uetz 1982, Greenstone 1984, Gunnarsson 1990, 1996, Gunnarsson et al. 2004, Halaj et.al. 1998, 2008, Langellotto & Deno 2006, Riihimäki et al. 2006, Sanders et al. 2008). No entanto, os estudos sobre a influência da estrutura do habitat em comunidades bióticas ainda apresentam muitas lacunas a serem preenchidas (Tews et al. 2004), sobretudo em estudos sobre microcosmos naturais, como as bromeliáceas (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002, Srivastava et al. 2004). O presente estudo tem por objetivo entender a influência da complexidade estrutural de bromélias-tanque terrestres sobre predadores generalistas como as aranhas e animais sociais como as formigas. / Salvador, Bahia

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