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A moral nazista: uma análise do processo que transformou crime em virtude na Alemanha de Hitler / The Nazi moral: an analysis of the process that transformed crime in virtue in Hitler\'s GermanyGuterman, Marcos 13 December 2013 (has links)
A Alemanha, sob o nazismo, experimentou um processo de inversão moral que, combinado a outros fatores, como o nacionalismo e o racismo em escala nunca vista, levou o país a cometer crimes sem paralelo na História. A partir da base teórica oferecida por Hannah Arendt e por meio da análise de diários de alemães envolvidos diretamente com o nazismo quer como militantes, quer como simpatizantes, quer como críticos , esta pesquisa procura contextualizar esse processo, discutindo como uma sociedade sofisticada e desenvolvida se deixou envolver pela ideia de que sua sobrevivência, em última análise, dependia da destruição do Outro, isto é, dos povos que não integravam seu ideal de civilização e humanidade. O trabalho dedica-se ainda a observar que a inversão moral foi tão completa e abrangente que envolveu igualmente as vítimas e praticamente impediu que surgisse qualquer forma de resistência organizada. Será dada especial ênfase ao papel do pensamento völkisch, que misturava nacionalismo e romantismo em doses suficientes para tornar a violência um valor positivo, e ao papel da burocracia, que transformou o assassinato numa tarefa como outra qualquer, aliviando consciências e viabilizando o genocídio. / Germany, under the Nazi regime, experienced a process of moral inversion which, combined with other factors, such as nationalism and racism on a scale never seen, led the country to commit crimes without parallel in History. Using the theoretical basis offered by Hannah Arendt and analyzing the diaries written by Germans directly involved with Nazism either as militants, as supporters or as critics this research aims to contextualize this process, discussing how a sophisticated and developed society was caught by the idea that its survival ultimately depended on the destruction of the Other, that is, the people who did not belong to its ideal of civilization and humanity. The work also aims to observe that the moral inversion was so complete and comprehensive that also involved victims and prevented the arising of any form of organized resistance. Emphasis will be given to the role of the völkisch movement, that mixed nationalism and romanticism in doses sufficient to transform violence in value, and to the role of the bureaucracy, which turned the murder into a task like any other, relieving consciences and thus enabling genocide.
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Responsabilidade moral política em Hannah ArendtSerejo, Lincoln Sales 27 March 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-03-27 / Nenhuma / A tese trata da responsabilidade moral e política em Hannah Arendt. Segue-se o itinerário da filosofa sobre a responsabilidade. Reconstrói-se inicialmente o debate entre Joel Feinberg e Hannah Arendt sobre o conceito de responsabilidade coletiva, tendo como objetivo específico o de apresentar o problema que será tratado ao longo da tese. Em seguida, procuramos examinar os pontos de contato e distanciamento entre as concepções de responsabilidade e culpa que são defendidas por Hannah Arendt, Karl Jaspers e Hans Jonas. Aborda-se a concepção de responsabilidade pessoal de Arendt a partir de sua reflexão sobre a “banalidade do mal”, circunstanciada ao julgamento de Adolf Eichmann. Analisa-se sinteticamente o julgamento de Eichmann. Investigam-se as concepções do fenômeno da liberdade em Hannah Arendt. Apresenta-se a concepção contemplativa de liberdade ou liberdade filosófica e a concepção política de liberdade política. Os objetivos destes subcapítulos são o de mostrar a distinção que a filósofa estabelece entre essas duas concepções de liberdade, uma relacionada à vida e interior e a outra relacionada ao exercício da virtude pública no espaço público. Examinam-se as atividades da vida espiritual na concepção de Hannah Arendt, a saber: o Pensar, o Querer e o Julgar. Apresentam-se os conceitos de Razão e Intelecto com objetivo de mostrar a distinção desses dois conceitos kantianos; Sócrates e o dois-em-um discutirá a faculdade espiritual do pensamento; A descoberta da Vontade refletirá sobre esta faculdade e, por fim, a faculdade juízo e sua conexão com a responsabilidade. / The thesis deals with moral and political responsibility in Hannah Arendt. It follows the Philosophy itinerary on responsibility. The debate between Joel Feinberg and Hannah Arendt on the concept of collective responsibility is initially reconstituted, with the specific objective of presenting the problem that will be dealt with throughout the thesis. Next, we will try to examine the points of contact and distancing between the conceptions of responsibility and guilt that are defended by Hannah Arendt, Karl Jaspers and Hans Jonas. To approach Arendt's conception of personal responsibility from his reflection on the "banality of evil," circumstantial to the judgment of Adolf Eichmann. The Eichmann judgment is synthetically analyzed. The conceptions of the phenomenon of freedom in Hannah Arendt are investigated. It presents the contemplative conception of freedom or philosophical freedom and the political conception of political freedom. The objectives of these subchapters are to show the distinction that the philosopher establishes between these two conceptions of freedom, one related to life and interior and the other related to the exercise of public virtue in the public space. The activities of the spiritual life are examined in the conception of Hannah Arendt, namely: Thinking, Willing and Judging. The concepts of Reason and Intellect are presented in order to show the distinction between these two Kantian concepts; Socrates and the two-in-one will discuss the spiritual faculty of thought; the discovery of the Will reflected on the faculty of Will and finally the faculty of judgment and its connection with responsibility.
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A educação e o professor polivalente: considerações a partir de Carl G. Jung e Hannah Arendt / The education and the elementary school teacher: considerations based on Carl G. Jung and Hannah ArendtTargino, Renata Fernandez 06 June 2014 (has links)
A educação de crianças e jovens é um pré-requisito para a continuação do mundo humano. Sem ela, nenhuma sociedade sobreviveria a mais de uma geração. Nesse contexto, o professor ocupa um papel central, sendo um representante do mundo dos adultos frente a seus alunos. Esta pesquisa teceu um diálogo entre a Psicologia Analítica de Carl G. Jung, sobretudo em suas concepções sobre a educação e o arquétipo do Mestre-Aprendiz, e as reflexões de Hannah Arendt sobre o compromisso da escola com o mundo público. A partir da aproximação entre estes dois autores, buscou-se ampliar a compreensão de como os professores polivalentes significam a própria experiência docente atualmente e como a relacionam com seu papel dentro do contexto educacional. Para tal, foram realizadas seis entrevistas semi-dirigidas com professoras do Ensino Fundamental I, sendo que cinco atuavam em escolas particulares e uma na rede pública. Além disso, no final de cada entrevista foi solicitada a elaboração de um desenho relativo à profissão. O material coletado foi agrupado e analisado sob inspiração do método de processamento simbólico. Verificamos que a educação, como toda situação típica humana, é regida por um campo simbólico: o do Mestre-Aprendiz. Nesse campo, encontramos a influência de quatro polaridades arquetípicas significativas: Curador-Ferido, Puer-Senex, Narciso-Eco e Sísifo-Criança Divina. Um dos resultados obtidos foi que algumas polaridades, embora estivessem presentes, não se mostraram tão expressivas, como por exemplo, o simbolismo de Sísifo. Os dados sugeriram que, atualmente, alguns professores polivalentes têm dificuldade em desenvolver uma persona profissional adequada, o que parece estar atrelado a uma deficiente responsabilização pelo mundo e por sua função frente às novas gerações, tal como coloca Arendt. Tal fato pode influenciar negativamente os impasses escolares atuais. Por último, inferiu-se que as professoras que conseguem transitar pelas polaridades arquetípicas presentes no campo simbólico que permeia a relação professor-aluno, tendo clara sua função de professora e seu papel dentro do contexto educacional, têm na profissão docente um elemento significativo para o próprio processo de individuação e, possivelmente contribuem de forma efetiva na criação de um espaço compartilhado propício ao aprendizado de seus alunos / Education of children and juveniles is a requirement to the human world perpetuation as it is. Without it, societies would find a hard time getting to the next generation. In that scenario, the role of the teacher is central, being a representative of all adult inhabitants. This research draws a dialog between Carl G. Jung´s Analytical Psychology, especially his understanding of education and the Master-Apprentice archetype, and Hannah Arendt´s reflections over the school´s compromise due to the world. By dragging theses authors together, seeks to understand how elementary school teachers give meaning to their very own experience nowadays and how they relate to the educational sphere. A total of six semi-structured interviews were made to Elementary School female teachers, being one of them from the public system. At the end of these interviews they were asked to draw something related to their profession. All data was analyzed using symbolic interaction approach. We noticed that education, as with other typical human situations, is conducted by a symbolic field: the Master-Apprentice. Moreover, we found four distinct archetypal polarities: Wounded-Healer, Puer-Senex, Narcissus-Echo and Sisyphus-Divine child. However, the importance of these polarities differs significantly; for example, Sisyphus symbolism is not so decisive. Data suggests that elementary school teachers are having difficulties to develop the right persona on work, which might be related their lacking of responsibility with the world and with the future generation, as Arendt pointed out. That alone might have negative impact on modern schools challenges. In addition, our research also observed that some teachers are able to move along the different polarities of the symbolic field of teacher-students relations, clearly understanding of their role in educational system, they find in their career impactful points on their own individuation, and they might create a proper learning-environment to their students
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Tensões na teoria política contemporânea: um estudo sobre os conceitos de ação política e ordem natural em Hannah Arendt e Leo Strauss / Tensions in contemporary political theory: a study on the concepts of political action and natural order in Hannah Arendt and Leo StraussSouza, Ronaldo Tadeu de 06 September 2017 (has links)
A presente pesquisa tem como objetivo investigar dois autores fundamentais e imprescindíveis para a área de teoria política, a saber, os judeus-alemães Leo Strauss e Hannah Arendt que vindos da uma Alemanha esfacelada pela guerra e as crises política e sociais que ali se instaurou, erigiram, o que nós hoje conhecemos como teoria política. Especificamente a pesquisa procura analisar os conceitos de ação política e ordem natural (transcendente) imutáveis, que são os conceitos pelos quais eles, Arendt e Strauss, se tornaram conhecidos. Procura-se demonstrar ao longo da investigação que há uma tensão nos conceitos referidos, pois enquanto o conceito de Arendt de ação política se transfigura em aspectos transcendentes da própria ação, o conceito de Strauss de ordem natural imutável adquire traços fortes de ação prático-política. Nos dois casos há, portanto, uma tensão que atravessa os escritos principais de ambos tendo em vista o projeto teórico inicial. O estudo estará concentrado nas principais obras de Leo Strauss e Hannah Arendt dos anos 1950 e que foram escritos nos Estados Unidos, são elas: A condição humana, Sobre a revolução, Direito natural e história e Thoughts on Machiavelli. / The present research aims to investigate two fundamental and indispensable authors for the area of political theory, namely the German-Jews Leo Strauss and Hannah Arendt who come from a war-torn Germany and the political and social crises that were established there, which we now know as political theory. Specifically, the research seeks to analyze the concepts of political action and natural order (transcendent) immutable, which are the concepts by which they, Arendt and Strauss, have become known. It is tried to demonstrate during the investigation that there is a tension in the referred concepts, because while the concept of Arendt of political action is transfigured in transcendent aspects of the own action, the concept of Strauss of immutable natural order acquires strong traces of practical-political action . In both cases there is, therefore, a tension that runs through the main writings of both in view of the initial theoretical project. The study will focus on the major works of Leo Strauss and Hannah Arendt of the 1950s and which were written in the United States, are: The Human Condition, On the Revolution, Natural Law and History and Thoughts on Machiavelli.
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Hannah Arend, les jusristes et le concept de totalitarisme / Hannah Arendt, the lawers and the totalitarianism conceptSchulze, Sophie 22 December 2017 (has links)
Le concept de totalitarisme élaboré par Hannah Arendt à partir de 1951 est aujourd'hui une référence incontournable. Son examen critique, ici proposé, commence par resituer cette théorie arendtienne dans l'histoire des idées juridiques. Ce faisant, il apparaît que non seulement la terminologie, mais également une partie des arguments et des conclusions de la philosophe ont été élaborés dès les années 1920 par la doctrine juridique, aussi bien anti- que pro-totalitaire.Dans un second temps, la théorie du droit, qui a nourri les réflexions de Hannah Arendt, est utilisé comme un instrument pour la critique. En particulier, la thèse la plus polémique défendue par la philosophe - à savoir qu'il n'y eut que deux régimes totalitaires, l'Allemagne nazie et l'Union soviétique – ne résiste guère à l'examen juridique et théorique.À travers ce dialogue historique et critique entre le droit et la philosophie, cette thèse interroge l'idée d'un droit totalitaire, qu'il s'agisse de sa nature, de ses conditions de possibilité ou de sa distinction avec l'Etat de droit. / The concept of totalitarianism developed by Hannah Arendt from 1951 is a major reference today. Its critical review, proposed here, begins by re-placing this arendtian theory in the history of legal ideas. In doing so, it appears that not only the terminology, but also some of the arguments and conclusions of the philosopher were developed from the 1920's by the theory of law, anti- and pro-totalitarian as well.In a second step, the theory of law, which nourished Hannah Arendt's reflections, is used as an instrument for criticism. In particular, the most controversial thesis defended by the philosopher - namely, that there were only two totalitarian regimes, Nazi Germany and the Soviet Union - can hardly withstand a legal and theoretical scrutiny.Through this historical and critical dialogue between law and philosophy, this thesis questions the idea of a totalitarian law, its nature, its conditions of possibility and its distinction with the rule of law.
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From subjectivity to agency : Michel Foucault and Hannah Arendt on "refugees", "problems" and "solutions"Saunders, Natasha E. G. January 2016 (has links)
This thesis makes a historically grounded theoretical contribution to an emerging “critical” approach to refugee studies. Utilising the insights of Michel Foucault and Hannah Arendt, it seeks to reconceptualise academic and policy understandings of what has come to be known as “the refugee problem" through an examination and critique of its (implicit) conceptual foundations. The thesis proceeds through a series of historically-informed moves oriented by the relationship between power, subjectivity, and agency, and argues that the key to reconceptualising the refugee problem lies in understanding how these three concepts rely upon and reinforce one another in a particular historically contingent configuration. The objectives of this thesis are threefold and connected. First, it unpacks a deceptively unproblematic term, “the refugee problem” to reveal the complicity of understanding the “refugee (as) problem” in perpetuating the plight of increasing numbers of the world's population, despite the alleviation of the difficulties these people face being the professed goal of the refugee regime. Second, in so doing it contributes to a growing body of literature seeking to counter the voicelessness and abjection into which refugees and asylum seekers are cast. And third, on the basis of this, to begin a conversation about rethinking the nature of the “solutions” we seek to a reframed “refugee problem.” Engaging in a (Foucaultian) genealogical analysis of “the refugee problem”, the first half of the thesis charts the historically-contingent development of a distinct “refugee problem discourse”, revealing that the construction of refugees as passive victims of political forces is the effect both of such discourse and of the international refugee regime as a classificatory regime of truth and subjectivity, rather than an expression of any essential nature of “the refugee.” The thesis then turns to Hannah Arendt's work as a theoretical lens through which to reframe our understanding of the “refugee problem” and to investigate how to identify and open up creative forces for re-subjectification processes and “solutions” not tied to the classificatory and subjectivising logic of the refugee regime or sovereign state system. Practices of rights claiming, and the City of Sanctuary movement in the UK are examined as two such processes, with the potential of posing “counter-narratives” of problems and solutions which challenge the technocratic, or population-management, approach of the refugee regime.
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A moral nazista: uma análise do processo que transformou crime em virtude na Alemanha de Hitler / The Nazi moral: an analysis of the process that transformed crime in virtue in Hitler\'s GermanyMarcos Guterman 13 December 2013 (has links)
A Alemanha, sob o nazismo, experimentou um processo de inversão moral que, combinado a outros fatores, como o nacionalismo e o racismo em escala nunca vista, levou o país a cometer crimes sem paralelo na História. A partir da base teórica oferecida por Hannah Arendt e por meio da análise de diários de alemães envolvidos diretamente com o nazismo quer como militantes, quer como simpatizantes, quer como críticos , esta pesquisa procura contextualizar esse processo, discutindo como uma sociedade sofisticada e desenvolvida se deixou envolver pela ideia de que sua sobrevivência, em última análise, dependia da destruição do Outro, isto é, dos povos que não integravam seu ideal de civilização e humanidade. O trabalho dedica-se ainda a observar que a inversão moral foi tão completa e abrangente que envolveu igualmente as vítimas e praticamente impediu que surgisse qualquer forma de resistência organizada. Será dada especial ênfase ao papel do pensamento völkisch, que misturava nacionalismo e romantismo em doses suficientes para tornar a violência um valor positivo, e ao papel da burocracia, que transformou o assassinato numa tarefa como outra qualquer, aliviando consciências e viabilizando o genocídio. / Germany, under the Nazi regime, experienced a process of moral inversion which, combined with other factors, such as nationalism and racism on a scale never seen, led the country to commit crimes without parallel in History. Using the theoretical basis offered by Hannah Arendt and analyzing the diaries written by Germans directly involved with Nazism either as militants, as supporters or as critics this research aims to contextualize this process, discussing how a sophisticated and developed society was caught by the idea that its survival ultimately depended on the destruction of the Other, that is, the people who did not belong to its ideal of civilization and humanity. The work also aims to observe that the moral inversion was so complete and comprehensive that also involved victims and prevented the arising of any form of organized resistance. Emphasis will be given to the role of the völkisch movement, that mixed nationalism and romanticism in doses sufficient to transform violence in value, and to the role of the bureaucracy, which turned the murder into a task like any other, relieving consciences and thus enabling genocide.
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A sociedade de consumidores e a perversão do animal laborans: uma análise de Hannah Arendt sobre nossos tempos sombriosSegundo, Wander Arantes de Paiva 30 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-30 / This research has as object the analysis and characterization, according to the work of Hannah
Arendt, in which external factors, inversions and events of modernity that would have been
responsible for creating conditions for the establishment of a consumer society and what
would be the relation and contribution from these elements that would form a kind of society
we have to maintain the vital needs as the principal value and maintain, through laborwork, a
process of production and consumption as the main activity.
The analysis of these formative elements of consumer society will lead us to understand more
clearly the various aspects that led the animal to win laborans to win in modernity and on
what conditions would be able to establish a kind of "control" within the society of consumers
in order to keep the ordinary citizen arrested by consumable goods and advertisements, thus
removing the political life of modern man-based on action and freedom to act and express
their own thoughts and ideas in accordance with the principle established by the plurality in
Arendt The human condition.
So it is up to this research seek the understanding and analysis of a series of questions, factors
and events in Arendt's work that would have created the conditions for, since the victory from
the animal laborans, allowed the emergence of a consumer society in the modern world / Esta pesquisa tem como objeto a análise e a caracterização, segundo a obra de Hannah
Arendt, de quais seriam os fatores, inversões e eventos da modernidade responsáveis por criar
condições para o estabelecimento de uma sociedade de consumidores e qual seria a relação e
contribuição destes elementos para a formação de um tipo de sociedade que tem a
manutenção das necessidades vitais como principal valor e a manutenção, através do trabalho,
de um processo de produção e consumo como principal atividade.
A análise desses elementos formadores da sociedade de consumidores nos levará a
compreender com mais clareza os vários aspectos que levaram o animal laborans a vencer na
modernidade e em quais condições poder-se-ia estabelecer uma espécie de “controle” dentro
da sociedade de consumidores com o intuito de manter o cidadão comum preso aos produtos
consumíveis e anúncios publicitários, afastando assim o homem moderno da vida política
baseada na ação e na liberdade de agir e manifestar seus próprios pensamentos e idéias, de
acordo com o princípio da pluralidade estabelecido por Arendt em A condição humana.
Portanto, cabe a esta pesquisa buscar a compreensão e análise de uma série de
questionamentos, fatores e eventos dentro da obra de Arendt que teriam criado as condições
para que, a partir da vitória do animal laborans, se desse o surgimento de uma sociedade de
consumidores no mundo moderno.
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Por um sentido formativo da arte numa \"sociedade de consumidores\": uma inserção no pensamento político de Hannah Arendt e de Jacques Rancière / For an educational sense of art in a consumer society: a survey into the political thought of Hannah Arendt and Jacques RancièreAnyele Giacomelli Lamas 07 July 2015 (has links)
Com o intuito de pensar sobre a peculiaridade dos impasses relativos à formação dos mais novos no contexto de uma sociedade de consumidores, recorremos ao que Hannah Arendt e Jacques Rancière propuseram acerca da relação entre arte e política. De acordo com Arendt, um dos desafios impostos à tarefa dos mais velhos de introduzir os recém-chegados ao mundo numa sociedade de consumidores diz respeito ao modo como temos nos relacionado com a herança cultural que o passado nos legou. Isso porque destruímos os objetos culturais que ajudam a constituir um mundo comum na medida em que os transformamos em meios de entretenimento, passíveis de serem consumidos. Se partimos da reflexão sobre o fenômeno da arte como uma das formas privilegiadas de compreender o que é esse mundo comum ao qual os adultos devem introduzir as crianças é porque, segundo Arendt, as obras de arte são os objetos culturais máximos que devem ser salvos da ruína da destruição ou do esquecimento. Rancière, por sua vez, afirma que a arte e a política podem contribuir para que possamos reconfigurar as coisas comuns, mesmo no contexto da sociedade homogênea e consensual da qual fazemos parte. Elas podem romper com a distribuição dos espaços, das competências e incompetências de acordo com o lugar que ocupamos na sociedade, contribuindo para forjarmos contra o consenso outras formas de senso comum. Podemos pensar, então, sobre um sentido formativo da arte a partir da possibilidade de reconfigurarmos outras formas de convívio que ligam sujeitos ou grupos em torno de uma outra comunidade de palavras e coisas, formas e significados. Rancière não parece acreditar, nesse sentido, apenas na destruição do que há em comum entre os homens numa sociedade marcada pela lógica do consumo. Ele afirma que a transição dos objetos e produtos do mundo da arte para a esfera da utilidade e da mercadoria pode romper com o curso uniforme do tempo, alterando o estatuto dos objetos e a relação entre os signos e as formas de arte, de modo que possamos nos apropriar ativamente do mundo comum. Nesse contexto, acreditamos que a escola pode se configurar como um recorte no tempo e no espaço da produção e do consumo, em que podemos oferecer aos recém-chegados a possibilidade de pertencerem ao comum do mundo. Talvez numa época em que as coisas mais corriqueiras podem adentrar a esfera da arte, propondo outras formas de experiência sensível, a educação tenha, mesmo num contexto de crise, a possibilidade aberta e sempre renovada de convidar os mais novos a adentrar a imensa floresta de coisas e signos que constituem o mundo comum. / In order to analyze the peculiarity of the dispute over the education of the newcomers in a consumer society, we call upon what Hannah Arendt and Jacques Rancière proposed about the relationship between art and politics. In line with Arendt, one of the challenges faced by the adults when introducing newcomers to the world in a consumer society refers to the way we deal with the cultural heritage that has been transmitted to us from the past. We destroy the cultural objects that help provide a common world as we transform them into consumable media entertainment. We begin by considering the art as a privileged way of understanding this common world in which adults introduce children because, according to Arendt, the art works are cultural objects par excellence that must be protected from ruin of destruction or oblivion. Rancière, in turn, says that art and politics support the reconfiguration of common things, even in the context of homogeneous and consensual society to which we belong. They can break with the use of spaces, the competence and incompetence with respect to our place in society, contributing to forge consensus against different forms of common sense. We can think about an educational sense of art out of the possibility of configuration of different forms of living together that bind men and groups around a different community of words and things, forms and meanings. Rancière does not seem to believe only in the destruction of what is common among men in a society ruled by the logic of consumption. He says that the transition of the objects and products from the art world to the sphere of utility and commodity may break the uniform course of time, changing the status of objects and the relationship between signs and art forms, so we can actively appropriate the common world. In this context, we believe that school can be configured as a cutout in time and space of production and consumption, in which we can offer newcomers the opportunity to belong to the common world. Perhaps in a time when the most ordinary things can enter the sphere of art, proposing other forms of sensitive experience, education has even in times of crisis the open and constantly renewed possibility to invite the young to enter the vast forest of things and signs that constitute the common world.
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Teatro como experiência formativa: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt / Theater as a formative experience: a dialogue with the thought of Hannah ArendtThiago de Castro Leite 31 March 2016 (has links)
Este trabalho pode ser caracterizado como um exercício de compreensão. Trata-se de um exame das reverberações provocadas pela obra de Hannah Arendt em nosso modo de conceber as relações entre educação e linguagem teatral e, em especial, em nosso modo de refletir acerca do potencial formativo da experiência teatral dentro do ambiente escolar. Ao conceber a educação como uma tarefa voltada para a inserção das novas gerações num legado de significados compartilhados, Hannah Arendt nos provoca a pensá-la sob a perspectiva do mundo. Assim para além de compreender que educar crianças e jovens consiste em prepará-los para viver, treinando habilidades e competências para que realizem inúmeras tarefas no mundo, Arendt identifica a atividade educativa como uma forma de apresentação do mundo, uma tentativa de familiarização com as experiências e obras que o constituem e que nos foram legadas por nossos antepassados. No que toca à linguagem teatral, os indícios encontrados em sua obra nos levam a sugerir a existência de uma especificidade para o teatro que reside na oportunidade para que aqueles que participam do evento artístico olhem para o mundo que é revelado na cena e possam pensar sobre ele, examiná-lo e atribuir-lhe algum sentido. Nesse encontro entre um alguém que representa ações humanas e um alguém que pode delas fruir como espectador, instaura-se uma oportunidade para a emergência de exercícios de compreensão sobre o próprio mundo. É por essa razão, por tais aspectos serem intrínsecos à linguagem teatral, que nosso percurso se dedica a pensá-la dentro do ambiente escolar, ou seja, como um ponto de vista sobre o mundo, como uma forma de inserir as novas gerações num legado comum. Todavia, essa inserção não consiste apenas em apresentar informações sobre o mundo humano, não diz respeito à somente conhecer o que nele ocorre, mas configura-se como uma chance de pensar sobre o mundo, ressignificando-o e, nesse processo, sendo transformado por ele. Um encontro afetivo entre as novas gerações e o legado de experiências e obras que constituem o mundo, ou seja, uma experiência formativa. / This dissertation can be characterized as an exercise of understanding. It brings an analysis of the reverberations of Hannah Arendts work in our way of conceiving the relationships between education and theater language, especially in our way of thinking about the formative potential of the theatrical experience in school environment. When conceiving education as a task dedicated to the insertion of new generations in a legacy of shared meanings, Hannah Arendt causes us to think education in a world perspective. Hence, more than understanding that teaching children and youngsters consists in preparing them to live, training their skills and competences so that they can do several activities in the world, Arendt identifies education as a form of world presentation, an attempt of familiarizing students with the experiences and works which constitute the world and that our ancestors left us as a legacy. Regarding theatrical language, evidence found in her work allows us to suggest the existence of specificity for theater, which lies in the opportunity, for those who participate in the artistic event, to look to the world that is revealed in scene and think about it, examine it and assign it meaning. In this meeting between someone who represents human actions and someone who enjoys them as a spectator, it is possible to find the opportunity for understanding the world itself. For this reason, for such aspects are intrinsic to the theatrical language, our journey is dedicated to think it in the school environment, as a point of view on the world, as a form to enter new generations in a common legacy. Nevertheless, this insertion not only consists in presenting information about the human world, identifying what happens on it, but also consists in a chance to think about the world, assigning new meanings to it and, in this process, being changed by it. An affective encounter between new generations and the legacy of experiences and works that constitute the world: a formative experience.
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