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Suporte social, saúde mental materna e asma em crianças: estudo SCAALA - Salvador

Santos, Letícia Marques dos January 2012 (has links)
Banca examinadora: Profª. Drª. Darci Neves dos Santos (orientadora); Profª. Drª. Ana Glória Godói Vasconcelos - ENSP-FIOCRUZ; Profº. Drº. Maurício Lima Barreto - ISC-UFBA; Profº. Drº. Paulo Rossi Menezes - USP; Profª. Drª. Rosane Harter Griep - ENSP-FIOCRUZ. Data de defesa 30 de março de 2012. / Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2012-09-25T13:26:43Z No. of bitstreams: 1 Tese. Leticia Marques 2012.pdf: 3591837 bytes, checksum: 5e006d7504b4846c65c9ea97b3aaa62d (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2012-09-25T13:32:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese. Leticia Marques 2012.pdf: 3591837 bytes, checksum: 5e006d7504b4846c65c9ea97b3aaa62d (MD5) / Made available in DSpace on 2012-09-25T13:32:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese. Leticia Marques 2012.pdf: 3591837 bytes, checksum: 5e006d7504b4846c65c9ea97b3aaa62d (MD5) Previous issue date: 2012 / Apesar do grande esforço para identificar os diversos fatores de risco para a asma infantil, ainda não foram estabelecidas as causas desta síndrome, havendo um debate intenso sobre a contribuição de fatores psicossociais para a ocorrência deste fenômeno. Este trabalho investigou o efeito do suporte social familiar e da saúde mental materna sobre a ocorrência de sintomas de asma em crianças, considerando a inter-relação entre estes fatores para explicação da asma atópica e não-atópica. Inicialmente, realizou-se uma revisão sistemática da literatura acerca do efeito do suporte social e da saúde mental sobre a ocorrência de asma. Identificaram-se 12 estudos epidemiológicos sobre o tema, que demonstraram efeito deletério da exposição infantil aos sintomas depressivos, ao estresse parental e à ansiedade materna crônica. Por outro lado, níveis elevados de suporte social protegeriam contra a ocorrência de asma em crianças e adultos, havendo aumento da necessidade de suporte à medida que os sintomas se agravavam. Seguiu-se um estudo transversal com 1013 crianças participantes do projeto Social Changes Asthma and Allergy in Latin America (SCAALA-Salvador) a fim de identificar se o efeito da saúde mental materna sobre a ocorrência de asma diferia entre atópicos e não-atópicos, considerando a existência de suporte social familiar. Encontrou-se que transtornos mentais comuns maternos estão positivamente associados aos sintomas de asma, independente do fenótipo da doença, mas a percepção de altos níveis de suporte social parece atenuar esta relação apenas para o perfil não-atópico. Por fim, utilizou-se a técnica de Modelagem por Equações Estruturais para identificar se a condição de saúde mental materna atuava como um mediador do efeito do suporte social sobre a ocorrência de sintomas de asma. Encontrou-se que a percepção de altos níveis de suporte social não afeta diretamente a manifestação da doença, porém apresenta efeito protetor através da sua influência sobre o sofrimento psicológico materno. / Salvador
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Prevalência de sintomas de asma e renite em adolescentes escolares dos municípios de Tubarão e Capivari de baixo (SC)

Breda, Daiane January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-graduação em Saúde Pública / Made available in DSpace on 2012-10-24T04:45:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 259295.pdf: 2520135 bytes, checksum: 111b2c628051dcdbb9b37d71c313c204 (MD5) / Introdução: Grandes variações na prevalência de asma em escolares com idade entre 13 e 14 anos têm sido relatadas entre regiões de um mesmo e de diferentes países no mundo. O questionário do Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância (ISAAC) foi desenvolvido para oferecer um instrumento padronizado a fim de estabelecer as taxas de prevalência em diferentes regiões, usando a mesma metodologia. O objetivo deste trabalho foi investigar através do ISAAC a prevalência de asma e rinite, nos municípios de Tubarão e Capivari de Baixo, assim como sintomas e fatores de risco relacionados. Métodos: Estudo transversal, utilizando o questionário escrito ISAAC aplicado a todos os adolescentes com idade entre 13 e 14 anos, matriculados em 42 escolas dos municípios de Tubarão e Capivari de Baixo. O estudo foi conduzido nos meses de março a maio de 2005. Os dados foram transcritos e analisados pelo programa SPSS versão 15.0. Resultados: No presente estudo, 2468 escolares com idade entre 13 e 14 anos completaram o questionário ISAAC. Duas escolas privadas não quiseram participar da pesquisa. A taxa de resposta foi de 91,0%. A prevalência relatada de asma atual (sibilos no último ano) foi de 11,9%, asma "alguma vez" 8,2% e rinite 22,9%. Adolescentes que relataram asma atual tiveram prevalências significativamente maiores de 1-3 crises de sibilos no último ano (64,5% vs 0,4% respectivamente, p<0.001), mais de 4 crises de sibilos no último ano (30,4% vs 0,0% respectivamente, p<0.001), despertares noturnos (20,5% vs 0,0% respectivamente, p<0.001), limitação da fala (32,8 vs 0,2%, respectivamente, p<0.001), quando comparados com aqueles que negaram asma atual. Adolescentes que relataram rinite alguma vez tiveram prevalências significativamente maiores de espirro, congestão nasal no último ano (70,6% vs 21,1%, respectivamente, p<0.001) e congestão nasal, prurido e lacrimejamento ocular (51,2% vs 9,0%, respectivamente, p<0.001), quando comparados com aqueles que negaram rinite alguma vez. Na análise multivariada, após ajuste para confundimento, a ocorrência de sibilos no último ano mostrou-se associada à história familiar (qualquer familiar, pai ou mãe com asma; RCaj 1,55; IC 95%: 1,15-2,10), animal doméstico dentro de casa (RCaj 1,42; IC 95%: 1,03-1,95), fumante dentro de casa (RCaj 1,60; IC 95%: 1,22-2,10) e proximidade da estação de monitoramento atmosférico inferior a 1.400 metros (RCaj 1,41; IC 95%: 1,07-1,86). Na análise multivariada para rinite alguma vez houve associação nociva para sexo feminino (RCaj 1,31; IC 95%: 1,08-1,59), moradia em localização urbana (RCaj 1,42; IC 95%: 1,07-1,88) e moradia alugada (RCaj 1,34; IC 95%: 1,00-1,80, significância estatística limítrofe). Conclusões: A prevalência de asma atual neste estudo foi de 11,9% e a prevalência de rinite alguma vez foi de 22,9%. Para relato de asma atual houve associação nociva para história familiar, animal doméstico dentro de casa, fumante dentro de casa e distância a estação de monitoramento atmosférico inferior a 1.400 metros. Já para rinite alguma vez houve associação nociva para sexo feminino, moradia em localização urbana e residência alugada. Estes dados podem auxiliar no controle destas doenças, sendo importante para a saúde pública, além de estimular novos estudos para comparações regionais.
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Prevalência de vírus respiratório em pacientes atendidos por asma aguda na sala de emergência / Prevalence of respiratory viruses and the associations with clinical findings of acute asthma in the emergency room

Rocha, Ivete Terezinha Machado da January 2006 (has links)
Introdução: As infecções virais do trato respiratório (IVTR) têm sido freqüentemente identificadas em associação com asma aguda (AA) em crianças, porém poucos estudos têm mostrado resultados similares em adultos com asma. Objetivos: Avaliar a prevalência de infecção viral na asma aguda em pacientes atendidos no setor de adultos do departamento de emergência (DE), comparando as características entre os grupos com amostras positivas e negativas para os vírus respiratórios. Material e Métodos: Conduzimos um estudo transversal de pacientes que se apresentaram com AA no setor de adultos do DE (idade igual ou maior que 12 anos) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Um aspirado nasofaríngeo foi obtido para detecção de antígeno com a técnica de coloração de imunofluorescência indireta (vírus sincicial respiratório, adenovírus, influenza e parainfluenza tipo 1, 2, 3 e 4). Foram coletados dados referentes a características demográficas, medicações regulares, história médica pregressa, crise que levou à atual visita ao DE e desfechos da crise. Resultados: No período de março de 2004 a novembro de 2005, 111 pacientes foram examinados para IVTR. Foram identificados vírus respiratórios em 15 pacientes (8 com Adenovírus, 1 com RSV, 2 com Influenza A, e 4 com Parainfluenza tipo 1). Utilizando a análise de regressão logística, as variáveis com (p < 0,10), índice de massa corporal (IMC) e febre no domicilio, foram significativamente associados à identificação de vírus respiratório. Sessenta e seis por cento dos pacientes com IVTR apresentaram febre no domicílio, enquanto que somente 27% dos pacientes sem infecção viral apresentaram febre a domicílio, (p = 0,006). Não houve outra diferença significativa nas características clínicas, tempo de permanência e desfechos. Conclusão: Este estudo mostra uma prevalência de 13,5% de IVTR na AA em pacientes com idade igual ou maior que 12 anos atendidos na sala de emergência, confirmando a infecção viral como importante desencadeante nesta faixa etária. Dentre as características clínicas estudadas, febre no domicílio e IMC elevado, apresentam maior chance de identificação viral positiva. / Introduction: Respiratory tract viral infections (RTVI) have been frequently identified in association with acute asthma (AA) in children, but few studies have shown similar results in adults with asthma. Objectives: Evaluate the prevalence of viral infection with acute asthma in patients presented to the adult sector of the Emergency Department (ED), comparing the characteristics among the groups with positive and negative samples for respiratory viruses. Materials and Methods: It was conducted a cohort study of patients with AA that presented themselves to the adult sector of the ED (age 12 or older) at Hospital de Clínicas in Porto Alegre. A nasopharyngeal aspirate was obtained for detection of viral by indirect immunofluorescence technique (respiratory syncytial virus, adenovirus, influenza, and parainfluenza type 1, 2, 3, and 4). Data related to demographic characteristics, regular medication, previous medical history, the exacerbation that resulted in coming to the ED, and the outcomes of the crisis. Results: From March 2004 to November 2005, 111 patients were examined for RTVI. Respiratory viruses were identified in 15 patients (8 with Adenoviruses, 1 with RSV, 2 with Influenza A, and 4 with Parainfluenza type 1). Using the logistic regression analysis, the variables (p < 0.10) Body Mass Index (BMI) and fever at home were significantly associated to the identification of respiratory virus. Sixty-six percent of the patients with RTVI had fever at home while only 27% of the patients without viral infection presented fever a home (p = 0.006). There was not another significant difference in the clinical characteristics, time of stay, and outcomes. Conclusion: This study shows a prevalence of 13.5% of RTVI in AA in patients 12 years or older treated at the emergency room, which confirms viral infection as an important asthma-triggering factor in this age bracket. Among the clinical characteristics studied, fever at home and high BMI present the highest chance of positive viral identification.
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Manifestações respiratórias (asma brônquica, tosse crônica e rinossinusite crônica) e doença do refluco gastroesofágico : perfil de esofagomanometria e pHmetria esofágica de 24 horas

Ribeiro, Iana Oliveira e Silva January 2002 (has links)
A associação entre manifestações respiratórias e doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é bem conhecida, embora permaneça controversa em alguns aspectos, mormente no que tange ao perfil dos achados da avaliação funcional esofagiana. O presente estudo tem como objetivo traçar um perfil da esofagomanometria e pHmetria esofágica ambulatorial de 24 horas em pacientes referidos para estes exames por apresentarem asma, tosse crônica e rinossinusite crônica com e sem sintomas digestivos de DRGE. Os resultados foram comparados com o perfil da avaliação funcional esofagiana encontrado em pacientes referidos por apresentarem sintomas digestivos da DRGE sem manifestações respiratórias, bem como foi avaliada a prevalência de refluxo gastroesofágico (RGE) nestes grupos de pacientes. Os pacientes foram submetidos a esofagomanometria estacionária com cateter perfundido de 6 canais de pressão seguida de pHmetria esofágica ambulatorial de 24 horas com 1 eletrodo distal (Synectics, Polygram and Esophogram). Os dados analisados incluíram: à esofagomanometria - tônus e extensão do esfíncter esofagiano inferior (EEI), tônus do esfíncter esofagiano superior (EES) e o perfil motor do corpo do esôfago; à pHmetria esofágica de 24 horas – percentual do tempo total do estudo com pH inferior a 4, percentual do tempo em ortostatismo, percentual do tempo em posição supina, no de episódios de RGE e escore (DeMeester). Os resultados foram comparados entre os pacientes referidos para o estudo por apresentarem manifestações respiratórias com e sem sintomas digestivos de DRGE, bem como entre estes e os pacientes com sintomas digestivos apenas. Foram estudadas 1080 esofagomanometrias e 1063 pHmetrias. Dentre as manometrias, 622 foram realizadas em portadores de manifestações respiratórias (asma=168, tosse=389 e rinossinusite=65). Dentre estes, 360 exames foram considerados anormais (57.8%), mormente às custas de disfunção motora do corpo do esôfago sem hipotonia do EEI. Dentre os 458 pacientes com sintomas digestivos de DRGE apenas, 76.6% foram anormais, também às custas de disfunção motora do corpo do esôfago, porém com hipotonia do EEI. Dentre as pHmetrias, 613 foram executadas em portadores de manifestações respiratórias (asma=164, tosse=398 e rinossinusite=51). Dentre estes pacientes, encontramos 38.8% de exames anormais com um predomínio de RGE em posição supina. Nos 450 pacientes portadores de sintomas digestivos apenas, 56.2% dos exames foram anormais, prevalecendo o RGE combinado (RGE tanto em posição ortostática quanto durante o decúbito). Concluimos que o perfil da avaliação funcional esofagiana dos portadores de manifestações respiratórias com e sem sintomas digestivos caracteriza-se por elevada prevalência de disfunção motora do corpo do esôfago e predomínio de RGE em posição supina. O perfil dos pacientes com sintomas digestivos apenas, caracteriza-se por disfunção motora do corpo do esôfago associada a hipotonia do EEI, com RGE combinado (ortostático e supino). A elevada prevalência de pHmetrias anormais nos portadores de manifestações respiratórias, sobretudo naqueles sem sintomas digestivos, sugere e reforça a possibilidade de "RGE silencioso" como coadjuvante importante das manifestações respiratórias. / The association between respiratory symptoms and gastro-esophageal reflux (GER) is well known, although it remains controversial in regards to the profile of the results of the motility and pH studies in this group of patients. The present study is focused on a retrospective analysis of the findings of esophageal manometry and 24-hour ambulatory pH studies performed on patients with asthma, chronic cough and rinosinusitis, with and without reflux symptoms, referred to an esophageal motility laboratory. The results of the studies were compared to the findings of the same tests performed on patients with RGE symptoms only, without any respiratory involvement. This allowed creating a profile of the findings of such tests, as well as to assess the prevalence of GER in all patient groups. Patients were submitted to esophageal manometry with a 6-channel perfused catheter and single electrode for 24-hour ambulatory pH studies (Synectics, Polygram and Esophogram). The following data obtained were analysed: on manometry - lower / upper esophageal sphincter pressure (LESP, UESP respectively) and the motor profile of the body of the esophagus; on pH studies - % total time with pH less than 4, % of reflux on upright and supine positions, total number of reflux episodes and scoring system (DeMeester). The results were compared between patients with respiratory manifestations with and without digestive reflux symptoms, as well as among these patients and those with digestive GER symptoms only. There were 1080 manometries and 1063 pH studies. Amongst the manometries, 622 were performed on patients with respiratory manifestations (asthma=168, chronic cough=389 and chronic sinusitis=65). Three hundred and sixty (57.8%) were considered as abnormal, mostly due to motor dysfunction of the body of the esophagus, without hypotonic LES. In the 458 patients with GER only, 76.6% were found to be abnormal. This was also due to motor dysfunction of the body of the esophagus, however lower LESP were found. Six hundred and thirteen pH studies were performed on patients with respiratory manifestations (asthma=164, chronic cough =398 and chronic sinusitis=51). We found 38.8% of abnormal tests in this group, with GER detected often on supine position. Within the 450 patients with GER symptoms only, 56.2% of the tests were abnormal, with GER episodes detected in both upright and supine positions. We conclude that the profile of the manometric and pH findings in patients with respiratory manifestations with and without GER symptoms has shown a higher prevalence of esophageal body motor dysfunction and supine reflux episodes, respectively. On the other hand, patients with GER symptoms only, have shown to be more prone to having lower LESP and motor dysfunction of the body of the esophagus, in addition to a higher number of reflux episodes both on upright and supine positions. The higher prevalence of abnormal pH studies in this series of patients with respiratory manifestations suggests and stresses the possibility that “silent reflux” may play an important role in the respiratory symptoms of such patients.
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Fatores de risco para asma e rinite alérgica em população de escolares na cidade de Passo Fundo, RS

Porto Neto, Arnaldo Carlos January 2012 (has links)
Introdução: nas últimas décadas, tem havido aumento na prevalência das doenças alérgicas, como também na sensibilização a aeroalérgenos ou alimentos, fenômenos caracterizados como “epidemia das doenças alérgicas”. Objetivo: determinar os fatores de risco associados a sintomas de asma (sibilância) e rinoconjuntivite, descrevendo a prevalência desses sintomas em crianças escolares do município de Passo Fundo, RS. Método: estudo transversal realizado em alunos de oito a doze anos de idade matriculados em escolas públicas e particulares do ensino fundamental, moradores da zona urbana de Passo Fundo, RS. A amostra representativa dessa população foi escolhida aleatoriamente, e seus pais ou responsáveis responderam questionário escrito padrão do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), acrescido de perguntas sobre fatores de risco pessoais, familiares e ambientais (ISAAC fase II). Dessa população inicial, separou-se, aleatoriamente, um subgrupo de crianças (n=878), para realizar testes cutâneos de hipersensibilidade imediata (TCHIs) com alérgenos ambientais e coletar amostras de fezes para exame protoparasitológico. As crianças também foram pesadas, tendo sua estatura aferida e seu índice de massa corporal (IMC) calculado. Resultados: a prevalência de asma ativa foi de 31,2%; de asma diagnosticada, de 16,3%; de asma induzida por exercício, de 14,1%; de asma grave, de 7,4%; de crise aguda severa de asma, de 5,6%. A prevalência de rinite ativa foi de 53%; rinoconjuntivite, 37,6%; rinite diagnosticada, 35%; rinite polínica (hay fever), 27,9%; rinite moderada a grave, 14,7%. A prevalência de eczema ativo foi de 17,8%; de eczema em dobras, 16,8%; de eczema grave, 2,7%. Eram atópicos 487/878 (55,5%), independentemente de serem asmáticos ou não; desses, 84,4% eram polissensibilizados. A maioria (70,2%) dos que tinham asma atual era atópica, sendo somente 9% monossensibilizados. Da mesma maneira, a maioria (83,1%) dos com asma ativa também era atópica (OR = 3,16; IC95%=4,4-7,6). Além disso, os asmáticos atópicos tinham asma mais grave em relação aos não atópicos (OR = 2,39; IC95% = 2,60-7,60). Os fatores de risco siginificativamente associados à asma ativa foram: história materna de asma (OR = 1,75, IC 95%= 1,05-2,87), rinite ativa (OR = 2,07, IC 95%=1,42-3,01), compartilhar quarto no primeiro ano de vida (OR = 2,03, IC 95%= 1,36-3,04), ser atópico (OR = 1,82, IC 95%=1,26-2,50), ter contato com gato intradomiciliar no primeiro ano de vida (OR = 1,73, IC 95%=1,07-2,78), usar paracetamol mais de 12× ao ano nos últimos doze meses (OR=1,68, IC 95= 1,20-2,31)), usar antibiótico com ≤6 meses de vida (OR = 1,57, IC 95%= 1,13-2,17), ter tido bronquiolite com ≤2 anos de vida (OR = 3,11, IC 95%=2,23-4,33), ter nascido de parto prematuro (OR = 1,60, IC 95%=1,02-2,50). Em relação à rinoconjuntivite, os fatores de risco foram: história de eczema no pai (OR = 3,50, IC 95%= 1,05-10,70), rinite no pai (OR= 1,73, IC 95%=1,06-2,82), residência com mofo (OR = 2,09, IC 95%=1,16-3,74), ter morado em casa úmida no primeiro ano de vida (OR = 2,05, IC 95%=1,20-3,48), ter eczema ativo (OR = 1,97, IC 95%=1,16-3,56), ter sensibilidade alérgica a Lolium perenne (OR = 14,03, IC 95%=7,75-25,40), ter sensibilidade a ácaros da poeira doméstica (OR = 2,82, IC 95%=1,77-4,52), ter tido bronquiolite com ≤2 anos idade (OR = 1,78, IC 95%=1,10-2,90). Compartilhar quarto foi fator de proteção para rinoconjuntivite (OR = 0,50, IC 95%=0,32-0,79). Os questionários foram respondidos pelas mães em 83,9%, das quais 42% tinham baixa escolaridade (≤8 anos completos). Cerca de 25% das famílias das crianças tinham renda mensal ≤1 salário mínimo (SM) vigente na época, e 4,4%, renda ≥10 SMs. Um terço dessa população era exposto a mãe fumante, tendo 15% delas afirmado que fumaram durante a gravidez e 18%, durante o primeiro ano de vida da criança. Nasceram de parto cesariano 48,0%; 15,0% eram prematuros e 20,0% da amostra tinham baixo peso (<2,500 g) ao nascer, tendo 2% pesado <1,500 g. Um terço mamou no peito menos de seis meses. Tiveram contato com cachorro dentro de casa no primeiro ano de vida 30%, e somente 12%, com gato intradomicílio. Apenas 7,5% das crianças tiveram contato com animais de fazenda no primeiro ano de vida. Conclusões: a prevalência de asma e rinoconjuntivite está acima da média mundial relatada pelos centros do projeto ISAAC fase II e acima da média nacional medida pelo projeto ISAAC fase III, Brasil. Houve uma importante associação entre asma ativa com a história materna de asma e de antecedentes pessoais atópicos (rinite ativa e atopia). Ter tido bronquiolite com <2 anos de idade foi forte fator de risco para asma ativa aos dez anos de idade. Ao contrário de algumas proposições da hipótese da higiene, contato com animais (gato) dentro de casa e compartilhar dormitório no primeiro ano de vida foram fatores de risco para asma ativa, e não de proteção. Em relação à rinoconjuntivite, igualmente, houve um forte componente genético (familiar) como fator de risco, ao lado do fator ambiental (moradia úmida e com mofo). Ter sensibilidade ao pólen de Lolium perenne mostrou-se forte fator de risco para rinoconjuntivite. Por outro lado, compartilhar quarto se mostrou fator de proteção para rinoconjuntivite na faixa etária de oito a doze anos de idade. / Introduction: over the last decades the prevalence of allergic diseases has increased, as well as the sensitization to aeroallergens or food, phenomena characterized as "allergic diseases epidemic". Objective: to determine the risk factors associated to asthma symptoms (wheezing) and rhinoconjunctivitis and to describe the prevalence of these symptoms in schoolchildren from the city of Passo Fundo, RS. Method: cross sectional study performed in students from ages nine to twelve, enrolled in public and private elementary schools, residents of the urban zone of Passo Fundo, RS. The sample representing this population was randomly selected. Their parents or responsible persons answered a written questionnaire standard to the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), with the addition of questions about personal, familial and environmental risk factors (ISAAC phase II). From this initial population, a subgroup of children (n=878) was selected to perform skin prick tests (SPT) with environmental allergens and to collect stool samples for the protoparasitological exam. The children were also weighed, their height was assessed, and their body mass index (BMI) was calculated. Results: the prevalence of current asthma was 31.2%; diagnosed asthma 16.3%; exercise induced asthma 14.1%; severe asthma 7.4%; severe acute asthma attack 5.6%. The prevalence of current eczema was 17.8%; eczema in folds 16.8%; severe eczema 2.7%. Regardless of being asthmatic or not, 487/878 (55.5%) were atopic; 84.4% of these were polysensitized. Most of the children (70.2%) who had current asthma were atopic and only 9% were monosensitized. Similarly, most of the children (83.1%) with active asthma were also atopic (OR = 3.155; CI 95% = 4.40-7,60). Moreover, the atopic asthmatic children presented more severe asthma compared to the non-atopic ones (OR = 2.39; CI 95% = 2.602-7.603). The factors significantley associated to current asthma were: history of maternal asthma (OR = 1.75, IC 95%=1.05-2.87), current rhinitis (OR = 2.07; IC 95%=1.42-3.0), bedroom sharing during the first year of life (OR = 2.03; IC95%=1.36-3.04), atopy (OR = 1.82; IC 95%=1.26-2.50), indoor contact with cats during the first year of life (OR = 1.73; IC 95%=1.07-2.78), paracetamol use >12× per year over the last twelve months (OR = 1.68; IC 95%=1.20-2.31), antibiotic use ≤6 months of age (OR= 1.57; IC 95%=1.13-2.17), history of bronchiolitis in the first 2 years of life (OR = 3.11; IC 95%=2.23-4.33) and premature birth (OR = 1.60; IC 95%=1.02-2.50). Regarding rhinoconjunctivitis, the risk factors were: history of paternal eczema (OR = 3.35; IC 95%=1.05-10.70), paternal rhinitis (OR = 1.73; IC 95%=1.06-2.82), house with mold (OR = 2.09; IC 95%=1.16-3.75), having lived in a humid house during the first year of life (OR = 2.05; IC 95%=1.21-3.48), having current eczema (OR = 1.97; IC 95%=1.16-3.36), allergic sensitivity to Lolium perenne (OR = 14.0; IC 95%=7.75-25.40), sensitivity to house dust mites (OR = 2.82; IC 95%=1.77-4.52), history of bronchiolitis in the first two years old (OR = 1.78; IC 95%=1.78; IC 95%=1.10-2.90). Sharing a bedroom was a protective factor to rhinoconjunctivitis (OR = 0,50; IC 95%=0.32-0.79). A total of 84.0% of the mothers answered the questionnaires, 42% of which had a low education level (≤eight years of school completed). About 25% of families had a monthly income of ≤1 national minimum wage (NMW) at the time, while 5.0%, had an income of ≥10 NMW. One third of these children were exposed to smoking mothers. Approximately 15% of the mothers affirmed to have smoked during pregnancy, and 18% during the child‟s first year. A total of 48.0% born from C-sections; 15.0% were premature, and 20.0% of the sample had low weight (<2,500 g) upon birth, where 2% weighed <1,500 g. One third was breastfed for less than six months. A total of 30% the individual had contact with dogs inside the house during the first year of life, and only 12% had contact with indoor cat over the same period. Only 7.5% had contact with farm animals during the first year of life. Conclusions: the prevalence of asthma and rhinoconjunctivitis in Passo Fundo is above the world average measured by the ISAAC phase II, and above the national average measured by the ISAAC phase III, Brazil. There is an important association between current asthma with history of maternal asthma and personal atopic background (current rhinitis and atopy). A history of bronchiolitis during the first two years of life was a strong risk factor to current asthma at ten years old. Unlike some proposals of the hygiene hypothesis, the contact with animals (cat) inside the house and sharing a bedroom during the first year of life were risk factors for current asthma, and not protective factors. Concerning rhinoconjunctivitis, there was also a strong genetic component (family) as a risk factor, as well as an environmental component (humid house with mold). Sensitivity to Lolium perenne polen represented a strong risk factor to rhinoconjunctivitis. On the other hand, sharing a bedroom represented a protective factor to rhinoconjunctivitis at eight to twelve years old.
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Gasto energético medido por calorimetria indireta em adolescentes asmáticos com excesso de peso

Benedetti, Franceliane Jobim January 2008 (has links)
Objetivos: Medir o gasto e estimar a ingestão energética de adolescentes asmáticos com excesso de peso e comparar com asmáticos eutróficos e não asmáticos com excesso de peso. Metodologia: Estudo transversal incluindo 69 adolescentes de 10 a 18 anos. Foram comparados três grupos que foram pareados. Para avaliação nutricional utilizaram-se medidas antropométricas e de composição corporal. O gasto energético foi medido por calorimetria indireta e a ingestão energética estimada por inquéritos alimentares. Resultados: Cada grupo era composto por 23 adolescentes, sendo 13 do sexo masculino, com média de idade 12,39±2,40 anos. Os resultados a seguir são apresentados, respectivamente, para os grupos: asmáticos com excesso de peso; asmáticos eutróficos e não asmáticos com excesso de peso: índice de massa corporal (24,83 ± 2,73Kg/m2), (19,01 ± 2,10 Kg/m2) e (25,35 ± 3,66Kg/m2); gasto energético de repouso (GER) (1550,24±547,23Kcal/dia), (1540,82±544,22Kcal/dia) e (1697,24 ± 379,84Kcal/dia); estimativa da ingestão energética (2068,75± 516,66Kcal/dia), (2174,05± 500,55Kcal/dia) e (1673,17 ± 530,68Kcal/dia). O GER não foi estatisticamente diferente entre os grupos, mesmo quando ajustado pela massa magra e massa gorda (f=0,186; p=0,831). Somente nos grupos dos adolescentes asmáticos, a estimativa da ingestão energética foi maior que o GER. Conclusão: O GER foi semelhante entre os grupos. A estimativa da ingestão energética dos adolescentes asmáticos foi maior que o GER. / Objectives: To measure resting energy expenditure and calculate caloric intake of asthmatic adolescents with excess body weight and compare results with those of groups of adolescents eutrophic asthmatics and no-asthmatic adolescents with excess body weight. Methods: Cross-sectional study with 69 adolescents aged 10 to 18 years divided into three matched groups. Nutritional status was assessed using anthropometric and body composition measurements. Indirect calorimetry was used to measure energy expenditure; caloric intake was estimated from dietary recalls. Results: In each group, there were 23 adolescents (10 girls) aged 12.39±2.40 years. Results for each group (asthmatic adolescents with excess body weight; adolescents eutrophic asthmatics; and no-asthmatic adolescents with excess body weight) were, respectively: Body mass index = 24.83±2.73 kg/m2, 19.01±2.10 kg/m2, and 25.35±3.66 kg/m2; resting energy expenditure (REE) = 1550.24±547.23 kcal/day, 1540.82±544.22 kcal/day, and 1697.24±379.84 kcal/day; estimated caloric intake = 2068.75±516.66 kcal/day, 2174.05±500.55 kcal/day, and 1673.17±530.68 kcal/day. REE between groups was not statistically different, not even after correction for lean mass and fat mass (F=0.186; P=0.831). Estimated caloric intake was greater than REE only in the group of adolescents with asthma. Conclusion: REE was not significantly different between groups. Estimated caloric intake was greater than REE in the group of adolescents with asthma.
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Avaliação da resposta imune in vitro induzida por antígeno de Schistosoma mansoni em indivíduos asmáticos.

Cardoso, Luciana Santos 06 December 2005 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2017-05-05T15:28:25Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_ISC_Luciana Santos Cardoso.pdf: 4791824 bytes, checksum: adeea3b3d364d4f4df9afdcb3f7f0a53 (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2017-05-23T13:28:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_ISC_Luciana Santos Cardoso.pdf: 4791824 bytes, checksum: adeea3b3d364d4f4df9afdcb3f7f0a53 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-23T13:28:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_ISC_Luciana Santos Cardoso.pdf: 4791824 bytes, checksum: adeea3b3d364d4f4df9afdcb3f7f0a53 (MD5) / Estudos vêm demonstrando diminuição da reatividade aos testes cutâneos para alérgenos e menor gravidade da asma em indivíduos infectados por helmintos, principalmente Schistosoma mansoni. A inibição da resposta inflamatória na asma em indivíduos infectados pelo S. mansoni parece ser mediada pela IL-10, desde que tem sido observada maior produção desta citocina por células de asmáticos infectados pelo S. mansoni estimuladas com o antígeno 1 do Dermatophagoides pteronyssinus (Der p1) quando comparado a asmáticos não infectados. A IL-10 é capaz de inibir a produção de citocinas do tipo Th2 e a degranulação de mastócitos e liberação de mediadores inflamatórios, fatores envolvidos na patogênese das doenças alérgicas. O principal objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade dos antígenos de S. mansoni Sm22.6, Sm14, PIII, P24 e Sm29 de estimular a produção de IL-10 in vitro, por células mononucleares de sangue periférico de asmáticos infectados e não infectados pelo S. mansoni. Foram também avaliadas as produções de IL-5, IL-13 e IFN-g. Foi adicionado Sulfato de Polimixina B às culturas estimuladas com os antígenos recombinantes para bloquear a ação da endotoxina em induzir a síntese de citocinas, desde que as proteínas recombinantes foram clonadas em Escherichia coli. As concentrações das citocinas foram medidas nos sobrenadantes das culturas de células utilizando-se a técnica ELISA sanduiche. Foi demonstrado que todos os antígenos de S. mansoni avaliados neste estudo induziram a produção de IL-10 por células de indivíduos infectados e de asmáticos não infectados. Nas culturas de 24 horas de células de asmáticos não infectados, os antígenos P24 e Sm 29 induziram as mais altas concentrações de IL-10 (828 ± 415 pg/mL e 891 ± 213 pg/mL,respectivamente). Em todos os grupos avaliados e para todos os antígenos usados, foi baixa a produção de IFN-g (valores em torno de 100 pg/mL) e os níveis de IL-5 foram abaixo do limite de detecção (15,6 pg/mL). A produção de IL- 13 induzida pelos antígenos Sm22.6, P24 e PIII foi avaliada no grupo de asmáticos não infectados, e foram observadas concentrações de 68 ± 60 pg/mL, 55 ± 49 pg/mL e 81 ± 67 pg/mL, para os respectivos antígenos. A adição dos antígenos de S. mansoni Sm22.6, P24 e PIII às culturas de asmáticos não infectados estimuladas com o Der p1 resultou em aumento na produção de IL-10. O fato dos antígenos de S. mansoni avaliados neste estudo terem induzido a produção de IL-10 e baixas concentrações de IL-5, IL-13 e IFN-g por células de asmáticos não infectados sugere que os mesmos pode ser futuramente utilizados como vacina para prevenir doenças alérgicas.
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Avaliação das propriedades imunomodulatórias de proteínas do Schistosoma mansoni em modelo experimental de alergia ao ácaro Blomia tropicalis

Alves, Camile Lima de Souza 08 July 2016 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2017-12-28T14:33:34Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_ICS_ Camile Lima de Souza Alves.pdf: 1042299 bytes, checksum: 5aaf05233a6b1fe4cb13aa5b18df9088 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-28T14:33:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_ICS_ Camile Lima de Souza Alves.pdf: 1042299 bytes, checksum: 5aaf05233a6b1fe4cb13aa5b18df9088 (MD5) / CAPES;FAPESB;CNPq / A prevalência das doenças alérgicas no Brasil está entre as maiores do mundo. Dentre essas patologias destaca-se a asma como uma das mais importantes. A asma é caracterizada como uma doença inflamatória crônica, associada à hiperresponsividade das vias aéreas, no qual diversos fatores podem interagir e influenciar seu desenvolvimento. Entre os fatores ambientais, os ácaros da poeira doméstica destacam-se como os principais agentes desencadeadores de hipersensibilidade tipo I. Os ácaros mais frequentes na poeira doméstica, em países tropicais são as espécies Dermatophagoides pteronyssinus e Blomia tropicalis (B. tropicalis). Quanto á predisposição genética, os indivíduos são classificados como atópicos e não atópicos, sendo os atópicos aqueles que produzem anticorpos IgE, de forma exagerada, mesmo que a exposição aos alérgenos seja muito baixa, que o torna mais suscetíveis ás doenças alérgicas. Várias pesquisas demonstraram que existem fatores que levam a redução dos sintomas das doenças alérgica, dentre essas, pode-se destacar as infecções helmínticas, devido ao tipo de resposta imune que o hospedeiro produz. Esse efeito protetor depende da espécie do helminto, da idade do indivíduo, fase da infecção e da carga parasitária. Dentre os helmintos estudados observou-se que o Schistosoma mansoni é um dos parasitos encontrados com maior ação protetora contra as doenças alérgicas. Moléculas desse helminto têm sido avaliadas na tentativa de identificar quais estão envolvidas no efeito imunomodulatório do parasito sobre estas enfermidades. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo avaliar a capacidade das proteínas recombinantes Sm200, Sm10.3, Sm147730 e Quimera B de S. mansoni, de induzir imunomodulação in vitro, em células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) de indivíduos atópicos e não atópicos, estimuladas ou não com extrato de B. tropicalis. Após cultivo das células, seus sobrenadantes foram coletados e ensaiados pela técnica de ELISA sanduíche para determinar a concentração das citocinas IL-10, IL-4, IL-5 e IFN-. Observou-se que as proteínas rSm200 e rS147730 se destacaram por seu potencial imunomodulador, estimulando a produção de IL-10, citocina que tem importante papel na regulação inflamatória. Quando essas proteínas foram associadas ao extrato de B. tropicalis, foi reduzida a proliferação de IL-5, com diferença estatisticamente significativa entre células estimuladas, em indivíduos não atópicos. Além disso, a rSm147730 associada ao extrato de B. tropicalis também estimulou a produção de INF-, citocina que suprime a resposta imune Th2. Como descrito, as proteínas rSm200 e rSm147730 apresentaram atividade imunomodulatória em PBMC de humanos, atópicos e não atópicos. Esses resultados proporcionam, portanto um maior conhecimento da atividade dos antígenos do S. mansoni nas doenças alérgicas, sendo que após os resultados in vitro essas moléculas serão utilizadas para os ensaios in vivo o que futuramente possibilitará o desenvolvimento de arsenais profiláticos no tratamento da asma e das patologias alérgicas.
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Violência familiar contra a criança enquanto um fator de risco para sintomas asmáticos.

Bonfim, Camila Barreto January 2009 (has links)
p. 1-135 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-04-25T17:45:54Z No. of bitstreams: 1 777777.pdf: 719650 bytes, checksum: 429e53d50a8449aa564695604b56d4c5 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-05-04T17:35:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 777777.pdf: 719650 bytes, checksum: 429e53d50a8449aa564695604b56d4c5 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-04T17:35:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 777777.pdf: 719650 bytes, checksum: 429e53d50a8449aa564695604b56d4c5 (MD5) Previous issue date: 2009 / Introdução: Violência familiar contra a criança foi um tema recentemente inserido na literatura e tem se tornado relevante por ser um problema de saúde pública. As diversas manifestações da violência contra a criança podem resultar em disfunção familiar, o que pode ser um indicador de estresse psicossocial para a criança. A resposta da criança ao estresse vivenciado dentro da família pode afetar seu próprio nível de saúde através de alterações psiconeuroimunológicas importantes, afetando o desenvolvimento e agravamento de doenças, como a asma. Ainda são escassas as explicações sobre a plausibilidade biológica do fenômeno bem como de pesquisas que estimem sua magnitude. Explicações epidemiológicas e psiconeuroimunológicas são necessárias para ampliar o entendimento da relação entre violência familiar contra a criança e saúde infantil. Objetivos: Sumarizar o conhecimento existente na literatura epidemiológica sobre a violência familiar contra a criança, nas modalidades física e psicológica, e descrever as conseqüências para a saúde infantil, principalmente, para o desenvolvimento da asma e seu agravamento. Método: Foi realizada uma busca nas bases de dados eletrônicas Pubmed, Scopus e Scielo referente aos últimos 15 anos, utilizando como termos chaves “violência familiar contra a criança”, disfunção familiar, “psiconeuroimunologia e estresse”, “violência familiar e saúde infantil”. Informações foram agrupadas da seguinte forma: descrição dos tipos de violência familiar contra a criança, aspectos históricos, seus determinantes, magnitude, conseqüências para a saúde infantil, descrição de modelos teóricos explicativos para violência e asma, descrição das evidências psiconeuroimunológicas para esta relação. Resultados: Violência familiar contra criança é um fenômeno de alta magnitude no Brasil e está relacionado com diversos desfechos de saúde, dentre eles problemas nutricionais, lesões físicas, problemas emocionais e de comportamento e asma. Alguns fatores contribuem para sua ocorrência e manutenção, tais como fatores relacionados desde a família até a cultura. Estilo autoritário de disciplinamento é o mais associado a problemas de saúde infantil, acrescido de problemas de disfunção familiar, representados por problemas de saúde mental, deficiência física na família, depressão pós-parto, idade materna jovem, uso de álcool e drogas ilícitas pelos pais. Modelos multifatoriais são aqueles que mais tem ganhado espaço na literatura sobre asma e violência. Na explicação da relação entre fatores do contexto familiar e a asma pediátrica, sumarizou-se alguns mecanismos psiconeuroimunológicos, integrando sistema nervoso autônomo, eixo hipotálamo-pituitário-adrenal (HPA), sistema imunológico, estresse oxidativo e respostas geneticamente modificadas. Conclusões: São escassas evidências científicas sobre o efeito da violência familiar contra a criança sobre a asma, principalmente, na realidade brasileira. Este estudo contribui para identificar a alta magnitude deste fenômeno e ratificar a necessidade em continuar estudando as conseqüências para a saúde infantil, principalmente, para o desenvolvimento da asma. / Salvador
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Determinantes antropométricos da asma e atopia em crianças: coorte scaala, Salvador-BA

Matos, Sheila Maria Alvim de January 2010 (has links)
p. 1-130 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-05-08T18:59:43Z No. of bitstreams: 1 1111111pp.pdf: 2220997 bytes, checksum: 38c130c0d8b7e27e8deb90946f82da3f (MD5) / Approved for entry into archive by Rodrigo Meirelles(rodrigomei@ufba.br) on 2013-05-11T15:35:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 1111111pp.pdf: 2220997 bytes, checksum: 38c130c0d8b7e27e8deb90946f82da3f (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-11T15:35:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 1111111pp.pdf: 2220997 bytes, checksum: 38c130c0d8b7e27e8deb90946f82da3f (MD5) Previous issue date: 2010 / Este estudo se ocupa do ganho ponderal até os primeiros dois anos de vida e do estado nutricional das crianças como exposições precoces relacionadas à asma e atopia. Foram estudadas desde 1997 até 2007, prospectivamente, crianças menores de três anos de idade residentes em Salvador- BA. Nesta tese, inicialmente foi estudada a associação entre o ganho de peso nos dois primeiros anos de vida e o estado nutricional posteriormente apresentado por estas crianças. Observou-se que crianças com ganho ponderal classificado como acelerado até os dois primeiros anos de vida apresentaram quase cinco vezes mais excesso de peso do que crianças com ganho de peso normal. A teoria da origem fetal das doenças sugere que fatores precoces podem aumentar o risco de doenças crônicas em adultos. Orientados por esta hipótese, iniciou-se o estudo da associação entre ganho de peso e a ocorrência de chiado nos últimos 12 meses, asma, atopia e função pulmonar. Foram encontrados indícios de que ganho de peso lento nos primeiros anos de vida da criança pode ser um fator de proteção para ocorrência de sintomas de asma. A relevância desse achado para a saúde pública ainda é incerta devido ao pequeno número de estudos que tenham abordado esta questão, além do que, sabe-se que crianças com ganho de peso lento estão em risco de conseqüências adversas tais como baixa estatura, problemas de comportamento e atraso no desenvolvimento. Crianças com ganho de peso lento até os dois anos de idade também foram as que apresentaram menor prevalência de excesso de peso. A análise da associação entre excesso de peso e os desfechos relacionados à asma e atopia neste estudo corrobora com a tese de que o excesso de peso está associado com asma, reatividade cutânea positiva e função pulmonar, mesmo após o ajuste com variáveis intervenientes reconhecidamente associadas à patogenia da asma. / Salvador

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