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Máquina crack / Crack machine

Milonopoulos, Alexis 15 September 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:54:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alexis Milonopoulos.pdf: 661841 bytes, checksum: 219e3a2790ffeae487d465869f4e13f4 (MD5) Previous issue date: 2014-09-15 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Based on a cartographic writing, Crack Machine shows the games of power and the struggling forces within the cracolandia field, pointing out not only the battles, the gears and specific arrangements placed on networks of strategic places, but also dislocations, sinuosity, transversals, tracks, ruts and thresholds that cross the whole cracolandia issue and question our politics. By showing the profusion of useless actions in that area this dissertation treats this matter reaching beyond the discussions about hygienization process and the real estate speculation, pointing out another dimension of the State and the politics and demonstrating a machine that lives off exclusion, speculation, immolation, safety and potentializing more and more lucrative businesses that go from wars against drugs to humanitarianism. In another movement, it exposes the matter of irrecoverable population management, extrapolating the cracolandia space and the discussion about crack cocaine and the control of the undesirable population through technologies that provide administration and risk management. It also shows how these ungovernable populations have been, also with the formation of a new drug market, the main effect of the austerity politics that have taken the globe, questioning our model of society and our political rationality related to the way power has struggled to manage populations since the appearance of the biopower. Taking a step forward from a strictly biopolitical analysis, rewriting the to make die and to let die in the mark of power technologies, pointing out how death became a normal governmental mechanism, inserted in a military-political project of war on drugs and being a privileged strategy that allows the creation of a tension between to make live, to make die and to let die / A partir de uma escritura cartográfica, Máquina Crack mostra jogos de poder e forças em luta no campo da cracolândia, evidenciando não só batalhas, engrenagens e arranjos específicos situados em redes de lugares estratégicos, mas também deslocamentos, sinuosidades, transversais, rastros, sulcos e limiares que atravessam todo a questão da cracolândia e que colocam a nossa política em questão. Ao mostrar a profusão de ações inócuas na área, trata esta questão indo além das discussões acerca de processos de higienização e do fenômeno da especulação imobiliária, evidenciando uma outra dimensão do Estado e da política e demonstrando toda uma máquina que vive da exclusão, da especulação, da imolação e da segurança e que cada vez mais potencializa lucrativos negócios que vão da guerra às drogas ao humanitarismo. Em um outro movimento, expõe a problemática da gestão de populações irrecuperáveis, extrapolando o espaço da cracolândia e a discussão em torno do crack e problematizando a questão da gestão estratégica de populações, mais precisamente da contenção e do controle de populações indesejáveis por meio de tecnologias que propiciam a administração e a gestão de riscos. Mostra também como estas populações ingovernáveis têm sido, juntamente com a formação de um novo mercado de drogas, o principal efeito das políticas de austeridade que tem tomado o globo, colocando em xeque nosso modelo de sociedade e nossa racionalidade política, relacionada ao modo com que o poder esforçou-se para gerir populações desde o aparecimento do biopoder. Dando um passo para além de uma análise estritamente biopolítica, reinscreve o fazer morrer e o deixar morrer no marco das tecnologias de poder, evidenciando como a morte tornou-se um mecanismo normal de governo, inserido-se em um projeto político-militar de guerra às drogas e sendo uma estratégia privilegiada que permite a criação de uma tensão singular entre fazer viver, fazer morrer e deixar morrer
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A política de saneamento básico no Brasil e a relação com lógicas de biopolítica para o controle da população

LENCE, Graciela Marques Goulart 20 February 2017 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2017-08-15T15:01:24Z No. of bitstreams: 1 GRACIELA MARQUES GOULART LENCE.pdf: 697440 bytes, checksum: 9409bc5ab80dd2c4dff9256ddeba786b (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-15T15:01:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 GRACIELA MARQUES GOULART LENCE.pdf: 697440 bytes, checksum: 9409bc5ab80dd2c4dff9256ddeba786b (MD5) Previous issue date: 2017-02-20 / The present dissertation entitled “The Basic Sanitation Politic in Brazil and its relation to Biopolitics logic for population control” results from an exploratory study, with the perspective from a qualitative approach about the thematic, using the methodology of bibliographic research, and the documentary analysis, with the aim of problematizing the relation between Basic Sanitation Politic and Biopolitics logic in the foucauldian sense. Therefore, initially it is presented the study through a brief approach about politics, social and public politics, then the sanitation conception through sanitary practices and the correlate concepts. In relation to the Basic Sanitation Politic in Brazil they are shown aspects about its trajectory, the determinants nuances of the ‘regulatory mark’ elaboration and the institutional instruments for the implementation of this public politics. After that, they are related some concepts from the foucauldian perspective bounded to the analytic of power for the development of the biopolitic thematic. Finally, it is analyzed the Basic Sanitation Politic scope through its interfaces being established the linking with the subjectivation ways of the present system; the management of the population through this politics as an element of governmental intervention where the government rationality conditions the access dissimilarities to the service; and the Basic Sanitation Politic as a biopolitic element to intervene in a conditioning field in the vital processes related to the level of the population health. The study considered to contribute to a debate and demonstrated that the Basic Sanitation Politic is an strategy of biopolitic intervention according a rationality for the men conduct and its relations. / A presente dissertação intitulada: “A Política de Saneamento Básico no Brasil e a relação com lógicas de biopolítica para o controle da população” resulta de um estudo exploratório, com perspectiva de uma abordagem qualitativa sobre a temática, utilizando a metodologia de pesquisa bibliográfica, e análise documental, no intuito de problematizar a relação entre a Política de Saneamento Básico e as lógicas de biopolítica no sentido foucaultiano. Assim, inicialmente apresentou-se o estudo através de uma breve abordagem sobre política, política pública e social, em seguida a concepção de saneamento através de práticas sanitárias e os conceitos correlatos. Quanto à Política de Saneamento Básico no Brasil são elencados aspectos referentes à trajetória, as nuances dos determinantes da elaboração do ‘marco regulatório’ e os instrumentos institucionais para implementação dessa política pública. Adiante relacionam-se alguns conceitos da perspectiva foucaultiana vinculados a analítica do poder para o desenvolvimento da temática biopolítica. Enfim, analisa-se o âmbito da Política de Saneamento Básico através de suas interfaces sendo estabelecida a vinculação com os modos de subjetivação do sistema vigente; a gestão da população através dessa política como elemento de intervenção governamental onde a racionalidade de governo condiciona as desigualdades de acesso aos serviços; e a Política de Saneamento Básico como elemento biopolítico ao intervir em um campo condicionante dos processos vitais relativos ao nível de saúde da população. O estudo considerou contribuir para um debate e demonstrou que a Política de Saneamento Básico é uma estratégia de intervenção biopolítica conforme uma racionalidade para a conduta dos homens e suas relações.
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Michel Foucault articula os conceitos de governo econômico de população e biopolítica liberal e neoliberal / Michel Foucault introduit les concept de Gouvernement Économique des Population et Biopolitique Libéral et Néolibérale

COSTA, Héden Salomão Silva 31 August 2016 (has links)
Submitted by Cássio da Cruz Nogueira (cassionogueirakk@gmail.com) on 2017-01-10T12:47:04Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_MichelFoucaultArticula.pdf: 1288736 bytes, checksum: 42763b62c4632ead6d3f1fee715a8df9 (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-01-10T14:34:17Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_MichelFoucaultArticula.pdf: 1288736 bytes, checksum: 42763b62c4632ead6d3f1fee715a8df9 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-10T14:34:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_MichelFoucaultArticula.pdf: 1288736 bytes, checksum: 42763b62c4632ead6d3f1fee715a8df9 (MD5) Previous issue date: 2016-08-31 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Dans le Cours intitulé Naissance de la biopolitique de 1978-1979 proférent par le philosophe français Michel Foucault en Collège de France, il étudie le concepts de biopolitique libéral, néolibéral et gouvernement économiques des population. À cet égard, lorsque Foucault présente au «grand public» au Collège de France le concept de biopolitique, le concept a pris environ deux décennies pour être compris par le public et par d'autres auteurs. Il est important d'identifier dans le dernier chapitre de Histoire de la sexualité I et dans la Leçons de 17 Mars 1976 proférent par Foucault dans un autre Cours intitulé Il faut défendre la société (1997a) le concept de biopolitique était déjà grande, extrêmement important pour cette nouvelle technologie de rationalisation qui se affiche sur les corps. Donc, du point de vue de la biopolitique et gouvernement économique de la population, est maintenant élargi une étude cohérente sur la transformation entre la biopolitique libéral qui est structuré au sein d'un marché de négociation et la néolibérale ce cadre dans une entreprise de sa propre individu comme entrepreneur de lui-même? Dans ce cas, nous avons l’intention d’enquêter sur cette transformation du contexte politique, économique, sociale, biologique et philosophique au sein de l'Etat Moderne. / No Curso denominado Nascimento da Biopolítica de 1978-79 proferido por Michel Foucault no Collège de France, o mesmo investiga os conceitos de governo econômico de população e biopolítica liberal e neoliberal. Sob esse aspecto, quando Foucault apresenta ao “grande público” no Collège de France o conceito de biopolítica, tal conceito levou aproximadamente duas décadas para poder ser compreendido pelo público e por outros autores. Ora, é importante identificarmos que no último capítulo da História da Sexualidade I, e na Aula de 17 de Março de 1976, proferido por Foucault no outro Curso intitulado Il faut défendre la société (1997a) – o conceito de biopolítica já era amplo e de extrema importância para ser compreendido em relação a esta nova tecnologia de racionalização que aparece sobre os corpos. Então, dentro da perspectiva da biopolítica e governo econômico de população, será se já se ampliou um estudo consistente a respeito da transformação entre uma biopolítica liberal que se estrutura dentro de um mercado de troca e a neoliberal que se moldura em um empreendimento do próprio indivíduo como empresário de si mesmo? Neste caso, pretendemos investigar esta transformação a partir do contexto político, econômico, social, biológico e filosófico dentro da perspectiva do Estado moderno.
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Da Agenda ambiental à Vigilância Ambiental: um percurso histórico e biopolítico / From the Environmental Agenda to Environmental Surveillance: a historical and biopolitical path

Romão, Rodrigo 21 February 2019 (has links)
A presente tese se propõe a traçar uma genealogia da Vigilância Ambiental no Brasil. Partindo de um conjunto de chaves interpretativas da obra do filósofo Michel Foucault, congregamos um amplo leque de fontes documentais para compreender os primeiros sinais de uma incipiente medicina preventiva e sua agenda eminentemente ambiental, ainda em um Brasil pré-imperial, e observamos suas transformações em paridade com o desenvolvimento de nossa sociedade - buscando aí encontrar o mote biopolítico, dado que a construção da nação exigia medidas sanitárias que garantissem a saúde da população, ainda que não necessariamente por questões humanitárias. Acompanhamos a transição da agenda ambiental na saúde pública, que leva em conta os impactos do meio ambiente na existência humana para o movimento reverso, quando nos damos conta de que a humanidade está provocando danos possivelmente irreversíveis ao planeta - e como essa nova fase tem afetado nossa saúde. De maneira crítica e reflexiva, discutimos a formação e a dimensão biopolítica da Vigilância Ambiental na atualidade, dispondo de maiores e melhores recursos tecnológicos, mas atuando em uma governamentalidade neoliberal de redução de direitos - que afetam, inclusive, o direito à saúde. / This thesis aims to trace the genealogy of Enviromental Surveillance in Brazil. From the standpoint a set of interpretative concepts of the philosopher Michel Foucault, we convey a vast array of documental sources to comprehend the first signs of an incipient preventive care and its respectable environmental agenda, still in a pre-imperial Brazil, and we observe its transformations parallel to the development of our society - aiming to find the biopolitical mote, given that the creation of the nation required sanitation methods that could guarantee the health of the population, even though not by strictly humanitarian reasons. We follow the transtition of the environmental agenda in our public health, which takes into consideration the impact of the environment in the human existence to the reverse movement, when we come to the realization that humanity has been causing possibly irreversible damage to the environment - and due to this also affecting our health. In a critic and self-reflecting way, we discuss the formation and the dimension of biopolitics of the Enviromental Surveillance in current day society, having access to a vast array of newer and better technological resources, but acting in a neoliberal governmentality of deprivation of rights, that also affect the right to health.
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La enajenación de l@s otr@s. Estudio sociológico sobre el tratamiento de la alteridad en la atención a la salud mental en Barcelona y Paris

Lurbe Puerto, Katia 18 March 2006 (has links)
Esta tesis analiza los discursos que conciben a la alteridad en términos de problema de orden sanitario. Escoge como escenarios contemporáneos de heterogeneidad social, Francia y España. Para mayor profundidad analítica, acota su ámbito de mira a París y Barcelona y centra su investigación empírica en nueve servicios de salud mental específicamente instaurados para atender las poblaciones inmigrantes y exiliadas de origen extracomunitario (estudio sociológico de casos múltiples), buscando abarcar la máxima variedad de modelos teórico-terapéuticos practicados para tratar la alteridad enajenada. 'La enajenación de l@s otr@s' sintetiza bajo una metáfora el objeto de investigación: remite al estudio de la aflicción y los trastornos mentales, al tiempo que pone énfasis en el proceso de construir un sujeto como 'ajeno', i.e, convertirlo en un extraño y, por ende requeridor de un trato especial.De orientación teórico-metodológica socio-construccionista y crítica, la tesis pretende explicar 'la producción social de las alteridades' y entender porqué las relaciones entre heterogeneidades son como son. Trata de discernir la lógica de los procesos de integración/exclusión, en cuyo centro radica la monopolización de los recursos de saber/poder.Esta investigación sobre la alteridad enajenada se articula en la interrelación de tres ejes conceptuales: "alteridad", "salud" y "biopolítica". Se defiende una concepción de la alteridad, relativa y relacional, producto de las lógicas de distinción social que se articulan en la dialéctica de la similitud (mundo de lo idéntico y equivalencias) y la diferencia (mundo de lo distinto con sus divergencias). La alteridad emerge en diferenciación consciente y se conforma desde una determinada relación socio-histórica sobre el monopolio de los recursos simbólicos y materiales de poder. Consustancial a todo agrupamiento humano, su sustrato es históricamente variable y socialmente manipulable. 'Alteridad' evoca diferencias y relaciones desiguales de poder. Las categorías de alteridad puestas de manifiesto en este estudio se actualizan hoy en el proceso de construcción de la UE y la acentuación de la disparidad entre Centro y Periferia, cuya configuración geopolítica y socio-económica enraíza en la Historia Colonial. Circunscribir el análisis de la alteridad en el campo de la salud radica en que el análisis sobre la salud visibiliza cruenta e inminentemente las desigualdades sociales: 1) Frente a la enfermedad y la muerte, los seres humanos somos desiguales y 2) Las dimensiones que estructuran la posición social y determinan los 'universos de lo posible' (volumen y estructura de capitales) repercuten en la naturaleza más biológica del ser. La salud es el tropo (lugar común) de la interrelación del ser físico-psíquico (dimensión biológica de la diferencia) y, del mundo social y político (dimensión socio-política de la desigualdad). La biopolítica es el contexto pertinente para fundamentar nuestro objeto de estudio.En su curso, la tesis trata de responder a: I. ¿A qué responde la instauración de dispositivos específicamente dirigidos a usuari@s extracomunitari@s en el seno de dos sistemas sanitarios fundamentados en los principios de universalidad e igualdad en el acceso y en la atención médica? II. ¿Cuáles son las implicaciones en términos de desigualdades en salud al gestionar de manera diferenciada, y en algunos casos segregada, las necesidades sanitarias de la alteridad? III. ¿Cuál es la configuración de las relaciones de poder que se establecen entre heterogeneidades, subyacente en los distintos dispositivos de interpretación y tratamiento de la atención a la salud mental proveída a los cuerpos enajenados?Se ha buscado conducir una investigación sociológica que incorporase la triada "crítico" (poner en cuestionamiento los principios organizadores del conocimiento), "crísico" (conciencia de los propios límites) y "creativo" (implicaciones sociopolíticas de los discursos), aspirando a ir más allá de una convencional sociología de la salud/enfermedad para armar mi acercamiento al objeto de estudio con una sociología del conocimiento que sea sumamente consciente de la dimensión política y ética del mismo. / This PhD thesis analyzes the discourses that conceive the otherness as a challenge to healthcare provision. It takes as contemporary scenes of social heterogeneity, France and Spain. To obtain an in-depth analytical approach, it confines its scope to Paris and Barcelona and, the fieldwork is centred on nine mental health services specifically addressed to non-UE immigrants and people in exile (sociological study of multiple cases). Accordingly, it seeks to embrace the variety of theoretical models and therapeutic practices regarding the alienated otherness, in both cities. "The alienation of the others" is the metaphor that synthesises the topic of this research: it evokes the study of affliction and mental health problems, as well as, it emphases the construction of the subject as a stranger, requiring special treatment. By applying a socio-constructionist and critical theoretical and methodological perspective, this research seeks to explain 'the social production of otherness' and understand the reasons why the relationships between heterogeneities are as they are. It tries to discern the logics of the processes of integration/exclusion, in which the monopolisation of the resources of knowledge/power plays a key role. The argumentative line of this PhD thesis is founded upon the interrelation of three conceptual axes: "otherness", "health" and "biopolitics". It proposes a conception of "otherness" as relative and relational, produced by the social distinctions that arise from the dialectics between the world of similarity (the identical and its equivalences) and the world of difference (the different and its divergences). Consubstantial to all human groups, its content is however, historically variable and socially shaped. Otherness evokes differences as well as unequal power relationships. The categories of otherness taken into consideration here are related to the EU construction and the widening gap between Centre and Periphery, whose geopolitical and socioeconomic configuration takes root in Colonial History. The reason why this study locates the analysis of the otherness into the field of health responds to the fact that research on health are extremely persuasive at rendering social inequalities visible: 1) in front of diseases and death, human beings are unequal and 2) the dimensions that structure the social position and determine the 'universes of social opportunities" (volume and structure of capitals) exert effects on the biological nature of the being. Health is the tropo (common place) of the interrelation of the physical-psychic being (biological dimension of the difference) and the social and political world (social and political dimension of inequalities). Biopolitics give a fruitful framework to base this research object. To sum up, this PhD thesis gives an answer to the following questions: I. What explains the launch of healthcare services specifically addressed to non-EU populations within national health systems whose access and medical care are based on the principles of universalism and equality? II. Which are the consequences in terms of health inequalities that produce a differentialist (and, in some cases segregationist) approach to assess and manage non-EU population's health needs? III. Which is the configuration of the power relations between heterogeneities that is underlying the different models of interpretation and treatment of the alienated bodies' mental health?I have sought to conduct a sociological research that brings together "the critical" (to put into question the principles that structure knowledge), "the crisical" (to take conscience about its own limits) and "the creative" (social and politics implications of discourses). In doing so, I looked for going beyond a conventional sociology of health and illness, able to approach the object of study with a sociology of knowledge that is extremely conscious of the political and ethical dimension of the research process itself.
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Janeiro de 2010, São Luiz do Paraitinga/SP: lógicas de poder, discursos e práticas em torno de um desastre

Marchezini, Victor 05 December 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:38:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 5635.pdf: 6762544 bytes, checksum: 0b5e23a2a734407745c29ae8223d4fac (MD5) Previous issue date: 2013-12-05 / Universidade Federal de Minas Gerais / Disasters are socio-environmental phenomena, resulting from the interaction between a natural phenomenon in this case heavy rainfall and a given social organization, and culminating in a tragic event with both material and immaterial losses. In the social sciences, disasters are not considered to be natural, but rather a product of social, historical and territorially circumscribed processes (VALENCIO, 2009). They reveal the spatial superposition of social and environmental problems, whose state of crisis causes the emergence of a biopolitics of disaster, in order to guide a way to govern in the face of the event and, thus, deal with the populace as a political, scientific and biological problem and a problem of power (FOUCAULT, 1999). Thus, a set of techniques, power mechanisms and security devices are employed with the aim of trying to manage the problems that arise in the crisis setting. Classificatory security techniques are produced, imbued with knowledgepower discourse, in order to create an administrable reality, thus aiming to frame the complexity of the social problems revealed in the scene as something propitious for technical management, emphasizing the aspects of this reality which could be solvable. Exceptional security and governance techniques to manage calamities are created, called Situation of Emergency (S. E.) and State of Public Calamity (S. P. C.), coups that permit the creation of fissures in the legal order, causing the forces of the State to grow (FOUCAULT, 2008b). In Brazil, studies by Valencio (2012) showed that there were 10,195 declarations of S. E. or S. P. C. in the period from 2003-2009 (average of 1,456.42 declarations per year), which reveals that this form of governance became the rule and not the exception. I defend the thesis that these declarations of Situation of Emergency and State of Public Calamity are part of a biopolitics of disaster, used as techniques to increase the power of the State that, in the first moment of the emergency, saves lives, but that, after the impact, leaves to die, because the social demands of reconstruction and recovery are disconnected. The logic of power, the discourses and habits of the subjects involved in the postimpact process, that is, recovery and reconstruction in the face of disasters related with heavy rains in Brazil, are described. The disaster in São Luiz do Paraitinga, SP, a city that was flooded in January 2010, is used as a case study. A review of the state-of-the-art, documentary research and qualitative field research are adopted as methodological procedures. The temporal selection includes the period between January 2010 and June 2013, with the understanding that the process of social recovery is long term and extends beyond the period of this study. The results reveal that with the passing of time, especially with the end of the 180 day validity of the State of Public Emergency, the logic of saving lives become subtly diluted and a naturalizable logic of leaving to die gradually enters the scene, in the face of which the citizens of São Luis do Paraitinga, based on their socio-cultural repertory, seek strategies to create opposition. Discursively, the day of the disaster, a disaster that occurred is spoken of, but many of the practices reveal its continued existence. / Desastres são fenômenos sócio-ambientais, resultado da interação entre um fenômeno natural no caso as chuvas e uma dada organização social, que culmina em um acontecimento trágico pelo conjunto de perdas materiais e imateriais. Para as Ciências Sociais, os desastres não são naturais, mas sim produto de processos sociais, históricos e territorialmente circunscritos (VALENCIO, 2009). Revelam a superposição espacial de problemas sociais e ambientais cujo estado de crise fará emergir uma biopolítica do desastre, para conduzir uma maneira de governar frente a este acontecimento e, assim, lidar com a população como problema político, científico, biológico e de poder (FOUCAULT, 1999). Desse modo, um conjunto de técnicas, mecanismos de poder e dispositivos de segurança circularão no intuito de tentar gerenciar os problemas que se apresentam no cenário de crise: produzem-se dispositivos de segurança classificatórios, imbuídos de discursos de saber-poder, para tornar a realidade administrável, objetivando, assim, enquadrar a complexidade dos problemas sociais revelados na cena em algo propício à gestão técnica, dando ênfase a aspectos dessa realidade que possam ser solucionáveis . Criam-se dispositivos de segurança excepcionais, técnicas de governo para gerenciar calamidades, intituladas como Situação de Emergência (S.E.) e Estado de Calamidade Pública (E.C.P) para permitir fissuras no ordenamento jurídico e fazer crescer as forças do Estado (cf. FOUCAULT, 2008b). No Brasil, estudos de Valencio (2012) demonstram que foram 10.195 portarias de reconhecimento de S.E. ou E.C.P. no período 2003-2009 (média de 1.456,42 portarias ao ano), o que revela que esta forma de governar se tornou a regra e não a exceção. Defendo a tese de que essas declarações de situações de emergência e estado de calamidade pública fazem parte de uma biopolítica do desastre, como técnicas para fazer crescer as forças do Estado que, num primeiro momento da emergência, fazem viver, mas que, no pós-impacto, deixam morrer, porque são desconexas às demandas sociais de reconstrução e recuperação. Buscou-se descrever e analisar sociologicamente as lógicas de poder, os discursos e as práticas dos sujeitos envolvidos no processo de pós-impacto, ou seja, de recuperação e reconstrução frente aos desastres relacionados às chuvas no Brasil, tomando como estudo de caso o desastre de São Luiz do Paraitinga/SP, município que foi inundado em janeiro de 2010. Adotando-se como procedimentos metodológicos a revisão do estado da arte, a pesquisa documental e a pesquisa de campo de base qualitativa, o recorte temporal de análise engloba o período entre janeiro de 2010 a junho de 2013, entendendo que o processo de recuperação social é de longo prazo e ultrapassa o período dessa pesquisa. Os resultados revelam que no transcorrer do tempo cronológico, com o término de vigência dos 180 dias do Estado de Calamidade Pública, as lógicas do fazer viver vão se diluindo sutilmente e paulatinamente entra em cena uma lógica naturalizável, que é a do deixar morrer, frente a qual os luizenses, a partir de seu repertório sócio-cultural, buscam estrategias de fazer resistir. Discursivamente se fala sobre de um dia do desastre , de um desastre que aconteceu, mas muitas das práticas revelam sua continuidade.
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Para além da Tragédia do Comum. Conflito e produção de subjetividade no capitalismo contemporâneo / Beyond the "tragedy of commons": conflict and production of the subjectivity in contemporany capitalism

Alexandre Fabiano Mendes 12 March 2012 (has links)
This thesis investigates the dimensions of historical, philosophical and political concept of the common, from a problematization influenced by heterodox Marxist studies and the thought of Michel Foucault.The theoretical approach begins with an analysis of the hypothesis of the "tragedy of commons", represented by Garrett Hardin in a famous article in Science Magazine in 1968. The further development seeks to understand such a formulation from the foucauldian analysis on the art of liberal and neoliberal governing, with emphasis on the concept of biopolitical production of subjectivity. This terrain of analysis is supplemented by studies of an economic approach called "bio-economy", which seeks to weave biopolitics with an understanding of current forms of capitalist accumulation and it crisis. From a research which is directed to the terrain defined as "heterodox marxism," on seeks to study the relationship between the common and new forms of primitive accumulation, seeing how the former has increasingly appeard in this branch of critical studies. In this field, on emphasizes the concept of "primitive social and subjectivity accumulation", based on studies of Karl Marx (Grundrisse), Antonio Negri and Jason Read. The last chapter is devoted to the concept of "production of common", taking as its starting point the work of Jean-Luc Nancy, and especially the investigations of Antonio Negri and Michael Hardt. The common appears as a central concept for understanding the biopolitical production of social wealth in contemporary capitalism, and also its expropriation by new modes of accumulation. On the other hand, the common also emerges as antagonism to capital and public-private dichotomy, pointing to new ways of understanding communism. / A presente tese investiga as dimensões históricas, filosóficas e políticas do conceito de comum, a partir de uma problematização influenciada pelos estudos marxistas heterodoxos e pelo pensamento de Michel Foucault. O percurso teórico inicia com a análise da hipótese da tragédia do comum, veiculado por Garret Hardin em um famoso artigo na Revista Science, em 1968. O desenvolvimento posterior busca compreender tal formulação a partir das análises foucaultianas sobre a arte de governar liberal e ngeoliberal, com ênfase nos conceitos de biopolítica e produção de subjetividade. Esse campo de análise é preenchido por estudos da corrente denominada bioeconomia, que busca entrelaçar a biopolítica com a compreensão das atuais formas de crise e acumulação capitalistas. A partir de uma pesquisa que se direciona para o campo definido como marxismo heterodoxo, busca-se estudar a relação entre o comum e os novos modos de acumulação primitiva, percebendo como o primeiro conceito passa a ocupar progressivamente essa corrente de estudos críticos. Nesse domínio, enfatiza-se a concepção de acumulação primitiva social e de subjetividade, com base em estudos de Karl Marx (Grundrisse), Antonio Negri e Jason Read. O último capítulo é dedicado ao conceito de produção do comum, tendo como ponto de partida o trabalho de Jean-Luc-Nancy e, principalmente, as investigações de Antonio Negri e Michael Hardt. O comum aparece como conceito central para a compreensão da produção biopolítica da riqueza social no capitalismo contemporâneo, e também sua expropriação por novos modos de acumulação. Por outro lado, o comum também emerge como antagonismo ao capital e à dicotomia público-privado, apontando para novas formas de compreender o comunismo.
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Roberto Bolaño, 2666 : poderes sobre a vida e potências da vida

Raposo, Gustavo Almeida 16 March 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literatura, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2016. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-06-02T12:35:59Z No. of bitstreams: 1 2016_GustavoAlmeidaRaposo.pdf: 1595828 bytes, checksum: 37c571dfd76108daebe8836013214af4 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-06-15T18:06:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_GustavoAlmeidaRaposo.pdf: 1595828 bytes, checksum: 37c571dfd76108daebe8836013214af4 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-15T18:06:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_GustavoAlmeidaRaposo.pdf: 1595828 bytes, checksum: 37c571dfd76108daebe8836013214af4 (MD5) / Esta dissertação tem por objetivo pensar o romance de Roberto Bolaño 2666, em diálogo com sua obra, a partir de duas leituras possíveis: a leitura do horror, da violência e da morte e a leitura das ‘potências da vida’. Para tanto, as noções de biopoder e de biopolítica funcionam como ideias organizadoras do texto, sendo consideradas em suas duas interfaces: como "poder sobre a vida" e como "potência da vida". No primeiro momento deste trabalho, é realizada leitura de dois momentos de 2666: o genocídio judeu na Segunda Guerra Mundial e os feminicídios de Santa Teresa. No segundo momento, é realizada uma busca e a análise de potências vitais na obra de Roberto Bolaño, incluindo 2666. Nesse percurso, são abordadas as relações possíveis entre literatura e vida, passando por uma discussão da noção de exílio em Bolaño e pela ideia de ‘literatura menor’ de Deleuze e Guattari, afim de melhor ancorar a reflexão em torno da obra bolañiana. Ao final do segundo momento, as potências de vida na obra de Bolaño, notadamente em 2666, são apontadas e pensadas como ‘vaga-lumes’, em diálogo com as ideias de George Didi-Huberman. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This thesis aims to think Roberto Bolaño’s novel 2666, in dialogue with his oeuvre, departing from two possible readings: the reading of horror, violence and death and the reading of the ‘powers of life’. To that end, the notions of biopower and biopolitics work as text organisers, being considered in their two interfaces: as “power over life” and as “power of life”. In the first part of this work, it is carried out a lecture of two episodes of 2666: the Jewish genocide during the Second World War and the feminicides of Santa Teresa. In the second part, it is carried out a search and the analysis of the vital powers in Roberto Bolano’s oeuvre, including 2666. In this itinerary, we approach the possible relations between literature and life, going through a discussion on the notion of exile in Bolaño and on Deleuze and Guattari’s ideia of ‘minor literature’, in order to better ground the reflexion about Bolaño´s oeuvre. At the end of the second part, the powers of life in Bolaño’s oeuvre, especially in 2666, are pointed out and thought as ‘firelies’, in dialogue with George Didi-Huberman’s ideas.
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(In)VERSÕES POLÍTICO-ESCATOLÓGICAS NO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO Uma análise da posição e ação política das Assembleias de Deus de 1930-1945 e 1978-1988 a partir do jornal Mensageiro da Paz / "(In) versions political-scatological in the brazilian pentecostalism: an analysis of the position and political action of the Assemblies of God"

CARVALHO, OSIEL LOURENÇO DE, 04 March 2016 (has links)
Submitted by Noeme Timbo (noeme.timbo@metodista.br) on 2016-08-12T16:57:01Z No. of bitstreams: 1 Osiel.pdf: 1359561 bytes, checksum: f27bb23603aed9440c8a0646b553e4a7 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-12T16:57:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Osiel.pdf: 1359561 bytes, checksum: f27bb23603aed9440c8a0646b553e4a7 (MD5) Previous issue date: 2016-03-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This research analyzed the political position and action in the Assemblies of God of Brazil in the periods 1930-1945 and 1978-1988. We defend the thesis that since 1930 there within the Brazilian Pentecostalism positions and interventions in the world of politics. In both the 1930-1945 period and the 1978-1988 our analyzes will be carried out from the time frames discussed by Giorgio Agamben: chronos, Aion is kairos. With regard to the first period 1930-1945, research almost always binding on the eschatological discourse of Pentecostalism alienation processes and not involved with party politics. However, it is believed that the eschatological narratives were not sure because of remoteness of the Brazilian public sphere, but the effect of the exclusion of processes to which men and women belonging Pentecostal been circumscribed. Doctrines such as eschatology and pneumatology were potentiating processes that here we call biopotency. In the second period, from 1978-1988, the position and political action that prevailed in Pentecostalism were related to biopolitics. Call intermedário chapter or transition the corresponding period the dates 1946-1977. We will describe and analyze prominent Pentecostal personalities in the field of Brazilian politics. Methodologically, we did our analysis from articles published in the official communication of the religious denomination concerned, the Messenger Journal of Peace. This newspaper circulates since 1930. In addition to the articles also highlight the authors and authors, all of them and all of them leading figures in assembleianismo. During the research question the idea of the Pentecostal apoliticism. We defend the thesis that since 1930, which is the beginning of our research, there are political position and action in the Assemblies of God. As a result, we question the idea of the Pentecostal apoliticism. Our hypothesis is that in the period 1930-1945 Pentecostalism was a center of biopotency. If biopolitics is the power over life, biopotency is the power of life. Doctrines such as eschatology and pneumatology contributed to the marginal spaces where they met the Pentecostals were created new models of sociability and cooperation; They were also spaces to create other narratives and criticism of hegemonic and exclusive models. Pentecostalism was a movement that promoted the human dignity of subaltern subjects. / A presente pesquisa analisou a posição e ação política nas Assembleias de Deus do Brasil nos períodos 1930-1945 e 1978-1988. Defendemos a tese de que desde 1930 há no interior do pentecostalismo brasileiro posições e intervenções no mundo da política. Tanto no período de 1930-1945 como o de 1978-1988 nossas análises serão realizadas a partir das temporalidades discutidas por Giorgio Agamben: chronos, aiôn e kairos. No que diz respeito ao primeiro período 1930-1945, as pesquisas quase sempre vinculam o discurso escatológico do pentecostalismo a processos de alienação e não envolvimento com a política partidária. Entretanto, acredita-se que as narrativas escatológicas não foram causa de certo afastamento da esfera pública brasileira, mas sim efeito de processos de exclusão aos quais homens e mulheres de pertença pentecostal estiveram circunscritos. Doutrinas como a escatologia e a pneumatologia foram potencializadoras de processos que aqui denominamos de biopotência. Já no segundo período, de 1978-1988, a posição e a ação política que predominaram no pentecostalismo estiveram relacionadas com a biopolítica. Chamamos de capítulo intermedário ou de transição o período correspondente às datas 1946-1977. Nele descreveremos e analisaremos personalidades pentecostais de destaque no campo da política brasileira. Metodologicamente, fizemos nossa análise a partir de artigos publicados no órgão oficial de comunicação da denominação religiosa em questão, o jornal Mensageiro da Paz. Esse periódico circula desde 1930. Além dos artigos, destacamos também as autoras e os autores, todas elas e todos eles figuras de destaque no assembleianismo. Ao longo da pesquisa questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Defendemos a tese de que desde 1930, que é o início de nossa pesquisa, há posição e ação política nas Assembleias de Deus. Como resultado disso, questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Nossa hipótese é de que no período 1930-1945 o pentecostalismo foi um polo de biopotência. Se a biopolítica é o poder sobre a vida, a biopotência é o poder da vida. Doutrinas como a escatologia e pneumatologia contribuíram para que nos espaços marginais onde se reuniam os pentecostais fossem criados novos modelos de sociabilidade e de cooperação; eram também espaços de criação de outras narrativas e de crítica a modelos hegemônicos e excludentes. O pentecostalismo foi um movimento que promoveu a dignidade humana de sujeitos subalternos.
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Incursões biopolíticas : o poder jovem nas tramas da arena pública

Goulart, Marcos Vinicius da Silva January 2011 (has links)
Problematiza-se neste trabalho o poder jovem como objeto de políticas públicas no Brasil. Ele não é uma coisa que se possua ou que possa ser dado por alguém. Ele é uma produção da arena pública, um nome dado a uma situação estratégica de poder que tanto pode produzir práticas políticas direcionadas à conduta dos jovens, quanto fazer emergir novos modos de existência. No primeiro caso, ele atravessa documentos, planos e discursos da mídia que elaboram uma pauta de práticas aos jovens, propondo modos de se vivenciar a sua própria juventude, bem como maneiras de organizar a sua atuação política. No segundo, o poder jovem é uma relação entre forças que tensionam valores e modos de organização social cristalizados na sociedade. Em ambos os casos, é a vida que está em jogo, é a biopolítica enquanto produção de modos de subjetivação. Essa é a perspectiva desta pesquisa que, analisando documentos, sob um referencial genealógico inspirado pelo trabalho filosófico de Michel Foucault, incursiona por uma área tensa que são as práticas direcionadas aos jovens, especialmente os discursos que prescrevem políticas públicas, nos quais eles são tratados como um grupo populacional. Analisando alguns documentos oficiais da Organização das Nações Unidas e outros produzidos no país (Governo Federal e ONGs), percebe-se que a juventude é tratada como um problema global, ligado a várias esferas da sua vida: educação, política, ética, cidadania, saúde, etc. É o poder jovem como objeto de intervenção política a ser cultivado, canalizado e potencializado; mas, também, como possibilidade de produção do novo, como força política fundamental. Nas décadas de 1960, 1970 e 1980, há uma remodulação dos discursos acerca da rebeldia da juventude. Nesse período, o poder jovem deixa de ser visto como uma força instituidora da crise social, para ser um objeto de intervenção política e um nicho de mercado a ser explorado. Por outro lado, na década de 1990, temos uma reatualização dos discursos sobre o voluntariado da juventude, por intermédio do protagonismo juvenil que, em sintonia com a noção de capital humano, prescreve aos jovens modos de ser e de conduzir-se social e politicamente. Por fim, a problemática do poder jovem é revista, repensada enquanto condição de possibilidade da liberdade política. É nessa trama que se desenrola a nossa pesquisa. / This work aims to discuss the young power as an object of public policies in Brazil. The young power is not something somebody has or that, perhaps, could be made by someone. He is a production of the public arena, a name given to a strategic position of power that can produce both practical policies directed to the conduct of young people, as well as new modes of existence. In the first case, he goes through the documents, plans and media discourses that produce a pattern of practices to the young people, proposing ways to experience his own youth as well as ways to organize their political activities. In the second case, the young power is a relation between forces that cause tension values and modes of social organization crystallized in the society. In both cases it is life that is at stake, it is the biopolitics while production of modes of subjectification. This is the perspective of this research that, analyzing documents, under a genealogical reference inspired by the work of the philosophy Michel Foucault, moves into an area represented by the tense practices directed at young people, especially those that prescribe public policies speeches, in which they are treated as a population group. Analyzing some official documents of the United Nations and others produced in the country (the Federal Government and NGOs), one realizes that the youth is treated as a global problem, linked to various spheres of life: education, politics, ethics, citizenship, health, etc. It is the young power as the object of policy intervention that needs to be cultivated, channeled and strengthened, in the same way as a possibility of producing the new, as a fundamental political force. In the decades of 1960, 1970 and 1980 occurred a refurbishment of speeches about the rebelliousness of the youth. During this period, the young power can no longer be seen as a founding force of social crisis, and begins to be an object of political intervention and a market niche to be exploited. On the other hand, in the 1990s, we have a refresh of the speeches on youth volunteerism, thanks to the protagonism of the youth that, aligned with the notion of human capital, prescribes to the young people modes to be and to behavior socially and politically. Finally, the issue of young power is reviewed and rethought as a possibility condition of the political freedom. It is in this plot that our research is unfolded

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