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O aprisionamento de selves em diagnósticos psiquiatricos

Aragaki, Sérgio Seiji 08 June 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sergio Seiji Aragaki.pdf: 1042967 bytes, checksum: 1f90165c42fb4cec55ef6d3dfe6a6ea7 (MD5) Previous issue date: 2006-06-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta tese tem como base interlocuções estabelecidas entre a perspectiva das Práticas Discursivas e Produção de Sentidos (Spink, 1999) e vários autores que tecem críticas à realidade social e que esforçam em colaborar na construção de vidas mais dignas para pessoas que utilizam Serviços de Saúde Mental. Assim, discutimos as implicações de pessoas se posicionarem e serem posicionadas (Davies & Harré, 1990) em matrizes (Hacking, 2001) que têm como base a noção de portador de transtorno mental. Para isso, tomando como incidente crítico o diagnóstico psiquiátrico, buscamos entender as alterações ocorridas no self (Harré, 1998) e nas redes sociais (Souza, 1999) de usuários do Serviço de Saúde Mental. Discorremos como as noções de self e de pessoa, na Modernidade Clássica e na Modernidade Líquida (Bauman, 2001) permitem o governo de pessoas por meio de classificações psiquiátricas, em termos foucaultianos. Abordamos as dificuldades existentes na prática diagnóstico, assim como as divergências que ocorrem no campo, com base na literatura especializada no campo, elegendo o Transtorno Afetivo Bipolar como estudo de caso. Fizemos entrevistas com profissionais da Área de Saúde Mental, buscando entender o impacto e as conseqüências das discordâncias no estabelecimento dos diagnósticos para as pessoas assim classificadas. Por último, analisamos as narrativas de duas portadoras de Transtorno Afetivo Bipolar, buscando as mudanças e permanências em seus selves e nas redes sociais que pertencem ou pertenciam antes do diagnóstico. Concluímos que a pertença a determinadas matrizes diminui a possibilidade de trocas sociais, designando aos seus partícipes lugares de exclusão e de submissão sociais. Porém, as estratégias de governo existem independentemente de quais matrizes e redes a pessoas participem. Argumentamos que o diagnóstico é um processo dialógico e negociado entre todos os participantes presentes ou presentificados: profissionais, portadores e demais membros das redes sociais das quais eles pertencem. Por fim, propomos entender as pessoas em suas complexidades, localizadas em contextos históricos e sociais determinados, fortalecendo e construindo relações e espaços de sociabilidade que permitam trocas sociais
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Crianças no espaço urbano: um estudo sobre políticas públicas no contexto das "cidades amigas da criança" / Children in the urban space: a study on public policies in the child s friend cities context

Bertuol, Carla 07 November 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:32:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carla Bertuol.pdf: 1216353 bytes, checksum: d8cf568a61c86812a122b3b872b2b35b (MD5) Previous issue date: 2008-11-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research addresses the relationships between children and the cities within the public policies aimed at to transform the cities in good environments for children. From a constructionist stance, we consider that the current universal definition for child taken for granted derived from the segregation of children from the social life space and the construction of due specific places as ways for the modern rationality wield control over the experience of being child. The Federal Constitution of 1988 proposed an agenda dedicated to the childhood in the public policies of brazilian cities, within the political-administrative decentralization trend or municipalization processes and afterwards within the Child and Adolescent Statute of 1990. In this agenda some peculiar voluntary initiatives of evaluation and award are proposed for the cities that develop public policies pointed to this issue and also a possibility of registration in the Child Friendly Cities initiative of the United Nations Organization. We understand the public policies as the government s ways to make choices about public actions to be implemented and we start from the presupposition that despite of the hegemonic conceptions about children, if we look to the city as a place, looking at children s presence in the city and his/hers relationships with public policies practices, we can contribute so that their positions and resistance possibilities become more visible, expanding the dialogue between children and public policies. The theory that we present here is that the cities, when organized based in universalistic assumptions about the childhood, bring forth a vision of the adults over the children into the public policies, and that in the daily practices, children take the urban space using it as resistance forms. This study pursues two objectives. The first one to discuss how the public policies guided by the child s friend initiative presuppositions deals with the children s specificities, considered as social authors and actors we have approached the field-theme through dialogues with the decision makers of the municipal public policies, followed up the meetings of the municipal facilities Little Net , made interviews and took part in events accomplished in Santo André- SP. For the second objective to know the resistance strategies of the children in relation to the actions emanated from those policies - we have accomplished unstructured observations on the use of the urban space by children and we observed them within a programmatic action, the Expresso Lazer. We found that the adult vision about children in organizational forms devoted to warrant children s rights are hegemonic and that any consideration from the children about the use of the urban space doesn t enter among the possibilities for solving the issues discussed there, resulting in an approach that is usually far from the experience of being child. We also found out that children actively attempt to build his/her presence close to the daily life together with the adults, and in this enthusiasm they show auto-organization capacity and autonomy in the use of the space, an don t show their selves malleable to the dominance forces reacting with resistance in the use of urban space. In the final considerations we discuss how children s rights have potential for transformational in the child s friend cities context and we suggest dialogue possibilities within Social Psychology / Esta pesquisa aborda as relações entre crianças e cidades nas políticas públicas que visam transformar as cidades em bons ambientes para as crianças. Seguindo orientação construcionista, consideramos que a definição de criança de forma universalizada ocorreu com a separação destas da vida social e a construção de espaços próprios, formas de controle da racionalidade moderna sobre a experiência de ser criança. Nas políticas públicas, uma agenda para as crianças nas cidades brasileiras é proposta inicialmente com a municipalização político-administrativa na Constituição Federal, em 1988, e, em seguida, com as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990. Nessa agenda observam-se iniciativas peculiares e voluntárias de avaliação e premiação das cidades que desenvolvem políticas públicas voltadas para este grupo e configuram-se como possibilidade de inscrição na iniciativa Child Friendly Cities da Organização das Nações Unidas. Entendemos as políticas públicas como formas de escolhas das ações públicas implementadas pelos governos e partimos do pressuposto de que, apesar das concepções hegemônicas sobre as crianças, ao olharmos para a cidade como lugar, atentando para sua presença na cidade e para suas relações com as práticas das políticas públicas, podemos contribuir para que suas posições e suas possibilidades de resistência se tornem mais visíveis e, assim, expandir o diálogo entre crianças e políticas públicas. A tese que defendemos aqui é de que as cidades, ao se organizar com base em pressupostos universalistas sobre a infância, trazem para as políticas públicas uma visão adulta sobre as crianças, que, no espaço do cotidiano das práticas, usam o espaço urbano como forma de resistência. Dois objetivos norteiam este estudo: (1) discutir como as políticas públicas, orientadas pelos pressupostos das iniciativas Amigas da Criança , trabalham com as especificidades das crianças, consideradas como a(u)tores sociais; e (2) conhecer as estratégias de enfrentamento utilizadas pelas crianças em relação às ações emanadas dessas políticas. Para o primeiro, buscamos aproximações ao campo-tema por meio de interlocuções com os gestores da política pública municipal, acompanhando as reuniões da Redinha , realizando entrevistas e participando de eventos em Santo André-SP. Para o segundo objetivo, fizemos observações não estruturadas do uso do espaço urbano pelas crianças, acompanhando-as numa ação programática, o Expresso Lazer. Percebemos que a visão adulta sobre a infância ainda é hegemônica nas formas organizativas voltadas para a garantia dos direitos das crianças e na consideração do uso do espaço urbano por elas como algo que não entra nas possibilidades de resolução das situações ali discutidas. Desse modo, a abordagem de tais políticas muitas vezes se distancia de experiência de ser criança. As crianças, por sua vez, buscam ativamente construir sua presença no cotidiano junto aos adultos, e nesse afã mostram-se capazes de se auto-organizar e de usar o espaço de maneira autônoma, sem se moldar às formas de dominação e reagindo com resistência no uso do espaço urbano. Nas considerações finais indagamos sobre a potência transformadora dos direitos para as crianças no contexto das Cidades Amigas da Criança e sugerimos possibilidades de diálogo com a Psicologia Social
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O construcionismo social no contexto da estratégia saúde da família: articulando saberes e práticas / Constructionism in the contexto of Family Health Program: articulating knowledges and practices

Borges, Celiane Camargo 09 August 2007 (has links)
A presente pesquisa traz reflexões epistemológicas e metodológicas visando contribuir na conformação de novos saberes em saúde, no campo da Atenção Primária, problematizando a dicotomia sujeito-objeto e o discurso monovocálico do conhecimento e da verdade. Proponho uma aproximação do discurso científico pós-moderno do construcionismo social ao discurso contemporâneo da saúde no campo da Atenção Primária à Saúde, mais especificamente na Estratégia Saúde da Família (ESF). O construcionismo social tem sido descrito como teoria relacional; uma perspectiva que focaliza o caráter construído, situado e relacional do conhecimento. Aponta a riqueza da multiplicidade dos diálogos, preocupando-se com o que acontece entre as pessoas nos seus encontros e como se dá a construção de sentidos nestas relações. O discurso da ESF também tem em suas premissas o caráter relacional, contextual e construído da produção de práticas. Assim, tenho por objetivo construir possíveis articulações entre esses dois discursos, apontando fertilidades nesta articulação. O construcionismo social é proposto como ferramenta teórico-prática para contribuir com a operacionalização das premissas da ESF ? integralidade, co-responsabilidade, sensibilidade ao contexto local, à multiplicidade e a diversidade dos atores sociais envolvidos. Empiricamente, trata-se da análise de um grupo de hipertensão que ocorre semanalmente em uma Unidade de Saúde da Família de Ribeirão Preto-SP/Brasil, utilizando o conceito de Responsabilidade Relacional (RR) como ferramenta teórico/prática, contribuindo na construção de intervenções colaborativas e co-responsáveis em saúde. Para coleta de dados utilizei os registros do prontuário do grupo; sua áudio-gravação durante o primeiro semestre de 2005; e o registro em notas de campo. A análise de dados consistiu da transcrição das conversas grupais, realização de leitura extensiva de todas as suas conversas gerando a construção de uma crônica do grupo e de eixos processuais. Os três eixos de análise selecionados focaram para aspectos conversacionais deste grupo e seu contexto relacional diferenciado. No primeiro eixo, abordou-se o grupo como um espaço para a expressão dos participantes, proporcionando a construção e negociação coletiva das necessidades de saúde; no segundo, os recortes mostraram este grupo exercendo um elo entre a unidade de saúde e a comunidade, e finalmente no terceiro, o grupo foi tomado como espaço privilegiado de acolhimento aos participantes, favorecendo conversas para ampliação de sentidos na saúde, como também sua transformação. Assim, a análise deu visibilidade a posturas de RR dentro dos processos conversacionais, promovendo diversidade e multiplicidade e favorecendo vínculo e engajamento. Desta forma, aponto a importância das práticas dialógicas na construção de relações mais colaborativas entre trabalhadores de saúde-usuários, e a RR como recurso promotor de novas possibilidades em saúde. / This research brings epistemological and methodological reflections aiming to contribute to new knowledges in Healthcare, in the field of the Primary Care, problematizing the object-subject dichotomy and the monovocal discourse of knowledge and true. I propose an approach to the post-modern scientific discourse of social constructionism with the contemporary discourse of Health in the field of Primary Care, specifically in the Family Healthcare Program (ESF). Social constructionism has been described as a relational theory, in a perspective which focus the constructed, situated and relational character of knowledge. It points to the multiplicity of dialogues, concerning to what happen among people in their encounters and how do they make meaning in these interactions. The Family Healthcare Program s discourse has also in its premises the relational, contextual and constructed character in the production of the practices Thus, the objective is to construct articulations between these two discourses, pointing to the utility of this articulation. Social constructionism is proposed as a useful theoretical-practical tool contributing to the operationalization of the premises of the Program, which include: coresponsibility, sensibility to the local context, sensibility to multiplicity and sensitivity to the diversity of the social actors involved. Empirically, it is about the analysis of a hypertension group which gathers weekly in a Family Healthcare Center placed in the city of Ribeirão Preto-SP- Brazil. The concept of Relational Responsibility is used as an analytic resource, contributing with the construction of collaborative and co-responsible interventions in health. For the data collection I used the registration of the group written in the historical record; my participation in the group and the recording during the first semester of 2005; and the group diary. The analysis consisted of the transcriptions of the group conversations and extensive readings of all the conversations transcribed. From this close reading, a narrative of the group was created and placed upon various axes for purposes of analysis. The three axes selected for the analysis focused to the visibility of the conversational aspects in this group and its differentiated relational context. The first axis presents the group as a space for the expression of the participants, providing the collective construction and negotiation of needs in Health; the second axis documents the group creating a link between the health center and the community, and finally the third axis represents the way in which the group created a privileged welcoming space to the participants, favoring conversations that open up new meanings and understandings in healthcare and thus make possible transformation. In this way, the analysis points to the ways in which-through conversational processes- a stance of Relational Responsibility can promote the development of talk which allows diversity, multiplicity, connection and engagement. Thus, this understanding gives centrality to dialogical practices that promote more collaborative relationships between health professionals and users. Relational Responsibility is seen as a resource of new possibilities in Health.
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Intento sensu et vigilanti mente: esboço de uma problemática histórica do som no Ocidente medieval / Intento sensu et vigilanti mente: a sketch of a system of historical and theoretical references for the study of sound in the societies of the medieval West

Aubert, Eduardo Henrik 25 June 2007 (has links)
O presente trabalho se propõe a esboçar um referencial histórico e teórico para o estudo do som nas sociedades do Ocidente medieval. O som é entendido aqui como uma \"forma semantizada\" e, ao mesmo tempo, um \"conteúdo enformado\", perspectiva que busca pôr em relevo a dialética entre objetivo e subjetivo (que, concretamente existem apenas como processos relacionados de objetivação do subjetivo e subjetivação do objetivo), dialética inerente à existência social de qualquer \"objeto\" e da própria sociedade. A dissertação se compõe de três partes: (1) na primeira parte, enfocamos privilegiadamente a semantização da forma sonora, buscando desvendar as transformações históricas nas modalidades de circunscrição do som pelo pensamento; (2) na segunda parte, tomamos, dialeticamente, a direção contrária e privilegiamos o exame da enformação sonora do conteúdo, investigando mais especificamente a evolução da forma sonora da liturgia latina; (3) por fim, na terceira parte, propomos um estudo de caso que busca apreender, na temporalidade de sua efetivação, a dinâmica entre os processos de semantização da forma sonora e de enformação sonora do conteúdo. / This dissertation aims at sketching a system of historical and theoretical references for the study of sound in the societies of the medieval West. Sound is understood throughout this work as both \"semanticized form\" and \"enformed content\". This perspective seeks to emphasize the dialectics of subjectivity and objectivity (which concretely exist only as the interrelated processes of objectivation of subjectivity and subjectivation of objectivity) inherent to the social existence of any \"object\" and of society itself. The dissertation comprises three parts: (1) in the first, we focus mainly on the semantization of sound form, attempting to understand the historical changes in the modalities of apprehension of sound by thought; (2) in the second part, we dialectically assume the opposite direction and focus on the enformation of content as sound, dealing more specifically with the evolution of sound form in Latin liturgy; (3) finally, in the third part, we propose a case study which seeks to apprehend, in its concrete temporality, the dynamics of the interrelated processes of semantization of sound as form and enformation of content as sound.
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Sentidos construídos com equipes de saúde mental sobre o cotidiano das internações compulsórias / Meaning construction among mental health professionals about commitment of mentally ill.

Fatureto, Maria Lúcia Piccinato 03 June 2016 (has links)
Nos últimos anos, a problemática das internações psiquiátricas compulsórias, isto é, aquelas determinadas por medida judicial, tem sido amplamente discutida, dando visibilidade a algumas tensões que atravessam esse campo. Entre outros aspectos, debates têm sido desenvolvidos sobre temas como liberdade, autonomia e direito, e, numa esfera mais específica, sobre a própria legitimidade e efetividade dos atendimentos nesses casos. Estas tensões trazem importantes desafios aos profissionais de saúde mental, os quais precisam, em seu cotidiano, encontrar respostas criativas para o adequado cuidado das pessoas que chegam aos serviços psiquiátricos via processos de internação compulsória. Em revisão da literatura nos deparamos com alguns estudos que discutem os tratamentos compulsórios na perspectiva dos usuários, mas percebemos uma lacuna em relação à perspectiva dos profissionais nesse mesmo contexto. Este estudo tem como objetivo compreender como as equipes de saúde mental significam o trabalho no cotidiano das internações psiquiátricas compulsórias, bem como compreender como esse trabalho se desenvolve, explorando tanto os desafios como os recursos usados pelas equipes profissionais para o desenvolvimento do cuidado nesse contexto. O corpus de análise foi constituído a partir de entrevistas semiestruturadas no formato de grupos focais e entrevistas individuais, que foram gravadas em áudio e, posteriormente, transcritas na íntegra. A análise envolveu a construção de eixos temáticos, para os quais se buscou compreender a diversidade de sentidos produzidos e possíveis implicações dos mesmos para a produção de práticas em saúde mental. Foram construídos cinco eixos temáticos: 1) IPC como tratamento; 2) Sentidos sobreo uso da IPC e suas implicações; 3) IPC, relações familiares e tratamento; 4) IPC e RAPS; e 5) Sugestões dos profissionais para contribuições no campo da saúde mental. Concluímos que não existem terapêuticas ou práticas distintas para paciente em IPC, mas que dificuldades para conceder alta aos pacientes, sobretudo em função da necessária relação com o judiciário, cria desafios e impõe limites terapêuticos para os pacientes e profissionais. A partir disso, discutimos a valorização das IPC em detrimento às alternativas de cuidado ambulatorial e comunitário, e de que forma isso se reflete na efetivação da Rede de atenção psicossocial. (Apoio financeiro: Capes). / In recent years, the issue of compulsory psychiatric hospitalizations, for example, those determined by judicial order, has been widely discussed, giving visibility to some tensions that run through this field. Among other things, discussions have been developed on topics such as freedom, autonomy and rights, and on a more specific level, the legitimacy and effectiveness of care in such cases. These tensions bring about some important challenges to mental health professionals, who need in their daily lives, to find creative answers to provide the proper care for the people who come to psychiatric services via compulsory admission processes. In the literature review we came across a few studies that discuss the compulsory treatment from the perspective of users, but we noticed a gap in relation to the perspective of professionals in this same context. This study aims to understand what kind of meaning mental health professionals make in the day to day work during compulsory psychiatric hospitalizations, as well as understand how this work develops, exploring both the challenges and the resources used by professional teams for the development of care in this context. The corpus analysis was made from semi-structured interviews in the form of focus groups and individual interviews, which were audio recorded and later fully transcribed. The analysis involved the construction of themes, for which it sought to understand the diversity of meanings produced and their possible implications in the production of mental health practices. Five themes were built: 1) Compulsory psychiatric hospitalizations as treatment; 2) Senses on the use of compulsory psychiatric hospitalizations and its implications; 3) Compulsory psychiatric hospitalizations, family relationships and treatment; 4) Compulsory psychiatric hospitalizations and Network of Psychosocial Attention; 5) The suggestions of the professionals for contributions in the field of mental health. We conclude that there are no therapeutic or different practices for patients in compulsory psychiatric hospitalization, however the difficulty to grant discharge to patients, mainly due to the necessary relation with the judiciary, creates challenges and imposes therapeutic limits for patients and professionals. Based on this, we discussed the valuation of Compulsory Psychiatric Hospitalization over the ambulatory and community care alternatives, and how this is reflected in the effectiveness of the Network of Psychosocial Attention. (Financial support: Capes).
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Mulheres à beira de um ataque de nervos: a sobrecarga de funções femininas - uma questão de gênero

Piola, Maria Apparecida Gomes 05 November 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:38:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Apparecida Gomes.pdf: 4004130 bytes, checksum: 350751a8a7fd8557e6564e377a75b3a5 (MD5) Previous issue date: 2012-11-05 / The research was done in an ONG located in a city in central-western of Sao Paulo State. It's goal was to realize how the female identity was built in it's original family and how they live their woman function in their present family. The specific goals were: to think about principIes in the construction of the female identity, how women notice themselves. The interest by this text came because of mothers'complaint about their lives. They must work to survive and after that they need to do a lot of housework at home. Four mothers with children between 5 and 10 years old participated in this research. They were alphabetized and hired. They were from 22 and 42 years old. The method used was based in the qualitative research. Under the focus of social constructionism those assumptions were derived from conversational exchan,ges in which meanings are socially constructed and language is understood in its active character is considered a social practice, constituent of the reality. To achieve the objective instruments were used such as: History Life, Reflection Group, Focal Group. It is showed as results work overload, insufficient wages to keep family and answer the unexpected even:ts of life. They work in their jobs for 46 hours per week and then for doing housework they spend, on average, 20 hours per week. These data are in accordance with Brazilian demographic surveys. It was also showed by the survey the lack of dialogue with their original family about sex education. They know that they are doing the same with their children / A pesquisa foi realizada em uma ONG localizada em uma cidade no centro-oeste do Estado de São Paulo. Teve como objetivo compreender como foi construída a identidade feminina na família de origem por um grupo de mulheres e como elas vivenciam seu papel de mulher na família atual. Os objetivos específicos foram: refletir sobre os valores envolvidos na construção da identidade feminina; como as mulheres percebem a si mesmas. O interesse pelo tema surgiu a partir das queixas de cansaço e de tensão enunciados por mães que iam buscar seus filhos na ONG, ap6s o trabalho no espaço publico. Além das horas dedicadas ao trabalho remunerado iam, em seguida, para suas casas executar os afazeres domésticos. Participaram da pesquisa quatro mães com filhos entre 5 a 10 anos de idade, alfabetizadas, assalariadas. A idade delas ficou num intervalo entre 22 a 42 anos. O método utilizado baseou-se na pesquisa qualitativa. A base epistemológica foi o construcionismo social com seus pressupostos derivados das trocas conversacionais em que os significados são construídos socialmente e a linguagem e entendida em seu carácter ativo sendo considerada uma pratica social, constituinte da realidade. Para atingir o objetivo foram usados instrumentos: entrevistas individuais e grupais. Com estes instrumentos foram construídas as atividades grupais: História de Vida, Grupo Reflexivo e Grupo Focal. Apontam-se como resultados do cansaço a sobrecarga de trabalho, os salários insuficientes para manterem a família e atenderem os acontecimentos inesperados da vida. Trabalham em seus empregos durante 46 horas semanais, em media. Para os afazeres domésticos empregam 20 horas semanais, em media. Tais dados estão em conformidade com os levantamentos demográficos brasileiros. Constatou-se que seus parceiros dedicam momentos aleatórios para os afazeres domésticos. Elas aprenderam, em suas famílias de origem, as habilidades de donas de casa e o valor que se deve dar ao trabalho remunerado. Outro resultado apontado pela pesquisa consiste na falta de dialogo com sua família de origem sobre as questões de educação da sexualidade. Reconhecem que estão reproduzindo com os filhos e filhas semelhante educação
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O discurso erótico: a construção social do erotismo e sua influência na sexualidade

Marino, Sueli 04 October 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:38:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sueli Marino.pdf: 229318 bytes, checksum: 65253a7d0ace19c98a1e1d8fdbefb079 (MD5) Previous issue date: 2013-10-04 / This study aims to comprehend the changes on the discourses and practices of sexuality considering the transformations that occurred in the last decades. Under the principles of the Systemic thinking and Social Construccionism, we seek to understand how the discourse and discursive practices about eroticism and sexuality are presented comparatively in two distinct historical moments in the two versions of the film Lolita, in 1962 and 1997, and that refer to the manifestations of desire and pursuit of pleasure. A qualitative analyzes was done with emphasis on the social poetics highlighting the defining moments of each segmentation of the movie that were then forwarded to units of meaning. We emphasize throughout this process that the definition of eroticism cannot be considered isolated from the contexts and the linguistic communities that establish the meaning of this dialogue and how the social constructions are inserted in a particular time and culture that also change over time / Este estudo se propôs a compreender as mudanças nas práticas e nos discursos de sexualidade considerando as transformações ocorridas nas últimas décadas. Sob os preceitos do Pensamento Sistêmico e do Construcionismo Social, buscamos entender como o discurso e as práticas discursivas sobre erotismo e sexualidade se apresentam comparativamente em dois momentos históricos distintos nas duas versões do filme Lolita, em 1962 e 1997, e que se referem às manifestações do desejo e da busca do prazer. Foram realizadas análises qualitativas com ênfase na poética social destacando os momentos marcantes de cada segmentação fílmica que nos remeteram às unidades de sentido. Destacamos ao longo desse processo que a definição de erotismo não pode ser considerada isoladamente dos contextos e das comunidades linguísticas que estabelecem o significado desse diálogo e como construções sociais, estão inseridas numa determinada época e cultura que ao longo do tempo também se modifica
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Os sentidos construídos acerca do cuidado ao portador de transtorno mental grave por uma equipe de saúde da família na cidade de Araraquara - SP / Meaning construction about the care of severe mental disorder individuals by a family health team in the city of Araraquara - SP.

Angelini, Carina Fernanda Robles 19 September 2007 (has links)
O processo de transformação das ações no campo da saúde mental no Brasil tem se configurado como um grande desafio a todos os atores sociais envol vidos. As múltiplas significações da loucura, os conceitos de saúde-doença, os modelos de organização da rede assistencial, a (des)alocação de recur sos, a preparação dos profissionais para o novo projeto tecno-político, deter minam condutas e norteiam decisões com relação à promoção do cuidado em saúde mental. Novas tendências apon tam para a importância de ações cons truídas a partir de seu contexto, volta das a comunidades. Dessa forma, a construção de novos dispositivos para o cuidado ao doente mental, como a implan tação dos CAPS, propôs a reorganiza ção do cuidado, a implantação da Es tratégia Saúde da Família o fez em rela ção ao cuidado à saúde de forma abran gente. Estes dois dispositivos devem integrar-se numa rede articulada sob a lógica do cuidado coordenado, humani zado, territorializado, paciente-centrado, não sendo suficiente a mera mudança física dos locais das práticas assisten ciais. Assume-se que é preciso sair dos fundamentos rígidos para as flexibilida des, da especialidade profissional isola da para o conhecimento interdisciplinar colaborativo. Nessa reconstrução as falas dos trabalhadores ganham valor fundamental e o construcionismo social oferece condições para se conhecer o modo como as pessoas constroem sentidos no contexto onde realizam suas práticas. Objetivo: compreender os sentidos sobre o cuidado ao portador de transtorno mental grave, construídos por uma equipe de saúde da família. Método: Foi áudio-gravada uma sessão de Grupo Focal com a equipe de saúde da família na cidade de Araraquara (SP), de onde procede o maior número de encaminhamentos de pacientes para o CAPS. Para análise dos dados foi utilizado o Construcionismo Social como referencial teórico-metodológico. A sessão de grupo foi transcrita e junto ao diário de campo, constituíram a base de dados. Construiu-se um Mapa de Associação de Idéias baseado na transcrição do grupo focal, utilizando-se categorias de análise e eixos temáticos. Resultados: A análise descreveu senti dos acerca das noções que vem sustentando as práticas de cuidado ao portador de transtorno mental em uma equipe de saúde da família. Verificou-se que, a multiplicidade de sentidos favore ce a desnaturalização de discursos fixos sobre o doente mental grave se seu cuidado na Atenção Básica. Considerações finais: A construção conjunta aponta possibilidades de transformação do cuidado àqueles que, historicamente, tiveram a si mesmos e seus cuidados excluídos dos serviços de saúde e do mundo social. / The process of transformation of the actions in the field of the mental health in Brazil has been configuring as a great challenge. The multiple meanings of the madness, the concepts of health-disea se, the models of organization of the net of health, the distribution of resources, the professionals\' preparation for the new technical and political project, they determine attitudes, and they drive deci sions in the therapeutic process in men tal health. The Psychiatric Reform made possible the construction of new devi ces for the care of the patient, as the implantation of the Psychosocial atten tion center (CAPS), as well as implan tation of the of the Family Health strate gy, proposed the reorganization of the care to the health. These two devices should become complete in an articulate net under the coordinated care, huma nized, patient-centered, not being enough the mere physical change of the places of the practices. It is assumed that is necessary to leave of the rigid foundations for the flexibilities, of the isolated professional specialty for the knowledge exchanged. In that recons truction of relationships, the workers\' speeches are of fundamental value and the social constructionism offers con ditions to know the way as the people develop and how they build and felt the accomplish their practices. Objective: This study aim to understand how the members of a Health Family program team think of the inclusion of the care in mental health, in primary health care. Method: A session of focal group with a team of the family health program in the city of Araraquara (SP) was audio-recorded. For analysis of the data, social construcionism was used as theoretical-methodological referencial. The group session was transcribed and close to the field diary, they constituted the base of data. A map of association of ideas was built based on the transcription of the focal group, being used analysis categories and thematic axes. Results: The analysis described senses concerning the notions that it is sustaining the care practices to the bearer of mental upset in a team of health of the family. It was verified that the multiplicity of senses facilitate the denaturalization of fixed speeches on the mental patient care. Final considerations: The team new senses can transform the possibilities of care of those who were excluded of the services of health and the social world.
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[en] MARITAL GAMES: A PROPOSAL OF A SOCIAL CONSTRUCTIONISM MARITAL THERAPY MODEL / [pt] JOGOS CONJUGAIS: PROPOSTA DE UM MODELO CONSTRUCIONISTA SOCIAL PARA TERAPIA DE CASAIS

ORESTES DINIZ NETO 17 February 2006 (has links)
[pt] O objetivo deste trabalho é propor, em uma perspectiva sistêmica construcionista social, um modelo de terapia de casal orientado pelos padrões interacionais do casal em terapia, tomados como marcadores e preditores da formação e dissolução do laço conjugal. É apresentada uma formulação metodológica para a construção do modelo psicoterapêutico que contempla a explicitação dos aspectos epistemológicos, teóricos, morfológicos e técnicos, em relação à inserção nos campos epistêmico, doxológico, axiológico, e no de demanda social. Dentro desta proposta, são revistos estudos sobre temas relevantes para construção deste modelo terapêutico, tais como padrões da conjugalidade na pós-modernidade; características emergentes dos estudos sobre psicoterapia de casal, enfocando a eficácia e eficiência terapêutica; estudos sobre marcadores e preditores da formação e dissolução da conjugalidade; o processo de mudança em psicoterapia, com o aumento da autonomia e complexidade, como produção de novas subjetividades. O modelo apresentado ressalta, além do enfoque sistêmico na relação psicoterapêutica, a construção social da subjetividade e do significado da conjugalidade, sendo que o terapeuta é coparticipante, provocando, através do seu discurso, perturbações que levem a mudanças de segunda ordem, favorecendo aspectos de criatividade na conjugalidade, dentro do espaço social de construção intersubjetiva. Algumas questões técnicas e éticas são apontadas, assim como são sugeridas novas direções de exploração. / [en] The aim of this paper is to propose, in a social constructionism systemic perspective, a model of marital therapy, oriented by couple`s interactional patterns in therapy, as markers and predictors of the conjugal ties formation and dissolution. It is proposed a methodological formulation, for the construction of a psychotherapeutic model that contemplates the explicitness of the epistemological, theoretical, morphological and technical aspects, concerning the insertion in the epistemic, doxological and axiological fields, and of social demand. Within this proposal, studies on subjects relevant to the construction of this therapeutic model, such as conjugality patterns in post-modernity; characteristics emerging from the studies on couple psychotherapy, focused on therapeutic efficiency and efficacy; studies on markers and predictors of the conjugality formation and dissolution; the changing process in psychotherapy like the increase of autonomy and complexity as the production of new subjectiveness are reviewed. The presented model emphasizes, besides the systemic focus on the psychotherapeutic relation, the social construction of subjectivity and the meaning of conjugality, in which the therapist is a co- participant, stimulating, though his speech, disturbances that take to 2nd level changes, favoring creative aspects in the conjugality, within the social space of intersubjective construction. Some technical and ethical issues are pointed out. New directions of exploration are proposed.
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A assistência em saúde mental: os sentidos de uma prática em construção / Mental Health Assistance: the senses of a practice in the process of construction

Mércia Zeviani Brêda 20 October 2006 (has links)
Esta Pesquisa tem como objetivo investigar os sentidos construídos acerca da assistência prestada e recebida em Hospital Psiquiátrico e em Centro de Atenção Psicossocial, sob a ótica de usuários e profissionais de saúde deste último. Para tanto, adota a Estratégia Qualitativa de Pesquisa, dentro das perspectivas teóricas da pós-modernidade, do social construcionismo e da desinstitucionalização. Seus resultados foram ordenados sob dois eixos temáticos e respectivas categorias que emergiram da fala dos sujeitos. Seguindo a trajetória histórica da assistência em saúde mental, o primeiro eixo temático diz respeito à assistência em Hospital Psiquiátrico e, o segundo em serviço substitutivo do tipo CAPS. Em relação ao primeiro, na ótica dos usuários, este espaço assistencial é tido como aprisionamento, onde vêem perdida a sua autonomia e obrigados a seguir normas rígidas e repetitivas; espaço pobre em relações, afeto e escuta, mas rico em produção de violência. Para estes mesmos sujeitos, o CAPS surge como uma porta que se abre às relações, aos contratos, à convivência mais estreita e respeitosa, com possibilidades que podem ser ativadas para a maior compreensão da pessoa que vivencia o sofrimento psíquico e melhoria da assistência recebida. Entre os profissionais, apesar das experiências negativas no processo de formação em Hospital Psiquiátrico, há a defesa da sua manutenção para o atendimento do usuário em crise. Por outro lado, o CAPS, para a maioria destes profissionais, é uma nova e criativa experiência, com aprendizados e faltas sentidas que se traduzem ainda num processo incipiente, porém, em construção de uma nova prática em saúde mental. Ao final, é realizada uma análise das dimensões políticas, históricas e culturais locais que condicionam os sentidos produzidos acerca da assistência em saúde no serviço substitutivo em questão e, são apontados desafios a serem superados; responsabilidades a serem compartilhadas e, caminhos possíveis e necessários para a mudança paradigmática. / This research has the objective of investigating the senses constructed by users and professionals of health about the assistance given and received both in the Psychiatric Hospital and in a Center for Psycho-Social Attention (CAPS). It adopts the Qualitative Strategy of Research, under the theoretical perspectives of Postmodernity; Social-Constructionism and Des - institutionalization guidelines. Its results were organized in two themes and respective categories that emerged from the interviews. Following the historical trajectory of assistance in Mental Health, the first theme refers to the assistance in the Psychiatric Hospital and the second to the CAPS. In the perspective of the users, the Hospital is like a prision, where they lose their autonomy and follow rigid and repetitive norms; it is a space poor in relationships, affection and listening, but rich in violence. For the same subjects, the CAPS appears as a door that opens to relationships, contracts, and respectful acquaintanceship, with the possibility of better understanding of the person who suffers and improvement of the assistance. The professionals, in spite of negative experiences during their formation in the Hospital environment, defend its maintenance for the attendance of the user in crisis. On the other hand, the CAPS, for the majority of these professionals, is a new and creative experience. Although the learning and the achievements are still in an incipient process, they point to the construction of a new practice in Mental Health. The analysis of the categories covers political, historical and cultural aspects that condition the produced meanings concerning Mental Health assistance in open services. It also detects the challenges to be surpassed; responsibilities to be shared and the possible and necessary ways for a change of paradigm.

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