• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 335
  • 158
  • 107
  • 55
  • 28
  • 9
  • 8
  • 7
  • 6
  • 4
  • 4
  • 4
  • 4
  • 4
  • 4
  • Tagged with
  • 826
  • 826
  • 157
  • 149
  • 133
  • 122
  • 88
  • 73
  • 71
  • 64
  • 63
  • 62
  • 61
  • 58
  • 57
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
651

Prevalência de dor crônica e identificação de fatores associados em um segmento da população da cidade de São Paulo / Chronic pain prevalence and associated factors in a segment of the population of Sao Paulo City

Cabral, Dayane Maia Costa 07 May 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: A dor crônica é considerada a primeira causa de anos vividos com incapacidade no mundo e uma das razões mais comuns pela qual as pessoas procuram por atendimento médico. Estima-se que pessoas com dor crônica utilizam os serviços de saúde cinco vezes mais do que o restante da população. OBJETIVOS: Estimar a prevalência de dor crônica e identificar fatores associados em uma amostra de pessoas com 15 anos ou mais de idade de um segmento da cidade de São Paulo, Brasil. MÉTODO: Foi realizado um estudo de corte transversal. Do total de 1.108 indivíduos elegíveis, 826 (74.5%) foram selecionados para entrevistas face a face no período entre dezembro de 2011 e fevereiro de 2012. Os instrumentos utilizados para verificar características da dor crônica e problemas psicológicos associados à dor crônica foram: a Escala Graduada de Dor Crônica (EGDC), a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), o teste de Fagerström para dependência de nicotina (FTND), o teste para identificação de problemas relacionados ao uso de álcool (AUDIT) e a Escala EuroQol-5D. RESULTADOS: A prevalência de dor crônica encontrada foi de 42% (intervalo de 95% de confiança 38,6% - 45,4%). Os participantes com dor crônica apresentaram uma média de 5,9 (DP 1,9) de intensidade da dor e dor relacionada à incapacidade de 4,1 (DP 3,2) em uma escala de 0 a 10. Dor persistente estava presente em 68,6% de todas as pessoas com DC e 32,8% da amostra apresentou dor de alta intensidade ou alta interferência (EGDC II, III e IV). A qualidade de vida foi significativamente pior entre as pessoas com dor crônica. Os seguintes fatores foram independentemente associados com dor crônica: sexo feminino, pessoas com 30 anos ou mais de idade, ter quatro anos ou menos de estudo, sintomas consistentes com ansiedade e atividade intensa durante a ocupação principal. CONCLUSÕES: Neste estudo a dor crônica foi altamente prevalente e apresentou um considerável impacto sobre a qualidade de vida. Fatores demográficos, socioeconômicos e psicológicos foram independentemente associados com esta condição / Introduction: Chronic pain is considered the leading cause of years lived with disability worldwide and one of the most common reasons why people seek medical attention. It is estimated that people with chronic pain use health services five times more than the rest of the population. Objectives: To estimate the prevalence of chronic pain and to identify associated factors in a sample of persons aged 15 or older from a segment of Sao Paulo City, Brazil. Methods: A cross-sectional study was conducted between December 2011 and February 2012. A total of 1,108 eligible individuals were selected and face to face interviews were performed with 826 participants (74.5%) between December 2011 and February 2012. Chronic Pain Grade (CPG), Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), Fagerström Test Nicotine Dependence (FTND), Alcohol use disorders identification (AUDIT), and EuroQol-5D were used to verify chronic pain characteristics and associated signs of psychological distress. Results: A prevalence of 42% (95% confidence interval 38.6% - 45.4%) was observed for chronic pain. Participants with chronic pain had an average pain intensity of 5.9 (SD 1.9) and a pain-related disability of 4.1 (SD 3.2) on a 0-10 scale. Persistent pain was present in 68.6% of those with chronic pain and 32.8% of the population sample had high-intensity or high-interference pain (CPG II, III and IV). Quality of life was significantly worse among the chronic pain persons. The following factors were independently associated with chronic pain: female sex, age 30 years or older, four or less years of education, symptoms consistent with anxiety, and intense physical strain. Conclusions: In this study, chronic pain was highly prevalent and had a considerable impact on health-related quality of life. Demographic, socioeconomic and psychological factors were independently associated with this condition
652

Dor cervical crônica  e postura em trabalhadores de escritório usuários de computador / Chronic neck pain and posture in computer office workers

Bragatto, Marcela Mendes 12 February 2015 (has links)
Introdução: A prevalência de disfunção musculoesquelética entre trabalhadores usuários de computador (TUC) pode variar entre 10 a 62% e os lugares mais acometidos são os membros superiores, pescoço, cabeça e a coluna vertebral. As queixas musculoesqueléticas nesses trabalhadores apresentam etiologia multifatorial e dentre as principais causas é possível citar aspectos posturais e fatores psicossociais. O Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br) é uma das poucas ferramentas existentes na literatura para avaliar aspectos ergonômicos e psicossociais relacionados ao trabalho com uso do computador. A dor cervical é a queixa musculoesquelética mais comum em trabalhadores de escritório usuários de computador. A coexistência entre dor cervical e disfunção temporomandibular (DTM) é comumente citada na literatura. A adoção da postura em anteriorização da cabeça para uso do computador pode estar associada ao aparecimento de sintomas orofaciais e cervicais. A posição sentada é a mais adotada nos ambientes de trabalho especialmente quando este envolve o uso de computador, entretanto, a manutenção dessa posição por tempo prolongado pode acarretar a adoção de posturas inadequadas e intensificar a sobrecarga nas estruturas do sistema musculoesquelético. Desta forma, a manutenção da postura sentada pode estar relacionada ao desenvolvimento de alterações de postura corporal, DTM e disfunção cervical. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar associações entre dor cervical, DTM e alterações na postura estática em trabalhadores de escritório usuários de computador com e sem relato de dor cervical crônica. Material e Métodos: A amostra desse estudo foi selecionada a partir da aplicação do Maastricht Upper Extremity Questionnaire que contempla 7 domínios (posto de trabalho, postura corporal, controle do trabalho, demanda de trabalho, pausas, ambiente de trabalho e suporte social), preenchidos por trabalhadores usuários de computador. Participaram deste estudo 52 mulheres trabalhadoras de escritório usuárias de computador em dois grupos: Grupo com dor cervical crônica e incapacidade (GD, n=26 - 36.50 anos - IC95%: 33.40-36.60; 66.37 kg - IC 95%: 62.48-70.26 e 1.62 m - IC95%: 1.60-1.65) e Grupo sem relato de dor cervical (GS, n=26 - 33.81 anos - IC 95%: 33.66-36.95, 71.75 kg - IC95%: 65.90-77.60 e 1.64 m - IC95%: 1.62-1.67). Como critérios de inclusão as funcionárias deveriam exercer a mesma função há pelo menos 12 meses (GD, 110 meses - IC95%: 73-147 /GS, 91 meses - IC95%:63-119) e utilizar o computador ao menos 4 horas por dia durante a jornada de trabalho (GD, 7.46 horas/dia - IC95%: 7.10-7.83 /GS, 7.58 horas/dia - IC95%: 7.23-7.92). No grupo com dor cervical crônica as trabalhadoras deveriam apresentar relato positivo de dor crônica cervical e se enquadrarem nos seguintes critérios: a) dor cervical há pelo menos 3 meses; b) dor de intensidade 3 na maioria dos dias em uma escala numérica de dor (END) (0 a 10, sendo 0 = sem dor e 10 = pior dor possível) e c) limitação funcional, pelo menos leve, no Índice de incapacidade relacionada ao pescoço (NDI): 10-28% (5-14 pontos) - incapacidade leve; 30-48% (15- 24 pontos) - incapacidade moderada; 50-68% (25 35 pontos) - incapacidade severa;72% ou mais (36 pontos ou mais) incapacidade completa. Foram realizadas avaliações clínicas para diagnóstico da DTM por meio do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), avaliação da dor cervical e mastigatória através da palpação manual e algometria por pressão para obtenção do limiar de dor por pressão (LDP) de estruturas crânio-cervicais, bem como avaliação da postura corporal estática dessas trabalhadoras usando a fotogrametria. Os dados demonstraram distribuição normal de acordo com o teste Shapiro Wilks. O teste-t de student para amostras independentes (p<0.05) foi utilizado para comparar a pontuação máxima de cada domínio do MUEQ-Br entre os grupos sem e com dor cervical crônica. Para verificar diferenças entre os valores médios de LDP e palpação muscular entre os grupos de trabalhadores sem dor e com dor cervical crônica e para verificar diferenças entre os ângulos posturais foi utilizado também o teste-t de Student. Para análise das associações entre as variáveis disfunção temporomandibular, incapacidade relacionada à disfunção cervical, cervicalgia e aspectos do trabalho (domínios do MUEQ) foi utilizada a análise de regressão linear múltipla. Para verificação de diferenças entre valores de porcentagem foi utilizado o teste de Qui-quadrado (p<0.05). O pacote estatístico utilizado foi o SPSS versão 22. Resultados: Os resultados deste estudo demonstraram que ao compararmos os domínios do MUEQ-Br, o grupo com dor cervical crônica obteve maior pontuação no domínio postura corporal (GD, 12.58 - IC95%: 11.21-13.94/ GS, 9.42 - IC95%: 8-10.84) e no item queixas (GD, 17.46- IC95%: 14.17-20.75/ GS, 8.58 - IC95%: 6.14-11.02), bem como na pontuação total do questionário (GD, 40.08 - IC95%: 35.01-45.15/ GS, 33.31 - IC95%: 28.99-37.63). Os voluntários com dor cervical apresentaram maior porcentagem de diagnósticos de DTM quando comparados com o grupo sem dor (42.30% vs. 23.07%, p<0.05). O grupo com dor apresentou maior intensidade de dor na palpação manual dos músculos cervicais, trapézio (ponto médio) lado direito (GD, 4.03 - IC95%: 3.02-5.06/ GS, 1.46 - IC95%: 0.69-2.23) e suboccipitais direito (GD, 2.58 - IC95%: 1.64-3.51/ GS, 1.0 - IC95%: 0.42-1.58) e esquerdo (GD, 2.15 - IC95%: 1.21-3.09/ GS, 1.0 - IC95%: 0.46-1.54), porém os valores do LDP não foram significativos para nenhum dos músculos avaliados entre os grupos com e sem dor cervical crônica. Também não foram encontradas diferenças significativas na avaliação postural entre os grupos para os ângulos analisados no plano frontal face e vista anterior e para os ângulos analisados no plano sagital. Na análise de associação entre as variáveis, foi observado que quando a incapacidade foi considerada variável dependente em relação à cervicalgia, total da pontuação do MUEQ-Br (aspectos de trabalho) e DTM, foi observado um R2 = 0.93 e todos os preditores mostraram-se significativos no modelo. Nossos resultados demonstram que a incapacidade cervical é influenciada pela DTM, dor no pescoço e aspectos físicos e psicossociais relacionados ao trabalho com uso do computador. Os trabalhadores com dor cervical apresentaram maior porcentagem de diagnósticos de DTM quando comparados com o grupo de trabalhadores sem dor, bem como a intensidade da dor à palpação dos músculos cervicais mostrou-se significativamente maior nos trabalhadores usuários de computador com dor cervical. Assim, é possível sugerir uma associação entre relato de dor cervical, incapacidade cervical e DTM no contexto de trabalho envolvendo o computador em mulheres com dor relato de dor cervical crônica. / Introduction: The prevalence of musculoskeletal disorders among computer office workers (COW) can vary between 10-62% and the most affected regions affected are the upper extremities, neck, head and spine. Musculoskeletal complaints in these workers have a multifactorial etiology and the main causes are postural aspects and psychosocial factors. The Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br) is one of the few tools available in the literature to evaluate ergonomic and psychosocial aspects of work related to computer use. Neck pain is the most common musculoskeletal complaints in COW. Coexistence between neck pain and Temporomandibular Disorders (TMD) are commonly cited in the literature. The adoption of forward head posture for computer use may be linked to the onset of orofacial symptoms. The sitting position is the most widely adopted in the workplace especially when it involves the use of computer, however, to maintain this position for long periods, the adoption of awkward postures could be necessary, increasing the strain on the musculoskeletal system structures. Thus, maintenance of sitting posture may be related to the development of changes in body posture, TMD and neck disorders. Aim: The aim of this study was to examine associations between neck pain, TMD and changes in static body posture on COW with and without chronic neck pain. Material and Methods: The sample of this study was selected from the application of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire which includes seven domains (work station, body posture, job control, job demands, break time, work environment and social support). The study included 52 women which work using computer into two groups: Group with chronic neck pain and disability (NPG, n = 26 - 36.50 years confidence interval 95% (CI): 33.40-36.60; 66.37 kg -CI: 62.48-70.26 and 1.62m - 95% CI: 1.60-1.65) and group without neck pain (WONPG, n = 26 - 33.81 years - CI: 33.66-36.95, 71.75 kg - CI: 65.90-77.60 m and 1.64 - CI: 1.62-1.67). As criteria inclusion, the employees should exercise the same function for at least 12 months (NPG, 110 months - CI: 73-147 / WONPG, 91 months - CI: 63-119) and use the computer for at least 4 hours day during the work day (NPG, 7:46 hours / day - CI: 7.10-7.83 / WONPG, 7:58 hours/day - CI: 7.23-7.92). In the group with chronic neck pain workers should present a positive report of chronic neck pain and falling within the criteria: a) neck pain for at least 3 months; b) pain intensity 3 on most days on a numerical pain scale (NPS) (0-10, where 0 = no pain and 10 = worst possible pain) and c) Neck pain related disability at least mild in the Neck Disability Index (NDI): 10-28% (5-14 points) - mild disability; 30-48% (15- 24 points) - moderate disability; 50-68% (25 - 35 points) - severe disability, 72% or more (36 or more points) - Complete. Clinical assessments for diagnosis of TMD was conducted using the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), evaluation of masticatory and neck pain through manual palpation and algometry pressure to obtain the pressure pain threshold (PPT) of craniocervical structures as well as evaluation of the static body posture by the use of photogrammetry. The data showed normal distribution according to the Shapiro Wilks test. The Student\'s t-test for independent samples (p <0.05) was used to compare the maximum score for each domain MUEQ-Br between the groups with and without chronic neck pain. Differences between the mean values of LDP and muscle tenderness between groups of workers without pain and chronic neck pain and to check for differences between the postural angles were verified by student t-test. For analysis of associations between TMD, disability related to neck pain, neck pain and \"aspects of the job\" (domains of MUEQ) a multivariate regression analysis was used. Differences between the percentage values were verified using chi-square test (p <0.05). The statistical package used was SPSS version 22. Results: The results showed that when comparing the domains of MUEQ-Br, the group with chronic neck pain scored highest in the area posture (NPG, 12.58 points - CI: 11.21-13.94 / WONPG, 9.42 - CI: 8-10.84) and complaints item (NPG, 17.46 - CI: 14.17-20.75 / WONPG, 8.58 - CI: 6.14 -11.02), and the total score of the questionnaire (NPG, 40.08 - CI: 35.01-45.15 / WONPG, 33.31 points - CI: 28.99-37.63). The volunteers with neck pain showed a higher percentage of diagnoses of TMD when compared with the group without pain (42.30% vs. 23:07%, p <0.05). The group with pain had higher pain intensity on manual palpation of the neck muscles, trapezius (midpoint) right (NPG, 4.03 - CI: 3.02-5.06 / WONPG, 1.46 - CI: 0.69-2.23) and right suboccipital (WONPG, 2.58 NPS - CI: 1.64-3.51 / WONP, 1.0 - CI: 0.42-1.58) and left (NPG, 2.15 - CI: 1.21-3.09 / WONP, 1.0 - CI: 0.46 -1.54) but the values of the LDP were not significant for any of the muscles tested between the groups with and without chronic neck pain. Also no significant differences were found in postural assessment between groups for the analyzed angles in the frontal plane face and anterior views and angles analyzed in the sagittal plane. The analysis of association between the variables, it was observed that when disability was considered the dependent variable in relation to the neck pain, total score MUEQ-Br (aspects of work) and TMD, we observed a strong association (R2 = 0.93) and all predictors showed significant in the model. Our results demonstrate that cervical disability is influenced by the TMD, neck pain and physical and psychosocial aspects of the computer work. Workers with neck pain showed a higher percentage of diagnoses of TMD when compared with the group of workers without neck pain, and the pain intensity on palpation of the neck muscles was significantly higher in computer workers with neck pain. Thus, it is possible to suggest an association between reporting of neck pain, neck related disability and TMD in the context of work involving the computer in women reporting chronic neck pain.
653

Efeito do fortalecimento dos músculos abdutores e adutores do quadril em pacientes com osteoartrite de joelho: um ensaio clínico aleatorizado / The effect of strengthening hip abductor and adductor muscles in patients with knee osteoarthritis: a randomized clinical trial

Almeida, Gabriel Peixoto Leão 13 February 2019 (has links)
Introdução: A osteoartrite de joelho (OAJ) é uma doença prevalente, associada a significante morbidade, caracterizada por sua cronicidade, evolução lenta e progressiva. Os principais objetivos das intervenções em pacientes com OAJ são redução da dor e melhora da capacidade funcional e dentre as intervenções os exercícios são amplamente recomendados. A literatura aponta carência de ensaios clínicos que verifique o efeito do fortalecimento dos músculos do quadril em pacientes com osteoartrite de joelho. Dessa forma, o objetivo da presente pesquisa foi analisar os efeitos da adição do fortalecimento dos músculos abdutores versus adutores do quadril a um programa de fortalecimento, terapia manual e alongamento dos membros inferiores na intensidade da dor e capacidade funcional em pacientes com osteoartrite sintomática de joelho. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico aleatorizado, grupo paralelo, distribuição equilibrada e avaliador cego. Sessenta e seis participantes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: Grupo Abdutores do Quadril (GABQ, n = 33) e Grupo Adutores do Quadril (GADQ, n = 33). Os participantes foram submetidos a um programa de tratamento fisioterapêutico por seis semanas consecutivas (12 atendimentos). Ambos os grupos realizaram aquecimento sistêmico em bicicleta ergométrica, alongamento de isquiotibiais, quadríceps femoral, tríceps sural, abdutores e adutores do quadril, terapia manual articular e miofascial para o joelho, fortalecimento de quadríceps femoral, isquiotibiais e tríceps sural. Além disso, o GABQ realizou mais três exercícios para abdutores do quadril e o GADQ realizou mais três exercícios para os adutores do quadril. Os desfechos clínicos avaliados foram: intensidade da dor avaliada pela Escala Numérica de Dor (END), capacidade funcional subjetiva pela Knee Injury and Osteoarthritis Outcome Score (KOOS) e Questionário de Lequesne, percepção da evolução clínica pela Escala de Percepção do Efeito Global e, avaliação da mobilidade funcional pelo Teste de Levantar e Caminhar Cronometrado e Teste Sentar-Levantar. Resultados: A comparação entre os grupos nos desfechos primários após seis semanas de intervenção não apresentou diferença significativa na intensidade da dor (diferença média = -1,15, IC 95% -2,44 - 0,12, TE = -0,40), domínio dor no KOOS (diferença média = 1,64, IC 95% -6,79 - 10,07, TE = 0,23) e domínio função nas atividades diárias no KOOS (diferença média = -0,12, IC 95% -8,78 - 8,54, TE = 0,05). Não houve diferença nos desfechos secundários em seis semanas e seis meses entre os grupos com pequeno tamanho do efeito. Na análise isolada de cada grupo, foi encontrada melhora significativa em todos os desfechos clínicos em seis semanas e seis meses, apenas o grupo GABQ não apresentou melhora no TGUG após intervenção. Conclusão: A adição do fortalecimento dos músculos abdutores e adutores do quadril a um programa geral de fortalecimento de membros inferiores em pacientes com osteoartrite de joelho, trouxe melhora significativa na intensidade da dor e capacidade funcional, porém, não houve diferença entre os grupos. Frente esses achados, o fisioterapeuta poderá tomar decisão clínica para fortalecimento do grupo muscular do quadril mediante sua avaliação e necessidade dos pacientes / Introduction: Knee osteoarthritis (KOA) is a prevalent disease associated with pain and functional incapacity and is characterized by chronicity and a slow, progressive evolution. The main objectives of KOA interventions are pain reduction and functional capacity improvement, and exercise is one of the most widely recommended of these interventions. The literature points to a lack of clinical trials to verify the effectiveness of hip muscle strengthening in patients with KOA. The present study aimed to compare the effects of adding hip abductor and adductor muscle exercises to a program of strengthening, manual therapy, and lower limb stretching on pain intensity and functional capacity in patients with symptomatic KOA. Methods: A randomized, parallel-group clinical trial was performed. Sixty-six participants were randomly assigned to either the hip abductor group (HABG, n = 33) or the hip adductor group (HADG, n = 33). All participants underwent standard physiotherapeutic treatment for six consecutive weeks (12 visits) that included 1) systemic warm-up on a stationary bicycle, 2) stretching of the hamstring, quadríceps femoris, sural triceps, and hip abductors and adductors, 3) manual joint and myofascial therapy for the knee, and 4) strengthening of the quadriceps femoris, hamstrings, and triceps sural. Participants in HABG performed three additional exercises for hip abductors and participants in HADG performed three additional exercises for hip adductors. A blinded evaluator collected the following clinical endpoint data: pain intensity assessed by the Numerical Pain Scale (NPS), subjective functional capacity assessed by the Knee Injury and Osteoarthritis Outcome Score (KOOS) and Lequesne\'s Algofunctional Index, perception of clinical evolution assessed by the Global Effect Perception Scale, and functional mobility evaluated by the Timed Up and Go (TUG) Test and Sit-to-Stand Test. Evaluations were performed at six weeks post baseline assessment and six month followup. Results: There were no between-group differences after six weeks of intervention for pain intensity to the NPS (mean difference = -1.15, 95% CI [-2.44, 0.12], ES = -0.40), KOOS-Pain (mean difference = 1.64, 95% CI [-6.79, 10.07], ES = 0.23) and KOOSFunction (mean difference = -0.12, 95% CI [-8.78, 8.54], ES = 0.05). There were nobetween-group differences in secondary outcomes at either six weeks post baseline assessment and six month follow-up, and effect sizes were small. In an isolated analysis of each group, a significant improvement was found for all clinical outcomes at six weeks and six months, and only HABG did not show improvement in the TUG Test after intervention. Conclusion: The addition of hip abductor and adductor muscle strengthening to a general lower limb strengthening program in patients with KOA significantly improved pain intensity and functional capacity, but there was no difference between the groups. Faced with these findings, physiotherapists should make clinical decisions to strengthen hip muscles based on individual evaluation and patient needs
654

Estudo comparativo entre clonidina por via venosa e subaracnoidea na analgesia pós-operatória de cesárea / Clonidine effect on pain after cesarean section: a randomized controlled trial of different routes of administration

Fernandes, Hermann dos Santos 21 February 2019 (has links)
INTRODUÇÃO: Clonidina intratecal pode prolongar a duração da raquianestesia, possivelmente com maior duração da analgesia pós-operatória em cesáreas. Neste estudo, avaliamos o uso de clonidina como medicação adjuvante na anestesia para cesárea, pelas vias intratecal e intravenosa e seus efeitos na dor pós-operatória e repercussões neonatais. MÉTODOS: em ensaio clínico prospectivo, aleatorizado, duplo-cego, controlado por placebo, 64 mulheres submetidas à cesárea eletiva sob raquianestesia foram aleatorizadas e alocadas em três grupos, a depender de como receberiam a clonidina adjuvante: clonidina intratecal 75 mcg, clonidina intravenosa 75 mcg, e solução fisiológica 0,9% (controle). O desfecho primário foi dor pós-operatória aguda. Os desfechos secundários foram dor pós-operatória tardia (após três meses), eventos adversos maternos e neonatais. RESULTADOS: não foram encontradas diferenças nos escores de dor ou no consumo de opioides no período pós-operatório precoce. Clonidina intratecal e intravenosa causaram maiores índices de sedação intraoperatória, em comparação com o grupo controle {RASS: 0 [(-1)-(0)] vs. 0 [(-1)-(-1)] vs. 0 [(-1)-(-1)] para controle, intratecal e intravenosa, respectivamente, p < 0,001}. Não houve diferença para efeitos adversos ou desfechos neonatais entre os grupos. CONCLUSÕES: clonidina intratecal e clonidina intravenosa não tiveram efeito na dor pós-operatória pós-cesárea. Ambas causaram maior sedação intraoperatória / BACKGROUND: Intrathecal clonidine may prolong the duration of spinal anesthesia, possibly with longer duration of postoperative analgesia in cesarean sections. In this study, we evaluated the use of clonidine as an intrathecal or intravenous adjuvant medication for cesarean section anesthesia and its effects on postoperative pain and neonatal outcomes. METHODS: In a prospective, randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial, 64 women undergoing elective cesarean section under spinal anesthesia were randomized and allocated to three groups, depending on how they would receive adjuvant clonidine: 75 mcg intrathecal clonidine, 75 mcg intravenous clonidine, and 0.9% saline solution (control). The primary outcome was acute postoperative pain. Secondary outcomes were late postoperative pain (after three months), maternal and neonatal adverse events. RESULTS: no differences were found in pain scores or opioid use in the acute postoperative period. Intrathecal and intravenous clonidine caused higher rates of intraoperative sedation compared to the control group {RASS: 0 [(-1)-(0)] vs. 0 [(-1)-(-1)] vs. 0 [(-1)-(-1)] for control, intrathecal and intravenous, respectively, p < 0.001}. There was no difference for adverse effects or neonatal outcomes among groups. CONCLUSIONS: intrathecal clonidine and intravenous clonidine had no effect on post-cesarean postoperative pain. Both caused higher intraoperative sedation
655

Internetbaserade interventioners effekter vid långvarig smärta : En begränsad systematisk litteraturöversikt / The effects of internet-based interventions for chronic pain : A rapid systematic review

Granat, Nicklas, Malmström, Sofie January 2019 (has links)
Bakgrund: Långvarig smärta är en av de främsta orsakerna till varaktigt lidande och funktionsnedsättning både i Sverige och globalt. Dagens behandlingsmetoder anses i många fall bristfälliga. I ett allt mer högteknologiskt samhälle utvecklas elektroniska hjälpmedel som stöd till personer med olika sjukdomstillstånd. Tidigare studier visar att internetbaserade interventioner främjar hälsa, lindrar lidande och ökar egenmakten, dock är området fortfarande under snabb utvecklig. Syfte: Att beskriva effekterna av internetbaserade interventioner riktade mot långvarig smärta. Metod: Begränsad systematisk litteraturöversikt med elva kvantitativa artiklar.  Resultat: Fem av artiklarna använde KBT, tre artiklar använde ACT och tre artiklar använde självhanteringsmetoder. Fyra effekter av interventionerna framkom; smärtreducering, smärthantering, livskvalitet och psykisk hälsa. Smärthantering förbättrades signifikant, resterande förbättrades, dock ej signifikant. Effekterna är förbättrade till signifikant förbättrade vid uppföljningar efter avslutad behandling. Slutsats: Att införa internetbaserade interventioner som tillägg till klinisk omvårdnad kan innebära hälsovinster för enskild person samt för samhället. Dock ses svårigheter att implementera den här typen av intervention på en större befolkning då faktorer som tillgänglighet och könsfördelning påverkar negativt. Fortsatt forskning: Jämnare könsfördelning i studier, större geografisk utbredning samt långtidsuppföljningar bör ligga i fokus för framtida forskning. / Background: Chronic pain is one of the primary causes to abiding suffering and disabilities in Sweden and globally. Today’s treatment methods are somewhat considered lacking. In a high technology society, as the one we are living in today, the developing of electronic aids for persons with different disease states increases. Internet-based interventions is considered a part of the future in health care. Aim: The aim of this study was to describe the effects of Internet-based interventions designed for people with chronic pain. Method: A rapid systematic review with eleven quantitative studies. Result: Five studies used CBT, three studies used ACT and three is denominated as self-management. Four effects became clear; mental health, pain management, pain reducing, and quality of life. Pain management showed significant improvement, the other three effects showed improvement, although no significant improvement. At follow-up after post intervention the effects improved, some with significance. Conclusion: To implement internet-based interventions as an addition to clinical care could mean health benefits for the community as well as the individual person. However, this intervention type is not accessible on a larger population. Further Research: There should be focus on gender equality, broader geographic areas and longer follow-ups in future research.
656

Mindfulness e dor nos distúrbios osteomusculares: uma experiência com auxiliares e técnicos de enfermagem / Mindfulness and pain in musculoskeletal disorders: an experience with nursing assistants and technicians

Lopes, Shirlene Aparecida 12 July 2017 (has links)
Introdução: Fatores que levam a queixas musculoesqueléticas entre profissionais de enfermagem tem sido objeto de várias pesquisas científicas, apontando a necessidade de estratégias no ambiente de trabalho, que promovam saúde para minimizar este cenário emergente. Os programas baseadas em mindfulness - atenção plena - tem demonstrado resultados promissores em aspectos clínicos e não clínicos da saúde, inclusive no manejo da dor crônica. Objetivo: Avaliar a eficácia de um Programa Adaptado de Mindfulness (PAM) como estratégia complementar no manejo da dor crônica originada por distúrbios osteomusculares, em auxiliares e técnicos de enfermagem de um hospital universitário público brasileiro, bem como a implementação do programa por meio de uma gestão colaborativa e a inserção das práticas na rotina dos participantes. Método: Realizou-se um ensaio aberto, prospectivo, com análises quantitativa e qualitativa no ambiente de trabalho com 64 trabalhadoras mulheres, entre 25 e 68 anos, Média= 47, DP= 9,50. Todas as participantes apresentaram queixas musculoesqueléticas por mais de seis meses, participaram de ao menos cinco dos oito encontros presenciais, com uma hora de duração para cada sessão e se comprometeram a realizar tarefa diária de 20 minutos de prática individual. Um questionário sócio-demográfico foi aplicado no momento da inclusão do estudo. Para as medidas quantitativas do estudo foram aplicadas escalas de autorrelato que avaliam os níveis dos sintomas das queixas musculoesqueléticas (QNSO), ansiedade (IDATE -T), depressão (BDI), pensamentos catastróficos sobre a dor (EPCD), autocompaixão (SELFCS), atenção e consciência plenas (MAAS) e percepção da qualidade de vida (WHOQOL-Bref). Todas as variáveis foram avaliadas pelos testes ANOVA de medidas repetidas e Bonferroni com pré-follow up (T0), pós- intervenção - oito semanas (T1) e após três meses do término do programa - doze semanas de follow up (T2). Para a avaliação qualitativa foram produzidas notas descritivas e reflexivas a partir da observação participante nos setores estudados, bem como a análise temático-categorial de relatos (T1) e entrevistas semi-estruturadas (T2). Resultados: O PAM contribuiu na redução significativa (p<=0,05) dos sintomas osteomusculares, níveis de ansiedade, depressão e pensamentos catastróficos sobre a dor; aumento significativo nos níveis de autocompaixão e na percepção da qualidade de vida total, global e nos domínios físico e psicológico em (T0-T1). Não houve resultados estatisticamente significativos (p > 0,05) nos níveis de atenção e consciência plenas - MAAS e nos domínios relações sociais e meio ambiente - WHOQOL-Bref. As análises qualitativas dos relatos (T1) e entrevistas (T2) apontaram benefícios na dor e na qualidade de vida e um repensar sobre a necessidade do cuidar de si com estratégias, dentro da realidade subjetiva, para a inserção das práticas no cotidiano sugerindo a continuidade do PAM como ação factível e eficaz para a categoria estudada. Conclusão: Os resultados sugerem que o PAM contribuiu para a redução dos sintomas físicos e emocionais da dor e melhora da qualidade de vida do público estudado. Os escores desde a pós-intervenção (T1) se mantiveram, ao menos por 20 semanas (T2), indicando a eficácia do PAM como estratégia complementar para o manejo da dor e melhora da qualidade vida dos auxiliares e técnicos de enfermagem em ambiente hospitalar / Introduction: Factors that lead to musculoskeletal complaints among nursing professionals have been the subject of several scientific researches, pointing out the need for strategies in the work environment to promote health and minimize this emerging scenario. Mindfulness-based programs have shown promising results in clinical and non-clinical aspects of health, including management of chronic pain. Objective: To evaluate the effectiveness of a Mindfulness Adapted Program (MAP) as a complementary strategy in the management of chronic pain caused by musculoskeletal disorders in nursing assistants and technicians of a Brazilian public university hospital, as well as the implementation of the program through a collaborative management and the insertion of the practices in the routine of the participants. Method: An open, prospective, quantitative and qualitative analysis was performed in the work environment with 64 women workers, age between 25-68 years, Mean= 47, SD= 9.50. A socio-demographic questionnaire was applied at the time of the inclusion of the study. All participants presented musculoskeletal complaints for more than six months, participated in at least five of the eight face-to-face meetings, with an hour of duration for each session and committed to perform daily task of 20 minutes of individual practice. For the quantitative measures of the study, self-report scales were used to evaluate the levels of symptoms of musculoskeletal complaints (NMQ), anxiety (STAI), depression (BDI), catastrophic thoughts on pain (PCS), self-compassion (SELFCS), attention and awareness (MAAS) and perception of quality of life (WHOQOL-Bref). All variables were evaluated by repeated measures ANOVA and Bonferroni with pre-follow up (T0), post-intervention - eight weeks (T1) and three months after the end of the program - twelve weeks of follow up (T2). For the qualitative evaluation, descriptive and reflexive notes were produced based on participant observation in the studied sectors, as well as the thematic-categorical analysis of reports (T1) and semi-structured interviews (T2). Results: MAP contributed to the significant reduction (p <= 0.05) of musculoskeletal symptoms, anxiety levels, depression and catastrophic thoughts about pain; significant increase in the levels of self-compassion and in the perception of total, global quality of life and in the physical and psychological domains in (T0-T1). There were no statistically significant results (p > 0.05) at full attention and consciousness levels - MAAS and in the social relations and environment domains - WHOQOL-Bref. The qualitative analyzes of the reports (T1) and interviews (T2) showed benefits in pain and quality of life and a rethinking about the need to take care of oneself with strategies, within the subjective reality, for the insertion of daily practices suggesting continuity of MAP as an action feasible and effective for the category studied. Conclusion: The results suggest that MAP contributed to the reduction of physical and emotional symptoms of pain and improvement of the quality of life of the studied public. The post-intervention (T1) scores were maintained for at least 20 weeks (T2), indicating the efficacy of MAP as a complementary strategy for pain management and improvement of the quality of life of nursing assistants and technicians in a hospital setting
657

Avaliação de dor crônica pós-cesariana. Influência da técnica anestésico-cirúrgica e da analgesia pós-operatória / Chronic pain after cesarean delivery. Influence of anesthetics, surgical techniques and postoperative analgesia

Thais Orrico de Brito Cançado 11 March 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O Brasil ocupa o primeiro lugar entre os países com maiores taxas de cesariana no mundo. Pouco se sabe a respeito das consequências futuras deste procedimento, sobre a saúde materna. Este estudo investigou a influência da técnica anestésico-cirúrgica e analgesia pós-operatória, no aparecimento de dor crônica após a cesariana. Procuramos também identificar os fatores de risco de dor crônica pós-cesariana. MÉTODO: Este estudo prospectivo com distribuição aleatória foi conduzido em 443 pacientes que foram submetidas à cesariana (eletivas e emergenciais), com diferentes doses de bupivacaína 0,5% hiperbárica e opioides na raquianestesia, bem como uso de anti-inflamatórios não esteroidais peri-operatório. Os grupos foram: G8SMA- 8 mg bupivacaína hiperbárica + 2,5 mcg sufentanil + 100 mcg morfina; G10SMA- 10 mg bupivacaína hiperbárica + 2,5 mcg sufentanil + 100 mcg morfina; G12,5MA- 12,5 mg bupivacaína hiperbárica + 100 mcg morfina; G15MA- 15 mg bupivacaína hiperbárica + 100 mcg morfina; G12,5M - 12,5 mg bupivacaína hiperbárica + 100 mcg morfina. Somente as pacientes do grupo G12,5M não receberam AINE no peri-operatório. Dor em repouso e em movimento foram avaliadas no pós-operatório imediato. Fatores peri-operatórios, cirúrgicos e obstétricos foram investigados. Contato telefônico foi realizado, após três e seis meses do procedimento cirúrgico, para identificação das pacientes com dor crônica. RESULTADOS: A incidência de dor crônica nos grupos foi: G8SMA= 20%, G10SMA= 13%; G12,5MA= 7,1%; G15MA= 2,2% e G12,5M= 20,3%. Pacientes que apresentaram escores de dor mais elevados no período pós- operatório imediato, que referiram doenças crônicas em tratamento, que apresentaram maior tempo em trabalho de parto sem analgesia, tiveram maior incidência de dor crônica (p<0,05). CONCLUSÃO: A incidência de dor crônica diminui com emprego de doses maiores de anestésicos locais e uso de anti-inflamatórios não esteroidais. Escores mais elevados de dor no período pós-operatório imediato tiveram associação com aparecimento de dor crônica após a cesariana. Os fatores de risco encontrados foram: doença crônica em tratamento, maior tempo em trabalho de parto sem analgesia e escores de dor elevados no pós- operatório imediato / INTRODUCTION: Brazil holds first place in cesarean section rate in the world. Little is known about the consequences upon maternal health. This study investigated the influence of anesthetic, surgical techniques and postoperative analgesia on chronic pain after cesarean section. We also tried to identify risk factors for chronic pain after cesarean section. METHODS: A prospective randomized study was conducted among 443 patients who underwent elective or emergency cesarean section with different doses of hyperbaric bupivacaine 0.5% and opioids in spinal anesthesia, associated or not to non steroidal anti-inflamatory drugs. The groups were: G8SMA- 8mg hyperbaric bupivacaine + 2.5 mcg sufentanil + 100 mcg morphine; G10SMA- 10 mg hyperbaric bupivacaine + 2.5 mcg sufentanil + 100 mcg morphine; G12.5MA- 12.5 mg hyperbaric bupivacaine + 100 mcg morphine; G15MA- 15 mg hyperbaric bupivacaine + 100 mcg morphine; G12.5M- 12.5 mg hyperbaric bupivacaine + 100 mcg morphine (only in this group, non-steroidal anti-inflammatory drug was not used). Pain at rest and during movement were evaluated on the first two postoperative days using the verbal numerical rating scale. Perioperative, surgical and obstetric factors were investigated. Phone survey was conducted after three and six months to identify patients with chronic pain RESULTS: Incidences of chronic pain in groups were: G8SMA= 20%, G10SMA= 13%; G12.5MA= 7.1%; G15MA= 2.2% and G12.5M= 20.3 %. Patients with co-morbidities, and who had been more than 15 hours in labor before the cesarean (without analgesia) had more chance to have chronic pain than those who did not have pain. Patients who had higher pain scores on the two postoperative days were associated to chronic pain (p<0.05).!! CONCLUSION: The incidence of chronic pain decreases with higher doses of local anesthetic and the use of non-steroidal anti-inflammatory drugs. Patients who had higher pain scores in the immediate postoperative period were more likely to develop chronic pain. The only predictors of chronic pain were: previous history of disease, longer time in labor, intensity of postoperative pain and the use of lower doses of local anesthetic in spinal anesthesia
658

Crenças de profissionais de centros de dor sobre dor crônica. / Beliefs of health professionals in pain clinics regarding chronic pain.

Garcia, Dayse Maioli 27 July 2006 (has links)
Os profissionais cuidam dos doentes de acordo com seus conceitos e crenças. Buscou-se analisar as crenças sobre dor crônica não oncológica dos profissionais de saúde que atendem doentes com dor crônica em Centros de Dor da cidade de São Paulo, por meio do Inventário de Atitudes frente à Dor-profissionais. Nove (81,8%) dos onze Centros de Dor identificados concordaram em participar. Os profissionais preencheram ficha de caracterização pessoal, profissional e o Inventário de Atitudes frente à Dor-profissionais, adaptado do Inventário de Atitudes frente à dor-versão breve (IAD-breve), utilizado para doentes. Foram entrevistados 75 profissionais (59,5%). A média de idade foi 42,8 anos (DP=10,5), a distribuição foi semelhante entre os sexos e o tempo médio de graduação foi 16 anos (DP=9,9). A maioria dos profissionais eram médicos 58,7%, seguidos pelos fisioterapeutas (42,7%) e dentistas (10,7%). A maioria (42,7%) possuía especialização e 26,7%, mestrado ou doutorado. Sessenta por cento dos profissionais auto-avaliaram sua experiência com doentes com dor crônica como mediana e 44,0% relataram atender mais que 20 doentes ao mês. O IAD-versão profissional foi validado com 20 itens, a análise fatorial confirmou 6 domínios (emoção, controle, incapacidade, solicitude, cura médica e dano físico) e a confiabilidade dos domínios, avaliada por meio do alfa de Cronbach, variou entre 0,567 a 0,807, valores considerados moderados e bons. Os profissionais mostraram crenças “fortemente desejáveis" nos domínios controle (3,1) e emoção (3,7) e “moderadamente desejáveis" nos domínios dano físico (1,2) e incapacidade (1,5); crença “fortemente não desejável" foi encontrada no domínio cura médica (3,4) e “moderadamente não desejável" no domínio solicitude (2,5). Visando identificar se diferenças nas crenças poderiam estar relacionadas às características demográficas e profissionais, foram compostos 3 clusters: médicos/ pós-graduados; não médicos/especializados/ pouco experiente e graduados/dor crônica oncológica. A comparação entre os clusters não mostrou diferenças estatisticamente significantes. A inexistência de diferenças indicou que variáveis como profissão, sexo, idade, nível de escolaridade e de experiência não influiu nas crenças dos profissionais frente à dor crônica. As crenças “indesejáveis" manifestadas pelos profissionais de que solicitude é desejável e que se pode esperar cura para dor crônica não oncológica indicam a necessidade de incorporação de novos conceitos na prática clínica. Crenças não adequadas podem levar a equívocos na condução no tratamento como reforçar expectativas irrealistas, aumentar a incapacidade e a dependência. / Health professionals assist patients according to their concepts and beliefs. This study analyzed the beliefs of health professionals who assist patients with nonmalignant chronic pain, in different Pain Clinics in Sao Paulo – Brazil, using the Pain Attitude Inventory - Professionals. Nine (9) out of 11 Pain Clinics, (81.8%) identified in Sao Paulo, agreed to participate. The professionals completed a Personal and Professional Characterization Profile and the Pain Attitude Inventory – Professionals, adapted from the Survey of Pain Attitudes–Brief (SOPA-B). Seventy five (75) professionals were interviewed (59.5%). The mean age was 42.8 years (SD=10.5), the distribution regarding gender was similar, and they had a mean of 16 years (SD= 9.9) since graduation; the majority were physicians (58.7%), followed by physical therapists (42.7%) and dentists (10.7%); many of the respondents had completed specialization courses (42.7%), and 26.7% had a master or doctorate degree; 60% of the professionals self-assessed their experience with patients with nonmalignant chronic pain as moderate and 44.0% stated that they assist over 20 patients per month. The Pain Attitude Inventory – Professionals was validated with 20 items, the factorial analysis confirmed 6 domains (emotion, control, disability, solicitude, cure and harm), and the reliability of the domains, assessed by Chronbach’s alfa, ranged from 0.567 and 0.807, values which are considered moderate to good. The professionals showed beliefs that were “strongly desirable" in the control (3.1), and emotion (3.7) domains, and “moderately desirable" beliefs in the harm (1.2), and disability (1.5) domains; and “strongly undesirable" beliefs in the cure domain (3.4) and finally “moderately undesirable" beliefs in the solicitude domain (2.5). In order to identify if differences in beliefs could be related to demographic and professional characteristics, three (3) clusters were formed: physicians/post-graduation; non-physicians/specialization courses/ little experience; and graduates/ oncology pain. The comparison between these clusters did not show any statistically significant differences. This inexistence of differences indicated that variables such as profession, gender, age, educational level and years of professional experience did not influence the beliefs of health professionals concerning chronic pain. The “undesirable" beliefs expressed by the health professionals, that “solicitude" is desirable and that a cure for nonmalignant chronic pain is highly possible, indicate that there is a need for the incorporation of new concepts in clinical practice. Inadequate beliefs can mislead the conduction of treatment as well as reinforce unrealistic expectations, and cause increases in incapacity and dependence.
659

Frequência e severidade da disfunção temporomandibular em mulheres com migrânea e migrânea crônica / Frequency and severity of temporomandibular disorders (TMD) in women with migraine and chronic migraine

Gonçalves, Maria Claudia 26 February 2010 (has links)
A Migrânea e a Disfunção Temporomandibular (DTM) são doenças crônicas e tem como aspecto mais importante a dor crônica. Muitos trabalhos descrevem sinais e sintomas de DTM em pacientes com cefaleia sugerindo uma associação entre essas duas condições. Porém, ainda são poucos os trabalhos que utilizaram um critério que fornecesse não apenas sinais e sintomas, mas também a classificação diagnóstica. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a frequência da DTM a partir da aplicação do RDC/TMD e a severidade da DTM através do Índice Anamnésico de Fonseca em mulheres com Migrânea, Migrânea Crônica e mulheres sem queixa de cefaleia. Participaram deste estudo 91 mulheres, divididas em três grupos: 30 mulheres no Grupo Controle (GC), 38 mulheres no Grupo Migrânea (GM) e 23 mulheres no Grupo Migrânea Crônica (GMC). As voluntárias dos grupos GM e GMC foram selecionadas durante a primeira consulta no Ambulatório de Cefaleia (ACEF) do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e as do GC entre as acompanhantes dos pacientes naquele mesmo dia. Foram inclusas voluntárias com idade entre 18 e 55 anos, que não tivessem ingerido antiinflamatórios e/ou analgésicos nas últimas 24 horas antecedentes à avaliação fisioterapêutica, que não tivesse história de trauma na face, nem usasse prótese dentária parcial ou total e foram excluídas voluntárias com outros tipos de cefaleia e doenças sistêmicas como fibromialgia e artrite reumatóide. Para o GC, as voluntárias não podiam ter queixa de cefaleia nos últimos 3 meses. Três examinadores participaram da coleta. Para análise dos dados foi utilizado a análise da variância (ANOVA two-Way p<0,05) na comparação dos dados antropométricos e da amplitude de movimento mandibular entre os três grupos e Tukey como post-hoc análise para avaliar a diferença no número de locais dolorosos e o número de diagnósticos, com nível de significância de (p<0,05). O teste qui-quadrado foi utilizado para verificar a diferença de diagnóstico entre os três grupos e para verificar a freqüência da severidade entre os três grupos foi utilizado o teste exato de Fisher. As voluntárias dos grupos com migrânea apresentaram maior frequência de diagnósticos de DTM em comparação ao GC, p<0,05 e não foi observada diferença entre os grupos com migrânea. Os diagnósticos, segundo o RDC/TMD, do grupo I (dor miofascial) foram os mais prevalentes nos três grupos estudados e foi mais freqüente nos grupos com migrânea. Os diagnósticos dos grupos I+III estiveram presentes nos três grupos estudados e com maior freqüência no grupo GM. Não foram encontrados diagnósticos individuais pertencentes apenas aos grupos II e III. O número de pontos dolorosos musculares foi significativamente maior nos grupos GM e GMC em relação ao controle e não houve diferença entre os grupos com GM e GMC. As voluntárias dos grupos com migrânea apresentaram maiores graus de severidade de DTM, em comparação ao GC, p<0,05 e o GMC apresentou maior severidade que o GM. Os resultados deste trabalho demonstraram que Mulheres com Migrânea tem maior frequência de DTM, apresentam maior número de diagnósticos e de pontos dolorosos segundo o RDC/TMD que mulheres sem migrânea bem como maiores graus de severidade de DTM. Portanto a DTM e a Migrânea estão clinicamente relacionadas. / Migraine and Temporomandibular Disorders (TMD) are chronic disorders and their most important aspect is the chronic pain. The persistent cranial-cervical and orofacial pain is the predominant reason why people seek treatment. Besides the pain, the affected areas are also similar suggesting an association between these two conditions. Many studies describe signs and symptoms of TMD in patients with headache suggesting an association between these two conditions. However, there are few studies that use a criterion that provides not only signs and symptoms, but also the diagnostic classification. The Diagnostic Criteria for Research in Temporomandibular disorders (RDC / TMD) provide a diagnostic classification with reports of acceptable levels of reliability, provide specifications for the conduct of a clinical standard and allow the development of clinical diagnoses (Axis I), the classification psychosocial classification of the individual (Axis II). The objective of this study was to evaluate the frequency of the DTM from the application of the RDC / TMD and TMD severity through the history index of Fonseca in women with migraine, chronic migraine and women with complaints of headache. The study included 91 women, divided into three groups: 30 women in the control group (CG), 38 women in the migraine group (GM) and 23 women in Chronic Migraine Group (CMG). The voluntary groups GM and GMC were selected during the first appointment and at the Headache Clinic (ACEF) of the University Hospital of Ribeirão Pretos Faculty of Medicine, (University of São Paulo) and the ones of CG were selected among the companions of the patients during that day. There were included volunteers aged between 18 and 55, who had not ingested anti-inflammatory and / or painkillers in the last 24 hours before the physical therapy evaluation and who didnt have a history of face trauma, or wore partial or total dentures and volunteers with other types of headache and systemic diseases such as fibromyalgia and rheumatoid arthritis were excluded. For the GC, the volunteers could not have complained of headache in the last 3 months. Three examiners participated in data collection, I and II in the initial screening of volunteers and III in the implementation of the RDC / TMD and the history index of Fonseca, the examiner III was blind to the conditions of the volunteers and was previously trained. In order to analyze the Data it was used analysis of variance (two-way ANOVA p <0.05) in comparison of anthropometric data and range of mandibular movement between groups and Tukey as posthoc analysis to evaluate the difference in the number of painful sites and the number of diagnoses, with a significance level of p <0.05. The chi-square test was used to determine the difference in diagnosis between the three groups and to determine the frequency of severity among the three groups used the Fisher exact test. The voluntary group with migraine showed a higher frequency of diagnosis and higher severity of TMD in comparison to the CG, p <0.05 and no difference was observed between the groups with migraine.
660

Caracterização da dor, da sensibilidade discriminativa e dos achados neuropatológicos na biópsia cutânea em hanseníase em doentes após término do tratamento poliquimioterápico / Characterization of pain, discriminative sensitivity and neuropathological findings in cutaneous biopsy of leprosy patients after finishing polychemotherapy treatment

Raicher, Irina 17 January 2018 (has links)
A dor neuropática decorre do acometimento das vias somatossensitivas por lesão ou doença e afeta 7% da população geral. No entanto, apenas uma proporção dos doentes com neuropatia desenvolve este tipo de dor. Diversos estudos tentaram comparar doentes acometidos por lesões aparentemente semelhantes do sistema somatossensitivo em busca dos fatores determinantes para a ocorrência e características da dor neuropática, com resultados conflitantes. Parte deste insucesso deriva do fato de que indivíduos diferentes podem ter lesões de nervo semelhantes, mas diferem quanto ao perfil psicológico, epigenético, de polimorfismos de receptores de neurotransmissores, e de catastrofismo. Estas características e uma série de outros fatores interindividuais podem enviesar a interpretação dos achados locais sobre a área de neuropatia e dor. Assim, o estudo de um mesmo indivíduo que possua áreas diferentes de neuropatia com e sem dor neuropática concomitantes serviria para reduzir os vieses interindividuais nas suas avaliações, e poderia revelar alterações locais que se relacionem com a ocorrência de dor neuropática. A hanseníase é uma doença que afeta o sistema nervoso periférico com o padrão de mononeuropatia múltipla frequente. Uma grande proporção de doentes apresenta dor neuropática crônica que ocorre, na maior parte das vezes, após o fim do tratamento farmacológico antibioticoterápico, e que representa intenso impacto negativo na qualidade de vida. Assim, a hanseníase é um modelo de estudo em que um mesmo doente apresenta neuropatia periférica com dor neuropática (D+) em uma área do corpo (n+d+) e em outra parte do corpo (contralateral homóloga) pode apresentar neuropatia sem dor neuropática (n+d-). Ainda, há indivíduos que podem compor um grupo controle de doentes acometidos pela hanseníase, mas que não tem dor neuropática (D-), apresentando áreas de neuropatia sem dor neuropática (n+d-) e áreas corpóreas sem neuropatia (n-d-). O objetivo do presente estudo foi investigar fatores periféricos que poderiam implicar na ocorrência de dor neuropática avaliando doentes com antecedente de hanseníase e mononeuropatia múltipla como modelo. Foram avaliados 37 doentes com hanseníase e dor crônica (D+) e 22 doentes com hanseníase sem dor crônica (D-), grupo-controle. Realizou-se a caracterização sociodemográfica e clínica, exame neurológico padronizado e utilizou-se escalas de avaliação da dor padronizadas e validadas (Inventário Breve de Dor - IBD, Questionário de dor neuropática 4 (DN4), Questionário Breve de Dor McGill e Inventário de Sintomas de Dor Neuropática - ISDN). Sobre cada uma das quatro áreas presentes possíveis (n+d+; n+d-; n+d-; n-d-), realizou-se aferição da sensibilidade exteroceptiva e proprioceptiva por meio de limiares de sensibilidade dolorosa e não dolorosa pelo teste quantitativo de sensibilidade (TQS) e análise morfológico-quantitativa da densidade de fibras nervosas intraepidérmicas (DFNIE), associados à aferição da presença de fatores inflamatórios na neuropatologia cutânea. As formas paucibacilar e dimorfa da hanseníase apresentaram menor limiar de dor ao quente (LDoQ) em comparação com a forma multibacilar (-2,66?C e -4,25?C, p = 0,002, respectivamente). As áreas com dor neuropática apresentaram sinais de disfunção de fibras nervosas do tipo C e hiperestesia em comparação com áreas com neuropatia sem dor neuropática. O LDoQ foi maior em áreas com neuropatia e dor neuropática (47,5 ± 3,4) em comparação com áreas com neuropatia sem dor neuropática (45,9 ± 3,6), p = 0,010, enquanto o limiar de detecção mecânica (LDM) foi menor (1,5 ± 3,6) em áreas com neuropatia e dor neuropática em comparação com áreas com neuropatia sem dor neuropática (5,8 ± 29,6), p = 0,047. Os doentes hansênicos apresentaram diagnóstico de neuropatia de fibras finas grave em todas as áreas de pele amostradas, a média das densidades variaram entre 2,1 a 3,2 fibras por milímetro (abaixo do percentil 5%). Não houve diferença estatisticamente significativa entre as quatro diferentes áreas quanto à DFNIE e quanto a fatores inflamatórios como contagens de macrófagos, linfócitos, células de Langerhans e medida da citocina fator de necrose tumoral alfa. Na modelagem matemática das variáveis significativas, as áreas com neuropatia sem dor tiveram LDoQ 2,30?C mais altos do que as áreas sem neuropatia e sem dor (n-d-). As áreas com neuropatia com dor (n+d+) tiveram LDoQ 3,45 C mais altos do que as áreas sem neuropatia e sem dor (n-d-). Nas análises de modelagem da relação dos dados entre LDoQ e DFNIE, verificou-se que áreas totalmente desnervadas (DFNIE = 0/mm apresentaram aumento do LDoQ estimada de 4,03 C, enquanto as amostras parcialmente inervadas (DFNIE = 1-5fibras/mm) apresentaram um aumento estimado de LDoQ de 1,54 C em comparação às áreas de referência (DFNIE >- 5fibras/mm). Encontrou-se uma relação entre o tempo e o agravamento da neuropatia. A cada mês, decorrido entre o término do tratamento com antibióticos da hanseníase e a avaliação atual, o LDoQ aumentou em 0,03?C, reforçando teorias de que a presença de debris bacterianos podem estar relacionados à ocorrência de neuropatia ativa e vigente, assim como, um potencial papel das reações hansênicas na ocorrência de neuropatia e dor neuropática a longo prazo. As alterações do LDoQ e do LDM foram relacionadas à ocorrência da dor neuropática no presente estudo e podem ter valor prognóstico e de rastreio se esses achados forem replicados em coortes maiores no futuro / Neuropathic pain arises from a lesion or disease of the somatosensory system and affects 7% of the general population. However, only a proportion of patients with neuropathy develop this type of pain. Several studies have attempted to compare patients with apparently similar lesions to the somatosensory system in search of the factors determining the occurrence and characteristics of neuropathic pain, yielding conflicting results. Part of the challenge in such assessment stems from the fact that different individuals may have similar nerve lesions, but may differ in their psychological, epigenetic, neurotransmitter receptor polymorphisms and catastrophism profiles. These features and several other interindividual factors may bias the interpretation of local findings in the area of neuropathy and pain. Thus, the study of the same individual who presents with different areas of neuropathy with and without neuropathic pain concomitantly would reduce the interindividual bias of these assessments, and could reveal local changes related to the occurrence of neuropathic pain. Leprosy is a disease that affects the peripheral nervous system with the frequent pattern of multiple mononeuropathy distribution. A large proportion of patients present chronic neuropathic pain, which occurs most often after the end of the antibiotic therapy drug treatment, and which poses an intense negative impact on the quality of life. Thus, leprosy is a \"model\" in which the same patient presents peripheral neuropathy with neuropathic pain (P+) in one area of the body (n+p+) and in another part of the body (contralateral homologous) presents neuropathy without neuropathic pain (n+p-). In addition, there are individuals who may constitute a control group, who are affected by leprosy but who do not have neuropathic pain (P-), and have body areas with neuropathy without neuropathic pain (n+p-) and body areas without neuropathy (n-p-). The aim of the present study was to investigate peripheral factors that could be related to the occurrence of neuropathic pain by assessing patients with leprosy and multiple mononeuropathy. We evaluated 37 patients with leprosy and chronic pain (P+) and 22 patients with leprosy without chronic pain (P-) (control group). Sociodemographic and clinical characterization were performed, as well as, standardized neurological examination and assessment of pain and related symptoms with validated pain assessment scales (Brief Pain Inventory - BPI, Neuropathic Pain Questionnaire 4 - DN4, McGill Brief Pain Questionnaire and Neuropathic Pain Symptom Inventory - NPSI). On each of the four possible body areas (n+p+; n+p-; n+p-; n-p-), exteroceptive and proprioceptive sensitivity were assessed by means of thresholds of painful and non-painful sensory stimuli by quantitative sensitivity test (QST), as well as, morphological-quantitative analysis of intraepidermal nerve fiber density (IENFD), and assessment of inflammatory factors in cutaneous neuropathology. Paucibacillary and dimorphic forms of leprosy presented lower heat pain threshold (HPT) compared to the multibacillary form (-2.66?C and -4.25 C, p=0.002; respectively). Areas with neuropathic pain had signs of defective C nerve fiber dysfunction and hyperesthesia compared to areas with neuropathy without neuropathic pain. HPT was higher in areas with neuropathy and neuropathic pain (47.5 ± 3.4) compared to areas with neuropathy without neuropathic pain (45.9 ± 3.6), p=0.010), while mechanical detection threshold (MDT) was lower (1.5 ± 3.6) in areas with neuropathy and neuropathic pain compared to areas with neuropathy without neuropathic pain (5.8 ± 29.6), p=0.047. Leprosy patients had a diagnosis of severe small-fiber neuropathy in all areas of skin sampled, the mean densities ranged from 2.1 to 3.2 fibers per millimeter (below 5% percentile). There was no statistically significant difference between the four different areas concerning IEFND and for inflammatory factors such as presence of number of macrophages, lymphocytes, Langerhans cells and cytokine tumor necrosis factor alpha. In the mathematical modeling of significant variables, areas with painless neuropathy (n+p-) had a HPT 2.30?C higher than areas without neuropathy and without pain (n-p-). Areas with neuropathy with pain (n+p+) had a HPT 3.45 C higher than areas without neuropathy and without pain (n-p-). In the modeling analyses between the relationship of HPT and IEFND data, it was found that totally denervated areas (IEFND=0/mm) presented an increase in estimated HPT of 4.03 C, while scarcely innervated samples (IEFND=1-5fibers/mm) presented an estimated increase of HPT of 1.54?C compared to reference areas (IEFND >- 5fibers/mm). We found a relationship between time and worsening of neuropathy. Each month between the termination of the leprosy antibiotic treatment and the present assessment, HPT increased by 0.03°C, supporting theories relating the presence of bacterial debris and the occurrence of active and ongoing neuronal damage, as well as, a potential role of leprosy reactions in the occurrence of neuropathy and neuropathic pain in the long-term. HPT and MDT changes were related to the occurrence of neuropathic pain in the present study and may have prognostic and screening value should these findings be replicated in larger cohorts in the future

Page generated in 0.0848 seconds