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Consulta de enfermagem ampliada : possibilidades de formação para a prática da integralidade em saúde

Machado, Maria Luiza Paz January 2013 (has links)
Estudo qualitativo, do tipo participante, desenvolvido com oito alunos matriculados na disciplina Enfermagem no Cuidado ao Adulo II do currículo do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. As informações foram coletadas por meio de grupo focal, diários de campo e análise documental. Abordam-se os limites que o ambulatório hospitalar apresenta para o ensino/prática da consulta de enfermagem (CE) na perspectiva da integralidade em saúde. Tais limites são de ordem temporal, ambiental e protocolar e estão relacionados aos modos como a instituição, cenário do estudo, se organiza para ofertar o cuidado em saúde. A metodologia propôs a diversificação do cenário de ensino/cuidado da CE tradicional, aí incluindo os espaços de vida dos usuários, denominando esta intervenção de consulta de enfermagem ampliada. A ampliação teve a finalidade de buscar superar os limites do contexto hospitalar, possibilitando exercícios de praxis com base no cotidiano dos usuários. O estudo objetivou “analisar o potencial da consulta de enfermagem para a formação de enfermeiros para a prática da integralidade em saúde, considerando as experiências discentes em um cenário ampliado de cuidado”. A análise evidenciou que os participantes percebem na formação vigente limites para o aprendizado da integralidade, destacando-se a relação professor/aluno e os modelos de ensino alicerçados na biomedicina e na educação tradicional. A vivência no cenário ampliado foi produtora de novos saberes e práticas como escuta, vínculo e protagonismo dos atores envolvidos na CE, configurando-se em aprendizados coerentes com a formação para integralidade. Conclui-se que, apesar de ter se confirmado uma experiência de integralidade do cuidado, inovadora no contexto do ensino da CE, mudanças em cenários de ensino não garantem mudanças na formação, uma vez que estas dependem, principalmente, de quem ensina. A pesquisa participante revelou-se importante dispositivo para o desenvolvimento de uma análise crítica sobre a prática docente, com potência para promover mudanças no modelo de ensino/atenção vigente. / It is about a qualitative study of the participative type, carried out with eight students, enrolled in the Nursing in Adult Care II class, a subject that integrates the Nursing School curriculum of the Federal University of Rio Grande do Sul. Information was gathered by means of focus group, field diaries and document analyses. This paper approaches the limits of the outpatient clinic for teaching and practice of the nursing consultation (NC) from the perspective of the health integrality. Such limits are of time, environmental and protocol order and relate to the ways how the institution, which hosts this study setting, organizes itself to offer health care. The methodology proposes diversifying the teaching and care setting from the traditional NC by including, herein, the users´ life spaces while it denominates such intervention extended nursing consultation. Such extension had the purpose of making efforts in order to overcome the limits of the hospital context and to provide praxis exercises based on the users´ daily life. The objective of the study was “analyzing the potential of the nursing consultation for the nurses´ education aiming at the integrality practice in health, by taking the students´ experiences within an extended care setting into consideration “. The analysis evidenced that the participants perceive limits in the current education regarding integrality learning and mainly as to the teacher-student relation and the teaching models founded on biomedicine and on traditional education. The experience in the extended setting provided new know-how and practices like listening, bond and protagonism of the actors involved in the NC who turned into learners coherent with the education for integrality. Although it has been confirmed to be an innovating experience of care integrality within the NC teaching context, the conclusion drawn is that changes of teaching settings do not guarantee education changes since these depend on who the teacher is. The study evidenced that the participative research is a significant device for the development of a critical analysis on the teaching practice with potential to foster changes in the teaching-care model in force. / Se trata de un estudio cualitativo del tipo participante, desarrollado con ocho alumnos matriculados en la disciplina Enfermería en el Cuidado al Adulto II, del plan de estudios del Curso de Enfermería de la Universidad Federal del Rio Grande do Sul. Las informaciones fueron recogidas por medio de grupo focal, diarios de campo y análisis documental. Se abordan los límites que el ambulatorio hospitalario presenta para la enseñanza y la práctica de la consulta de enfermería (CE) desde la perspectiva de la integralidad en salud. Tales límites son de orden temporal, ambiental y protocolar y se relacionan con los modos como la institución, el escenario de este estudio, se organiza para ofrecer servicios de salud. La metodología propuso la diversificación del escenario de enseñanza y atención de la CE tradicional, incluyendo, ahí, los espacios de vida de los usuarios, calificando esta intervención de consulta de enfermería ampliada. La ampliación tuvo la finalidad de buscar superar los límites del contexto hospitalario, posibilitando ejercicios de práctica con base en el cotidiano de los usuarios. El objetivo del estudio fue “analizar el potencial de la consulta de enfermería para la formación de enfermeros para la práctica de la integralidad en salud, considerando las experiencias de los estudiantes en un escenario ampliado de cuidado”. El análisis reveló que los participantes perciben, en la formación vigente, límites para el aprendizaje de la integralidad, destacándose la relación maestro/alumno y los modelos de enseñanza basados en la biomedicina y en la educación tradicional. La experiencia en el escenario ampliado produjo nuevos conocimientos y prácticas como escuchar, relacionarse y el protagonismo de los actores involucrados en la CE, y dio lugar a aprendizajes consistentes con la formación para la integralidad. Se concluye que, a pesar de confirmarse una experiencia de integralidad del cuidado, innovadora en el contexto de la enseñanza de la CE, cambios en escenarios de enseñanza no garantizan cambios en la formación, una vez que estas dependen, principalmente, de quien enseña. La pesquisa participante se reveló un importante dispositivo para el desarrollo de un análisis crítico sobre la práctica docente con potencia para promover cambios en el modelo de enseñanza/atención vigente.
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Morte e vida em cena : descortinando o interdito sobre (vi)ver o cuidado na morte e no morrer de pacientes

Monteiro, Daniela Trevisan January 2017 (has links)
Tomando-se como foco o cuidado de pacientes em processo de morte e morrer, a presente pesquisa teve como objetivo descortinar o interdito sobre a morte e o morrer, as percepções, os significados, os sentimentos e dificuldades atribuídos pelos profissionais da saúde sobre o cuidado de pacientes em processo de morte e morrer. Para tanto, realizou-se um estudo descritivo de cunho qualitativo. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas e observações, e teve duração de julho a outubro de 2016. Foram entrevistados 34 profissionais médicos e enfermeiros que atuam nas unidades de clínica médica e pronto socorro em um hospital universitário do Rio Grande do Sul. Os dados obtidos foram submetidos à triangulação a partir da análise de conteúdo. Os resultados mostraram que a maioria dos profissionais significam a morte enquanto passagem, na crença de que existe algo após. A morte pode ser aceita quando esperada em pacientes idosos, com longo tempo de tratamento de alguma doença crônica. No entanto, não é aceita quando se trata de pacientes jovens e, principalmente, quando são mortes traumáticas de crianças. Na clínica médica, o vínculo prolongado com os pacientes possibilita aos profissionais diferentes formas de cuidados e é viso, na maioria das vezes, como algo positivo na relação apesar de gerar maior sofrimento quando acontece a morte ou a piora do paciente, sendo fonte de prejuízo à saúde mental. No pronto socorro, a morte gera sofrimento apenas quando traumática, não há lugar ou tempo para a morte nesta unidade, pois as intercorrências próprias da emergência e da organização do trabalho, como a superlotação, são as maiores fontes de estresse para os profissionais, sendo a saúde mental afetada por esses motivos. Os principais sentimentos destacados quando ocorre à morte de um paciente, em ambas as unidades, são: frustração, impotência, tristeza e compaixão. Apesar de lidarem com a morte no dia a dia, ela não é elaborada ou conversada entre os profissionais, havendo um forte interdito sobre o assunto, que é passado também aos pacientes e familiares. É comum a utilização de estratégias defensivas, como racionalização e distanciamento do paciente para não enfrentar a finitude do outro e, consequentemente, a sua própria. Para a maioria dos profissionais é inevitável relacionar o paciente com pessoas conhecidas, membros da família ou eles próprios, essa identificação causa maior sofrimento, principalmente quando o profissional está vivenciando uma situação familiar parecida. A maior parte dos profissionais possui como exigência própria aproveitar melhor a vida, pois vivenciam muito sofrimento no ambiente hospitalar. Concluiu-se que, o cuidado dos pacientes em processo de morte e morrer versam em cima do interdito social que a morte carrega, pois apesar de gerar sofrimento aos profissionais, não se reflete sobre a morte de pacientes. Na clínica médica a morte gera maior sofrimento devido ao tempo de convivência entre profissionais e pacientes. No pronto socorro, a morte fica subtraída diante de uma rotina marcada pelos inúmeros procedimentos que necessitam ser realizados, não permitindo espaços para elaborações individuais ou coletivas. A saúde mental dos profissionais fica sujeita e sujeitada pelas exigências do trabalho, não permitindo considerar o doente em sua integralidade, como sujeito na vida e na morte. Ademais, não se pode dizer que a morte é naturalizada pelos profissionais, se esses não se permitem olhar para ela de forma límpida, sem tantas estratégias defensivas. / Taking as a focus the care of patients in the process of death and dying, the present research had the objective to uncover the prohibition on death and dying, perceptions, meanings, feelings and difficulties attributed by health professionals about care of patients in the process of death and dying. Therefore, a descriptive study of qualitative nature was performed. Data collection was done through interviews and observations, and lasted from July to October 2016. It was interviewed 34 medical professionals and nurses who work in the medical clinic and emergency department units in a university hospital in Rio Grande do Sul. The obtained data were submitted to triangulation from the content analysis. The results showed that most professionals mean death as a passage, in the belief that there is something after. Death can be accepted when expected in elderly patients, with long time of treatment of some chronic disease. However, it is not accepted when it comes to young patients and, especially, when they are traumatic deaths of children. In the medical clinic, the long-term relationship with the patients allows the professionals different forms of care and is seen, mostly, as something positive in the relationship despite generating greater suffering when the death or worsening of the patient happens, being a source of damage to mental health. In the emergency department, death generates suffering only when traumatic, there is no place or time for death in this unit, because the intercurrences of emergency and work organization, such as overcrowding, are the major sources of stress for professionals, mental health being affected by these reasons. The main feelings highlighted when a patient dies in both units are: frustration, impotence, sadness and compassion. Although they deal with death daily, it is not elaborated or talked among professionals, there is a strong interdiction on the subject, which is passed to patients and family. It is common to use defensive strategies, such as rationalization and distancing the patient to not face the finitude of the other and, consequently, his own. For most professionals it is inevitable to relate the patient with known people, family members or themselves, this identification causes more suffering, especially when the professional is experiencing a similar family situation. Most part of the professionals has as their own requirement to enjoy life, because they experience much suffering in the hospital. It was concluded that the care of the patients in the process of death and dying are based on the social prohibition that death carries, because despite generating suffering for professionals, it is not reflected on the death of patients. In medical clinic the death generates greater suffering due to the time of coexistence between professionals and patients. In the emergency department, death is subtracted before a routine marked by numerous procedures that need to be performed, not allowing spaces for individual or collective elaborations. The mental health of professionals is subject and subjected to the demands of work, not allowing to consider the patient in its entirety, as subject in life and death. In addition, it cannot be said that death is naturalized by professionals, if they do not allow themselves to look at it in a limpid way, without many defensive strategies.
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Dor, qualidade de vida e depressão em mulheres climatéricas adscritas a uma Unidade Básica de Saúde do município de São Paulo

Dedicação, Anny Caroline 03 February 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:19:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4385.pdf: 2737745 bytes, checksum: 48367cab03c108fb77d10828cddfbf50 (MD5) Previous issue date: 2012-02-03 / Financiadora de Estudos e Projetos / Women are the majority of the Brazilian population and the main users of SUS -Unified Health System. The climacteric is defined as a biological stage of life and not as a pathological process, and comprises the transition between the reproductive and the non-productive period of women s life. It corresponds to the decline of the ovarian function and is characterized by a progressive state of hypoestrogenism, to which a set of multi-organic manifestations affecting women`s health and life in short, medium or long term, is related. The climacteric symptoms involve nocturnal sweating, hot flushes, insomnia, musculoskeletal pain, vaginal dryness, osteoporosis, increase of cardiovascular diseases, emotional lability, irritability, jitters, and depression. In addition to the physical and biological alterations, the socio, economic, and cultural context plays a fundamental role in this transition stage. The average menopausal age is around 51 years, with the gradual increase of the average life expectation reaching 77 years, Brazilian women will live one third of their lives in post-menopause. Currently, about 32% of Brazilian women are in the climacteric stage. The primary attention is the adequate level of attention to meet most of the health needs of climacteric women. In face of, the first study was aimed at investigating the prevalence of musculoskeletal pain in climacteric women registered in a Mixed Unity of Health in a low income community in the south of the city of São Paulo. From women participating, 93.55% complained of musculoskeletal pains, and the average of pain in the analogical visual scale is 6.88 (±3.03). Pain is also an element sub-notified by the primary care in Brazil, as they are not specifically registered in the Basic Health Unit. Primary care is responsible to conduct proactive actions in face of the health-disease problems of the population, and to develop activities based on the situational diagnosis. This high rate of pain evidences the needs of women in this stage and the subsequent planning of activities purposed to meet such needs. Taking into account this result, the second study was conducted. The objectives were (1) evaluate the quality of life; (2) evaluate the presence and intensity of climacteric manifestations; (3) evaluate the presence of depressive symptoms in this population. The quality of life of these women had a strong negative impact, especially on the physical component domain. The psychological symptoms were the most prevalent manifestations. With an average of 7.29 (±4,26) in the Menopause Rating Scale, depression was significantly related with the decreased quality of life and the increased symptoms regarding this stage. Although it`s difficult to say that such symptoms are exclusively related to the climacteric, this study provides a situational diagnosis of a population of economically active women living a critical period for the occurrence of musculoskeletal pains, negative impact on the quality of life, and depression. The early detection of symptoms in primary care will determine efficient preventive actions and therapeutic strategies. The use of specific instruments to evaluate the individual complaints helps diagnosing the actual needs, thus producing a more accurate epidemiological survey and a better multidisciplinary clinical management. / As mulheres são a maioria da população brasileira e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde. O climatério é definido como uma fase biológica da vida e não um processo patológico, que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher. Corresponde ao declínio da função ovárica e caracterizase por um progressivo estado de hipoestrogenismo, ao qual está associado um conjunto de manifestações multiorgânicas que, a curto, médio ou longo prazo, interferem na vida e saúde da mulher. A sintomatologia do climatério envolve suores noturnos, fogachos, insônia, dores musculoesqueléticas, secura vaginal, osteoporose, aumento das doenças cardiovasculares, labilidade emocional, irritabilidade, nervosismo e depressão. Além das alterações físicas e biológicas, o contexto sócio-econômico-cultural pode exercer grande influência nessa fase de transição. A idade média da menopausa é por volta dos 51 anos, com o aumento gradativo da média de expectativa de vida chegando aos 77 anos, as mulheres brasileiras viverão um terço de suas vidas na pós menopausa, atualmente aproximadamente 32% das mulheres brasileiras estão na fase do climatério. A atenção primária é o nível de atenção adequado para atender grande parte das necessidades de saúde das mulheres no climatério. Diante do exposto, o primeiro estudo teve como objetivo investigar a prevalência de dor musculoesquelética em mulheres climatéricas adscritas à uma Unidade Mista de Saúde de uma comunidade de baixa renda na zona sul de São Paulo. Das mulheres participantes, 93,55% apresentaram queixa de dores musculoesqueléticas e média de dor na escala visual analógica de 6,88 (±3,03). A dor é um elemento subnotificado pela atenção primária no Brasil, uma vez que não são registradas especificamente nas Unidades Básicas de Saúde. É responsabilidade da atenção primária realizar ações pró-ativas frente aos problemas de saúde-doença da população, e desenvolver atividades com base no diagnóstico situacional. Este alto índice de dor evidencia a necessidade das mulheres nessa fase e o subsequente planejamento de atividades que venham a supri-las. O segundo estudo teve como objetivos (1) avaliar a qualidade de vida; (2) avaliar a presença e intensidade das manifestações do climatério; (3) avaliar a presença de sintomas depressivos nessa população. A qualidade de vida dessas mulheres apresentou um forte impacto negativo, sendo o domínio componente físico, o mais prejudicado. Os sintomas psicológicos foram as manifestações mais prevalentes, com média 7,29 (±4,26) do Menopause Rating Scale, a depressão esteve significativamente relacionada com a diminuição da qualidade de vida e aumento dos sintomas referentes a essa fase. Embora seja difícil afirmar que esses sintomas estejam exclusivamente relacionados ao climatério, este estudo fornece um diagnóstico situacional de uma população de mulheres economicamente ativas vivenciando um período crítico para ocorrência de dores musculoesqueléticas, impacto negativo sobre a qualidade de vida e depressão. A detecção precoce destes sintomas na atenção primária, determinará ações preventivas e estratégias terapêuticas mais eficazes. O uso de instrumentos específicos que avaliem as queixas individuais, ajudam a diagnosticar as reais necessidades, produzindo um levantamento epidemiológico mais preciso e um melhor manejo clínico multidisciplinar.
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Integralidade da atenção e evitabilidade de óbitos perinatais no Município de Fortaleza - Ceará / The integrality of health care and evitability of perinatal deaths in the City of Fortaleza - Ceará, 2006

Jocileide Sales Campos 27 October 2010 (has links)
Introdução: Conquistar a integralidade, a mais complexa diretriz do SUS, se constitui um permanente desafio, visto que, ao contrário da universalidade do acesso e da descentralização, parece, ainda, distante de ser alcançada. Objetivo: Caracterizar óbitos perinatais ocorridos em residentes em Fortaleza, 2006, para compreender o potencial da integralidade da atenção no sistema local de saúde. Métodos: Foram utilizados métodos complementares de pesquisa - quantitativa e qualitativa. Na abordagem qualitativa realizaram-se entrevistas individuais às mães de crianças que sobreviveram ao período neonatal e mães que perderam seus conceptos no período perinatal. Estudo transversal que incluiu o universo dos óbitos perinatais, a partir de dados dos sistemas oficiais de informação sobre mortalidade e sobre nascidos vivos e do relacionamento de dados entre os mesmos, consubstanciou a pesquisa quantitativa. Resultados e Discussão: A taxa de mortalidade perinatal foi 17,0/1000 nascidos totais - 8,2 para óbitos fetais e 8,8 para neonatais precoces. As principais causas encontradas foram: asfixia (24por cento ) - 4 vezes maior entre natimortos; baixo peso ao nascer cuja mortalidade foi 30 vezes maior entre os 25por cento com menos de 2500g; prematuridade (32,4por cento ); malformações congênitas (9,5por cento ) e infecções (7,0por cento ) inclusive 03 casos de sífilis congênita. Fatores de risco potenciais, como idade da mãe de 10 -14 anos, mais freqüente entre óbitos neonatais precoces, e de 35 e mais anos entre os fetais. A mortalidade foi mais alta (98,0/1000 nascidos totais) entre filhos de mães com nenhuma escolaridade - risco potencial importante - cuja elevada freqüência foi também percebida nas entrevistas que, por sua vez, evidenciaram uma categoria acrescentada ao estudo: a relação médico-paciente, considerada falha e desatenciosa, na percepção das mães, quanto aos esclarecimentos sobre alto risco na gestação e no parto. Destacou-se, ainda, o sentimento das mães sobre a falta da visita domiciliar na gravidez e de acompanhante no parto. Conclusões e algumas considerações: A baixa escolaridade pareceu um critério de 9 evitabilidade mais apropriado para uso em países em desenvolvimento, como o Brasil, do que aqueles da classificação de Wigglesworth, inclusive de acesso mais complexo nestes países. Para gestantes com baixa ou nenhuma escolaridade, o sistema de saúde poderia ofertar atenção especial, fortalecendo atividades educativas, adotando a interconsulta especializada e acompanhante no parto / Introduction - To achieve the integrality (comprehensive health care), the more complex SUS guideline, is an ongoing challenge, because, unlike the universality of access and decentralization, it still seems very far. Objective - To characterize perinatal deaths occurred among residents in Fortaleza, 2006, in order to understand the potential of the integrality of the care in the health system. Methods - It was adopted both, quantitative and qualitative methodologies that are complementary one to another. In the qualitative approach, individual interviews were carried out to mothers of children who survived the neonatal period and mothers who lost their babies in the perinatal period. A cross-sectional study that included the universe of perinatal deaths, based on data from official systems of information on births and deaths and also using the relationship of data between them, embodied quantitative research. Results and discussion - The perinatal mortality rate was 17.0 / 1,000 births - 8.2 to 8.8 for stillbirths and early neonatal deaths, respectively. The main causes were: asphyxia (24per cent ) - four times higher among stillbirths; low birth weight whose mortality was 30 times higher among the 25per cent weighting less than 2500g; prematurity (32.4per cent ); congenital malformations (9.5per cent ) and infections (7.0per cent ) including three cases of congenital syphilis. Potential risk factors such as maternal age of 10 -14 years old, more frequent among early neonatal deaths, while the fetal deaths occurred more among mothers are 35 and more. Mortality was highest (98.0/1,000 births) among children of mothers with no education - important potential risk factor which high frequency was also seen among the interviewee that, in turn, added a new category to the study as doctor-patient relationship considered failure and disrespectful on the perception of mothers regarding the details of high risk in pregnancy and childbirth. Was highlighted, too, the feeling of mothers about the lack of home visit by community health work during pregnancy and, also, of companion at childbirth. Conclusion and considerations - The low 11 educational level seemed a criterion more suitable for use in developing countries like Brazil, to avoid perinatal deaths, than those of Wigglesworth\'s classification, which is more difficult to obtain in these countries. For pregnant women with low/no education, the health system could strength health educational activities, adopt specialized attention and companion at hospital
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Mulheres em situação de violência doméstica : o ponto de vista dos profissionais de Unidades Básicas de Saúde

Leite, Alessandra de Cássia 29 February 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:48:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4305.pdf: 2120950 bytes, checksum: 959d202140129b116f54d9eadf3aab57 (MD5) Previous issue date: 2012-02-29 / The objective of this study was to understand the psychological and cultural meanings of health professionals of Primary Health Care (PHC) on the issue of women in situations of domestic violence served by them including their uncertainties and difficulties. We tried to interpret the views of these professionals, or their ideas, perceptions and concepts with which they work. The research consisted of Basic Health Units (BHU) of a municipality in the state of Sao Paulo. This is a qualitative study with semi-structured interviews, which contents were analyzed for their utterances expressed during these interviews. We tried to close the final number of participants for sampling by empirical and theoretical saturation. In other words, utterances (corresponding to the empirical data "raw") were analyzed, interview by interview, and were organized into categories formulated in accordance with the theoretical view of the researchers, the interruption of data collection occurred when the empirical data did not support anymore the formulation of new analytical categories and also no longer contributed to the deepening of the categories set out above, in the judgment of the researchers. The results are the 14 subjects that after transcribed, correspond to a corpus of 42,336 words. Respondents comprise a relatively heterogeneous group, with regard to trained professionals (nurses, nursing assistant, nurse, doctors, dentists and pharmacists). For each of the pre-made categories, which were translated into the proposed topics to the participants, were formulated analytical categories: themes or types of statements related to the problems surrounding the issue of women in violent situations (understanding of the phenomenon), emerged in these three Categories: About the violence, risk factors, gender issues. In pre-category themes or types of statements related to the first reception and care for women victims of violence were raised three categories: APS and violence against women, Dynamics of the reception and first aid, Notification. In the themes or types of statements related to other procedures to be undertaken in the APS and women in situations of violence fell into two categories: secondary and tertiary preventive measures and Prevention. Finally, the pre-category: themes or types of statements about the possible difficulties in personal and institutional care provided in APS appeared four: Social and psychosocial, educational difficulties, intrasectoral difficulties, and intersectoral difficulties. The work of discussion of these results was performed by means of a gender perspective. It can be concluded from the difficulty of PHC professionals in meeting the women in violent situations, and these difficulties begin to address the woman who is in this situation to the development / implementation of the plan of care. There is a need for intersectoral work of the network to approach these women and full inclusion in school curricula of the problem for society to constantly look for gender equality and so you can prepare your professionals to meet these women. The limits of the research were identified. / O objetivo deste trabalho foi compreender significações psicológicas e culturais de profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS) sobre a questão das mulheres em situação de violência doméstica por eles atendidas, incluindo suas eventuais dúvidas e dificuldades. Procuramos interpretar os pontos de vista desses profissionais, ou seja, suas ideias, percepções e conceitos com que trabalham. O campo de pesquisa foi constituído por Unidades Básicas de Saúde (UBS) de um município do interior do Estado de São Paulo. Trata-se de um estudo qualitativo com entrevistas semidirigidas, cujos conteúdos foram analisados quanto às enunciações expressas durante esses depoimentos. Procurou-se fechar o número final de participantes pela técnica de amostragem por saturação empírica e teórica. Noutros termos, as enunciações (correspondentes aos dados empíricos brutos ) foram analisadas, entrevista por entrevista, e foram organizadas em categorias formuladas de acordo com a visão teórica dos pesquisadores; a interrupção da coleta de dados deu-se quando os dados empíricos não mais subsidiaram a formulação de novas categorias analíticas e também não mais contribuíram para o aprofundamento das categorias anteriormente formuladas, segundo o julgamento dos pesquisadores. Os resultados dizem respeito a entrevistas com 14 sujeitos que, depois de transcritas, corresponderam a um corpus de 42.336 palavras. Os entrevistados compõem um grupo relativamente heterogêneo quanto às formações profissionais (enfermeiros, auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem, médicos, odontólogos e farmacêutico). Para cada uma das pré-categorias formuladas, que foram traduzidas em questões propostas aos participantes, foram formuladas categorias analíticas. A primeira correspondeu a temas ou tipos de enunciados relacionados à problemática que envolve a questão da mulher em situação de violência (compreensão do fenômeno); nestas surgiram três categorias: Sobre a violência, Fatores de riscos, Questões de gênero. A segunda correspondeu a enunciados relacionados à recepção e aos primeiros cuidados às mulheres em situação de violência foram levantadas três categorias: APS e a violência contra mulher, Dinâmica da recepção e primeiros cuidados e Notificação. Da terceira pré-categoria, relativa a temas ou tipos de enunciados relacionados aos outros procedimentos a serem empreendidos na APS quanto às mulheres em situação de violência, emergiram duas categorias: Medidas preventivas secundárias e terciárias e Prevenção. Por fim, na pré-categoria relativa aos temas ou tipos de enunciados sobre as eventuais dificuldades pessoais e institucionais nos atendimentos realizados na APS, foram elaboradas quatro: Questões sociais e psicossociais, Dificuldades educacionais, Dificuldades intrasetoriais, Dificuldades intersetoriais. O trabalho de discussão destes resultados foi realizado por meio da perspectiva teórica de gênero. Podese concluir a dificuldade dos profissionais da APS no atendimento das mulheres em situação de violência, sendo que essas dificuldades iniciam-se na abordagem inicial da mulher que se encontra nessa situação até a elaboração/execução do plano de cuidado. Observa-se a necessidade do trabalho da rede intersetorial para a abordagem integral dessas mulheres e a inserção da problemática nos currículos escolares para que a sociedade caminhe em busca da igualdade de gênero e para que possa preparar seus profissionais para o atendimento dessas mulheres. Os limites da pesquisa foram apontados.
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Educação Transgeracional Sistêmica: uma prática educativa popular de cuidado integral em saúde

Galiza, Cínthia Jaqueline Rodrigues Bezerra 18 December 2015 (has links)
Submitted by Cristhiane Guerra (cristhiane.guerra@gmail.com) on 2016-08-01T12:28:56Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1975778 bytes, checksum: 24b98323d97a7689c158e9b7ad1fdb71 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-01T12:28:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1975778 bytes, checksum: 24b98323d97a7689c158e9b7ad1fdb71 (MD5) Previous issue date: 2015-12-18 / This study aimed at the intertwining of ideas between three central axes of intersection: transgenerationality, the practice of popular education in healthcare in light of Paulo Freire and comprehensive health care in human life. Transgenerationality, also called generational psychic transmission, had its origin in the field of psychoanalysis studies. Further on, transgenerationality was introduced in clinical contexts permeated by studies with families in the area of psychology and psychiatry. It concerns the life history recorded in body and soul of the human being that has been left by his/her ancestors in the form of inheritance and passed on to his/her descendants. The transmission can occur orally, but it mostly happens by the body memory cells, tissues, organs, for decades and decades of generations. Thus, this research had as its methodological foundation of scientific development, a bibliographical documentary research. The objectives proposed in the study were met, among them I mention the construction of a theoretical and methodological proposal titled Systemic Transgenerational Education as a popular educational practice of comprehensive healthcare in light of Paulo Freire; Mercè Traveset Vilaginés; Denise Falcke; Adriana Wagner; Salomon Sellan; Mônica McGoldrick; Bert Hellinger, Antônio Damásio´s perspective, with a focus on the dimension of care and self-knowledge. The idea of Systemic Transgenerational Education corresponds an important strategic device for the fields of practice education and health, especially for those health professionals who work with the perspective of redefinition of health practices in public life, which emphasizes the dimension of care that involves the care of oneself, of others and of the social environment. In time, it was also shown to be capable of being expanded to other fronts such as: 'family educators' (fathers, mothers, uncles, aunts), professionals in the private sector and to the population in general that has an interest in getting to know and deepen the theme in question, since it presents itself in a didactic way and of accessible understanding. The proposal of Systemic Transgenerational Education as an educational practice of comprehensive healthcare is mainly anchored on the systemic understanding of the world and of human life in order to decrease the physical, mental and emotional distress resulting from conditions of stress, anguish, tensions, anxieties, depressions, caused to the accumulation of personal and professionals conflicts in the walk of life, which involves the work environment, home environment, and other social groups. In this sense, it corresponds to a reunion of the person with his multigenerational past. This reunion with the past that is present in the current life, at the moment, can promote the affirmation of lye meaning that generates personal lightness, responsibility, autonomy and freedom. It is an educational process that generates possibilities which can complement learning in life. / Este estudo teve como finalidade o entrelaçamento de ideias entre três eixos centrais de intersecção: a transgeracionalidade, a prática educativa popular em saúde à luz de Paulo Freire e o cuidado integral em saúde na vida do ser humano. A transgeracionalidade, ou também denominada, transmissão psíquica geracional, teve sua origem de discussão no campo dos estudos da psicanálise. Posteriormente, a transgeracionalidade foi sendo introduzida em contextos clínicos permeados por trabalhos com famílias na área da psicologia e da psiquiatria. Diz respeito à história de vida registrada no corpo e na alma do ser humano que foi deixada por seus ancestrais na forma de herança e transmitida para seus descendentes. Essa transmissão pode ocorrer de forma oral, mas, sobremaneira, acontece pela memória corporal das células, dos tecidos e dos órgãos, por décadas e décadas de gerações. Com isso, esta pesquisa teve como alicerce metodológico de desenvolvimento científico, a pesquisa bibliográfica documental. Os objetivos propostos no trabalho foram atendidos, dentre eles, a construção de uma proposta teórico-metodológica intitulada de Educação Transgeracional Sistêmica como uma prática educativa popular de cuidado integral em saúde, à luz da perspectiva de Paulo Freire, Mercè Traveset Vilaginés; Denise Falcke; Adriana Wagner; Salomon Sellan; Mônica McGoldrick; Bert Hellinger; e Antônio Damásio, com foco para a dimensão do cuidado e do autoconhecimento. A ideia da Educação Transgeracional Sistêmica corresponde a um dispositivo estratégico importante para os campos de atuação da educação e da saúde, em especial, para aqueles profissionais desta área que atuam com a perspectiva de redefinição das práticas de saúde de âmbito público, a qual enfatiza a dimensão do cuidado que envolve o cuidado de si, do outro e do meio social. Ao tempo, a proposta também se mostrou possível de ser ampliado para outras frentes de atuação como os “educadores familiares” – pais, mães, tios, tias etc, para os profissionais liberais de âmbito privado e para a população em geral que tenha interesse em conhecer e aprofundar a temática em questão, uma vez que, ela se apresenta de forma didática e de compreensão acessível. A proposta da Educação Transgeracional Sistêmica como uma prática educativa de cuidado integral em saúde, está ancorada, principalmente, na compreensão sistêmica do mundo e da vida do ser humano, objetivando a diminuição do desgaste físico, mental e emocional decorrentes do quadro de stress, angústias, tensões, ansiedades, depressões etc, provocadas em decorrência do acúmulo de conflitos pessoais e profissionais existentes no caminhar da vida, o que envolve os ambientes de trabalho e doméstico, ou outros grupos sociais. Neste sentido, corresponde a um reencontro da pessoa com o seu passado multigeracional. Esse reencontro que se apresenta na vida atual, no agora, pode promover a afirmação do sentido da vida que gera leveza, responsabilidade, autonomia e liberdade para a pessoa. É um processo educativo gerador de possibilidades que podem complementar a aprendizagem na vida.
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Visão dos profissionais de saúde frente à possibilidade de infecção de HIV/Aids em idosos

Lima, Patrícia Aparecida Borges de 24 August 2016 (has links)
A epidemia do HIV/Aids é hoje, no Brasil, um fenômeno de grande magnitude e extensão. A doença avança sobre uma parte da população fisicamente fragilizada e de abordagem mais complexa: as pessoas idosas. Este estudo tem como objetivo conhecer a visão de profissionais de saúde da rede frente à possibilidade de infecção por HIV/Aids no paciente idoso. Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado na cidade de Uberlândia, Minas Gerais, no período de novembro de 2013 a dezembro de 2015, tendo como participantes Médicos, Cirurgiões Dentistas e Enfermeiros lotados na Rede Municipal de Atenção Primária, com uma amostra de 220. Usando análise fatorial, alguns fatores não relacionados à formação dos profissionais de saúde e outros diretamente relacionados; apenas estes últimos apresentaram diferenças entre as profissões. A investigação da visão do profissional em relação à possibilidade de infecção de HIV/Aids em idosos deve ser trabalhada de forma específica para cada tipo de profissional. É fundamental a necessidade de atualização de cada profissional da área da saúde no sentido de poder realizar um diagnóstico precoce que vise proteger a integridade do paciente idoso acometido pelo HIV/Aids. / The HIV/Aids epidemic is today, in Brazil, a phenomenon of great magnitude and extent. The disease progresses over a physically weakened, and with more complex approach, portion of the population: the elderly. This study has the objective to know the vision of health professionals facing the possibility of HIV/Aids in the elderly. It is a cross-sectional observational study conducted in the city of Uberlandia, Minas Gerais, Brazil, from November 2013 to December 2015, with the participants Doctors, Dental Surgeons and nurses stationed in the Municipal Network of Primary Care, with a sample of 220. Using factor analysis, factors unrelated to the training of health professionals and others directly related; only the latter showed differences between the professions. The investigation of the professional view on the possibility of infection of HIV/Aids in the elderly should be crafted specifically for each type of professional, meeting the specific difficulties of training each degree course. It is crucial the need to update each professional in the health care field in order to be able to make an early diagnosis aimed at protecting the elderly patient's integrity affected by HIV/Aids. / Dissertação (Mestrado)
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Consulta de enfermagem ampliada : possibilidades de formação para a prática da integralidade em saúde

Machado, Maria Luiza Paz January 2013 (has links)
Estudo qualitativo, do tipo participante, desenvolvido com oito alunos matriculados na disciplina Enfermagem no Cuidado ao Adulo II do currículo do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. As informações foram coletadas por meio de grupo focal, diários de campo e análise documental. Abordam-se os limites que o ambulatório hospitalar apresenta para o ensino/prática da consulta de enfermagem (CE) na perspectiva da integralidade em saúde. Tais limites são de ordem temporal, ambiental e protocolar e estão relacionados aos modos como a instituição, cenário do estudo, se organiza para ofertar o cuidado em saúde. A metodologia propôs a diversificação do cenário de ensino/cuidado da CE tradicional, aí incluindo os espaços de vida dos usuários, denominando esta intervenção de consulta de enfermagem ampliada. A ampliação teve a finalidade de buscar superar os limites do contexto hospitalar, possibilitando exercícios de praxis com base no cotidiano dos usuários. O estudo objetivou “analisar o potencial da consulta de enfermagem para a formação de enfermeiros para a prática da integralidade em saúde, considerando as experiências discentes em um cenário ampliado de cuidado”. A análise evidenciou que os participantes percebem na formação vigente limites para o aprendizado da integralidade, destacando-se a relação professor/aluno e os modelos de ensino alicerçados na biomedicina e na educação tradicional. A vivência no cenário ampliado foi produtora de novos saberes e práticas como escuta, vínculo e protagonismo dos atores envolvidos na CE, configurando-se em aprendizados coerentes com a formação para integralidade. Conclui-se que, apesar de ter se confirmado uma experiência de integralidade do cuidado, inovadora no contexto do ensino da CE, mudanças em cenários de ensino não garantem mudanças na formação, uma vez que estas dependem, principalmente, de quem ensina. A pesquisa participante revelou-se importante dispositivo para o desenvolvimento de uma análise crítica sobre a prática docente, com potência para promover mudanças no modelo de ensino/atenção vigente. / It is about a qualitative study of the participative type, carried out with eight students, enrolled in the Nursing in Adult Care II class, a subject that integrates the Nursing School curriculum of the Federal University of Rio Grande do Sul. Information was gathered by means of focus group, field diaries and document analyses. This paper approaches the limits of the outpatient clinic for teaching and practice of the nursing consultation (NC) from the perspective of the health integrality. Such limits are of time, environmental and protocol order and relate to the ways how the institution, which hosts this study setting, organizes itself to offer health care. The methodology proposes diversifying the teaching and care setting from the traditional NC by including, herein, the users´ life spaces while it denominates such intervention extended nursing consultation. Such extension had the purpose of making efforts in order to overcome the limits of the hospital context and to provide praxis exercises based on the users´ daily life. The objective of the study was “analyzing the potential of the nursing consultation for the nurses´ education aiming at the integrality practice in health, by taking the students´ experiences within an extended care setting into consideration “. The analysis evidenced that the participants perceive limits in the current education regarding integrality learning and mainly as to the teacher-student relation and the teaching models founded on biomedicine and on traditional education. The experience in the extended setting provided new know-how and practices like listening, bond and protagonism of the actors involved in the NC who turned into learners coherent with the education for integrality. Although it has been confirmed to be an innovating experience of care integrality within the NC teaching context, the conclusion drawn is that changes of teaching settings do not guarantee education changes since these depend on who the teacher is. The study evidenced that the participative research is a significant device for the development of a critical analysis on the teaching practice with potential to foster changes in the teaching-care model in force. / Se trata de un estudio cualitativo del tipo participante, desarrollado con ocho alumnos matriculados en la disciplina Enfermería en el Cuidado al Adulto II, del plan de estudios del Curso de Enfermería de la Universidad Federal del Rio Grande do Sul. Las informaciones fueron recogidas por medio de grupo focal, diarios de campo y análisis documental. Se abordan los límites que el ambulatorio hospitalario presenta para la enseñanza y la práctica de la consulta de enfermería (CE) desde la perspectiva de la integralidad en salud. Tales límites son de orden temporal, ambiental y protocolar y se relacionan con los modos como la institución, el escenario de este estudio, se organiza para ofrecer servicios de salud. La metodología propuso la diversificación del escenario de enseñanza y atención de la CE tradicional, incluyendo, ahí, los espacios de vida de los usuarios, calificando esta intervención de consulta de enfermería ampliada. La ampliación tuvo la finalidad de buscar superar los límites del contexto hospitalario, posibilitando ejercicios de práctica con base en el cotidiano de los usuarios. El objetivo del estudio fue “analizar el potencial de la consulta de enfermería para la formación de enfermeros para la práctica de la integralidad en salud, considerando las experiencias de los estudiantes en un escenario ampliado de cuidado”. El análisis reveló que los participantes perciben, en la formación vigente, límites para el aprendizaje de la integralidad, destacándose la relación maestro/alumno y los modelos de enseñanza basados en la biomedicina y en la educación tradicional. La experiencia en el escenario ampliado produjo nuevos conocimientos y prácticas como escuchar, relacionarse y el protagonismo de los actores involucrados en la CE, y dio lugar a aprendizajes consistentes con la formación para la integralidad. Se concluye que, a pesar de confirmarse una experiencia de integralidad del cuidado, innovadora en el contexto de la enseñanza de la CE, cambios en escenarios de enseñanza no garantizan cambios en la formación, una vez que estas dependen, principalmente, de quien enseña. La pesquisa participante se reveló un importante dispositivo para el desarrollo de un análisis crítico sobre la práctica docente con potencia para promover cambios en el modelo de enseñanza/atención vigente.
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Morte e vida em cena : descortinando o interdito sobre (vi)ver o cuidado na morte e no morrer de pacientes

Monteiro, Daniela Trevisan January 2017 (has links)
Tomando-se como foco o cuidado de pacientes em processo de morte e morrer, a presente pesquisa teve como objetivo descortinar o interdito sobre a morte e o morrer, as percepções, os significados, os sentimentos e dificuldades atribuídos pelos profissionais da saúde sobre o cuidado de pacientes em processo de morte e morrer. Para tanto, realizou-se um estudo descritivo de cunho qualitativo. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas e observações, e teve duração de julho a outubro de 2016. Foram entrevistados 34 profissionais médicos e enfermeiros que atuam nas unidades de clínica médica e pronto socorro em um hospital universitário do Rio Grande do Sul. Os dados obtidos foram submetidos à triangulação a partir da análise de conteúdo. Os resultados mostraram que a maioria dos profissionais significam a morte enquanto passagem, na crença de que existe algo após. A morte pode ser aceita quando esperada em pacientes idosos, com longo tempo de tratamento de alguma doença crônica. No entanto, não é aceita quando se trata de pacientes jovens e, principalmente, quando são mortes traumáticas de crianças. Na clínica médica, o vínculo prolongado com os pacientes possibilita aos profissionais diferentes formas de cuidados e é viso, na maioria das vezes, como algo positivo na relação apesar de gerar maior sofrimento quando acontece a morte ou a piora do paciente, sendo fonte de prejuízo à saúde mental. No pronto socorro, a morte gera sofrimento apenas quando traumática, não há lugar ou tempo para a morte nesta unidade, pois as intercorrências próprias da emergência e da organização do trabalho, como a superlotação, são as maiores fontes de estresse para os profissionais, sendo a saúde mental afetada por esses motivos. Os principais sentimentos destacados quando ocorre à morte de um paciente, em ambas as unidades, são: frustração, impotência, tristeza e compaixão. Apesar de lidarem com a morte no dia a dia, ela não é elaborada ou conversada entre os profissionais, havendo um forte interdito sobre o assunto, que é passado também aos pacientes e familiares. É comum a utilização de estratégias defensivas, como racionalização e distanciamento do paciente para não enfrentar a finitude do outro e, consequentemente, a sua própria. Para a maioria dos profissionais é inevitável relacionar o paciente com pessoas conhecidas, membros da família ou eles próprios, essa identificação causa maior sofrimento, principalmente quando o profissional está vivenciando uma situação familiar parecida. A maior parte dos profissionais possui como exigência própria aproveitar melhor a vida, pois vivenciam muito sofrimento no ambiente hospitalar. Concluiu-se que, o cuidado dos pacientes em processo de morte e morrer versam em cima do interdito social que a morte carrega, pois apesar de gerar sofrimento aos profissionais, não se reflete sobre a morte de pacientes. Na clínica médica a morte gera maior sofrimento devido ao tempo de convivência entre profissionais e pacientes. No pronto socorro, a morte fica subtraída diante de uma rotina marcada pelos inúmeros procedimentos que necessitam ser realizados, não permitindo espaços para elaborações individuais ou coletivas. A saúde mental dos profissionais fica sujeita e sujeitada pelas exigências do trabalho, não permitindo considerar o doente em sua integralidade, como sujeito na vida e na morte. Ademais, não se pode dizer que a morte é naturalizada pelos profissionais, se esses não se permitem olhar para ela de forma límpida, sem tantas estratégias defensivas. / Taking as a focus the care of patients in the process of death and dying, the present research had the objective to uncover the prohibition on death and dying, perceptions, meanings, feelings and difficulties attributed by health professionals about care of patients in the process of death and dying. Therefore, a descriptive study of qualitative nature was performed. Data collection was done through interviews and observations, and lasted from July to October 2016. It was interviewed 34 medical professionals and nurses who work in the medical clinic and emergency department units in a university hospital in Rio Grande do Sul. The obtained data were submitted to triangulation from the content analysis. The results showed that most professionals mean death as a passage, in the belief that there is something after. Death can be accepted when expected in elderly patients, with long time of treatment of some chronic disease. However, it is not accepted when it comes to young patients and, especially, when they are traumatic deaths of children. In the medical clinic, the long-term relationship with the patients allows the professionals different forms of care and is seen, mostly, as something positive in the relationship despite generating greater suffering when the death or worsening of the patient happens, being a source of damage to mental health. In the emergency department, death generates suffering only when traumatic, there is no place or time for death in this unit, because the intercurrences of emergency and work organization, such as overcrowding, are the major sources of stress for professionals, mental health being affected by these reasons. The main feelings highlighted when a patient dies in both units are: frustration, impotence, sadness and compassion. Although they deal with death daily, it is not elaborated or talked among professionals, there is a strong interdiction on the subject, which is passed to patients and family. It is common to use defensive strategies, such as rationalization and distancing the patient to not face the finitude of the other and, consequently, his own. For most professionals it is inevitable to relate the patient with known people, family members or themselves, this identification causes more suffering, especially when the professional is experiencing a similar family situation. Most part of the professionals has as their own requirement to enjoy life, because they experience much suffering in the hospital. It was concluded that the care of the patients in the process of death and dying are based on the social prohibition that death carries, because despite generating suffering for professionals, it is not reflected on the death of patients. In medical clinic the death generates greater suffering due to the time of coexistence between professionals and patients. In the emergency department, death is subtracted before a routine marked by numerous procedures that need to be performed, not allowing spaces for individual or collective elaborations. The mental health of professionals is subject and subjected to the demands of work, not allowing to consider the patient in its entirety, as subject in life and death. In addition, it cannot be said that death is naturalized by professionals, if they do not allow themselves to look at it in a limpid way, without many defensive strategies.
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Consulta de enfermagem ampliada : possibilidades de formação para a prática da integralidade em saúde

Machado, Maria Luiza Paz January 2013 (has links)
Estudo qualitativo, do tipo participante, desenvolvido com oito alunos matriculados na disciplina Enfermagem no Cuidado ao Adulo II do currículo do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. As informações foram coletadas por meio de grupo focal, diários de campo e análise documental. Abordam-se os limites que o ambulatório hospitalar apresenta para o ensino/prática da consulta de enfermagem (CE) na perspectiva da integralidade em saúde. Tais limites são de ordem temporal, ambiental e protocolar e estão relacionados aos modos como a instituição, cenário do estudo, se organiza para ofertar o cuidado em saúde. A metodologia propôs a diversificação do cenário de ensino/cuidado da CE tradicional, aí incluindo os espaços de vida dos usuários, denominando esta intervenção de consulta de enfermagem ampliada. A ampliação teve a finalidade de buscar superar os limites do contexto hospitalar, possibilitando exercícios de praxis com base no cotidiano dos usuários. O estudo objetivou “analisar o potencial da consulta de enfermagem para a formação de enfermeiros para a prática da integralidade em saúde, considerando as experiências discentes em um cenário ampliado de cuidado”. A análise evidenciou que os participantes percebem na formação vigente limites para o aprendizado da integralidade, destacando-se a relação professor/aluno e os modelos de ensino alicerçados na biomedicina e na educação tradicional. A vivência no cenário ampliado foi produtora de novos saberes e práticas como escuta, vínculo e protagonismo dos atores envolvidos na CE, configurando-se em aprendizados coerentes com a formação para integralidade. Conclui-se que, apesar de ter se confirmado uma experiência de integralidade do cuidado, inovadora no contexto do ensino da CE, mudanças em cenários de ensino não garantem mudanças na formação, uma vez que estas dependem, principalmente, de quem ensina. A pesquisa participante revelou-se importante dispositivo para o desenvolvimento de uma análise crítica sobre a prática docente, com potência para promover mudanças no modelo de ensino/atenção vigente. / It is about a qualitative study of the participative type, carried out with eight students, enrolled in the Nursing in Adult Care II class, a subject that integrates the Nursing School curriculum of the Federal University of Rio Grande do Sul. Information was gathered by means of focus group, field diaries and document analyses. This paper approaches the limits of the outpatient clinic for teaching and practice of the nursing consultation (NC) from the perspective of the health integrality. Such limits are of time, environmental and protocol order and relate to the ways how the institution, which hosts this study setting, organizes itself to offer health care. The methodology proposes diversifying the teaching and care setting from the traditional NC by including, herein, the users´ life spaces while it denominates such intervention extended nursing consultation. Such extension had the purpose of making efforts in order to overcome the limits of the hospital context and to provide praxis exercises based on the users´ daily life. The objective of the study was “analyzing the potential of the nursing consultation for the nurses´ education aiming at the integrality practice in health, by taking the students´ experiences within an extended care setting into consideration “. The analysis evidenced that the participants perceive limits in the current education regarding integrality learning and mainly as to the teacher-student relation and the teaching models founded on biomedicine and on traditional education. The experience in the extended setting provided new know-how and practices like listening, bond and protagonism of the actors involved in the NC who turned into learners coherent with the education for integrality. Although it has been confirmed to be an innovating experience of care integrality within the NC teaching context, the conclusion drawn is that changes of teaching settings do not guarantee education changes since these depend on who the teacher is. The study evidenced that the participative research is a significant device for the development of a critical analysis on the teaching practice with potential to foster changes in the teaching-care model in force. / Se trata de un estudio cualitativo del tipo participante, desarrollado con ocho alumnos matriculados en la disciplina Enfermería en el Cuidado al Adulto II, del plan de estudios del Curso de Enfermería de la Universidad Federal del Rio Grande do Sul. Las informaciones fueron recogidas por medio de grupo focal, diarios de campo y análisis documental. Se abordan los límites que el ambulatorio hospitalario presenta para la enseñanza y la práctica de la consulta de enfermería (CE) desde la perspectiva de la integralidad en salud. Tales límites son de orden temporal, ambiental y protocolar y se relacionan con los modos como la institución, el escenario de este estudio, se organiza para ofrecer servicios de salud. La metodología propuso la diversificación del escenario de enseñanza y atención de la CE tradicional, incluyendo, ahí, los espacios de vida de los usuarios, calificando esta intervención de consulta de enfermería ampliada. La ampliación tuvo la finalidad de buscar superar los límites del contexto hospitalario, posibilitando ejercicios de práctica con base en el cotidiano de los usuarios. El objetivo del estudio fue “analizar el potencial de la consulta de enfermería para la formación de enfermeros para la práctica de la integralidad en salud, considerando las experiencias de los estudiantes en un escenario ampliado de cuidado”. El análisis reveló que los participantes perciben, en la formación vigente, límites para el aprendizaje de la integralidad, destacándose la relación maestro/alumno y los modelos de enseñanza basados en la biomedicina y en la educación tradicional. La experiencia en el escenario ampliado produjo nuevos conocimientos y prácticas como escuchar, relacionarse y el protagonismo de los actores involucrados en la CE, y dio lugar a aprendizajes consistentes con la formación para la integralidad. Se concluye que, a pesar de confirmarse una experiencia de integralidad del cuidado, innovadora en el contexto de la enseñanza de la CE, cambios en escenarios de enseñanza no garantizan cambios en la formación, una vez que estas dependen, principalmente, de quien enseña. La pesquisa participante se reveló un importante dispositivo para el desarrollo de un análisis crítico sobre la práctica docente con potencia para promover cambios en el modelo de enseñanza/atención vigente.

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