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Comunicação não-verbal e depressão: uso de indicadores não-verbais para avaliação de gravidade, melhora clínica e prognóstico / Nonverbal communication and depression: the use of non-verbal indicators for assessment of severity, clinical improvement and prognosisFiquer, Juliana Teixeira 19 January 2011 (has links)
Depressão é um transtorno de humor de alta prevalência e repercussões negativas para o indivíduo do ponto de vista físico, psicológico e social. Entre os múltiplos aspectos da doença ainda pouco investigados está o comportamento expressivo não-verbal que pode indicar emoções, pensamentos e intenções automáticos que ocasionam problemas interpessoais e piora da depressão. O objetivo desta tese foi investigar o papel da comunicação não-verbal como parâmetro para avaliar características diagnósticas, prognósticas e de melhora clínica da depressão. Para tanto, foram usadas técnicas etológicas para observação de: 1) indicadores não-verbais de pacientes deprimidos (em associação com medidas clínicas e neuropsicológicas); e 2) fatores comportamentais de envolvimento não-verbal de pacientes e do entrevistador. A tese foi dividida em duas partes. Na Parte I apresentam-se estudos que enfocam o comportamento de pacientes deprimidos (n=40) submetidos a três diferentes condições de tratamento com Estimulação Elétrica Transcraniana de Corrente Contínua (ETCC). Pacientes foram avaliados no pré (T0) e pós-tratamento (T1) por meio de escalas para mensuração de sintomas depressivos (medidas clínicas); bateria de testes neuropsicológicos; e entrevistas filmadas. A análise das filmagens foi feita com catálogo de registro de frequência de comportamentos nãoverbais de pacientes (etograma), desenvolvido por nosso grupo de pesquisa. Encontramos que silêncio dos pacientes e menos movimentos expressivos faciais e de cabeça relacionam-se a maior intensidade da depressão, sendo que silêncio em T0 prediz pior prognóstico em T1. Mediante melhora clínica, indicadores de emoções negativas decrescem (ex. choro, testa franzida) enquanto de interesse interpessoal aumentam (ex. contato ocular, yes-nooding). Pacientes também apresentam alterações em funções mnêmicas de longo prazo, atencionais e executivas. Mediante melhora clínica, o desempenho aumenta nas tarefas executivas e atencionais. Melhor performance em tarefa de atenção focada em T0, entretanto, associou-se a menos afetos positivos em T1. Os resultados indicam que a depressão compromete o funcionamento afetivo, cognitivo e expressivo dos pacientes e que indicadores não-verbais apresentam padrão mais consistente de associação com medidas clínicas do que variáveis neuropsicológicas. Na Parte II, apresentam-se estudos que enfocam a interação de pacientes deprimidos (n=38) com seu entrevistador (n=1). Pacientes foram submetidos a tratamento medicamentoso e avaliados no pré (T0) e pós-tratamento (T1) por meio de medidas clínicas e entrevistas filmadas. A análise das filmagens foi feita com um etograma de registro de frequência e duração de comportamentos de pacientes e do entrevistador. Encontramos que comportamentos nãoverbais de envolvimento de pacientes (fator Esforço Comunicativo, EC) e do entrevistador (fator Encorajamento, EN) estão associados e aumentam ao longo da interação. O ajuste (convergência) entre EC e EN ao longo da entrevista associa-se com satisfação dos pacientes. EC em T0 prediz redução de afetos negativos em T1 e, após melhora clínica, EC e EN aumentam. Portanto, o comportamento de busca por suporte social associa-se a maior apoio do entrevistador e este aumento de envolvimento pode indicar melhora clínica. O conjunto de achados sugere que a comunicação não-verbal, avaliada com técnicas etológicas, transmite informações relevantes associadas à gravidade, melhora clínica e prognóstico da depressão / Depression is a highly prevalent mood disorder bearing negative consequences for individuals in physical, psychological and social domains. Among the many aspects of the disease which remain poorly understood, the expressive nonverbal behavior of sufferers is an important example: it has been highlighted as an indicator of emotions, automatic thoughts and intentions which can lead to interpersonal problems and worsening of depression. The aim of this thesis is to investigate the role of such nonverbal communication in the evaluation of depression diagnosis, prognosis and clinical response. To this end, we conducted an ethological observation where we analyzed: 1) non-verbal indicators of depressed patients (in combination with clinical and neuropsychological measures), and 2) behavioral factors of nonverbal involvement of patients and their interviewers. This thesis is divided in two parts. Part I presents studies focused on the behavior of patients (n=40) treated with different types of Transcranial Direct Current Stimulation (tDCS). Patients are evaluated before (T0) and after treatment (T1) through clinical scales for the assessment of depressive symptoms, neuropsychological tests, and the analysis of videotaped interviews. The analysis of interviews is based on an ethogram developed by our research group, wherein the frequencies of nonverbal behaviors of patients are registered. We found that silence, as well as low levels of expressive facial and head movements were related to higher depression severity. Silence at T0 also predicted poor prognosis at T1. There was a decrease in the frequency of indicators of negative emotions (e.g. crying, frowning) and increase in pro-social indicators (e.g. eyes contact, yes-nooding) upon clinical improvement. Patients also showed alterations in long-term memory, attention and executive functions. Their performance increased in executive and attentional tasks, upon clinical improvement. However, a better performance in the focused attention task at T0 was associated with less positive affect at T1. The results indicate that depression affects the patients emotional, cognitive and expressive functioning. In addition, non-verbal indicators showed a more consistent pattern of being associated with clinical measures than with neuropsychological measures. In Part II, we show studies focused on the interaction of depressed patients (n=38) with their interviewer (n=1). Patients treated with psychopharmacotherapy were evaluated before (T0) and after treatment (T1) through clinical scales, and videotaped interviews. Interviews were analyzed through the use of an ethogram which considers frequency and duration of both patients and interviewer behaviors. We found that nonverbal behaviors of involvement of patients (Speaking Effort factor, SE) and their interviewer (Encouragement factor, EN) were correlated and both of them increased during the interaction. The adjustment (convergence) between SE and EN during the interview was associated with patient satisfaction. SE at T0 predicted a reduction of negative affect at T1. Additionally, both factors increased after clinical improvement. Therefore, the support seeking behavior is associated with support giving behavior of the interviewer. The increase of both involvement behaviors may therefore indicate clinical improvement. Taken together, these findings suggest that nonverbal communication, when evaluated by ethological techniques, can convey important information on the severity, prognosis and amenability to clinical improvement of depression
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Comunicação não-verbal e depressão: uso de indicadores não-verbais para avaliação de gravidade, melhora clínica e prognóstico / Nonverbal communication and depression: the use of non-verbal indicators for assessment of severity, clinical improvement and prognosisJuliana Teixeira Fiquer 19 January 2011 (has links)
Depressão é um transtorno de humor de alta prevalência e repercussões negativas para o indivíduo do ponto de vista físico, psicológico e social. Entre os múltiplos aspectos da doença ainda pouco investigados está o comportamento expressivo não-verbal que pode indicar emoções, pensamentos e intenções automáticos que ocasionam problemas interpessoais e piora da depressão. O objetivo desta tese foi investigar o papel da comunicação não-verbal como parâmetro para avaliar características diagnósticas, prognósticas e de melhora clínica da depressão. Para tanto, foram usadas técnicas etológicas para observação de: 1) indicadores não-verbais de pacientes deprimidos (em associação com medidas clínicas e neuropsicológicas); e 2) fatores comportamentais de envolvimento não-verbal de pacientes e do entrevistador. A tese foi dividida em duas partes. Na Parte I apresentam-se estudos que enfocam o comportamento de pacientes deprimidos (n=40) submetidos a três diferentes condições de tratamento com Estimulação Elétrica Transcraniana de Corrente Contínua (ETCC). Pacientes foram avaliados no pré (T0) e pós-tratamento (T1) por meio de escalas para mensuração de sintomas depressivos (medidas clínicas); bateria de testes neuropsicológicos; e entrevistas filmadas. A análise das filmagens foi feita com catálogo de registro de frequência de comportamentos nãoverbais de pacientes (etograma), desenvolvido por nosso grupo de pesquisa. Encontramos que silêncio dos pacientes e menos movimentos expressivos faciais e de cabeça relacionam-se a maior intensidade da depressão, sendo que silêncio em T0 prediz pior prognóstico em T1. Mediante melhora clínica, indicadores de emoções negativas decrescem (ex. choro, testa franzida) enquanto de interesse interpessoal aumentam (ex. contato ocular, yes-nooding). Pacientes também apresentam alterações em funções mnêmicas de longo prazo, atencionais e executivas. Mediante melhora clínica, o desempenho aumenta nas tarefas executivas e atencionais. Melhor performance em tarefa de atenção focada em T0, entretanto, associou-se a menos afetos positivos em T1. Os resultados indicam que a depressão compromete o funcionamento afetivo, cognitivo e expressivo dos pacientes e que indicadores não-verbais apresentam padrão mais consistente de associação com medidas clínicas do que variáveis neuropsicológicas. Na Parte II, apresentam-se estudos que enfocam a interação de pacientes deprimidos (n=38) com seu entrevistador (n=1). Pacientes foram submetidos a tratamento medicamentoso e avaliados no pré (T0) e pós-tratamento (T1) por meio de medidas clínicas e entrevistas filmadas. A análise das filmagens foi feita com um etograma de registro de frequência e duração de comportamentos de pacientes e do entrevistador. Encontramos que comportamentos nãoverbais de envolvimento de pacientes (fator Esforço Comunicativo, EC) e do entrevistador (fator Encorajamento, EN) estão associados e aumentam ao longo da interação. O ajuste (convergência) entre EC e EN ao longo da entrevista associa-se com satisfação dos pacientes. EC em T0 prediz redução de afetos negativos em T1 e, após melhora clínica, EC e EN aumentam. Portanto, o comportamento de busca por suporte social associa-se a maior apoio do entrevistador e este aumento de envolvimento pode indicar melhora clínica. O conjunto de achados sugere que a comunicação não-verbal, avaliada com técnicas etológicas, transmite informações relevantes associadas à gravidade, melhora clínica e prognóstico da depressão / Depression is a highly prevalent mood disorder bearing negative consequences for individuals in physical, psychological and social domains. Among the many aspects of the disease which remain poorly understood, the expressive nonverbal behavior of sufferers is an important example: it has been highlighted as an indicator of emotions, automatic thoughts and intentions which can lead to interpersonal problems and worsening of depression. The aim of this thesis is to investigate the role of such nonverbal communication in the evaluation of depression diagnosis, prognosis and clinical response. To this end, we conducted an ethological observation where we analyzed: 1) non-verbal indicators of depressed patients (in combination with clinical and neuropsychological measures), and 2) behavioral factors of nonverbal involvement of patients and their interviewers. This thesis is divided in two parts. Part I presents studies focused on the behavior of patients (n=40) treated with different types of Transcranial Direct Current Stimulation (tDCS). Patients are evaluated before (T0) and after treatment (T1) through clinical scales for the assessment of depressive symptoms, neuropsychological tests, and the analysis of videotaped interviews. The analysis of interviews is based on an ethogram developed by our research group, wherein the frequencies of nonverbal behaviors of patients are registered. We found that silence, as well as low levels of expressive facial and head movements were related to higher depression severity. Silence at T0 also predicted poor prognosis at T1. There was a decrease in the frequency of indicators of negative emotions (e.g. crying, frowning) and increase in pro-social indicators (e.g. eyes contact, yes-nooding) upon clinical improvement. Patients also showed alterations in long-term memory, attention and executive functions. Their performance increased in executive and attentional tasks, upon clinical improvement. However, a better performance in the focused attention task at T0 was associated with less positive affect at T1. The results indicate that depression affects the patients emotional, cognitive and expressive functioning. In addition, non-verbal indicators showed a more consistent pattern of being associated with clinical measures than with neuropsychological measures. In Part II, we show studies focused on the interaction of depressed patients (n=38) with their interviewer (n=1). Patients treated with psychopharmacotherapy were evaluated before (T0) and after treatment (T1) through clinical scales, and videotaped interviews. Interviews were analyzed through the use of an ethogram which considers frequency and duration of both patients and interviewer behaviors. We found that nonverbal behaviors of involvement of patients (Speaking Effort factor, SE) and their interviewer (Encouragement factor, EN) were correlated and both of them increased during the interaction. The adjustment (convergence) between SE and EN during the interview was associated with patient satisfaction. SE at T0 predicted a reduction of negative affect at T1. Additionally, both factors increased after clinical improvement. Therefore, the support seeking behavior is associated with support giving behavior of the interviewer. The increase of both involvement behaviors may therefore indicate clinical improvement. Taken together, these findings suggest that nonverbal communication, when evaluated by ethological techniques, can convey important information on the severity, prognosis and amenability to clinical improvement of depression
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Interação social e comunicação na primeira infância / Social interaction and communication in early childhoodAna Elisa Sestini 23 April 2008 (has links)
Esta pesquisa parte da visão da criança como agente ativo de seu próprio desenvolvimento. Buscou-se investigar a interação criança-criança, os processos formadores de \"cultura\" no grupo de brinquedo e o papel dos modos de comunicação verbal e não-verbal nestes processos de co-construção de significados compartilhados. Foram estudados os estilos de brincadeiras das crianças, as parcerias preferenciais entre elas e as mudanças nas formas de comunicação durante o período estudado. Os sujeitos foram crianças de 1 a 3 anos de idade, acompanhados semanalmente, durante 1 ano e meio, numa creche em São Paulo. Foram realizadas filmagens das crianças em momentos de atividade lúdica livre (com pouca interferência das educadoras), utilizando-se os métodos de amostragem \"focal\" e \"varredura instantânea\". Além disso, foram feitas sessões de observação semicontrolada, filmando-se, separadamente, duplas de crianças com maior ou menor afinidade social, brincando com 10 pares de objetos pré-selecionados. Os resultados mostram que as crianças comunicaram-se mais entre si do que com adultos, tanto de modo verbal quanto não-verbal. Do período inicial de coleta de dados para o final, houve uma diminuição significativa de comportamentos não-verbais indicativos de comunicação e um aumento significativo de episódios de verbalização. No período inicial, houve uma freqüência significativamente maior de verbalizações em contextos de interações agonísticas e imperativas, e no período final houve uma freqüência significativamente maior de verbalizações de convite para interação. Verificou-se um aumento da comunicação verbal quando as crianças estavam com idades entre 1 ano e 10 meses (a mais nova) e 2 anos e 6 meses (a mais velha). Quanto ao comportamento não-verbal, as crianças se comunicaram mais por olhares e expressões faciais, no entanto, no período inicial houve uma freqüência significativamente maior de vocalizações, no período intermediário houve uma freqüência significativamente maior de gestos e acenos e, no período final, de imitações. A imitação foi considerada como um meio das crianças compartilharem significados e de iniciarem ou manterem interações sociais. A situação de duplas foi favorecedora de episódios de imitação e ocorreu maior freqüência de interações sociais após imitação principalmente quando as crianças estavam com idades próximas a 3 anos. Em relação aos estilos de brincadeiras, duplas com maior afinidade social apresentaram freqüência significativamente maior de brincadeiras de contingência social do que duplas com menor afinidade; duplas formadas apenas por meninas brincaram mais de faz-de-conta, duplas formadas somente por meninos brincaram mais de brincadeiras paralelas e duplas mistas brincaram mais de brincadeiras do tipo \"física\". Quando em grupo, as meninas brincaram mais com outras crianças do que sozinhas, diferentemente dos meninos. Foram identificadas e descritas qualitativamente algumas formas de brincadeiras particulares do grupo estudado. A conclusão foi que crianças dessa faixa etária são capazes de construir e compartilhar significados no grupo, mesmo antes de dominarem a comunicação verbal. Porém, também há indícios de que a fala facilite os processos de compartilhamento e persistência de significados no grupo e favoreça o aumento da complexidade das brincadeiras entre as crianças. / This research is based on the view of the child as an active agent of his/her own development. It aimed to investigate the child-child interaction, the processes of \"culture\" creation within the playgroup and the role of verbal and nonverbal forms of communication in those processes of joint construction of shared meanings. The style of the children\'s play, the preferential partnerships between them and the changes in the forms of communication during the study period were examined. The subjects were 1-to-3-year-old children, weekly monitored over a year and a half at a daycare center in São Paulo. The children were videorecorded during free-play activity (with little interference from the educators), and the \"focalsubject\" and \"scan-sampling\" methods were used. In addition, semi-controlled observation sessions were conducted, and pairs of children with greater or smaller social affinity were separately recorded playing with ten pairs of pre-selected objects. Results show that the children communicated more between themselves than with adults, both verbally and nonverbally. From the period the data started to be collected to the end of the study, a significant decrease in nonverbal behaviors indicative of communication and a significant increase in verbalization episodes were observed. A significantly higher frequency of verbalizations in contexts of agonistic and imperative interactions was observed in the initial period, whereas a significantly higher frequency of verbalizations of invitation to interaction was observed in the final period. The verbal communication increased when the children were 1 year and 10 months old (youngest child) to 2 years and 6 months old (oldest child). As for nonverbal behavior, the children\'s communication was predominantly through looks and facial expressions, however there has been a significantly higher frequency of vocalizations in the initial period, a significantly higher frequency of gestures and nods and waves in the intermediary period and of imitations in the final period. Imitation was considered a means through which children share meanings and start or maintain social interactions. The situation of pairs favored episodes of imitation and social interactions were more frequent after imitation mainly when the children were near 3 years of age. Concerning play styles, pairs with greater social affinity produced a significantly higher frequency of social-contingency play than pairs with smaller affinity; pairs formed only by girls did more make-believe play, pairs formed only by boys did more parallel play and mixed pairs did more \"physical\" play. When the girls were in group, they played more with other children than when they were alone, differently from the boys. Some forms of play particular to the studied group were identified and qualitatively described. The research concluded that children in this age bracket are able to build and share meanings within the group, even before mastering the verbal communication. However, there are also signs that the speech facilitates the sharing processes and the persistence of meanings within the group and leads to more complex play between the children.
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A comunicação na interação bebê-educadora nos primeiros dois anos de vidaBressani, Maria Cristina Lemes January 2006 (has links)
O presente estudo teve como principal objetivo investigar a comunicação verbal e não-verbal na interação educadora-bebê, nos primeiros dois anos de vida. Participaram da pesquisa 4 bebês, com idades entre 5 e 14 meses, que freqüentam o berçário de uma Escola de Educação Infantil e a educadora responsável pelo atendimento a esta turma. Foi realizado um estudo observacional (filmagem) em dois contextos de interação: diádico (troca de fraldas) e grupal (sala de aula), em uma instituição de ensino particular, localizada em um bairro de nível socioeconômico médio-alto, na cidade de Porto Alegre. Os filmes foram transcritos e pontuados conforme protocolos construídos para este estudo. A análise das descrições gerou três principais categorias de comportamento das crianças (choro, exploração/jogo social e conflito/disputa por atenção). Do ponto de vista da educadora, foram observados comportamentos verbais distribuídos em quatro categorias: Perguntas, Comentários, Comandos e Outros Comportamentos verbais. Os comportamentos não verbais foram classificados em três tipos gerais: Contato Físico, Relação com Objetos e Ausência de Interação. Os dados deste estudo sugerem que o papel da educadora do berçário envolve a capacidade de acolher demandas de crianças que ainda não têm condições de verbalizar, mas que, através de suas atitudes, indicam suas necessidades. Sendo assim, além de realizar atividades mais voltadas ao cuidado e assistência, desenvolver as potencialidades cognitivas e físicas do bebê, o trabalho com bebês também envolve atenção especial às necessidades emocionais da criança. Os resultados deste estudo sugerem que mesmo antes da emergência da linguagem, a criança desenvolve, nos primeiros dois anos de vida, uma incrível capacidade comunicativa. Estas interações iniciais com o ambiente já configuram formas simbólicas de expressão que não se restringem à fala, mas são formas não verbais de comunicação. Seu desenvolvimento depende da capacidade dos cuidadores de perceber e traduzir estas diferentes formas de linguagem. / The present study aimed to investigate the verbal and nonverbal communication in the educator-infant interaction, in the first two years of life. Four infants, aged 5, 9, 13 and 14 months, took part in the study, as well as the educator responsible for the class. The infants were enrolled in a private education institution, located in a medium-high class neighborhood, in the city of Porto Alegre. An observational study was conducted with both the children and the teacher being filmed in two interactive contexts: dyadic and group. The videos were coded by two independent coders based on the child´s and teacher´s behaviours. Three main child´s categories were generated: crying, exploration/play and conflict/dispute of attention. The teacher´s verbal categories were: questions, commentaries, commands and other verbal behaviours. The nonverbal behaviours were: physical contact, relations with objects and absence of interaction. The analysis of the observations also showed a rich spectrum of verbal and nonverbal behaviors, on the part of the educator, associated to the child's basic needs. Even the most operational activities (feeding, changing diapers, containing, etc) were taken by the educator as an educational moment, since they were constantly accompanied by dialogues, conversations, descriptions, comments or questions. The results of this study suggest that even before the emergency of language, the child shows, in their first two years of life, an incredible communicative capacity. These initial interactions with the environment already represent symbolic forms of expression which are not limited to the speech, but are forms of nonverbal communication. His/her development depends on the caretaker’s capacity to notice and translate these different language forms.
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A COMUNICAÇÃO ENTRE FISIOTERAPEUTAS E SUJEITOS COM ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA / COMMUNICATION BETWEEN PHYSIOTHERAPISTS AND SUBJECTS WITH CHRONIC NON-PROGRESSIVE ENCEPHALOPATHYBortagarai, Francine Manara 04 March 2011 (has links)
This work presents an investigation of the way physiotherapists perform their communication with subjects with chronic non-progressive encephalopathy (CNPE)
having restricted or absent speech. For this purpose, we interviewed twelve physiotherapists about non-verbal communication and then we interviewed the five
physiotherapists who knew and used the alternative and augmentative communication (AAC) in therapy about the use of this resource. After the initial reading of the narratives, we noticed that all the physiotherapists consider non-verbal communication important and perform it, mainly through reading facial and body expressions. Concerning the use of AAC, the five professionals of the sample emphasized the importance of this resource, although only one of them makes use of it routinely. We conclude that the physiotherapists strive to invest in non-verbal communication and/or AAC with CNPE subjects who present restricted or absent speech and that such an investment improves the hospitalization outcomes and the
interaction between the subjects and the professionals who treat them. However, the theoretical and practical learning of non-verbal communication and ACC seems
flawed and inadequate in physiotherapy undergraduate course. This fact can be considered one of the causes of the poor use of non-verbal communication as well
as one of the causes of the lack of knowledge or of the non-routine use of AAC in therapy. The results suggest the need to overcome the purely biomedical model in
the formation of the physiotherapist and to adopt some training that seeks to humanize and promote quality in physical therapy services. / Este trabalho apresenta uma investigação sobre a forma de comunicação que o fisioterapeuta efetua durante a sessão com o sujeito com Encefalopatia Crônica Não Progressiva (ECNP) com oralidade restrita ou ausente. Para tal meta, foram
realizadas entrevistas com doze fisioterapeutas sobre a comunicação não verbal e, a seguir, sobre o uso da Comunicação Aumentativa Alternativa (CAA) na terapia com
cinco fisioterapeutas que conheciam e utilizaram esse recurso. Após a leitura inicial da coletânea das narrativas, verificou-se que todos os fisioterapeutas consideram
importante e realizam a comunicação não verbal, principalmente por meio da leitura de expressões corporais e faciais. Quanto ao uso da CAA, os cinco fisioterapeutas
do grupo amostral ressaltaram a importância desse recurso, embora somente um desses o utilize rotineiramente. Conclui-se que os fisioterapeutas procuram investir em uma comunicação não verbal e/ou CAA com o sujeito com ECNP que apresenta oralização restrita ou ausente e que tal investimento produz melhoras na interação e no vínculo com o sujeito em tratamento. Todavia, o aprendizado teórico e prático, tanto da comunicação não verbal quanto da CAA, apresenta-se falho e insuficiente na graduação de Fisioterapia. Esse fato pode ser considerado como uma das
causas do investimento precário na comunicação não verbal, assim como do desconhecimento ou do uso não rotineiro da CAA na terapia. Os resultados sugerem a necessidade de ultrapassar o modelo exclusivamente biomédico na formação do fisioterapeuta e de adotar uma formação que busque a humanização e a promoção de qualidade no atendimento fisioterápico.
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Avaliação de um programa de comunicação alternativa e ampliada para mães de adolescentes com autismo.Walter, Catia Crivelenti de Figueiredo 10 February 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-02-10 / Financiadora de Estudos e Projetos / Considering the communication deficit and the behavior desorder as a symptom present in autism, it would be logic to rationalize that these factors are all interconnected. The literature has been showing that families, that have a familiar with autism, have difficulties using the methods of Alternative and Augmentative Communication (AAC) with people with severe communication deficit. Therefore, the objective of this study was to apply and to analyze the effect of an AAC program in the context of a family that has a member with autism. The program named ProCAAF, was applied according to the real necessities of the families to establish an effective communication among their children according to the necessities presente in the family context. The study analyzed the effects of the the AAC
application and recorded the communication behavior changes within family members and
their children. There were 3 participants in this study: (Pfs), representing mothers and their
respective children. (Pas), representing students diagnosed with autism with no verbal
communication or functional speech. A multiple probe design accross the Pfs and Pas was
employed to verify the the effects of the ProCAAF program and envolved two phases: baseline and intervention. The Pfs performance in the application of the AAC in the family context, was the independent variable of the study and the Pas performance in the utilization of CAA in the family context was the dependent variable. The quantitative data was analyzed through the level of support received from the Pfs during the application of the AAC offered by the researcher and by the performance of the Pfs soliciting their needs and desires utilizing the AAC. The results showed that the Pfs learned how to apply the AAC in the family context and achieved the communication priorities determined previously. Furthermore, significant changes in the communication behavior from the Pas occurred in relation to the request of the items non-present inside the houses and the expression of their feelings such as: pain and homesickness. The qualitative data was analyzed from the answers, which were obtained from a questionnaire applied pre and pos intervention period indicating significant change in relation to the communication ability of the Pas, such as: a reduction of the non desired behavior, clarity in communicative situations, increases in the communicative act. One of the Pas, was able to emit words with communicative function. The study concluded that the use of AAC in a family context corroborated to the benefits in the interpersonal relation with people with autism and it suggested new research and extension of the program in a different context. / Ao considerar o déficit de comunicação e o distúrbio de conduta como sintoma presente e
marcante no quadro de autismo, seria lógico raciocinar que estes estão, na maioria das vezes,
relacionados entre si. A literatura vem relatando dificuldades por parte das famílias de pessoas
com autismo em utilizarem programas de Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) no
contexto familiar, devido a difícil aplicação e uso de formas alternativas de comunicação com
pessoas com déficit severo de comunicação. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi de aplicar e analisar os efeitos de um programa de CAA no contexto familiar de pessoas com
autismo. O programa, denominado ProCAAF, foi aplicado mediante a real necessidade dos
familiares em estabelecer comunicação eficaz com seus filhos, mediante as necessidades
apresentadas no contexto familiar. O estudo analisou os efeitos da aplicação da CAA e
registrou as modificações ocorridas no comportamento comunicativo dos familiares com seus filhos. Fizeram parte do estudo 6 participantes, sendo 3 participantes familiares (Pfs), representado pelas mães e seus respectivos filhos, denominados de participantes alunos (Pas), com diagnóstico de autismo, não-verbal e/ou fala não funcional. Para verificar os efeitos do ProCAAF, foi empregado um delineamento de múltiplas sondagens entre os Pfs e Pas, que envolveu duas fases: linha de base e intervenção. O desempenho dos Pas, em utilizar a CAA no contexto familiar, constituiu a variável dependente, mediante a atuação das Pfs, por meio da CAA. Os dados quantitativos foram analisados mediante os níveis de apoio recebido pelas Pfs, na aplicação da CAA, oferecidos pela pesquisadora e o desempenho dos Pas, em solicitarem seus desejos e necessidades às Pfs. Os resultados demonstraram que as Pfs aprenderam a utilizar a CAA no contexto familiar, conseguindo suprir algumas das prioridades comunicativas determinadas previamente. Assim como, ocorreram mudanças significativas no comportamento comunicativo dos Pas em relação à solicitação de itens não presentes nas casas e expressão de sentimentos, como: dor e saudade. Os dados qualitativos foram analisados mediante as respostas obtidas em questionário aplicado em período anterior e posterior a intervenção, demonstrando significativa mudança em relação à competência comunicativa dos Pas, como: diminuição de comportamentos indesejados, clareza nas situações comunicativas e aumento nos atos comunicativo. Um dos Pas passou a emitir vocábulos com função comunicativa. O estudo concluiu que o uso da CAA no contexto familiar corroborou os benefícios na relação interpessoal de pessoas com autismo e também sugeriu novas investigações e ampliação do programa em outros contextos. Palavras-Chaves: autismo infantil, comunicação alternativa e ampliada, programa familiar, intervenção em linguagem.
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A comunicação na interação bebê-educadora nos primeiros dois anos de vidaBressani, Maria Cristina Lemes January 2006 (has links)
O presente estudo teve como principal objetivo investigar a comunicação verbal e não-verbal na interação educadora-bebê, nos primeiros dois anos de vida. Participaram da pesquisa 4 bebês, com idades entre 5 e 14 meses, que freqüentam o berçário de uma Escola de Educação Infantil e a educadora responsável pelo atendimento a esta turma. Foi realizado um estudo observacional (filmagem) em dois contextos de interação: diádico (troca de fraldas) e grupal (sala de aula), em uma instituição de ensino particular, localizada em um bairro de nível socioeconômico médio-alto, na cidade de Porto Alegre. Os filmes foram transcritos e pontuados conforme protocolos construídos para este estudo. A análise das descrições gerou três principais categorias de comportamento das crianças (choro, exploração/jogo social e conflito/disputa por atenção). Do ponto de vista da educadora, foram observados comportamentos verbais distribuídos em quatro categorias: Perguntas, Comentários, Comandos e Outros Comportamentos verbais. Os comportamentos não verbais foram classificados em três tipos gerais: Contato Físico, Relação com Objetos e Ausência de Interação. Os dados deste estudo sugerem que o papel da educadora do berçário envolve a capacidade de acolher demandas de crianças que ainda não têm condições de verbalizar, mas que, através de suas atitudes, indicam suas necessidades. Sendo assim, além de realizar atividades mais voltadas ao cuidado e assistência, desenvolver as potencialidades cognitivas e físicas do bebê, o trabalho com bebês também envolve atenção especial às necessidades emocionais da criança. Os resultados deste estudo sugerem que mesmo antes da emergência da linguagem, a criança desenvolve, nos primeiros dois anos de vida, uma incrível capacidade comunicativa. Estas interações iniciais com o ambiente já configuram formas simbólicas de expressão que não se restringem à fala, mas são formas não verbais de comunicação. Seu desenvolvimento depende da capacidade dos cuidadores de perceber e traduzir estas diferentes formas de linguagem. / The present study aimed to investigate the verbal and nonverbal communication in the educator-infant interaction, in the first two years of life. Four infants, aged 5, 9, 13 and 14 months, took part in the study, as well as the educator responsible for the class. The infants were enrolled in a private education institution, located in a medium-high class neighborhood, in the city of Porto Alegre. An observational study was conducted with both the children and the teacher being filmed in two interactive contexts: dyadic and group. The videos were coded by two independent coders based on the child´s and teacher´s behaviours. Three main child´s categories were generated: crying, exploration/play and conflict/dispute of attention. The teacher´s verbal categories were: questions, commentaries, commands and other verbal behaviours. The nonverbal behaviours were: physical contact, relations with objects and absence of interaction. The analysis of the observations also showed a rich spectrum of verbal and nonverbal behaviors, on the part of the educator, associated to the child's basic needs. Even the most operational activities (feeding, changing diapers, containing, etc) were taken by the educator as an educational moment, since they were constantly accompanied by dialogues, conversations, descriptions, comments or questions. The results of this study suggest that even before the emergency of language, the child shows, in their first two years of life, an incredible communicative capacity. These initial interactions with the environment already represent symbolic forms of expression which are not limited to the speech, but are forms of nonverbal communication. His/her development depends on the caretaker’s capacity to notice and translate these different language forms.
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Formas arquitetônicas clássicas em edifícios religiosos do Período Bizantino / Classical Architectural Forms in Religious Buildings During the Byzantine PeriodRegina Helena Rezende 16 March 2007 (has links)
Este trabalho tem como objetivo a identificação e o estudo da permanência de formas arquitetônicas greco-romanas, ditas clássicas, nas primeiras igrejas cristãs, em uma fase inicial do seu estabelecimento na região da Palestina, desde o governo de Constantino, na primeira metade do século IV d. C., até o final do século VI d. C. Nesse intervalo de quase três séculos procuramos identificar as formas arquitetônicas essenciais que serão constitutivas das igrejas cristãs em seu momento inicial de organização e estudar de que maneira elementos da cultura clássica foram recuperados e usados nesses espaços. Buscamos ir além da análise estritamente material desses edifícios, que evidenciam em suas formas idéias e valores antigos em contraposição a novos elementos que são adotados nesse momento de mudança, produtos concretos de uma nova cultura que se configura nessa época, conhecida como Período Bizantino. / The goal of this dissertation is the identification and study of Graeco-roman architectural forms - classical forms - that were preserved in early Christian churches built in the Palestinian area. The chronological scope is from the first half of the IVth. century, under Constantine\'s rule, to the end of the VIth. century AD. Studying these three centuries, we tried to recognize which basic architectural shapes had been part of early Christian churches and which classical shapes were preserved. We tried to go beyond the building materials, looking for ancient ideas and values still in use in this age of transformation, called Byzantine Period, when the new concepts of an arising culture were starting to achieve material forms.
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A comunicação na interação bebê-educadora nos primeiros dois anos de vidaBressani, Maria Cristina Lemes January 2006 (has links)
O presente estudo teve como principal objetivo investigar a comunicação verbal e não-verbal na interação educadora-bebê, nos primeiros dois anos de vida. Participaram da pesquisa 4 bebês, com idades entre 5 e 14 meses, que freqüentam o berçário de uma Escola de Educação Infantil e a educadora responsável pelo atendimento a esta turma. Foi realizado um estudo observacional (filmagem) em dois contextos de interação: diádico (troca de fraldas) e grupal (sala de aula), em uma instituição de ensino particular, localizada em um bairro de nível socioeconômico médio-alto, na cidade de Porto Alegre. Os filmes foram transcritos e pontuados conforme protocolos construídos para este estudo. A análise das descrições gerou três principais categorias de comportamento das crianças (choro, exploração/jogo social e conflito/disputa por atenção). Do ponto de vista da educadora, foram observados comportamentos verbais distribuídos em quatro categorias: Perguntas, Comentários, Comandos e Outros Comportamentos verbais. Os comportamentos não verbais foram classificados em três tipos gerais: Contato Físico, Relação com Objetos e Ausência de Interação. Os dados deste estudo sugerem que o papel da educadora do berçário envolve a capacidade de acolher demandas de crianças que ainda não têm condições de verbalizar, mas que, através de suas atitudes, indicam suas necessidades. Sendo assim, além de realizar atividades mais voltadas ao cuidado e assistência, desenvolver as potencialidades cognitivas e físicas do bebê, o trabalho com bebês também envolve atenção especial às necessidades emocionais da criança. Os resultados deste estudo sugerem que mesmo antes da emergência da linguagem, a criança desenvolve, nos primeiros dois anos de vida, uma incrível capacidade comunicativa. Estas interações iniciais com o ambiente já configuram formas simbólicas de expressão que não se restringem à fala, mas são formas não verbais de comunicação. Seu desenvolvimento depende da capacidade dos cuidadores de perceber e traduzir estas diferentes formas de linguagem. / The present study aimed to investigate the verbal and nonverbal communication in the educator-infant interaction, in the first two years of life. Four infants, aged 5, 9, 13 and 14 months, took part in the study, as well as the educator responsible for the class. The infants were enrolled in a private education institution, located in a medium-high class neighborhood, in the city of Porto Alegre. An observational study was conducted with both the children and the teacher being filmed in two interactive contexts: dyadic and group. The videos were coded by two independent coders based on the child´s and teacher´s behaviours. Three main child´s categories were generated: crying, exploration/play and conflict/dispute of attention. The teacher´s verbal categories were: questions, commentaries, commands and other verbal behaviours. The nonverbal behaviours were: physical contact, relations with objects and absence of interaction. The analysis of the observations also showed a rich spectrum of verbal and nonverbal behaviors, on the part of the educator, associated to the child's basic needs. Even the most operational activities (feeding, changing diapers, containing, etc) were taken by the educator as an educational moment, since they were constantly accompanied by dialogues, conversations, descriptions, comments or questions. The results of this study suggest that even before the emergency of language, the child shows, in their first two years of life, an incredible communicative capacity. These initial interactions with the environment already represent symbolic forms of expression which are not limited to the speech, but are forms of nonverbal communication. His/her development depends on the caretaker’s capacity to notice and translate these different language forms.
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Correlação entre a oralidade de crianças com distúrbios do espectro do autismo e o nível de estresse de seus pais / Correlation between verbal communication of children with autism spectrum disorders and the level stress of their parentsSegeren, Leticia 20 March 2015 (has links)
O Distúrbio do Espectro do Autismo caracteriza-se como uma síndrome comportamental complexa, que compromete o processo do desenvolvimento ao longo da vida, ocorrendo uma grande variabilidade na intensidade e forma de expressão da sintomatologia, nas áreas que definem o seu diagnóstico. Pessoas com autismo necessitam de atenção especial durante toda a vida e é necessário voltar a atenção também para cuidador. O estresse parental da família de uma criança com autismo é significantemente maior do que o observado em famílias de crianças com desenvolvimento típico ou outras deficiências. A comunicação é um aspecto especialmente afetado nos quadros de autismo e pode ser potencializadora do estresse, sendo uma das primeiras preocupações dos pais. Assim foi indagado se, com relação à comunicação, o fato do filho com autismo não usar alguma fala para se comunicar teria relação com o aumento do nível de estresse dos pais. O Objetivo deste estudo foi investigar o nível de estresse de pais de crianças com autismo, verificando sua associação com a ausência de oralidade na comunicação de seus filhos. Participaram dessa pesquisa os pais de 75 crianças com autismo e pais de 100 crianças sem nenhuma queixa quanto ao desenvolvimento, que foram divididos em três grupos, sendo o grupo 1 formado por pais de crianças autistas que não apresentam comunicação oral; o grupo 2 por pais de crianças autistas que apresentam comunicação oral e o grupo 3, por pais de crianças sem nenhuma queixa. Todos os participantes responderam ao questionário sócio-demográfico, ao questionário de nível de estresse (formulado pela própria autora) e ao questionário de qualidade de vida. Os resultados mostraram que a maioria dos pais dos três grupos apresentaram médio nível de estresse e que não houve diferença significativa entre os pais de crianças com autismo, com e sem comunicação verbal. Quando os pais de crianças com autismo foram comparados aos pais do grupo controle, foi verificada diferença significativa, sendo que mais pais de crianças com autismo apresentaram alto nível de estresse. Foi constatada existência de associações entre o nível de estresse identificado e a qualidade de vida relatada pelos pais, mostrando que quanto maior o estresse apresentado pelos pais, menor é a qualidade de vida. Conclui-se, portanto, que o nível de estresse de pais de crianças com autismo não é influenciado pela ausência de oralidade na comunicação de seus filhos / Autism spectrum disorders are described as a complex behavioral syndrome. It impairs the development throughout life and has great variability in symptoms and intensity in the various areas that define the diagnosis. Persons with autism need special care during all life and therefore the caretakers need attention too. Parental stress in families with children with autism is significantly higher than the observed in families with children with other disorders or with typical development. Communication is specially affected in autism, is one of parent\'s first concerns and may increase stress. This study asked if parents of non-verbal children with autism have higher levels of stress than parents of verbal children with autism. The purpose of this study was to assess the stress levels of parents of children with autism and to verify its association with the abscess of verbal communication. Participants were parents of 75 children with autism and 100 parents with no complaints about their children development. They were divided in 3 groups: Group 1 comprised by parents by children with autism and no verbal communication; Group 2 comprised by parents by verbal children with autism and Group 3 with parents with no complaints about their children development. All participants responded to a socio-demographic questionnaire, to a stress level questionnaire (proposed by the author) and the questionnaire about quality of life. Results show that most parents from the three groups presented medium level of stress and that there was no significant difference between parents of children with autism with and without verbal communication. When parents of children with autism were compared with parents from the control group a significant difference was observed, with more parents of children with autism with high levels of stress. Associations between the stress level and the quality of life were also observed, showing that when higher stress levels were reported, lower quality of life was verified. It can be concluded that the stress level of parents of children with autism not influenced by their lack of verbal communication
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