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Avaliação funcional respiratória e capacidade do exercício como fatores de risco para complicações pulmonares no pós-operatório de transplante hepático / Respiratory functional evaluation and capacity for the year as risk factors for pulmonary complications after liver transplantationMagalhães, Clarissa Bentes de Araújo January 2015 (has links)
MAGALHÃES, Clarissa Bentes de Araújo. Avaliação funcional respiratória e capacidade do exercício como fatores de risco para complicações pulmonares no pós-operatório de transplante hepático. 2015. 93 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2016-03-04T12:36:45Z
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Previous issue date: 2015 / Background: Liver transplantation (LT) is the current standard therapy for patients with irreversible liver failure, both acute or chronic. Pulmonary complications postoperatively (CPP) are an important cause of disease in liver transplant recipients and contribute substantially to mortality. Objective: To evaluate the respiratory functional evaluation and exercise capacity as independent risk factors for pulmonary complications after liver transplantation. Methods: Prospective cohort study undertaken at the Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) from December 2012 to January 2015 with patients who are candidates for liver transplantation in the HUWC a total sample of 100 patients. The study included patients aged 18 to 70 years without hepatic encephalopathy, walking difficulties, orthopedic impairments. The patients were submitted to a preoperative evaluation consisting of clinical assessment, physical examination and laboratory tests (spirometry, maximal inspiratory pressure (MIP) and expiratory (MEP) for the manometer, 6-minute walk test (6MWT) and 6- minute step test (6MST'). In the post-operative, intraoperative data and post-operative data such as pulmonary complications were studied. In addition, lung function (forced expiratory volume in 1 second - FEV1) and manometer were analyzed on the 1st, 3rd and 5th post-operative days. One month after surgery, patients were evaluated for respiratory functional capacity and exercise capacity. The Research Ethics Committee of HUWC approved the study. Results: Among the 100 patients studied, 65% were male, the median age was 54.5 years and a higher prevalence for viral hepatitis (56%) as a cause for liver transplantation. The incidence of CPP was 49%. The rate of the most frequent pulmonary complications were pulmonary infection (32%), followed by acute respiratory failure (28%), the need for mechanical ventilation for more than 48 hours (14%), atelectasis (13%), pleural effusion requiring thoracentesis (7%) and bronchospasm (3%). The independent risk factors for the development of CPP were cold ischemia time greater than five hours, 6MWT less than 320 m and 6MST less than 60 steps. The pulmonary function, in the first, third and fifth post-operative days showed a decrease of 64%, 56% and 48% in FEV1, 56%, 44% and 33% in MIP and 55%, 46% and 38% in MEP (p = 0.001). With thirty days post-operatively all values of the variables were similar to the value of preoperative, showing a linear growth. The values of the 6MWT and the 6MST showed better results compared to preoperative 348 m to 367 m and 71 to 79 steps respectively. Of the 49 patients with CPP, 20 died. Conclusion: This study can be a useful tool for transplant centers allowing to evaluate objectively exercise capacity through the 6MWT and 6MST and identify candidates with a higher risk of developing pulmonary complications. There is a decrease in lung performance in the postoperative period with a recover 1 month after surgery. / Contextualização: O transplante hepático (TxH) é a atual terapia padrão para pacientes com insuficiência hepática irreversível aguda ou crônica. As complicações pulmonares no pós-operatório (CPP) são uma importante causa de morbidade e mortalidade no TxH. Objetivo: Avaliar a função respiratória e capacidade do exercício como fatores de risco independentes para complicações pulmonares no pós-operatório de transplante hepático. Métodos: Estudo de coorte prospectivo realizado no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) no período de dezembro de 2012 a janeiro de 2015 com pacientes candidatos ao transplante de fígado com uma amostra de 100 pacientes. Foram incluídos na pesquisa pacientes com idade entre 18 a 70 anos que não apresentavam encefalopatia hepática, dificuldades de locomoção nem limitações ortopédicas. Os pacientes foram submetidos a uma avaliação pré-operatória constando de avaliação clínica, exame físico e exames complementares [espirometria, força muscular inspiratória (PImáx) e expiratória (PEmáx) pela manovacuometria, teste da caminhada de 6 minutos (TC6’) e teste do degrau (TD6’)]. No pós-operatório (PO) foram vistos os dados intra-operatórios e dados pós-operatórios como as complicações pulmonares. Além disso, o volume expiratório forçado no 1 segundo – VEF1) e manovacuometria foram analisadas no 1º, 3º, 5º PO e 1 mês após a cirurgia. A capacidade do exercício foi avaliada somente no 1º mês de PO. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do HUWC. Resultados: Entre os 100 doentes estudados, 65% eram do sexo masculino, a mediana de idade foi de 54,5 anos e maior prevalência para hepatite viral (56%) como causa para transplante hepático. A incidência de CPP foi de 49%. A taxa das complicações pulmonares mais frequentes foram: infecção pulmonar (32%), seguida de falência respiratória aguda (28%), necessidade de ventilação mecânica por mais de 48horas (14%), atelectasia (13%), derrame pleural com necessidade de toracocentese (7%) e broncoespasmo (3%). Os fatores de risco independentes para o desenvolvimento de CPP foram tempo de isquemia fria maior que cinco horas, TC6’ menor que 320 m e TD6’ menor que 60 degraus. Quanto a função pulmonar, no 1º, 3º , 5º PO houve queda de 64%, 56% e 48% no VEF1, 56%,44% e 33% na PImáx e 55%, 46% e 38% na PEmáx (p =0,001). Com 1 mês de PO todos os valores das variáveis analisadas apresentaram-se semelhantes ao valor de pré-operatório. Os valores do TC6’ e o TD6’ apresentaram melhores valores em relação ao pré-operatório 348m para 367m e 71 para 79 degraus, respectivamente. Dos 49 pacientes que apresentaram CPP, 20 foram a óbito. Conclusão: Este estudo pode ser uma ferramenta útil para centros de transplante que permite avaliar objetivamente a capacidade de exercício através do TC6’ e TD6’e identificar os candidatos com maior risco de desenvolver complicações pulmonares. Existe uma queda na performance pulmonar no pós-operatório com recuperação 1 mês após a cirurgia.
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Antioxidantes restauram alterações provocadas pela ovariectomia no fígado de ratasSchuller, Ártur Krumberg January 2016 (has links)
A ovariectomia bilateral em ratas é um dos modelos experimentais utilizados para se analisar a menopausa e as possíveis estratégias para amenizar os efeitos deletérios desta condição. A suplementação da dieta com antioxidantes vem sendo utilizada para diminuir o risco de estresse oxidativo, que está aumentado na menopausa. Nesse estudo, foram analisados os efeitos do ácido lipoico (AL) e dos ômegas-3 (ácido docosahexaenóico (DHA) e ácido eicosapentaenóico (EPA)) no fígado, através da suplementação da dieta de ratas ovariectomizadas. O ácido lipoico foi escolhido em virtude da sua capacidade antioxidante, pela conhecida característica de ser cofator de enzimas chave no metabolismo celular e por inibir alguns mecanismos pró- inflamatórios. Essas características são importantes em virtude da disfunção mitocondrial e do aumento dos níveis de citocinas inflamatórias, que estão presentes após a menopausa. Os demais ácidos graxos poli-insaturados foram utilizados por possuírem alta capacidade antioxidante e estarem bem estabelecidos como protetores endoteliais. Além disso, também exercem efeitos anti-inflamatórios e são capazes de normalizar os níveis de lipídios na circulação sanguínea. Os resultados demonstram que o ácido lipoico é capaz de atuar no fígado e recuperar a atividade da enzima fumarase e a atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase mitocondrial (MnSOD) e glutationa peroxidase (GPx), além de diminuir o dano oxidativo em proteínas e manter os níveis de malondialdeído (MDA) semelhantes ao grupo controle. No entanto, não exerceu influência na atividade da superóxido dismutase citosólica (CuZnSOD). A suplementação com DHA e EPA restaurou os níveis das duas classes de superóxidos dismutase, mas, não conseguiu restaurar a atividade da GPx e da fumarase. Os níveis de proteínas danificadas foram menores em todos os animais suplementados com ômega-3 em relação ao grupo controle e ao grupo ovariectomizado sem suplementação. Além disso, os suplementos também atuaram na redução dos níveis de nitritos e nitratos pois possuem propriedades anti-inflamatórias, sobretudo o ácido lipoico, que inibe a oxido nítrico sintase induzível (ONi) de macrófagos. Os níveis de vitamina C não apresentaram diferença entre os grupos SHAM, OVX, AL e DHA. Mas, o grupo EPA apresentou níveis de vitamina C inferiores aos dos grupos SHAM e OVX. Além disso, os níveis de vitamina E se mostraram inferiores nos grupos suplementados com os ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa. Neste trabalho, os antioxidantes assumiram um papel importante na diminuição do dano oxidativo e na recuperação da atividade de enzimas importantes na homeostase celular, alterações essas, causadas pela diminuição drástica dos níveis de estrogênio no modelo de menopausa. / The bilateral ovariectomy in rats is one of the experimental models used to analyze the menopause and possible strategies to mitigate the deleterious effects of this condition. Dietary supplementation with antioxidants has been used to decrease the risk of oxidative stress, which is increased in menopause. In this study, it was analyzed the effects of lipoic acid (LA) and the omega -3 (docosahexaenoic acid (DHA) and eicosapentaenoic acid (EPA)) in the liver, through dietary supplementation of ovariectomized rats. The lipoic acid was chosen because of its antioxidant capacity, its known characteristic of being cofactor for key enzymes in cellular metabolism, and inhibition of some proinflammatory mechanisms. These characteristics are important because of mitochondrial dysfunction and increased levels of inflammatory cytokines, that are present after menopause. The other polyunsaturated fatty acids were used due to their high antioxidant capacity and well established endothelial protective role. Furthermore, they also exert anti-inflammatory effects and are able to normalize the lipid levels in the bloodstream. The results showed that lipoic acid is capable of acting in the liver and recover the activities of the fumarase enzyme and the antioxidant enzymes mitochondrial superoxide dismutase (MnSOD) and glutathione peroxidase (GPx), and reducing oxidative damage of proteins and maintaining the levels of malondialdehyde (MDA) similar to the control group. However, lipoic acid had no influence on the activity of cytosolic superoxide dismutase (CuZnSOD). Supplementation with DHA and EPA restored the levels of both classes of superoxide dismutase, but was unable to restore the activity of GPx and fumarase. The levels of damaged proteins were lower in all animals supplemented with omega -3 when compared to the sham and ovariectomized groups without supplementation. Also, the supplements were active in reducing levels of nitrites and nitrates, since they have anti -inflammatory properties, especially lipoic acid, which inhibits nitric oxide synthase inducible (iNOS) of macrophages. Vitamin C levels did not differ between the SHAM, LA, OVX and DHA groups. But the EPA group presented lower levels of vitamin C than those of SHAM and OVX groups. Nonetheless, levels of vitamin E was inferior in the groups supplemented with long chain polyunsaturated fatty acids. In this work, antioxidants played an important role in reducing oxidative damage and assists recovery of the activity of important enzymes in cellular homeostasis, changes caused by the drastic decrease in estrogen levels in menopausal model.
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Expressão das angiopoietinas 1 e 2 e do receptor TIE2 em fígados de pacientes com atresia biliarSouza, Aline Friedrichs de January 2013 (has links)
A atresia biliar (AB) é uma doença da infância caracterizada por uma colangiopatia esclerosante progressiva que leva à obstrução biliar. O tratamento de escolha é a portoenterostomia, cujo prognóstico é relacionado à idade do paciente na época da cirurgia e a variáveis histológicas como a extensão da fibrose e da reação ductular. O espessamento da túnica média (TM) sugere uma arteriopatia na patogenia da AB. Nós avaliamos a expressão do sistema angiopoietinas (ANGPT)/receptor tirosinaquinase com domínios imunoglobulina e EGF(endotelial growth fator) like (Tie2) no fígado de pacientes com AB e com colestase intra-hepática (CIH), correlacionando com espessamento da TM, com variáveis associadas a gravidade da doença e com o prognóstico pós operatório. Métodos - A expressão da ANGPT1, ANGPT2 e Tie2 foi feita com o método de PCR quantitativo em amostras de fígado obtidas de pacientes com AB (n23) na ocasião da portoenterostomia e de crianças de idade semelhante com CIH (n7). As variáveis histológicas foram analisadas por método morfométrico. Resultados - A ANGPT1 e a ANGPT2 apresentaram expressão aumentada no grupo com AB em comparação com o grupo com CIH (P=0,024 e P=0,029, respectivamente). No grupo com AB, a expressão das ANPTs correlacionouse positivamente com a espessura da TM (ANGPT1: rs=0,59, P=0,013; ANGPT2: rs=0,52, P=0,032) e não teve correlação com variáveis associadas a gravidade da doença. O Tie2 e as ANGPTs correlacionaram-se negativamente (ANGPT1: rs=-0,73, P<0,001; ANGPT2: rs=-0,54, P=0,007). Conclusão - Na AB há uma expressão aumentada da ANGPT1 e da ANGPT2 e uma correlação positiva desta expressão com a espessura da TM, mas, não com a idade na ocasião da portoenterostomia ou com variáveis histológicas associadas com a gravidade da doença na época do procedimento. / Background- Biliary atresia (BA) is an infantile disorder characterized by progressive sclerosing cholangiopathy leading to biliary obstruction. First line treatment of BA is hepatoporto-enterostomy, whose prognosis is related to age at surgery and to histologic variables such as extent of fibrosis and ductular reaction. Hepatic arterial medial thickening (MT) suggests an arteriopathy in BA pathogenesis. We evaluated the expression of angiopoietin (ANGPT)/tyrosine kinase with immunoglobulin-like and EGF-like domains 2 (Tie2) system in livers from patients with BA, correlating with MT, variables associated with disease severity and postoperative prognosis. Methods- ANGPT1, ANGPT2 and Tie2 expressions were assessed by qPCR in liver samples obtained from BA patients (n=23) at portoenterostomy and age-matched infants with intrahepatic cholestasis (IHC, n=7). Histologic variables were morphometrically assessed. Results- ANGPT1 and ANGPT2 were overexpressed in BA in comparison with IHC (respectively, P=0.024 and P=0.029). In BA, ANGPTs′ expression was positively correlated with MT (ANGPT1:rs=0.59, P=0.013; ANGPT2:rs=0.52, P=0.032), not with variables associated with disease severity. Tie2 and ANGPTs′ expressions were negatively correlated (ANGPT1: rs=-0.73, P<0.001; ANGPT2: rs=- 0.54, P=0.007). Conclusion- In BA there is overexpression of both ANGPT1 and ANGPT2 correlated with MT but not with age at portoenterostomy or with the histological variables associated with disease severity at the procedure.
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Diabetes melito como fator de risco em transplante ortotópico de fígado : seguimento a longo prazoMarroni, Claudio Augusto January 2001 (has links)
Introdução - O transplante ortotópico de fígado (TOF) é o tratamento de escolha para pacientes com doença hepática terminal com resultados de sobrevida em um ano de 75% a 90%. A qualidade de vida e a sobrevida a longo prazo são os objetivos atuais. A recorrência da hepatopatia original, doenças concomitantes e condições pessoais podem determinar aumento na morbidade, mortalidade e alterações na evolução. Os cirróticos têm alterações do metabolismo dos carboidratos e aumentada prevalência de diabetes melito (DM). As drogas imunossupressoras utilizadas nos transplantes desencadeiam DM secundário com complicações micro e macrovasculares, aumentado risco de mortalidade e evolução com complicações a longo prazo. Objetivos - O objetivo principal foi descrever a evolução a longo prazo de pacientes transplantados hepáticos que sobreviveram por mais de um ano com o mesmo enxerto e analisar o seu comportamento considerando como fator principal a presença de DM e, como secundários, os aspectos demográficos e os achados clínico-patológicos aos 12 meses. Casuística e métodos - Estudo de coorte histórico que tem como fator principal em avaliação (variável independente) a presença de DM. O desfecho (variável dependente) é o tempo de sobrevivência, e o evento de interesse, conseqüentemente, a ocorrência de óbito. Foram revisados os prontuários de 98 pacientes consecutivos nos quais o enxerto sobreviveu por mais de um ano, acompanhados de 13 a 132 meses. Nos dados clínico-demográficos do pré-TOF, valorizou-se idade, gênero, hepatopatia prévia, presença de DM, marcadores virais B e C, dosagens séricas de glicose e creatinina e história familiar de DM. Na evolução foram valorizadas a presença de HAS, marcadores virais B e C, DM-pós, episódios de rejeição, IRC e as condições do enxerto aos 12 meses, bem como a necessidade de reTOF. Os exames bioquímicos e enzimáticos de avaliação da função hepática e renal e as características da imunossupressão aos 12 meses foram outros dados da análise. O tempo de sobrevivência e a ocorrência de óbito foram os elementos finais da pesquisa. A análise estatística utilizou a média e o desvio padrão bem como mediana com interquartil nas situações de assimetria com teste t de Student e U de Mann-Whitney nessas situações. Na comparação de grupos foi feita análise de variância (ANOVA), e o teste do qui-quadrado em variáveis qualitativas, com cálculo de RR e IC. Usou-se a comparação da ocorrência de óbito com a densidade de incidência. Foram elaboradas curvas de sobrevida segundo o método proposto por Kaplan-Meier com comparação de grupos através do log-rank. Valorizou-se a chamada sobrevida condicional a longo prazo. Na avaliação dos efeitos das múltiplas variáveis foi utilizada a técnica multivariada de regressão de azares proporcionais de Cox. Os dados foram processados e analisados com o auxílio do programa SPSS-v.10. Resultados - Dos 98 pacientes, 53 eram masculinos, com média de idade de 45,9 +/- 10,4 anos. Oitenta e cinco eram portadores de hepatopatias crônicas e 13 de IHAG, 14 tinham DM-pré, 57% apresentavam positividade aos marcadores virais B e/ou C e 31,1% tinham HFDM. Os níveis séricos de glicose e creatinina estavam dentro dos limites da normalidade. Dos 84 pacientes sem DM, 29 desenvolveram DMpós. Houve 28 óbitos durante a evolução, com média de acompanhamento dos sobreviventes de 93,8 +/- 29,0 meses, com mediana de 103 meses (P25:94; P75:112). A curva de sobrevida condicional de longo prazo mostra sobrevida de 94% aos 36 meses, de 84% aos 60 meses, de 77% aos 96 meses e de 67% aos 132 meses. A recorrência da doença primária foi responsável por 32,1% das mortes, a imunossupressão por 25% e outras causas por 32,1%. Nestas últimas se situa a maioria dos pacientes com DM. Pacientes masculinos, com DM-pré e pós, com marcadores virais B e/ou C no pré ou pós-TOF, com IRC, com reTOF e com alteração das provas de função hepática aos 12 meses têm maior mortalidade. O DM-pré é mais freqüente nos pacientes com reatividade aos marcadores virais C e pouco freqüente nas cirroses colestáticas. O DM-pós é mais freqüente nas cirroses VHC+ e por álcool. A IRC ocorre em 75% dos pacientes com DM-pré ou pós. Os enxertos aos 12 meses estão mais comprometidos nos pacientes com DM-pós.As provas de função hepática aos 12 meses estão mais alteradas no grupo DM-pós. O tempo médio de sobrevida foi maior no grupo sem DM (P = 0,034) e a densidade de ocorrência de óbito menor (P = 0,009). As curvas de sobrevida condicional dos três grupos (DM-pré, pós e sem DM) mostraram uma sobrevida diminuída nos grupos com DM. A análise multivariada (modelo de Cox) destaca a presença de DM-pré (RR = 3,1 e P < 0,05) como fator de risco independente para o óbito e IRC (RR = 2,6 e P = 0,108) e GT aos 12 meses acima de 400 UI/l (RR = 2,7 e P = 0,123) como fatores de risco a serem considerados como independentes para o óbito. Conclusões - Os pacientes que apresentam DM-pré e pós TOF têm diminuída sua sobrevida a longo prazo quando comparados com os sem DM. A piora da evolução a longo prazo destes grupos observa-se a partir dos três anos. A presença de VHC+, HFDM e gênero masculino relacionam-se com a maior ocorrência de DM- -pós. A piora da evolução relaciona-se com o gênero masculino, reatividade aos marcadores virais, ocorrência de DM-pré ou pós, IRC e provas de função hepática alteradas aos 12 meses. O fator de risco independente para a pior evolução é a presença de DM-pré. IRC e GT acima de 400 UI/l aos 12 meses são fatores de risco independentes de menor força. Demonstra-se a TESE de que os pacientes diabéticos têm pior evolução que os demais após serem submetidos ao TOF. / Introduction - Orthotopic liver transplantation (OLT) is the preferred treatment for patients with terminal hepatic disease, with survival indexes of 75-90% in a year. Quality of life and long term survival are the current objectives. Recurrence of the original hepatopathy, concomitant diseases, and personal conditions may determine increased morbidity, mortality, and changes in evolution. Cirrhotic patients show alterations in carbohydrate metabolism and increased prevalence of diabetes mellitus (DM). The immunosuppressive drugs used in transplants trigger secondary DM with micro and macrovascular complications, increased mortality risk, and evolution with long term complications. Objectives - The main objective was to report the long term evolution in liver transplant patients who have survived for over a year with the same graft and to analyze their behavior considering primarily the presence of DM and secondarily the demographic aspects and the clinicopathological findings at 12 months. Case Study and Methods - This longitudinal cohort study was designed to evaluate the presence of DM (independent variable). The outcome (dependent variable) is the survival time and the occurrence of death is thus an event of interest. The medical records of 98 consecutive patients whose graft survived for over a year were reviewed. These patients were followed from 13 to 132 months. Pre-OLT clinical and demographic data included age, gender, previous liver disease, presence of DM, viral markers B and C, serum glucose and creatinine levels, and family history of DM. In evolution special attention was given to the presence of HAS, viral markers B and C, post-DM, rejection episodes, IRC, and graft conditions at 12 months, as well as the need for another OLT (re-OLT). The biochemical and enzymatic tests for evaluation of kidney and liver functions and the immunosuppression characteristics at 12 months were also analyzed. Survival time and death occurrence were the final elements of the study. Statistical analysis used the mean and the standard deviation as well as interquartile median with Student's t- and Mann-Whitney U-tests in asymmetric situations. Variance analysis was performed for group comparisons (ANOVA), and the Chi-square test for qualitative variables, calculating RR and IC. Also, death occurrence was compared with incidence density. Survival curves were plotted according to the method proposed by Kaplan-Meier with group comparisons through log-rank. The so-called long term conditional survival was valued. For the evaluation of effects of multiple variables, Cox's multivariate technique of proportional odds regression was used. Data were processed and analyzed using the SPSS-v.10 program. Results - Of the 98 patients, 53 were males, with a mean age of 45.9 10.4 years. Eighty-five had chronic hepatopathies, 13 had IHAG, 14 had pre-DM, 57% showed positive tests for viral markers B and/or C, and 31.1% had HFDM. Serum glucose and creatinine levels were within the normal ranges. Of the 84 patients without DM, 29 developed post-DM. There were 28 deaths during evolution, with a mean followup of survivors of 93.8 29.0 months and median of 103 months (P25:94; P75:112). The long term conditional survival curve shows a survival rate of 94% at 36 months, 84% at 60 months, 77% at 96 months, and 67% at 132 months. Recurrence of primary disease accounted for 32.1% of deaths, immunosuppression for 25%, and other causes for 32.1%. The latter includes most DM patients. Male patients with pre and post-DM, viral markers B and/or C at pre or post-OLT, with IRC, re-OLT, and alterations in liver function tests at 12 months show higher mortality. Pre-DM is more frequent in patients with reactivity to viral markers C and less frequent in cholestatic cirrhoses. Post-DM is more frequent in positive VHC and alcoholic cirrhoses. IRC occurs in 75% of patients with pre- or post-DM. Grafts at 12 months are more compromised in patients with post-DM. Liver function tests at 12 months are more altered in the post-DM group. The mean survival time was greater (P = 0.034) and the density of death occurrence lesser in the group without DM (P = 0.009). The conditional survival curves of the three groups (pre-, post-, and no DM) showed decreased survival in the groups with DM. The multivariate analysis (Cox's model) highlights the presence of pre-DM (RR = 3.1 and P < 0.05) as an independent risk factor for death, and IRC (RR = 2.6 and P = 0.108) and GT above 400UI/l at 12 months (RR = 2.7 and P = 0.123) as risk factors to be considered as independent for death. Conclusions - The patients with pre- and post-DM have a decreased long term survival as compared to those without DM. The worse long term evolution in these groups is seen as of 3 years. The presence of positive VHC, HFDM, and male gender are related to a higher occurrence of post-DM. The worse evolution is related to male gender, reactivity to viral markers, occurrence of pre- or post-DM, IRC, and altered liver function tests at 12 months. The independent risk factor for the worst evolution is the presence of pre-DM. IRC and GT above 400 UI/l at 12 months are independent risk factors of lesser strength. The data support the hypothesis that diabetic patients show a worse evolution than other patients following submission to OLT.
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Efeitos da suplementação de vitamina A nos parâmetros redox e resposta inflamatória de ratos Wistar treinadosPetiz, Lyvia Lintzmaier January 2017 (has links)
A vitamina A (VA), uma vitamina lipossolúvel obtida na dieta, exerce um papel fundamental em vários processos fisiológicos e metabólicos, como a transcrição genética e a resposta imune. É armazenada no fígado, e frequentemente utilizada como antioxidante. A ingestão de suplementos é uma prática comum para a prevenção do estresse oxidativo, especialmente um estresse induzido por exercício. Dependendo da carga, a sinergia entre exercício, equilíbrio redox e sistema imunológico pode ser prejudicial, e é possível usar a suplementação como estratégia para a prevenção de lesões. Neste estudo, investigamos o papel da suplementação de VA nos parâmetros redox e resposta inflamatória do soro, músculo esquelético e fígado de ratos Wistar adultos treinados. Durante oito semanas, os animais foram submetidos a um treino de natação 5x por semana e ingestão diária de 450 equivalentes de retinol. A VA comprometeu a capacidade antioxidante total do soro adquirida pelo exercício, sem alteração nos níveis de IL-1β e TNF-α. No músculo esquelético, a VA causou peroxidação lipídica e dano proteico sem interferir na atividade das enzimas antioxidantes; no entanto, a VA diminuiu o imunoconteúdo de SOD1 e SOD2. Além disso, a VA diminuiu o imunoconteúdo da citocina anti-inflamatório IL-10 e da chaperona HSP70, duas proteínas importantes no processo de adaptações ao exercício e prevenção de danos teciduais. No fígado, a VA também causou dano lipídico e proteico, além de inibir o aumento da expressão de HSP70. O exercício sozinho aumentou a atividade das enzimas antioxidantes, e a VA inibiu esse aumento. Ainda assim, as citocinas pró-inflamatórias IL-1β e TNF-α apresentaram níveis mais baixos e a anti-inflamatória IL-10 aumentou no grupo exercitado e suplementado com VA. Ambos os grupos exercitados apresentaram níveis mais baixos do imunoconteúdo do receptor RAGE, mostrando que a VA não afetou esse fator. Em conclusão, no músculo esquelético, a suplementação de VA causou dano oxidativo e atenuou algumas importantes adaptações positivas adquiridas com o exercício; no entanto, apesar de a VA ter causado danos oxidativos no fígado, exerceu efeitos protetores liberando mediadores pró-inflamatórios. Portanto, a suplementação com VA parece ser prejudicial para o músculo esquelético, o tecido mais recrutado durante o treino, sem prejuízo para o local onde ocorre seu armazenamento e metabolismo, o fígado. / Vitamin A (VA), a fat-soluble vitamin obtained in daily diet, exerts a fundamental role in several physiological and metabolic processes, such as gene transcription, and the immune response. It is stored in the liver, and usually applied as an antioxidant. Supplement intake is a common practice for oxidative stress prevention, especially an exercise-induced stress. Depending on the working load, exercise, redox balance, and immune system synergy can be harmful, and supplementation can be applied as a strategy for injury prevention. In this study, we investigated the role of VA supplementation on redox and immune responses in the serum, skeletal muscle and liver of adult Wistar trained rats. Over eight weeks, animals were submitted to swimming exercise training 5x/week and a VA daily intake of 450 retinol equivalents/day. VA impaired the total serum antioxidant capacity acquired by exercise, with no change in IL-1β and TNF-α levels. In skeletal muscle, VA caused lipid peroxidation and protein damage without differences in antioxidant enzyme activities; however, immunocontent analysis showed that expression of SOD1 was downregulated, and upregulation of SOD2 induced by exercise was blunted by VA. Furthermore, VA decreased anti-inflammatory IL-10 and HSP70 immunocontent, important factors for positive exercise adaptations and tissue damage prevention. In the liver, VA also caused lipid and protein damage, in addition to inhibiting the increase of HSP70 expression. Exercise alone increased the activity of antioxidant enzymes, and VA inhibited this improvement. Still, pro-inflammatory cytokines IL-1β and TNF-α showed lower levels and anti-inflammatory IL-10 was increased in the exercised group supplemented with VA. Both exercised groups had lower levels of the receptor RAGE immunocontent, showing that VA did not affect this factor. In conclusion, VA caused oxidative damage and blunted some important positive adaptations acquired with exercise in the skeletal muscle; however, even though VA caused oxidative damage in the liver, it exerted protective effects by releasing pro-inflammatory mediators. Therefore, VA supplementation appears to be detrimental to skeletal muscle, the most recruited tissue during exercise training, without harm for its storage and metabolism site, the liver.
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Utilização da relação concentração/dose de tacrolimo como estratégia de monitoração terapêutica do tacrolimo após transplante hepático infantilSmidt, Camila Ribas January 2018 (has links)
O tacrolimo, principal imunossupressor utilizado no transplante hepático, possui alta variabilidade interindividual e índice terapêutico estreito, necessitando de monitoração frequente. Em adultos receptores de fígado, a relação concentração-dose de tacrolimo é uma ferramenta simples e útil capaz de definir o metabolismo do tacrolimo e prever a toxicidade. Pretendemos avaliar, em uma coorte histórica, a relação concentração-dose de tacrolimo em pacientes ≤ 18 anos submetidos ao transplante hepático, que sobreviveram pelo menos 180 dias com o enxerto primário. A relação concentração-dose de tacrolimo foi avaliada pela fórmula padrão e pela fórmula padrão ajustada para o peso e superfície corporal do paciente. Além disso, avaliamos as associações entre a razão C/D e dados demográficos, antropométricos e clínicos, o nível sérico de tacrolimo, testes de função renal e hepática, rejeição celular aguda e infecção pelo vírus Epstein-Barr. Estudamos 83 pacientes. As distribuições de proporções foram assimétricas. Assim, classificamos os pacientes de acordo com o percentil de distribuição da seguinte maneira: metabolizadores rápidos (valores ≤ percentil 25); metabolizadores lentos (valores> percentil 75) e metabolizadores intermediários (valores entre 25 e ≤ 75 percentil). A concordância entre as fórmulas foi moderada (kappa; 0,62). Na análise bivariada: idade, sexo, diagnóstico de doença hepática primária, bilirrubina, INR, creatinina, ureia e idade do doador atingiram significância estatística, analisando a relação C/D padrão e aquela ajustada pela superfície corporal. Nenhuma das variáveis apresentou resultados significativos quando da análise da fórmula padrão ajustada pelo peso. Na análise multivariada, gênero e idade no transplante foram associados ao metabolismo do tacrolimo. Não observamos associação entre o metabolismo do tacrolimo e rejeição celular aguda, infecção por EBV ou disfunção renal. Conclusão: a relação concentração-dose padrão de tacrolimo pode ser utilizada na prática pediátrica sem ajustes para o peso ou superfície corporal total. O gênero e a idade no transplante influenciaram o requisito de dose de tacrolimo. / Tacrolimus is a standard immunosuppressant used after liver transplantation. Its wide pharmacokinetic variability makes mandatory monitoring tacrolimus dose. In adult recipients of liver graft, the concentration-dose ratio of tacrolimus is a simple and useful tool capable of defining tacrolimus metabolism and predicting toxicity. We aimed to assess the tacrolimus concentration-dose ratio in patients ≤18 years underwent to liver transplantation, who survived at least 180 days with the primary graft, in a historical cohort study. The concentration-dose ratio of tacrolimus was assessed by the standard ratio, the ratio adjusted for patient weight, and body surface. In addition, we evaluated associations between ratios and demographic, anthropometric and clinical data, the serum level of tacrolimus, liver and renal function tests, acute rejection and Epstein-Barr virus infection. We studied 83 patients. The ratios distributions were asymmetric. Thus, we classified patients according to percentile as follows: fast metabolizers (values ≤ percentile 25); slow metabolizers (values > percentile 75), and intermediate metabolizers (values between 25 and ≤75 percentile). The agreement between equations was moderate (kappa;0,62). At bivariate analysis: age, gender, diagnosis of primary liver disease, bilirubin, INR, creatinine, urea and donor age reached statistical significance by analyzing the standard ratio and the ratio adjusted by body surface. Neither variables presented significant results for the ratio adjusted by weight. At multivariate analysis, gender and age at transplant were associated with tacrolimus metabolism. We did not observe an association between tacrolimus metabolism and acute cellular rejection, EBV infection or renal dysfunction. Conclusion: the standard tacrolimus concentration-dose ratio can be used in pediatric practice without adjustments for weight or total body surface area. Gender and age at transplantation influenced the tacrolimus dose requirement.
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Efeito da administração aguda e crônica de L-tirosina sobre parâmetros de estresse oxidativo em fígado e em cérebro de ratos jovensCoelho, Juliana Gonzalez January 2013 (has links)
A hipertirosinemia é uma doença autossômica recessiva do catabolismo da tirosina que se caracteriza pelo acúmulo de tirosina nos tecidos, no fluído cérebro-espinhal, no sangue e na urina de pacientes. Em humanos, três tipos foram identificados: tirosinemia tipo I, que é causada pela deficiência da enzima fumarilacetoacetato hidrolase (FAH); a tipo II, pela deficiência da tirosina aminotransferase (TAT) e a tipo III, devido à deficiência da 4-hidroxifenilpiruvato dioxigenase (4HPPD). A tirosinemia tipo I tem incidência de 1:200.000 nascimentos e é conhecida por ser a forma mais grave da doença, onde a concentração de tirosina varia de 50 a 120 μmol/L. O bloqueio desta enzima (FAH) resulta no acúmulo de metabólitos tóxicos como o maleilacetoacetato (MAA), fumarilacetoacetato (FAA) e succinilacetona (SA), os quais são responsáveis por problemas hepáticos e renais característicos da doença. A tirosinemia tipo II tem incidência de 1:250.000 nascidos vivos e se caracteriza por ter os níveis mais elevados de tirosina (370 a 3420 μmol/L). A deficiência da TAT leva a manifestações clínicas como distúrbios oculares, cutâneos e neurológicos. Estudos recentes mostram que o estresse oxidativo pode estar envolvido na fisiopatologia de doenças hereditárias do metabolismo, onde ocorre acúmulo de aminoácidos e ácidos orgânicos, os quais se supõem serem responsáveis pela produção excessiva de espécies reativas. Considerando que os mecanismos das disfunções neurológica e hepática são pouco conhecidos em pacientes hipertirosinêmicos, o presente estudo investigou o possível papel do estresse oxidativo na neuro e hepatotoxicidade da tirosina a fim de melhor compreender os mecanismos de danos observados no cérebro e no fígado desses pacientes. Para isso, o efeito da administração aguda e crônica da L-tirosina foi investigado sob os seguintes parâmetros de estresse oxidativo em cérebro e/ou fígado de ratos jovens: a atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx) e glicose 6-fosfato desidrogenase (G6PD); o conteúdo de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBA-RS); o conteúdo de carbonilas protéicas; o conteúdo de 2’7’diclorofluoresceína formado (DCF). Foi observado que no modelo agudo a L-tirosina diminuiu apenas a atividade da CAT e da SOD, sem alterar os outros parâmetros analisados em fígado de ratos, e que no modelo crônico ela foi capaz de diminuir as defesas antioxidantes enzimáticas, alterar a lipoperoxidação e aumentar a produção de radicais em ambos os tecidos estudados. Esses resultados indicam que a hipertirosinemia é uma situação de risco para a célula e sugerem que o estresse oxidativo possa estar envolvido na fisiopatologia da doença, no entanto, mais estudos precisam ser realizados para melhor esclarecer os mecanismos responsáveis pelas disfunções características da hipertirosinemia. / Hypertyrosinemia is an autosomal recessive disease of tyrosine catabolism which is characterized by the accumulation of tyrosine in tissues, cerebrospinal fluid, blood and urine of patients. In humans, three types have been identified: tyrosinemia type I is caused by deficiency of the enzyme fumarylacetoacetate hydrolase (FAH), type II, by deficiency of tyrosine aminotransferase (TAT) and type III, due to the deficiency of 4-hydroxyphenylpyruvate dioxygenase (4HPPD). Tyrosinemia type I has an incidence of 1:200,000 newborns and is known for being the gravest form of the disease, where the concentration of tyrosine varies from 50 to 120 μmol/L. The blockade of this enzyme (FAH) results in the accumulation of toxic metabolites such as maleylacetoacetate (MAA), fumarylacetoacetate (FAA) and succinylacetone (SA), which are responsible for liver and kidney problems characteristic of the disease. Tyrosinemia type II has an incidence of 1:250,000 newborns and is characterized by having the highest level of tyrosine (370 a 3420 μmol/L). The TAT deficiency leads to clinical manifestations such as eye, skin and neurological disturbances. Recent studies have shown that oxidative stress may be involved in the pathophysiology of inherited metabolic disorders where there is an accumulation of amino acids and organic acids, which are supposed to be responsible for the overproduction of reactive species. Whereas the mechanisms of neurological and hepatic dysfunctions are poorly understood in hypertyrosinemic patients, the present study investigated the possible role of oxidative stress in neuro- and hepatotoxicity tyrosine in order to better understand the mechanisms of damage observed in the brain and liver of these patients. For this, the effect of acute and chronic administration of L-tyrosine was investigated under the following oxidative stress parameters in brain and/or liver of young rats: the activity of superoxide dismutase (SOD), catalase (CAT), glutathione peroxidase (GPx) and glucose 6-phosphate dehydrogenase (G6PD); the content of thiobarbituric acid reactive substances (TBA-RS); the protein carbonyl content; the content of 2'7'diclorofluorescein formed (DCF). It was observed that in the acute model L-tyrosine decreased CAT and SOD activity only, without changing the other parameters analyzed in liver of rats and that in the chronic model it was able to decrease the enzymatic antioxidant defenses, alter lipid peroxidation and increases the radicals production in both analyzed tissues. These results indicate that hypertyrosinemia is a risk to the cell and suggest that oxidative stress may be involved in the pathophysiology of the disease, however, more studies are needed to better clarify the mechanisms responsible for the dysfunction of hipertirosinemia characteristics.
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Consumo de dieta hiperlipídica durante período perinatal e pós desmame:efeitos sobre parâmetros hepáticos e do metabolismo lipídico em ratos jovensPerez, Gabriela dos Santos 11 April 2014 (has links)
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Dissertação_Nut_ Gabriela dos Santos Perez.pdf: 1010485 bytes, checksum: 639fdcc7c43e2bd8c68b361d09d4ea42 (MD5) / Nas últimas décadas, estudos tem evidenciado que doenças como obesidade e suas disfunções metabólicas, têm suas origens desde o período de vida intrauterino e primeiros anos de vida. A dieta utilizada durante esses períodos críticos de desenvolvimento, exerce importante papel regulador da saúde dos descendentes. Assim, o presente estudo teve como objetivo Investigar as consequências do consumo perinatal materno de dieta hiperlipídica associado ao hábito alimentar no pós desmame sobre parâmetros hepáticos e do metabolismo lipídico em ratos jovens Fêmeas de ratos Wistar foram alimentadas com dieta hiperlipídica (H) ou dieta controle (C) durante a gestação e lactação. Os descendentes foram divididos em quatro grupos: Controle Controle (CC, n=11) descendentes de ratas alimentadas com dieta controle e alimentados com a mesma dieta no pós desmame; Controle Hiperlipídico (CH, n=10) descendentes de ratas alimentadas com dieta controle e alimentados com dieta hiperlipídica no pós desmame; Hiperlipídico Hiperlipídico (HH, n=10) prole de ratas alimentadas com dieta hiperlipídica no período perinatal e pós desmame; Hiperlipídico Controle (HC, n=9) descendentes de ratas alimentadas com dieta hiperlipídica no período perinatal e dieta controle no pós desmame. Os animais dos grupos HC e HH apresentaram maior ganho de peso no 21°(p≤0,05) dia igualando com os demais grupos no pós desmame. Não houve diferença na média de consumo alimentar entre os grupos, porém os animais HC, HH e CH apresentaram maior peso relativo do tecido adiposo (p≤0,005). Formação de esteatose hepática foi observada nos ratos CH e HH assim como hipercolesterolemia nos dois grupos (p≤0,05). As enzimas hepáticas ALT e GGT foram maiores no grupo HH assim como o LDL no grupo CH quando comparados ao controle. Podemos concluir com esse estudo que dieta obesogênica utilizada em períodos críticos de desenvolvimento, pode contribuir para a formação de obesidade visceral, esteatose hepática e hipercolesterolemia em ratos adultos jovens, mesmo sem modificações no consumo alimentar e ganho ponderal, sendo exacerbada em animais descendentes de ratas que consumiram a dieta na gestação e lactação e que mantiveram o consumo até a vida adulta.
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Tomografia computadorizada no diagnóstico de lipidose hepática em Jabuti-Piranga (Chelonoidis carbonaria - SPIX, 1824)Marchiori, Adriano 31 July 2013 (has links)
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license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / O fígado desempenha diversas funções importantes à manutenção dos mecanismos fisiológicos normais. Algumas doenças hepáticas podem interferir diretamente na anatomia do órgão, podendo levar a quadros permanentes de lesão hepática. O diagnóstico precoce de alterações favorece o tratamento adequado, possibilitando a prevenção de danos irreversíveis ao órgão. Testudines criados em cativeiro estão sujeitos a alterações hepáticas em decorrência de problemas nutricionais. O diagnóstico clínico de doença hepática em testudines é difícil, sendo importante a utilização de métodos de diagnóstico por imagem. Embora os estudos em animais ainda sejam recentes, a utilização de tomografia computadorizada (TC) em Medicina Veterinária apresenta grande aplicabilidade para a avaliação do fígado e outros órgãos abdominais. A técnica apresenta grande sensibilidade em diferenciar pequenas alterações de densidade tecidual com precisão. O aumento da utilização de TC em animais favorece a obtenção de diagnósticos precoces de doenças do fígado. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de lipidose hepática em jabuti-piranga de cativeiro (Chelonoides carbonaria) através da técnica de tomografia computadorizada quantitativa. Exames de tomografia computadorizada foram realizados em 10 jabutis machos adultos, observando-se valores médios de atenuação radiográfica do parênquima hepático de 11,2 ± 3,0 HU. Sete jabutis apresentavam-se com valores médios inferiores a 20 UH, sendo um quadro compatível com lipidose hepática. Os exames foram realizados de forma rápida, não invasiva e sem contenção química. Os dados obtidos possibilitaram um diagnóstico precoce das alterações e a instalação de medidas corretivas de manejo ambiental e alimentar. / The liver performs many important functions for the maintenance of normal physiological mechanisms. Hepatic anatomy can be affected by liver diseases that can lead to permanent damages. Early diagnosis of hepatic disorders allows proper treatment and prevention of irreversible damages to the organ. Testudines bred in captivity are subject to liver disorders by nutritional problems. Clinical diagnosis of liver disease in testudines is difficult, it is important to use methods of diagnostic imaging. Although studies with animals are still recent, the use of computed tomography (CT) in Veterinary Medicine provides wide applicability for the liver evaluation and other abdominal organs. The technique has highly sensitive and precision in differentiating small changes in tissue density. The increase of CT using in animals may achieve early diagnosis of liver diseases. The aim of this study was to identify the prevalence of hepatic lipidosis in captive red-footed tortoise (Chelonoides carbonaria) by quantitative computed tomography technique. CT scans were performed in 10 adult male tortoises, observing values of radiographic attenuation of the hepatic parenchyma of 11.2 ± 3.0 HU. Seven tortoises presented with mean values less than 20 HU, with symptoms compatible with hepatic lipidosis. The examinations were non-invasive, performed quickly without anesthesia. The data obtained allowed an early diagnosis of alterations and installation of corrective measures for environmental management and food.
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Caracterização histológica da esteatose hepática em ratas hipercolesterolêmicas e o envolvimento do estresse oxidativo.Abreu, Isabel Cristina Mallosto Emerich de January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma doença caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado de pacientes sem história de abuso de álcool. É a doença hepática mais comum no mundo ocidental, e sua prevalência está aumentando. A DHGNA é classificada em dois tipos: esteatose, na qual ocorre somente a deposição de gordura nos hepatócitos e esteato-hepatite não alcoólica (EHNA), na qual ocorre, além da esteatose, necroinflamação. A hipótese mais comumente aceita para explicar a progressão da esteatose à EHNA é a hipótese “Two-hit”, o primeiro “hit” refere-se aos fatores que podem promover esteatose hepática e o segundo “hit” refere-se aos fatores que podem agravar a esteatose hepática levando à esteato-hepatite. O estresse oxidativo, definido como um desequilíbrio entre a produção de espécies reativas e a capacidade dos sistemas de defesa antioxidante em neutralizá-las e prevenir seus efeitos deletérios, é um fator responsável pelo segundo “hit”. Elucidar os mecanismos de lesão induzida por estresse oxidativo no fígado é essencial para a compreensão da patogênese da doença. Assim, nossos objetivos foram determinar se a dieta hipercolesterolemiante provoca alterações histológicas no fígado de ratas e verificar se a mesma dieta induz alterações no status antioxidante por meio da expressão de mRNA da NADPH oxidase e das enzimas antioxidantes; da atividade das enzimas catalase, SOD Cu-Zn, glutationa total; e do marcador de peroxidação lipídica (TBARS). Ratas Fischer foram divididas em dois grupos de oito animais de acordo com o tratamento recebido, Controle (C) e Hipercolesterolêmico (H), sendo aquelas do grupo C alimentadas com dieta padrão (AIN-93M) e aquelas do grupo H alimentadas com dieta hipercolesterolemiante (25% de óleo de soja e 1% de colesterol). Ao final de oito semanas, os animais foram anestesiados e eutanasiados. Os dados paramétricos foram avaliados por teste T de Student e os não paramétricos por Mann-Whitney. A dieta hipercolesterolemiante não alterou o peso corporal, mas resultou em acúmulo de lipídios no fígado, aumentando os níveis séricos das aminotransferases e de colesterol. A expressão de mRNA de subunidades da NADPH oxidase estava aumentada no fígado de animais do grupo H e alterações na atividade e expressão de enzimas antioxidantes e de TBARS foram observadas. Esses resultados sugerem que a dieta hipercolesterolemiante induziu esteatose hepática em ratas, constituindo-se, portanto, em um bom modelo para o estudo de esteatose. __________________________________________________________________________________________ / ABSTRACT: The Nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD) is a disease characterized by the accumulation of fat in the liver of patients with no history of alcohol abuse. It is the most common liver disease in the Western world, and its prevalence is increasing. NAFLD is classified into two types: steatosis, which occurs only fat deposition in hepatocytes and non-alcoholic steatohepatitis (NASH), which occurs, in addition to steatosis, necroinflamation. The most commonly accepted hypothesis to explain the progression of steatosis to NASH is the hypothesis "Two-hit", the first "hit" refers to factors that may promote hepatic steatosis and the second "hit" refers to factors that can intensify hepatic steatosis leading to steatohepatitis. Oxidative stress, defined as an imbalance between the production of reactive species and the capacity of antioxidant defense systems to neutralize them and prevent their harmful effects, is a factor responsible for the second "hit". Elucidating the mechanisms of injury-induced oxidative stress in the liver is essential for understanding the pathogenesis of the disease. Thus, our aims were to determine whether the hypercholesterolemic diet causes histological changes in the liver of rats and verify if the same diet induces changes in antioxidant status through the mRNA expression of NADPH oxidase and antioxidant enzymes, the activity of catalase, SOD-Cu/Zn, total glutathione, and the marker of lipid peroxidation (TBARS). Fischer rats were divided into two groups of eight animals according to treatment received, control (C) and hypercholesterolemic (H), those in group C were fed with standard diet (AIN-93M) and those of the H group were fed with hypercholesterolemic diet (25% soybean oil and 1% cholesterol). At the end of eight weeks, the animals were anesthetized and euthanized. Parametric data were analyzed by Student's t test and the nonparametric by Mann-Whitney test. The hypercholesterolemic diet did not affect body weight, but resulted in accumulation of lipids in the liver, increased serum levels of aminotranferases and cholesterol. The mRNA expression of subunits of the NADPH oxidase was increased in the liver of animals from group H and alterations in activity and expression of antioxidant enzymes and TBARS were observed. These results suggest that the hypercholesterolemic diet induced hepatic steatosis in rats constituting, therefore, a good model for the study of steatosis.
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